Logo Passei Direto
Buscar

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

<p>EDITAL Nº 01/2024</p><p>shopee.com.br/apostilasmoderna</p><p>http://shopee.com.br/apostilasmoderna</p><p>Médio</p><p>CAIXA ECONÔMICA FEDERAL</p><p>Técnico Bancário Novo</p><p>Apostilas Moderna</p><p>Língua Portuguesa</p><p>1 - Compreensão e interpretação de textos. ................................................................................................................................................................01</p><p>2 - Argumentação e persuasão. .........................................................................................................................................................................................03</p><p>3 - Comunicação assertiva: Linguagem simples, concisa, objetiva; .....................................................................................................................05</p><p>4 - Organização textual; .......................................................................................................................................................................................................05</p><p>5 - Coesão e Coerência; ........................................................................................................................................................................................................06</p><p>6 - Tipologia textual...............................................................................................................................................................................................................07</p><p>7 - Ortografia oficial. ........................................................................................................................................................................... 08</p><p>8 - Acentuação gráfica. ....................................................................................................................................................................... 09</p><p>9 - Emprego do sinal indicativo de crase. .....................................................................................................................................................................10</p><p>7 - Sintaxe da oração e do período. ..................................................................................................................................................................................11</p><p>8 - Pontuação. ..........................................................................................................................................................................................................................14</p><p>9 - Concordância nominal e verbal. .................................................................................................................................................................................15</p><p>10 - Regência nominal e verbal. ........................................................................................................................................................................................16</p><p>11 - Significação das palavras. ........................................................................................................................................................... 17</p><p>12 - Colocação do pronome átono. ..................................................................................................................................................................................17</p><p>13 - Redação Oficial: escrita de textos formais e Manual de Redação da Presidência da República (disponível no sítio do Planalto</p><p>na internet)...............................................................................................................................................................................................................................18</p><p>14 - Novo Acordo ortográfico ............................................................................................................................................................ 26</p><p>Língua Inglesa</p><p>1 - Conhecimento de um vocabulário fundamental e dos aspectos gramaticais básicos para a compreensão de textos. ........... 01</p><p>Matemática Financeira</p><p>1 - Conceitos gerais: valor do dinheiro no tempo, valor presente, valor futuro, juro, taxa de juro, prazo da operação. .............. 01</p><p>2 - Juros Simples. ....................................................................................................................................................................................................................01</p><p>3 - Juros Compostos. .............................................................................................................................................................................................................01</p><p>4 - Séries Uniformes. .......................................................................................................................................................................... 03</p><p>5 - Equivalência de Capitais em fluxos regulares ou irregulares: VP, VF, prazos e taxas de retorno. ............................................ 03</p><p>6 - Sistemas de Amortização de qualquer tipo, incluindo os sistemas com amortizações constantes (SAC) e com prestações con-</p><p>stantes (Francês ou PRICE). .............................................................................................................................................................. 09</p><p>7 - Descontos: racional composto e comercial simples. ...........................................................................................................................................11</p><p>8 - Sequências numéricas: leis de formação expressas de forma geral (em função da posição do termo) ou de forma recursiva</p><p>(em função de um ou mais termos anteriores); progressões aritméticas; progressões geométricas. ........................................ 14</p><p>Noções de Probabilidade e Estatística</p><p>1 - Representação tabular e gráfica. .................................................................................................................................................. 01</p><p>2 - Medidas de tendência central (média, mediana, moda, medidas de posição, mínimo e máximo) e de dispersão (amplitude,</p><p>amplitude interquartil, variância, desvio padrão e coeficiente de variação)................................................................................. 03</p><p>3 - Cálculo de probabilidade. .............................................................................................................................................................................................05</p><p>4 - Teorema de Bayes e Probabilidade condicional. ..................................................................................................................................................05</p><p>5 - População e amostra. .....................................................................................................................................................................................................06</p><p>6 - Correlação linear simples. ............................................................................................................................................................................................08</p><p>7 - Ciência de dados, People analytics. ...........................................................................................................................................................................12</p><p>8 - Modelos preditivos. (Inferência na regressão, análise de variância e covariância, critérios de significância) ........................ 13</p><p>Comportamentos Éticos e Compliance</p><p>1 - Prevenção à lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações; Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020 e Carta Cir-</p><p>cular nº 4.001, de 29 de janeiro de 2020 e suas alterações, Resolução CVM 50/2021. ................................................................. 01</p><p>2 - Conceitos e medidas de enfrentamento</p><p>na sua dinâmica</p><p>temporal. O processo descritivo suspende o tempo e capta o</p><p>ente na sua espacialidade atemporal. A estrutura dissertativa</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>8</p><p>articula ideias, relaciona juízos, monta raciocínios e engendra</p><p>teses.</p><p>O texto narrativo é caracterizado pelos verbos nocionais</p><p>(ações, fenômenos e movimentos); o descritivo, pelos verbos</p><p>relacionais (estados, qualidades e condições) ou pela ausên-</p><p>cia de verbos; o dissertativo, indiferentemente, pelos verbos</p><p>nocionais e/ou relacionais.</p><p>Dissertação</p><p>A dissertação consiste na exposição lógica de ideias dis-</p><p>cutidas com criticidade por meio de argumentos bem funda-</p><p>mentados.</p><p>Homens e livros</p><p>Monteiro Lobato dizia que um país se faz com homens e</p><p>livros. O Brasil tem homens e livros. O problema é o preço. A</p><p>vida humana está valendo muito pouco, já as cifras cobradas</p><p>por livros exorbitam.</p><p>A notícia de que uma mãe vendeu o seu filho à enfermeira</p><p>por R$ 200,00, em duas prestações, mostra como anda baixa a</p><p>cotação da vida humana neste país. Se esse é o valor que uma</p><p>mãe atribui a seu próprio filho, o que dizer quando não existem</p><p>vínculos de parentesco. De uma fútil briga de trânsito aos inte-</p><p>resses da indústria do tráfico, no Brasil, hoje, mata-se por nada.</p><p>A falta de instrução, impedindo a maioria dos brasileiros</p><p>de conhecer o conceito de cidadania, está entre as causas das</p><p>brutais taxas de violência registradas no país.</p><p>Os livros são, como é óbvio, a principal fonte de instrução</p><p>já inventada pelo homem. E, para aprender com os livros, são</p><p>necessárias apenas duas condições: saber lê-los e poder adqui-</p><p>ri-los. Pelo menos 23% dos brasileiros já encontram um obstá-</p><p>culo intransponível na primeira condição. Um número incalcu-</p><p>lável, mas certamente bastante alto, esbarra na segunda.</p><p>Aqui, um exemplar de uma obra de cerca de cem páginas</p><p>sai por cerca de R$ 15,00, ou seja, 15% do salário mínimo. Nos</p><p>EUA, uma obra com quase mil páginas custa US$ 7,95, menos</p><p>da metade da brasileira e com 900 páginas a mais.</p><p>O principal fator para explicar o alto preço das edições na-</p><p>cionais são as pequenas tiragens. Num país onde pouco se lê, de</p><p>nada adianta fazer grandes tiragens. Perde-se, assim, a possi-</p><p>bilidade de reduzir o custo do produto por meio dos ganhos de</p><p>produção de escala.</p><p>Numa aparente contradição à famosa lei da oferta e da</p><p>procura, o livro no Brasil é caro porque o brasileiro não lê.</p><p>Vencer esse suposto paradoxo, alfabetizando a população e in-</p><p>centivando-a a ler cada vez mais, poderia resultar num salutar</p><p>processo de queda do preço do livro e valorização da vida.</p><p>Um país se faz com homens e livros. Mas é preciso que os</p><p>homens valham mais, muito mais, do que os livros.</p><p>(Folha de S. Paulo)</p><p>Na narração, encontramos traços descritivos que carac-</p><p>terizam cenários, personagens ou outros elementos da his-</p><p>tória.</p><p>A descrição pode iniciar-se com um pequeno parágrafo</p><p>narrativo para precisar a localização espacial.</p><p>A dissertação pode apresentar tese ou breves trechos</p><p>argumentativos de natureza descritiva ou narrativa, desde</p><p>que sejam exemplificativos para o assunto abordado.</p><p>Resumindo:</p><p>A descrição caracteriza seres num determinado espa-</p><p>ço → fotografia.</p><p>A narração sequencia ações num determinado tem-</p><p>po → história.</p><p>A dissertação expõe, questiona e avalia juízos → discus-</p><p>são.</p><p>7 - ORTOGRAFIA OFICIAL.</p><p>A Ortografia estuda a forma correta de escrita das pala-</p><p>vras de uma língua. Do grego “ortho”, que quer dizer correto</p><p>e “grafo”, por sua vez, que significa escrita.</p><p>É influenciada pela etimologia e fonologia das palavras.</p><p>Além disso, são feitas convenções entre os falantes de uma</p><p>mesma língua que visam unificar a sua ortografia oficial. Tra-</p><p>ta-se dos acordos ortográficos.</p><p>Alfabeto</p><p>O alfabeto é formado por 26 letras</p><p>Vogais: a, e, i, o, u, y, w.</p><p>Consoantes: b,c,d,f,g,h,j,k,l,m,n,p,q,r,s,t,v,w,x,z.</p><p>Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,w,x,y,z.</p><p>Regras Ortográficas</p><p>Uso do x/ch</p><p>O x é utilizado:</p><p>- Em geral, depois dos ditongos: caixa, feixe.</p><p>- Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano.</p><p>- Palavras com origem indígena ou africana: xavante, xin-</p><p>gar.</p><p>- Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada.</p><p>- Exceção: O verbo encher (e palavras derivadas) escre-</p><p>ve-se com ch.</p><p>Escreve-se com x Escreve-se com ch</p><p>bexiga bochecha</p><p>bruxa boliche</p><p>caxumba broche</p><p>elixir cachaça</p><p>faxina chuchu</p><p>graxa colcha</p><p>lagartixa fachada</p><p>Uso do h</p><p>O h é utilizado:</p><p>- No final de interjeições: Ah!, Oh!</p><p>- Por etimologia: hoje, homem.</p><p>- Nos dígrafos ch, lh, nh: tocha, carvalho, manhã.</p><p>- Palavras compostas: sobre-humano, super-homem.</p><p>- Exceção: Bahia quando se refere ao estado. O acidente</p><p>geográfico baía é escrito sem h.</p><p>Uso do s/z</p><p>O s é utilizado:</p><p>- Adjetivos terminados pelos sufixos -oso/-osa que indi-</p><p>cam grande quantidade, estado ou circunstância: maudoso,</p><p>feiosa.</p><p>- Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou</p><p>profissão: marquês, portuguesa, poetisa.</p><p>- Depois de ditongos: coisa, pousa.</p><p>- Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quiseram.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>9</p><p>O z é utilizado:</p><p>- Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir</p><p>de adjetivos: magro - magreza, belo - beleza, grande - gran-</p><p>deza.</p><p>- No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hos-</p><p>pitalizar.</p><p>Escreve-se com s Escreve-se com z</p><p>Alisar amizade</p><p>atrás azar</p><p>através azia</p><p>gás giz</p><p>groselha prazer</p><p>invés rodízio</p><p>Uso do g/j</p><p>O g é utilizado:</p><p>- Palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio,</p><p>-úgio: pedágio, relógio, refúgio.</p><p>- Substantivos que terminem em -gem: lavagem, viagem.</p><p>O j é utilizado:</p><p>- Palavras com origem indígena: pajé, canjica.</p><p>- Palavras com origem africana: jiló, jagunço.</p><p>Escreve-se com g Escreve-se com j</p><p>estrangeiro berinjela</p><p>gengibre cafajeste</p><p>geringonça gorjeta</p><p>gíria jiboia</p><p>ligeiro jiló</p><p>tangerina sarjeta</p><p>Parônimos e Homônimos</p><p>Há diferentes formas de escrita que existem, mas cujo</p><p>significado é diferente.</p><p>Palavras parônimas são parecidas na grafia ou na pro-</p><p>núncia, mas têm significados diferentes. Exemplos:</p><p>cavaleiro (de cavalos) cavalheiro (educado)</p><p>descrição (descrever) discrição (de discreto)</p><p>emigrar (deixar o país) imigrar (entrar no país)</p><p>Palavras homônimas têm a mesma pronúncia, mas signi-</p><p>ficados diferentes. Exemplos:</p><p>cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos)</p><p>ruço (pardo claro) russo (da Rússia)</p><p>tachar (censurar) taxar (fixar taxa)</p><p>Consoantes dobradas</p><p>- Só se duplicam as consoantes C, R, S.</p><p>- Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes</p><p>soam distintamente: convicção, cocção, fricção, facção, etc.</p><p>- Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, inter-</p><p>vocálicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante,</p><p>respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando</p><p>há um elemento de composição terminado em vogal a seguir,</p><p>sem interposição do hífen, palavra começada com /r/ ou /s/:</p><p>arroxeado, correlação, pressupor, etc.</p><p>Uso do hífen</p><p>Desde a entrada em vigor do atual acordo ortográfico, a</p><p>escrita de palavras com hífen e sem hífen tem sido motivo de</p><p>dúvidas para diversos falantes.</p><p>Palavras com hífen:</p><p>segunda-feira (e não segunda feira);</p><p>bem-vindo (e não benvindo);</p><p>mal-humorado (e não mal humorado);</p><p>micro-ondas (e não microondas);</p><p>bem-te-vi (e não bem te vi).</p><p>Palavras sem hífen:</p><p>dia a dia (e não dia-a-dia);</p><p>fim de semana (e não fim-de-semana);</p><p>à toa (e não à-toa);</p><p>autoestima (e não auto-estima);</p><p>antirrugas (e não anti-rugas).</p><p>8 - ACENTUAÇÃO GRÁFICA.</p><p>A acentuação gráfica é feita através de sinais diacríticos</p><p>que, sobrepostos às vogais, indicam a pronúncia correta das</p><p>palavras no que respeita à sílaba tônica e no que respeita à</p><p>modulação aberta ou fechada das vogais.</p><p>Esses são elementos essenciais para estabelecer organi-</p><p>zadamente, por meio de regras, a intensidade das palavras</p><p>das sílabas portuguesas.</p><p>Acentuação tônica</p><p>Refere-se à intensidade em que são pronunciadas as sí-</p><p>labas das palavras. Aquela que é pronunciada de forma mais</p><p>acentuada é a sílaba tônica. As demais, pronunciadas com</p><p>menos intensidade, são denominadas</p><p>de átonas.</p><p>De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos</p><p>com mais de uma sílaba classificam-se em:</p><p>Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz,</p><p>escritor, maracujá.</p><p>Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa,</p><p>lápis, montanha, imensidade.</p><p>Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúlti-</p><p>ma: árvore, quilômetro, México.</p><p>Acentuação gráfica</p><p>- Proparoxítonas: todas acentuadas (místico, jurídico, bé-</p><p>lico).</p><p>- Palavras oxítonas: oxítonas terminadas em “a”, “e”, “o”,</p><p>“em”, seguidas ou não do plural (s): (Paraná – fé – jiló (s)).</p><p>- Também acentuamos nos casos abaixo:</p><p>- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, segui-</p><p>dos ou não de “s”: (pá – pé – dó)</p><p>- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos segui-</p><p>das de lo, la, los, las: (recebê-lo – compô-lo)</p><p>- Paroxítonas: Acentuam-se as palavras paroxítonas ter-</p><p>minadas em: i, is (táxi – júri), us, um, uns (vírus, fórum), l, n, r,</p><p>x, ps (cadáver – tórax – fórceps), ã, ãs, ão, ãos (ímã – órgãos).</p><p>- Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não</p><p>de “s”: (mágoa – jóquei)</p><p>Regras especiais:</p><p>- Ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi”, perderam o</p><p>acento com o Novo Acordo.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>10</p><p>Antes agora</p><p>Assembléia Assembleia</p><p>Idéia Ideia</p><p>Geléia Geleia</p><p>Jibóia Jiboia</p><p>Apóia (verbo) Apoia</p><p>Paranóico Paranoico</p><p>- “i” e “u” tônicos formarem hiato com a vogal anterior,</p><p>acompanhados ou não de “s”, desde que não sejam seguidos</p><p>por “-nh”, haverá acento: (saída – baú – país).</p><p>- Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos formando</p><p>hiato quando vierem depois de ditongo:</p><p>Antes agora</p><p>Bocaiúva Bocaiuva</p><p>Feiúra Feiura</p><p>Sauípe Sauipe</p><p>- Acento pertencente aos hiatos “oo” e “ee” foi abolido.</p><p>Antes agora</p><p>crêem creem</p><p>vôo voo</p><p>- Vogais “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de vogal</p><p>idêntica, não tem mais acento: (xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba).</p><p>- Haverá o acento em palavra proparoxítona, pois a regra</p><p>de acentuação das proparoxítonas prevalece sobre a dos hia-</p><p>tos: (se-ri-ís-si-mo)</p><p>- Não há mais acento nas formas verbais que possuíam o</p><p>acento tônico na raiz com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e</p><p>seguido de “e” ou “i”.</p><p>Antes agora</p><p>averigúe (averiguar) averigue</p><p>argúi (arguir) argui</p><p>- 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos ver-</p><p>bos ter e vir e dos seus compostos (conter, reter, advir, convir</p><p>etc.) tem acento.</p><p>Singular plural</p><p>ele tem eles têm</p><p>ele vem eles vêm</p><p>ele obtém eles obtêm</p><p>→ Palavras homógrafas para diferenciá-las de outras se-</p><p>melhantes não se usa mais acento. Apenas em algumas exce-</p><p>ções, como:</p><p>A forma verbal pôde (3ª pessoa do singular - pretérito</p><p>perfeito do indicativo) ainda é acentuada para diferenciar-</p><p>-se de pode (3ª pessoa do singular - presente do indicativo).</p><p>Também o verbo pôr para diferenciá-lo da preposição por.</p><p>Alguns homógrafos:</p><p>pera (substantivo) - pera (preposição antiga)</p><p>para (verbo) - para (preposição)</p><p>pelo(s) (substantivo) - pelo (do verbo pelar)</p><p>Atenção, pois palavras derivadas de advérbios ou adjeti-</p><p>vos não são acentuadas</p><p>Exemplos:</p><p>Facilmente - de fácil</p><p>Habilmente - de hábil</p><p>Ingenuamente – de ingênuo</p><p>Somente - de só</p><p>Unicamente - de único</p><p>Dinamicamente - de dinâmico</p><p>Espontaneamente - de espontâneo</p><p>Uso da Crase</p><p>- É usada na contração da preposição a com as formas</p><p>femininas do artigo ou pronome demonstrativo a: à (de a +</p><p>a), às (de a + as).</p><p>- A crase é usada também na contração da preposição “a”</p><p>com os pronomes demonstrativos:</p><p>àquele(s)</p><p>àquela(s)</p><p>àquilo</p><p>àqueloutro(s)</p><p>àqueloutra (s)</p><p>Uso do Trema</p><p>- Só é utilizado nas palavras derivadas de nomes pró-</p><p>prios.</p><p>Müller – de mülleriano</p><p>9 - EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.</p><p>Há um caso de contração que merece destaque: A crase,</p><p>que é a fusão da preposição a com o artigo definido feminino</p><p>a(s), ou da preposição a com o a inicial dos pronomes de-</p><p>monstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo, ou ainda da pre-</p><p>posição a com um pronome demonstrativo a(s), ou então da</p><p>preposição a com o a inicial do pronome relativo a qual (as</p><p>quais).</p><p>Essa fusão de duas vogais idênticas, graficamente repre-</p><p>sentada por um a com acento grave (à), dá-se o nome de cra-</p><p>se. Veremos, a seguir, as principais regras.</p><p>Usa-se a Crase:</p><p>- Locuções prepositivas, locuções adverbiais ou locu-</p><p>ções conjuntivas com o núcleo um substantivo feminino: à</p><p>queima-roupa, à noite, à força de, às vezes, às escuras, à me-</p><p>dida que, às pressas, à custa de, às mil maravilhas, à tarde, às</p><p>onze horas, etc. Não confunda a locução adverbial às vezes</p><p>com a expressão fazer as vezes de, em que não há crase por-</p><p>que o “as” é artigo definido puro.</p><p>- Locuções que exprimem hora determinada: Ele che-</p><p>gou às dez horas e vinte minutos.</p><p>- A expressão “à moda de” (ou “à maneira de”) estiver</p><p>subentendida: Mesmo que a palavra subsequente for mascu-</p><p>lina há crase: Ele é um galã à Don Juan.</p><p>- As expressões “rua”, “loja”, “estação de rádio”, etc.</p><p>estiverem subentendidas: Virou sentido à Higienópolis (=</p><p>Virou sentido à Rua Higienópolis); Fomos à Pernambucanas</p><p>(fomos à loja Pernambucanas).</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>11</p><p>- É implícita uma palavra feminina: Esta fruta é seme-</p><p>lhante à uva (= à fruta).</p><p>- Pronome substantivo possessivo feminino no singular</p><p>ou plural: Aquela casa é semelhante à nossa. O acento indica-</p><p>tivo de crase é obrigatório porque, no masculino, ficaria assim:</p><p>Aquele carro é semelhante ao nosso (preposição + artigo de-</p><p>finido).</p><p>- Não confundir devido com dado (a, os, as): a expressão</p><p>pede preposição “a”, tendo crase antes de palavra feminina de-</p><p>terminada pelo artigo definido. Devido à chuva de ontem, os</p><p>trabalhos foram cancelados (= devido ao temporal de ontem,</p><p>os trabalhos...); Já a outra expressão não aceita preposição “a”</p><p>(o “a” que aparece é artigo definido, não se usa, crase): Dada a</p><p>resposta sobre o acidente (= dado o esclarecimento sobre...).</p><p>Fora os casos anteriores, deve-se substituir a palavra femi-</p><p>nina por outra masculina da mesma função sintática. Caso use</p><p>“ao” no masculino, haverá crase no “a” do feminino. Se ocorrer</p><p>“a” ou “o” no masculino, não haverá crase no “a” do feminino.</p><p>Não se usa Crase:</p><p>- Antes de palavra masculina: Chegou a tempo; Vende-se</p><p>a prazo.</p><p>- Antes de verbo: Ficamos a admirá-los; Ele começou a ter</p><p>alucinações.</p><p>- Antes de artigo indefinido: Nos dirigimos a um caixa.</p><p>- Antes de expressão de tratamento introduzida pelos</p><p>pronomes possessivos Vossa ou Sua ou a expressão Você:</p><p>Enviaram convites a Vossa Senhoria; Encontraremos a Sua</p><p>Majestade; Ele queria perguntar a você.</p><p>- Antes dos pronomes demonstrativos esta e essa: Me</p><p>refiro a esta menina; A família não deu ouvidos a essa fofoca.</p><p>- Antes dos pronomes pessoais: Não diga a ela.</p><p>- Antes dos pronomes indefinidos com exceção de outra:</p><p>Falarei isso a qualquer pessoa. Com o pronome indefinido ou-</p><p>tra(s), pode haver crase pois, às vezes, aceita o artigo definido</p><p>a(s): Estavam de frente umas às outras (no masculino, ficaria</p><p>“Estavam de frente uns aos outros”).</p><p>- Quando o “a” estiver no singular e a palavra seguinte</p><p>estiver no plural: Contei a pessoas que perguntaram.</p><p>- Quando, antes do “a”, houver preposição: Os livros es-</p><p>tavam sob a mesa. Exceção para até por motivo de clareza: A</p><p>água do rio subiu até à Prefeitura da cidade. (= a água chegou</p><p>perto da Prefeitura); se não houvesse o sinal da crase, o senti-</p><p>do ficaria ambíguo: a água chegou até a Prefeitura (= inundou</p><p>inclusive a Prefeitura).</p><p>- Com expressões repetitivas: Secamos a casa gota a gota.</p><p>- Com expressões tomadas de maneira indeterminada:</p><p>Prefiro jiló a injeção (no masc. = prefiro jiló a remédio).</p><p>- Antes de pronome interrogativo, não ocorre crase: A</p><p>qual autoridade irá se dirigir?</p><p>- Na expressão valer a pena (no sentido de valer o sa-</p><p>crifício, o esforço), não ocorre crase, pois o “a” é artigo de-</p><p>finido: Não sei se este trabalho vale a pena.</p><p>Crase Facultativa:</p><p>- Antes de nomes próprios femininos: Dei os parabéns</p><p>à Cida; Dei os parabéns a Cida. Antes de um nome de pessoa,</p><p>pode-se ou não usar o artigo “a” (“A Camila é uma boa amiga”.</p><p>Ou “Camila é uma boa amiga”). Sendo assim, mesmo que a</p><p>preposição esteja presente, a crase é facultativa.</p><p>- Antes de pronome adjetivo possessivo feminino sin-</p><p>gular: Pediu permissão à minha esposa; Pediu permissão a</p><p>minha esposa. Mesma explicação é idêntica à do item ante-</p><p>rior. Portanto, mesmo com a presença da preposição, a crase</p><p>é facultativa.</p><p>- Nomes de localidades: há as que admitem artigo an-</p><p>tes e as que não o admitem. Para se saber se o nome de uma</p><p>localidade aceita artigo, substitua o verbo da frase pelos ver-</p><p>bos estar ou vir. Se ocorrer a combinação “na” com o verbo</p><p>estar ou “da” com o verbo vir, haverá crase com o “a” da frase</p><p>original. Se ocorrer “em” ou “de”, não haverá crase: Quero co-</p><p>nhecer à Europa (estou na Europa; vim da Europa); O avião</p><p>dirigia-se a São Paulo (estou em São Paulo; vim de São Paulo).</p><p>7 - SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO.</p><p>Sintaxe</p><p>A Sintaxe constitui seu foco de análise na sentença, ou</p><p>seja, estuda a função dos vocábulos dentro de uma frase.</p><p>A Gramática Tradicional trabalha a Sintaxe sob a forma</p><p>de “análise sintática” que, consiste em classificar os vocábu-</p><p>los em sujeito, predicado ou outros “termos acessórios da</p><p>oração” (adjunto adverbial, adnominal, aposto).</p><p>Análise Sintática</p><p>Examina a estrutura do período, divide e classifica as</p><p>orações que o constituem e reconhece a função sintática dos</p><p>termos de cada oração.</p><p>Frase</p><p>A construção da fala é feita a partir da articulação de uni-</p><p>dades comunicativas. Essas unidades exprimem ideias, emo-</p><p>ções, ordens, apelos, enfim, transmitem comunicação. São</p><p>chamadas frases</p><p>Exemplos:</p><p>Espantoso!</p><p>Aonde vai com tanta pressa?</p><p>“O bicho, meu Deus, era um homem.” (Manuel Bandeira)</p><p>A frase pode ou não se organizar ao redor de um verbo.</p><p>Na língua falada, a frase é caracterizada pela entonação.</p><p>Tipos de frases</p><p>A intencionalidade do discurso é manifestada através</p><p>dos diferentes tipos de frases. Para tanto, os sinais de pontua-</p><p>ção que as acompanham auxiliam para expressar o sentido</p><p>de cada uma delas.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>12</p><p>Frases exclamativas: são empregadas quando o emissor</p><p>quer manifestar emoção. São sinalizadas com ponto de excla-</p><p>mação:</p><p>Puxa!</p><p>Até que enfim!</p><p>Frases declarativas: representam a constatação de um</p><p>fato pelo emissor. Levam ponto final e podem ser afirmativas</p><p>ou negativas.</p><p>- Declarativas afirmativas:</p><p>Gosto de comida apimentada.</p><p>As matrículas começam hoje.</p><p>- Declarativas negativas:</p><p>Não gosto de comida apimentada.</p><p>As matrículas não começam hoje.</p><p>Frases imperativas: são utilizadas para emissão de or-</p><p>dens, conselhos e pedidos. Levam ponto final ou ponto de</p><p>exclamação.</p><p>- Imperativas afirmativas:</p><p>Vá por ali.</p><p>Siga-me!</p><p>- Imperativas negativas:</p><p>Não vá por ali.</p><p>Não me siga!</p><p>Frases interrogativas: ocorrem quando o emissor faz</p><p>uma pergunta na mensagem. Podem ser diretas ou indiretas.</p><p>As interrogativas diretas devem ser sinalizadas com pon-</p><p>to de interrogação, enquanto as interrogativas indiretas, pon-</p><p>to final.</p><p>- Interrogativas diretas:</p><p>Escreveu o discurso?</p><p>O prazo terminou?</p><p>- Interrogativas indiretas:</p><p>Quero saber se o discurso está feito.</p><p>Precisava saber se o prazo terminou.</p><p>Frases optativas: expressam um desejo e são sinalizadas</p><p>com ponto de exclamação:</p><p>Que Deus te abençoe!</p><p>uita sorte para a nova etapa!</p><p>Oração</p><p>É o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou</p><p>de uma locução verbal. As orações podem ou não ter sentido</p><p>completo.</p><p>As orações são a base para a construção dos períodos, e</p><p>são formadas por vários termos. Alguns termos estão presen-</p><p>tes em todas ou na maioria das orações. É o caso do sujeito e</p><p>predicado. Outros termos não tão frequentes, ou têm um uso</p><p>situacional, como os complementos e adjuntos.</p><p>Exemplo:</p><p>A mulher trancou toda a casa.</p><p>A mulher – sujeito</p><p>trancou toda a casa – predicado</p><p>Amanheceu logo em seguida. (toda a oração é predica-</p><p>do)</p><p>Sujeito é aquele ou aquilo de que(m) se fala. Já o pre-</p><p>dicado é a informação dada sobre o sujeito. Núcleo de um</p><p>termo é a palavra principal (geralmente um substantivo, pro-</p><p>nome ou verbo).</p><p>Os termos da oração são divididos em três níveis:</p><p>- Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado.</p><p>- Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal</p><p>e Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e</p><p>Agente da Passiva).</p><p>- Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Ad-</p><p>junto Adverbial, Vocativo e Aposto.</p><p>Termos Essenciais da Oração: sujeito e predicado.</p><p>Sujeito: aquele que estabelece concordância com o nú-</p><p>cleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, o</p><p>núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o</p><p>núcleo é sempre um nome. Então têm por características bá-</p><p>sicas:</p><p>- ter concordância com o núcleo do predicado;</p><p>- ser elemento determinante em relação ao predicado;</p><p>- ser formado por um substantivo, ou pronome substan-</p><p>tivo ou, uma palavra substantivada.</p><p>Tipos de sujeito:</p><p>- Simples: um só núcleo: O menino estudou.</p><p>- Composto: mais de um núcleo: “O menino e a menina es-</p><p>tudaram.”</p><p>- Expresso: está explícito, enunciado: Ela ligará para você.</p><p>- Oculto (elíptico): está implícito (não está expresso), mas</p><p>se deduz do contexto: Chegarei amanhã. (sujeito: eu, que se</p><p>deduz da desinência do verbo);</p><p>- Agente: ação expressa pelo verbo da voz ativa: O Everest</p><p>é quase invencível.</p><p>- Paciente: sofre ou recebe os efeitos da ação marcada</p><p>pelo verbo passivo: O prédio foi construído.</p><p>- Agente e Paciente: o sujeito realiza a ação expressa por</p><p>um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos</p><p>dessa ação: João cortou-se com aquela faca.</p><p>- Indeterminado: não se indica o agente da ação verbal:</p><p>Feriram aquele cachorro com uma pedra.</p><p>- Sem Sujeito: enunciação pura de um fato, através do pre-</p><p>dicado. São formadas com os verbos impessoais, na 3ª pessoa</p><p>do singular: Choveu durante a noite.</p><p>Predicado: segmento linguístico que estabelece concor-</p><p>dância com outro termo essencial da oração, o sujeito, sendo</p><p>este o termo determinante (ou subordinado) e o predicado</p><p>o termo determinado (ou principal). Têm por características</p><p>básicas: apresentar-se como elemento determinado em</p><p>relação ao sujeito; apontar um atributo ou acrescentar nova</p><p>informação ao sujeito.</p><p>Tipos de predicado:</p><p>- predicado nominal: seu núcleo é um nome, substantivo,</p><p>adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por um verbo de ligação.</p><p>O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo do su-</p><p>jeito, pois atribui ao sujeito uma qualidade ou característica.</p><p>- predicado verbal: seu núcleo é um verbo, seguido, ou</p><p>não, de complemento(s) ou termos acessórios).</p><p>- predicado verbo-nominal: tem dois núcleos significati-</p><p>vos: um verbo e um nome</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>13</p><p>Predicação verbal é o modo pelo qual o verbo forma o</p><p>predicado.</p><p>Alguns verbos que, tem sentido completo, sendo apenas</p><p>eles o predicado. São denominados intransitivos. Exemplo:</p><p>As folhas caem.</p><p>Outros, para fazerem parte do predicado precisam de</p><p>outros termos: Chamados transitivos. Exemplos: José com-</p><p>prou o carro. (Sem os seus complementos, o verbo comprou,</p><p>não transmitiria uma informação completa: comprou o quê?)</p><p>Os verbos de predicação completa denominam-se in-</p><p>transitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os</p><p>verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos,</p><p>transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos (bi-</p><p>transitivos).</p><p>Além dos verbos transitivos e intransitivos, existem os</p><p>verbos de ligação que entram na formação do predicado no-</p><p>minal, relacionando o predicativo com o sujeito.</p><p>- Transitivos Diretos: pedem um objeto direto, isto é, um</p><p>complemento sem preposição. Exemplo: Comprei um terre-</p><p>no e construí a loja.</p><p>- Transitivos Indiretos: pedem um complemento regido</p><p>de preposição, chamado objeto indireto. Exemplo: Não se</p><p>perdoa ao político que rouba aos montes.</p><p>- Transitivos Diretos e Indiretos: se usam com dois obje-</p><p>tos: direto e indireto, concomitantemente. Exemplo: Maria</p><p>dava alimento aos pobres.</p><p>- de Ligação: ligam ao sujeito uma palavra ou expressão</p><p>chamada predicativo. Esses verbos entram na formação do</p><p>predicado nominal.</p><p>Exemplo: A Bahia é quente.</p><p>Predicativo: Existe o predicativo do sujeito e o predica-</p><p>tivo do objeto.</p><p>Predicativo do Sujeito: termo que exprime um atributo,</p><p>um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por</p><p>um verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos: A ban-</p><p>deira é o símbolo da nação.</p><p>Predicativo do Objeto: termo que se refere ao objeto de</p><p>um verbo transitivo. Exemplo: O juiz declarou o réu culpado.</p><p>Termos Integrantes da Oração</p><p>São os termos que completam a significação transitiva</p><p>dos verbos e nomes. Integram o sentido da oração, sendo as-</p><p>sim indispensável à compreensão do enunciado. São eles:</p><p>- Complemento Verbal (Objeto Direto e Objeto Indireto);</p><p>- Complemento Nominal;</p><p>- Agente da Passiva.</p><p>Objeto Direto: complemento dos verbos de predicação</p><p>incompleta, não regido, normalmente, de preposição. Exem-</p><p>plo: As plantas purificaram o ar.</p><p>Tem as seguintes características:</p><p>- Completa a significação dos verbos transitivos diretos;</p><p>- Geralmente, não vem regido de preposição;</p><p>- Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um</p><p>verbo ativo.</p><p>- Torna-se sujeito da oração na voz passiva.</p><p>Objeto Indireto: complemento verbal regido de preposi-</p><p>ção necessária e sem valor circunstancial. Representa, o ser a</p><p>que se destina ou se refere à ação verbal. É sempre regido de</p><p>preposição, expressa ou implícita.</p><p>Complemento Nominal: termo complementar reclama-</p><p>do pela significação transitiva, incompleta, de certos substan-</p><p>tivos, adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de preposi-</p><p>ção. Exemplo: Assistência às aulas.</p><p>Agente da Passiva: complemento de um verbo na voz</p><p>passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo</p><p>verbo passivo. Vem regido comumente pela preposição por, e</p><p>menos frequentemente pela preposição de.</p><p>Termos Acessórios da Oração</p><p>São os que desempenham na oração uma função</p><p>secundária, qual seja a de caracterizar um ser, determinar os</p><p>substantivos, exprimir alguma circunstância. São eles:</p><p>Adjunto adnominal: termo que caracteriza ou determi-</p><p>na os substantivos. Pode ser expresso: Pelos adjetivos: ani-</p><p>mal feroz; Pelos artigos: o mundo; Pelos pronomes adjetivos:</p><p>muitos países.</p><p>Adjunto adverbial:termo que exprime uma circuns-</p><p>tância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras,</p><p>que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. É</p><p>expresso: Pelos advérbios: Cheguei cedo; Pelas locuções ou</p><p>expressões adverbiais: Saí com meu pai.</p><p>Aposto: palavra ou expressão que explica ou esclarece,</p><p>desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos: Da-</p><p>vid, que foi um excelente aluno, passou no vestibular.</p><p>O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome</p><p>substantivo: O aposto não pode ser formado por adjetivos.</p><p>Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, na</p><p>escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões.</p><p>Vocativo: termo usado para chamar ou interpelar a pes-</p><p>soa, o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos.</p><p>Exemplo: Vamos à escola, meus filhos!</p><p>O vocativo não pertence à estrutura da oração, por isso</p><p>não se anexa ao sujeito nem ao predicado.</p><p>Período</p><p>O período pode ser caracterizado pela presença de uma</p><p>ou de mais orações, por isso, pode ser simples ou composto.</p><p>Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é</p><p>chamada de oração absoluta. Exemplo: Já chegamos.</p><p>Período Composto - apresenta duas ou mais orações.</p><p>Exemplo: Conversamos quando eu voltar. O número de ora-</p><p>ções depende do número de verbos presentes num enunciado.</p><p>Classificação do Período Composto</p><p>Período Composto por Coordenação - as orações são</p><p>independentes entre si, ou seja, cada uma delas têm sentido</p><p>completo.</p><p>Exemplo: Entrou na loja e comprou vários sapatos.</p><p>Período Composto por Subordinação - as orações</p><p>relacionam-se entre si.</p><p>Exemplo: Espero terminar meu trabalho antes do meu</p><p>patrão voltar de viagem.</p><p>Período Composto por Coordenação e Subordinação -</p><p>há a presença de orações coordenadas e subordinadas.</p><p>Exemplo: Enquanto eles falarem, nós vamos escutar.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>14</p><p>Orações Coordenadas</p><p>Podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamen-</p><p>te, conforme são utilizadas ou não conjunções Exemplos:</p><p>Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada</p><p>pelo uso da conjunção “ora...ora”). As aulas começaram, os</p><p>deveres começaram e a preguiça deu lugar à determinação.</p><p>(orações coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os</p><p>deveres começaram”, oração coordenada sindética: “e a pre-</p><p>guiça deu lugar à determinação”.)</p><p>As orações coordenadas sindéticas podem ser:</p><p>- Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo:</p><p>Gosto de salgado, mas também gosto de doce.</p><p>- Adversativas: quando as orações expressam adversida-</p><p>de. Exemplo: Gostava do moço, porém não queria se casar.</p><p>- Alternativas: quando as orações expressam alternativa.</p><p>Exemplo: Fica ele ou fico eu.</p><p>- Conclusivas: quando as orações expressam conclusão.</p><p>Exemplo: Estão de acordo, então vamos.</p><p>- Explicativas: quando as orações expressam explicação.</p><p>Exemplo: Fizemos a tarefa hoje porque tivemos tempo.</p><p>Orações Subordinadas</p><p>As orações subordinadas podem ser substantivas,</p><p>adjetivas ou adverbiais, conforme a sua função.</p><p>- Substantivas: quando as orações têm função de substan-</p><p>tivo. Exemplo: Espero que eles consigam.</p><p>- Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo.</p><p>Exemplo: Os concorrentes que se preparam mais têm um de-</p><p>sempenho melhor.</p><p>- Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio.</p><p>Exemplo: À medida que crescem, aumentam os gastos.</p><p>8 - PONTUAÇÃO.</p><p>Pontuação são sinais gráficos empregados na língua es-</p><p>crita para demonstrar recursos específicos da língua falada,</p><p>como: entonação, silêncio, pausas, etc. Tais sinais têm papéis</p><p>variados no texto escrito e, se utilizados corretamente, facili-</p><p>tam a compreensão e entendimento do texto.</p><p>Ponto ( . )</p><p>Usamos para:</p><p>- indicar o final de uma frase declarativa: não irei ao sho-</p><p>pping hoje.</p><p>- separar períodos entre si: Fecha a porta. Abre a janela.</p><p>- abreviaturas: Av.; V. Ex.ª</p><p>Vírgula ( , )</p><p>Usamos para:</p><p>- marcar pausa do enunciado a fim de indicar que os ter-</p><p>mos separados, apesar de serem da mesma frase ou oração,</p><p>não formam uma unidade sintática: Maria, sempre muito</p><p>simpática, acenou para seus amigos.</p><p>Não se separam por vírgula:</p><p>- predicado de sujeito;</p><p>- objeto de verbo;</p><p>- adjunto adnominal de nome;</p><p>- complemento nominal de nome;</p><p>- predicativo do objeto;</p><p>- oração principal da subordinada substantiva (desde</p><p>que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).</p><p>A vírgula também é utilizada para:</p><p>- separar o vocativo: João, conte a novidade.</p><p>- separar alguns apostos: Célia, muito prendada, prepa-</p><p>rou a refeição.</p><p>- separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:</p><p>Algumas pessoas, muitas vezes, são falsas.</p><p>- separar elementos de uma enumeração: Vendem-se</p><p>pães, tortas e sonho.</p><p>- separar conjunções intercaladas: Mário, entretanto, nun-</p><p>ca mais deu notícias.</p><p>- isolar o nome de lugar na indicação de datas: Londrina,</p><p>25 de Setembro de 2017.</p><p>- marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo):</p><p>Ele prefere dormir, eu me exercitar. (omissão do verbo prefe-</p><p>rir)</p><p>Ponto-e-Vírgula ( ; )</p><p>Usamos para:</p><p>- separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma peti-</p><p>ção, de uma sequência, etc.:</p><p>Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas</p><p>formais e não formais, como direito de cada um, observados:</p><p>I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e</p><p>associações, quanto a sua organização e funcionamento;</p><p>II - a destinação de recursos públicos para a promoção</p><p>prioritária do desporto educacional e, em casos específicos,</p><p>para a do desporto de alto rendimento;</p><p>III - o tratamento diferenciado para o desporto profissio-</p><p>nal e o não profissional;</p><p>IV - a proteção e o incentivo às manifestações desporti-</p><p>vas de criação nacional.</p><p>- separar orações coordenadas muito extensas ou ora-</p><p>ções coordenadas nas quais já tenham sido utilizado a vír-</p><p>gula.</p><p>Dois-Pontos ( : )</p><p>Usamos para:</p><p>- iniciar a fala dos personagens: O pai disse: Conte-me a</p><p>verdade, meu filho.</p><p>-</p><p>antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou</p><p>sequência de palavras que explicam, resumem ideias anterio-</p><p>res: Comprei alguns itens: arroz, feijão e carne.</p><p>- antes de citação: Como dizia minha mãe: “Você não é</p><p>todo mundo.”</p><p>Ponto de Interrogação ( ? )</p><p>Usamos para:</p><p>- perguntas diretas: Onde você mora?</p><p>- em alguns casos, junto com o ponto de exclamação:</p><p>Quem você ama? Você. Eu?!</p><p>Ponto de Exclamação ( ! )</p><p>Usamos:</p><p>- Após vocativo: Volte, João!</p><p>- Após imperativo: Aprenda!</p><p>- Após interjeição: Psiu! Eba!</p><p>- Após palavras ou frases que tenham caráter emocional:</p><p>Poxa!</p><p>Reticências ( ... )</p><p>Usamos para:</p><p>- indicar dúvidas ou hesitação do falante: Olha...não sei se</p><p>devo... melhor não falar.</p><p>- interrupção de uma frase deixada gramaticalmente in-</p><p>completa: Você queria muito este jogo novo? Bom, não sei se</p><p>você merece...</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>15</p><p>- indicar supressão de palavra(s) numa frase transcrita:</p><p>Quando ela começou a falar, não parou mais... terminou uma</p><p>hora depois.</p><p>Aspas ( “ ” )</p><p>Usamos para:</p><p>- isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta:</p><p>gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e</p><p>expressões populares.</p><p>- indicar uma citação textual.</p><p>Parênteses ( () )</p><p>Usamos para:</p><p>- isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicati-</p><p>vo e datas: No dia do seu nascimento (08/08/984) foi o dia</p><p>mais quente do ano.</p><p>- podem substituir a vírgula ou o travessão.</p><p>Travessão (__ )</p><p>Usamos para:</p><p>- dar início à fala de um personagem: Filó perguntou: __</p><p>Maria, como faz esse doce?</p><p>- indicar mudança do interlocutor nos diálogos. __Mãe,</p><p>você me busca? __Não se preocupe, chegarei logo.</p><p>- Também pode ser usado em substituição à virgula, em</p><p>expressões ou frases explicativas: Pelé – o rei do futebol –</p><p>está muito doente.</p><p>Colchetes ( [] )</p><p>Usamos para:</p><p>- linguagem científica.</p><p>Asterisco ( * )</p><p>Usamos para:</p><p>- chamar a atenção do leitor para alguma nota (observa-</p><p>ção).</p><p>9 - CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL.</p><p>Segundo Mattoso câmara Jr., dá-se o nome de concordân-</p><p>cia à circunstância de um adjetivo variar em gênero e número</p><p>de acordo com o substantivo a que se refere (concordância</p><p>nominal) e à de um verbo variar em número e pessoa de acor-</p><p>do com o seu sujeito (concordância verbal). Entretanto, há</p><p>casos em que existem dúvidas.</p><p>Concordância Nominal</p><p>O adjetivo e palavras adjetivas (artigo, numeral, pronome</p><p>adjetivo) concordam em gênero e número com o nome a que</p><p>se referem.</p><p>Adjetivos e um substantivo: Quando houver mais de um</p><p>adjetivo para um substantivo, os adjetivos concordam em gê-</p><p>nero e número com o substantivo.</p><p>Amava suco gelado e doce.</p><p>Substantivos e um adjetivo: Quando há mais do que um</p><p>substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de concor-</p><p>dar:</p><p>- Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo</p><p>deve concordar com o substantivo mais próximo.</p><p>Lindo pai e filho.</p><p>- Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjeti-</p><p>vo deve concordar com o substantivo mais próximo ou tam-</p><p>bém com todos os substantivos.</p><p>Comida e bebida perfeita.</p><p>Comida e bebida perfeitas.</p><p>- Palavras adverbiais x palavras adjetivas: há palavras</p><p>que têm função de advérbio, mas às vezes de adjetivo.</p><p>Quando advérbio, são invariáveis: Há bastante comida.</p><p>Quando adjetivo, concordam com o nome a que se refe-</p><p>rem: Há bastantes motivos para não gostar dele.</p><p>Fazem parte desta classificação: pouco, muito, bastante,</p><p>barato, caro, meio, longe, etc.</p><p>- Expressões “anexo” e “obrigado”: tratam-se de pala-</p><p>vras adjetivas, e devem concordar com o nome a que se re-</p><p>ferem.</p><p>Seguem anexas as avaliações.</p><p>Seguem anexos os conteúdos.</p><p>Muito obrigado, disse ele.</p><p>Muito obrigada, disse ela.</p><p>Sob a mesma regra, temos palavras como: incluso, quite,</p><p>leso, mesmo e próprio.</p><p>Concordância Verbal</p><p>A concordância verbal ocorre quando o verbo de flexiona</p><p>para concordar com o sujeito gramatical. Essa flexão verbal é</p><p>feita em número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª, 2.ª ou</p><p>3.ª pessoa).</p><p>Sujeito composto antes do verbo: O sujeito é composto e</p><p>vem antes do verbo que deve estar sempre no plural.</p><p>João e Paulo conversaram pelo telefone.</p><p>Sujeito composto depois do verbo: O sujeito composto</p><p>vem depois do verbo, tanto pode ficar no plural como pode</p><p>concordar com o sujeito mais próximo.</p><p>Brincaram Pedro e Vítor.</p><p>Brincou Pedro e Vítor.</p><p>Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes: O</p><p>sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferen-</p><p>tes. O verbo também deve ficar no plural e concordará com a</p><p>pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade.</p><p>1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu,</p><p>vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).</p><p>Nós, vós e eles vamos à igreja.</p><p>Casos específicos de concordância verbal</p><p>- Concordância verbal com verbos impessoais: como não</p><p>apresentam sujeito, são conjugados sempre na 3.ª pessoa do</p><p>singular:</p><p>Faz cinco anos que eu te conheci. (verbo fazer indicando</p><p>tempo decorrido)</p><p>- Concordância verbal com a partícula apassivadora se: o</p><p>objeto direto assume a função de sujeito paciente, e o verbo</p><p>estabelece concordância em número com o objeto direto:</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>16</p><p>Vende-se ovo.</p><p>Vendem-se ovos.</p><p>- Concordância verbal com a partícula de indeterminação</p><p>do sujeito se: Quando atua como indeterminadora do sujeito,</p><p>o verbo fica sempre conjugado na 3.ª pessoa do singular:</p><p>Precisa-se de vendedor.</p><p>Precisa-se de vendedores.</p><p>- Concordância verbal com a maioria, a maior parte, a</p><p>metade,...: o verbo fica conjugado na 3.ª pessoa do singular.</p><p>Porém, já se considera aceitável o uso da 3.ª pessoa do plural:</p><p>A maioria dos meninos vai…</p><p>A maior parte dos meninos vai…</p><p>A maioria dos meninos vão…</p><p>A maior parte dos meninos vão…</p><p>- Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo</p><p>concorda com o termo antecedente ao pronome relativo que:</p><p>Fui eu que contei o segredo.</p><p>Foi ele que contou o segredo.</p><p>Fomos nós que contamos o segredo.</p><p>- Concordância verbal com pronome relativo quem: o ver-</p><p>bo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo</p><p>quem ou fica conjugado na 3.ª pessoa do singular:</p><p>Fui eu quem contei o segredo.</p><p>Fomos nós quem contamos o segredo</p><p>Fui eu quem contou o segredo.</p><p>Fomos nós quem contou o segredo.</p><p>- Concordância verbal com o infinitivo pessoal: o infinitivo</p><p>é flexionado, principalmente, quer definir o sujeito e o sujeito</p><p>da segunda oração é diferente da primeira:</p><p>Eu pedi para eles fazerem a tarefa.</p><p>- Concordância verbal com o infinitivo impessoal: o infini-</p><p>tivo não é flexionado em locuções verbais e em verbos pre-</p><p>posicionados:</p><p>Foram impedidos de entender a razão.</p><p>- Concordância verbal com o verbo ser: a concordância em</p><p>número é estabelecida com o predicativo do sujeito:</p><p>Isto é verdade!</p><p>Isto são verdades!</p><p>- Concordância verbal com um dos que: o verbo fica sem-</p><p>pre na 3.ª pessoa do plural:</p><p>Um dos que foram…</p><p>Um dos que podem…</p><p>10 - REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL.</p><p>Regência é a relação de subordinação que ocorre entre</p><p>um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em</p><p>estabelecer relações entre as palavras, criando frases não</p><p>ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado,</p><p>que sejam corretas e claras.</p><p>Regência Nominal</p><p>Há nomes de sentido incompletos. Substantivos, adje-</p><p>tivos, e, certos advérbios, podem, como no caso dos verbos,</p><p>precisar de um complemento (complemento nominal) para</p><p>completar seu sentido: Sou devoto (nome de sentido incom-</p><p>pleto) ao Santo Expedito (compl. Nominal).</p><p>O substantivo devoto rege um complemento nominal</p><p>precedido da preposição (ao). Sendo assim, a relação parti-</p><p>cular entre o nome e complemento, está sempre marcada por</p><p>uma preposição.</p><p>Contudo, cabe observar, que certos substantivos e adje-</p><p>tivos admitem mais de uma regência (mais de uma preposi-</p><p>ção).</p><p>Vejamos alguns nomes com as preposições que as regem:</p><p>Acessível [a, para] - acostumado [a, com] - adequado [a]</p><p>- admiração [a, por] - alheio [a, de] - aliado [a, com] - aman-</p><p>te [de] – amigo [de] - amor [a, de, para com, por] –ansioso</p><p>[de, para, por] - apto [a, para] - assíduo [a, em] - atenção [a]</p><p>- atento</p><p>[a, em] - atencioso [com, para com] - benéfico [a] -</p><p>benefício [a] – bom [para] - capacidade [de, para] - capaz [de,</p><p>para] – cego [a] - certeza [de] - comum [de] - conforme [a,</p><p>com] - consulta [a] - contente [com, de, em, por] - cuidadoso</p><p>[com] – curioso [de, por] descontente [com] - desfavorável</p><p>[a] –desrespeito [a] - diferente [de] - dificuldade [com, de, em,</p><p>para] – digno [de] - dúvida [acerca de, em, sobre] – entendido</p><p>[em] – essencial [para] – fácil [a, de, para] - facilidade [de, em,</p><p>para] - fiel [a] - feliz [de, com, em, por] - grato [a] - horror</p><p>[a, de, por] -– idêntico [a] - impaciência [com] – incapaz [de,</p><p>para] –influência [sobre] - insensível [a] - intolerante [com] -</p><p>junto [a, de] - leal [a] - lento [em] – liberal [com] - maior [de]</p><p>– manifestação [contra] - medo [de, a] – menor [de] –mora-</p><p>dor [em] - natural [de] - necessário [a] - obediente [a] - ódio</p><p>[a, contra] - orgulhoso [de, com] - paixão [de, por] – parecido</p><p>[a, com] - referência [a, por] –propício [a] - próximo [a, de]</p><p>- pronto [para, em] - propensão [para] - relação [a, com, de,</p><p>por, para com] - relacionado [com] - rente [a, de, com] - res-</p><p>ponsável [por] - rico [de, em] –satisfeito [com, de, em, por]</p><p>- semelhante [a] - suspeito [a, de] - tentativa [contra, de, para,</p><p>para com] –único [em] - vazio [de]– visível [a] - vizinho [a, de,</p><p>com] – zelo [a, de, por].</p><p>Regência de Advérbios: são importantes os advérbios:</p><p>longe [de], perto [de] e proximamente [a, de]. Todos os advér-</p><p>bios terminados em -mente, tendem a apresentar a mesma</p><p>preposição dos adjetivos: Compatível [com]; compativelmen-</p><p>te [com]. Relativo [a]; relativamente [a]</p><p>Regência Verbal</p><p>É a parte da língua que se ocupa da relação entre os ver-</p><p>bos e os termos que se seguem a ele e completam o seu sen-</p><p>tido. Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos</p><p>(direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regi-</p><p>dos. Os verbos podem ser:</p><p>- Verbos Transitivos: Exigem complemento (objetos) para</p><p>que tenham sentido completo. Podem ser: Transitivos Dire-</p><p>tos; Transitivos Indiretos; Transitivos Diretos e Indiretos.</p><p>- Verbos Intransitivos: Existem verbos intransitivos que</p><p>precisam vir acompanhados de adjuntos adverbiais apenas</p><p>para darem um sentido completo para a frase.</p><p>Exemplos de regência verbal não preposicionada</p><p>Leu o jornal.</p><p>Comeu o chocolate.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>17</p><p>Bebeu o vinho.</p><p>Ouviu a música.</p><p>Estudou a matéria.</p><p>Fez o jantar</p><p>Exemplos de regência verbal preposicionada</p><p>Procedeu à leitura do livro.</p><p>Pagou ao fornecedor.</p><p>Desobedeceu aos mandamentos.</p><p>Apoiou-se na mesa.</p><p>Apaixonou-se por sua melhor amiga.</p><p>Meditou sobre a possibilidade.</p><p>Quando a regência verbal é feita através de uma pre-</p><p>posição, as mais utilizadas são: a, de, com, em, para, por,</p><p>sobre.</p><p>agradar a;</p><p>obedecer a;</p><p>assistir a;</p><p>visar a;</p><p>lembrar-se de;</p><p>simpatizar com;</p><p>comparecer em;</p><p>convocar para;</p><p>trocar por;</p><p>alertar sobre.</p><p>11 - SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS.</p><p>A Significação das palavras é estudada pela semântica,</p><p>que estuda o sentido das palavras e as relações de sentido</p><p>que as palavras estabelecem entre si.</p><p>Sinônimos e antônimos</p><p>Sinônimos: palavras de sentido igual ou parecido.</p><p>Ex.: necessário, essencial, fundamental, obrigatório</p><p>Geralmente é indiferente usar um sinônimo ou outro. O</p><p>fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia,</p><p>palavra que também designa o emprego de sinônimos.</p><p>Antônimos: palavras de sentido oposto.</p><p>Ex.: dedicado: desinteressado, desapegado, relapso.</p><p>Pontual: atrasado, retardado, irresponsável.</p><p>A antonímia pode ser originada por um prefixo de senti-</p><p>do oposto ou negativo. Ex.: simpático/antipático, progredir/</p><p>regredir, ativo/inativo, esperar/desesperar, simétrico/assi-</p><p>métrico.</p><p>Homônimos</p><p>Se refere à capacidade de as palavras serem homônimas</p><p>(som igual, escrita igual, significado diferente), homófonas</p><p>(som igual, escrita diferente, significado diferente) ou homó-</p><p>grafas (som diferente, escrita igual, significado diferente).</p><p>O contexto é quem vai determinar a significação dos ho-</p><p>mônimos. Ela pode ser causa de ambiguidade, por isso é con-</p><p>siderada uma deficiência dos idiomas.</p><p>Homônimos</p><p>rio (curso de água) e rio (verbo rir);</p><p>caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar).</p><p>Homófonos</p><p>cem (número) e sem (indica falta)</p><p>senso (sentido) e censo (levantamento estatístico)</p><p>Homógrafos</p><p>colher (talher) e colher (apanhar);</p><p>acerto (correção) e acerto (verbo acertar);</p><p>Parônimos</p><p>Se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de</p><p>forma parecida, mas que apresentam significados diferentes.</p><p>infligir (aplicar) e infringir (transgredir),</p><p>sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder),</p><p>deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferen-</p><p>te, divergir, adiar),</p><p>ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir),</p><p>vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e vultuo-</p><p>so (congestionado: rosto vultuoso).</p><p>Polissemia</p><p>Polissemia indica a capacidade de uma palavra apresen-</p><p>tar uma multiplicidade de significados, conforme o contexto</p><p>em que ocorre. Uma palavra pode ter mais de uma significa-</p><p>ção. Ex.:</p><p>Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as</p><p>plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral</p><p>de gado.</p><p>Pena: pluma; peça de metal para escrever; punição; dó.</p><p>Denotação e conotação</p><p>Denotação indica a capacidade de as palavras apresen-</p><p>tarem um sentido literal (próprio) e objetivo. A conotação</p><p>indica a capacidade de as palavras apresentarem um sentido</p><p>figurado e simbólico.</p><p>Exemplos com sentido denotativo:</p><p>As águas pingavam da torneira, (sentido próprio).</p><p>As horas iam pingando lentamente, (sentido figurado).</p><p>Exemplos com sentido conotativo:</p><p>Comprei uma correntinha de ouro.</p><p>Fulano nadava em ouro.</p><p>Hiperonímia e hiponímia</p><p>Hiperonímia e a hiponímia indicam a capacidade das</p><p>palavras estabelecerem relações hierárquicas de significa-</p><p>do. Um hiperônimo, palavra superior com um sentido mais</p><p>abrangente, engloba um hipônimo, palavra inferior com sen-</p><p>tido mais restrito.</p><p>Fruta é hiperônimo de banana.</p><p>Banana é hipônimo de fruta.</p><p>12 - COLOCAÇÃO DO PRONOME ÁTONO.</p><p>A colocação dos pronomes oblíquos átonos é um fator</p><p>importante na harmonia da frase. Ela respeita três tipos de</p><p>posição que os pronomes átonos me, te, o, a, lhe, nos, vos, os,</p><p>as, lhes podem ocupar na oração:</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>18</p><p>Próclise - o pronome é colocado antes do verbo.</p><p>Mesóclise - o pronome é colocado no meio do verbo.</p><p>Ênclise - o pronome é colocado depois do verbo.</p><p>Próclise</p><p>- Orações negativas, que contenham palavras como: não,</p><p>ninguém, nunca.</p><p>Não o vi ontem.</p><p>Nunca o tratei mal.</p><p>- Pronomes relativos, indefinidos ou demonstrativos.</p><p>Foi ele que o disse a verdade.</p><p>Alguns lhes custaram a vida.</p><p>Isso me lembra infância.</p><p>- Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adver-</p><p>biais, a não ser que haja vírgula depois do advérbio, pois as-</p><p>sim o advérbio deixa de atrair o pronome.</p><p>Ontem me fizeram uma proposta.</p><p>Agora, esqueça-se.</p><p>- Orações exclamativas e orações que exprimam desejo que</p><p>algo aconteça.</p><p>Deus nos ajude.</p><p>Espero que me dês uma boa notícia.</p><p>- Orações com conjunções subordinativas.</p><p>Exemplos:</p><p>Embora se sentisse melhor, saiu.</p><p>Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.</p><p>- Verbo no gerúndio regido da preposição em.</p><p>Em se tratando de Brasil, tudo pode acontecer.</p><p>Em se decidindo pelo vestido, opte pelo mais claro.</p><p>- Orações interrogativas.</p><p>Quando te disseram tal mentira?</p><p>Quem te ligou?</p><p>Mesóclise</p><p>É possível apenas com verbos do Futuro do Presente ou</p><p>do Futuro do Pretérito. Se houver palavra atrativa, dá-se pre-</p><p>ferência ao uso da Próclise.</p><p>Encontrar-me-ei com minhas raízes.</p><p>Encontrar-me-ia com minhas raízes.</p><p>Ênclise</p><p>Usa-se a Ênclise quando o uso da Próclise e Mesóclise</p><p>não forem possíveis. A colocação de pronome depois do ver-</p><p>bo é atraída pelas seguintes situações:</p><p>- Verbo no imperativo afirmativo.</p><p>Depois de avaliar, chamem-nos.</p><p>Ao iniciar, distribuam-lhes as senhas!</p><p>- Verbo no infinitivo impessoal.</p><p>Preciso apresentar-te a minha irmã.</p><p>O seu pior pesadelo é casar-se.</p><p>- Verbo inicia a oração.</p><p>Disse-lhe a verdade</p><p>sobre nosso amor.</p><p>Arrepiei-me com tal relato.</p><p>- Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois regido</p><p>pela preposição em usa-se a Próclise).</p><p>Vivo perguntando-me como pode ser tão falso.</p><p>Faço muitos apontamentos, perguntando-lhe o motivo</p><p>do fingimento.</p><p>Com Locução Verbal</p><p>Todos os exemplos até agora têm apenas um verbo</p><p>atraindo o pronome. Vejamos como fica a colocação do pro-</p><p>nome nas locuções verbais (seguindo todas as regras citadas</p><p>anteriormente).</p><p>- Ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo</p><p>principal nas locuções verbais em que o verbo principal está</p><p>no infinitivo ou no gerúndio.</p><p>Devo chamar-te pelo primeiro nome.</p><p>Devo-lhe chamar pelo primeiro nome.</p><p>- Caso não haja palavra que atraia a Próclise, Ênclise é</p><p>usada depois do verbo auxiliar onde o verbo principal está</p><p>no particípio.</p><p>Foi-lhe dito como deveria impedir isso.</p><p>Tinha-lhe feito as malas para que partisse o mais rápido</p><p>possível.</p><p>13 - REDAÇÃO OFICIAL: ESCRITA DE TEXTOS FOR-</p><p>MAIS E MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA</p><p>DA REPÚBLICA.</p><p>1. O que é Redação Oficial4</p><p>Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a ma-</p><p>neira pela qual o Poder Público redige atos normativos e co-</p><p>municações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Po-</p><p>der Executivo. A redação oficial deve caracterizar-se pela im-</p><p>pessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, con-</p><p>cisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses</p><p>atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37:</p><p>“A administração pública direta, indireta ou fundacional, de</p><p>qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fede-</p><p>ral e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, im-</p><p>pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo</p><p>a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de</p><p>toda administração pública, claro está que devem igualmente</p><p>nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não</p><p>se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja</p><p>redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua</p><p>compreensão. A transparência do sentido dos atos normati-</p><p>vos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio</p><p>Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja</p><p>entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, neces-</p><p>sariamente, clareza e concisão. Além de atender à disposição</p><p>constitucional, a forma dos atos normativos obedece a cer-</p><p>ta tradição. Há normas para sua elaboração que remontam</p><p>ao período de nossa história imperial, como, por exemplo, a</p><p>obrigatoriedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de</p><p>dezembro de 1822 – de que se aponha, ao final desses atos,</p><p>o número de anos transcorridos desde a Independência. Essa</p><p>prática foi mantida no período republicano. Esses mesmos</p><p>princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão</p><p>e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações ofi-</p><p>ciais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e</p><p>ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso</p><p>de certo nível de linguagem. Nesse quadro, fica claro também</p><p>que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes,</p><p>4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>19</p><p>pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o</p><p>receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público</p><p>(no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou</p><p>o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma ho-</p><p>mogênea (o público).</p><p>Outros procedimentos rotineiros na redação de comuni-</p><p>cações oficiais foram incorporados ao longo do tempo, como</p><p>as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês de reda-</p><p>ção, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione-se, por exem-</p><p>plo, a fixação dos fechos para comunicações oficiais, regula-</p><p>dos pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justiça, de 8</p><p>de julho de 1937, que, após mais de meio século de vigência,</p><p>foi revogado pelo Decreto que aprovou a primeira edição des-</p><p>te Manual. Acrescente-se, por fim, que a identificação que se</p><p>buscou fazer das características específicas da forma oficial</p><p>de redigir não deve ensejar o entendimento de que se pro-</p><p>ponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma</p><p>específica de linguagem administrativa, o que coloquialmen-</p><p>te e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma</p><p>distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza</p><p>pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e</p><p>de formas arcaicas de construção de frases. A redação oficial</p><p>não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução</p><p>da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com im-</p><p>pessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao</p><p>uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da litera-</p><p>tura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc.</p><p>Apresentadas essas características fundamentais da redação</p><p>oficial, passemos à análise pormenorizada de cada uma delas.</p><p>1.1. A Impessoalidade</p><p>A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer</p><p>pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários:</p><p>a) alguém que comunique,</p><p>b) algo a ser comunicado, e</p><p>c) alguém que receba essa comunicação.</p><p>No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o</p><p>Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, De-</p><p>partamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é</p><p>sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que</p><p>comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público,</p><p>o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Execu-</p><p>tivo ou dos outros Poderes da União. Percebe-se, assim, que</p><p>o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que</p><p>constam das comunicações oficiais decorre:</p><p>a) da ausência de impressões individuais de quem comu-</p><p>nica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assina-</p><p>do por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do</p><p>Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim,</p><p>uma desejável padronização, que permite que comunicações</p><p>elaboradas em diferentes setores da Administração guardem</p><p>entre si certa uniformidade;</p><p>b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação,</p><p>com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão,</p><p>sempre concebido como público, ou a outro órgão público.</p><p>Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma</p><p>homogênea e impessoal;</p><p>c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se</p><p>o universo temático das comunicações oficiais se restringe a</p><p>questões que dizem respeito ao interesse público, é natural</p><p>que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. Desta for-</p><p>ma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais,</p><p>como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo,</p><p>ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto</p><p>literário. A redação oficial deve ser isenta da interferência da</p><p>individualidade que a elabora. A concisão, a clareza, a objeti-</p><p>vidade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os</p><p>expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcan-</p><p>çada a necessária impessoalidade.</p><p>1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais</p><p>A necessidade de empregar determinado nível de lingua-</p><p>gem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do</p><p>próprio caráter público desses atos e comunicações; de ou-</p><p>tro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como</p><p>atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a con-</p><p>duta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos</p><p>públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for em-</p><p>pregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os ex-</p><p>pedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar</p><p>com clareza e objetividade. As comunicações que partem dos</p><p>órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo</p><p>e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há</p><p>que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados</p><p>grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões</p><p>de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabu-</p><p>lares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.</p><p>Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a</p><p>língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica,</p><p>reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e</p><p>pode eventualmente contar com outros elementos que au-</p><p>xiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc.</p><p>Para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por</p><p>essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente</p><p>as transformações, tem maior vocação para a permanência, e</p><p>vale-se apenas de si mesma para comunicar. A língua escrita,</p><p>como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o</p><p>uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo,</p><p>podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que</p><p>incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais;</p><p>em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do</p><p>vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um</p><p>padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua,</p><p>a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre com os</p><p>textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade</p><p>de informar com o máximo de clareza e concisão, eles reque-</p><p>rem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o</p><p>padrão culto é aquele em que a) se observam as regras da</p><p>gramática formal, e b) se emprega um vocabulário comum ao</p><p>conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que</p><p>a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial</p><p>decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais,</p><p>morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabu-</p><p>lares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa</p><p>razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os</p><p>cidadãos.</p><p>Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a sim-</p><p>plicidade de expressão, desde que não seja confundida com</p><p>pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão</p><p>culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos</p><p>contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios</p><p>da língua literária. Pode-se concluir, então, que não existe</p><p>propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o</p><p>uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro</p><p>que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões,</p><p>ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sin-</p><p>táticas, mas isso não implica, necessariamente, que se con-</p><p>sagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O</p><p>jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois</p><p>terá sempre sua compreensão limitada. A linguagem técnica</p><p>deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sen-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>20</p><p>do de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos</p><p>acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada</p><p>área, são de difícil entendimento por quem não esteja com</p><p>eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explici-</p><p>tá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da ad-</p><p>ministração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. Outras</p><p>questões sobre a linguagem, como o emprego de neologismo</p><p>e estrangeirismo, são tratadas em detalhe em 9.3. Semântica.</p><p>1.3. Formalidade e Padronização</p><p>As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto</p><p>é, obedecem a certas regras de forma: além das já menciona-</p><p>das exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de</p><p>linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de trata-</p><p>mento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao cor-</p><p>reto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para</p><p>uma autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3. Empre-</p><p>go dos Pronomes de Tratamento); mais do que isso, a forma-</p><p>lidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque</p><p>dado ao assunto do qual cuida a comunicação. A formalidade</p><p>de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformida-</p><p>de das comunicações. Ora, se a administração federal é una,</p><p>é natural que as comunicações que expede sigam um mes-</p><p>mo padrão. O estabelecimento desse padrão, uma das metas</p><p>deste Manual, exige que se atente para todas as característi-</p><p>cas da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação</p><p>dos textos. A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes</p><p>para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são</p><p>indispensáveis para a padronização. Consulte o Capítulo II, As</p><p>Comunicações Oficiais, a respeito de normas específicas para</p><p>cada tipo de expediente.</p><p>1.4. Concisão e Clareza</p><p>A concisão é antes uma qualidade do que uma</p><p>característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue</p><p>transmitir um máximo de informações com um mínimo de</p><p>palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental</p><p>que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual</p><p>se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois</p><p>de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem</p><p>eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de</p><p>idéias. O esforço de sermos concisos atende, basicamente</p><p>ao princípio de economia linguística, à mencionada fórmula</p><p>de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo.</p><p>Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de</p><p>pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens subs-</p><p>tanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se</p><p>exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias,</p><p>passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. Procure</p><p>perceber certa hierarquia de idéias que existe em todo texto</p><p>de alguma complexidade: idéias fundamentais e idéias secun-</p><p>dárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas,</p><p>detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também idéias se-</p><p>cundárias que não acrescentam informação alguma ao texto,</p><p>nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por</p><p>isso, ser dispensadas. A clareza deve ser a qualidade básica</p><p>de todo texto oficial, conforme já sublinhado na introdução</p><p>deste capítulo. Pode-se definir como claro aquele texto que</p><p>possibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto a</p><p>clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estrita-</p><p>mente das demais características da redação oficial. Para ela</p><p>concorrem:</p><p>a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpre-</p><p>tações que poderia decorrer de um tratamento personalista</p><p>dado ao texto;</p><p>b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de</p><p>entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de cir-</p><p>culação restrita, como a gíria e o jargão;</p><p>c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a im-</p><p>prescindível uniformidade dos textos;</p><p>d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos</p><p>lingüísticos que nada lhe acrescentam.</p><p>É pela correta observação dessas características que se</p><p>redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável relei-</p><p>tura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais,</p><p>de trechos obscuros e de erros gramaticais provém principal-</p><p>mente da falta da releitura que torna possível sua correção.</p><p>Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele</p><p>será de fácil compreensão por seu destinatário. O que nos</p><p>parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domí-</p><p>nio que adquirimos sobre certos assuntos em decorrência de</p><p>nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os</p><p>tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é</p><p>verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos</p><p>técnicos, o significado das siglas e abreviações e os concei-</p><p>tos específicos que não possam ser dispensados. A revisão</p><p>atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são</p><p>elaboradas certas comunicações quase sempre compromete</p><p>sua clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que</p><p>não seja seguida por sua revisão. “Não há assuntos urgentes,</p><p>há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso,</p><p>com sua indesejável repercussão no redigir.</p><p>AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS</p><p>2. Introdução</p><p>A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo,</p><p>seguir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais</p><p>da Redação Oficial. Além disso, há características específicas</p><p>de cada tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe</p><p>neste capítulo.</p><p>Antes de passarmos à sua análise, vejamos</p><p>outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de co-</p><p>municação oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a</p><p>forma dos fechos e a identificação do signatário.</p><p>2.1. Pronomes de Tratamento</p><p>2.1.1. Breve História dos Pronomes de Tratamento</p><p>O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamen-</p><p>to tem larga tradição na língua portuguesa. De acordo com</p><p>Said Ali, após serem incorporados ao português os pronomes</p><p>latinos tu e vos, “como tratamento direto da pessoa ou pessoas</p><p>a quem se dirigia a palavra”, passou-se a empregar, como ex-</p><p>pediente linguístico de distinção e de respeito, a segunda pes-</p><p>soa do plural no tratamento de pessoas de hierarquia supe-</p><p>rior. Prossegue o autor: “Outro modo de tratamento indireto</p><p>consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um atributo ou</p><p>qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e não</p><p>a ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos de seu rei</p><p>com o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim</p><p>usou-se o tratamento ducal de vossa excelência e adotou-se</p><p>na hierarquia eclesiástica vossa reverência, vossa paternida-</p><p>de, vossa eminência, vossa santidade.” A partir do final do sé-</p><p>culo XVI, esse modo de tratamento indireto já estava em voga</p><p>também para os ocupantes de certos cargos públicos. Vossa</p><p>mercê evoluiu para vosmecê, e depois para o coloquial você. E</p><p>o pronome vós, com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradi-</p><p>ção que provém o atual emprego de pronomes de tratamento</p><p>indireto como forma de dirigirmo-nos às autoridades civis,</p><p>militares e eclesiásticas.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>21</p><p>2.1.2. Concordância com os Pronomes de Tratamento</p><p>Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indi-</p><p>reta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordân-</p><p>cia verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segun-</p><p>da pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem</p><p>se dirige a comunicação), levam a concordância para a ter-</p><p>ceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que</p><p>integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria</p><p>nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”.</p><p>Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pro-</p><p>nomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vos-</p><p>sa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... vosso...”).</p><p>Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero</p><p>gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se re-</p><p>fere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim,</p><p>se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelên-</p><p>cia está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se</p><p>for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria</p><p>deve estar satisfeita”.</p><p>2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento</p><p>Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento</p><p>obedece a secular tradição. São de uso consagrado:</p><p>Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:</p><p>a) do Poder Executivo;</p><p>Presidente da República;</p><p>Vice-Presidente da República;</p><p>Ministros de Estado;</p><p>Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Dis-</p><p>trito Federal;</p><p>Oficiais-Generais das Forças Armadas;</p><p>Embaixadores;</p><p>Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupan-</p><p>tes de cargos de natureza especial;</p><p>Secretários de Estado dos Governos Estaduais;</p><p>Prefeitos Municipais.</p><p>b) do Poder Legislativo:</p><p>Deputados Federais e Senadores;</p><p>Ministro do Tribunal de Contas da União;</p><p>Deputados Estaduais e Distritais;</p><p>Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;</p><p>Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.</p><p>c) do Poder Judiciário:</p><p>Ministros dos Tribunais Superiores;</p><p>Membros de Tribunais;</p><p>Juízes;</p><p>Auditores da Justiça Militar.</p><p>O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas</p><p>aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do car-</p><p>go respectivo:</p><p>Excelentíssimo Senhor Presidente da República,</p><p>Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacio-</p><p>nal,</p><p>Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal</p><p>Federal.</p><p>As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Se-</p><p>nhor, seguido do cargo respectivo:</p><p>Senhor Senador,</p><p>Senhor Juiz,</p><p>Senhor Ministro,</p><p>Senhor Governador,</p><p>No envelope, o endereçamento das comunicações dirigi-</p><p>das às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a se-</p><p>guinte forma:</p><p>A Sua Excelência o Senhor</p><p>Fulano de Tal</p><p>Ministro de Estado da Justiça</p><p>70.064-900 – Brasília. DF</p><p>A Sua Excelência o Senhor</p><p>Senador Fulano de Tal</p><p>Senado Federal</p><p>70.165-900 – Brasília. DF</p><p>A Sua Excelência o Senhor</p><p>Fulano de Tal</p><p>Juiz de Direito da 10a Vara Cível</p><p>Rua ABC, no 123</p><p>01.010-000 – São Paulo. SP</p><p>Em comunicações oficiais, está abolido o uso do trata-</p><p>mento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista an-</p><p>terior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer</p><p>cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.</p><p>Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades</p><p>e para particulares. O vocativo adequado é:</p><p>Senhor Fulano de Tal,</p><p>(...)</p><p>No envelope, deve constar do endereçamento:</p><p>Ao Senhor</p><p>Fulano de Tal</p><p>Rua ABC, nº 123</p><p>70.123 – Curitiba. PR</p><p>Como se depreende do exemplo acima fica dispensado o</p><p>emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que</p><p>recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares.</p><p>É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Acres-</p><p>cente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título</p><p>acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra</p><p>geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pes-</p><p>soas que tenham tal grau por terem concluído curso universi-</p><p>tário de doutorado. É costume designar por doutor os bacha-</p><p>réis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina.</p><p>Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada</p><p>formalidade às comunicações. Mencionemos, ainda, a forma</p><p>Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em co-</p><p>municações dirigidas a reitores de universidade. Correspon-</p><p>de-lhe o vocativo:</p><p>Magnífico Reitor,</p><p>(...)</p><p>Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo</p><p>com a hierarquia eclesiástica, são:</p><p>Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O</p><p>vocativo correspondente é:</p><p>Santíssimo Padre,</p><p>(...)</p><p>Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em</p><p>comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:</p><p>Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou</p><p>Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,</p><p>(...)</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>22</p><p>Vossa Excelência Reverendíssima é usado em</p><p>comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reve-</p><p>rendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monse-</p><p>nhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é</p><p>empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.</p><p>2.2. Fechos para Comunicações</p><p>O fecho das comunicações oficiais possui, além da finali-</p><p>dade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário.</p><p>Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram</p><p>regulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937,</p><p>que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los</p><p>e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de so-</p><p>mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de</p><p>comunicação oficial:</p><p>a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da</p><p>República:</p><p>Respeitosamente,</p><p>b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierar-</p><p>quia inferior:</p><p>Atenciosamente,</p><p>Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigi-</p><p>das a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição</p><p>próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação</p><p>do Ministério das Relações Exteriores.</p><p>2.3. Identificação do Signatário</p><p>Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da</p><p>República, todas as demais comunicações oficiais devem tra-</p><p>zer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do</p><p>local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a</p><p>seguinte:</p><p>(espaço para assinatura)</p><p>NOME</p><p>Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República</p><p>(espaço para assinatura)</p><p>NOME</p><p>Ministro de Estado da Justiça</p><p>Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi-</p><p>natura em página isolada do expediente. Transfira para essa</p><p>página ao menos a última frase anterior ao fecho.</p><p>3. O Padrão Ofício</p><p>Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes</p><p>pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memo-</p><p>rando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma dia-</p><p>gramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício.</p><p>As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora</p><p>busquemos as suas semelhanças.</p><p>3.1. Partes do documento no Padrão Ofício</p><p>O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguin-</p><p>tes partes:</p><p>a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do</p><p>órgão que o expede:</p><p>Exemplos:</p><p>Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-</p><p>MME</p><p>b) local e data em que foi assinado, por extenso, com ali-</p><p>nhamento à direita:</p><p>Exemplo:</p><p>13</p><p>Brasília, 15 de março de 1991.</p><p>c) assunto: resumo do teor do documento</p><p>Exemplos:</p><p>Assunto: Produtividade do órgão em 2002.</p><p>Assunto: Necessidade de aquisição de novos compu-</p><p>tadores.</p><p>d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é</p><p>dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído</p><p>também o endereço.</p><p>e) texto: nos casos em que não for de mero encaminha-</p><p>mento de documentos, o expediente deve conter a seguinte</p><p>estrutura:</p><p>– introdução, que se confunde com o parágrafo de aber-</p><p>tura, na qual é apresentado o assunto que motiva a comunica-</p><p>ção. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o pra-</p><p>zer de”, “Cumpre-me informar que”, empregue a forma direta;</p><p>– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o</p><p>texto contiver mais de uma idéia sobre o assunto, elas devem</p><p>ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior cla-</p><p>reza à exposição;</p><p>– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente rea-</p><p>presentada a posição recomendada sobre o assunto.</p><p>Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos</p><p>casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos</p><p>e subtítulos.</p><p>Já quando se tratar de mero encaminhamento de docu-</p><p>mentos a estrutura é a seguinte:</p><p>– introdução: deve iniciar com referência ao expediente</p><p>que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documen-</p><p>to não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do</p><p>motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir</p><p>os dados completos do documento encaminhado (tipo, data,</p><p>origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela</p><p>qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula:</p><p>“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991,</p><p>encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990,</p><p>do Departamento Geral de Administração, que trata da requi-</p><p>sição do servidor Fulano de Tal.” Ou “Encaminho, para exame</p><p>e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1o de</p><p>fevereiro de 1991, do Presidente da Confederação Nacional de</p><p>Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas</p><p>agrícolas na região Nordeste.”</p><p>– desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar</p><p>fazer algum comentário a respeito do documento que enca-</p><p>minha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento;</p><p>em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em</p><p>aviso ou ofício de mero encaminhamento.</p><p>f) fecho (v. 2.2. Fechos para Comunicações);</p><p>g) assinatura do autor da comunicação; e</p><p>h) identificação do signatário (v. 2.3. Identificação do</p><p>Signatário).</p><p>3.2. Forma de diagramação</p><p>Os documentos do Padrão Ofício5 devem obedecer à se-</p><p>guinte forma de apresentação:</p><p>a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de</p><p>corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas</p><p>de rodapé;</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>23</p><p>b) para símbolos não existentes na fonte Times New Ro-</p><p>man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;</p><p>c) é obrigatória constar a partir da segunda página o nú-</p><p>mero da página;</p><p>d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser</p><p>impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-</p><p>gens esquerda e direta terão as distâncias invertidas nas pá-</p><p>ginas pares (“margem espelho”);</p><p>e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de</p><p>distância da margem esquerda;</p><p>f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no</p><p>mínimo, 3,0 cm de largura;</p><p>g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5</p><p>cm; 5 O constante neste item aplica-se também à exposição</p><p>de motivos e à mensagem (v. 4. Exposição de Motivos e 5. Men-</p><p>sagem).</p><p>h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-</p><p>nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de</p><p>texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha</p><p>em branco;</p><p>i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, subli-</p><p>nhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas</p><p>ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância</p><p>e a sobriedade do documento;</p><p>j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em</p><p>papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas</p><p>para gráficos e ilustrações;</p><p>l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem</p><p>ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0</p><p>cm;</p><p>m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de</p><p>arquivo Rich Text nos documentos de texto;</p><p>n) dentro do possível, todos os documentos elaborados</p><p>devem ter o arquivo de texto preservado para consulta poste-</p><p>rior ou aproveitamento de trechos para casos análogos;</p><p>o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-</p><p>vem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento +</p><p>número do documento + palavras-chaves do conteúdo Ex.: “Of.</p><p>123 - relatório produtividade ano 2002”</p><p>3.3. Aviso e Ofício</p><p>3.3.1. Definição e Finalidade</p><p>Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial</p><p>praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que</p><p>o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Esta-</p><p>do, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o</p><p>ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos</p><p>têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos</p><p>órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,</p><p>também com particulares.</p><p>3.3.2. Forma e Estrutura</p><p>Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do</p><p>padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o desti-</p><p>natário (v. 2.1 Pronomes de Tratamento), seguido de vírgula.</p><p>Exemplos:</p><p>Excelentíssimo Senhor Presidente da República</p><p>Senhora Ministra</p><p>Senhor Chefe de Gabinete</p><p>Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as</p><p>seguintes informações do remetente:</p><p>– nome do órgão ou setor;</p><p>– endereço postal;</p><p>– telefone e endereço de correio eletrônico.</p><p>3.4. Memorando</p><p>3.4.1. Definição e Finalidade</p><p>O memorando é a modalidade de comunicação entre</p><p>unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem</p><p>estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferen-</p><p>te. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminen-</p><p>temente interna. Pode ter caráter meramente administrativo,</p><p>ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, dire-</p><p>trizes, etc. a serem adotados por determinado setor do servi-</p><p>ço público. Sua característica principal é a agilidade. A trami-</p><p>tação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela</p><p>rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos.</p><p>Para evitar desnecessário aumento do número de comuni-</p><p>cações, os despachos ao memorando devem ser dados no</p><p>próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de</p><p>continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie</p><p>de processo simplificado, assegurando maior transparência à</p><p>tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamen-</p><p>to da matéria tratada no memorando.</p><p>3.4.2. Forma e Estrutura</p><p>Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do pa-</p><p>drão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser</p><p>mencionado pelo cargo que ocupa.</p><p>Exemplos:</p><p>Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr.</p><p>Subchefe para Assuntos Jurídicos</p><p>4. Exposição de Motivos</p><p>4.1. Definição e Finalidade</p><p>Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presi-</p><p>dente da República ou ao Vice-Presidente para:</p><p>a) informá-lo de determinado assunto;</p><p>b) propor alguma medida; ou</p><p>c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.</p><p>Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presiden-</p><p>te da República por um Ministro de Estado.</p><p>Nos</p><p>ao assédio moral e sexual. .......................................................................................... 05</p><p>Médio</p><p>CAIXA ECONÔMICA FEDERAL</p><p>Técnico Bancário Novo</p><p>Apostilas Moderna</p><p>3 - Atitudes éticas, respeito, valores e virtudes; noções de ética empresarial e profissional. A gestão da ética nas empresas públi-</p><p>cas e privadas. Código de Ética, Conduta e integridade. .........................................................................................................................................09</p><p>4 - Segurança da informação: fundamentos, conceitos e mecanismos de segurança; Segurança cibernética: Resolução CMN nº</p><p>4893, de 26 de fevereiro de 2021. .................................................................................................................................................... 29</p><p>5 - Artigo 37 da Constituição Federal (Princípios constitucionais da Administração Pública: Princípios da legalidade, impessoa-</p><p>lidade, moralidade, publicidade e eficiência). .................................................................................................................................. 38</p><p>6 - Sigilo Bancário: Lei Complementar nº 105/2001 e suas alterações. ...........................................................................................................40</p><p>7 - Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas alterações. ...................................... 42</p><p>8 - Legislação anticorrupção: Lei nº 12.846/2013 e Decreto nº 8.420/2015 e suas alterações. ............................................................46</p><p>9 - Política de Responsabilidade Socioambiental da Caixa Econômica Federal. ............................................................................. 53</p><p>10 - Boas práticas de governança corporativa. ...........................................................................................................................................................56</p><p>Conhecimentos Bancários</p><p>1 - Estatuto Social da CAIXA (Disponível no sítio da Caixa Econômica Federal). ........................................................................... 01</p><p>2 - Sistema Financeiro Nacional: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional; Órgãos normativos e instituições supervisoras, exe-</p><p>cutoras e operadoras. ..........................................................................................................................................................................................................22</p><p>3 - Mercado financeiro e seus desdobramentos (mercado monetário, de crédito, de capitais e cambial). .................................. 24</p><p>3 - Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios. ..................................................................................................... 32</p><p>4 - Internet banking. ........................................................................................................................................................................... 34</p><p>5 - Mobile banking. ............................................................................................................................................................................. 34</p><p>6 - Novos modelos de negócios. ........................................................................................................................................................................................37</p><p>7 - Fintechs, startups e big techs. ....................................................................................................................................................... 39</p><p>8 - Sistema de bancos-sombra (Shadow banking)............................................................................................................................ 42</p><p>9 - Moedas e ativos digitais: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas. ...................................................................................... 43</p><p>10 - Correspondentes bancários. .....................................................................................................................................................................................46</p><p>11 – Sistema de pagamentos instantâneos (PIX, DREX). ................................................................................................................. 47</p><p>12 - Open finance: Real digital. .......................................................................................................................................................... 49</p><p>13 - Transformação digital no Sistema Financeiro. .......................................................................................................................... 50</p><p>14 - Moeda e política monetária: Políticas monetárias convencionais e não-convencionais (Quantitative Easing); .................. 52</p><p>15 - Taxa SELIC e operações compromissadas; O debate sobre os depósitos remunerados dos bancos comerciais no Banco Cen-</p><p>tral do Brasil. ...........................................................................................................................................................................................................................53</p><p>16 - Orçamento público, títulos do Tesouro Nacional e dívida pública. .......................................................................................... 55</p><p>17 - Produtos Bancários: Programas sociais e Benefícios do trabalhador; Noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao</p><p>consumidor, crédito rural, poupança, capitalização, previdência, consórcio, investimentos e seguros. ...............................................56</p><p>18 - Noções de Mercado de capitais. ................................................................................................................................................. 66</p><p>19 - Noções de Mercado de Câmbio: Instituições autorizadas a operar e operações básicas. ...................................................... 68</p><p>20 - Regimes de taxas de câmbio fixas, flutuantes e regimes intermediários. ................................................................................ 70</p><p>21 - Taxas de câmbio nominais e reais; .........................................................................................................................................................................70</p><p>22 - Impactos das taxas de câmbio sobre as exportações e importações. ...................................................................................... 71</p><p>23 - Diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos sobre as taxas de câmbio. ...... 72</p><p>24 - Dinâmica do Mercado: Operações no mercado interbancário. ................................................................................................ 73</p><p>25 - Mercado bancário: Operações de tesouraria, varejo bancário e recuperação de crédito....................................................... 74</p><p>26 - Taxas de juros de curto prazo e a curva de juros; taxas de juros nominais e reais. .............................................................................77</p><p>27 - Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancá-</p><p>rias. ............................................................................................................................................................................................................................................. 79</p><p>28 - Autorregulação bancária. ...........................................................................................................................................................................................83</p><p>29 - Lei Complementar nº 7/1970 (PIS). .......................................................................................................................................... 84</p><p>30 - Lei nº 8.036/1990 (FGTS): possibilidades e condições de utilização/saque. .........................................................................</p><p>casos em que o assunto tratado envolva mais de um</p><p>Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por</p><p>todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chama-</p><p>da de interministerial.</p><p>4.2. Forma e Estrutura</p><p>Formalmente, a exposição de motivos tem a apresenta-</p><p>ção do padrão ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acom-</p><p>panha a exposição de motivos que proponha alguma medida</p><p>ou apresente projeto de ato normativo, segue o modelo des-</p><p>crito adiante. A exposição de motivos, de acordo com sua fina-</p><p>lidade, apresenta duas formas básicas de estrutura: uma para</p><p>aquela que tenha caráter exclusivamente informativo e outra</p><p>para a que proponha alguma medida ou submeta projeto de</p><p>ato normativo.</p><p>No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim-</p><p>plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presiden-</p><p>te da República, sua estrutura segue o modelo antes referido</p><p>para o padrão ofício.</p><p>Já a exposição de motivos que submeta à consideração</p><p>do Presidente da República a sugestão de alguma medida a</p><p>ser adotada ou a que lhe apresente projeto de ato normativo</p><p>– embora sigam também a estrutura do padrão ofício –, além</p><p>de outros comentários julgados pertinentes por seu autor,</p><p>devem, obrigatoriamente, apontar:</p><p>a) na introdução: o problema que está a reclamar a ado-</p><p>ção da medida ou do ato normativo proposto;</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>24</p><p>b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida</p><p>ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar o proble-</p><p>ma, e eventuais alternativas existentes para equacioná-lo;</p><p>c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser toma-</p><p>da, ou qual ato normativo deve ser editado para solucionar o</p><p>problema.</p><p>Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à expo-</p><p>sição de motivos, devidamente preenchido, de acordo com o</p><p>seguinte modelo previsto no Anexo II do Decreto no 4.176, de</p><p>28 de março de 2002.</p><p>Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Mi-</p><p>nistério ou órgão equivalente) nº de 200.</p><p>1. Síntese do problema ou da situação que reclama pro-</p><p>vidências</p><p>2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou</p><p>na medida proposta</p><p>3. Alternativas existentes às medidas propostas</p><p>Mencionar:</p><p>- se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;</p><p>- se há projetos sobre a matéria no Legislativo;</p><p>- outras possibilidades de resolução do problema.</p><p>4. Custos</p><p>Mencionar:</p><p>- se a despesa decorrente da medida está prevista na lei</p><p>orçamentária anual; se não, quais as alternativas para cus-</p><p>teá-la;</p><p>- se é o caso de solicitar-se abertura de crédito extraordi-</p><p>nário, especial ou suplementar;</p><p>- valor a ser despendido em moeda corrente;</p><p>5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchido so-</p><p>mente se o ato proposto for medida provisória ou projeto de</p><p>lei que deva tramitar em regime de urgência)</p><p>Mencionar:</p><p>- se o problema configura calamidade pública;</p><p>- por que é indispensável a vigência imediata;</p><p>- se se trata de problema cuja causa ou agravamento não</p><p>tenham sido previstos;</p><p>- se se trata de desenvolvimento extraordinário de situa-</p><p>ção já prevista.</p><p>6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou</p><p>medida proposta possa vir a tê-lo)</p><p>7. Alterações propostas</p><p>Texto atual Texto proposto</p><p>8. Síntese do parecer do órgão jurídico</p><p>Com base em avaliação do ato normativo ou da medida</p><p>proposta à luz das questões levantadas no item 10.4.3.</p><p>A falta ou insuficiência das informações prestadas pode</p><p>acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da</p><p>Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para que</p><p>se complete o exame ou se reformule a proposta. O preenchi-</p><p>mento obrigatório do anexo para as exposições de motivos</p><p>que proponham a adoção de alguma medida ou a edição de</p><p>ato normativo tem como finalidade:</p><p>a) permitir a adequada reflexão sobre o problema que se</p><p>busca resolver;</p><p>b) ensejar mais profunda avaliação das diversas causas</p><p>do problema e dos efeitos que pode ter a adoção da medida</p><p>ou a edição do ato, em consonância com as questões que de-</p><p>vem ser analisadas na elaboração de proposições normativas</p><p>no âmbito do Poder Executivo (v. 10.4.3.).</p><p>c) conferir perfeita transparência aos atos propostos.</p><p>Dessa forma, ao atender às questões que devem ser ana-</p><p>lisadas na elaboração de atos normativos no âmbito do Poder</p><p>Executivo, o texto da exposição de motivos e seu anexo com-</p><p>plementam-se e formam um todo coeso: no anexo, encontra-</p><p>mos uma avaliação profunda e direta de toda a situação que</p><p>está a reclamar a adoção de certa providência ou a edição de</p><p>um ato normativo; o problema a ser enfrentado e suas cau-</p><p>sas; a solução que se propõe, seus efeitos e seus custos; e as</p><p>alternativas existentes. O texto da exposição de motivos fica,</p><p>assim, reservado à demonstração da necessidade da provi-</p><p>dência proposta: por que deve ser adotada e como resolverá</p><p>o problema. Nos casos em que o ato proposto for questão de</p><p>pessoal (nomeação, promoção, ascensão, transferência, rea-</p><p>daptação, reversão, aproveitamento, reintegração, recondu-</p><p>ção, remoção, exoneração, demissão, dispensa, disponibilida-</p><p>de, aposentadoria), não é necessário o encaminhamento do</p><p>formulário de anexo à exposição de motivos.</p><p>Ressalte-se que:</p><p>– a síntese do parecer do órgão de assessoramento jurí-</p><p>dico não dispensa o encaminhamento do parecer completo;</p><p>– o tamanho dos campos do anexo à exposição de motivos</p><p>pode ser alterado de acordo com a maior ou menor extensão</p><p>dos comentários a serem ali incluídos.</p><p>Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente</p><p>que a atenção aos requisitos básicos da redação oficial (cla-</p><p>reza, concisão, impessoalidade, formalidade, padronização</p><p>e uso do padrão culto de linguagem) deve ser redobrada. A</p><p>exposição de motivos é a principal modalidade de comuni-</p><p>cação dirigida ao Presidente da República pelos Ministros.</p><p>Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao</p><p>Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário ou, ainda, ser pu-</p><p>blicada no Diário Oficial da União, no todo ou em parte.</p><p>5. Mensagem</p><p>5.1. Definição e Finalidade</p><p>É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes</p><p>dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas</p><p>pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para in-</p><p>formar sobre fato da Administração Pública; expor o plano</p><p>de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa;</p><p>submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem</p><p>de deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer</p><p>e agradecer comunicações de tudo quanto seja de interesse</p><p>dos poderes públicos e da Nação. Minuta de mensagem pode</p><p>ser encaminhada pelos Ministérios à Presidência da Repúbli-</p><p>ca, a cujas assessorias caberá a redação final. As mensagens</p><p>mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm</p><p>as seguintes finalidades:</p><p>a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, comple-</p><p>mentar ou financeira. Os projetos de lei ordinária ou comple-</p><p>mentar são enviados em regime normal (Constituição, art.</p><p>61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1o a 4o). Cabe</p><p>lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime</p><p>normal e mais tarde ser objeto de nova mensagem, com soli-</p><p>citação de urgência. Em ambos os casos, a mensagem se diri-</p><p>ge aos Membros do Congresso Nacional, mas é encaminhada</p><p>com aviso do Chefe da Casa Civil da Presidência da República</p><p>ao Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para que</p><p>tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput).</p><p>Quanto aos projetos de lei financeira (que compreendem pla-</p><p>no plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e</p><p>créditos adicionais), as mensagens de encaminhamento diri-</p><p>gem-se aos Membros do Congresso Nacional, e os respectivos</p><p>avisos são endereçados ao Primeiro Secretário do Senado</p><p>Federal. A razão é que o art. 166 da Constituição impõe a de-</p><p>liberação congressual sobre as leis financeiras em sessão con-</p><p>junta, mais precisamente, “na forma do regimento comum”. E</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>25</p><p>à frente da Mesa do Congresso Nacional está o Presidente do</p><p>Senado Federal (Constituição, art. 57, § 5o), que comanda as</p><p>sessões conjuntas. As mensagens aqui tratadas coroam</p><p>o pro-</p><p>cesso desenvolvido no âmbito do Poder Executivo, que abran-</p><p>ge minucioso exame técnico, jurídico e econômico-financeiro</p><p>das matérias objeto das proposições por elas encaminhadas.</p><p>Tais exames materializam-se em pareceres dos diversos ór-</p><p>gãos interessados no assunto das proposições, entre eles o</p><p>da Advocacia-Geral da União. Mas, na origem das propostas,</p><p>as análises necessárias constam da exposição de motivos do</p><p>órgão onde se geraram (v. 3.1. Exposição de Motivos) – exposi-</p><p>ção que acompanhará, por cópia, a mensagem de encaminha-</p><p>mento ao Congresso.</p><p>b) encaminhamento de medida provisória.</p><p>Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Consti-</p><p>tuição, o Presidente da República encaminha mensagem ao</p><p>Congresso, dirigida a seus membros, com aviso para o Pri-</p><p>meiro Secretário do Senado Federal, juntando cópia da medi-</p><p>da provisória, autenticada pela Coordenação de Documenta-</p><p>ção da Presidência da República.</p><p>c) indicação de autoridades.</p><p>As mensagens que submetem ao Senado Federal a indi-</p><p>cação de pessoas para ocuparem determinados cargos (ma-</p><p>gistrados dos Tribunais Superiores, Ministros do TCU, Pre-</p><p>sidentes e Diretores do Banco Central, Procurador-Geral da</p><p>República, Chefes de Missão Diplomática, etc.) têm em vista</p><p>que a Constituição, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui àque-</p><p>la Casa do Congresso Nacional competência privativa para</p><p>aprovar a indicação. O curriculum vitae do indicado, devida-</p><p>mente assinado, acompanha a mensagem.</p><p>d) pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Pre-</p><p>sidente da República se ausentarem do País por mais de 15</p><p>dias. Trata-se de exigência constitucional (Constituição, art.</p><p>49, III, e 83), e a autorização é da competência privativa do</p><p>Congresso Nacional. O Presidente da República, tradicional-</p><p>mente, por cortesia, quando a ausência é por prazo inferior</p><p>a 15 dias, faz uma comunicação a cada Casa do Congresso,</p><p>enviando-lhes mensagens idênticas.</p><p>e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de</p><p>concessão de emissoras de rádio e TV. A obrigação de subme-</p><p>ter tais atos à apreciação do Congresso Nacional consta no</p><p>inciso XII do artigo 49 da Constituição. Somente produzirão</p><p>efeitos legais a outorga ou renovação da concessão após deli-</p><p>beração do Congresso Nacional (Constituição, art. 223, § 3o).</p><p>Descabe pedir na mensagem a urgência prevista no art. 64 da</p><p>Constituição, porquanto o § 1o do art. 223 já define o prazo</p><p>da tramitação. Além do ato de outorga ou renovação, acompa-</p><p>nha a mensagem o correspondente processo administrativo.</p><p>f) encaminhamento das contas referentes ao exercício</p><p>anterior. O Presidente da República tem o prazo de sessen-</p><p>ta dias após a abertura da sessão legislativa para enviar ao</p><p>Congresso Nacional as contas referentes ao exercício ante-</p><p>rior (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e parecer da Co-</p><p>missão Mista permanente (Constituição, art. 166, § 1o), sob</p><p>pena de a Câmara dos Deputados realizar a tomada de contas</p><p>(Constituição, art. 51, II), em procedimento disciplinado no</p><p>art. 215 do seu Regimento Interno.</p><p>g) mensagem de abertura da sessão legislativa.</p><p>Ela deve conter o plano de governo, exposição sobre a</p><p>situação do País e solicitação de providências que julgar ne-</p><p>cessárias (Constituição, art. 84, XI). O portador da mensagem</p><p>é o Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Esta men-</p><p>sagem difere das demais porque vai encadernada e é distri-</p><p>buída a todos os Congressistas em forma de livro.</p><p>h) comunicação de sanção (com restituição de autógra-</p><p>fos).</p><p>Esta mensagem é dirigida aos Membros do Congresso</p><p>Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro Secretário da</p><p>Casa onde se originaram os autógrafos. Nela se informa o nú-</p><p>mero que tomou a lei e se restituem dois exemplares dos três</p><p>autógrafos recebidos, nos quais o Presidente da República</p><p>terá aposto o despacho de sanção.</p><p>i) comunicação de veto.</p><p>Dirigida ao Presidente do Senado Federal (Constituição,</p><p>art. 66, § 1o), a mensagem informa sobre a decisão de vetar,</p><p>se o veto é parcial, quais as disposições vetadas, e as razões</p><p>do veto. Seu texto vai publicado na íntegra no Diário Oficial</p><p>da União (v. 4.2. Forma e Estrutura), ao contrário das demais</p><p>mensagens, cuja publicação se restringe à notícia do seu en-</p><p>vio ao Poder Legislativo. (v. 19.6.Veto)</p><p>j) outras mensagens.</p><p>Também são remetidas ao Legislativo com regular fre-</p><p>quência mensagens com:</p><p>– encaminhamento de atos internacionais que acarretam</p><p>encargos ou compromissos gravosos (Constituição, art. 49, I);</p><p>– pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis às</p><p>operações e prestações interestaduais e de exportação</p><p>(Constituição, art. 155, § 2o, IV);</p><p>– proposta de fixação de limites globais para o montante</p><p>da dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI);</p><p>– pedido de autorização para operações financeiras ex-</p><p>ternas (Constituição, art. 52, V); e outros.</p><p>Entre as mensagens menos comuns estão as de:</p><p>– convocação extraordinária do Congresso Nacional</p><p>(Constituição, art. 57, § 6o);</p><p>– pedido de autorização para exonerar o Procurador-Ge-</p><p>ral da República (art. 52, XI, e 128, § 2o);</p><p>– pedido de autorização para declarar guerra e decretar</p><p>mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX);</p><p>– pedido de autorização ou referendo para celebrar a paz</p><p>(Constituição, art. 84, XX);</p><p>– justificativa para decretação do estado de defesa ou de</p><p>sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4o);</p><p>– pedido de autorização para decretar o estado de sítio</p><p>(Constituição, art. 137);</p><p>– relato das medidas praticadas na vigência do estado de</p><p>sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único);</p><p>– proposta de modificação de projetos de leis financeiras</p><p>(Constituição, art. 166, § 5o);</p><p>– pedido de autorização para utilizar recursos que fica-</p><p>rem sem despesas correspondentes, em decorrência de veto,</p><p>emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual</p><p>(Constituição, art. 166, § 8o);</p><p>– pedido de autorização para alienar ou conceder terras</p><p>públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188,</p><p>§ 1o); etc.</p><p>5.2. Forma e Estrutura</p><p>As mensagens contêm:</p><p>a) a indicação do tipo de expediente e de seu número,</p><p>horizontalmente, no início da margem esquerda:</p><p>Mensagem no</p><p>b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e</p><p>o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da mar-</p><p>gem esquerda; Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado</p><p>Federal,</p><p>c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;</p><p>d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto,</p><p>e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem</p><p>direita.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>26</p><p>A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presi-</p><p>dente da República, não traz identificação de seu signatário.</p><p>6. Telegrama</p><p>6.1. Definição e Finalidade</p><p>Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar</p><p>os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de</p><p>telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de</p><p>telegrafia, telex, etc. Por tratar-se de forma de comunicação</p><p>dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente supera-</p><p>da, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas si-</p><p>tuações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou</p><p>fax e que a urgência justifique sua utilização e, também em</p><p>razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve</p><p>pautar-se pela concisão (v. 1.4. Concisão e Clareza).</p><p>6.2. Forma e Estrutura</p><p>Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a es-</p><p>trutura dos formulários disponíveis nas agências dos Cor-</p><p>reios e em seu sítio na Internet.</p><p>7. Fax</p><p>7.1. Definição e Finalidade</p><p>O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é</p><p>uma forma de comunicação que está sendo menos usada de-</p><p>vido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a trans-</p><p>missão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de</p><p>documentos, de cujo conhecimento há premência, quando</p><p>não há condições de envio do documento por meio eletrôni-</p><p>co. Quando necessário o original, ele segue posteriormente</p><p>pela via e na forma de praxe. Se necessário o arquivamento,</p><p>deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com</p><p>o próprio</p><p>fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente.</p><p>7.2. Forma e Estrutura</p><p>Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a</p><p>estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio,</p><p>juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i.</p><p>é., de pequeno formulário com os dados de identificação da</p><p>mensagem a ser enviada, conforme exemplo a seguir:</p><p>8. Correio Eletrônico</p><p>8.1 Definição e finalidade</p><p>correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e ce-</p><p>leridade, transformou-se na principal forma de comunicação</p><p>para transmissão de documentos.</p><p>8.2. Forma e Estrutura</p><p>Um dos atrativos de comunicação por correio eletrôni-</p><p>co é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rí-</p><p>gida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de</p><p>linguagem incompatível com uma comunicação oficial (v.</p><p>1.2 A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais). O campo</p><p>assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve</p><p>ser preenchido de modo a facilitar a organização documental</p><p>tanto do destinatário quanto do remetente. Para os arquivos</p><p>anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente,</p><p>o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum ar-</p><p>quivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.</p><p>Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirma-</p><p>ção de leitura. Caso não seja disponível, deve constar na men-</p><p>sagem o pedido de confirmação de recebimento.</p><p>8.3 Valor documental</p><p>Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem</p><p>de correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para que</p><p>possa ser aceito como documento original, é necessário exis-</p><p>tir certificação digital que ateste a identidade do remetente,</p><p>na forma estabelecida em lei.</p><p>14 - NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO</p><p>ATENÇÃO!</p><p>Prezado candidato, esse tópico ja foi visto anteriormente.</p><p>EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES</p><p>(TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉDIO -</p><p>VUNESP – 2017 - ADAPTADA) Leia o texto, para responder</p><p>às questões de 1 a 7.</p><p>Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executi-</p><p>vos no setor de tecnologia já tinham feito – ele transferiu sua</p><p>equipe para um chamado escritório aberto, sem paredes e</p><p>divisórias.</p><p>Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele</p><p>queria que todos estivessem juntos, para se conectarem e co-</p><p>laborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo ficou claro</p><p>que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam</p><p>distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados esta-</p><p>vam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.</p><p>Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para</p><p>o escritório aberto, Nagele transferiu a empresa para um es-</p><p>paço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio espaço, com</p><p>portas e tudo.</p><p>Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório</p><p>aberto – cerca de 70% dos escritórios nos Estados Unidos são</p><p>assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo de</p><p>espaços tradicionais com salas e portas.</p><p>Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até</p><p>15% da produtividade, desenvolver problemas graves de</p><p>concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes</p><p>em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contri-</p><p>buindo para uma reação contra esse tipo de organização.</p><p>Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele</p><p>já ouviu colegas do setor de tecnologia dizerem sentir falta do</p><p>estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita gente concor-</p><p>da – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca</p><p>se consegue terminar as coisas e é preciso levar mais traba-</p><p>lho para casa”, diz ele.</p><p>É improvável que o conceito de escritório aberto caia em</p><p>desuso, mas algumas firmas estão seguindo o exemplo de Na-</p><p>gele e voltando aos espaços privados.</p><p>Há uma boa razão que explica por que todos adoram um</p><p>espaço com quatro paredes e uma porta: foco. A verdade é</p><p>que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tem-</p><p>po, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até</p><p>20 minutos.</p><p>Retemos mais informações quando nos sentamos em um</p><p>local fixo, afirma Sally Augustin, psicóloga ambiental e design</p><p>de interiores.</p><p>(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos</p><p>podem ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.</p><p>folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017. Adaptado)</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>27</p><p>1. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-</p><p>DIO - VUNESP – 2017) Segundo o texto, são aspectos desfa-</p><p>voráveis ao trabalho em espaços abertos compartilhados</p><p>a) a impossibilidade de cumprir várias tarefas e a restrição</p><p>à criatividade.</p><p>b) a dificuldade de propor soluções tecnológicas e a trans-</p><p>ferência de atividades para o lar.</p><p>c) a dispersão e a menor capacidade de conservar conteú-</p><p>dos.</p><p>d) a distração e a possibilidade de haver colaboração de</p><p>colegas e chefes.</p><p>e) o isolamento na realização das tarefas e a vigilância</p><p>constante dos chefes.</p><p>2. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉDIO</p><p>- VUNESP – 2017) Assinale a alternativa em que a nova reda-</p><p>ção dada ao seguinte trecho do primeiro parágrafo apresenta</p><p>concordância de acordo com a norma-padrão: Há quatro anos,</p><p>Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia</p><p>já tinham feito.</p><p>a) Muitos executivos já havia transferido suas equipes</p><p>para o chamado escritório aberto, como feito por Chris Nagele.</p><p>b) Mais de um executivo já tinham transferido suas equi-</p><p>pes para escritórios abertos, o que só aconteceu com Chris Na-</p><p>gele fazem mais de quatro anos.</p><p>c) O que muitos executivos fizeram, transferindo suas</p><p>equipes para escritórios abertos, também foi feito por Chris</p><p>Nagele, faz cerca de quatro anos.</p><p>d) Devem fazer uns quatro anos que Chris Nagele transfe-</p><p>riu sua equipe para escritórios abertos, tais como foi transferi-</p><p>do por muitos executivos.</p><p>e) Faz exatamente quatro anos que Chris Nagele fez o que</p><p>já tinham sido feitos por outros executivos do setor.</p><p>3. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉDIO</p><p>- VUNESP – 2017) É correto afirmar que a expressão – até en-</p><p>tão –, em destaque no início do segundo parágrafo, expressa</p><p>um limite, com referência</p><p>a) temporal ao momento em que se deu a transferência da</p><p>equipe de Nagele para o escritório aberto.</p><p>b) espacial aos escritórios fechados onde trabalhava a</p><p>equipe de Nagele antes da mudança para locais abertos.</p><p>c) temporal ao dia em que Nagele decidiu seguir o exem-</p><p>plo de outros executivos, e espacial ao tipo de escritório que</p><p>adotou.</p><p>d) espacial ao caso de sucesso de outros executivos do se-</p><p>tor de tecnologia que aboliram paredes e divisórias.</p><p>e) espacial ao novo tipo de ambiente de trabalho, e tempo-</p><p>ral às mudanças favoráveis à integração.</p><p>4. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉDIO</p><p>- VUNESP – 2017) É correto afirmar que a expressão – contu-</p><p>do –, destacada no quinto parágrafo, estabelece uma relação de</p><p>sentido com o parágrafo</p><p>a) anterior, confirmando com estatísticas o sucesso das</p><p>empresas que adotaram o modelo de escritórios abertos.</p><p>b) posterior, expondo argumentos favoráveis à adoção do</p><p>modelo de escritórios abertos.</p><p>c) anterior, atestando a eficiência do modelo aberto com</p><p>base em resultados de pesquisas.</p><p>d) anterior, introduzindo informações que se contrapõem</p><p>à visão positiva acerca dos escritórios abertos.</p><p>e) posterior, contestando com dados estatísticos o forma-</p><p>to tradicional de escritório fechado.</p><p>5. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-</p><p>DIO - VUNESP – 2017) Assinale a frase do texto em que se</p><p>identifica expressão do ponto de vista do próprio autor acer-</p><p>ca do assunto de que trata.</p><p>a) “Nunca se consegue terminar as coisas e é preciso levar</p><p>mais trabalho para casa”, diz ele. (6.º parágrafo).</p><p>b) Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório</p><p>aberto... (4.º parágrafo).</p><p>c) Retemos mais informações quando nos sentamos em</p><p>um local fixo, afirma Sally Augustin... (último parágrafo).</p><p>d) Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas</p><p>ele queria que todos estivessem juntos... (2.º parágrafo).</p><p>e) É improvável que o conceito de escritório aberto caia</p><p>em desuso... (7.º parágrafo).</p><p>6. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-</p><p>DIO - VUNESP – 2017)</p><p>Na frase – É improvável que o conceito</p><p>de escritório aberto caia em desuso... (7.º parágrafo) – a ex-</p><p>pressão em destaque tem o sentido de</p><p>a) sofra censura.</p><p>b) torne-se obsoleto.</p><p>c) mostre-se alterado.</p><p>d) mereça sanção.</p><p>e) seja substituído.</p><p>7. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉDIO -</p><p>VUNESP – 2017) O trecho destacado na passagem – Todos esta-</p><p>vam distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados esta-</p><p>vam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.– tem sentido de:</p><p>a) até mesmo o próprio chefe.</p><p>b) apesar do próprio chefe.</p><p>c) exceto o próprio chefe.</p><p>d) diante do próprio chefe.</p><p>e) portanto o próprio chefe.</p><p>8. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉDIO</p><p>- VUNESP – 2017)</p><p>O problema de São Paulo, dizia o Vinicius, “é que você anda,</p><p>anda, anda e nunca chega a Ipanema”. Se tomarmos “Ipanema”</p><p>ao pé da letra, a frase é absurda e cômica. Tomando “Ipanema”</p><p>como um símbolo, no entanto, como um exemplo de alívio, pro-</p><p>messa de alegria em meio à vida dura da cidade, a frase passa a</p><p>ser de um triste realismo: o problema de São Paulo é que você</p><p>anda, anda, anda e nunca chega a alívio algum. O Ibirapuera, o</p><p>parque do Estado, o Jardim da Luz são uns raros respiros perdi-</p><p>dos entre o mar de asfalto, a floresta de lajes batidas e os Corco-</p><p>vados de concreto armado.</p><p>O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere es-</p><p>tendê-la e se deitar em cima, caso lhe concedam dois metros</p><p>quadrados de chão. É o que vemos nas avenidas abertas aos pe-</p><p>destres, nos fins de semana: basta liberarem um pedacinho do</p><p>cinza e surgem revoadas de patinadores, maracatus, big bands,</p><p>corredores evangélicos, góticos satanistas, praticantes de ioga,</p><p>dançarinos de tango, barraquinhas de yakissoba e barris de cer-</p><p>veja artesanal.</p><p>Tenho estado atento às agruras e oportunidades da cidade</p><p>porque, depois de cinco anos vivendo na Granja Viana, vim mo-</p><p>rar em Higienópolis. Lá em Cotia, no fim da tarde, eu corria em</p><p>volta de um lago, desviando de patos e assustando jacus. Agora,</p><p>aos domingos, corro pela Paulista ou Minhocão e, durante a se-</p><p>mana, venho testando diferentes percursos.</p><p>Corri em volta do parque Buenos Aires e do cemitério da</p><p>Consolação, ziguezagueei por Santa Cecília e pelas encostas do</p><p>Sumaré, até que, na última terça, sem querer, descobri um insus-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>28</p><p>peito parque noturno com bastante gente, quase nenhum carro</p><p>e propício a todo tipo de atividades: o estacionamento do está-</p><p>dio do Pacaembu.</p><p>(Antonio Prata. “O paulistano não é de jogar a toalha. Pre-</p><p>fere estendê-la e deitar em cima.” Disponível em:<http://www1.</p><p>folha.uol.com.br/colunas>. Acesso em: 13.04.2017. Adaptado)</p><p>É correto afirmar que, do ponto de vista do autor, o pau-</p><p>listano</p><p>a) busca em Ipanema o contato com a natureza exuberan-</p><p>te que não consegue achar em sua cidade.</p><p>b) sabe como vencer a rudeza da paisagem de São Paulo,</p><p>encontrando nesta espaços para o lazer.</p><p>c) se vê impedido de realizar atividades esportivas, no mar</p><p>de asfalto que é São Paulo.</p><p>d) tem feito críticas à cidade, porque ela não oferece ativi-</p><p>dades recreativas a seus habitantes.</p><p>e) toma Ipanema como um símbolo daquilo que se pode</p><p>alcançar, apesar de muito andar e andar.</p><p>9. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉDIO</p><p>- VUNESP – 2015)</p><p>Ser gentil é um ato de rebeldia. Você sai às ruas e insiste,</p><p>briga, luta para se manter gentil. O motorista quase te mata</p><p>de susto buzinando e te xingando porque você usou a faixa</p><p>de pedestres quando o sinal estava fechado para ele. Você</p><p>posta um pensamento gentil nas redes sociais apesar de ler</p><p>dezenas de comentários xenofóbicos, homofóbicos, irônicos e</p><p>maldosos sobre tudo e todos. Inclusive você. Afinal, você é ob-</p><p>viamente um idiota gentil.</p><p>Há teorias evolucionistas que defendem que as socieda-</p><p>des com maior número de pessoas altruístas sobreviveram</p><p>por mais tempo por serem mais capazes de manter a coesão.</p><p>Pesquisadores da atualidade dizem, baseados em estudos, que</p><p>gestos de gentileza liberam substâncias que proporcionam</p><p>prazer e felicidade.</p><p>Mas gentileza virou fraqueza. É preciso ser macho pacas</p><p>para ser gentil nos dias de hoje. Só consigo associar a aversão</p><p>à gentileza à profunda necessidade de ser – ou parecer ser – in-</p><p>vencível e bem-sucedido. Nossas fragilidades seriam uma ver-</p><p>gonha social. Um empecilho à carreira, ao acúmulo de dinheiro.</p><p>Não ter tempo para gentilezas é bonito. É justificável diante</p><p>da eterna ambivalência humana: queremos ser bons, mas temos</p><p>medo. Não dizer bom-dia significa que você é muito importante.</p><p>Ou muito ocupado. Humilhar os que não concordam com suas</p><p>ideias é coisa de gente forte. E que está do lado certo. Como se</p><p>houvesse um lado errado. Porque, se nenhum de nós abrir a</p><p>boca, ninguém vai reparar que no nosso modelo de felicidade</p><p>tem alguém chorando ali no canto. Porque ser gentil abala sua</p><p>autonomia. Enfim, ser gentil está fora de moda. Estou sempre</p><p>fora de moda. Querendo falar de gentileza, imaginem vocês!</p><p>Pura rebeldia. Sair por aí exibindo minhas vulnerabilidades e,</p><p>em ato de pura desobediência civil, esperar alguma cumplicida-</p><p>de. Deve ser a idade.</p><p>(Ana Paula Padrão, Gentileza virou fraqueza. Disponível em:</p><p><http://www.istoe.com.br>. Acesso em: 27 jan 2015. Adaptado)</p><p>É correto inferir que, do ponto de vista da autora, a gentileza</p><p>a) é prerrogativa dos que querem ter sua importância reco-</p><p>nhecida socialmente.</p><p>b) é uma via de mão dupla, por isso não deve ser praticada se</p><p>não houver reciprocidade.</p><p>c) representa um hábito primitivo, que pouco afeta as relações</p><p>interpessoais.</p><p>d) restringe-se ao gênero masculino, pois este representa os</p><p>mais fortes.</p><p>e) é uma qualidade desvalorizada em nossa sociedade nos dias</p><p>atuais.</p><p>10. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉDIO</p><p>- VUNESP – 2015) No final do último parágrafo, a autora caracteri-</p><p>za a gentileza como “ato de pura desobediência civil”; isso permite</p><p>deduzir que</p><p>a) assumir a prática da gentileza é rebelar-se contra códigos de</p><p>comportamento vigentes, mesmo que não declarados.</p><p>b) é inviável, em qualquer época, opor-se às práticas e aos pro-</p><p>tocolos sociais de relacionamento humano.</p><p>c) é possível ao sujeito aderir às ideias dos mais fortes, sem</p><p>medo de ver atingida sua individualidade, no contexto geral.</p><p>d) há, nas sociedades modernas, a constatação de que a vulne-</p><p>rabilidade de alguns está em ver a felicidade como ato de rebeldia.</p><p>e) obedecer às normas sociais gera prazer, ainda que isso</p><p>signifique seguir rituais de incivilidade e praticar a intolerância.</p><p>11. (EBSERH – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ESTATÍS-</p><p>TICA – AOCP-2015) Assinale a alternativa correta em relação à</p><p>ortografia dos pares.</p><p>a) Atenção – atenciozo.</p><p>b) Aprender – aprendizajem.</p><p>c) Simples – simplissidade.</p><p>d) Fúria – furiozo.</p><p>e) Sensação – sensacional.</p><p>12. (BADESC – TÉCNICO DE FOMENTO A – FGV-2010) As</p><p>palavras jeitinho, pesquisa e intrínseco apresentam diferentes</p><p>graus de dificuldade ortográfica e estão corretamente grafadas.</p><p>Assinale a alternativa em que a grafia da palavra sublinhada está</p><p>igualmente correta.</p><p>a) Talvez ele seje um caso de sucesso empresarial.</p><p>b) A paralização da equipe técnica demorou bastante.</p><p>c) O funcionário reinvindicou suas horas extras.</p><p>d) Deve-se expor com clareza a pretenção salarial.</p><p>e) O assessor de imprensa recebeu o jornalista.</p><p>13. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL</p><p>I – CESGRANRIO-2018) O grupo em que todas as palavras</p><p>estão grafadas de acordo com a norma-padrão da língua por-</p><p>tuguesa é:</p><p>a) admissão, infração, renovação</p><p>b) diversão, excessão, sucessão</p><p>c) extenção, eleição, informação</p><p>d) introdução, repreção, intenção</p><p>e) transmissão, conceção, omissão</p><p>14. (MPE-AL - TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO –</p><p>FGV-2018) “A crise não trouxe apenas danos sociais e econômi-</p><p>cos”; se juntarmos os adjetivos sublinhados em um só vocábu-</p><p>lo, a forma adequada será</p><p>a) sociais-econômicos.</p><p>b) social-econômicos.</p><p>c) sociais-econômico.</p><p>d) socioeconômicos.</p><p>e) socioseconômicos.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>29</p><p>15. (IBGE – ANALISTA CENSITÁRIO – AGRONOMIA –</p><p>FGV-2017) “É preciso levar em conta</p><p>questões econômicas e</p><p>sociais”; se juntássemos os adjetivos sublinhados em forma de</p><p>adjetivo composto, a forma correta, no contexto, seria:</p><p>a) econômicas-sociais;</p><p>b) econômico-social;</p><p>c) econômica-social;</p><p>d) econômico-sociais;</p><p>e) econômicas-social.</p><p>6. (PC-RS – ESCRIVÃO E INSPETOR DE POLÍCIA – FUNDA-</p><p>TEC-2018 - ADAPTADA) Sobre os vocábulos expansível, fácil,</p><p>considerável, artificial, multiplicável e acessível, afirma-se que:</p><p>I. Todos são flexionados da mesma forma quando no plural.</p><p>II. Apenas um assume forma diferente dos demais quando</p><p>flexionado no plural.</p><p>III. Todos devem ser acentuados em sua forma plural.</p><p>Quais estão corretas?</p><p>a) Apenas I.</p><p>b) Apenas II.</p><p>c) Apenas III.</p><p>d) Apenas I e II.</p><p>e) Apenas II e III.</p><p>17. (ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO BARRO</p><p>BRANCO-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLICIAL</p><p>MILITAR – VUNESP-2010)</p><p>__________ moro fora do Brasil. Sou baiana e, cada vez que</p><p>volto a Salvador, fico chocada, constrangida e enojada com essa</p><p>prática _________ e, _________ não dizer, machista dos meus con-</p><p>terrâneos – não se veem mulheres fazendo xixi na rua. Mas,</p><p>antes de prender os___________, tente encontrar um banheiro</p><p>público em Salvador. Se encontrar, tente entrar – normalmente</p><p>estão trancados –, e tente então não passar __________. Vamos</p><p>copiar a Europa na proibição, mas também na infraestrutura.</p><p>(Seção “Leitor”, Veja, 14.07.2010. Adaptado)</p><p>Os espaços do texto devem ser preenchidos, correta e res-</p><p>pectivamente, com:</p><p>a) A dez anos … sub-desenvolvida … por quê … cidadões</p><p>… mau</p><p>b) Há dez anos … subdesenvolvida … por que … cidadãos</p><p>… mal</p><p>c) Fazem dez anos que … subdesenvolvida … porque … ci-</p><p>dadões … mau</p><p>d) São dez anos que … sub desenvolvida … porquê … cida-</p><p>dãos … mal</p><p>e) Faz dez anos que … sub-desenvolvida … porque … cida-</p><p>dães … mau</p><p>18. (PM-SP - TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO POLI-</p><p>CIAL MILITAR – VUNESP-2014) Leia a tira de Hagar, por Chris</p><p>Browne, e assinale a alternativa que completa, correta e res-</p><p>pectivamente, as lacunas, em conformidade com as regras de</p><p>ortografia.</p><p>(Folha de S.Paulo, 08.02.2014, http://zip.net/bdmBgf)</p><p>a) porque ... por que ... porque ... atraz</p><p>b) por que ... por quê ... por que ... atraz</p><p>c) por que ... por que ... porque ... atráz</p><p>d) porque ... porquê ... por que ... atrás</p><p>e) por que ... por quê ... porque ... atrás</p><p>19. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018)</p><p>A frase do menino na charge – “naum eh verdade” – mos-</p><p>tra uma característica da linguagem escrita de internautas</p><p>que é:</p><p>a) a sintetização exagerada;</p><p>b) o desrespeito total pela norma culta;</p><p>c) a criação de um vocabulário novo;</p><p>d) a tentativa de copiar a fala;</p><p>e) a grafia sem acentos ou sinais gráficos.</p><p>20. (TJ-SP – ADVOGADO - VUNESP/2013)</p><p>A Polícia Militar prendeu, nesta semana, um homem de</p><p>37 anos, acusado de ____________ de drogas e ____________ à avó</p><p>de 74 anos de idade. Ele foi preso em __________ com uma pe-</p><p>quena quantidade de drogas no bairro Irapuá II, em Floriano,</p><p>após várias denúncias de vizinhos. De acordo com o Coman-</p><p>dante do 3.º BPM, o acusado era conhecido na região pela</p><p>atuação no crime.</p><p>(www.cidadeverde.com/floriano. Acesso em 23.06.2013.</p><p>Adaptado)</p><p>De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as</p><p>lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:</p><p>a) tráfico … mal-tratos … flagrante</p><p>b) tráfego … maltratos … fragrante</p><p>c) tráfego … maus-trato … flagrante</p><p>d) tráfico … maus-tratos … flagrante</p><p>e) tráfico … mau-trato … fragrante</p><p>21. (CAMAR - CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS</p><p>DA AERONÁUTICA PARA O ANO DE 2016) De acordo com</p><p>seu significado, o conjunto de características formais e sua</p><p>posição estrutural no interior da oração, as palavras podem</p><p>pertencer à mesma classe de palavras ou não. Estabeleça a</p><p>relação correta entre as colunas a seguir considerando tais</p><p>aspectos (considere as palavras em destaque).</p><p>(1) advérbio</p><p>(2) pronome</p><p>(3) conjunção</p><p>(4) substantivo</p><p>( ) “Não há prisão pior [...]”</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>30</p><p>( ) “O lugar de estudo era isso.”</p><p>( ) “E o olho sem se mexer [...]”</p><p>( ) “Ora, se eles enxergavam coisas tão distantes, [...]”</p><p>( ) “Emília respondeu com uma pergunta que me espan-</p><p>tou.”</p><p>A sequência está correta em</p><p>a) 1 – 4 – 2 – 3 – 2</p><p>b) 2 – 1 – 3 – 3 – 4</p><p>c) 3 – 4 – 1 – 3 – 2</p><p>d) 4 – 2 – 4 – 1 – 3</p><p>22. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015)</p><p>Assinale a alternativa em que o termo destacado é um pro-</p><p>nome indefinido.</p><p>a) “Ele não exige fatos...”.</p><p>b) “Era um ídolo para mim.”.</p><p>c) “Discordo dele.”.</p><p>d) “... espécie de carinho consigo mesmo.”.</p><p>e) “O bom humor está disponível a todos...”.</p><p>23. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015)</p><p>Em “Mas o bom humor de ambos os tornava parecidos.”, os</p><p>termos destacados são, respectivamente,</p><p>a) artigo e pronome.</p><p>b) artigo e preposição.</p><p>c) preposição e artigo.</p><p>d) pronome e artigo.</p><p>e) preposição e pronome.</p><p>24. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO</p><p>– FGV-2017)</p><p>Texto 1 - “A democracia reclama um jornalismo vigoro-</p><p>so e independente. A agenda pública é determinada pela im-</p><p>prensa tradicional. Não há um único assunto relevante que</p><p>não tenha nascido numa pauta do jornalismo de qualidade.</p><p>Alguns formadores de opinião utilizam as redes sociais para</p><p>reverberar, multiplicar e cumprem assim relevante papel</p><p>mobilizador. Mas o pontapé inicial é sempre das empresas de</p><p>conteúdo independentes”.</p><p>(O Estado de São Paulo, 10/04/2017)</p><p>O texto 1, do Estado de São Paulo, mostra um conjunto</p><p>de adjetivos sublinhados que poderiam ser substituídos por</p><p>locuções; a substituição abaixo que está adequada é:</p><p>a) independente = com dependência;</p><p>b) pública = de publicidade;</p><p>c) relevante = de relevância;</p><p>d) sociais = de associados;</p><p>e) mobilizador = de motivação.</p><p>25. (PC-SP - AUXILIAR DE NECROPSIA – VUNESP-2014)</p><p>Considerando que o adjetivo é uma palavra que modifica o</p><p>substantivo, com ele concordando em gênero e número, assi-</p><p>nale a alternativa em que a palavra destacada é um adjetivo.</p><p>a) ... um câncer de boca horroroso, ...</p><p>b) Ele tem dezesseis anos...</p><p>c) Eu queria que ele morresse logo, ...</p><p>d) ... com a crueldade adicional de dar esperança às fa-</p><p>mílias.</p><p>e) E o inferno não atinge só os terminais.</p><p>26. (TRE-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS-</p><p>TRATIVA – AOCP-2015) Assinale a alternativa cujo “que” em</p><p>destaque funciona como pronome relativo.</p><p>a) «É uma maneira de expressar a vontade que a gente tem.</p><p>Acho que um voto pode fazer a diferença”.</p><p>b) “Ele diz que vota desde os 18...”.</p><p>c) “Acho que um voto pode fazer a diferença”.</p><p>d) “... e acreditam que um voto consciente agora pode in-</p><p>fluenciar futuramente na vida de seus filhos e netos”.</p><p>e) “O idoso afirma que sempre incentivou sua família a vo-</p><p>tar”.</p><p>27. (TRF-1.ª Região – ANALISTA JUDICIÁRIO – INFOR-</p><p>MÁTICA – FCC- 2014-ADAPTADA) No período O livro explica</p><p>os espíritos chamados ‘xapiris’, que os ianomâmis creem serem os</p><p>únicos capazes de cuidar das pessoas e das coisas, a palavra gri-</p><p>fada tem a função de pronome relativo, retomando um termo</p><p>anterior. Do mesmo modo como ocorre em:</p><p>a) Os ianomâmis acreditam que os xamãs recebem dos es-</p><p>píritos chamados “xapiris” a capacidade de cura.</p><p>b) Eu queria escrever para os não indígenas não acharem</p><p>que índio não sabe nada.</p><p>c) O branco está preocupado que não chove mais em alguns</p><p>lugares.</p><p>d) Gravou 15 fitas em que narrou também sua própria tra-</p><p>jetória.</p><p>e) Não sabia o que me atrapalhava o sono.</p><p>28. (PETROBRAS – ENGENHEIRO(A) DE MEIO AMBIEN-</p><p>TE JÚNIOR – CESGRANRIO-2018) De acordo com as normas</p><p>da linguagem padrão, a colocação pronominal está INCORRETA</p><p>em:</p><p>a) Virgínia encontrava-se acamada há semanas.</p><p>b) A ferida não se curava com os remédios.</p><p>c) A benzedeira usava uma peruca que não favorecia-a.</p><p>d) Imediatamente lhe deram uma caneta-tinteiro vermelha.</p><p>e) Enquanto se rezavam Ave-Marias, a ferida era circun-</p><p>dada.</p><p>29. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV-2018) A</p><p>frase em que se deveria usar a forma EU em lugar de MIM é:</p><p>a) Um desejo de minha avó fez de mim um artista;</p><p>b) Há muitas diferenças entre mim e a minha futura mulher;</p><p>c) Para mim, ver filmes antigos é a maior diversão;</p><p>d) Entre mim</p><p>viajar ou descansar, prefiro o descanso;</p><p>e) Separamo-nos, mas sempre de mim se lembra.</p><p>30. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LEGIS-</p><p>LATIVO MUNICIPAL – FGV-2018-ADAPTADA) O segmento</p><p>em que a substituição do termo sublinhado por um pronome</p><p>pessoal foi feita de forma adequada é:</p><p>a) “deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência” /</p><p>deixou de ser-lhe;</p><p>b) “podemos definir violência” / podemos defini-la;</p><p>c) “Hoje, esse termo denota, além de agressão física, di-</p><p>versos tipos de imposição” / denota-los;</p><p>d) “Consideremos o surgimento das desigualdades” /</p><p>consideremos-lo;</p><p>e) “ao nos referirmos à violência” / ao nos referirmo-la.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>31</p><p>31. (MPU – Conhecimentos Básicos para os Cargos de</p><p>11 a 26 – CESPE-2013)</p><p>Recordar algo nunca ocorrido é comum e pode aconte-</p><p>cer com pessoas de qualquer idade. Muitos indivíduos sequer</p><p>percebem que determinadas lembranças foram criadas, pois</p><p>as cenas e até os sons evocados pelo cérebro surgem com a</p><p>mesma nitidez e o mesmo grau de detalhamento das memó-</p><p>rias reais.</p><p>De acordo com alguns neurocientistas, quando a pessoa</p><p>se recorda de uma sequência de eventos, o cérebro reconstrói</p><p>o passado juntando os “tijolos” de dados, mas somente o ato</p><p>de acessar as lembranças já modifica e distorce a realidade.</p><p>Um neurocientista de uma equipe que pesquisa esse as-</p><p>sunto afirma que se busca reforçar a ideia de que a memória</p><p>não pode ser considerada um papel carbono, ou seja, de que</p><p>ela não reproduz fielmente um acontecimento. “Nossa espe-</p><p>rança é que, ao propor uma explicação neural para o processo</p><p>de geração das falsas memórias, haja aplicações práticas nas</p><p>cortes de justiça, por exemplo”, diz o cientista. “Jurados e ma-</p><p>gistrados precisam de evidências de que, por mais real que</p><p>aparente ser, um fato recordado por uma testemunha pode</p><p>não ser verdadeiro. A memória humana não é como uma me-</p><p>mória de computador, não está certa o tempo todo.”</p><p>O neurocientista relatou que quase três quartos dos pri-</p><p>meiros 250 americanos que tiveram suas condenações pe-</p><p>nais anuladas graças ao exame de DNA haviam sido vítimas</p><p>de falso testemunho ocular. Um psicólogo entrevistado afir-</p><p>mou que, dependendo de como se conduz uma acareação, ela</p><p>pode confundir a pessoa interrogada.</p><p>Correio Braziliense, 26/7/2013 (com adaptações).</p><p>O trecho “a memória não pode ser considerada um papel</p><p>carbono” poderia ser corretamente reescrita da seguinte for-</p><p>ma: não pode-se considerá-la papel carbono.</p><p>( ) CERTO ( ) ERRADO</p><p>32. (PC-MS – DELEGADO DE POLÍCIA – FAPEMS-2017)</p><p>De acordo com os padrões da língua portuguesa, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>a) A frase: “Ela lhe ama” está correta visto que “amar” se</p><p>classifica como verbo transitivo direto, pois quem ama, ama</p><p>alguém.</p><p>b) Em: “Sou te fiel”, o pronome oblíquo átono desempe-</p><p>nha função sintática de complemento nominal por comple-</p><p>mentar o sentido de adjetivos, advérbios ou substantivos abs-</p><p>tratos, além de constituir emprego de ênclise.</p><p>c) No exemplo: “Demos a ele todas as oportunidades”,</p><p>o termo em destaque pode ser substituído por “Demo lhes”</p><p>todas as oportunidades”, tendo em vista o emprego do prono-</p><p>me oblíquo como complemento do verbo.</p><p>d) Em: “Não me ..incomodo com esse tipo de barulho”,</p><p>te.mos.um clássico emprego de mesóclise.</p><p>e) Na frase: “Alunos, aquietem-se! “, o termo destacado</p><p>exemplifica o uso de próclise.</p><p>33. (PC-SP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA – VU-</p><p>NESP-2014)</p><p>Compras de Natal</p><p>A cidade deseja ser diferente, escapar às suas fatalidades.</p><p>__________ de brilhos e cores; sinos que não tocam, balões</p><p>que não sobem, anjos e santos que não __________ , estrelas que</p><p>jamais estiveram no céu.</p><p>As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano</p><p>inteiro: enfeitam-se com fitas e flores, neve de algodão de</p><p>vidro, fios de ouro e prata, cetins, luzes, todas as coisas que</p><p>possam representar beleza e excelência.</p><p>Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em po-</p><p>bres panos, deitado numas palhas, há cerca de dois mil anos,</p><p>num abrigo de animais, em Belém.</p><p>(Cecília Meireles, Quatro Vozes. Adaptado)</p><p>De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as</p><p>lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respecti-</p><p>vamente, com:</p><p>a) Se enche … movem-se</p><p>b) Se enchem … se movem</p><p>c) Enchem-se … se move</p><p>d) Enche-se … move-se</p><p>e) Enche-se … se movem</p><p>34. (PC-SP - AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP-2013) As-</p><p>sinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de</p><p>acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.</p><p>a) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situação de</p><p>ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.</p><p>b) O homem se indignou quando propuseram-lhe que</p><p>abrisse a bolsa que encontrara.</p><p>c) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos resti-</p><p>tuir um objeto à pessoa que o perdeu.</p><p>d) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que eles</p><p>sejam sempre trazidos junto ao corpo.</p><p>e) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma tendência</p><p>natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.</p><p>35. (CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CURSO</p><p>DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS - PM/2014) A frase – Sem</p><p>nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. – está corretamente</p><p>reescrita quanto à flexão verbal, à pontuação e à colocação pro-</p><p>nominal em:</p><p>a) Se remordia, o amigo, no seu canto, sem que nada visse.</p><p>b) O amigo, sem que nada vesse, se remordia no seu canto.</p><p>c) Remordia-se, no seu canto, o amigo, sem que nada visse.</p><p>d) Se remordia no seu canto o amigo, sem que nada vesse.</p><p>36. (PM-SP - SOLDADO DE 2.ª CLASSE – VUNESP-2017-</p><p>ADAPTADA) Assinale a alternativa em que o trecho está reescrito</p><p>conforme a norma-padrão da língua portuguesa, com a expressão</p><p>destacada substituída pelo pronome correspondente.</p><p>a) ... o prazer de contar aquelas histórias... → ... o prazer de</p><p>contar-nas...</p><p>b) ... meio século sem escrever livros. → ... meio século sem</p><p>escrevê-los.</p><p>c) ... puxo a mesinha... → ... puxo-lhe...</p><p>d) ... livro que reúne entrevistas e textos de Ernest Hemin-</p><p>gway... → ... livro que reúne-as...</p><p>e) O médico que atendia pacientes... → O médico que lhe</p><p>atendia...</p><p>37. (TRE-PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS-</p><p>TRATIVA – FCC-2017) A substituição do elemento sublinhado</p><p>pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes no</p><p>segmento, foi realizada de acordo com a norma padrão em:</p><p>a) quem considera o amor abstrato = quem lhe considera</p><p>abstrato</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>32</p><p>b) consideram o amor algo ingênuo e pueril = consideram-</p><p>-lhe algo ingênuo e pueril</p><p>c) parece que inviabiliza o amor = parece que inviabiliza-lhe</p><p>d) o ressentimento é cego ao amor = o ressentimento lhe</p><p>é cego</p><p>e) o amor não vê a hipocrisia = o amor não lhe vê</p><p>38. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LEGIS-</p><p>LATIVO MUNICIPAL – FGV-2018)</p><p>Texto 1 – Guerra civil</p><p>Renato Casagrande, O Globo, 23/11/2017</p><p>O 11.º Relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Públi-</p><p>ca, mostrando o crescimento das mortes violentas no Brasil em</p><p>2016, mais uma vez assustou a todos. Foram 61.619 pessoas</p><p>que perderam a vida devido à violência. Outro dado relevan-</p><p>te é o crescimento da violência em alguns estados do Sul e do</p><p>Sudeste.</p><p>Na verdade, todos os anos a imprensa nacional destaca os</p><p>inaceitáveis números da violência no país. Todos se assustam,</p><p>o tempo passa, e pouca ação ocorre de fato. Tem sido assim</p><p>com o governo federal e boa parte das demais unidades da</p><p>Federação. Agora, com a crise, o argumento é a incapacidade</p><p>de investimento, mas, mesmo em períodos de economia mais</p><p>forte, pouco se viu da implementação de programas estrutu-</p><p>rantes com o objetivo de enfrentar o crime. Contratação de</p><p>policiais, aquisição de equipamentos, viaturas e novas tecno-</p><p>logias são medidas essenciais, mas é preciso ir muito além.</p><p>Definir metas e alcançá-las, utilizando um bom método de</p><p>trabalho, deve ser parte de um programa bem articulado, que</p><p>permita o acompanhamento das ações e que incentive o tra-</p><p>balho integrado entre as forças policiais do estado, da União</p><p>e das guardas municipais.</p><p>O segmento do texto 1 em que a conjunção E tem valor</p><p>adversativo (oposição) e NÃO</p><p>aditivo (adição) é:</p><p>a) “...crescimento da violência em alguns estados do Sul</p><p>e do Sudeste”;</p><p>b) “Todos se assustam, o tempo passa, e pouca ação de-</p><p>corre de fato”;</p><p>c) “Tem sido assim com o governo federal e boa parte das</p><p>demais unidades da Federação”;</p><p>d) “...viaturas e novas tecnologias”;</p><p>e) “Definir metas e alcançá-las...”.</p><p>39. (ALERJ-RJ – ESPECIALISTA LEGISLATIVO – ARQUI-</p><p>TETURA – FGV-2017) “... implica poder decifrar as referências</p><p>cristãs...”; a forma reduzida sublinhada fica convenientemen-</p><p>te substituída por uma oração em forma desenvolvida na se-</p><p>guinte opção:</p><p>a) a possibilidade de decifrar as referências cristãs;</p><p>b) a possibilidade de decifração das referências cristãs;</p><p>c) que se pudessem decifrar as referências cristãs;</p><p>d) que possamos decifrar as referências cristãs;</p><p>e) a possibilidade de que decifrássemos as referências</p><p>cristãs.</p><p>40. (COMPESA-PE – ANALISTA DE GESTÃO – ADMINIS-</p><p>TRADOR – FGV-2018) “... mas já conhecem a brutal realidade</p><p>dos desaventurados cuja sina é cruzar fronteiras para sobrevi-</p><p>ver.” A forma reduzida de “para sobreviver” pode ser nomina-</p><p>lizada de forma conveniente na seguinte alternativa:</p><p>a) para que sobrevivam.</p><p>b) a fim de que sobrevivessem.</p><p>c) para sua sobrevida.</p><p>d) no intuito de sobreviverem.</p><p>e) para sua sobrevivência.</p><p>GABARITO</p><p>1 C</p><p>2 C</p><p>3 A</p><p>4 D</p><p>5 E</p><p>6 B</p><p>7 A</p><p>8 B</p><p>9 E</p><p>10 A</p><p>11 E</p><p>12 E</p><p>13 A</p><p>14 D</p><p>15 D</p><p>16 B</p><p>17 B</p><p>18 E</p><p>19 E</p><p>20 D</p><p>21 A</p><p>22 E</p><p>23 A</p><p>24 C</p><p>25 A</p><p>26 A</p><p>27 D</p><p>28 C</p><p>29 D</p><p>30 B</p><p>31 Errado</p><p>32 B</p><p>33 E</p><p>34 D</p><p>35 C</p><p>36 B</p><p>37 D</p><p>38 B</p><p>39 D</p><p>40 E</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>1 - Conhecimento de um vocabulário fundamental e dos aspectos gramaticais básicos para a compreensão de textos. . . . . . .01</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>1</p><p>1 - CONHECIMENTO DE UM VOCABULÁRIO FUNDA-</p><p>MENTAL E DOS ASPECTOS GRAMATICAIS BÁSICOS</p><p>PARA A COMPREENSÃO DE TEXTOS.</p><p>Apesar de a Língua Inglesa ser a língua oficial do mercado</p><p>internacional, que todo falante deve saber usá-la se quiser</p><p>ser bem aceito (e remunerado) no mercado de trabalho, e</p><p>ela ser disciplina obrigatória na grade curricular das escolas</p><p>brasileiras, a maior parte dos alunos, principalmente os</p><p>que não frequentaram escolas de idiomas, têm dificuldade</p><p>em compreender um texto em língua estrangeira. Para</p><p>driblar essa situação, existem técnicas que facilitam melhor</p><p>a compreensão de um texto em qualquer língua.</p><p>De acordo com Tony Randall, em seu artigo “How you</p><p>improve your vocabulary” (Como melhorar seu vocabulário),</p><p>o inglês é uma língua com o maior vocabulário: mais de um</p><p>milhão de palavras. Para falar, entretanto, um adulto normal</p><p>precisa de apenas 30.000 a 60.000 delas. Não é tão difícil as-</p><p>sim.</p><p>O primeiro passo para se compreender um texto em</p><p>outra língua é observar toda sua estrutura: títulos, subtítu-</p><p>los, pistas tipográficas – datas, números, gráficos, figuras,</p><p>fotografias, palavras em negrito ou itálico, cabeçalhos, refe-</p><p>rências bibliográficas, reticências... Essas informações, parte</p><p>delas não-lineares, complementam as informações contidas</p><p>no texto e, observadas antecipadamente, fazem com que se</p><p>tenha uma idéia melhor do o assunto em questão. A essa téc-</p><p>nica chamamos inferência (inferir) – “adivinhar” qual o as-</p><p>sunto do texto mediante uma leitura rápida (SKIMMING). É</p><p>importante observar também as questões referentes ao texto,</p><p>assim pode-se ter noção do que será cobrado na leitura e, sa-</p><p>bendo disso previamente, será mais fácil e prático filtrar as</p><p>informações dentro do texto.</p><p>O segundo passo é uma leitura minuciosa do texto à</p><p>procura de informações específicas. Essa técnica chama-se</p><p>scanning, que consiste em buscar informações detalhadas,</p><p>sem que seja necessário fazer uma leitura do texto todo. Ge-</p><p>ralmente é feita de forma top down (de cima para baixo).</p><p>Enquanto no skimming o leitor leva tudo em conta para a</p><p>compreensão do texto, no scanning rejeitam-se os elementos</p><p>periféricos para se ater à seleção de informações importantes</p><p>para solucionar os propósitos que levaram à leitura.</p><p>O terceiro passo é uma leitura mais cuidadosa, levan-</p><p>do-se em conta tanto os cognatos como os falsos cognatos.</p><p>Caso encontre uma palavra que não saiba o significado, não</p><p>consulte o dicionário, pois às vezes ele apresenta vários sig-</p><p>nificados e você correrá o risco de fazer uma escolha errada.</p><p>O próprio contexto fará com que infira seu significado. Não se</p><p>prenda à tradução de palavra por palavra, pois o mais impor-</p><p>tante é a compreensão geral do texto.</p><p>Ao levar em conta estas técnicas, o leitor evitará mui-</p><p>tas headaches (head– cabeça/aches–dores). Com a práti-</p><p>ca, ler e compreender um texto em língua inglesa deixará</p><p>de ser um “bicho-papão” no vestibular. Muitas vezes o</p><p>vestibulando deixa de optar por Língua Inglesa, que estudou</p><p>durante sua toda vida escolar, para prestar o vestibular em</p><p>Língua Espanhola, pelo simples fato de ser parecida com o</p><p>português. Aplicando estas técnicas, portanto, o vestibulando</p><p>se sentirá muito mais seguro ao deparar-se com um texto em</p><p>Língua Inglesa.</p><p>Técnicas de Leitura em Inglês</p><p>As técnicas de leitura, como o próprio nome diz, vão nos</p><p>ajudar a ler um texto. Existem técnicas variadas, mas vere-</p><p>mos as mais utilizadas. Ao ler um texto em Inglês, lembre-se</p><p>de usar as técnicas aprendidas, elas vão ajudá-lo. O uso da</p><p>gramática vai ajudar também.</p><p>As principais técnicas são: a identificação de cognatos, de</p><p>palavras repetidas e de pistas tipográficas. Ao lermos um tex-</p><p>to vamos, ainda, apurar a ideia geral do texto (general com-</p><p>prehension) e utilizar duas outras técnicas bastante úteis:</p><p>skimming e scanning.</p><p>Cognatos</p><p>Os cognatos são palavras muito parecidas com as pala-</p><p>vras do Português. São as chamadas palavras transparentes.</p><p>Existem também os falsos cognatos, que são palavras que</p><p>achamos que é tal coisa, mas não é; os falsos cognatos são em</p><p>menor número, estes nós veremos adiante.</p><p>Como cognatos podemos citar: school (escola), telepho-</p><p>ne (telefone), car (carro), question (questão, pergunta), acti-</p><p>vity (atividade), training (treinamento)... Você mesmo poderá</p><p>criar sua própria lista de cognatos!</p><p>Palavras repetidas</p><p>As palavras repetidas em um texto possuem um valor</p><p>muito importante. Um autor não repete as palavras em vão.</p><p>Se elas são repetidas, é porque são importantes dentro de</p><p>texto.</p><p>Muitas vezes para não repetir o mesmo termo, o autor</p><p>utiliza sinônimos das mesmas palavras para não tornar o tex-</p><p>to cansativo.</p><p>Pistas tipográficas</p><p>As pistas tipográficas são elementos visuais que nos au-</p><p>xiliam na compreensão do texto. Atenção com datas, núme-</p><p>ros, tabelas, gráficas, figuras... São informações também con-</p><p>tidas no texto.</p><p>Os recursos de escrita também são pistas tipográficas.</p><p>Por exemplo:</p><p>• ... (três pontos) indicam a continuação de uma idéia que</p><p>não está ali exposta;</p><p>• negrito dá destaque a algum termo ou palavra;</p><p>• itálico também destaca um termo, menos importante</p><p>que o negrito;</p><p>• ‘’ ‘’ (aspas) salientam a importância de alguma palavra;</p><p>• ( ) (parênteses) introduzem uma idéia complementar</p><p>ao texto.</p><p>General Comprehension</p><p>A ideia geral de um texto é obtida com o emprego das téc-</p><p>nicas anteriores. Selecionando-se criteriosamente algumas</p><p>palavras, termos e expressões no texto, poderemos chegar à</p><p>ideia geral do texto.</p><p>Por exemplo, vamos ler o trecho abaixo e tentar obter a</p><p>“general comprehension” deste parágrafo:</p><p>“Distance education takes place when a teacher and stu-</p><p>dents are separated by physical distance, and technology (i.e.,</p><p>voice, video and data), often in concert with face-to-face com-</p><p>munication, is used to bridge the instructional gap.”</p><p>From: Engineering Outreach</p><p>College of Engineering – University of Idaho</p><p>A partir das palavras cognatas do texto (em negrito) po-</p><p>demos ter um a idéia geral do que se trata; vamos enumerar</p><p>as palavras conhecidas (pelo menos as que são semelhantes</p><p>ao Português):</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>2</p><p>• distance education = educação a distancia</p><p>• students = estudantes, alunos</p><p>• separeted = separado</p><p>• physical distance = distância física</p><p>• technology = tecnologia</p><p>• voice, video, data = voz, vídeo e dados (atenção: “data”</p><p>não é data)</p><p>• face-to-face communication = comunicação face-a-face</p><p>• used = usado (a)</p><p>• instructional = instrucional</p><p>Então você poderia dizer que o texto trata sobre educa-</p><p>ção a distância; que esta ocorre quando os alunos estão se-</p><p>parados fisicamente do professor; a tecnologia (voz, vídeo,</p><p>dados) podem ser usados de forma instrucional.</p><p>Você poderia ter esta conclusão sobre o texto mesmo</p><p>sem ter muito conhecimento de Inglês. É claro que à medi-</p><p>da que você for aprendendo, a sua percepção sobre o texto</p><p>também aumentará. Há muitas informações que não são tão</p><p>óbvias assim.</p><p>Skimming</p><p>“skim” em inglês é deslizar à superfície, desnatar (daí</p><p>skimmed milk = leite desnatado), passar os olhos por. A téc-</p><p>nica de “skimming” nos leva a ler um texto superficialmente.</p><p>Utilizar esta técnica significa que precisamos ler cada sen-</p><p>tença, mas sim passarmos os olhos por sobre o texto, lendo</p><p>algumas frases aqui e ali, procurando reconhecer certas pa-</p><p>lavras e expressões que sirvam como ‘dicas’ na obtenção de</p><p>informações sobre o texto.</p><p>Às vezes não é necessário ler o texto em detalhes.</p><p>Para usar esta técnica, precisamos nos valer dos nossos</p><p>conhecimentos de Inglês também.</p><p>Observe este trecho:</p><p>“Using this integrated approach, the educator’s task is to</p><p>carefully select among the technological options. The goal is</p><p>to build a mix of instructional media, meeting the needs of</p><p>the learner in a manner that is instructionally effective and</p><p>economically prudent.”</p><p>From: Engineering Outreach</p><p>College of Engineering – University of Idaho</p><p>Selecionando algumas expressões teremos:</p><p>• integrated approach = abordagem (approach = aborda-</p><p>gem, enfoque) integrada</p><p>• educator’s task = tarefa (task = tarefa) do educador – ‘s</p><p>significa posse = do</p><p>• tecnological options = opções tecnológicas (tecnologi-</p><p>cal é adjetivo)</p><p>• goal = objetivo</p><p>• a mix instrucional media = uma mistura de mídia ins-</p><p>trucional.</p><p>Com a técnica do “skimming” podemos dizer que este</p><p>trecho afirma que a tarefa do educador é selecionar as opções</p><p>tecnológicas; o objetivo é ter uma mistura de mídias instru-</p><p>cionais de uma maneira instrucionalmente efetiva e econo-</p><p>micamente prudente.</p><p>Scanning</p><p>“Scan” em Inglês quer dizer examinar, sondar, explorar.</p><p>O que faz um scanner? Uma varredura, não é?! Logo, com a</p><p>técnica de “scanning” você irá fazer uma varredura do texto,</p><p>procurando detalhes e idéias objetivas.</p><p>Aqui é importante que você utilize os conhecimentos de</p><p>Inglês; por isso, nós vamos ver detalhadamente alguns itens</p><p>gramaticais no ser “ Estudo da Língua Inglesa”.</p><p>Olhe este trecho:</p><p>“ Teaching and learning at a distance is demanding.</p><p>However, learning will be more meaningful and “deeper” for</p><p>distant students, if students and their instructor share res-</p><p>ponsibility for developing learning goals: actively interacting</p><p>with class members; promoting reflection on experience; re-</p><p>lating new information to examples that make sense to lear-</p><p>ners. This is the challenge and the opportunity provided by</p><p>distance education.”</p><p>Poderíamos perguntar qual o referente do pronome “</p><p>their” em negrito no trecho?</p><p>Utilizando a técnica de skimming, seria necessário retor-</p><p>nar ao texto e entender a sentença na qual o pronome está</p><p>sendo empregado. “Their “ é um pronome possessivo ( e</p><p>como tal, sempre vem acompanhado de um substantivo) da</p><p>terceira pessoa do plural ( o seu referente é um substantivo</p><p>no plural).</p><p>A tradução de “their instructor” seria seu instrutor . Seu</p><p>de quem? Lendo um pouco para trás, vemos que há “studen-</p><p>ts”; logo concluímos que “their” refere-se a “students, ou seja,</p><p>instrutor dos alunos”.</p><p>Vejamos agora alguns conhecimentos para a inter-</p><p>pretação de textos em inglês</p><p>Língua é fundamentalmente um fenômeno oral. É</p><p>portanto indispensável desenvolver uma certa familiaridade</p><p>com o idioma falado, e mais especificamente, com a sua pro-</p><p>núncia, antes de se procurar dominar o idioma escrito.</p><p>The principle [speech before writing] applies even when</p><p>the goal is only to read.</p><p>Lado, 1964, p. 50</p><p>A inversão desta sequência pode causar vícios de pro-</p><p>núncia resultantes da incorreta interpretação fonética das le-</p><p>tras. Principalmente no caso do aprendizado de inglês, onde</p><p>a correlação entre pronúncia e ortografia é extremamente</p><p>irregular e a interpretação oral da ortografia muito diferente</p><p>do português, e cuja ortografia se caracteriza também pela</p><p>ausência total de indicadores de sílaba tônica, torna-se ne-</p><p>cessário priorizar e antecipar o aprendizado oral.</p><p>Satisfeita esta condição ou não, o exercício de leitura em</p><p>inglês deve iniciar a partir de textos com vocabulário redu-</p><p>zido, de preferência com uso moderado de expressões idio-</p><p>máticas, regionalismos, e palavras “difíceis” (de rara ocorrên-</p><p>cia). Proximidade ao nível de conhecimento do aluno é pois</p><p>uma condição importante. Outro aspecto, também importan-</p><p>te, é o grau de atratividade do texto. O assunto, se possível,</p><p>deve ser de alto interesse para o leitor. Não é recomendável</p><p>o uso constante do dicionário, e este, quando usado, deve de</p><p>preferência ser inglês - inglês. A atenção deve concentrar-se</p><p>na ideia central, mesmo que detalhes se percam, e o aluno</p><p>deve evitar a prática da tradução. O leitor deve habituar-se</p><p>a buscar identificar sempre em primeiro lugar os elementos</p><p>essenciais da oração, ou seja, sujeito, verbo e complemento.</p><p>A maior dificuldade nem sempre é entender o significado das</p><p>palavras, mas sua função gramatical e consequentemente a</p><p>estrutura da frase.</p><p>O grau de dificuldade dos textos deve avançar gradati-</p><p>vamente, e o aluno deve procurar fazer da leitura um hábito</p><p>frequente e permanente.</p><p>1) Procure identificar os elementos essenciais da ora-</p><p>ção - o sujeito e o verbo</p><p>O português se caracteriza por uma certa flexibilidade</p><p>com relação ao sujeito. Existem as figuras gramaticais do su-</p><p>jeito oculto, indeterminado e inexistente, para justificar a au-</p><p>sência do sujeito. Mesmo quando não-ausente, o sujeito fre-</p><p>quentemente aparece depois do verbo, e às vezes até no fim</p><p>da frase (ex: Ontem apareceu um vendedor lá no escritório).</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>3</p><p>O inglês é mais rígido: praticamente não existem frases sem sujeito e este aparece sempre antes do verbo em frases afirma-</p><p>tivas e negativas. O sujeito é sempre um nome próprio (ex: Paul is my friend), um pronome (ex: He’s my friend) ou um substan-</p><p>tivo (ex: The house is big).</p><p>Pode-se dizer que o pensamento em inglês se estrutura a partir do sujeito; em seguida vêm o verbo, o complemento, e os</p><p>adjuntos adverbiais. Para uma boa interpretação de textos em inglês, não adianta reconhecer o vocabulário apenas; é preciso</p><p>compreender a estrutura, e para isso é de fundamental importância a identificação do verbo e do sujeito.</p><p>2. Não se atrapalhe com os substantivos em cadeia.</p><p>Leia-os de trás para frente A ordem normal em português é substantivo – adjetivo (ex: casa grande), enquanto que em inglês</p><p>é o inverso (ex: big house). Além disto, qualquer substantivo em inglês é potencialmente também um adjetivo, podendo ser usa-</p><p>do como tal. (Ex: brick house = casa de tijolos; vocabulary comprehension test = teste de compreensão de vocabulário). Sempre</p><p>que o aluno se defrontar com um aparente conjunto de substantivos enfileirados, deve lê-los de trás para diante intercalando a</p><p>preposição “de”.</p><p>3) Cuidado com o sufixo ...ing</p><p>O aluno principiante tende a interpretar o sufixo ...ing unicamente como gerúndio, quando na maioria das vezes ele aparece</p><p>como forma substantivada de verbo ou ainda como adjetivo. Se a palavra terminada em ...ing for um substantivo, poderá figurar</p><p>na frase como sujeito, enquanto que se for um verbo no gerúndio, jamais poderá ser interpretado como sujeito nem como com-</p><p>plemento. Este é um detalhe que muito frequentemente compromete seriamente o entendimento.</p><p>4) Familiarize-se com os principais sufixos.</p><p>A utilidade de se conhecer os principais sufixos e suas respectivas regras de formação de palavras, do ponto de vista daquele</p><p>que está desenvolvendo familiaridade com inglês, está no fato de que este conhecimento</p><p>permite a identificação da provável</p><p>categoria gramatical mesmo quando não se conhece a palavra no seu significado, o que é de grande utilidade na interpretação</p><p>de textos.</p><p>Vejam as regras de formação de palavras abaixo e seus respectivos sufixos, com alguns exemplos:</p><p>SUBSTANTIVO + ...ful = ADJETIVO (significando full of ..., having ...)</p><p>SUBSTANTIVO + ...less = ADJETIVO (significando without ...)</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>4</p><p>SUBSTANTIVO + ...hood = SUBSTANTIVO ABSTRATO - sufixo de baixa produtividade significando o estado de ser.</p><p>Há cerca de mil anos atrás, no período conhecido como Old English, hood era uma palavra independente, com um signi-</p><p>ficado amplo, relacionado à pessoa, sua personalidade, sexo, nível social, condição. A palavra ocorria em conjunto com outros</p><p>substantivos para posteriormente, com o passar dos séculos, se transformar num sufixo.</p><p>SUBSTANTIVO + ...ship = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o estado de ser). A origem</p><p>do sufixo _ship é uma história semelhante à do sufixo _hood. Tratava-se de uma palavra independente na época do Old English,</p><p>relacionada a shape e que tinha o significado de criar, nomear. Ao longo dos séculos aglutinou-se com o substantivo a que se</p><p>referia adquirindo o sentido de estado ou condição de ser tal coisa.</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>5</p><p>ADJETIVO + ...ness = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o estado, a qualidade de).</p><p>ADJETIVO + ...ity = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o mesmo que o anterior: o estado, a qualidade de; equivalente</p><p>ao sufixo ...idade do português). Uma vez que a origem deste sufixo é o latim, as palavras a que se aplica são na grande maioria</p><p>de origem latina, mostrando uma grande semelhança com o português.</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>6</p><p>VERBO + ...tion (...sion) = SUBSTANTIVO (sufixo de alta produtividade significando o estado, a ação ou a instituição; equiva-</p><p>lente ao sufixo ...ção do português). A origem deste sufixo é o latim. Portanto, as palavras a que se aplica são na grande maioria</p><p>de origem latina, mostrando uma grande semelhança e equivalência com o português.</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>7</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>8</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>9</p><p>VERBO + ...er = SUBSTANTIVO (significando o agente da ação; sufixo de alta produtividade).</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>10</p><p>VERBO + ...able (...ible) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo ...ável ou ...ível do português; sufixo de alta produtividade). Sua</p><p>origem é o sufixo _abilis do latim, que significa capaz de, merecedor de.</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>11</p><p>VERBO + ...ive (...ative) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo ...tivo ou ...ível do português; sufixo de alta produtividade). Sua</p><p>origem é o sufixo _ivus do latim, que significa ter a capacidade de.</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>12</p><p>ADJETIVO + ...ly = ADVÉRBIO (o mesmo que o sufixo ...mente do português; sufixo de alta produtividade).</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>13</p><p>5) Não se deixe enganar pelos verbos preposicionais.</p><p>Os verbos preposicionais, também chamados de phrasal verbs ou two-word verbs, confundem porque a adição da preposi-</p><p>ção normalmente altera substancialmente o sentido original do verbo. Ex:</p><p>go – ir</p><p>turn - virar, girar</p><p>put - colocar, botar</p><p>6) Procure conhecer bem as principais palavras de conexão.</p><p>Words of connection ou words of transition são conjunções, preposições, advérbios, etc, que servem para estabelecer uma</p><p>relação lógica entre frases e idéias. Familiaridade com estas palavras é chave para o entendimento e a correta interpretação de</p><p>textos. Esta talvez seja uma das mais importantes condições para um bom entendimento de textos em inglês.</p><p>7) Cuidado com os falsos conhecidos.</p><p>Falsos conhecidos, também chamados de falsos amigos ou falsos cognatos, são palavras normalmente derivadas do latim,</p><p>que têm portanto a mesma origem e que aparecem em diferentes idiomas com ortografia semelhante, mas que ao longo dos</p><p>tempos acabaram adquirindo significados diferentes. Embora a porcentagem de cognatos que se tornaram falsos no inglês, em</p><p>relação ao português, seja extremamente baixa, é aconselhável o leitor ter uma certa familiaridade com eles.</p><p>8) Use sua intuição, não tenha medo de adivinhar significados, e não dependa muito do dicionário.)</p><p>Para nós, brasileiros, a interpretação de textos é facilitada pela semelhança no plano do vocabulário, uma vez que o portu-</p><p>guês é uma língua latina e o inglês possui cerca de 50% de seu vocabulário proveniente do latim. É principalmente no vocabu-</p><p>lário técnico e científico que aparecem as maiores semelhanças entre as duas línguas, mas também no vocabulário cotidiano</p><p>encontramos palavras que nos são familiares. É certo que devemos cuidar com os falsos cognatos (veja item anterior). Estes,</p><p>entretanto, não chegam a representar 0,1% do vocabulário de origem latina. Podemos portanto confiar na semelhança. Por</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>14</p><p>exemplo: bicycle, calendar, computer, dictionary, exam, history, important, intelligent, interesting, manual, modern, necessary,</p><p>pronunciation, student, supermarket, test, vocabulary, etc., são palavras que brasileiros entendem sem saber nada de inglês. As-</p><p>sim sendo, o aluno deve sempre estar atento para quaisquer semelhanças. Se a palavra em inglês lembrar algo que conhecemos</p><p>do português, provavelmente tem o mesmo significado.</p><p>Leitura de textos mais extensos como jornais, revistas e principalmente livros é altamente recomendável para alunos de</p><p>nível intermediário e avançado, pois desenvolve vocabulário e familiaridade com as características estruturais da gramática do</p><p>idioma. A leitura, entretanto, torna-se inviável se o leitor prender-se ao hábito de consultar o dicionário para todas palavras cujo</p><p>entendimento não é totalmente claro. O hábito salutar a ser desenvolvido é exatamente o oposto. Ou seja, concentrar-se na idéia</p><p>central, ser imaginativo e perseverante, e adivinhar se necessário. Não deve o leitor desistir na primeira página por achar que</p><p>nada entendeu. Deve, isto sim, prosseguir com insistência e curiosidade. A probabilidade é de que o entendimento aumente de</p><p>forma surpreendente, à medida em que o leitor mergulha no conteúdo do texto.1</p><p>Confira o mapa mental que criamos para ajudar você a se dar bem nas questões de leitura e interpretação de texto.</p><p>Exercícios</p><p>01. (VUNESP/2019 - UNICAMP) Texto associado</p><p>A Free Press Needs You</p><p>By The Editorial Board</p><p>August 15, 2018</p><p>In 1787, the year the Constitution was adopted in the USA, Thomas Jefferson famously wrote to a friend, “Were it left to</p><p>me to decide whether we should have a government without newspapers, or newspapers without a government, I should not</p><p>hesitate a moment to prefer the latter.”</p><p>That’s how he felt before he became president, anyway. Twenty years later, after enduring the oversight of the press from</p><p>inside the White House, he was less sure of its value. “Nothing can now be believed which is seen in a newspaper,” he wrote.</p><p>“Truth itself becomes suspicious by being put into that polluted vehicle.”</p><p>Jefferson’s discomfort was, and remains, understandable. Reporting the news in an open society is an enterprise laced with</p><p>conflict. His discomfort also illustrates the need for the right of free press he helped to preserve. As the founders believed from</p><p>their own experience, a well-informed public is best equipped to root out corruption and, over the long haul, promotes liberty</p><p>and justice. “Public discussion is a political duty,” the Supreme Court said in 1964. That discussion must be “uninhibited, robust,</p><p>and wide-open” and “may well include vehement, caustic and sometimes unpleasantly sharp attacks on government and public</p><p>officials.”</p><p>(www.nytimes.com/interactive/2018/08/15/opinion/editorials/free-press-local-journalism-news-donald-trump.ht-</p><p>ml?action=click&module=Trending&pgtype=Article®ion=Footer&contentCollection=Trending. Adaptado.)</p><p>De acordo com as informações apresentadas no segundo parágrafo, Thomas Jefferson</p><p>a) não acreditava em uma única verdade.</p><p>b) considerava que a imprensa cumpriu seu papel.</p><p>c) passou vinte anos na Casa Branca sob o escrutínio da imprensa.</p><p>d) apresentou uma opinião</p><p>negativa sobre a imprensa e seu valor.</p><p>e) privilegiou alguns veículos de comunicação em detrimento de outros.</p><p>02. (VUNESP/2019 - Prefeitura de Itapevi/SP) Texto associado</p><p>In order for collection of sentences and utterances to succed effectively, the discourse needs to be organised or conducted</p><p>in such a way that it will be successful. In written English this calls for both coherence and cohesion. For a text to be coherent,</p><p>it needs to be in the right order. (…)</p><p>No matter how coherent a text is, however, it will not work unless it has internal cohesion. The elements in that text must</p><p>cohere or stick to each other successfully to help us navigate our way around the stretch of discourse. One way of achieving this</p><p>1 Fonte: www.mundovestibular.com.br/www.infoescola.com/www.sk.com.br/www.todamateria.com.br</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>15</p><p>is through lexical cohesion, and a way of ensuring lexical cohesion is through the repetition of words and phrases. (…) We can</p><p>also use interrelated words and meanings to bind a text together (…)</p><p>Another similar cohesive technique is that of substitution, using a phrase to refer to something we have already written.</p><p>(…) Writers also use linkers such as and, also, moreover (…)</p><p>These features are also present in spoken language, which also shows many examples of ellipsis (where words from a writ-</p><p>ten-grammar version of an utterance are left out without compromising the meaning of what is said). (…)</p><p>(Harmer, J. The practice of English language teaching. 2007. Adapted)</p><p>From reading the text, one can infer that</p><p>a) cohesive devices are more important than coherence devices because they are more numerous.</p><p>b) using cohesion, but not coherence (and vice-versa), in a text will hinder understanding.</p><p>c) if the text is in the right order, than the reader is bound to understand it because it simply makes sense.</p><p>d) a written text that is out of order is still easily understood if the author used cohesive devices such as ellipsis and subs-</p><p>titution.</p><p>e) written and spoken texts use the same cohesive devices.</p><p>03. (Enem/2018)</p><p>GRASBERGEN, R. Disponível em www.glasbergen.com. Acesso em: 3 jul. 2015 (adaptado).</p><p>No cartum, a crítica está no fato de a sociedade exigir do adolescente que</p><p>a) se aposente prematuramente.</p><p>b) amadureça precocemente.</p><p>c) estude aplicadamente.</p><p>d) se forme rapidamente.</p><p>e) ouça atentamente</p><p>04. (Enem/2018) TEXTO I</p><p>A Free World-class Education for Anyone Anywhere</p><p>The Khan Academy is an organization on a mission.</p><p>We’re a not-for-profit with the goal of changing education for the better by providing a free world-class education to anyone</p><p>anywhere. All of the site’s resources are available to anyone. The Khan Academy’s materials and resources are available to you</p><p>completely free of charge.</p><p>Disponível em www.khanacademy.org. Acesso em: 24 fev. 2012 (adaptado)</p><p>TEXTO II</p><p>I didn’t have a problem with Khan Academy site until very recently. For me, the problem is the way Khan Academy is being</p><p>promoted. The way the media sees it as “revolutionizing education”. The way people with power and Money view education as</p><p>simply “sit-and-get”, i.e., teaching is telling and learning is listening, then Khan Academy is way more eficiente than classroom</p><p>lecturing. Khan Academy does it better. But TRUE progressive educators, TRUE education visionaries and revolutionaries don’t</p><p>want to do these things better. We want to DO BETTER THINGS.</p><p>Disponível em http://fnoschese.wordpress.com. Acesso em: 2 mar. 2012</p><p>LÍNGUA INGLESA</p><p>16</p><p>Com o impacto das tecnologias e a ampliação das redes</p><p>sociais, consumidores encontram na internet possibilidades</p><p>de opinar sobre serviços oferecidos. Nesse sentido, o segun-</p><p>do texto, que é um comentário sobre o site divulgado no pri-</p><p>meiro, apresenta a intenção do autor de</p><p>a) elogiar o trabalho proposto para a educação nessa</p><p>b) era tecnológica. B reforçar como a mídia pode contri-</p><p>buir para revolucionar a educação.</p><p>c) chamar a atenção das pessoas influentes para o signi-</p><p>ficado da educação.</p><p>d) destacar que o site tem melhores resultados do que a</p><p>educação tradicional.</p><p>e) criticar a concepção de educação em que se baseia a</p><p>organização</p><p>05. (Enem/2018)</p><p>Lava Mae: Creating Showers on Wheels for the Home-</p><p>less</p><p>San Francisco, according to recent city numbers, has 4,300</p><p>people living on the streets. Among the many problems the ho-</p><p>meless face is little or no access to showers. San Francisco only</p><p>has about 16 to 20 shower stalls to accommodate them.</p><p>But Doniece Sandoval has made it her mission to change</p><p>that. The 51-year-old former marketing executive started Lava</p><p>Mae, a sort of showers on wheels, a new project that aims to</p><p>turn decommissioned city buses into shower stations for the</p><p>homeless. Each bus will have two shower stations and San-</p><p>doval expects that they’ll be able to provide 2,000 showers</p><p>a week.</p><p>ANDREANO, C. Dísponível em: abcnews.go.com. Acesso: 26 jun. 2015 (adaptado).</p><p>A relação dos vocábulos shower, bus e homeless, no texto,</p><p>refere-se a</p><p>a) empregar moradores de rua em lava a jatos para ôni-</p><p>bus.</p><p>b) criar acesso a banhos gratuitos para moradores de rua.</p><p>c) comissionar sem-teto para dirigir os ônibus da cidade.</p><p>d) exigir das autoridades que os ônibus municipais te-</p><p>nham banheiros.</p><p>e) abrigar dois mil moradores de rua em ônibus que fo-</p><p>ram adaptados.</p><p>06. (VUNESP/2018 - UNICAMP) Texto associado</p><p>A Free Press Needs You</p><p>By The Editorial Board</p><p>August 15, 2018</p><p>In 1787, the year the Constitution was adopted in the</p><p>USA, Thomas Jefferson famously wrote to a friend, “Were it</p><p>left to me to decide whether we should have a government</p><p>without newspapers, or newspapers without a government, I</p><p>should not hesitate a moment to prefer the latter.”</p><p>That’s how he felt before he became president, anyway.</p><p>Twenty years later, after enduring the oversight of the press</p><p>from inside the White House, he was less sure of its value.</p><p>“Nothing can now be believed which is seen in a newspaper,”</p><p>he wrote. “Truth itself becomes suspicious by being put into</p><p>that polluted vehicle.”</p><p>Jefferson’s discomfort was, and remains, understandab-</p><p>le. Reporting the news in an open society is an enterprise la-</p><p>ced with conflict. His discomfort also illustrates the need for</p><p>the right of free press he helped to preserve. As the founders</p><p>believed from their own experience, a well-informed public is</p><p>best equipped to root out corruption and, over the long haul,</p><p>promotes liberty and justice. “Public discussion is a political</p><p>duty,” the Supreme Court said in 1964. That discussion must</p><p>be “uninhibited, robust, and wide-open” and “may well in-</p><p>clude vehement, caustic and sometimes unpleasantly sharp</p><p>attacks on government and public officials.”</p><p>(www.nytimes.com/interactive/2018/08/15/opi-</p><p>nion/editorials/free-press-local -journalism-news-donald-</p><p>-trump.html?action=click&module=Trending& pgtype=Arti-</p><p>cle®ion=Footer&contentCollection=Trending. Adaptado.)</p><p>No trecho do primeiro parágrafo – to decide whether we</p><p>should have a government…–, o termo em destaque pode ser</p><p>substituído, sem alteração de sentido, por</p><p>a) if.</p><p>b) while.</p><p>c) still.</p><p>d) rather.</p><p>e) for.</p><p>GABARITO</p><p>01 D</p><p>02 B</p><p>03 B</p><p>04 E</p><p>05 B</p><p>06 A</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>86</p><p>31 - Certificado de Regularidade do FGTS. ....................................................................................................................................... 98</p><p>32 - Guia de Recolhimento (GRF). ..................................................................................................................................................... 98</p><p>33 - Lei nº 10.836/2004 (Bolsa Família). ......................................................................................................................................... 98</p><p>34 - Produtos: Abertura e movimentação de contas: documentos básicos. ................................................................................................. 100</p><p>35 - Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade civil, representação e domicílio. ............................................. 102</p><p>36 – Sistema de pagamentos brasileiro. ..................................................................................................................................................................... 105</p><p>37 - Lei nº 7.998/1990 (Programa Desemprego e Abono Salarial - beneficiários e critérios para saque). ............................... 107</p><p>38 – Saúde e bem-estar, ergonomia. ................................................................................................................................................ 112</p><p>39 – Negociação, escuta empática. ................................................................................................................................................................................ 114</p><p>Médio</p><p>CAIXA ECONÔMICA FEDERAL</p><p>Técnico Bancário Novo</p><p>Apostilas Moderna</p><p>40 - Noções de estratégia empresarial: análise de mercado, forças competitivas, imagem institucional, identidade e posiciona-</p><p>mento. ...................................................................................................................................................................................................................................... 114</p><p>41 - Segmentação de mercado. CRM. .............................................................................................................................................. 116</p><p>42 - Características dos serviços: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade. ................................................ 118</p><p>43 - Gestão da qualidade em serviços. ........................................................................................................................................................................ 119</p><p>44 - Lei nº 7.998/1990 (Programa Desemprego e Abono Salarial - beneficiários e critérios para saque) ................................ 125</p><p>Conhecimentos de Tecnologia da Informação e Comunicação</p><p>1 - Conhecimento Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office – Word, Excel e PowerPoint - versão</p><p>O365, Outlook). .................................................................................................................................................................................. 01</p><p>2 - Segurança da informação: Fundamentos, conceitos e mecanismos de segurança; Noções sobre gestão de segurança da in-</p><p>formação: normas NBR ISO/IEC 27001 e 27002; Segurança cibernética: Resolução CMN nº 4893, de 26 de fevereiro de 2021,</p><p>Prevenção e reação a riscos cibernéticos nos negócios.......................................................................................................................................... 03</p><p>3 - Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ............................................. 08</p><p>4 - Redes de computadores: Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e conceitos/procedimentos de Internet e Intranet.</p><p>Fundamentos de comunicação de dados; meios físicos de transmissão. ....................................................................................... 10</p><p>5 - Navegador Web (Microsoft Edge versão 91 e Mozilla Firefox versão 78 ESR), busca e pesquisa na Web. ............................. 14</p><p>6 - Correio eletrônico, grupos de discussão, fóruns e wikis. ........................................................................................................... 14</p><p>7 - Redes Sociais (Twitter, Facebook, Linkedin, WhatsApp, YouTube, Instagram e Telegram). .................................................... 15</p><p>8 - Visão geral sobre sistemas de suporte à decisão e inteligência de negócio. ............................................................................. 16</p><p>9 - Conceitos de tecnologias e ferramentas multimídia, de reprodução de áudio e vídeo. ........................................................... 16</p><p>10 - Ferramentas de produtividade e trabalho a distância (Microsoft Teams, Cisco Webex, Google Hangout, Zoom, Google Drive</p><p>e Skype). ............................................................................................................................................................................................. 16</p><p>11 – Noções/Fundamentos de Inteligência Artificial, Analytics, Blochchain, Openbanking, Machine Learning, Data Science.</p><p>(Temáticas também trabalhadas na Trilha UC_PLAY Cultura Digital). .......................................................................................... 17</p><p>11.1 Noções/Fundamentos de Inteligência artificial generativa, algorítimos, ChatGPT (Transações via CHATBOT), edição de</p><p>prompt, 3D, metaverso, robótica, Cloud Computing. ............................................................................................................................................... 17</p><p>12 - Noções de Transformação Digital; ............................................................................................................................................. 18</p><p>13 - Noções sobre Inovação; .............................................................................................................................................................. 21</p><p>14 - Noções sobre Líderes Digitais; ................................................................................................................................................................................ 25</p><p>15 – Noções sobre Agilidade: O “ser digital” e a transformação das empresas; Startups e Fintechs; Paradigma Ágil; O Manifesto</p><p>Ágil, os conceitos e os valores da agilidade; O perfil de um profissional ágil; Como identificar e entregar “valor” para o cliente</p><p>digital. ........................................................................................................................................................................................................................................ 25</p><p>16 – Noções sobre Open Finance; ..................................................................................................................................................... 26</p><p>17 - Noções de Compliance; Noções de LGPD ............................................................................................................................................................ 27</p><p>Conhecimentos e Comportamentos Digitais</p><p>1 - Mindset de crescimento, Paradigma da abundância. .................................................................................................................. 01</p><p>2 - Intraempreendedorismo............................................................................................................................................................... 03</p><p>3 - Design Thinking, Design de Serviço. ............................................................................................................................................ 04</p><p>4 - Metodologias ágeis, Lean Manufacturing, SCRUM. ..................................................................................................................... 05</p><p>5 - Resolução de problemas complexos, visão sistêmica e estratégica. .............................................................................................................</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>1 - Conceitos gerais: valor do dinheiro no tempo, valor presente, valor futuro, juro, taxa de juro, prazo da operação. . . . . . . . .01</p><p>2 - Juros Simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01</p><p>3 - Juros Compostos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01</p><p>4 - Séries Uniformes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .03</p><p>5 - Equivalência de Capitais em fluxos regulares ou irregulares: VP, VF, prazos e taxas de retorno. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .03</p><p>6 - Sistemas de Amortização de qualquer tipo, incluindo os sistemas com amortizações constantes (SAC) e com prestações cons-</p><p>tantes (Francês ou PRICE). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .09</p><p>7 - Descontos: racional composto e comercial simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11</p><p>8 - Sequências numéricas: leis de formação expressas de forma geral (em função da posição do termo) ou de forma recursiva</p><p>(em função de um ou mais termos anteriores); progressões aritméticas; progressões geométricas.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>1</p><p>1 - CONCEITOS GERAIS: VALOR DO DINHEIRO NO</p><p>TEMPO, VALOR PRESENTE, VALOR FUTURO, JURO,</p><p>TAXA DE JURO, PRAZO DA OPERAÇÃO.</p><p>Valor do Dinheiro no Tempo:</p><p>O valor do dinheiro no tempo é um princípio fundamen-</p><p>tal das finanças que reconhece que um determinado valor de</p><p>dinheiro hoje é diferente do mesmo valor em algum momento</p><p>no futuro. Isso ocorre devido à capacidade de investir dinhei-</p><p>ro e ganhar juros ao longo do tempo, bem como à inflação</p><p>que pode diminuir o poder de compra do dinheiro. Portanto,</p><p>uma quantia de dinheiro hoje é geralmente considerada mais</p><p>valiosa do que a mesma quantia em algum momento futuro.</p><p>Capital, Juros e Taxas de Juros:</p><p>Capital: Refere-se ao montante de dinheiro ou ativos que</p><p>uma pessoa ou empresa possui ou investe.</p><p>Juros: São pagamentos feitos pelo uso de dinheiro em-</p><p>prestado ou pelo atraso no pagamento de dívidas. Os juros</p><p>representam uma compensação pelo tempo que o credor fica</p><p>sem acesso ao seu dinheiro.</p><p>Taxa de Juros: É a taxa pela qual o dinheiro é empresta-</p><p>do ou pelo qual o dinheiro investido ganha juros ao longo do</p><p>tempo. Pode ser expressa como uma taxa percentual ao ano.</p><p>Capitalização e Regimes de Capitalização:</p><p>Capitalização: Refere-se ao processo de aumentar o va-</p><p>lor de um investimento ou empréstimo através da adição de</p><p>juros compostos ou simples ao principal ao longo do tempo.</p><p>Regimes de Capitalização: Existem dois regimes prin-</p><p>cipais de capitalização: simples e composto. No regime de</p><p>capitalização simples, os juros são calculados apenas sobre o</p><p>valor principal inicial. No regime de capitalização composta,</p><p>os juros são calculados sobre o principal inicial e também so-</p><p>bre os juros acumulados anteriormente.</p><p>Fluxos de Caixa e Diagramas de Fluxo de Caixa:</p><p>Fluxos de Caixa: São entradas e saídas de dinheiro ao</p><p>longo de um determinado período de tempo. Os fluxos de cai-</p><p>xa podem ser positivos (entradas de dinheiro) ou negativos</p><p>(saídas de dinheiro).</p><p>Diagramas de Fluxo de Caixa: São representações grá-</p><p>ficas dos fluxos de caixa ao longo do tempo. Eles mostram as</p><p>entradas e saídas de dinheiro em diferentes períodos e po-</p><p>dem ser úteis para análise financeira e tomada de decisão.</p><p>Equivalência Financeira:</p><p>Refere-se ao conceito de que dois fluxos de caixa diferen-</p><p>tes podem ser considerados equivalentes se tiverem o mes-</p><p>mo valor presente ou futuro, mesmo que os fluxos de caixa in-</p><p>dividuais sejam diferentes em termos de montantes e timing.</p><p>Isso é importante para comparar alternativas de investimen-</p><p>to ou financiamento. O conceito de equivalência financeira é</p><p>frequentemente usado em análises de investimentos e avalia-</p><p>ções de projetos.</p><p>2 - JUROS SIMPLES.</p><p>3 - JUROS COMPOSTOS.</p><p>Juros simples (ou capitalização simples)</p><p>Os juros são determinados tomando como base de cálcu-</p><p>lo o capital da operação, e o total do juro é devido ao credor</p><p>(aquele que empresta) no final da operação. Devemos ter em</p><p>mente:</p><p>- Os juros são representados pela letra J*.</p><p>- O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos</p><p>de capital e é representado pela letra C (capital) ou P(princi-</p><p>pal) ou VP ou PV (valor presente) *.</p><p>- O tempo de depósito ou de empréstimo é representado</p><p>pela letra t ou n.*</p><p>- A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre</p><p>um capital durante certo tempo. É representado pela letra i e</p><p>utilizada para calcular juros.</p><p>*Varia de acordo com a bibliografia estudada.</p><p>ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo</p><p>na mesma unidade para efetuarmos os cálculos.</p><p>Usamos a seguinte fórmula:</p><p>Em juros simples:</p><p>- O capital cresce linearmente com o tempo;</p><p>- O capital cresce a uma progressão aritmética de razão:</p><p>J=C.i</p><p>- A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma uni-</p><p>dade.</p><p>- Devemos expressar a taxa i na forma decimal.</p><p>- Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital</p><p>com os juros, ou seja:</p><p>M = C + J</p><p>M = C.(1+i.t)</p><p>Exemplo: (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Qual</p><p>é o capital que, investido no sistema de juros simples e à taxa</p><p>mensal de 2,5 %, produzirá um montante de R$ 3.900,00 em</p><p>oito meses?</p><p>(A) R$ 1.650,00</p><p>(B) R$ 2.225,00</p><p>(C) R$ 3.250,00</p><p>(D) R$ 3.460,00</p><p>(E) R$ 3.500,00</p><p>Resolução:</p><p>Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j</p><p>= 3900 – C( I )</p><p>Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples:</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>2</p><p>𝑗 = 𝐶.𝑖.𝑡</p><p>100</p><p>3900 −𝐶 = 𝐶 .2,5.8</p><p>100</p><p>390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C</p><p>– 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1)</p><p>120.C = 390000</p><p>C = 390000 / 120</p><p>C = R$ 3250,00</p><p>Resposta: C.</p><p>Juros compostos (capitalização composta): a taxa de</p><p>juros incide sobre o capital de cada período. Também conhe-</p><p>cido como “juros sobre juros”.</p><p>Usamos a seguinte fórmula:</p><p>O (1+i)t ou (1+i)n é chamado de fator de acumulação de</p><p>capital.</p><p>ATENÇÃO: as unidades de tempo referentes à taxa de ju-</p><p>ros (i) e do período (t), tem de ser necessariamente iguais.</p><p>O crescimento do principal (capital) em:</p><p>- juros simples é LINEAR, CONSTANTE;</p><p>- juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, por-</p><p>tanto tem um crescimento muito mais “rápido”;</p><p>Observe no gráfico que:</p><p>- O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime</p><p>de juros simples como para juros compostos;</p><p>- Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime</p><p>de juros simples;</p><p>- Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime</p><p>de juros compostos.</p><p>Exemplo: (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de</p><p>Matemática – CAIPIMES) Um capital foi aplicado por um</p><p>período de 3 anos, com taxa de juros compostos de 10% ao</p><p>ano. É correto afirmar que essa aplicação rendeu juros que</p><p>corresponderam a, exatamente:</p><p>(A) 30% do capital aplicado.</p><p>(B) 31,20% do capital aplicado.</p><p>(C) 32% do capital aplicado.</p><p>(D) 33,10% do capital aplicado.</p><p>Resolução:</p><p>10% = 0,1</p><p>𝑀 = 𝐶 . (1 + 𝑖)𝑡</p><p>𝑀 = 𝐶 . (1 + 0,1)3</p><p>𝑀 = 𝐶 . (1,1)3</p><p>𝑀 = 1,331.𝐶</p><p>Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos:</p><p>j = 1,331.C – C = 0,331 . C</p><p>0,331 = 33,10 / 100 = 33,10%</p><p>Resposta: D.</p><p>Juros Compostos utilizando Logaritmos</p><p>Algumas questões que envolvem juros compostos, pre-</p><p>cisam de conceitos de logaritmos, principalmente aquelas</p><p>as quais precisamos achar o tempo/prazo. Normalmente as</p><p>questões informam os valores do logaritmo, então não é ne-</p><p>cessário decorar os valores da tabela.</p><p>Exemplo: (FGV-SP) Uma aplicação financeira rende ju-</p><p>ros de 10% ao ano, compostos anualmente. Utilizando para</p><p>cálculos a aproximação de , pode-se estimar que uma apli-</p><p>cação de R$ 1.000,00 seria resgatada no montante de R$</p><p>1.000.000,00 após:</p><p>(A) Mais de um século.</p><p>(B) 1 século</p><p>(C) 4/5 de século</p><p>(D) 2/3 de século</p><p>(E) ¾ de século</p><p>Resolução:</p><p>A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enun-</p><p>ciado temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i = 10% = 0,1:</p><p>1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t</p><p>1.000.000</p><p>1.000</p><p>= 1,1 𝑡</p><p>1,1 𝑡 = 1.000 (agora para calcular t temos que usar lo-</p><p>garitmo no dois lados da equação para pode utilizar a pro-</p><p>priedade log𝑎 𝑁𝑚 = 𝑚. log𝑎 𝑁 , o expoente m passa multi-</p><p>plicando)</p><p>log 1,1 𝑡 = log 1.000</p><p>t. log 1,1 = log103 (lembrando que 1000 = 103 e que o</p><p>logaritmo é de base 10)</p><p>t.0,04 = 3</p><p>t =</p><p>3</p><p>0,04</p><p>=</p><p>3</p><p>4. 10−2</p><p>=</p><p>3</p><p>4</p><p>. 102</p><p>t = 3</p><p>4</p><p>. 100 anos, portanto, ¾ de século.</p><p>Resposta: E.</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>3</p><p>4 - SÉRIES UNIFORMES.</p><p>É a série que exibe o retorno do capital através de pa-</p><p>gamentos iguais em intervalos de tempo constantes. É bem</p><p>ilustrada nas situações de empréstimo ou aquisições de bens.</p><p>O fluxo de caixa que caracteriza esse tipo de série está</p><p>representado na figura abaixo:</p><p>O modelo matemático para esse tipo de série é:</p><p>Onde,</p><p>PMT → é o valor das parcelas ou prestações a serem pagas</p><p>PV → é o valor financiado</p><p>i → é a taxa de juros</p><p>n → é o tempo</p><p>Exemplo 1: Um empréstimo no valor de R$ 15.000,00</p><p>será quitado em 24 meses. Determine o valor das prestações</p><p>sabendo que a taxa de juros cobrada é de 2% ao mês.</p><p>Solução: Temos que</p><p>PMT = ?</p><p>PV= 15000</p><p>i = 2% a.m. = 0,02</p><p>n = 24 meses</p><p>Substituindo os dados na fórmula, obtemos:</p><p>Exemplo 2: Na aquisição de um bem financiado em 48</p><p>meses, as parcelas ficaram no valor de R$ 680,00 cada. Sa-</p><p>bendo que a taxa de juros cobrada foi 1,5% a.m., determine o</p><p>valor desse bem.</p><p>Solução: temos que,</p><p>PMT = 680</p><p>n = 48 meses</p><p>i = 1,5% a.m. = 0,015</p><p>PV = ?</p><p>Substituindo os dados na fórmula obtemos:</p><p>1</p><p>5 - EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS EM FLUXOS</p><p>REGULARES OU IRREGULARES: VP, VF, PRAZOS E</p><p>TAXAS DE RETORNO.</p><p>EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS</p><p>Dois ou mais capitais que se encontram em datas</p><p>diferentes, são chamados de equivalentes quando, levados</p><p>para uma mesma data, nas mesmas condições, apresentam o</p><p>mesmo VALOR nessa data.</p><p>Equação de Valor</p><p>Va1 + Va2 + Va3 + … = Vaa + Vab + Vac + …</p><p>Resolução de Problemas de Equivalência</p><p>1. leia o problema todo;</p><p>2. construa, a partir do enunciado do problema, um</p><p>diagrama de fluxo de caixa esquemático, colocando na parte</p><p>de cima o plano original de pagamento e na parte de baixo</p><p>o plano alternativo proposto, indicando todos os valores</p><p>envolvidos, as datas respectivas e as incógnitas a serem</p><p>descobertas – esse diagrama é importante porque permite</p><p>visualizar os grupos de capitais equivalentes e estabelecer</p><p>facilmente a equação de valor para resolução do problema;</p><p>3. observe se os prazos de vencimento dos títulos e</p><p>compromissos estão na mesma unidade de medida de</p><p>tempo periodicidade da taxa; se não estiverem, faça as</p><p>transformações necessárias (ou você expressa a taxa na</p><p>unidade de tempo do prazo ou expressa o prazo na unidade</p><p>de tempo da taxa – escolha a transformação que torne os</p><p>cálculos mais simples);</p><p>4. leve todos os valores para a data escolhida para a</p><p>negociação (data focal), lembrando sempre que capitais</p><p>exigíveis antes da data focal deverão ser capitalizados através</p><p>da fórmula do montante M = C (1 + in), dependendo da</p><p>modalidade de desconto utilizada;</p><p>5. tendo transportado todos os capitais para a data</p><p>focal e com base no diagrama de fluxo de caixa que você</p><p>esquematizou, monte a EQUAÇÃO DE VALOR, impondo que</p><p>a soma dos valores dos títulos (transportados para a data</p><p>focal) da parte de cima do diagrama de fluxo de caixa seja</p><p>igual à soma dos valores dos títulos (transportados para a</p><p>data focal) da parte de baixo do diagrama de fluxo de caixa;</p><p>1 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/series-pagamentos-uniformes.htm</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>4</p><p>6. resolva a equação de valor;</p><p>7. releia a PERGUNTA do problema e verifique se o valor que você encontrou corresponde ao que o problema está pedindo</p><p>(às vezes, devido à pressa, o candidato se perde nos cálculos, encontra um resultado intermediário e assinala a alternativa que</p><p>o contém, colocada ali para induzi-lo em erro, quando seria necessário ainda uma passo a mais para chegar ao resultado final</p><p>correto).</p><p>Exemplo: A aplicação de R$ 2.000,00 foi feita pelo prazo de 9 meses, contratando-se a taxa de juros de 28% a.a. Além dessa</p><p>aplicação, existe outra de valor nominal R$ 7.000,00 com vencimento a 18 meses. Considerando-se a taxa de juros de 18% a.a.,</p><p>o critério de desconto racional e a data focal 12 meses, a soma das aplicações é, em R$:</p><p>Resolução:</p><p>Inicialmente, precisamos calcular o valor nominal da primeira aplicação. Considerando n = 9 meses = 0,75 anos, temos que:</p><p>N = C (1 + in)</p><p>N = 2.000 (1 + 0,28 . 0,75) = 2.000 (1,21) = 2.420</p><p>Observando o diagrama de fluxo de caixa, vemos que, para serem transportados à data doze, o título de 2.420 terá que ser</p><p>capitalizado de três meses, ao passo que o título de 7.000 terá que ser descapitalizado de 6 meses. Além disso, a taxa de 18% a.a.,</p><p>considerando-se capitalização simples, é equivalente a 1,5% a.m. = 0,015 a.m. Desta forma, podemos escrever que:</p><p>2.420 (1 + 0,015 . 3) + 7.000/1 + 0,015 . 6 = x</p><p>2.420 (1,045) + 7.000/1,09 = x</p><p>2.528,9 + 6.422,02 = x</p><p>x = 8.950,92</p><p>ANUIDADES</p><p>Séries Financeiras também conhecidas como Rendas Certas ou Anuidades. São séries de depósitos ou prestações periódicas</p><p>ou não periódicas, em datas de previamente estabelecidas, por um determinado período de tempo. Os depósitos ou prestações</p><p>podem ser uniformes quando todos são iguais ou variáveis quando os valores são diferentes.</p><p>Quando as séries financeiras que tem como objetivo de acumular capital ou produzir certo montante temos uma Capitalização</p><p>e quando as séries financeiras têm como objetivo pagar ou amortizar uma dívida temos uma Amortização.</p><p>Elementos das séries financeiras</p><p>Valor presente (VP) = Numa série de pagamentos, definimos VALOR ATUAL como sendo a parcela única que equivale (ou</p><p>que substitui) a todos os termos (devidamente descapitalizados) até o início do fluxo. É a soma dos valores atuais de todos os</p><p>termos que compõe a série.</p><p>Valor futuro (VF) = Numa série de pagamentos, definimos MONTANTE como sendo a parcela única, que equivale (ou</p><p>substitui) a todos os termos (devidamente capitalizados) até o final do fluxo. É a soma dos montantes de todos os termos que</p><p>compõe a série.</p><p>Prestações (P) = Numa série de pagamentos, definimos Prestações como sendo o valor que é pago (ou recebido) a cada</p><p>período de capitalização de uma Série Pagamentos.</p><p>Número de prestações (n) = número de Parcelas, Depósitos ou Pagamentos.</p><p>Taxa efetiva de juro (i)= com capitalização na periodicidade das Prestações.</p><p>SÉRIES FINANCEIRAS POSTECIPADAS</p><p>São aquelas em que as prestações, pagamentos ou depósitos são efetuados no final de cada período.</p><p>Valor Futuro Postecipado (VFp): O Valor Futuro (VF) produzido por uma série de n prestações P postecipadas, iguais e</p><p>periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i, na forma unitária, no mesmo período das prestações, será igual à soma de todos</p><p>esses depósitos capitalizados para uma mesma data focal, coincidindo com o último depósito.</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>5</p><p>Fazemos uso da seguinte fórmula:</p><p>O valor capitalizado de cada um dos termos da Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja</p><p>soma</p><p>resulta na seguinte expressão:</p><p>Fator de Capitalização Postecipado</p><p>Valor Presente postecipado (VPp)</p><p>O Valor Presente (VP) produzido por uma série de n prestações P, iguais e periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i, na</p><p>forma unitária, no mesmo período das prestações, será igual à soma de todos esses depósitos descapitalizados para uma mesma</p><p>data focal 0.</p><p>O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira postecipada forma uma Progressão Geométrica</p><p>(PG) cuja soma resulta na seguinte expressão:</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>6</p><p>Fator de Descapitalização Postecipado</p><p>SÉRIES FINANCEIRAS ANTECIPADAS</p><p>São aquelas em que o depósito ou pagamento é efetuado no início de cada período e o valor futuro é obtido em um período</p><p>de tempo após o último depósito ou pagamento da última prestação.</p><p>Valor Futuro antecipado (VFa)</p><p>O Valor Futuro de uma série financeira é obtido fazendo-se a capitalização da entrada e de cada um dos pagamentos,</p><p>realizando-se a soma destes valores no final, conforme a seguir:</p><p>O valor capitalizado de cada uma das prestações de uma Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja</p><p>soma resulta na seguinte expressão:</p><p>Fator de Capitalização Antecipado</p><p>O valor da prestação é obtido isolando-se a P na equação anterior.</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>7</p><p>Valor Presente antecipado (VPa)</p><p>O Valor Presente de uma série financeira antecipada é obtido fazendo-se a descapitalização de cada uma das prestações,</p><p>somando-se no final a entrada e cada um destes valores, conforme a seguir:</p><p>O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira forma uma Progressão Geométrica cuja soma</p><p>resulta na seguinte expressão:</p><p>O Fator de Descapitalização Antecipado</p><p>SÉRIES FINANCEIRAS DIFERIDAS OU COM CARÊNCIA</p><p>Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO INICIAL quando ANTES do início do primeiro pagamento, é dado um prazo</p><p>de dois ou mais períodos, nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.</p><p>Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO FINAL quando APÓS o último pagamento, é dado um prazo de dois ou mais</p><p>períodos, nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.</p><p>Valor Presente com diferimento inicial</p><p>Podemos calcular o Valor Presente de duas maneiras: postecipado ou antecipado.</p><p>Cálculo do Valor Presente postecipado com diferimento inicial (VPpdi)</p><p>Numa série de pagamentos com diferimento inicial, vamos primeiro calcular o valor presente da série financeira postecipada,</p><p>em seguida, vamos efetuar a descapitalização deste valor a juros compostos até o início do prazo da contratação (data focal 0).</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>8</p><p>Cálculo do VP da série</p><p>antecipada:</p><p>Cálculo da descapitalização do período</p><p>de diferimento: d</p><p>Cálculo direto do VPa com</p><p>diferimento inicial:</p><p>Valor futuro com diferimento final</p><p>Podemos calcular o Valor Futuro de duas maneiras: postecipado ou antecipado.</p><p>Cálculo do Valor Futuro postecipado com diferimento final (VFpdf)</p><p>Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira postecipada,</p><p>onde esse valor futuro é obtido logo após o último pagamento.</p><p>Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do</p><p>período de carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.</p><p>O valor futuro da série de</p><p>pagamentos postecipada</p><p>capitalização do período</p><p>de carência</p><p>Cálculo direto do VFp com</p><p>diferimento final</p><p>Cálculo do Valor Futuro antecipado com diferimento final (VFadf)</p><p>Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira antecipada,</p><p>onde esse valor futuro é obtido um período após o último pagamento.</p><p>Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do</p><p>período de carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.</p><p>O valor futuro da série de</p><p>pagamentos antecipada</p><p>Capitalização do período de</p><p>carência</p><p>Cálculo direto do VFa com</p><p>diferimento final</p><p>Exemplo: Uma máquina é vendida a prazo através de oito prestações mensais de $4.000,00 sendo que o primeiro pagamento</p><p>só irá ocorrer após três meses da compra. Determine o preço à vista, dada uma taxa de 5% ao mês.</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>9</p><p>Resolução:</p><p>R = $4.000,00</p><p>i = 5% a.m.</p><p>n = 8 meses</p><p>m = 2 meses</p><p>Pd =</p><p>Pd =</p><p>Pd =</p><p>Pd =</p><p>Pd = $23.449,30</p><p>6 - SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO DE QUALQUER TIPO, INCLUINDO OS SISTEMAS COM AMORTIZAÇÕES</p><p>CONSTANTES (SAC) E COM PRESTAÇÕES CONSTANTES (FRANCÊS OU PRICE).</p><p>SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO</p><p>Visam liquidar uma dívida mediante de pagamentos periódicos e sucessivos.</p><p>Principais conceitos</p><p>Sempre que efetuamos um pagamento estamos pagando parte do valor relativo aos juros, que são calculados sobre o saldo</p><p>devedor e outra parte chamada de amortização, que faz com que o saldo devedor diminua.</p><p>- Saldo devedor: é o valor nominal do empréstimo ou financiamento ou simplesmente o Valor Presente (VP) na data focal</p><p>0, que é diminuído da parcela de amortização a cada período.</p><p>- Amortização: é a parcela que é deduzida do saldo devedor a cada pagamento.</p><p>- Juros: é o valor calculado a partir do saldo devedor e posteriormente somado à parcela de amortização.</p><p>- Prestação: é o pagamento efetuado a cada período, composto pela parcela de juros mais a amortização: PRESTAÇÃO =</p><p>JUROS + AMORTIZAÇÃO</p><p>Existem diversos sistemas de amortização de financiamentos e empréstimos, dos quais os mais usados são:</p><p>- Sistema de Amortização Francês (Tabela Price):</p><p>- Sistema de Amortização Constante (SAC):</p><p>- Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Amortização Misto (SAM).</p><p>Sistema de Amortização Francês (SAF)</p><p>Este sistema utiliza a chamada TABELA PRICE que consiste no cálculo do fator de descapitalização postecipado representado</p><p>por fdp(i%,n) e é normalmente usada para financiamento em geral de bens de consumo, tipo: carros, eletrodomésticos,</p><p>empréstimos bancários de curto prazo, etc.</p><p>O SAF caracteriza-se por PRESTAÇÕES CONSTANTES E IGUAIS, normalmente mensais e decrescentes, com isso, as parcelas</p><p>de amortizações são crescentes. Isto é, o valor amortizado é crescente ao longo do tempo, ao contrário dos juros, que decrescem</p><p>proporcionalmente ao saldo devedor.</p><p>Logo, as principais características do SAF são:</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>10</p><p>a) A prestação é constante durante todo o período de</p><p>financiamento;</p><p>b) A parcela de amortização aumenta a cada período;</p><p>c) Os juros diminuem a cada período;</p><p>d) O percentual de prestações pagas não é igual ao</p><p>percentual de quitação da dívida, pois no início das prestações</p><p>os juros são maiores que as amortizações, sendo que do meio</p><p>para o final das prestações esta situação é invertida.</p><p>e) Nos juros, temos uma PG (Progressão geométrica) de</p><p>razão descrente.</p><p>Utilizamos as seguintes fórmulas:</p><p>Com isso podemos reescrever da seguinte forma,</p><p>sabendo que :</p><p>Sistema de Amortização Constante (SAC)</p><p>O SAC foi bastante usado pelo Sistema Financeiro de</p><p>Habitação no início dos anos 70 e, atualmente, é amplamente</p><p>utilizado para financiamentos bancários de longo prazo de</p><p>imóveis.</p><p>O tomador do empréstimo pagará uma prestação</p><p>decrescente em cada período, a qual é composta por duas</p><p>parcelas: a amortização e os juros.</p><p>As principais características do SAC são:</p><p>a) A parcela de amortização é constante em todo período</p><p>de financiamento;</p><p>b) A prestação é decrescente durante todo o período;</p><p>c) Os juros diminuem uniformemente a cada período;</p><p>d) O percentual de prestações pagas é igual ao percentual</p><p>de quitação da dívida.</p><p>e) Nos Juros e nas Prestações observa-se de uma PA</p><p>(Progressão Aritmética) de razão decrescente.</p><p>Fórmulas do Cálculo da Prestação (Séries</p><p>Postecipadas)</p><p>Utilizando o Capital Utilizando o Montante</p><p>Caso o expoente seja negativo, utiliza-se:</p><p>Para séries antecipadas (com entrada), basta</p><p>multiplicar o valor da prestação por .</p><p>Sistema de Amortização Crescente</p><p>(SACRE) ou</p><p>Sistema de Amortização Misto (SAM)</p><p>No Sistema de Amortização Crescente ou Sistema de</p><p>Amortização Misto, cada prestação é a média aritmética das</p><p>prestações nos sistemas Francês (Tabela Price) e Sistema de</p><p>Amortização Constante (SAC), quando a proporção for de</p><p>50% para o Sistema de Amortização Frances (SAF) e 50%</p><p>para o Sistema de Amortização Constante (SAC), com isto</p><p>as primeiras prestações são maiores que no SAF e menores</p><p>que no SAC, sendo que a partir da metade do período do</p><p>financiamento a situação é invertida. As parcelas de juros,</p><p>das amortizações e dos saldos devedores de cada período</p><p>também são obtidas pela média aritmética dos dois sistemas.</p><p>Exemplos:</p><p>01. (UFGD – Analista Administrativo – Economia</p><p>– AOCP) O sistema que consiste no plano de amortização</p><p>de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e</p><p>decrescentes, em progressão aritmética, denomina-se</p><p>(A) Sistema de Amortização Misto.</p><p>(B) Sistema Price.</p><p>(C) Sistema de Amortização Constante.</p><p>(D) Sistema Americano com fundo de amortização.</p><p>(E) Sistema Alemão.</p><p>Resolução:</p><p>Como vimos no estudo dos tipos de Amortização, a única</p><p>que apresenta esta característica é o Sistema de Amortização</p><p>Constante (SAC).</p><p>Resposta: C.</p><p>02. (Pref. Florianópolis/SC – Auditor Fiscal de</p><p>Tributos Municipais – FEPESE) Uma pessoa financiou</p><p>100% de um imóvel no valor de R$ 216.000,00 em 9 anos.</p><p>O pagamento será em prestações mensais e o sistema de</p><p>amortização é o sistema de amortização constante (SAC).</p><p>Sabendo que o valor da terceira prestação é de</p><p>R$2.848,00, a taxa de juros mensal cobrada é de:</p><p>(A) 0,2%.</p><p>(B) 0,4%.</p><p>(C) 0,5%.</p><p>(D) 0,6%.</p><p>(E) 0,8%.</p><p>Resolução:</p><p>Sabemos que no SAC Amortizações são constantes:</p><p>Sabemos que E = 216.000</p><p>n = 9 anos x 12(mensal) = 108 parcelas</p><p>A = ?</p><p>Com a cota de amortização, podemos calcular o Saldo</p><p>Devedor para todos os períodos:</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>11</p><p>Período Saldo Devedor Amortização Juros Prestação</p><p>0 216.000 - - -</p><p>1 216.000 – 2.000 = 214.000 2.000</p><p>2 214.000 – 2.000 = 212.000 2.000</p><p>3 212.000 – 2.000 = 210.000 2.000</p><p>...</p><p>Sabemos a prestação do período 3 que é R$ 2.848,00. Lembrando que P = A + J, temos que para o período 3:</p><p>P = A + J ⇒ 2 848 = 2 000 + J ⇒ J = 2 848 – 2 000 = 848. Os juros incidem sobre o capital do período anterior que neste caso</p><p>é o 2.O tempo é 1</p><p>J = C.i.t ⇒ 848 = 212 000.i.1 ⇒ i = 848 / 212 000 ⇒ i = 0,004 x 100% ⇒ i = 0,4%</p><p>Resposta: B.</p><p>7 - DESCONTOS: RACIONAL COMPOSTO E</p><p>COMERCIAL SIMPLES.</p><p>DESCONTOS</p><p>É a diferença entre o valor título (valor nominal) e o valor recebido (valor atual).</p><p>D = N – A</p><p>Onde:</p><p>D = desconto</p><p>N = valor nominal</p><p>A = valor atual</p><p>Fique Atento!!!</p><p>Comparando com o regime de juros, observamos que:</p><p>- o Valor Atual, ou valor futuro (valor do resgate) nos dá ideia de Montante;</p><p>- o Valor Nominal, nome do título (valor que resgatei) nos dá ideia de Capital;</p><p>- e o Desconto nos dá ideia de Juros.</p><p>Os descontos podem ser:</p><p>Desconto racional simples (por dentro): nos passa a ideia de “honesto”, pois todas a taxas são cobradas em cima do valor</p><p>atual (A) do título. Associando com os juros simples teremos:</p><p>Também podemos escrever a seguinte fórmula:</p><p>Exemplo: (ASSAF NETO) Seja um título de valor nominal de R$ 4.000,00 vencível em um ano, que está sendo liquidado</p><p>3 meses antes de seu vencimento. Sendo de 42% a.a. a taxa nominal de juros corrente, pede-se calcular o desconto e o valor</p><p>descontado desta operação.</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>12</p><p>N = 4 000</p><p>t = 3 meses</p><p>i = 42% a.a = 42 / 12 = 3,5% a.m = 0,035</p><p>D = ?</p><p>Vd = ?</p><p>Vd = 4 000 – 380,10 = 3 619,90</p><p>Desconto comercial simples ou bancário (por fora): nos passa a ideia de que alguém está “levando” um por fora, pois,</p><p>todas as taxas são cobradas em cima do valor nominal (N) do título. O valor nominal é sempre maior e é justamente onde</p><p>eles querem ganhar.</p><p>Desconto comercial (bancário) acrescido de uma taxa pré-fixada: quando se utiliza taxas pré-fixadas aos títulos, que</p><p>são as taxas de despesas bancárias/administrativas (comissões, taxas de serviços, ...) cobradas sobre o valor nominal (N).</p><p>Fazemos uso da seguinte formula:</p><p>Dc = N. (i.t + h)</p><p>Onde:</p><p>Dc = desconto comercial ou bancário</p><p>N = valor nominal</p><p>i = taxa de juros cobrada</p><p>t = tempo ou período</p><p>h = taxa de despesas administrativas ou bancárias.</p><p>Exemplo: Um banco ao descontar notas promissórias, utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros simples de 12% a.m..</p><p>O banco cobra, simultaneamente uma comissão de 4% sobre o valor nominal da promissória. Um cliente do banco recebe R$</p><p>300.000,00 líquidos, ao descontar uma promissória vencível em três meses. O valor da comissão é de:</p><p>Resolução:</p><p>h = 0,04</p><p>t = 3</p><p>iB = 0,12 . 3</p><p>AB = N . [1 - (iB + h)]</p><p>300 000 = N . [1 - (0,12.3 + 0,04)]</p><p>300 000 = N . [1 – 0,4]</p><p>N = 500 000</p><p>Vc = 0,04 . N</p><p>Vc = 0,04 . 500 000</p><p>Vc = 20 000</p><p>Resposta: 200 000.</p><p>- Relação entre Desconto Comercial (Dc) e Desconto Racional (Dr): para sabermos o valor do desconto caso fosse utilizado</p><p>o desconto comercial e precisássemos saber o desconto racional e vice-versa, utilizamos a seguinte relação: Dc = Dr . (1 + i.t)</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>13</p><p>Desconto Racional Composto (por dentro): as fórmulas estão associando com os juros compostos, assim teremos:</p><p>Desconto Comercial Composto (por fora): como a taxa incide sobre o Valor Nominal (maior valor), trocamos na fórmula</p><p>o N pelo A e vice-versa, mudando o sinal da taxa (de positivo para negativo).</p><p>Exemplo: (Prefeitura de São Paulo/SP - Auditor Fiscal Municipal – CETRO) Com adiantamento de dois meses do</p><p>vencimento, um título de valor nominal de R$30.000,00 é descontado a uma taxa composta de 10% a.m.. A diferença entre o</p><p>desconto racional composto e o desconto comercial composto será de:</p><p>(A) R$246,59.</p><p>(B) R$366,89.</p><p>(C) R$493,39.</p><p>(D) R$576,29.</p><p>(E) R$606,49.</p><p>Resolução:</p><p>N = 30000</p><p>t = 2 meses</p><p>i = 10% am = 0,10</p><p>Vamos utilizar a formula do Drc:</p><p>N = A(1 + i)t ⇒ 30.000= A (1+ 0,1)2 ⇒ 30000 = A (1,1)2 ⇒ 30000 = A.1,21</p><p>A = 30000 / 1,21 = 24793,39</p><p>Como D = N – A</p><p>D = 30000 – 24793,39</p><p>Drc = 30.000 - 24.793,39 = 5206,61</p><p>Para o desconto comercial composto (lembre-se que a taxa recaí sobre o nominal, então trocamos na formula o A pelo N e</p><p>vice e versa e mudamos o sinal), temos:</p><p>A = N.(1 - i)t</p><p>A = 30000 . (1 - 0,1)2</p><p>A = 30000 . 0,81</p><p>A = 24300</p><p>Como D = N – A</p><p>D = 30000 – 24300 = 5700, que é o desconto comercial composto</p><p>A diferença será dada pelo módulo, uma vez que sabemos que o Desconto Comercial é maior que o racional: |Drc - Dcc|</p><p>|5.206,61 - 5.700 | = 493,39</p><p>Resposta: C</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>14</p><p>8 - SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS: LEIS DE</p><p>FORMAÇÃO EXPRESSAS DE FORMA GERAL (EM</p><p>FUNÇÃO DA POSIÇÃO DO TERMO) OU DE FORMA</p><p>RECURSIVA (EM FUNÇÃO DE UM OU MAIS TERMOS</p><p>ANTERIORES); PROGRESSÕES ARITMÉTICAS;</p><p>PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS.</p><p>SEQUÊNCIAS</p><p>Matematicamente, denomina-se sequência qualquer</p><p>função f cujo domínio é N*.</p><p>As sequências podem ser finitas, quando apresentam</p><p>um último termo, ou, infinitas, quando não apresentam um</p><p>último termo. As sequências infinitas são indicadas por</p><p>reticências no final.</p><p>Exemplos:</p><p>A) Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7,</p><p>11, 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma sequência infinita</p><p>com a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc.</p><p>B) Sequência dos algarismos do sistema decimal de</p><p>numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos que esta é uma</p><p>sequência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5;</p><p>a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8; a10 = 9.</p><p>Leis de formação</p><p>Há uma lei de formação dos termos de uma sequência.</p><p>Essas leis de formação são de dois tipos básicos: leis de</p><p>recorrência e as fórmulas do termo geral.</p><p>- Leis de recorrência: Cada termo da sequência é</p><p>calculado em função do termo anterior. Exemplo:</p><p>Na sequência definida por an+1 = an + 3 em que a1 = 4 ,</p><p>cada termo, exceto o primeiro, é igual ao anterior adicionado</p><p>a 3.</p><p>Portanto, a sequência pode ser escrita como (4, 7, 10,</p><p>13, ...).</p><p>- Fórmula do termo geral: Cada termo an é calculado</p><p>em função de sua posição n na sequência. Exemplo: Os três</p><p>primeiros termos da sequência</p><p>cujo termo geral é an = n + 7</p><p>são:</p><p>A sequência pode ser escrita como (8,9,10,...) .</p><p>ATENÇÃO</p><p>- Devemos observar que a apresentação de uma</p><p>sequência através do termo geral é mais pratica, visto que</p><p>podemos determinar um termo no “meio” da sequência sem</p><p>a necessidade de determinarmos os termos intermediários,</p><p>como ocorre na apresentação da sequência através da lei de</p><p>recorrências.</p><p>- Algumas sequências não podem, pela sua forma</p><p>“desorganizada” de se apresentarem, ser definidas nem pela</p><p>lei das recorrências, nem pela formula do termo geral.</p><p>- Em toda questão de sequência em que n N*, o primeiro</p><p>valor adotado é n = 1. No entanto se no enunciado estiver n ></p><p>5, temos que o primeiro valor adotado é n = 6.</p><p>PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)</p><p>É toda sequência numérica em que cada um de seus</p><p>termos, a partir do segundo, é igual ao anterior somado a uma</p><p>constante r, denominada razão da progressão aritmética.</p><p>Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1,</p><p>a2, a3, a4,.......,an,....</p><p>Cálculo da razão</p><p>A razão de uma P.A. é dada pela diferença de um termo</p><p>qualquer pelo termo imediatamente anterior a ele.</p><p>r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1</p><p>Exemplos:</p><p>- (5, 9, 13, 17, 21, 25,......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão</p><p>r = 4</p><p>- (2, 9, 16, 23, 30,.....) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7</p><p>- (23, 21, 19, 17, 15,....) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r</p><p>= - 2.</p><p>Classificação</p><p>Uma P.A. é classificada de acordo com a razão.</p><p>Se r > 0 ⇒</p><p>CRESCENTE.</p><p>Se r < 0 ⇒</p><p>DECRESCENTE.</p><p>Se r = 0 ⇒</p><p>CONSTANTE.</p><p>Fórmula do Termo Geral</p><p>Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a</p><p>razão, então temos:</p><p>1° termo: a1</p><p>2° termo: a2 = a1 + r</p><p>3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r</p><p>4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r</p><p>5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r</p><p>6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r</p><p>. . . . . .</p><p>. . . . . .</p><p>. . . . . .</p><p>n° termo é:</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>15</p><p>Exemplo: (Pref. Amparo/SP – Agente Escolar – CONRIO) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51,...)</p><p>(A) 339</p><p>(B) 337</p><p>(C) 333</p><p>(D) 331</p><p>Resolução:</p><p>r = 48 – 45 = 3</p><p>Resposta: A.</p><p>- Propriedades</p><p>1) Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.</p><p>2) Numa P.A. com número ímpar de termos, o termo médio é igual à média aritmética entre os extremos.</p><p>Exemplo:</p><p>3) A sequência (a, b, c) é P.A. se, e somente se, o termo médio é igual à média aritmética entre a e c, isto é:</p><p>Soma dos n primeiros termos</p><p>PROGRESSÃO GEOMETRICA (P.G.)</p><p>É uma sequência onde cada termo é obtido multiplicando o anterior por uma constante. Essa constante é chamada de razão</p><p>da P.G. e simbolizada pela letra q.</p><p>Cálculo da razão</p><p>A razão da P.G. é obtida dividindo um termo por seu antecessor. Assim: (a1, a2, a3, ..., an - 1, an, ...) é P.G. ⇔ an = (an - 1) q, n ≥ 2</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>16</p><p>Exemplos:</p><p>- (-36, -18, -9, , ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 36 e razão q =</p><p>- (3,3,3,3,3,3,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 3 e razão q = 1</p><p>- (6, 0, 0, 0, 0, 0,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 6 e razão q = 0</p><p>- (0, 0, 0, 0, 0, 0,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 0 e razão q indeterminada</p><p>Classificação</p><p>uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.</p><p>Crescente Decrescente Alternante Constante Singular</p><p>a1 > 0 e q > 1</p><p>ou quando</p><p>a1 < 0 e 0 < q < 1.</p><p>a1 > 0 e 0 < q < 1</p><p>ou quando</p><p>a1 < 0 e q > 1.</p><p>Cada termo apresenta sinal contrário ao</p><p>do anterior. Isto ocorre quando.</p><p>q < 0</p><p>q = 1.</p><p>(também é chamada de</p><p>Estacionária)</p><p>a1 = 0</p><p>ou</p><p>q = 0.</p><p>Fórmula do termo geral</p><p>Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela razão, então temos:</p><p>1° termo: a1</p><p>2° termo: a2 = a1.q</p><p>3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2</p><p>4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3</p><p>5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4</p><p>. . . . .</p><p>. . . . .</p><p>. . . . .</p><p>n° termo é:</p><p>Exemplo: (TRF 3ª – Analista Judiciário - Informática – FCC) Um tabuleiro de xadrez possui 64 casas. Se fosse possível</p><p>colocar 1 grão de arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na terceira, 64 grãos na quarta, 256 na quinta, e assim</p><p>sucessivamente, o total de grãos de arroz que deveria ser colocado na 64ª casa desse tabuleiro seria igual a</p><p>(A) 264.</p><p>(B) 2126.</p><p>(C) 266.</p><p>(D) 2128.</p><p>(E) 2256.</p><p>Resolução:</p><p>Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4</p><p>a64 = ?</p><p>a1 = 1</p><p>q = 4</p><p>n = 64</p><p>Resposta: B.</p><p>- Propriedades</p><p>1) Em qualquer P.G., cada termo, exceto os extremos, é a média geométrica entre o precedente e o consequente.</p><p>2) Em toda P.G. finita, o produto dos termos equidistantes dos extremos é igual ao produto dos extremos.</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>17</p><p>3) Em uma P.G. de número ímpar de termos, o termo médio é a média geométrica entre os extremos.</p><p>Em síntese temos:</p><p>4) Em uma PG, tomando-se três termos consecutivos, o termo central é a média geométrica dos seus vizinhos.</p><p>Soma dos n primeiros termos</p><p>A fórmula para calcular a soma de todos os seus termos é dada por:</p><p>Produto dos n termos</p><p>Temos as seguintes regras para o produto:</p><p>1) O produto de n números positivos é sempre positivo.</p><p>2) No produto de n números negativos:</p><p>a) se n é par: o produto é positivo.</p><p>b) se n é ímpar: o produto é negativo.</p><p>Soma dos infinitos termos</p><p>A soma dos infinitos termos de uma P.G de razão q, com -1 < q < 1, é dada por:</p><p>Exemplo: A soma dos elementos da sequência numérica infinita (3; 0,9; 0,09; 0,009; …) é</p><p>(A) 3,1</p><p>(B) 3,9</p><p>(C) 3,99</p><p>(D) 3, 999</p><p>(E) 4</p><p>Resolução:</p><p>Sejam S as somas dos elementos da sequência e S1 a soma da PG infinita (0,9; 0,09; 0,009;…) de razão q = 0,09/0,9 = 0,1.</p><p>Assim:</p><p>S = 3 + S1</p><p>Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma PG infinita para obter S1:</p><p>S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4</p><p>Resposta: �</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA</p><p>18</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>____________________________________________________________________</p><p>____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>1 - Representação tabular e gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01</p><p>2 - Medidas de tendência central (média, mediana, moda, medidas de posição, mínimo e máximo) e de dispersão (amplitude,</p><p>amplitude interquartil, variância, desvio padrão e coeficiente de variação). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .03</p><p>3 - Cálculo de probabilidade.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .05</p><p>4 - Teorema de Bayes e Probabilidade condicional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .05</p><p>5 - População e amostra.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .06</p><p>6 - Correlação linear simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .08</p><p>7 - Ciência de dados, People analytics. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12</p><p>8 - Modelos preditivos. (Inferência na regressão, análise de variância e covariância, critérios de significância). . . . . . . . . . . . . .13</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>1</p><p>1 - REPRESENTAÇÃO TABULAR E GRÁFICA.</p><p>TABELAS</p><p>A tabela é a forma não discursiva de apresentar</p><p>informações, das quais o dado numérico se destaca como</p><p>informação central. Sua finalidade é apresentar os dados de</p><p>modo ordenado, simples e de fácil interpretação, fornecendo</p><p>o máximo de informação num mínimo de espaço.</p><p>Elementos da tabela</p><p>Uma tabela estatística é composta de elementos</p><p>essenciais e elementos complementares. Os elementos</p><p>essenciais são:</p><p>− Título: é a indicação que precede a tabela contendo a</p><p>designação do fato observado, o local e a época em que foi</p><p>estudado.</p><p>− Corpo: é o conjunto de linhas e colunas onde estão</p><p>inseridos os dados.</p><p>− Cabeçalho: é a parte superior da tabela que indica o</p><p>conteúdo das colunas.</p><p>− Coluna indicadora: é a parte da tabela que indica o</p><p>conteúdo das linhas.</p><p>Os elementos complementares são:</p><p>− Fonte: entidade que fornece os dados ou elabora a</p><p>tabela.</p><p>− Notas: informações de natureza geral, destinadas a</p><p>esclarecer o conteúdo das tabelas.</p><p>− Chamadas: informações específicas destinadas a</p><p>esclarecer ou conceituar dados numa parte da tabela.</p><p>Deverão estar indicadas no corpo da tabela, em números</p><p>arábicos entre parênteses, à esquerda nas casas e à direita</p><p>na coluna indicadora. Os elementos complementares devem</p><p>situar-se no rodapé da tabela, na mesma ordem em que</p><p>foram descritos.</p><p>GRÁFICOS</p><p>Outro modo de apresentar dados estatísticos é sob</p><p>uma forma ilustrada, comumente chamada de gráfico. Os</p><p>gráficos constituem-se numa das mais eficientes formas de</p><p>apresentação de dados.</p><p>Um gráfico é, essencialmente, uma figura construída a</p><p>partir de uma tabela; mas, enquanto a tabela fornece uma</p><p>ideia mais precisa e possibilita uma inspeção mais rigorosa</p><p>aos dados, o gráfico é mais indicado para situações que visem</p><p>proporcionar uma impressão mais rápida e maior facilidade</p><p>de compreensão do comportamento do fenômeno em estudo.</p><p>Os gráficos e as tabelas se prestam, portanto, a objetivos</p><p>distintos, de modo que a utilização de uma forma de</p><p>apresentação não exclui a outra.</p><p>Para a confecção de um gráfico, algumas regras gerais</p><p>devem ser observadas:</p><p>Os gráficos, geralmente, são construídos num sistema</p><p>de eixos chamado sistema cartesiano ortogonal. A variável</p><p>independente é localizada no eixo horizontal (abscissas),</p><p>enquanto a variável dependente é colocada no eixo vertical</p><p>(ordenadas). No eixo vertical, o início da escala deverá ser</p><p>sempre zero, ponto de encontro dos eixos.</p><p>− Iguais intervalos para as medidas deverão corresponder</p><p>a iguais intervalos para as escalas. Exemplo: Se ao intervalo</p><p>10-15 kg corresponde 2 cm na escala, ao intervalo 40-45 kg</p><p>também deverá corresponder 2 cm, enquanto ao intervalo</p><p>40-50 kg corresponderá 4 cm.</p><p>− O gráfico deverá possuir título, fonte, notas e legenda,</p><p>ou seja, toda a informação necessária à sua compreensão,</p><p>sem auxílio do texto.</p><p>− O gráfico deverá possuir formato aproximadamente</p><p>quadrado para evitar que problemas de escala interfiram na</p><p>sua correta interpretação.</p><p>Tipos de Gráficos</p><p>Estereogramas: são gráficos onde as grandezas são</p><p>representadas por volumes. Geralmente são construídos num</p><p>sistema de eixos bidimensional, mas podem ser construídos</p><p>num sistema tridimensional para ilustrar a relação entre três</p><p>variáveis.</p><p>Cartogramas: são representações em cartas geográficas</p><p>(mapas).</p><p>Pictogramas ou gráficos pictóricos: são gráficos</p><p>puramente ilustrativos, construídos de modo a ter grande</p><p>apelo visual, dirigidos a um público muito grande e</p><p>heterogêneo. Não devem ser utilizados em situações que</p><p>exijam maior precisão.</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>2</p><p>DIAGRAMAS</p><p>São gráficos geométricos de duas dimensões, de fácil</p><p>elaboração e grande utilização. Podem ser ainda subdivididos</p><p>em: gráficos de colunas, de barras, de linhas ou curvas e de</p><p>setores.</p><p>a) Gráfico de colunas: neste gráfico as grandezas são</p><p>comparadas através de retângulos de mesma largura,</p><p>dispostos verticalmente e com alturas proporcionais às</p><p>grandezas. A distância entre os retângulos deve ser, no</p><p>mínimo, igual a 1/2 e, no máximo, 2/3 da largura da base dos</p><p>mesmos.</p><p>b) Gráfico de barras: segue as mesmas instruções que o</p><p>gráfico de colunas, tendo a única diferença que os retângulos</p><p>são dispostos horizontalmente. É usado quando as inscrições</p><p>dos retângulos forem maiores que a base dos mesmos.</p><p>c) Gráfico de linhas ou curvas: neste</p><p>gráfico os pontos</p><p>são dispostos no plano de acordo com suas coordenadas, e</p><p>a seguir são ligados por segmentos de reta. É muito utilizado</p><p>em séries históricas e em séries mistas quando um dos fatores</p><p>de variação é o tempo, como instrumento de comparação.</p><p>d) Gráfico em setores: é recomendado para situações em</p><p>que se deseja evidenciar o quanto cada informação representa</p><p>do total. A figura consiste num círculo onde o total (100%)</p><p>representa 360°, subdividido em tantas partes quanto for</p><p>necessário à representação. Essa divisão se faz por meio de</p><p>uma regra de três simples. Com o auxílio de um transferidor</p><p>efetuasse a marcação dos ângulos correspondentes a cada</p><p>divisão.</p><p>Histograma: O histograma consiste em retângulos</p><p>contíguos com base nas faixas de valores da variável e com</p><p>área igual à frequência relativa da respectiva faixa. Desta</p><p>forma, a altura de cada retângulo é denominada densidade</p><p>de frequência ou simplesmente densidade definida pelo</p><p>quociente da área pela amplitude da faixa. Alguns autores</p><p>utilizam a frequência absoluta ou a porcentagem na</p><p>construção do histograma, o que pode ocasionar distorções (e,</p><p>consequentemente, más interpretações) quando amplitudes</p><p>diferentes são utilizadas nas faixas. Exemplo:</p><p>Gráfico de Ogiva: Apresenta uma distribuição de</p><p>frequências acumuladas, utiliza uma poligonal ascendente</p><p>utilizando os pontos extremos.</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>3</p><p>2 - MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL (MÉDIA,</p><p>MEDIANA, MODA, MEDIDAS DE POSIÇÃO, MÍNIMO E</p><p>MÁXIMO) E DE DISPERSÃO (AMPLITUDE, AMPLITU-</p><p>DE INTERQUARTIL, VARIÂNCIA, DESVIO PADRÃO E</p><p>COEFICIENTE DE VARIAÇÃO).</p><p>MEDIDAS DESCRITIVAS (POSIÇÃO, DISPERSÃO,</p><p>ASSIMETRIA E CURTOSE)</p><p>Por meio de medidas ou resumos numéricos podemos</p><p>levantar importantes informações sobre o conjunto de dados</p><p>tais como: a tendência central, variabilidade, simetria, valores</p><p>extremos, valores discrepantes, etc. Aqui serão apresentadas</p><p>3 classes de medidas:</p><p>• Tendência Central</p><p>• Dispersão (Variabilidade)</p><p>• Separatrizes</p><p>Tendência central</p><p>As medidas de tendência central indicam, em geral, um</p><p>valor central em torno do qual os dados estão distribuídos.</p><p>Vejamos:</p><p>Média Aritmética</p><p>Ela se divide em:</p><p>- Simples: é a soma de todos os seus elementos,</p><p>dividida pelo número de elementos n.</p><p>Para o cálculo: Se x for a média aritmética dos elementos</p><p>do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por</p><p>definição:</p><p>- Ponderada: é a soma dos produtos de cada elemento</p><p>multiplicado pelo respectivo peso, dividida pela soma</p><p>dos pesos. Para o cálculo</p><p>Mediana</p><p>A mediana observada mdobs é o valor central em um</p><p>conjunto de dados ordenados. Pela mediana o conjunto de</p><p>dados é dividido em duas partes iguais sendo metade dos</p><p>valores abaixo da mediana e, a outra metade, acima.</p><p>Vamos denominar mdobs o valor da mediana observado</p><p>em um conjunto de dados. Repare que para encontrar um</p><p>número que divida os n dados ordenados em duas partes</p><p>iguais devem ser adotados dois procedimentos:</p><p>1) Para um conjunto com um número n (ímpar) de</p><p>observações, a mediana é o valor na posição n+1/2.</p><p>2) Para um conjunto com um número n (par) de</p><p>observações a mediana é a média aritmética dos valores nas</p><p>posições n/2 e n/2 + 1.</p><p>Moda</p><p>A moda, é o valor que aparece com maior frequência, ou</p><p>seja, podemos dizer que é o termo que está na “moda”.</p><p>Medidas de variação ou dispersão</p><p>As medidas de variação ou dispersão complementam</p><p>as medidas de localização ou tendência central, indicando</p><p>quanto as observações diferem entre si ou o grau de</p><p>afastamento das observações em relação à média.</p><p>As medidas de variação mais utilizadas são: a amplitude</p><p>total, a variância, o desvio padrão e o coeficiente de variação.</p><p>Amplitude total</p><p>A amplitude total, denotada por at, fornece uma ideia</p><p>de variação e consiste na diferença entre o maior valor e o</p><p>menor valor de um conjunto de dados. Assim, temos:</p><p>at = ES - EI</p><p>onde:</p><p>ES: extremo superior do conjunto de dados ordenado;</p><p>EI: extremo inferior do conjunto de dados ordenado.</p><p>A amplitude total é uma medida pouco precisa, uma</p><p>vez que utiliza apenas os dois valores mais extremos de um</p><p>conjunto de dados. Também por esta razão é extremamente</p><p>influenciada por valores discrepantes. É utilizada quando</p><p>apenas uma ideia rudimentar da variabilidade dos dados é</p><p>suficiente.</p><p>Variância</p><p>A variância, denotada por s² , é a medida de dispersão</p><p>mais utilizada, seja pela sua facilidade de compreensão e</p><p>cálculo, seja pela possibilidade de emprego na inferência</p><p>estatística. A variância é definida como sendo a média dos</p><p>quadrados dos desvios em relação à média aritmética. Assim,</p><p>temos:</p><p>onde:</p><p>n −1: é o número de graus de liberdade ou desvios</p><p>independentes.</p><p>A utilização do denominador n −1, em vez de n, tem duas</p><p>razões fundamentais:</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>4</p><p>Propriedades matemáticas da variância</p><p>1ª propriedade: A variância de um conjunto de dados que não varia, ou seja, cujos valores são uma constante, é zero.</p><p>2ª propriedade: Se somarmos uma constante c a todos os valores de um conjunto de dados, a variância destes dados não</p><p>se altera.</p><p>3ª propriedade: Se multiplicarmos todos os valores de um conjunto de dados por uma constante c, a variância destes dados</p><p>fica multiplicada pelo quadrado desta constante.</p><p>Desvio Padrão</p><p>O desvio padrão, denotado por s, surge para solucionar o problema de interpretação da variância e é definido como a raiz</p><p>quadrada positiva da variância. Assim, temos:</p><p>Coeficiente de Variação</p><p>O coeficiente de variação, denotado por CV, é a medida mais utilizada quando existe interesse em comparar variabilidades</p><p>de diferentes conjuntos de dados. Embora esta comparação possa ser feita através de outras medidas de variação, nas situações</p><p>em que as médias dos conjuntos comparados são muito desiguais ou as unidades de medida são diferentes, devemos utilizar o</p><p>CV.</p><p>O coeficiente de variação é definido como a proporção da média representada pelo desvio padrão e dado por:</p><p>Separatrizes</p><p>As medidas separatrizes delimitam proporções de observações de uma variável ordinal. Elas estabelecem limites para uma</p><p>determinada proporção 0 ≤ p ≤ 1 de observações. São medidas intuitivas, de fácil compreensão e frequentemente resistentes.</p><p>Como a mediana divide o conjunto em duas metades, é razoável pensar numa medida separatriz que efetue uma divisão</p><p>adicional: dividir cada metade em duas metades. Essas medidas separatrizes são denominadas quartis.</p><p>Quartis</p><p>Os quartis, representados por Qi, onde i = 1, 2 e 3, são três medidas que dividem um conjunto de dados ordenado em quatro</p><p>partes iguais. São elas:</p><p>− Primeiro quartil (Q1): 25% dos valores ficam abaixo e 75% ficam acima desta medida.</p><p>− Segundo quartil (Q2): 50% dos valores ficam abaixo e 50% ficam acima desta medida. O segundo quartil de um conjunto</p><p>de dados corresponde à mediana (Q2 = Md).</p><p>− Terceiro quartil (Q3): 75% dos valores ficam abaixo e 25% ficam acima desta medida.</p><p>Observa-se facilmente que o primeiro quartil é o percentil 0,25, a mediana é o percentil 0,5 e o terceiro quartil é o percentil</p><p>0,75. O processo para obtenção dos quartis, da mesma forma que o da mediana, consiste em, primeiramente, ordenar os dados</p><p>e, em seguida, determinar a posição (p) do quartil no conjunto de dados ordenado.</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>5</p><p>3 - CÁLCULO DE PROBABILIDADE.</p><p>A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance</p><p>de ocorrência de um número em um experimento aleatório.</p><p>Elementos da teoria das probabilidades</p><p>- Experimentos aleatórios: fenômenos que apresentam</p><p>resultados imprevisíveis quando repetidos, mesmo que as</p><p>condições sejam semelhantes.</p><p>- Espaço amostral: é o conjunto U, de todos os resultados</p><p>possíveis de um experimento aleatório.</p><p>- Evento: qualquer subconjunto de um espaço amostral,</p><p>ou seja, qualquer que seja E Ì U, onde E é o evento e U, o</p><p>espaço amostral.</p><p>Experimento composto</p><p>Quando temos dois ou mais experimentos realizados</p><p>simultaneamente, dizemos que o experimento é composto.</p><p>Nesse caso, o número de elementos</p><p>do espaço amostral é</p><p>dado pelo produto dos números de elementos dos espaços</p><p>amostrais de cada experimento.</p><p>n(U) = n(U1).n(U2)</p><p>Probabilidade de um evento</p><p>Em um espaço amostral U, equiprobabilístico (com</p><p>elementos que têm chances iguais de ocorrer), com n(U)</p><p>elementos, o evento E, com n(E) elementos, onde E Ì U, a</p><p>probabilidade de ocorrer o evento E, denotado por p(E), é o</p><p>número real, tal que:</p><p>Onde,</p><p>n(E) = número de elementos do evento E.</p><p>n(S) = número de elementos do espaço amostral S.</p><p>Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja,</p><p>todos os elementos têm a mesma “chance de acontecer.</p><p>As probabilidades podem ser escritas na forma decimal</p><p>ou representadas em porcentagem.</p><p>Assim: 0 ≤ p(E) ≤ 1, onde:</p><p>p(Ø) = 0 ou p(Ø) = 0%</p><p>p(U) = 1 ou p(U) = 100%</p><p>Probabilidade da união de eventos</p><p>Para obtermos a probabilidade da união de eventos</p><p>utilizamos a seguinte expressão:</p><p>Quando os eventos forem mutuamente exclusivos, tendo</p><p>A ∩ B = Ø, utilizamos a seguinte equação:</p><p>Probabilidade de um evento complementar</p><p>É quando a soma das probabilidades de ocorrer o evento</p><p>E, e de não ocorrer o evento E (seu complementar, Ē) é 1.</p><p>Lei Binomial de probabilidade</p><p>A lei binominal das probabilidades é dada pela fórmula:</p><p>Sendo:</p><p>n: número de tentativas independentes;</p><p>p: probabilidade de ocorrer o evento em cada</p><p>experimento</p><p>(sucesso);</p><p>q: probabilidade de não ocorrer o evento (fracasso); q =</p><p>1 - p</p><p>k: número de sucessos.</p><p>Observe que:</p><p>A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:</p><p>- O experimento deve ser repetido nas mesmas condições</p><p>as n vezes.</p><p>- Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e .</p><p>- A probabilidade do E deve ser constante em todas as n</p><p>vezes.</p><p>- Cada experimento é independente dos demais.</p><p>4 - TEOREMA DE BAYES E PROBABILIDADE</p><p>CONDICIONAL.</p><p>Inferência bayesiana é um tipo de inferência estatísti-</p><p>ca que descreve as incertezas sobre quantidades invisíveis</p><p>de forma probabilística. Incertezas são modificadas perio-</p><p>dicamente após observações de novos dados ou resultados.</p><p>A operação que calibra a medida das incertezas é conhecida</p><p>como operação bayesiana e é baseada na fórmula de Bayes.</p><p>A fórmula de Bayes é muitas vezes denominada Teorema de</p><p>Bayes.</p><p>Em teoria da probabilidade o Teorema de Bayes mostra a</p><p>relação entre uma probabilidade condicional e a sua inversa.</p><p>O teorema de Bayes é um corolário do teorema da probabili-</p><p>dade total que permite calcular a seguinte probabilidade:</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>6</p><p>- Pr (A) e Pr (B) são as probabilidades a priori de A e B</p><p>- Pr (B|A) e Pr (A|B) são as probabilidades a posteriori de B condicional a A e de A condicional a B respectivamente.</p><p>A regra de Bayes mostra como alterar as probabilidades a priori tendo em conta novas evidências de forma a obter proba-</p><p>bilidades a posteriori. Podemos aplicar o Teorema de Bayes com o jogo das três portas. Alguns preferem escrevê-lo na forma:</p><p>A probabilidade de um evento A dado um evento B (e.g. a probabilidade de alguém ter câncer de mama sabendo, ou dado,</p><p>que a mamografia deu positivo para o teste) depende não apenas do relacionamento entre os eventos A e B (i.e., a precisão, ou</p><p>exatidão, da mamografia), mas também da probabilidade marginal (ou “probabilidade simples”) da ocorrência de cada evento.</p><p>Probabilidade condicional</p><p>Quando se impõe uma condição que reduz o espaço amostral, dizemos que se trata de uma probabilidade condicional.</p><p>Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral U, com p(B) ≠ 0. Chama-se probabilidade de A condicionada a B a</p><p>probabilidade de ocorrência do evento A, sabendo-se que já ocorreu ou que vai ocorrer o evento B, ou seja:</p><p>Podemos também ler como: a probabilidade de A “dado que” ou “sabendo que” a probabilidade de B.</p><p>- Caso forem dois eventos simultâneos (ou sucessivos): para se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos</p><p>simultâneos (ou sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles P(B) pela probabilidade</p><p>de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro já ocorreu P (A | B). Sendo:</p><p>- Se dois eventos forem independentes: dois eventos A e B de um espaço amostral S são independentes quando P(A|B) =</p><p>P(A) ou P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:</p><p>P (A ∩ B) = P(A). P(B)</p><p>5 - POPULAÇÃO E AMOSTRA.</p><p>Estatística inferencial (Indutiva)</p><p>Utiliza informações incompletas para tomar decisões e tirar conclusões satisfatórias. O alicerce das técnicas de estatística</p><p>inferencial está no cálculo de probabilidades. Fazemos uso de:</p><p>Estimação - A técnica de estimação consiste em utilizar um conjunto de dados incompletos, ao qual iremos chamar de</p><p>amostra, e nele calcular estimativas de quantidades de interesse. Estas estimativas podem ser pontuais (representadas por um</p><p>único valor) ou intervalares.</p><p>Teste de Hipóteses - O fundamento do teste estatístico de hipóteses é levantar suposições acerca de uma quantidade não</p><p>conhecida e utilizar, também, dados incompletos para criar uma regra de escolha.</p><p>População e amostra</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>7</p><p>População: é o conjunto de todas as unidades sobre as quais há o interesse de investigar uma ou mais características.</p><p>Variáveis e suas classificações</p><p>Qualitativas – quando seus valores são expressos por atributos: sexo (masculino ou feminino), cor da pele, entre outros.</p><p>Dizemos que estamos qualificando.</p><p>Quantitativas – quando seus valores são expressos em números (salários dos operários, idade dos alunos, etc). Uma</p><p>variável quantitativa que pode assumir qualquer valor entre dois limites recebe o nome de variável contínua; e uma variável</p><p>que só pode assumir valores pertencentes a um conjunto enumerável recebe o nome de variável discreta.</p><p>Fases do método estatístico</p><p>Coleta de dados: após cuidadoso planejamento e a devida determinação das características mensuráveis do fenômeno que</p><p>se quer pesquisar, damos início à coleta de dados numéricos necessários à sua descrição. A coleta pode ser direta e indireta.</p><p>Crítica dos dados: depois de obtidos os dados, os mesmos devem ser cuidadosamente criticados, à procura de possível</p><p>falhas e imperfeições, a fim de não incorrermos em erros grosseiros ou de certo vulto, que possam influir sensivelmente nos</p><p>resultados. A crítica pode ser externa e interna.</p><p>Apuração dos dados: soma e processamento dos dados obtidos e a disposição mediante critérios de classificação, que pode</p><p>ser manual, eletromecânica ou eletrônica.</p><p>Exposição ou apresentação de dados: os dados devem ser apresentados sob forma adequada (tabelas ou gráficos),</p><p>tornando mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de tratamento estatístico.</p><p>Análise dos resultados: realizadas anteriores (Estatística Descritiva), fazemos uma análise dos resultados obtidos, através</p><p>dos métodos da Estatística Indutiva ou Inferencial, que tem por base a indução ou inferência, e tiramos desses resultados</p><p>conclusões e previsões.</p><p>Censo</p><p>É uma avaliação direta de um parâmetro, utilizando-se todos os componentes da população.</p><p>Principais propriedades:</p><p>- Admite erros processual zero e tem 100% de confiabilidade;</p><p>- É caro;</p><p>- É lento;</p><p>- É quase sempre desatualizado (visto que se realizam em períodos de anos 10 em 10 anos);</p><p>- Nem sempre é viável.</p><p>Dados brutos: é uma sequência de valores numéricos não organizados, obtidos diretamente da observação de um fenômeno</p><p>coletivo. Exemplo: 20 – 18 – 19 -22 -20- 22 – 23 -21 – 21 -21</p><p>Rol: é uma sequência ordenada dos dados brutos. Exemplo: 18 – 19 -20 – 20 – 21 -21 -21 – 22 -22 - 23</p><p>Tabelas de frequência</p><p>A partir dos dados brutos, podemos agrupar os valores de uma variável quantitativa ou qualitativa e construir a chamada</p><p>tabela de frequências. As tabelas de frequências podem ser simples ou por faixas de valores, dependendo da classificação da</p><p>variável.</p><p>Tabela de frequência simples</p><p>São adequadas para resumir observações de uma variável qualitativa ou quantitativa discreta, desde que esta apresente um</p><p>conjunto pequeno de diferentes valores. Exemplo:</p><p>Estaturas dos alunos do Colégio Z</p><p>Fonte: Dados</p><p>fictícios</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>8</p><p>Tabelas de frequências em faixas de valores</p><p>Para agrupar dados de uma variável quantitativa contínua ou até mesmo uma variável quantitativa discreta com muitos</p><p>valores diferentes, a tabela de frequências simples não é mais um método de resumo, pois corremos o risco de praticamente</p><p>reproduzir os dados brutos.</p><p>Utilizando este procedimento, devemos tomar cuidado pois ao contrário da tabela de frequência simples, não é mais possível</p><p>reproduzir a lista de dados a partir da organização tabular.</p><p>Exemplo:</p><p>O resumo da tabela é feito mediante a construção de 6 intervalos de comprimento igual a 2 horas e posteriormente a</p><p>contagem de indivíduos com valores identificados ao intervalo. Um indivíduo que gastou 6 horas semanais de exercício será</p><p>contado no quarto intervalo (6|–8) que inclui o valor 6 e exclui o valor 8.</p><p>Para acharmos esses valores vamos fazer uso das seguintes informações:</p><p>- Determinar a quantidade de classes(k)</p><p>- Calcular a amplitude das classes(h):</p><p>**Calcule a amplitude do conjunto de dados: L = xmáx–xmín</p><p>**Calcule a amplitude (largura) da classe: h = L / k</p><p>Arredonde convenientemente</p><p>- Calcular os Limites das Classes</p><p>- Limite das classes</p><p>Utilize a notação: [x,y) –intervalo de entre x (fechado) até y (aberto)</p><p>Frequentemente temos que “arredondar “a amplitude das classes e, consequentemente, arredondar também os limites</p><p>das classes. Como sugestão, podemos tentar, se possível, um ajuste simétrico nos limites das classes das pontas nas quais,</p><p>usualmente, a quantidade de dados é menor.</p><p>- Ponto médio das classes</p><p>xk= (Lsuperior–Linferior) / 2</p><p>6 - CORRELAÇÃO LINEAR SIMPLES.</p><p>Correlação: mostra a força que mantém duas variáveis unidas.</p><p>Correlação linear pode ser classificada:</p><p>•	 Direta (positiva): se aumentarmos uma variável, a outra também aumentará</p><p>•	 Inversa (negativa): se aumentarmos uma variável, a outra diminuirá</p><p>•	 Inexistente (nula): não existente correlação entre as variáveis</p><p>•	 Perfeita: os fenômenos se ajustam perfeitamente a uma reta</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>9</p><p>Vejamos graficamente.</p><p>Gráficos de Correlação</p><p>Coeficiente de correlação linear de Pearson</p><p>Dando continuidade, o coeficiente de correlação linear de Pearson mede o quão forte é a relação entre as duas variáveis</p><p>(X e Y).</p><p>coeficiente de correlação linear de Pearson</p><p>O somatório pode ser descrito alternativamente da seguinte forma:</p><p>somatório</p><p>Para simplificar podemos descrevê-la simplesmente como:</p><p>Forma simplificada coeficiente de Pearson</p><p>Também podemos encontrar o coeficiente de Pearson pela covariância entre as duas variáveis dividida pelo desvio padrão.</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>10</p><p>coeficiente de Pearson pela covariância</p><p>Ainda, é importante lembrar que o coeficiente de correlação de Pearson pode assumir quaisquer valores entre 1 e -1.</p><p>Obs.: Caso o coeficiente de Pearson for igual a zero, não podemos dizer necessariamente que não há relação, pois ela</p><p>também poderá ser não-linear.</p><p>Vamos ver um exemplo numérico da utilização da fórmula.</p><p>Exemplo:</p><p>Exemplo1</p><p>Teremos como média de X</p><p>= (6,50 + 7,50 + 8,00 + 8,50 + 9,50) / 5</p><p>= 8</p><p>E média de Y</p><p>(7,00 + 8,00 + 8,00 + 9,00 + 10,00) / 5</p><p>= 8,40</p><p>OK, agora veja os valores dos desvios do evento e a média, além dos demais valores que utilizaremos na fórmula.</p><p>Tabela auxiliar</p><p>Assim, teremos que:</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>11</p><p>Cálculos</p><p>r = 5 / (5 x 5,2)^-2</p><p>r = 0,9805 (aproximadamente)</p><p>Propriedades do Coeficiente de Correlação</p><p>Agora vejamos duas importantes propriedades do Coeficiente de Correlação.</p><p>•	 1ª Propriedade: não sofre alteração quando uma constante é adicionada /subtraída uma variável.</p><p>•	 2ª Propriedade: não sofre alteração quando uma constante é multiplicada/dividida. Entretanto, constantes com</p><p>sinais contrários, o coeficiente mudará de sinal.</p><p>Essa segunda propriedade pode ser um pouco mais difícil de entender, então vamos exemplificar. Para simplificarmos, saiba</p><p>que o coeficiente de Pearson para os dados a seguir é igual a 1.</p><p>Exemplo 2</p><p>Agora vamos multiplicar os valores de X por -2 e Y por +2.</p><p>Cálculos – Exemplo 2</p><p>Teremos as seguintes médias</p><p>Média de X = (2+ 4 + 6 + 8 + 10) / 5</p><p>Média de X = 6</p><p>Média de Y = [(-12) + (-14) + (-16) + (-18) + (-20)] / 5</p><p>Média de Y = -16</p><p>Utilizando a tabela auxiliar de cálculo, assim como já fizemos teremos que:</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>12</p><p>tabela auxiliar – exemplo 2</p><p>r = – 40 x (40 x 40)^-2</p><p>ou seja,</p><p>r (2x, -2Y) = -1</p><p>Veja que o valor do coeficiente não mudou, entretanto seu sinal foi alterado.</p><p>7 - CIÊNCIA DE DADOS, PEOPLE ANALYTICS.</p><p>Criada para resolver a dor de diversos negócios extraindo valor dos dados, a ciência de dados é um dos campos mais inte-</p><p>ressantes que existem hoje – e é altamente relacionada com a estruturação de uma área de People Analytics.</p><p>Qual o ponto de encontro entre Ciência de Dados e People Analytics?</p><p>Ciência de dados é uma área que combina vários campos, incluindo estatística, métodos científicos, Inteligência Artificial</p><p>(IA) e Análise de Dados. Tudo para extrair valor para as empresas, que possuem uma enorme quantidade de dados armazena-</p><p>dos e nem sempre sabem como gerar insights que podem ajudar em melhores tomadas de decisão e identificação de tendências</p><p>para os negócios.</p><p>A partir dessa descrição já é possível encontrar um ponto em comum entre a área de Ciência de Dados e People Analytics</p><p>– uma vez que a Gestão de Pessoas é também uma área que possui uma grande quantidade de dados pulverizados em diversos</p><p>pontos (ERP, R&S, AD, e-mails, entre outros) e, com People Analytics, é possível extrair valor desses dados,diagnosticando pa-</p><p>drões de comportamento para a tomada de ação mais assertiva. Sendo assim, podemos aferir que People Analytics é a apli-</p><p>cação de Ciência de Dados para RH.</p><p>Entretanto, esses dados muitas vezes ainda estão apenas em bancos e/ou data lakes, em sua maioria intocados, o que repre-</p><p>senta um grande potencial acumulado de inteligência para o negócio que acaba sendo desperdiçado</p><p>Relação entre o funcionamento das áreas de Ciência de Dados e People Analytics</p><p>Para entender como funciona o processo de trabalho em Ciência de Dados, podemos ilustrar de forma simples com a ima-</p><p>gem abaixo:</p><p>Fonte: https://towardsdatascience.com/the-data-science-process-a19eb7ebc41b</p><p>Primeiramente, temos a coleta e tratamento de dados. Após serem tratados, os dados são explorados para que seja possível</p><p>entender o que há neles e como se relacionam. A partir dessas constatações, pode ser construído um modelo preditivo e, poste-</p><p>riormente, aplicado na organização.</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>13</p><p>Contextualizando o processo com People Analytics</p><p>Trazendo para o contexto de People Analytics, em um</p><p>caso de investigação de taxa alta de pedidos de desligamen-</p><p>to, seriam coletados os dados de diversas fontes, como o ERP</p><p>(Sistema de Gestão Integrada), a plataforma de Recrutamen-</p><p>to e Seleção, pesquisas de clima e avaliações de desempenho.</p><p>Para retirar possíveis erros e separar o público que real-</p><p>mente queremos analisar (excluindo estagiários e aprendi-</p><p>zes, por exemplo), as bases seriam tratadas e esses dados</p><p>transformados para que consigamos integrar as bases, ou</p><p>seja, analisá-las em conjunto.</p><p>Agora, com as bases concatenadas, realizamos análises</p><p>exploratórias, que podem ser de menor complexidade(como</p><p>análise das médias, medianas e desvio-padrão), ou de maior</p><p>complexidade também (como correlações e regressões).</p><p>Entendendo os dados e como eles se relacionam, usamos</p><p>Inteligência Artificial para construir modelos preditivos e es-</p><p>colhemos o que é mais adequado para a empresa.</p><p>Quais os principais erros que um projeto de Ciência</p><p>de Dados e People Analytics podem compartilhar?</p><p>Assim como na Ciência de Dados, o ponto mais funda-</p><p>mental do trabalho de People Analytics é identificar e resol-</p><p>ver problemas de negócio. Por isso, é um grande erro tratar</p><p>os dados que estão disponíveis e passar para os analistas “en-</p><p>contrarem o que der”.</p><p>Primeiramente, se não há um problema</p><p>de negócio para</p><p>ser resolvido, não seria necessária a análise de dados – geran-</p><p>do desperdício de recursos essenciais à empresa, como tem-</p><p>po e dinheiro. Em segundo lugar, se a análise não parte de um</p><p>problema real, você não sabe o que procurar ou como tratar.</p><p>E, ainda que você encontre algo pesquisando em “mar</p><p>aberto” nos dados, pode aplicar a solução errada para o pro-</p><p>blema detectado – é o caso da empresa que encontra um</p><p>problema de turnover voluntário e decide aumentar o salário</p><p>de todos os talentos da companhia, o que pode aumentar a</p><p>sensação de reconhecimento, mas não necessariamente a</p><p>retenção.</p><p>Os 5 objetivos para estruturar uma área de People</p><p>Analytics</p><p>Vamos considerar uma empresa que ainda não tem ini-</p><p>ciativas de People Analytics e está pensando em começar até</p><p>atingir um alto nível de maturidade, em que os dados são</p><p>usados corriqueiramente para a tomada de decisão. Para isso,</p><p>será necessário atingir 5 objetivos:</p><p>1. Resolver problemas de negócio</p><p>2. Conquistar os stakeholders</p><p>3. Automatizar a coleta e o tratamento dos dados</p><p>4. Realizar análises e construir modelos simples e fá-</p><p>ceis de interpretar</p><p>5. Massificar as análises de dados</p><p>O caminho para People Analytics</p><p>Para atingir os 5 objetivos citados, desenvolvemos um</p><p>caminho ideal, baseado no que observamos em outras em-</p><p>presas e também no que aprendemos em nossa jornada de</p><p>Startup:</p><p>•	 encontrar um problema de negócio que pode ser re-</p><p>solvido nas primeiras entregas (que serão feitas consideran-</p><p>do a estrutura e recursos já existentes);</p><p>•	 criação de dashboards manuais para que o RH e os</p><p>gestores possam manipular e entender o valor do trabalho;</p><p>•	 montagem e automação do tratamento dos dados</p><p>(usando Data lakes ou Data Warehouses);</p><p>•	 escalabilidade da operação, a partir de projetos re-</p><p>correntes de People Analytics.</p><p>Caso sua empresa não possua pessoas com a habilida-</p><p>de de fazer o tratamento e automação de, bem como a cria-</p><p>ção das dashboards, um caminho possível é contar com um</p><p>fornecedor especializado na área – o que geralmente é uma</p><p>solução mais econômica em tempo e recursos. Assim, sua</p><p>equipe estaria livre para realizar atividades mais estratégicas.</p><p>Resumindo a relação entre Ciência de Dados e People</p><p>Analytics</p><p>Assim como a Ciência de Dados extrai informações rele-</p><p>vantes de bancos de dados imensos e gera insights para as</p><p>empresas, People Analytics utiliza os dados como suporte</p><p>para embasar as operações de Gestão de Pessoas.</p><p>Isso quer dizer que People Analytics dá um passo além,</p><p>que é o uso das informações e evidências colhidas para a</p><p>tomada de decisão – isso é, um RH data-driven. Ainda assim,</p><p>todo o fluxo de trabalho da definição do problema até os insi-</p><p>ghts é a aplicação pura da Ciência de Dados.1</p><p>8 - MODELOS PREDITIVOS. (INFERÊNCIA NA RE-</p><p>GRESSÃO, ANÁLISE DE VARIÂNCIA E COVARIÂNCIA,</p><p>CRITÉRIOS DE SIGNIFICÂNCIA).</p><p>Regressão linear</p><p>Consiste na realização de uma análise estatística com o</p><p>objetivo de verificar a existência de uma relação funcional</p><p>entre uma variável dependente com uma ou mais variáveis</p><p>independentes. Em outras palavras consiste na obtenção de</p><p>uma equação que tenta explicar a variação da variável depen-</p><p>dente pela variação do(s) nível(is) da(s) variável(is) indepen-</p><p>dente(s).</p><p>Para tentar estabelecer uma equação que representa o</p><p>fenômeno em estudo pode-se fazer um gráfico, chamado de</p><p>diagrama de dispersão, para verificar como se comportam os</p><p>valores da variável dependente (Y) em função da variação da</p><p>variável independente (X).</p><p>O comportamento de Y em relação a X pode se apresentar</p><p>de diversas maneiras: linear, quadrático, cúbico, exponencial,</p><p>logarítmico, etc.... Para se estabelecer o modelo para explicar</p><p>o fenômeno, deve-se verificar qual tipo de curva e equação</p><p>de um modelo matemático que mais se aproxime dos pontos</p><p>representados no diagrama de dispersão.</p><p>No entanto o modelo escolhido deve ser coerente com o</p><p>que acontece na prática. Para isto, deve-se levar em conta as</p><p>seguintes considerações no momento de se escolher o mo-</p><p>delo:</p><p>- O modelo selecionado deve ser condizente tanto no</p><p>grau como no aspecto da curva, para representar em termos</p><p>práticos, o fenômeno em estudo;</p><p>- O modelo deve conter apenas as variáveis que são rele-</p><p>vantes para explicar o fenômeno;</p><p>Os pontos do diagrama de dispersão ficam um pouco</p><p>distantes da curva do modelo matemático escolhido. Um dos</p><p>métodos que se pode utilizar para obter a relação funcional,</p><p>se baseia na obtenção de uma equação estimada de tal forma</p><p>que as distâncias entre os pontos do diagrama e os pontos</p><p>da curva do modelo matemático, no todo, sejam as menores</p><p>possíveis. Este método é denominado de Método dos Míni-</p><p>mos Quadrados (MMQ). Em resumo por este método a soma</p><p>1 https://saltrh.com/2021/08/17/ciencia-dados-people-analytics/</p><p>2 Prof. Luiz Alexandre Peternelli – INF 162</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>14</p><p>de quadrados das distâncias entre os pontos do diagrama e os respectivos pontos na curva da equação estimada é minimizada,</p><p>obtendo-se, desta forma, uma relação funcional entre X e Y, para o modelo escolhido, com um mínimo de erro possível.</p><p>Ao se construí um diagrama de dispersão, não sabemos o comportamento da reta em relação aos pontos grafados. Para</p><p>tanto, devemos calcular o ajustamento da reta aos pontos. Alguns exemplos de diagramas de dispersão com o ajustamento da</p><p>reta aos pontos:</p><p>Ajustamento da reta aos pontos grafados</p><p>Para ajustar a reta aos pontos grafados em um diagrama de dispersão, os estatísticos usam as seguintes equações:</p><p>Modelo linear de 1º grau (Regressão Linear Simples)</p><p>O modelo estatístico para esta situação seria:</p><p>em que:</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>15</p><p>Para se obter a equação estimada, vamos utilizar o MMQ, visando a minimização dos erros. Assim, tem-se que:</p><p>elevando ambos os membros da equação ao quadrado,</p><p>aplicando o somatório,</p><p>Por meio da obtenção de estimadores de β0 e β1, que minimizem o valor obtido na expressão anterior, é possível alcançar</p><p>a minimização da soma de quadrados dos erros. Para se encontrar o mínimo para uma equação, deve-se derivá-la em relação à</p><p>variável de interesse e igualá-la a zero. Derivando então a expressão em relação a β0 e β1, e igualando-as a zero, poderemos obter</p><p>duas equações que, juntas, vão compor o chamado sistemas de equações normais. A solução desse sistema fornecerá:</p><p>Uma vez obtidas estas estimativas, podemos escrever a equação estimada:</p><p>ESTIMADORES DE MÍNIMOS QUADRADO</p><p>Estimadores de Mínimos Quadrados</p><p>O método de estimação por mínimos quadrados consiste em minimizar o quadrado das diferenças entre os valores obser-</p><p>vados de uma amostra e seus respectivos valores esperados.</p><p>Análise de variância</p><p>A análise de variância é um teste estatístico amplamente difundido entre os analistas, e visa fundamentalmente verificar se</p><p>existe uma diferença significativa entre as médias e se os fatores exercem influência em alguma variável dependente. Os fatores</p><p>propostos podem ser de origem qualitativa ou quantitativa, mas a variável dependente necessariamente deverá ser contínua.</p><p>A principal aplicação da ANOVA (analysis of variance) é a comparação de médias oriundas de grupos diferentes, também</p><p>chamados tratamentos, como por exemplo médias históricas de questões de satisfação, empresas que operam simultaneamente</p><p>com diferentes rendimentos, entre muitas outras aplicações.</p><p>Existem dois métodos para calcular-se a variância: dentro de grupos (MQG) e a variância das médias (MQR). Em uma Anova,</p><p>calcula-se esses dois componentes de variância. Se a variância calculada usando a média (MQR) for maior do que a calculada</p><p>(MQG) usando os dados pertencentes a cada grupo individual, isso pode indicar que existe uma diferença significativa entre os</p><p>grupos.</p><p>Existem dois tipos de problemas a serem resolvidos através da Anova: a níveis fixos ou a níveis aleatórios. A aleatoriedade</p><p>determinada a questão do problema.</p><p>Na grande maioria dos casos trata-se de níveis fixos, afinal o segundo tipo de problema (aleatório) somente</p><p>07</p><p>6 - Ciência de dados. .............................................................................................................................................................................................................. 10</p><p>7 - Senso colaborativo e disposição para somar pontos de dista divergentes. ............................................................................................... 12</p><p>8 – Pensamento computacional. ....................................................................................................................................................................................... 14</p><p>9 - Análise de Negócios. ....................................................................................................................................................................................................... 15</p><p>10 – Liderança, autoliderança e liderança de equipes.............................................................................................................................................. 16</p><p>11 - Autodesenvolvimento. ................................................................................................................................................................................................. 19</p><p>12 - Experiência do consumidor (Customer experience). ............................................................................................................... 20</p><p>13 – Inteligência emocional. .............................................................................................................................................................. 22</p><p>14 - Desenvolvimento sustentável (Pacto global e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS). ....................................... 27</p><p>15 - Objetivos-chaves para resultados (OKR). .................................................................................................................................. 29</p><p>16 - Gestão do tempo e produtividade. .......................................................................................................................................................................... 32</p><p>17 - Técnicas e boas práticas para o trabalho à distância. ...................................................................................................................................... 36</p><p>18 – Aprender a aprender e Aprendizagem contínua (Life long learning). .................................................................................... 37</p><p>Médio</p><p>CAIXA ECONÔMICA FEDERAL</p><p>Técnico Bancário Novo</p><p>Apostilas Moderna</p><p>Atendimento Bancário</p><p>1 - Ações para aumentar o valor percebido pelo cliente. ........................................................................................................................................01</p><p>2 - Gestão da experiência do cliente. ...............................................................................................................................................................................03</p><p>3 - Técnicas de vendas: da pré-abordagem ao pós-vendas. ...................................................................................................................................05</p><p>4 - Noções de marketing digital: geração de leads; técnica de copywriting; gatilhos mentais; Inbound marketing. .................. 17</p><p>5 - Ética e conduta profissional em vendas. ...................................................................................................................................... 25</p><p>6 - Clientecentrismo. .............................................................................................................................................................................................................27</p><p>7 - Padrões de qualidade no atendimento aos clientes, escuta ativa e empática, clareza, objetividade e cortesia na comunica-</p><p>ção. .............................................................................................................................................................................................................................................. 29</p><p>8 - Atendimento qualificado por canais remotos. ............................................................................................................................ 36</p><p>9 - Comportamento do consumidor e sua relação com vendas e negociação. ................................................................................................37</p><p>10 - Política de Relacionamento com o Cliente: Resolução n°. 4.539 de 24 de novembro de 2016 e Resolução CMN 4.949/21.38</p><p>11 - Resolução CMN nº 4.860, de 23 de outubro de 2020 que dispõe sobre a constituição e o funcionamento de componente</p><p>organizacional de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do</p><p>Brasil. ..........................................................................................................................................................................................................................................41</p><p>12 - Resolução CMN nº 3.694/2009 e alterações. ............................................................................................................................ 44</p><p>13 - Diversidade e Inclusão: Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência): Lei nº</p><p>13.146, de 06 de julho de 2015. .......................................................................................................................................................................................44</p><p>14 - Código de Proteção e Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078/1990 (versão atualizada). ......................................................... 46</p><p>15 - Autorregulação bancária: SARB nº 004/2009 - Normativo de atendimento ao consumidor na rede de agências bancárias.</p><p>SARB 023/2020 - normativo de relacionamento com o consumidor idoso, Lei n° 10.741 de 2003 - Estatuto do Idoso, assim como</p><p>as 13.466/2017 (acima de 80 anos) e 14.364/2022 (acompanhantes de idosos), SARB 024/2021 - normativo de relacionamen-</p><p>to com consumidores potencialmente vulneráveis. ................................................................................................................................................48</p><p>16 - Lei n° 12.764 de 2012 sobre atendimento prioritário a pessoas com transtorno do espectro autista. .......................................52</p><p>17 - Decreto nº 8.727 de 2016 dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas tra-</p><p>vestis e transexuais. ..............................................................................................................................................................................................................53</p><p>18 - Decreto nº 5.296 de 2004 relacionado à prioridade de atendimento às pessoas que especifica e promove a acessibilidade</p><p>das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, Decreto nº 5.904 de 2006 sobre o direito da pessoa com</p><p>deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhada de cão-guia. .................................. 54</p><p>Prova Anterior</p><p>CESGRANRIO - 2021 - Caixa - Técnico Bancário Novo ..................................................................................................................... 01</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>1 - Compreensão e interpretação de textos. ................................................................................................................................................................ 01</p><p>2 - Argumentação e persuasão.......................................................................................................................................................................................... 03</p><p>3 - Comunicação assertiva: Linguagem simples, concisa, objetiva; ....................................................................................................................</p><p>surgirá quando</p><p>ocorrer um estudo envolvendo uma escolha aleatória de fatores (em 10 lotes de produção, escolhe-se apenas 5, entre 15 máqui-</p><p>nas de um total de 20, por exemplo).</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>16</p><p>- SQT = SQG + SQR (mede a variação geral de todas as observações).</p><p>- SQT é a soma dos quadrados totais, decomposta em:</p><p>- SQG soma dos quadrados dos grupos (tratamentos), associada exclusivamente a um efeito dos grupos</p><p>- SQR soma dos quadrados dos resíduos, devidos exclusivamente ao erro aleatório, medida dentro dos grupos.</p><p>- MQG = Média quadrada dos grupos</p><p>- MQR = Média quadrada dos resíduos (entre os grupos)</p><p>- SQG e MQG: medem a variação total entre as médias</p><p>- SQR e MQR: medem a variação das observações de cada grupo</p><p>f = MQG</p><p>MQR</p><p>N – 1=(K – 1) + (N – K)</p><p>SQT = SQG + SQR</p><p>MQG = SQG (K – 1)</p><p>A hipótese nula sempre será rejeitada quando f calculado for maior que o valor tabelado. Da mesma forma, se MQG for</p><p>maior que MQR, rejeita-se a hipótese nula.</p><p>Quadro</p><p>Se o teste f indicar diferenças significativas entre as médias, e os níveis forem fixos, haverá interesse em identificar quais as</p><p>médias que diferem entre si.</p><p>Calcular o desvio padrão das médias;</p><p>Sx = , ,onde nc é a soma do número de cada variável (grupo) dividido pelo número de variáveis.</p><p>Calcular o limite de decisão (ld)</p><p>3 x Sx</p><p>Ordenar as médias em ordem crescente ou decrescente e compara-las duas a duas. A diferença será significativa se for</p><p>maior que Ld.</p><p>Se o teste f indicar diferenças significativas entre as médias, e os níveis forem aleatórios, haverá interesse em identificar a</p><p>estimativa dos componentes de variação.</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>17</p><p>O valor encontrado acima indicará a variabilidade total entre grupos, indicando se é considerado significativa ou não.</p><p>Método da Máxima Verosimilhança</p><p>- Aplicado para as distribuições Poisson e Normal</p><p>- Função de Maxima Verosimilhança L =</p><p>- Probabilidade(Y1 = y1, …, Yn = yn | Θ1, …, ΘR) = π(n=1 → N) P(Yn = yn | Θ1, …, ΘR) (caso discreto)</p><p>- fX1, …, Xn|Θ1, …, ΘR (x1, …, Xn) = π(n=1 → N)fXn|Θ1, …, ΘR (caso contínuo)</p><p>Estimativa MV de Θ : dL(Θ) / dΘ = 0</p><p>Vantagens dos estimadores VM</p><p>- São, em geral, consistentes</p><p>- As suas distribuições são, frequentemente, assimptoticamente normais</p><p>- Tendem a ser não-enviesados e eficientes, à medida que a dimensão das amostras crescem.</p><p>RESÍDUOS</p><p>Análise dos Resíduos</p><p>Tanto na Regressão Linear Simples quanto na Regressão Múltipla, as suposições do modelo ajustado precisam ser vali-</p><p>dadas para que os resultados sejam confiáveis. Chamamos de Análise dos Resíduos um conjunto de técnicas utilizadas para</p><p>investigar a adequabilidade de um modelo de regressão com base nos resíduos. Como visto anteriormente, o resíduo é</p><p>dado pela diferença entre a variável resposta observada e a variável resposta estimada , isto é</p><p>A ideia básica da análise dos resíduos é que, se o modelo for apropriado, os resíduos devem refletir as propriedades impos-</p><p>tas pelo termo de erro do modelo. Tais suposições são</p><p>em que com</p><p>i. e são independentes ;</p><p>ii. (constante);</p><p>iii. (normalidade);</p><p>iv. Modelo é linear;</p><p>v. Não existir outliers (pontos atípicos) influentes.</p><p>Na Regressão Múltipla, além das suposições listadas acima, precisamos diagnosticar colinearidade e multicolinearidade</p><p>entre as variáveis de entrada para que a relação existente entre elas não interfira nos resultados, causando inferências errôneas</p><p>ou pouco confiáveis.</p><p>As técnicas utilizadas para verificar as suposições descritas acima podem ser informais (como gráficos) ou formais (como</p><p>testes). As técnicas gráficas, por serem visuais, podem ser subjetivas e por isso técnicas formais são mais indicadas para a</p><p>tomada de decisão. O ideal é combinar as técnicas disponíveis, tanto formais quanto informais, para o diagnóstico de problemas</p><p>nas suposições do modelo.</p><p>Algumas técnicas gráficas para análise dos resíduos são:</p><p>- Gráfico dos resíduos versus valores ajustados: verifica a homoscedasticidade do modelo, isto é, σ2 constante.</p><p>- Gráfico dos resíduos versus a ordem de coleta dos dados: avaliar a hipótese de independência dos dados.</p><p>- Papel de probabilidade normal: verificar a normalidade dos dados.</p><p>- Gráfico dos Resíduos Studentizados versus valores ajustados: verifica se existem outliers em Y.</p><p>- Gráfico dos Resíduos Padronizados versus valores ajustados: verifica se existem outliers em Y.</p><p>- Gráfico do Leverage (Diagonal da Matriz H): verifica se existem outliers em X.</p><p>Para a análise formal dos resíduos, podemos realizar os seguintes testes:</p><p>- Testes de Normalidade em que detalhes estão contidos no conteúdo de Inferência.</p><p>- Teste de Durbin-Watson para testar independência dos resíduos.</p><p>- Teste de Breusch-Pagan e Goldfeld-Quandt para testar se os resíduos são homoscedásticos.</p><p>- Teste de falta de ajuste para verificar se o modelo ajustado é realmente linear.</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>18</p><p>Para cada suposição do modelo, vamos mostrar detalha-</p><p>damente as técnicas para diagnóstico.</p><p>QUESTÕES</p><p>1. (TJ-PA - Analista Judiciário – Estatística - CESPE –</p><p>2020) A tabela a seguir apresenta dados referentes às idades</p><p>dos funcionários de determinada empresa. Nessa tabela, a</p><p>população da empresa está dividida em 8 estratos, conforme</p><p>determinados intervalos de idade.</p><p>A partir dessas informações, assinale a opção correta.</p><p>A) A Uma amostra estratificada de 100 elementos que</p><p>seja selecionada com base na alocação proporcional será</p><p>composta por menos de 15 homens com idade entre 20 e 30</p><p>anos.</p><p>B) Considerando-se um erro amostral tolerável de 4%, o</p><p>tamanho mínimo de uma amostra aleatória simples deve ser</p><p>inferior a 162.</p><p>C) Se uma amostra estratificada de 120 elementos for</p><p>selecionada com base na alocação proporcional, então mais</p><p>da metade dos elementos dessa amostra serão homens.</p><p>D) Uma amostra estratificada de 112 elementos que seja</p><p>selecionada com base na alocação uniforme será composta</p><p>por 55 homens e 57 mulheres.</p><p>E) Considerando-se um erro amostral tolerável de 5%, o</p><p>tamanho mínimo de uma amostra aleatória simples deve ser</p><p>igual a 142.</p><p>2. (TJ-PA - Analista Judiciário – Estatística - CESPE</p><p>– 2020) Uma pesquisa foi realizada em uma população</p><p>dividida em dois estratos, A e B. Uma amostra da população</p><p>foi selecionada utilizando-se a técnica de amostragem</p><p>estratificada proporcional, em que cada estrato possui um</p><p>sistema de referências ordenadas. A seguir, são apresentadas</p><p>as formas como as unidades populacionais de A e de B foram</p><p>selecionadas, respectivamente.</p><p>• A primeira unidade populacional selecionada do estrato</p><p>A foi a terceira. Em seguida, cada unidade populacional</p><p>foi selecionada a partir da primeira, adicionando-se 5</p><p>unidades. Dessa forma, a segunda unidade selecionada foi</p><p>a oitava, e assim por diante, até a obtenção de 10 unidades</p><p>populacionais.</p><p>• A primeira unidade populacional selecionada do</p><p>estrato B foi a quarta. Após, cada unidade populacional foi</p><p>selecionada a partir da primeira, adicionando-se 6 unidades.</p><p>Dessa forma, a segunda unidade selecionada foi a décima, e</p><p>assim por diante, até a obtenção de 7 unidades populacionais.</p><p>A partir dessas informações, é correto afirmar que</p><p>A) a população possui, no mínimo, 88 elementos.</p><p>B) a técnica de amostragem aleatória simples foi utilizada</p><p>para selecionar a amostra de cada estrato.</p><p>C) a amostra possui, no mínimo, 92 unidades</p><p>populacionais.</p><p>D) o estrato B possui mais unidades populacionais que</p><p>o estrato A.</p><p>E) o intervalo de amostragem no estrato A possui</p><p>amplitude maior que o intervalo de amostragem no estrato B.</p><p>3. (TJ-PA - Analista Judiciário – Estatística - CESPE</p><p>– 2020) Ao analisar uma amostra aleatória simples</p><p>composta de 324 elementos, um pesquisador obteve, para os</p><p>parâmetros média amostral e variância amostral, os valores</p><p>175 e 81, respectivamente.</p><p>Nesse caso, um intervalo de 95% de confiança de μ é</p><p>dado por</p><p>A) (166,18; 183,82).</p><p>B) (174,02; 175,98).</p><p>C) (174,51; 175,49).</p><p>D) (163,35; 186,65).</p><p>E) (174,1775; 175,8225).</p><p>4. (TJ-PA - Analista Judiciário – Estatística - CESPE</p><p>–</p><p>2020) Para realizar uma pesquisa a respeito da qualidade</p><p>do ensino de matemática nas escolas públicas de um estado,</p><p>selecionaram aleatoriamente uma escola de cada um dos</p><p>municípios desse estado e aplicaram uma mesma prova de</p><p>matemática a todos os estudantes do nono ano do ensino</p><p>fundamental de cada uma dessas escolas.</p><p>Nesse caso, foi utilizada a amostragem</p><p>A) sistemática.</p><p>B) aleatória simples.</p><p>C) por conglomerados em um estágio.</p><p>D) por conglomerados em dois estágios.</p><p>E) estratificada.</p><p>5. (TJ-PA - Analista Judiciário – Estatística - CESPE –</p><p>2020) Uma fábrica de cerveja artesanal possui uma máquina</p><p>para envasamento regulada para encher garrafas de 800</p><p>mL. Esse mesmo valor é utilizado como média µ, com desvio</p><p>padrão fixo no valor de 40 mL. Com o objetivo de manter um</p><p>padrão elevado de qualidade, periodicamente, é retirada da</p><p>produção uma amostra de 25 garrafas para se verificar se o</p><p>volume envazado está controlado, ou seja, com média µ = 800</p><p>mL. Para os testes, fixa-se o nível de significância α = 1%, o</p><p>que dá valores críticos de z de - 2,58 e 2,58.</p><p>Com base nessas informações, julgue os seguintes itens.</p><p>I É correto indicar como hipótese alternativa H1: µ # 800</p><p>mL, pois a máquina poderá estar desregulada para mais ou</p><p>para menos.</p><p>II Caso uma amostra apresente média de 778 mL, os</p><p>técnicos poderão parar a produção para a realização de nova</p><p>regulagem, pois tal valor está dentro da região crítica para o</p><p>teste.</p><p>III A produção não precisaria ser paralisada caso uma</p><p>amostra apresentasse média de 815 mL, pois este valor está</p><p>fora da região crítica para o teste.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>A) Apenas o item I está certo.</p><p>B) Apenas o item II está certo.</p><p>C) Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>D) Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>E) Todos os itens estão certos.</p><p>6. (TJ-PA - Analista Judiciário – Estatística - CESPE –</p><p>2020) O teste de hipóteses se assemelha ao julgamento de</p><p>um crime. Em um julgamento, há um réu, que inicialmente</p><p>se presume inocente. As provas contra o réu são, então,</p><p>apresentadas, e, se os jurados acham que são convincentes,</p><p>sem dúvida alguma, o réu é considerado culpado. A presunção</p><p>de inocência é vencida.</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>19</p><p>Michael Barrow. Estatística para economia, contabilidade</p><p>e administração. São Paulo: Ática, 2007, p. 199 (com</p><p>adaptações).</p><p>João foi julgado culpado pelo crime de assassinato e</p><p>condenado a cumprir pena de 20 anos de reclusão. Após 10</p><p>anos de prisão, André, o verdadeiro culpado pelo delito pelo</p><p>qual João fora condenado, confessou o ilícito e apresentou</p><p>provas irrefutáveis de que é o verdadeiro culpado,</p><p>exclusivamente.</p><p>Considerando a situação hipotética apresentada e o</p><p>fragmento de texto anterior, julgue os itens que se seguem.</p><p>I Pode-se considerar que a culpa de João seja uma</p><p>hipótese alternativa.</p><p>II No julgamento, ocorreu um erro conhecido nos testes</p><p>de hipótese como erro do tipo I.</p><p>III Se a hipótese nula fosse admitida pelos jurados como</p><p>verdadeira e fosse efetivamente João o culpado pelo crime, o</p><p>erro cometido teria sido o chamado erro do tipo II.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>A) Apenas o item I está certo.</p><p>B) Apenas o item II está certo.</p><p>C) Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>D) Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>E) Todos os itens estão certos.</p><p>7. (TJ-PA - Analista Judiciário – Estatística- CESPE</p><p>– 2020) Para determinado experimento, uma equipe de</p><p>pesquisadores gerou 20 amostras de tamanho n = 25 de</p><p>uma distribuição normal, com média µ = 5 e desvio padrão</p><p>σ = 3. Para cada amostra, foi montado um intervalo de</p><p>confiança com coeficiente de 0,95 (ou 95%). Com base nessas</p><p>informações, julgue os itens que se seguem.</p><p>I Os intervalos de confiança terão a forma βi ± 1,176, em</p><p>que βi é a média da amostra i.</p><p>II Para todos os intervalos de confiança, βi + µ</p><p>βi - , sendo g a margem de erro do estimador.</p><p>III Se o tamanho da amostra fosse maior, mantendo-se</p><p>fixos os valores do desvio padrão e do nível de confiança,</p><p>haveria uma redução da margem de erro .</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>A) Apenas o item II está certo.</p><p>B) Apenas os itens I e II estão certos.</p><p>C) Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>D) Apenas os itens II e III estão certos</p><p>E) Todos os itens estão certos.</p><p>8. (AL-AP - Analista Legislativo – Economista - FCC –</p><p>2020) Em uma empresa de determinado ramo de atividade,</p><p>utilizando o método de regressão linear, obteve-se a equação</p><p>de tendência (T) da série temporal abaixo.</p><p>Os dados apresentam 10 observações da série temporal</p><p>Y, que representa o faturamento de uma empresa, em milhões</p><p>de reais. Supõe-se que essa série é composta apenas de uma</p><p>tendência T e um ruído branco de média zero e variância</p><p>constante.</p><p>A tendência apresenta a forma T = a + bt, em que a e b</p><p>foram obtidos usando o método dos mínimos quadrados.</p><p>Considerando a equação obtida, tem-se que o acréscimo</p><p>no faturamento do ano t, com t > 1, para o ano (t + 1) é, em</p><p>milhões de reais, de</p><p>A) 1,2.</p><p>B) 1,5.</p><p>C) 0,6.</p><p>D) 2,4.</p><p>E) 1,8.</p><p>9. (EBSERH - Analista Administrativo – Estatística</p><p>- IBFC – 2020) Os dados abaixo referem-se ao tempo, em</p><p>horas, que 80 trabalhadores permaneceram na empresa.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta o tempo médio e a</p><p>mediana de permanência.</p><p>A) 10,75; 10,29</p><p>B) 10,75; 10,83</p><p>C) 10,00; 10,29</p><p>D) 11,00; 10,29</p><p>E) 11,75; 10,83</p><p>10. (Prefeitura de Vila Velha - ES - Analista Público de</p><p>Gestão – Economista - IBADE – 2020) Exemplos comuns de</p><p>medidas de dispersão estatística são:</p><p>I – média;</p><p>II – mediana;</p><p>III – variância;</p><p>IV - desvio padrão;</p><p>V - amplitude interquartil.</p><p>Está(ão) correta(s):</p><p>A) somente V</p><p>B) somente V e IV.</p><p>C) somente V, IV e III.</p><p>D) somente V, IV, III e II.</p><p>E) l, ll, lll, lV e V.</p><p>GABARITO</p><p>1. E</p><p>2. A</p><p>3. B</p><p>4. C</p><p>5. E</p><p>6. E</p><p>7. C</p><p>8. C</p><p>9. B</p><p>10. C</p><p>NOÇÕES DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA</p><p>20</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>____________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________________________________________________</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>1 - Prevenção à lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações; Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020 e Carta Cir-</p><p>cular nº 4.001, de 29 de janeiro de 2020 e suas alterações, Resolução CVM 50/2021. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01</p><p>2 - Conceitos e medidas de enfrentamento ao assédio moral e sexual.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .05</p><p>3 - Atitudes éticas, respeito, valores e virtudes; noções de ética empresarial e profissional. A gestão da ética nas empresas públi-</p><p>cas e privadas. Código de Ética, Conduta e integridade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .09</p><p>4 - Segurança da informação: fundamentos, conceitos e mecanismos de segurança; Segurança cibernética: Resolução CMN nº</p><p>4893, de 26 de fevereiro de 2021.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29</p><p>5 - Artigo 37 da Constituição Federal (Princípios constitucionais da Administração Pública: Princípios da legalidade, impessoa-</p><p>lidade, moralidade, publicidade e eficiência).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38</p><p>6 - Sigilo Bancário: Lei Complementar nº 105/2001 e suas alterações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40</p><p>7 - Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas alterações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42</p><p>8 - Legislação anticorrupção: Lei nº 12.846/2013 e Decreto nº 8.420/2015 e suas alterações.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46</p><p>9 - Política de Responsabilidade Socioambiental da Caixa Econômica Federal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53</p><p>10 - Boas práticas de governança corporativa.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .56</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>1</p><p>1 - PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO: LEI</p><p>Nº 9.613/98 E SUAS ALTERAÇÕES; CIRCULAR Nº</p><p>3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 E CARTA CIRCU-</p><p>LAR Nº 4.001, DE 29 DE JANEIRO DE 2020 E SUAS</p><p>ALTERAÇÕES, RESOLUÇÃO CVM 50/2021.</p><p>Ações do Estado e estratégias de combate ao crime</p><p>de lavagem de dinheiro</p><p>Nos anos 80, a prevenção da lavagem de dinheiro pas-</p><p>sou a ser considerada como uma estratégia prioritária para</p><p>o combate ao crime organizado e, em especial, ao narcotráfi-</p><p>co. Países e organismos internacionais passaram a incentivar</p><p>a adoção de medidas para inibir a proliferação desses crimes,</p><p>firmando diversos acordos internacionais, notadamente</p><p>após a Convenção de Viena, no âmbito das Nações Unidas,</p><p>em 1988. Essa Convenção, ratificada pelo Brasil por meio</p><p>do Decreto 154/1991, teve como objetivo promover a</p><p>cooperação internacional no trato das questões relacionadas</p><p>ao tráfico de entorpecentes.</p><p>Em 1989, foi criado o Grupo de Ação Financeira sobre La-</p><p>vagem de Dinheiro (GAFI/FATF), no âmbito da Organização</p><p>para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE),</p><p>com a finalidade de examinar medidas, desenvolver e pro-</p><p>mover políticas de combate à lavagem de dinheiro. O Brasil</p><p>passou a integrar o GAFI/FATF em 1999, como observador,</p><p>tornando-se membro efetivo em 2000.</p><p>O GAFI/FATF publicou as 40 Recomendações para pre-</p><p>venção e combate à lavagem de dinheiro. Posteriormente,</p><p>após os atentados de 11 de setembro de 2001, foram acres-</p><p>centadas outras nove recomendações voltadas para o com-</p><p>bate ao financiamento do terrorismo. Em 2012, as Recomen-</p><p>dações do GAFI foram revistas e consolidadas, formando um</p><p>conjunto único de 40 recomendações em substituição às</p><p>40+9 anteriores.</p><p>Paralelamente, a constatação da necessidade de coope-</p><p>ração internacional e da criação de um fórum de ajuda mú-</p><p>tua, com dados sobre operações suspeitas disponíveis em</p><p>uma rede de segurança máxima, levou à criação do Grupo de</p><p>Egmont, em 1995, que congregou Unidades de Inteligência</p><p>Financeira (UIFs) de vários países.</p><p>Na estrutura estatal brasileira de prevenção da lavagem</p><p>de dinheiro, destaca-se o Conselho de Controle de Atividades</p><p>Financeiras (Coaf), unidade de inteligência criada no âmbi-</p><p>to do Ministério da Fazenda pela Lei 9.613/98 (alterada pe-</p><p>las leis 10.701, de 9/7/2003 e 12.683 de 9/7/2012) e com</p><p>organização e estrutura definidos pelo Decreto 2.799/98.</p><p>Trata-se de um órgão de deliberação coletiva cujo plenário</p><p>é composto por representantes do Banco Central do Brasil</p><p>(BCB), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Supe-</p><p>rintendência de Seguros Privados (SUSEP), da Procurado-</p><p>ria-Geral da Fazenda</p><p>Nacional (PGFN), da Receita Federal do</p><p>Brasil (RFB) , da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN),</p><p>do Departamento de Polícia Federal (DPF), do Ministério das</p><p>Relações Exteriores (MRE), da Controladoria-Geral da União</p><p>(CGU), do Ministério da Previdência Social (MPS) e do Minis-</p><p>tério da Justiça - Departamento de Recuperação de Ativos e</p><p>Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).</p><p>São competências do COAF:</p><p>I) coordenar e propor mecanismos de cooperação e tro-</p><p>ca de informações que viabilizem ações rápidas e eficientes</p><p>na prevenção e no combate à ocultação ou à dissimulação de</p><p>bens, direitos e valores;</p><p>II) receber, examinar e identificar as ocorrências suspei-</p><p>tas de atividades ilícitas previstas na Lei;</p><p>III) disciplinar e aplicar penas administrativas a</p><p>empresas ligadas a setores que não possuem órgão regulador</p><p>ou fiscalizador próprio e;</p><p>IV) comunicar às autoridades competentes, para a ins-</p><p>tauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir pela</p><p>existência de fundados indícios da prática do crime de lava-</p><p>gem de dinheiro ou de qualquer outro crime.</p><p>Destaca-se, ainda, o Departamento de Recuperação de</p><p>Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), criado</p><p>por meio do Decreto 4.991, de 18 de fevereiro de 2004, e su-</p><p>bordinado à Secretaria Nacional de Justiça (SNJ) do Ministé-</p><p>rio da Justiça. O Departamento tem como principais funções</p><p>analisar cenários, identificar ameaças, definir políticas efica-</p><p>zes e eficientes, bem como desenvolver cultura de combate</p><p>à lavagem de dinheiro. Essas funções têm como objetivo a</p><p>recuperação de ativos enviados ao exterior de forma ilícita</p><p>e de produtos de atividades criminosas, tais como as oriun-</p><p>das do tráfico de entorpecentes, do tráfico ilícito de armas,</p><p>da corrupção e do desvio de verbas públicas. Além disso, o</p><p>DRCI é responsável pelos acordos internacionais de coopera-</p><p>ção jurídica internacional, tanto em matéria penal quanto em</p><p>matéria cível, figurando como autoridade central no Brasil</p><p>para intercâmbio de informações e de pedidos judiciais in-</p><p>ternacionais.</p><p>Como uma das autoridades administrativas encarregadas</p><p>de promover a aplicação da Lei 9.613/1998, o Banco Central</p><p>editou normas estabelecendo que as instituições financeiras</p><p>e demais instituições sob sua regulamentação devem manter</p><p>atualizados os cadastros dos clientes; manter controles inter-</p><p>nos para verificar, além da adequada identificação do cliente,</p><p>a compatibilidade entre as correspondentes movimentações</p><p>de recursos, atividade econômica e capacidade financeira dos</p><p>usuários do sistema financeiro nacional; manter registros de</p><p>operações; comunicar operações ou situações suspeitas ao</p><p>Banco Central; promover treinamento para seus empregados</p><p>e; implementar procedimentos internos de controle para de-</p><p>tecção de operações suspeitas.</p><p>Nesse quadro, a atuação o Banco Central, por sua Dire-</p><p>toria de Fiscalização, busca avaliar os controles internos das</p><p>instituições supervisionadas voltados para a prevenção de</p><p>ilícitos financeiros, da lavagem de dinheiro e do financiamen-</p><p>to do terrorismo, com o objetivo de verificar a adequação e</p><p>a qualidade dos procedimentos implementados com vistas a</p><p>coibir a utilização do sistema financeiro para a prática desses</p><p>ilícitos, bem como de assegurar a observância das leis e regu-</p><p>lamentos pelas instituições na execução de suas atividades.</p><p>Por fim, cabe destacar a Estratégia Nacional de Combate</p><p>à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), criada em</p><p>2003 para suprir a falta de articulação e de atuação estratégi-</p><p>ca coordenada do Estado no combate à lavagem de dinheiro,</p><p>a inexistência de programas de treinamento e capacitação de</p><p>agentes públicos, a dificuldade de acesso a bancos de dados,</p><p>como também a carência de padronização tecnológica e a in-</p><p>suficiência de indicadores de eficiência. Além da articulação</p><p>entre os órgãos envolvidos no combate a esses ilícitos, a ENC-</p><p>CLA define metas anuais, bem como ações e recomendações</p><p>para a consecução dessas metas, a serem realizadas pelos</p><p>membros da Estratégia.</p><p>Importa destacar ainda, que a Lei 12.846/2013, chama-</p><p>da de “Lei Anticorrupção”, implementa que, qualquer empre-</p><p>sa, nacional ou estrangeira, fundações ou associações que</p><p>praticarem atos ilícitos contra a administração pública de</p><p>qualquer poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) ou esfera</p><p>(federal, estadual e municipal) será responsabilizada objeti-</p><p>vamente pelos seus atos.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>2</p><p>A punição em caso de crimes contra o Estado poderá che-</p><p>gar a 20% do rendimento bruto da empresa. Caso não seja</p><p>possível calcular o valor, a punição poderá alcançar R$ 60 mi-</p><p>lhões. A multa será aplicada a pessoas jurídicas, aos respon-</p><p>sabilizados pelo ato, dirigentes ou administradores.</p><p>A lei proporcionará medidas mais efetivas contra crimes</p><p>empresariais como fraudes em licitações; oferecimento de</p><p>vantagem indevida a funcionário público ou pessoas a ele re-</p><p>lacionadas, o uso de chamados ‘laranjas’, e, claro, a lavagem</p><p>de dinheiro.</p><p>“A Lei promove uma evolução no combate aos crimes con-</p><p>tra a Administração Pública, ao possibilitar a criminalização</p><p>também das empresas, além das pessoas físicas, o que incre-</p><p>menta a capacidade de ação dos órgãos de fiscalização e in-</p><p>vestigação”, ressalta o Secretário Nacional de Justiça, Paulo</p><p>Abrão.</p><p>Aqueles que colaborarem com as investigações e proces-</p><p>sos administrativos poderão desfrutar do acordo de leniên-</p><p>cia. Ele garante redução de pena, sem afetar a obrigação de</p><p>reparar integralmente o dano causado.</p><p>“A idéia de se ter uma lei anticorrupção foi uma iniciativa</p><p>fomentada pela Estratégia Nacional de Combate à Corrupção</p><p>e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), fórum deliberativo com</p><p>mais de 60 instituições do país e cuja secretaria executiva é</p><p>exercida pelo Ministério da Justiça. A lei trará muitos benefí-</p><p>cios ao país ao responsabilizar também as empresas”, destacou</p><p>Ricardo Saadi, Diretor do Departamento de Recuperação de</p><p>Ativos e Cooperação Jurídica Internacional da Secretaria Na-</p><p>cional de Justiça (DRCI/SNJ).</p><p>O Ministério da Justiça participou da formulação do an-</p><p>teprojeto de lei, por intermédio da Secretaria de Assuntos Le-</p><p>gislativos (SAL) e do DRCI/SNJ. A lei aguarda agora o decreto</p><p>que a regulamentará. Esse processo está em curso na Con-</p><p>troladoria-Geral da União (CGU), responsável por fiscalizar o</p><p>cumprimento da norma.</p><p>O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por um</p><p>conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam</p><p>a incorporação na economia de cada país, de modo transitó-</p><p>rio ou permanente, de recursos, bens e valores de origem ilí-</p><p>cita e que se desenvolvem por meio de um processo dinâmi-</p><p>co que envolve, teoricamente, três fases independentes que,</p><p>com frequência, ocorrem simultaneamente</p><p>O artigo 1º da Lei de lavagem de dinheiro a define como</p><p>“ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposi-</p><p>ção, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores</p><p>provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal”.</p><p>Com relação a aplicação da lei penal no tempo, em se tra-</p><p>tando de lei penal mais gravosa (“lex gravior”) ou lei penal</p><p>incriminadora (“novatio legis incriminadora”), as alteração</p><p>trazidas pela Lei nº 12.683 de 2012 submetem-se ao princí-</p><p>pio constitucional da irretroatividade.</p><p>Assim, somente poderia se aplicar, em regra, aos fatos</p><p>praticados após a sua entrada em vigor. Não haveria que se</p><p>falar em lavagem de dinheiro, em sistema de terceira geração,</p><p>tendo por objeto quaisquer espécies de infrações penais, no</p><p>tocante a fatos anteriores à vigência da Lei n. 12.683/12.</p><p>Contudo, é preciso sublinhar que os verbos “ocultar” e</p><p>“dissimular” (núcleos do tipo) indicam permanência, logo, o</p><p>momento consumativo se protrai no tempo.</p><p>Nessa esteira, prevê a Súmula n. 711 do STF que “a lei</p><p>penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime</p><p>permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da con-</p><p>tinuidade ou da permanência”. O que não contraria, em mo-</p><p>mento algum, o princípio da irretroatividade da</p><p>lei penal</p><p>mais gravosa ou incriminadora.</p><p>Portanto, necessário identificar as duas situações possí-</p><p>veis, e suas diferentes consequências quanto à aplicação da lei</p><p>penal no tempo: se a ocultação ou dissimulação, embora ini-</p><p>ciada antes da nova lei (gravosa ou incriminadora), se prolon-</p><p>ga no tempo depois da entrada em vigor da modificação legis-</p><p>lativa, é plenamente possível a responsabilização nos termos</p><p>da Lei n. 12.683/12, ou, caso a ocultação ou dissimulação</p><p>tenha sido iniciada e concluída antes da entrada em vigor da</p><p>modificação legislativa (gravosa ou incriminadora), impossí-</p><p>vel a responsabilização nos termos da Lei n. 12.683/12.</p><p>No mais, quanto as ações do estado de prevenção e fisca-</p><p>lização do crime de lavagem de dinheiro, na estrutura estatal</p><p>brasileira destaca-se o Conselho de Controle de Atividades</p><p>Financeiras (Coaf), unidade de inteligência criada no âmbito</p><p>do Ministério da Fazenda pela Lei 9.613/98 (alterada pelas</p><p>leis 10.701, de 9/7/2003 e 12.683 de 9/7/2012) e com orga-</p><p>nização e estrutura definidos pelo Decreto 2.799/98. Trata-se</p><p>de um órgão de deliberação coletiva cujo plenário é composto</p><p>por representantes do Banco Central do Brasil (BCB), da Co-</p><p>missão de Valores Mobiliários (CVM), da Superintendência de</p><p>Seguros Privados (SUSEP), da Procuradoria-Geral da Fazen-</p><p>da Nacional (PGFN), da Receita Federal do Brasil (RFB) , da</p><p>Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), do Departamento</p><p>de Polícia Federal (DPF), do Ministério das Relações Exteriores</p><p>(MRE), da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério</p><p>da Previdência Social (MPS) e do Ministério da Justiça - De-</p><p>partamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica</p><p>Internacional (DRCI).</p><p>Por fim, cumpre recordar que a Lei 12.846/2013, chama-</p><p>da de “Lei Anticorrupção”, implementa que, qualquer empresa,</p><p>nacional ou estrangeira, fundações ou associações que prati-</p><p>carem atos ilícitos contra a administração pública de qualquer</p><p>poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) ou esfera (federal,</p><p>estadual e municipal), ou seja, incluindo a lavagem de dinheiro,</p><p>será responsabilizada objetivamente pelos seus atos.</p><p>Circular 3978/2020</p><p>No dia 23/01/2020 o BACEN publicou a Circular n.</p><p>3978/2020 que dispõe sobre a política, os procedimentos</p><p>e os controles internos a serem adotados pelas instituições</p><p>autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil visando</p><p>à prevenção da utilização do sistema financeiro para a prá-</p><p>tica dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos</p><p>e valores e de financiamento do terrorismo. Ela entrará em</p><p>vigor no dia 1 de Outubro de 2020. (Sua redação original</p><p>previa que entraria em vigor no dia 1 de Julho, mas por conta</p><p>da Pandemia do Covid-19, a Diretoria Colegiada do Banco</p><p>Central do Brasil, em sessão realizada em 15 de abril de 2020</p><p>alterou a data de vigência, através da Circular Nº 4.005, DE 16</p><p>DE ABRIL DE 2020).</p><p>Os procedimentos para a análise e garantia da identidade</p><p>devem incluir a obtenção, a verificação e a validação da auten-</p><p>ticidade de informações de identificação do cliente, inclusive, se</p><p>necessário, mediante confrontação dessas informações com as</p><p>disponíveis em bancos de dados de caráter público e privado.</p><p>Ao cumprir os procedimentos estipulados pela Circular</p><p>3978/2020 estaria a instituição afrontando o direito à proteção</p><p>de dados de seus clientes, funcionários e terceiros parceiros?</p><p>Circular 3978/2020 BACEN – Procedimentos de PLD/FT</p><p>O Banco Central do Brasil acaba de publicar a Circular</p><p>3978/2020 BACEN, que dispõe sobre a política, os procedi-</p><p>mentos e os controles internos a serem adotados pelas insti-</p><p>tuições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil</p><p>visando à prevenção da utilização do sistema financeiro para</p><p>a prática dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direi-</p><p>tos e valores e de financiamento do terrorismo.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>3</p><p>As instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN de-</p><p>vem implementar e manter política formulada com base em</p><p>princípios e diretrizes que busquem prevenir a sua utilização</p><p>para as práticas de lavagem de dinheiro e de financiamento</p><p>do terrorismo.</p><p>Os procedimentos de controle interno e prevenção à la-</p><p>vagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo (PLDFT)</p><p>devem levar em consideração o perfil de risco dos clientes,</p><p>da instituição, das operações/transações/produtos/serviços</p><p>e, ainda, dos funcionários parceiros e prestadores de serviços</p><p>terceirizados.</p><p>A Circular aduz que a Política de Compliance deve conter,</p><p>minimamente, as diretrizes para a definição de papéis e res-</p><p>ponsabilidades para o cumprimento das obrigações de que</p><p>trata a circular; a definição de procedimentos voltados à ava-</p><p>liação e à análise prévia de novos produtos e serviços, bem</p><p>como da utilização de novas tecnologias, tendo em vista o ris-</p><p>co de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo;</p><p>a avaliação interna de risco e a avaliação de efetividade dos</p><p>procedimentos adotados; a verificação do cumprimento da</p><p>política bem como a identificação e a correção das deficiên-</p><p>cias verificadas; e ainda, a promoção de cultura organizacio-</p><p>nal de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento</p><p>do terrorismo, contemplando, inclusive, os funcionários, os</p><p>parceiros e os prestadores de serviços terceirizados.</p><p>Para as Fintechs, destacamos a importância da verifica-</p><p>ção da identidade do cliente conforme traz a circular. Assim,</p><p>os procedimentos para esta análise devem incluir a obtenção,</p><p>a verificação e a validação da autenticidade de informações</p><p>de identificação do cliente, inclusive, se necessário, mediante</p><p>confrontação dessas informações com as disponíveis em ban-</p><p>cos de dados de caráter público e privado.</p><p>Em síntese, podemos observar que a Circular está alinha-</p><p>da com os guidelines do COSO ERM para as melhores práticas</p><p>em gestão corporativa de riscos e Compliance.</p><p>Circular 3978/2020 versus Lei 13.709/2018 (LGPD).</p><p>Muitas são as dúvidas quando se trata de tratamento de</p><p>dados, principalmente, a partir da iminência da Lei Geral de</p><p>Proteção de Dados (LGPD) passando a vigorar em agosto des-</p><p>te ano.</p><p>No caso em questão, a dúvida seria se o fato de a institui-</p><p>ção solicitar os dados pessoais dos usuários/clientes, colabo-</p><p>radores, familiares e terceiros afrontaria o direito à proteção</p><p>de dados pessoais.</p><p>Nesses casos, quando há dúvidas se determinado proce-</p><p>dimento fere ou não o direito à proteção de dados devemos</p><p>nos remeter às bases legais para tratamento e processamen-</p><p>to de dados pessoais elencadas no Art. 7º da LGPD. Destaca-</p><p>mos, assim, os incisos II, IX e X para elucidar esta questão.</p><p>Vejamos.</p><p>II – para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória</p><p>pelo controlador;</p><p>IX – quando necessário para atender aos interesses legíti-</p><p>mos do controlador ou de terceiro, exceto no caso de prevalece-</p><p>rem direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a</p><p>proteção dos dados pessoais; ou</p><p>X – para a proteção do crédito, inclusive quanto ao dispos-</p><p>to na legislação pertinente.</p><p>Portanto, vislumbramos aqui, pelo menos, três bases</p><p>legais que respaldam o tratamento dos dados pessoais ne-</p><p>cessários para o cumprimento das políticas, procedimentos</p><p>e dos controles internos a serem adotados pelas instituições</p><p>autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil visando</p><p>à prevenção da utilização do sistema financeiro para a prática</p><p>dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valo-</p><p>res e de financiamento do terrorismo de que trata a Circular.</p><p>Relatório anual para Prevenção à Lavagem de Dinhei-</p><p>ro e Financiamento ao Terrorismo</p><p>Os artigos 62, 63 e 64 dispõe sobre o relatório anual que</p><p>prevê a Circular 3978/2020. É obrigatório a construção de</p><p>um relatório anual afim de avaliar de forma qualitativa a polí-</p><p>tica de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao</p><p>Terrorismo, bem como reportar a efetividade dessa política</p><p>implantada na Empresa, conforme a circular. O relatório deve</p><p>ser elaborado anualmente com data-base de 31 de dezem-</p><p>bro e encaminhado até o dia 31 de março do ano</p><p>seguinte</p><p>ao comitê de auditoria, ao conselho de administração ou</p><p>diretoria da instituição.</p><p>O relatório deverá conter informações que descrevam a</p><p>metodologia adotada na avaliação de efetividade da política,</p><p>os testes aplicados, a qualificação dos avaliadores e as defi-</p><p>ciências identificadas na política. Além disso, o documento</p><p>deverá conter, no mínimo, a avaliação dos procedimentos</p><p>destinados a conhecer clientes, incluindo a verificação e a</p><p>validação das informações dos clientes e a adequação dos</p><p>dados cadastrais. Também deverá conter os procedimentos</p><p>de monitoramento, seleção, análise e comunicação ao Coaf,</p><p>incluindo a avaliação de efetividade dos parâmetros de sele-</p><p>ção de operações e de situações suspeitas, descrição da go-</p><p>vernança da política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao</p><p>financiamento do terrorismo. O documento deverá possuir as</p><p>medidas de desenvolvimento da cultura organizacional volta-</p><p>das à prevenção da lavagem de dinheiro e ao financiamento</p><p>do terrorismo e os programas de capacitação periódica de</p><p>pessoas. Também deverá prever no documento os procedi-</p><p>mentos destinados a conhecer os funcionários, parceiros e</p><p>prestadores de serviços terceirizados e as ações de regulari-</p><p>zação dos apontamentos oriundos da auditoria interna e da</p><p>supervisão do BACEN.</p><p>Plano de Ação e Relatório de Acompanhamento para</p><p>Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao</p><p>Terrorismo</p><p>O Artigo 65 prevê que as Instituições também devem</p><p>prever a elaboração de um plano de ação destinado a solu-</p><p>cionar as deficiências identificadas por meio da avaliação de</p><p>efetividade da política. O acompanhamento da implementa-</p><p>ção do plano de ação deverá ser documentado por meio de</p><p>relatório de acompanhamento. O plano de ação e o respecti-</p><p>vo relatório de acompanhamento devem ser encaminhados</p><p>para ciência e avaliação, até 30 de junho do ano seguinte ao</p><p>da data-base do relatório anual, ao comitê de auditoria, ao</p><p>conselho de administração ou diretoria da instituição.</p><p>Penalidades e Sanções</p><p>A Circular nº 3978/2020 do BACEN não prevê</p><p>penalidades e sanções relativas ao descumprimento da lei.</p><p>Portanto, valem as sanções previstas na Lei nº 9.613/98, Ca-</p><p>pítulo VIII, Artigo 12.</p><p>CAPÍTULO VIII</p><p>Da Responsabilidade Administrativa</p><p>Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos ad-</p><p>ministradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as</p><p>obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, cumula-</p><p>tivamente ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes</p><p>sanções:</p><p>I – advertência;</p><p>II – multa pecuniária variável não superior:</p><p>a) ao dobro do valor da operação;</p><p>b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente</p><p>seria obtido pela realização da operação; ou</p><p>c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>4</p><p>III – inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos,</p><p>para o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídi-</p><p>cas referidas no art. 9º;</p><p>IV – cassação ou suspensão da autorização para o exercí-</p><p>cio de atividade, operação ou funcionamento.</p><p>Para ver na íntegra o dispositivo acesse o link a seguir:</p><p>https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/circular-n-3.</p><p>978-de-23-de-janeiro-de-2020-239631175</p><p>Carta-Circular n° 4.001/2020</p><p>O Banco Central do Brasil (Bacen), aprovou a Carta-Cir-</p><p>cular n° 4.001/2020 que traz a relação de situações que</p><p>podem configurar indícios de ocorrência de prática de crimes</p><p>de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores,</p><p>de que trata a Lei nº 9.613/98, e de financiamento do</p><p>terrorismo, previsto na Lei nº 13.260/16, passíveis de co-</p><p>municação ao Conselho de Controle de Atividades Financei-</p><p>ras (COAF), nos termos da referida Circular Bacen 3.978/20.</p><p>A Carta Circular 4.001/2020 contempla 16 grupos com</p><p>as situações relacionadas a crimes de lavagem de dinheiro e</p><p>financiamento ao terrorismo que possam comprometer as</p><p>atividades das Instituições Financeiras, conforme a seguir:</p><p>•	 Operações em espécie em moeda nacional com a uti-</p><p>lização de contas de depósitos ou de contas de pagamento;</p><p>•	 Operações em espécie e cartões pré-pagos em moe-</p><p>da estrangeira e cheques de viagem;</p><p>•	 Forma de identificação e qualificação de clientes;</p><p>•	 Movimentação de contas de depósito e de contas de</p><p>pagamento em moeda nacional;</p><p>•	 Procedimento para investimento no País;</p><p>•	 Operações de crédito no País;</p><p>•	 Movimentação de recursos oriundos de contratos</p><p>com o setor público;</p><p>•	 Atividades de consórcios;</p><p>•	 Pessoas ou entidades suspeitas de envolvimento</p><p>com financiamento ao terrorismo e a proliferação de armas</p><p>de destruição em massa;</p><p>•	 Atividades internacionais;</p><p>•	 Operações de crédito contratadas no exterior;</p><p>•	 Operações de investimento externo;</p><p>•	 Forma de tratamento com funcionários, parceiros e</p><p>prestadores de serviços terceirizados;</p><p>•	 Atividades em campanhas eleitorais;</p><p>•	 BNDU e outros ativos não financeiros;</p><p>•	 Movimentação de contas correntes em moeda es-</p><p>trangeira (CCME);</p><p>•	 Operações realizadas em municípios localizados em</p><p>regiões de risco.1</p><p>Veja na íntegra o dispositivo:</p><p>https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/exibe-</p><p>normativo?tipo=Carta%20Circular&numero=4001</p><p>Resolução CVM 50/2021</p><p>Dispõe sobre a prevenção à lavagem de dinheiro, ao fi-</p><p>nanciamento do terrorismo e ao financiamento da prolifera-</p><p>ção de armas de destruição em massa – PLD/FTP no âmbito</p><p>do mercado de valores mobiliários e revoga a Instrução CVM</p><p>nº 617, de 5 de dezembro de 2019 e a Nota Explicativa à Ins-</p><p>trução CVM nº 617, de 5 de dezembro de 2019.</p><p>Entre as ações preventivas definidas pela resolução estão</p><p>a identificação e o cadastro de clientes no âmbito do mercado</p><p>de valores mobiliários, assim como as diligências contínuas</p><p>1 Fonte: https://www.bcb.gov.br/ https://www.jusbrasil.com.br/ https://</p><p>ipld.com.br/</p><p>visando à coleta de informações suplementares e, em espe-</p><p>cial, à identificação de seus beneficiários finais. O monitora-</p><p>mento, a análise e comunicação das operações, bem como o</p><p>registro e manutenção de arquivos também são disciplinados</p><p>pela norma.</p><p>O mercado de valores mobiliários é o segmento do sis-</p><p>tema financeiro que viabiliza a transferência de recursos de</p><p>maneira direta entre os agentes econômicos. As operações</p><p>envolvem, por exemplo, ações, debêntures e quotas de fun-</p><p>dos de investimento.</p><p>Nesse sentido, estão sujeitas ao monitoramento da CVM,</p><p>no âmbito da política de prevenção, pessoas físicas e empre-</p><p>sas que prestam serviços relacionados à distribuição, custó-</p><p>dia, intermediação ou administração de carteiras; entidades</p><p>administradoras de mercados organizados e as entidades</p><p>operadoras de infraestrutura do mercado financeiro; audito-</p><p>res independentes; e demais pessoas que prestem serviços</p><p>no mercado de valores mobiliários, como escrituradores,</p><p>agências de classificação de risco, representantes de investi-</p><p>dores estrangeiros e companhias securitizadoras.</p><p>Agentes públicos</p><p>De acordo com a CVM, o texto traz uma alteração na lis-</p><p>ta de pessoas politicamente expostas para fins de aplicação</p><p>da política, que passou a alcançar determinados agentes</p><p>públicos anteriormente não contemplados. Entre eles estão</p><p>membros do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, do</p><p>Conselho da Justiça Federal e do Conselho Nacional do Mi-</p><p>nistério Público; o vice-Procurador-Geral da República; os</p><p>subprocuradores-gerais da República e os procuradores-ge-</p><p>rais de Justiça dos estados e do Distrito Federal; os secretá-</p><p>rios municipais, os presidentes ou equivalentes de entidades</p><p>da administração pública indireta municipal.</p><p>“Por se tratar de alteração pontual buscando uniformizar</p><p>o conceito já utilizado em outras normas sobre a matéria, a</p><p>Resolução 50 não foi submetida à audiência pública”, expli-</p><p>cou a CVM.</p><p>Terrorismo</p><p>Os atentados de grandes proporções levaram os países</p><p>a intensificar a prevenção contra o terrorismo e seu finan-</p><p>ciamento e estabelecer políticas de lavagem de dinheiro e</p><p>avaliações internas de risco no âmbito do sistema financeiro.</p><p>Em setembro de 2001, após os atentados ao World Trade</p><p>Center, nos Estados</p><p>Unidos, o próprio Conselho de Seguran-</p><p>ça das Nações Unidas adotou uma resolução para impedir o</p><p>financiamento do terrorismo, criminalizar a coleta de fundos</p><p>para este fim e congelar imediatamente os bens financeiros</p><p>de terroristas.</p><p>A resolução atualizada nesta quinta-feira pela CVM tam-</p><p>bém trata das medidas de indisponibilidade de bens, direitos</p><p>e valores previstas em resoluções do Conselho de Segurança,</p><p>além de demandas de cooperação jurídica internacional.2</p><p>Veja o documento na íntegra acessando o link:</p><p>https://conteudo.cvm.gov.br/legislacao/resolucoes/re-</p><p>sol050.html</p><p>2 Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>5</p><p>2 - CONCEITOS E MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO</p><p>AO ASSÉDIO MORAL E SEXUAL.</p><p>O assédio moral é uma forma de violência presente no</p><p>cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo. Consiste</p><p>em um comportamento social negativo e danoso, materializa-</p><p>do por meio de atitudes reiteradas de desqualificação, ridicu-</p><p>larização, humilhação, inferiorização e desprezo pela digni-</p><p>dade de uma pessoa ou um grupo, em determinado espaço</p><p>de convívio social.</p><p>Quando ocorre no espaço laboral, o assédio moral assu-</p><p>me características próprias, quase sempre ligadas às relações</p><p>de hierarquia e competitividade existentes neste ambiente.</p><p>Dessa forma, frequentemente o assédio moral no trabalho é</p><p>uma forma de perseguição com o objetivo de constranger o</p><p>(a) trabalhador(a), seu trabalho e sua autoestima.</p><p>Assim, o assédio moral é toda e qualquer atitude, com-</p><p>portamento, palavra, gesto, que se traduzem em danos a dig-</p><p>nidade da pessoa humana e seus direitos da personalidade.</p><p>Trata-se de conduta abusiva, com potencial de ofender a in-</p><p>tegridade física e psíquica da pessoa assediada, bem como de</p><p>seus colegas, provocando desagregação no ambiente laboral</p><p>e deve ser combatida por todos que experienciam ou teste-</p><p>munham tal prática reprovável.</p><p>Quem é o alvo de assédio moral no trabalho?</p><p>Servidor, estagiário, terceirizado ou qualquer pessoa que</p><p>pertença ao ambiente de trabalho, no Serviço Público ou Pri-</p><p>vado, pode estar em situação de assédio moral. Na adminis-</p><p>tração pública, independente do tipo de vinculo profissional</p><p>(celetista ou estatutário) os servidores podem sofrer formas</p><p>de assédio moral, seja individualmente ou em grupo.</p><p>O assediado geralmente detém características pessoais</p><p>e/ou profissionais que desagradam o ofensor, que, na tentati-</p><p>va de rebaixá-lo promove o assédio, com isolamento de suas</p><p>qualidades perante seus colegas, criando rivalidade e compe-</p><p>tição acirrada.</p><p>Cabe ressaltar que nesta cartilha evitaremos a utilização</p><p>do termo “vítima”, por entender que essa qualificação não</p><p>ajuda no processo de empoderamento, cristalizando um sen-</p><p>timento que se pretende abolir. Assim, faremos a opção pela</p><p>expressão “pessoa em situação de assédio moral ou sexual”</p><p>ou “pessoa assediada”.</p><p>Quem comete o assédio moral no trabalho?</p><p>Do ponto de vista de quem pratica, podemos classificar o</p><p>assédio moral como:</p><p>Vertical: ocorre quando o assediador está em posição</p><p>hierárquica ou funcional superior à pessoa ou grupo assedia-</p><p>do. É o assédio moral típico do ambiente de trabalho, uma vez</p><p>que a hierarquização e a subordinação são elementos consti-</p><p>tutivos das relações trabalhistas, seja em empresas privadas,</p><p>corporações ou na Administração Pública.</p><p>Horizontal: ocorre quando o assediador está na mesma</p><p>posição hierárquica ou funcional da pessoa ou grupo assedia-</p><p>do. Nesse caso o assediador não é um chefe, mas um colega de</p><p>trabalho, de mesma lotação ou não.</p><p>Ascendente: apesar de menos comum, o assédio moral</p><p>pode partir de um nível hierárquico inferior contra pessoa</p><p>em posição hierárquica superior. Normalmente ocorre quan-</p><p>do um grupo decide se rebelar contra uma chefia ou diretoria</p><p>nova da empresa ou órgão.</p><p>É importante ressaltar que qualquer trabalhador(a)</p><p>que faça parte do ambiente de trabalho no Serviço Público</p><p>pode ser agente do assédio moral, independente do vínculo</p><p>profissional, da posição hierárquica, do cargo ou função de</p><p>trabalho que desempenha.</p><p>Como se dá o assédio moral no trabalho?</p><p>Na era das redes sociais e tecnologias de comunicação</p><p>instantâneas entre as pessoas e grupos, o assédio moral cada</p><p>vez mais prescinde de um local fixo e determinado, como o</p><p>local de trabalho, para se perfazer enquanto ato de violência.</p><p>No entanto, mesmo se manifestando por diversas inter-</p><p>faces, deverá subsistir o contexto laboral permeando a con-</p><p>duta do assediador contra a pessoa assediada para que a con-</p><p>figuração do assédio moral seja caracterizada como tal.</p><p>Características do assédio moral</p><p>O assédio moral pode se manifestar por diversas atitudes</p><p>no ambiente de trabalho. Essas atitudes, em regra, possuem</p><p>três elementos que caracterizam o assédio moral na maioria</p><p>das situações, a saber:</p><p>1) Atitude negativa contra pessoa ou grupo;</p><p>2) Conduta reiterada e sistemática;</p><p>3) Permanência no tempo.</p><p>Todo ato de assédio se inicia por uma atitude negativa</p><p>do agente em relação à pessoa ou grupo pertencente ao am-</p><p>biente de trabalho. Essa postura negativa pode ser declarada,</p><p>por meio de uma agressão verbal ou física. Nessa ocasião a</p><p>identificação do assédio moral costuma ser mais fácil.</p><p>Em regra, porém, esse comportamento reprovável ocor-</p><p>re de forma não declarada. O assediador manifesta a atitude</p><p>negativa de forma sutil, velada ou dissimulada, tornando o</p><p>reconhecimento do confronto difícil pelas partes envolvidas</p><p>e, consequentemente, excluindo da pessoa ou grupo assedia-</p><p>do a possibilidade de defesa e resistência. Suspiros seguidos,</p><p>erguer de ombros, olhares de desprezo, ou silêncios suben-</p><p>tendidos, etc. são formas algumas dessas formas não aberta-</p><p>mente declaradas de assédio moral.</p><p>A repetição ou reiteração da conduta é outro um elemen-</p><p>to típico no assédio moral. A atitude negativa isoladamente</p><p>ou de forma nãosistemática também é reprovável e poderá</p><p>até configurar o assédio moral de acordo com sua gravida-</p><p>de, como agressões ou ameaças, que podem em um único ato</p><p>abalar emocionalmente o assediado. Porém, em regra, o assé-</p><p>dio moral se apresenta de forma reiterada e sistemática.</p><p>Por fim, a permanência ou prolongamento do assédio</p><p>moral no tempo. A frequência pode ser diária, semanal ou</p><p>ocasional e a pessoa assediada pode suportá-lo em silêncio</p><p>durante um longo período. Não é possível precisar de forma</p><p>objetiva o momento a partir do qual o trabalhador está em</p><p>situação de assédio. Certo é, no entanto, que a exposição do</p><p>trabalhador(a) ao assédio moral frequente e permanente são</p><p>fundamentais no processo de adoecimento.</p><p>Os comportamentos negativos configuradores do assédio</p><p>moral usualmente podem ser agrupados da seguinte forma:</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>6</p><p>Deterioração das condições de trabalho</p><p>- Retirar a autonomia do(a) trabalhador(a)</p><p>- Pressionar para abrir mão de direitos</p><p>- Criticar seu trabalho de forma injusta</p><p>- Contestar sistematicamente suas opiniões</p><p>- Passar tarefas impossíveis de realização</p><p>- Distribuir desigualmente tarefas / trabalhos</p><p>- Controlar exageradamente o(a) servidor(a)</p><p>- Negar acesso aos instrumentos de trabalho</p><p>- Induzir o(a) trabalhador(a) ao erro</p><p>Provocação do isolamento</p><p>- Proibir colegas de interagirem com o(a) assediado(a)</p><p>- Ignorar a presença do(a) trabalhador(a)</p><p>- Isolar, espacialmente, o(a) assediado(a)</p><p>- Não lhe dirigir a palavra pessoalmente</p><p>- Mandar recados por terceira pessoa</p><p>Atentar contra a dignidade</p><p>- Zombar ou imitir atributos pessoais da pessoa assedia-</p><p>da</p><p>- Criar ou utilizar apelidos depreciativos ou indesejados</p><p>- Expor e criticar a vida privada</p><p>- Fazer gestos desdenhosos (suspiros, olhares, etc.)</p><p>- Desconsiderar problemas de saúde</p><p>Violência verbal ou física</p><p>- Ameaçar, gritar ou xingar.</p><p>- Agredir, de forma direta ou indireta.</p><p>- Causar dano material a bens pessoais</p><p>- Violar a intimidade pessoal de comunicação</p><p>O que não configura Assédio Moral</p><p>Nem toda conduta que desagrada um trabalhador(a) ou</p><p>um grupo de trabalhadores(as) configura assédio moral no</p><p>trabalho. Na relação de trabalho, assim como qualquer rela-</p><p>ção humana, certas decisões ou posturas de colegas ou supe-</p><p>riores hierárquicos podem causar sentimentos de injustiça,</p><p>frustração, decepção, discordância. Conflitos e divergências</p><p>de ideias e opiniões são naturais e fazem parte da convivência</p><p>social no ambiente laboral.</p><p>Se o conflito é bem trabalhado no espaço de trabalho,</p><p>permitirá crescimento pessoal e profissional a todos. Por ou-</p><p>tro lado, um conflito que não é bem trabalhado pelas partes</p><p>envolvidas ou não é bem mediado por um superior hierárqui-</p><p>co poderá se desdobrar em assédio moral.</p><p>É importante ressaltar a diferença entre conflito e</p><p>assédio moral, para que não se incorra em injusta acusação.</p><p>Vejamos algumas das principais diferenças:</p><p>Conflito</p><p>1) Divergência clara e aberta de ideias</p><p>2) Comunicação direta e franca</p><p>3) Interação direta entre os agentes</p><p>4) Não há alteração do clima organizacional</p><p>5) Confronto eventual</p><p>6) Não busca o afastamento do agente divergente</p><p>Assédio</p><p>1) Divergência implícita</p><p>2) Comunicação dissimulada</p><p>3) Clima organizacional conturbado</p><p>4) Isolamento de um ou mais agentes</p><p>5) Perseguição com objetivo de forçar</p><p>6) Confronto sistemático e permanente</p><p>Assim, algumas condutas que NÃO configuram assédio</p><p>moral:</p><p>● Estresse profissional devido a eventuais picos de tra-</p><p>balho</p><p>● Remoção ou mudança de função no interesse da Ad-</p><p>ministração para racionalização/ readequação da força de</p><p>trabalho do setor.</p><p>● Controle de pontualidade e produtividade da equipe e</p><p>dentro de parâmetros razoáveis</p><p>● Críticas ou avaliações negativas fundamentadas sobre</p><p>um trabalho desenvolvido.</p><p>Causas do assédio moral no trabalho</p><p>O assédio moral na Administração Pública é fato consoli-</p><p>dado e suas causas são diversas. É comum indicar que o assé-</p><p>dio moral no setor público tem relação com a estabilidade do</p><p>servidor público. Argumenta-se que, não tendo poder para</p><p>demitir o servidor público, o superior passa a assediá-lo para</p><p>incitá-lo a um pedido remoção ou demissão.</p><p>A questão, contudo, é mais complexa. Quando observa-</p><p>mos que o assédio moral também é alto entre servidores que</p><p>exercem cargos de livre nomeação e exoneração, verificamos</p><p>que a prática não decorre apenas da estabilidade. Outras cau-</p><p>sas podem ser apontadas para a existência de assédio moral</p><p>na Administração Pública como:</p><p>- Deficit de pessoal no quadro, causando sobrecarga de</p><p>trabalho no órgão;</p><p>- Gestão autocrática ou autoritária;</p><p>- Falta de participação dos servidores em instâncias de</p><p>decisão;</p><p>- Desvio de função;</p><p>- Despreparo profissional e emocional de gestores;</p><p>- Impunidade dos assediadores;</p><p>- Estímulo excessivo à competição;</p><p>- Hierarquia demasiada rígida;</p><p>- Formalismo exagerado;</p><p>Consequências do assédio moral</p><p>A exposição do(a) trabalhador(a) ao assédio moral tem</p><p>efeito direto no comprometimento de sua saúde física e emo-</p><p>cional, identidade e dignidade. Problemas de ordem psicopa-</p><p>tológicas (ansiedade, depressão, síndromes, etc), psicosso-</p><p>máticos (taquicardia, dores, hipertensão, etc.) e comporta-</p><p>mentais (choro frequente, agressividade, aumento do consu-</p><p>mo de drogas, isolamento social, etc.) são alguns dos danos</p><p>causados ao trabalhador(a), podendo levá-lo até à morte ou a</p><p>tentativas de suicídio.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>7</p><p>O resultado dessa combinação de problemas é o inevi-</p><p>tável adoecimento da pessoa assediada, afetando sua pro-</p><p>dutividade, interesse no trabalho e desempenho laboral. Em</p><p>regra esse adoecimento resulta em afastamento do(a) traba-</p><p>lhador(a) na forma de licença por motivo de saúde. Em decor-</p><p>rência deste afastamento a estrutura de trabalho acaba sendo</p><p>enfraquecida, com a falta da pessoa assediada na posição de</p><p>trabalho que ocupava, o que resulta em sobrecarga de trabalho</p><p>para os demais trabalhadores (a), alimentando o risco invisível</p><p>de novas práticas de assédio e promovendo um ciclo danoso</p><p>para a saúde laboral de todos, bem como afetando no serviço</p><p>prestado ao cidadão.</p><p>Assédio Sexual</p><p>O assédio sexual no ambiente de trabalho</p><p>O assédio sexual, assim como o assédio moral, é uma vio-</p><p>lência ocorrida no ambiente de trabalho - ou em função desta</p><p>relação laboral - que consiste no constrangimento do(a) tra-</p><p>balhador(a) por meio de um comportamento negativo de con-</p><p>teúdo sexual.</p><p>Trata-se de comportamento não autorizado e atentatório à</p><p>liberdade sexual da pessoa assediada, comumente contra mu-</p><p>lheres. Essas condutas reprováveis se apresentam em forma de</p><p>cantadas insistentes, propostas sexuais, chantagens indevidas,</p><p>etc. utilizando-se o ofensor do contexto laboral, ou da posição</p><p>de poder que ocupa, para chegar até a pessoa assediada.</p><p>Além de conduta completamente reprovável, o assédio</p><p>sexual é crime previsto no artigo 216-A do Código Penal Bra-</p><p>sileiro quando cometido por superior hierárquico, conforme</p><p>veremos.</p><p>Quem é vítima do assédio sexual?</p><p>Em regra a vítima de assédio sexual são as mulheres em</p><p>qualquer função na relação laboral.</p><p>Admite-se que o homem também seja vítima do assédio</p><p>sexual, porém é bastante incomum sua ocorrência. Da mesma</p><p>forma podemos dizer acerca do assédio sexual entre pessoas</p><p>do mesmo sexo</p><p>Quem comete o assédio sexual?</p><p>O agente do assédio sexual é geralmente o trabalhador,</p><p>que pode ser ou não superior hierárquico da vítima. O assedia-</p><p>dor também pode não possuir vínculo direto, como no caso de</p><p>assédio sexual por fornecedores, clientes, servidores e autori-</p><p>dades de outros órgãos e corporações.</p><p>Onde se manifesta o assédio sexual?</p><p>Para configuração do assédio sexual, o local onde o asse-</p><p>diador manifesta a conduta é pouco relevante. O importante na</p><p>caracterização do assédio sexual é que este ocorra em função</p><p>da relação de trabalho existente entre o assediador e a pessoa</p><p>assediada. Pouco importando se a conduta assediadora foi rea-</p><p>lizada na sala da chefia, no ponto de ônibus ou por meio de</p><p>mensagem privada de aplicativo de comunicação instantânea.</p><p>Características</p><p>As características do assédio sexual se assemelham àque-</p><p>las definidas no assédio moral, a lembrar: comportamento ne-</p><p>gativo, reiteração da conduta e permanência no tempo. No en-</p><p>tanto, o caso a caso poderá relevar situações de assédio sexual</p><p>em que algum desses elementos não esteja presente.</p><p>Assim, ainda que a reiteração da conduta seja elemento ca-</p><p>racterizador do assédio sexual, em determinada situação con-</p><p>creta um único ato seja suficiente para caracterizá-lo como</p><p>assédio. Da mesma forma a duração da conduta no tempo,</p><p>poderá ser curta mas devidamente enquadrada no cerne do</p><p>conceito</p><p>Há dois tipos de assédio sexual tipificados pela doutrina:</p><p>1) Assédio sexual mediante chantagem: ocorre quando</p><p>há o assediador estabelece uma ou mais condições de cunho</p><p>sexual à vítima para que ela mantenha algum status, alcance</p><p>alguma vantagem ou evite algum prejuízo.</p><p>2) Assédio sexual mediante intimidação: ocorre quan-</p><p>do o assediador se utiliza de investidas sexuais inoportunas</p><p>e indesejadas com intuito de criar uma situação ofensiva, de</p><p>humilhação ou intimidação contra vítima, prejudicando sua</p><p>atuação funcional e destruindo o ambiente laboral.</p><p>É necessário contato físico para caracterizar o assédio</p><p>sexual?</p><p>Não. A maioria dos comportamentos de assédio sexual</p><p>ocorre sem contato físico, por meio de expressões, conversas,</p><p>bilhetes, gestos, envio de imagens, comentários em redes so-</p><p>ciais, presentes, etc.</p><p>O silêncio da vítima pressupõe seu consentimento ?</p><p>Não. Claro que é importante que a vítima do assédio se-</p><p>xual se manifeste desde logo contra as investidas recebidas.</p><p>Mas, por outro lado, é compreensível que diante de um ato</p><p>que causa constrangimento e intimidação, não é possível</p><p>pressupor que o silêncio ou ausência imediata de repúdio</p><p>seja algum sinal positivo para que o assediador continue suas</p><p>investidas. Nessa situação a trabalhadora está em posição de</p><p>subordinação e o medo de represálias contribui para a ausên-</p><p>cia de uma atitude mais assertiva contra o assediador.</p><p>O que não configura assédio sexual?</p><p>Para</p><p>que a conduta do agente não seja considerada assé-</p><p>dio sexual é necessário que exista consentimento de ambas</p><p>as partes envolvidas. Qualquer comportamento que descon-</p><p>sidere ou pressuponha um consentimento deve ser conside-</p><p>rado assédio sexual no trabalho. Assim é preciso uma atitude</p><p>de desconstrução do agente em relação aos estereótipos e pa-</p><p>radigmas de uma sociedade machista que colocam a mulher</p><p>numa posição de mero objeto na relação social.</p><p>Também não configura assédio sexual a investida su-</p><p>til e respeitosa que, sendo devidamente recusada, não teve</p><p>qualquer outro desenrolar na esfera profissional e pessoal</p><p>daquela que recusou o flerte. Mesmo não sendo uma atitu-</p><p>de de assédio sexual típica, é recomendado que se evite esse</p><p>tipo de paquera no ambiente de trabalho, ainda mais quando</p><p>a relação laboral entre os envolvidos é direta, seja por subor-</p><p>dinação ou não.</p><p>Exemplos comuns de assédio sexual</p><p>● Contato físico indesejado</p><p>● Elogios desrespeitosos</p><p>● Envio de mensagens de cunho sexual</p><p>● Piadas e gracejos de com teor sexual</p><p>● Controle da vida privada da pessoa assediada</p><p>● Convites impertinentes e insistentes</p><p>● Sentimento de posse em relação à vítima</p><p>● Chantagens para obter favorecimento sexual</p><p>● Ameaças e pressões para sair com a vítima</p><p>Causas do assédio sexual no trabalho</p><p>Quando analisamos as causas do assédio sexual, é impor-</p><p>tante notar que se trata, com maior frequência, de conduta</p><p>cometida por homens contra mulheres e na forma vertical, ou</p><p>seja, do superior hierárquico contra a trabalhadora.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>8</p><p>Levando em conta essas constatações, podemos apontar</p><p>que as explicações possíveis sobre as causas do assédio moral</p><p>estão ligadas a fatores como:</p><p>● forte cultura machista ainda vigente em nossa socie-</p><p>dade e no ambiente de trabalho;</p><p>● organização e divisão sexista dos cargos, dos órgãos</p><p>e corporações;</p><p>● dificuldade de punição do assediador;</p><p>● despreparo dos gestores e chefias no uso do poder</p><p>hierárquico.</p><p>Frise-se que o combate ao assédio moral deve passar ne-</p><p>cessariamente pelo combate às suas causas, ou seja, defender</p><p>uma igualdade de direitos e oportunidade de homens e mu-</p><p>lheres. Esse é um compromisso que todos precisam ter para</p><p>uma efetiva prevenção ao assédio sexual.</p><p>Consequências para a vítima</p><p>Assim como o assédio moral, o assédio sexual tem im-</p><p>pacto negativo na vida pessoal e profissional da vítima. Além</p><p>de gerar uma situação embaraçosa e um mal estar no conví-</p><p>vio com o assediador, a vítima pode desenvolver síndromes e</p><p>doenças psicossociais que abalam seu emocional e diminuem</p><p>seu interesse pelo trabalho e produtividade.</p><p>São sintomas comuns às vítimas de assédio sexual:</p><p>● crises de choro, angústia e desalento com a profis-</p><p>são;</p><p>● constrangimento e mal estar em presença da vítima;</p><p>● perda da autoconfiança na própria competência;</p><p>● cometimento de erros banais por falta de concen-</p><p>tração;</p><p>Além de vários outros sintomas, as perdas são de ordem</p><p>ainda maiores se levarmos em conta os efeitos do adoeci-</p><p>mento da servidora em um órgão, ocasionando sua licença</p><p>ou pedido de exoneração. A rotatividade de trabalhadores, a</p><p>desagregação do ambiente de trabalho, a diminuição da pro-</p><p>dutividade, sobrecarga de serviço, etc. são problemas que</p><p>afetam todos os que trabalham na mesma corporação ou ór-</p><p>gão público.</p><p>O que diz a Lei</p><p>Incluído no Código Penal pela Lei nº 10.224/2001, o arti-</p><p>go 216A foi positivado com a seguinte redação:</p><p>Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter</p><p>vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente</p><p>da sua condição de superior hierárquico ou ascendência ine-</p><p>rentes ao exercício de emprego, cargo ou função.</p><p>Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.</p><p>O parágrafo segundo do artigo ainda prevê que a pena</p><p>poderá ser aumentada em até um terço se a vítima for menor</p><p>de 18 anos.</p><p>É importante ressaltar que o tipo penal não se confunde</p><p>com a configuração da conduta para os fins disciplinares</p><p>previstos no Direito Administrativo. Pelo diploma criminal,</p><p>o assédio sexual é crime próprio, pois somente pode ser</p><p>cometido por aquele que esteja na condição de superior</p><p>hierárquico ou ascendência. Para o Direito Administrativo</p><p>o assédio sexual configura-se mesmo não havendo grau</p><p>hierárquico entre o agente e a vítima.</p><p>Assim como acontece com o assédio moral, recentemen-</p><p>te a jurisprudência vem acatando alguns pedidos de conde-</p><p>nação de servidores públicos que cometem assédio sexual</p><p>com base na Lei de Improbidade Administrativa.</p><p>Orientações gerais</p><p>Como prevenir o assédio moral e sexual no ambiente</p><p>de trabalho?</p><p>● incentivo ao desenvolvimento de uma cultura de par-</p><p>ticipação e diálogo aberto com a equipe por parte dos gesto-</p><p>res de órgãos de execução ou de administração;</p><p>● definição clara atribuições dos cargos e funções;</p><p>● coibição do desvio de função;</p><p>● organização de eventos, palestras, criação de dia/se-</p><p>mana de prevenção e enfrentamento ao assédio, etc. com o</p><p>intuito de chamar atenção para o tema;</p><p>● capacitação de líderes e gestores com enfoque numa</p><p>política de gestão de pessoas que vise a humanização do am-</p><p>biente e das relações de trabalho.</p><p>É importante ressaltar que a apuração e punição do autor</p><p>da conduta de assédio moral e sexual é medida fundamental</p><p>no processo de mudança da cultura institucional, uma vez</p><p>que a pena disciplinar exerce um caráter preventivo geral</p><p>sobre a coletividade de uma corporação ou órgão. Para tanto</p><p>é preciso que haja denúncia e que os órgãos atuem com rigor</p><p>para fazer valer as punições previstas em lei.</p><p>O que fazer diante de uma situação assédio moral ou</p><p>sexual?</p><p>● Repudiar de pronto a atitude do assediador e explici-</p><p>tar que tal comportamento configura assédio;</p><p>● Pedir para que o colega passe a observar a conduta do</p><p>assediador em relação a si;</p><p>● Registrar informações sobre a conduta abusiva, como</p><p>dia e hora do fato ocorrido, local, conteúdo da conversa, pes-</p><p>soas envolvidas, testemunhas, etc.</p><p>● Produzir ou preservar provas do assédio (gravar con-</p><p>versas, guardar bilhetes, salvar e-mails, etc.);</p><p>● Conversar com o assediador acompanhando de um co-</p><p>lega de trabalho;</p><p>● Compartilhar a situação com colegas de trabalho, ami-</p><p>gos ou familiares.</p><p>Denuncie! Rompa o silêncio e leve sua denúncia aos ca-</p><p>nais de acolhimento! É importante que as ações de assédio</p><p>moral ou sexual sejam repudiadas desde os primeiros com-</p><p>portamentos. É sabido que com o tempo o assediador pas-</p><p>sa a ganhar confiança na falta de consequências para o seu</p><p>comportamento e os atos de assédio tendem a aumentar. Por</p><p>outro lado, quanto mais tempo em situação de assédio, a ví-</p><p>tima passa a ter seu psicológico fragilizado para enfrentar a</p><p>situação sozinha.</p><p>Que tipos de prova provas podem ser utilizadas?</p><p>● Gravação sem o conhecimento do assediador de con-</p><p>versas por meio de aparelho celular ou gravador portátil;</p><p>● Testemunhas que convivam com o assediador e te-</p><p>nham detalhes das situações de assédio vividas pela vítima;</p><p>● Documentos, e-mails, conversas via aplicativos de</p><p>mensagens instantâneas (WhatsApp, Messenger, etc.);</p><p>● Laudo médico ou psicológico de afastamento por</p><p>adoecimento do servidor público relacionado ao assédio mo-</p><p>ral ou sexual.</p><p>A produção de provas contra o assediador é um dos gran-</p><p>des desafios da vítima de assédio moral e sexual. Isso se deve</p><p>ao fato do comportamento do assediador ser manifestado</p><p>em momentos em que a vítima está sozinha, e geralmente de</p><p>forma velada e indireta. Esse artifício dificulta a produção de</p><p>provas cabais contra o assediador. Diante da dificuldade de se</p><p>provar o assédio, a doutrina e a jurisprudência têm valoriza-</p><p>do a prova indireta, ou seja, prova por indícios e as circuns-</p><p>tâncias de fato.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>9</p><p>Onde comunicar notícia de assédio moral ou sexual ?</p><p>Além de comunicar à Diretoria de Recursos Humanos ou</p><p>Gestão de Pessoas a qual você é vinculado, bem como</p><p>às auto-</p><p>ridades competentes, nos casos de tipificação criminal, você</p><p>deve procurar sua entidade de classe (Sindicato, Associação,</p><p>etc.) para comunicar o fato e obter a assessoria adequada.</p><p>O assédio moral e sexual na esfera pública é um fato,</p><p>com efeitos perversos para as vítimas e para todos os que</p><p>são atingidos pelas consequências de tais práticas. Erradicar</p><p>o assédio moral e sexual do nosso cotidiano impõe a todos</p><p>o importante papel de enfrentamento das suas práticas, seja</p><p>por meio da prevenção, seja pela repressão.</p><p>Incentiva-se, assim, que as vítimas de assédio moral e</p><p>sexual se empoderem, revidem as investidas e procurem os</p><p>canais de denúncia disponibilizados; que os assediadores se</p><p>conscientizem da violência que praticam e dos efeitos per-</p><p>versos dos prejuízos que silenciosamente causam; e as teste-</p><p>munhas apoiem a denúncia, acolham as vítimas e colaborem</p><p>com as investigações.3</p><p>3 - ATITUDES ÉTICAS, RESPEITO, VALORES E</p><p>VIRTUDES; NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E</p><p>PROFISSIONAL. A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRE-</p><p>SAS PÚBLICAS E PRIVADAS. CÓDIGO DE ÉTICA,</p><p>CONDUTA E INTEGRIDADE.</p><p>Ética e moral são dois conceitos discutidos pela</p><p>humanidade há centenas de anos, sem deixarem de ser atuais.</p><p>Pensadores de diferentes períodos históricos, como Só-</p><p>crates e Immanuel Kant, têm suas próprias definições sobre</p><p>esses temas.</p><p>À medida que os anos vão passando, esses conceitos vão</p><p>se adequando às novas realidades.</p><p>A verdade também é que a relação entre ética e moral</p><p>pode ser aplicada em diferentes contextos.</p><p>Nas organizações, por exemplo, elas integram um códi-</p><p>go de conduta, ao qual lideranças e colaboradores devem se</p><p>adequar para que não haja incompatibilidade de valores.</p><p>Por sinal, a ética e a moral estão em alta nas organi-</p><p>zações, pois estão associadas a temas contemporâneos de</p><p>grande relevância, como responsabilidade social, governança</p><p>corporativa e compliance.</p><p>Como você pode ver, estamos falando de temas que po-</p><p>dem ser abordados de diferentes formas, todas elas muito</p><p>importantes, e que vão ser detalhadas a seguir.</p><p>Para entendermos os princípios e valores éticos é neces-</p><p>sário entender o que é ética. Recapitulando o que já falamos</p><p>antes, ética é um grupo de princípios básicos que pretende</p><p>regular a conduta e modo de agir de um grupo social.</p><p>De uma maneira mais simples, a ética estuda os costu-</p><p>mes das pessoas em sociedade, criando princípios e valores</p><p>para guiar as pessoas a terem atitudes corretas e dentro da</p><p>lei, que não interfira no direito de outras pessoas.</p><p>Hoje várias classes utilizam a palavra ética para indicar</p><p>os valores de seu grupo social, como a ética médica, ética pú-</p><p>blica ou mesmo a ética de uma empresa.</p><p>A Ética é um conjunto de valores morais e princípios que</p><p>norteiam as ações humanas na sociedade e seus grupos.</p><p>3 Fonte: /https://www.mpsp.mp.br/</p><p>Ser ético é respeitar seus semelhantes em relação a sua</p><p>vida, patrimônio e bem-estar, e ter em mente a justiça social</p><p>onde ninguém seja prejudicado. Simplificando: É ser honesto,</p><p>solidário e justo. Ser uma pessoa de caráter.</p><p>Princípios e valores</p><p>Existe uma grande diferença entre princípios, valo-</p><p>res e virtudes embora sua efetividade seja válida apenas</p><p>quando os conceitos estão alinhados. No mundo corporativo</p><p>em geral, noto que muitos profissionais são equivocados com</p><p>relação aos conceitos e, apesar de defenderem o significado</p><p>de um ou outro, a prática se revela diferente.</p><p>Princípios são preceitos, leis ou pressupostos conside-</p><p>rados universais que definem as regras pela qual uma socie-</p><p>dade civilizada deve se orientar. Em qualquer lugar do mun-</p><p>do, princípios são incontestáveis, pois, quando adotados não</p><p>oferecem resistência alguma.</p><p>Entende-se que a adoção desses princípios está em</p><p>consonância com o pensamento da sociedade e vale tanto</p><p>para a elaboração da constituição de um país quanto para</p><p>acordos políticos entre as nações ou estatutos de condomínio.</p><p>Vale no âmbito pessoal e profissional.</p><p>Amor, felicidade, liberdade, paz e respeito são exem-</p><p>plos de princípios universais. Como cidadãos – pessoas</p><p>e profissionais -, esses princípios fazem parte da nossa</p><p>existência e durante uma vida estaremos lutando para torná-</p><p>los inabaláveis.</p><p>Temos direito a todos eles, contudo, por razões diversas,</p><p>eles não surgem de graça. A base dos nossos princípios é</p><p>construída no seio da família e, em muitos casos, eles se</p><p>perdem no meio do caminho.</p><p>De maneira geral, os princípios regem a nossa existên-</p><p>cia e são comuns a todos os povos, culturas, eras e religiões,</p><p>queiramos ou não. Quem age diferente ou em desacordo com</p><p>os princípios universais acaba sendo punido pela sociedade</p><p>e sofre todas as consequências. São as escolhas que fazemos</p><p>com base em valores equivocados, não em princípios.</p><p>Valores são normas ou padrões sociais geralmente</p><p>aceitos ou mantidos por determinado indivíduo, classe ou</p><p>sociedade, portanto, em geral, dependem basicamente da</p><p>cultura relacionada com o ambiente onde estamos inseridos.</p><p>É comum existir certa confusão entre valores e princípios,</p><p>todavia, os conceitos e as aplicações são diferentes.</p><p>Diferente dos princípios, os valores são pessoais, sub-</p><p>jetivos e, acima de tudo, mutáveis. O que vale para você não</p><p>vale necessariamente para os demais colegas de trabalho.</p><p>Sua aplicação pode ou não ser ética e depende muito do cará-</p><p>ter ou da personalidade da pessoa que os adota.</p><p>Pessoas de origem humilde definem valores de maneira</p><p>diferente das pessoas de origem mais abastada. De um lado,</p><p>a escassez pode gerar a ideia de que dinheiro não traz felici-</p><p>dade, portanto, mesmo sem dinheiro, é possível ser feliz utili-</p><p>zando-se valores como amizade, por exemplo.</p><p>Por outro lado, o apego ao dinheiro e a convivência har-</p><p>moniosa com o conforto pode gerar a ideia de que sem di-</p><p>nheiro não é possível ser feliz, ou seja, o dinheiro traz feli-</p><p>cidade, amizade, conforto e, se houver mais dinheiro do que</p><p>o necessário, valores como filantropia e voluntariado podem</p><p>ser praticados.</p><p>Essa comparação não define o certo e o errado. Ela ape-</p><p>nas levanta uma questão interessante sobre o conceito de va-</p><p>lores e depende do ponto de vista de cada cultura ou de cada</p><p>pessoa, em particular.</p><p>Na prática, é muito mais simples ater-se aos valores do</p><p>que aos princípios, pois este último exige muito de nós. Os</p><p>valores completamente equivocados da nossa sociedade – di-</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>10</p><p>nheiro, sucesso, luxo e riqueza – estão na ordem do dia, in-</p><p>felizmente. Todos os dias somos convidados a negligenciar</p><p>os princípios e adotar os valores ditados pela sociedade.</p><p>Virtudes, segundo o Aurélio, são disposições constantes</p><p>do espírito, as quais, por um esforço da vontade, inclinam à</p><p>prática do bem. Aristóteles afirmava que há duas espécies</p><p>de virtudes: a intelectual e a moral. A primeira deve, em</p><p>grande parte, sua geração e crescimento ao ensino, e por isso</p><p>requer experiência e tempo; ao passo que a virtude moral é</p><p>adquirida com o resultado do hábito.</p><p>Segundo Aristóteles, nenhuma das virtudes morais surge</p><p>em nós por natureza, visto que nada que existe por nature-</p><p>za pode ser alterado pela força do hábito, portanto, virtudes</p><p>nada mais são do que hábitos profundamente arraigados que</p><p>se originam do meio onde somos criados e condicionados</p><p>através de exemplos e comportamentos semelhantes.</p><p>Uma pessoa pode ter valores e não ter princípios. Hitler,</p><p>por exemplo, conhecia os princípios, mas preferiu ignorá-</p><p>-los e adotar valores como a supremacia da raça ariana, a</p><p>aniquilação povo judeu e a dominação pela força.</p><p>Significa que também não dispunha de virtudes, pois as</p><p>virtudes são decorrentes dos princípios e o seu legado foi um</p><p>dos mais nefastos da história. Sua ambição desmedida o tor-</p><p>nou obcecado por valores que contrastam com os princípios</p><p>universais.</p><p>Diferente de Hitler, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dul-</p><p>ce e Mahatma Gandhi tinham princípios, valores e virtudes</p><p>integralmente alinhados com a sua concepção de vida. Todos</p><p>lutavam por causas nobres e tinham um ponto comum:</p><p>05</p><p>4 - Organização textual; ....................................................................................................................................................................................................... 05</p><p>5 - Coesão e Coerência; ........................................................................................................................................................................................................ 06</p><p>6 - Tipologia textual. ............................................................................................................................................................................................................. 07</p><p>7 - Ortografia oficial. ........................................................................................................................................................................... 08</p><p>8 - Acentuação gráfica. ....................................................................................................................................................................... 09</p><p>9 - Emprego do sinal indicativo de crase. ..................................................................................................................................................................... 10</p><p>7 - Sintaxe da oração e do período................................................................................................................................................................................... 11</p><p>8 - Pontuação. .......................................................................................................................................................................................................................... 14</p><p>9 - Concordância nominal e verbal. ................................................................................................................................................................................. 15</p><p>10 - Regência nominal e verbal. ........................................................................................................................................................................................ 16</p><p>11 - Significação das palavras. ........................................................................................................................................................... 17</p><p>12 - Colocação do pronome átono. .................................................................................................................................................................................. 17</p><p>13 - Redação Oficial: escrita de textos formais e Manual de Redação da Presidência da República (disponível no sítio do Planalto</p><p>na internet). ............................................................................................................................................................................................................................. 18</p><p>14 - Novo Acordo ortográfico ............................................................................................................................................................ 26</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>1</p><p>1 - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.</p><p>Interpretar um texto significa “desvendar seus misté-</p><p>rios” quanto à questão do discurso, pois esse (o discurso)</p><p>representa a mensagem que ora se deseja transmitir.</p><p>Quando falamos em interpretação, esta engloba uma sé-</p><p>rie de particularidades, tais como pontuação, pois uma vír-</p><p>gula pode mudar o sentido de uma ideia, elementos gra-</p><p>maticais, como conjunções, preposições, entre outros.</p><p>Obviamente que, para haver uma boa interpretação, o</p><p>texto deverá dispor de todos os requisitos essenciais para tal.</p><p>Como por exemplo, coesão, coerência, paragrafação e, sobre-</p><p>tudo, relações semânticas bem delimitadas, para que dessa</p><p>maneira o leitor possa interagir plenamente com as ideias</p><p>retratadas por esse texto.</p><p>A questão discursiva tanto vale para textos escritos em</p><p>prosa, quanto para aqueles escritos em forma de versos, pois</p><p>por trás de uma simples estrofe há infinitos dizeres, que o</p><p>leitor, com seu conhecimento de mundo, torna-se capaz de</p><p>decifrá-los de uma forma bastante plausível.</p><p>Assim sendo, a linguagem é algo interativo, magnífico,</p><p>surpreendente, autêntico e poderoso. Ao atribuirmos o ad-</p><p>jetivo “poderoso”, estamos nos remetendo à ideia de que ela</p><p>também possui uma finalidade persuasiva em meio ao pro-</p><p>cesso de interlocução.</p><p>Assim, como mencionado anteriormente, é inegável a</p><p>importância de estarmos aptos a interpretar todo e qualquer</p><p>texto, independente de sua finalidade. E para que isto ocorra,</p><p>é necessário lançarmos mão de certos recursos que nos são</p><p>oferecidos, e muitas vezes não os priorizamos, como a leitu-</p><p>ra, a busca constante por informações extratextuais, para que</p><p>assim nos tornemos leitores e escritores cada vez mais cons-</p><p>cientes e eficazes.</p><p>Você já leu um texto e teve a sensação de que não enten-</p><p>deu nada? Releu novamente e parece que ficou até com nó</p><p>na cabeça? Confuso e perdido sobre a ideia do texto? Não se</p><p>assuste. Isso é comum de acontecer com quem dificuldade de</p><p>interpretação de texto.</p><p>Só que é preciso buscar maneiras de melhorar o seu de-</p><p>sempenho nessa área. Justamente porque não saber interpre-</p><p>tar corretamente um texto pode gerar inúmeros problemas,</p><p>afetando não só o desenvolvimento profissional, mas tam-</p><p>bém o desenvolvimento pessoal.</p><p>Entenda que a leitura mecânica é bem diferente da leitu-</p><p>ra interpretativa. Você deve se perguntar com que maneira</p><p>tem lido um texto. A dificuldade de interpretação é geral e,</p><p>com certeza, oriunda da falta de treinamento.</p><p>Segundo a Hermenêutica, ramo da filosofia que estuda a</p><p>teoria da interpretação, a leitura de um texto é composta de</p><p>três fases:</p><p>– Pré-compreensão: é importante ler o texto tendo uma</p><p>ideia do que ele vai trazer. Por exemplo, se você é estudante</p><p>de jornalismo do primeiro ano e ler um texto que é do ter-</p><p>ceiro ano, talvez vá ter sim mais dificuldade para ler o texto;</p><p>- Compreensão: aqui o leitor se depara com ideias no-</p><p>vas, ou algo que já conhece. É comum ler, mas não entender</p><p>o que leu, porém ter uma compreensão do que o texto está</p><p>abordando.</p><p>- Interpretação: depois de ter a pré-compreensão sobre</p><p>o texto, e posteriormente a compreensão, é hora da interpre-</p><p>tação. O leitor dá um sentido ao texto. Ele amplia o seu hori-</p><p>zonte de conhecimento.</p><p>Mas antes de você saber como interpretar um texto é fun-</p><p>damental conhecer os tipos textuais.</p><p>Tipos de textos</p><p>1 – Dissertativo</p><p>Trata-se de um tipo de texto que tem por objetivo analisar,</p><p>interpretar, explicar e avaliar dados reais. De forma geral, a dis-</p><p>sertação requer reflexão e opiniões fundamentadas a respeito</p><p>de fatos, sendo solicitado também uma certa posição crítica</p><p>com relação ao assunto/tema apresentado.</p><p>A estrutura de um texto dissertativo contempla introdu-</p><p>ção, argumentação e conclusão. Na parte da introdução deve-</p><p>-se apontar a ideia-chave ao ser trabalhada no texto com base</p><p>no tema proposto, sinalizando o posicionamento que será ado-</p><p>tado no decorrer da argumentação.</p><p>A argumentação ou desenvolvimento do texto dissertativo</p><p>consiste em fundamentar, justificar ou dar sustentação ao po-</p><p>sicionamento adotado com relação ao tema.</p><p>A conclusão, além de fechar o raciocínio desenvolvido no</p><p>decorrer do texto, tem como objetivo apontar uma solução ou</p><p>alguma expectativa futura com relação ao tema desenvolvido.</p><p>É importante frisar que a dissertação é o tipo de texto mais</p><p>solicitado em provas como Enem, vestibulares e concursos,</p><p>prezando principalmente pela objetividade adotada pelos</p><p>candidatos e conhecimento quanto ao tema proposto.</p><p>2 – Narrativo</p><p>Sendo um dos Tipos de textos mais conhecido. O sinônimo</p><p>de narrar consiste em descrever ou contar fatos (verdadeiros</p><p>ou não), podendo também mesclar dados reais e imaginários</p><p>que sejam contextualizados em tempo e lugar, possuindo uma</p><p>estrutura mínima com relação a um ou mais personagens.</p><p>Há basicamente</p><p>a</p><p>dignidade humana.</p><p>Enquanto Hitler, Milosevic e Karadzic entraram para o</p><p>rol das figuras mais odiadas da humanidade, Madre Teresa de</p><p>Calcutá, Santa Irmã Dulce e Mahatma Gandhi são personali-</p><p>dades singulares que inspiram exemplos para a humanidade.</p><p>Existem pessoas que nunca seguiram princípio algum e,</p><p>apesar de tudo, continuam enriquecendo, fazendo sucesso na</p><p>televisão, conquistando cargos importantes nas empresas e</p><p>assumindo papéis relevantes na sociedade.</p><p>Contudo, penso que riqueza material não é a única medi-</p><p>da de sucesso. Avalie, por si mesmo, quais os exemplos deixa-</p><p>dos por elas, a sua contribuição para o mundo e o seu triste</p><p>legado para os descendentes.</p><p>No mundo corporativo não é diferente. Embora a convi-</p><p>vência seja, por vezes, insuportável, deparamo-nos com pro-</p><p>fissionais que atropelam os princípios, como se isso fosse</p><p>algo natural, um meio de sobrevivência, e adotam valores que</p><p>nada tem a ver com duas grandes necessidades corporativas:</p><p>a convivência pacífica e o espírito de equipe.</p><p>Nesse caso, virtude é uma palavra que não faz parte do</p><p>seu vocabulário e, apesar da falta de escrúpulo, leva tempo</p><p>para destituí-los do poder.</p><p>Valores e virtudes baseados em princípios univer-</p><p>sais são inegociáveis e, assim como a ética e a lealdade, ou</p><p>você tem, ou não tem. Entretanto, conceitos como liberdade,</p><p>felicidade ou riqueza não podem ser definidos com exatidão.</p><p>Cada pessoa tem recordações, experiências, imagens inter-</p><p>nas e sentimentos que dão um sentido especial e particular</p><p>a esses conceitos.</p><p>O importante é que você não perca de vista esses con-</p><p>ceitos e tenha em mente que a sua contribuição, no universo</p><p>pessoal e profissional, depende da aplicação mais próxima</p><p>possível do senso de justiça. E a justiça é uma virtude tão di-</p><p>fícil e tão negligenciada que a própria justiça sente dificulda-</p><p>des em aplicá-la.</p><p>Portanto, defenda os princípios e os valores e as virtudes</p><p>fluirão naturalmente. O que vale em casa vale na rua, no</p><p>trabalho e na sociedade em geral. Não existe paz de espírito</p><p>nem crescimento interior sem o triunfo dos princípios.</p><p>Tendo explicado o que são os valores e os princípios hu-</p><p>manos, a seguir, listamos exemplos específicos de ambos ele-</p><p>mentos. O ser humano é livre, a prática do bem é exercida</p><p>através da virtude que valoriza o hábito.</p><p>Quais são os princípios que reforçam a convivência em so-</p><p>ciedade?</p><p>1. Cada ser humano é imenso em dignidade, portanto,</p><p>uma pessoa não é um meio, mas um fim em si mesma. Uma</p><p>pessoa nunca deve ser instrumentalizada nem tratada como</p><p>um objeto.</p><p>2. Princípio de igualdade. Todo ser humano possui o</p><p>mesmo valor. Este princípio de igualdade é universal.</p><p>3. Respeito pela lei natural.</p><p>Quais valores são uma base sólida para o crescimento in-</p><p>terior?</p><p>1. A humildade. Refere-se à maneira pela qual uma</p><p>pessoa se posiciona diante da realidade, longe de qualquer</p><p>manifestação de soberba ou vaidade. É consciente de que to-</p><p>dos os vínculos nascem de uma posição de igualdade. Portan-</p><p>to, este valor se conecta com o princípio descrito no parágra-</p><p>fo anterior.</p><p>2. Responsabilidade. O exercício da responsabilidade</p><p>está relacionado com a liberdade, pois o ser humano deve ser</p><p>consciente de que suas ações têm consequências. Portanto,</p><p>quando toma uma decisão, também tem que assumir este</p><p>fato a partir do momento em que faz uma escolha.</p><p>3. Sinceridade. Este é um valor que parte da relação</p><p>que uma pessoa tem consigo mesma. Ou seja, a sinceridade</p><p>não remete apenas à transparência com os outros, mas tam-</p><p>bém, ao vínculo de autenticidade e coerência refletido no</p><p>amor próprio.</p><p>4. Respeito por si mesmo e pelos outros, atendendo</p><p>ao princípio da dignidade, pela qual cada pessoa é única e</p><p>totalmente irrepetível.</p><p>5. Gratidão que valoriza o apreço e o reconhecimento</p><p>pelos presentes da vida, começando pelos detalhes mais</p><p>simples da existência.</p><p>6. Respeito: É o ato de respeitar e ter consideração ao</p><p>próximo. O respeito faz a pessoa não ter atitudes perversas</p><p>contra outra. A pessoa deve respeitar para ser respeitado.</p><p>Respeitar é não ofender ou discriminar outra pessoa por que</p><p>ela pensa ou vive diferente de você (se o viver ou pensar dela</p><p>não desrespeitem outras pessoas).</p><p>7. Solidariedade/fraternidade: É um sentimento em re-</p><p>lação ao sofrimento dos outros, é ajudar as pessoas que pre-</p><p>cisam de ajuda. É uma responsabilidade mútua, onde todos</p><p>se sentem responsável um pelos outros cooperando entre si.</p><p>São pessoas em uma situação melhor ajudando outras que</p><p>estão em</p><p>8. Honestidade: Ser honesto é ser verdadeiro, ou seja, não</p><p>mente e não engana. É uma pessoa que tem dignidade. Ele é</p><p>contra a Lei de Gerson, aquele da propaganda que estimulava</p><p>as pessoas a levarem vantagem e serem espertas. É observa-</p><p>dor das regras morais. A honestidade é ligada à pessoa ínte-</p><p>gra, decente e de honra, é uma pessoa que tem a coragem de</p><p>cumprir com suas obrigações corretamente, mesmo que gere</p><p>alguma consequência, pois é uma pessoa de moral elevado.</p><p>Através do conhecimento da diferença entre valores e</p><p>princípios humanos, e o desejo de agir a partir dessa estru-</p><p>tura de ação, uma pessoa pode levar essa base teórica ao pla-</p><p>no da prática quando toma decisões em sua vida. Obviamen-</p><p>te, também pode acontecer que uma pessoa se arrependa de</p><p>ter agido de determinada maneira e possa reconsiderar ao</p><p>perceber os efeitos de seus atos.</p><p>COMPORTAMENTOS ÉTICOS E COMPLIANCE</p><p>11</p><p>Ética empresarial e profissional</p><p>A ética empresarial são os valores e princípios morais</p><p>que a empresa transmite para a sociedade. É a sua imagem</p><p>corporativa perante todas as pessoas que ela tem contato,</p><p>como seus funcionários, fornecedores, clientes e concorren-</p><p>tes. Toda empresa pública ou privada, pequena ou grande</p><p>deve ter ética empresarial, ou seja, tem que ter responsabi-</p><p>lidade social e ambiental, se preocupando com as necessida-</p><p>des da sociedade. Hoje todos estão muito atento na hora de</p><p>comprar um produto ou se relacionar com as empresas. Uma</p><p>empresa que consolida sua ética empresarial perante todos,</p><p>tem uma tendência maior de atrair clientes, melhores colabo-</p><p>radores e investidores.</p><p>Uma empresa ética se preocupa com o relacionamento</p><p>de seus funcionários, fazendo com que tenham também boas</p><p>atitudes e valores positivos para que haja o máximo de coo-</p><p>peração entre eles gerando não só um ambiente melhor, mas</p><p>também um acréscimo na produtividade e lucro da empresa.</p><p>Ética profissional</p><p>A ética profissional tem a ver com os as normas que for-</p><p>mam o relacionamento entre seus colaboradores. Estas nor-</p><p>mas devem direcionar para que seus funcionários tenham</p><p>ações baseadas em valores éticos e morais.</p><p>A ética profissional também norteiam os princípios que</p><p>direcionam a conduta no exercício de uma profissão como a</p><p>ética médica, ética no setor público ou de qualquer empresa.</p><p>Todas as profissões hoje regulamentadas tem seus códi-</p><p>gos de ética, que são um conjunto de regras na qual o profis-</p><p>sional deve respeitar, estando sujeito a fiscalização de seus</p><p>conselhos, caso a desrespeitem.</p><p>Apesar de existirem vários códigos de ética, elas na ver-</p><p>dade são muito parecidas, pois se baseiam em princípios</p><p>éticos universais como igualdade, liberdade, solidariedade,</p><p>honestidade, justiça, responsabilidade e respeito.</p><p>Hoje o mundo atravessa um momento complicado em</p><p>nível de comportamento humano e por causa disso, todos os</p><p>profissionais que têm uma conduta ética acaba se destacando</p><p>transmitindo uma maior credibilidade junto a seus colegas</p><p>de trabalho ou clientes.</p><p>Ética na esfera pública.</p><p>Quando falamos sobre ética pública, logo pensamos em</p><p>corrupção, extorsão, ineficiência, etc, mas na realidade o que</p><p>devemos ter como ponto de referência em relação ao serviço</p><p>público, ou na administração pública em geral, é que seja fixa-</p><p>do um padrão a partir do qual possamos, em seguida, julgar</p><p>a atuação dos servidores públicos ou daqueles que estiverem</p><p>envolvidos na vida pública, entretanto não basta que haja pa-</p><p>drão, tão somente, é necessário que esse padrão seja ético,</p><p>acima de tudo.</p><p>3 tipos de foco narrativo, sendo eles:</p><p>- Narrador-personagem: quando quem conta a história é</p><p>também o personagem ou um dos personagens participando</p><p>na história. Essa forma de narrar deve ser feita em 1ª pessoa;</p><p>- Narrador-observador: é quando o narrador conta a his-</p><p>tória como um observador, transmitindo ao leitor os detalhes</p><p>de tudo que acontece. Essa narração é realizada em 3ª pessoa;</p><p>- Narrador-onisciente: é aquele narrador que sabe tudo a</p><p>respeito de todos os personagens e da história como um todo,</p><p>revelando sentimentos e pensamentos íntimos dos persona-</p><p>gens. Trata-se de uma narração feita em 3ª pessoa.</p><p>A estrutura da narração, geralmente contempla:</p><p>- Apresentação</p><p>Nesse momento o narrador torna conhecidos os persona-</p><p>gens, circunstâncias, tempo e lugar onde a história ocorre ou</p><p>ocorreu, contextualizando o enredo.</p><p>- Complicação</p><p>Trata-se da parte do texto na qual ocorrem as ações, en-</p><p>cadeamentos, sucessão de fatos e demais circunstâncias que</p><p>conduzem ao clímax da história.</p><p>- Clímax</p><p>O clímax por sua vez consiste em um ponto/momento de-</p><p>terminante da narração, em que as ações e encadeamentos</p><p>atingem um momento-chave, crítico ou desfecho inevitável.</p><p>- Desfecho</p><p>Trata-se da solução ao conflito originado/vivido pelos</p><p>personagens ou provocados pelas circunstâncias e respecti-</p><p>vos encadeamentos.</p><p>A narração está entre os tipos de textos mais utilizados</p><p>na literatura, sendo aplicada em:</p><p>- Contos;</p><p>- Crônicas;</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>2</p><p>- Romances;</p><p>- Histórias infantis;</p><p>- Fábulas;</p><p>- Novelas;</p><p>3 – Descritivo</p><p>Esse tipo de texto refere-se a um relato objetivo ou sub-</p><p>jetivo (até mesmo de cunho poético) quanto a uma pessoa,</p><p>lugar, objeto, animal etc., sendo possível descrever também,</p><p>numa abordagem mais subjetiva ou abstrata, sentimentos,</p><p>sensações e percepções.</p><p>Uma das principais características da descrição é o uso</p><p>de adjetivos, classe de palavras que serve justamente para</p><p>conferir atributos (bons ou maus) ao que está sendo descrito</p><p>no texto.</p><p>A descrição é um dos tipos de textos mais utilizados na</p><p>escrita de biografias, autobiografias, relatos, notícias, diários,</p><p>folhetos turísticos, currículos, classificados, cardápios e listas</p><p>de compras.</p><p>4 – Injuntivo ou de instrução</p><p>Consiste em um tipo de texto no qual o objetivo é indicar</p><p>como deve ser realizada uma ação ou predizer/persuadir de-</p><p>terminados acontecimentos e/ou comportamentos.</p><p>A característica básica de textos injuntivos ou de instru-</p><p>ção consiste numa linguagem simples e objetiva e na utiliza-</p><p>ção de verbos no imperativo com a finalidade de estimular/</p><p>persuadir o destinatário/leitor a praticar ações.</p><p>Esse tipo de texto é empregado principalmente em: pro-</p><p>pagandas, eventos, editais, convenções, regras, leis, receitas</p><p>culinárias, manuais de instrução, previsão do tempo e bulas</p><p>de remédio.</p><p>5 – Expositivo</p><p>Como o próprio nome sugere, esse tipo de texto tem</p><p>como objetivo principal expor/apresentar informações a res-</p><p>peito de um fato ou objeto específico, elencando característi-</p><p>cas e utilizando uma linguagem clara e objetiva.</p><p>O texto expositivo é utilizado principalmente nos seguin-</p><p>tes gêneros: artigos científicos, reportagens, fichamentos, re-</p><p>sumos, seminários etc.</p><p>Resumo para fixação</p><p>Para facilitar a compreensão e diferenciação quanto aos</p><p>tipos de textos, algumas palavras são determinantes na de-</p><p>finição das tipologias:</p><p>Narração: Narrador, personagens, tempo, espaço e enre-</p><p>do (história);</p><p>Descrição: Retrato verbal, comparação, enumeração e ad-</p><p>jetivos;</p><p>Exposição: Impessoalidade (notícia jornalística), fatos e</p><p>informações;</p><p>Injunção: Instruções, manuais, receitas e bulas;</p><p>Dissertação: Argumentação, exposição de ideias e funda-</p><p>mentação.</p><p>Vejamos agora a diferença entre TEXTO LITERÁRIO e</p><p>TEXTO NÃO LITERÁRIO.</p><p>Você usa a linguagem para quê? Essa é uma pergunta</p><p>relativamente fácil de responder, pois a maioria de nós utili-</p><p>zamos a língua, em nosso caso a língua portuguesa, para es-</p><p>tabelecer a comunicação entre um ou mais interlocutores ou</p><p>leitores. Você já deve ter percebido também que, de acordo</p><p>com o contexto no qual estamos inseridos, a linguagem pode</p><p>sofrer variações, mostrando assim que todo discurso deve</p><p>adequar-se a fatores extralinguísticos.</p><p>Como vimos acima, existem tipos diferentes de texto,</p><p>textos que apresentam linguagens diferentes, cada qual aten-</p><p>dendo a demandas específicas do contexto comunicacional.</p><p>Agora falaremos sobre os textos literários e sobre os textos</p><p>não literários, elementos que apresentam diferenças signifi-</p><p>cativas e que, por esse motivo, não devem ser desprezadas,</p><p>sobretudo quando o assunto é a modalidade escrita. Enten-</p><p>der os tipos de texto é essencial para compreendermos como</p><p>podemos usá-los a fim de tornar nossa comunicação mais cla-</p><p>ra, bem como para aproveitarmos a variedade de textos que</p><p>temos a nosso dispor.</p><p>A forma de linguagem e a apresentação da informação</p><p>estão entre as diferenças do texto literário do não literário.</p><p>O texto literário é aprestado em uma linguagem pessoal,</p><p>envolta em emoção, emprego de lirismo e valores do autor ou</p><p>do ser (ou objeto) retratado.</p><p>Já o texto não-literário tem como marca a linguagem</p><p>referencial e, por isso, também é chamado de texto utilitário.</p><p>Em resumo, o texto literário é destinado à expressão,</p><p>com a realidade demonstrada de maneira poética, podendo</p><p>haver subjetividade.</p><p>O texto não literário, contudo, é marcado pelo retrato da</p><p>realidade desnuda e crua. É possível tratar sobre o mesmo as-</p><p>sunto nas duas formas de texto e apontar o tema ao receptor</p><p>sem prejuízo a informação.</p><p>Diferenças</p><p>Texto Literário Texto Não Literário</p><p>A linguagem empregada é de</p><p>conteúdo pessoal, cheia de</p><p>emoções e valores do emis-</p><p>sor e há o emprego da subje-</p><p>tividade</p><p>Uso da linguagem im-</p><p>pessoal, objetiva em</p><p>linha reta</p><p>Emprego da linguagem mul-</p><p>tidisciplinar e cheia de cono-</p><p>tações</p><p>Linguagem denotativa</p><p>Linguagem poética, lírica, ex-</p><p>pressa com objetivos estéti-</p><p>cos na recriação da realidade</p><p>ou criação de uma realidade</p><p>intangível, somente literária</p><p>Representação da reali-</p><p>dade tangível</p><p>Primor da expressão Atenção, prioridade à</p><p>informação</p><p>Por que é importante diferenciar os tipos de textos?</p><p>Sobretudo no caso dos estudantes que necessitam fazer</p><p>o Enem ou participar de vestibulares, é de suma importância</p><p>ter bem claro sobre a que se refere cada tipo de texto, já que</p><p>disso depende toda a estrutura a ser utilizada (e cobrada) pe-</p><p>los examinadores das provas.</p><p>Regras gerais de leitura</p><p>Para melhorar a interpretação de texto uma dica é ler</p><p>mais. E não precisa ser apenas livro. Leia textos na internet</p><p>que você se interessa, revistas, gibis, manuais, livros do seu</p><p>interessa. O importante é que o hábito da leitura faça parte</p><p>da sua rotina. Fique atento as seguintes dicas na hora de ler:</p><p>- Não tenha preguiça: se você quer melhorar o seu de-</p><p>sempenho na interpretação de texto, é importante ler algu-</p><p>mas vezes. Pode ser necessário retornar alguns parágrafos a</p><p>fim de retomar certa ideia ou rever o comportamento, a fala</p><p>de uma personagem.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>3</p><p>- Estabeleça um duplo diálogo: com o autor e com você</p><p>mesmo. Isso quer dizer que você pode ter a sua ideia em rela-</p><p>ção ao assunto, mas que respeita o posicionamento do autor,</p><p>ou seja, quando for realizar a interpretação tem-se um duplo</p><p>diálogo.</p><p>- Concordando e, também, discordando das ideias expos-</p><p>tas: não é porque o assunto seja contrário a sua ideia que você</p><p>vai concordar. Coloque-se no papel de defensor e de opositor.</p><p>Depois, forme seu próprio julgamento.</p><p>- O bom leitor nunca é ingênuo: por mais que o texto seja</p><p>incrível, o leitor precisa se posicionar, compreender bem as en-</p><p>trelinhas. Ás vezes o texto pode ter um posicionamento mais</p><p>persuasivo.</p><p>- Sobre a leitura de forma resumida: leia o texto com cal-</p><p>ma, duas ou três vezes. Ler mais vezes o texto não é perda de</p><p>tempo. E quando tiver dúvida em alguma questão, não deixe</p><p>de retornar o texto. E muita atenção ao enunciado da questão,</p><p>pois, muitas vezes, ele exigirá que você leia não só o trecho ci-</p><p>tado, mas um ou mais</p><p>Dicas para uma boa interpretação de texto</p><p>Uma interpretação de texto competente depende de inú-</p><p>meros fatores. E não é uma dica que vai melhorar a sua inter-</p><p>pretação. Algumas dicas sempre são bem-vindas para quem</p><p>fará uma prova que envolva este assunto e quer um resultado</p><p>positivo como a aprovação.</p><p>As pessoas têm pouca disposição de mergulhar no texto.</p><p>Isso é fato. Elas acham que ler uma vez é o suficiente e que uma</p><p>segunda leitura é perda de tempo. Ai é que estão enganadas.</p><p>Com apenas uma leitura, não consegue se aprofundar bem</p><p>a leitura a leitura, e consequentemente não é possível extrair</p><p>do texto aquelas informações que uma leitura superficial,</p><p>apressada, não permite. Confira algumas dicas:</p><p>- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do as-</p><p>sunto;</p><p>- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a</p><p>leitura;</p><p>- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo</p><p>menos duas vezes;</p><p>- Inferir;</p><p>- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;</p><p>- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do au-</p><p>tor;</p><p>- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor</p><p>compreensão;</p><p>- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada</p><p>questão;</p><p>- O autor defende ideias e você deve percebê-las.</p><p>Como ler e entender bem um texto</p><p>- Sempre releia o texto pois uma segunda leitura pode</p><p>apresentar aspectos surpreendentes. E lembre-se: jamais será</p><p>perda de tempo;</p><p>- Retirar dele os tópicos frasais presentes em cada pará-</p><p>grafo,</p><p>- Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas</p><p>pelo autor;</p><p>- Quem lê com cuidado certamente corre menos no ris-</p><p>co de tornar-se um analfabeto funcional;</p><p>- São fundamentais marcações de palavras como não, ex-</p><p>ceto, errada, respectivamente etc;</p><p>- Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparente-</p><p>mente pareça ser perda de tempo.</p><p>- Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido</p><p>global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais</p><p>consciente e segura;</p><p>- Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a</p><p>informativa e de reconhecimento e a interpretativa.</p><p>Técnicas para interpretação de texto com exercício</p><p>Vamos trazer um exercício para colocar em pratica as di-</p><p>cas. Mas certifique-se de que sempre que for ler, ou fazer exer-</p><p>cícios de interpretação de texto, procure um lugar calmo. Isso</p><p>porque a falta de concentração prejudica muito, porque pode</p><p>ser o principal motivo da dificuldade na interpretação e com-</p><p>preensão de texto.</p><p>Sempre que for lei esteja atento e se concentre em cada</p><p>frase. Quando se faz uma leitura sem estar totalmente envol-</p><p>vido e concentrado, as ideias começam a dispersar. Mantenha</p><p>o foco no que está lendo – caso se perca, retorne e recomece.1</p><p>2 - ARGUMENTAÇÃO E PERSUASÃO.</p><p>Argumentamos para convencer alguém de alguma coisa,</p><p>ou seja, de um determinado ponto de vista, denominado tese.</p><p>Para demonstrar que nossa tese é válida, apresentamos</p><p>argumentos lógicos, ou seja, justificativas que possam ser</p><p>avaliadas objetivamente pelos nossos interlocutores.</p><p>A tese e um ou mais argumentos que a sustentam podem</p><p>se relacionar, basicamente, de duas maneiras, ilustradas a se-</p><p>guir.</p><p>Tese Relação de</p><p>explicação Argumentos</p><p>A internet, se</p><p>bem explorada,</p><p>pode elevar o</p><p>nível cultural</p><p>das pessoas.</p><p>POIS</p><p>É preciso saber buscar</p><p>informação na rede e</p><p>ser capaz de avaliar sua</p><p>qualidade.</p><p>Por meio da rede, é possí-</p><p>vel acessar imensa quan-</p><p>tidade de conteúdos.</p><p>A internet permite aos in-</p><p>ternautas do mundo todo</p><p>compartilharem ideias.</p><p>Argumentos Relação de</p><p>conclusão Tese</p><p>É preciso saber buscar</p><p>informação na rede e</p><p>ser capaz de avaliar sua</p><p>qualidade.</p><p>Por meio da rede, é possí-</p><p>vel acessar imensa quanti-</p><p>dade de conteúdos.</p><p>A internet permite aos in-</p><p>ternautas do mundo todo</p><p>compartilharem ideias.</p><p>PORTANTO</p><p>A internet, se</p><p>bem explorada,</p><p>pode elevar o ní-</p><p>vel cultural das</p><p>pessoas.</p><p>Os quadros seguintes, incompletos, já vêm preenchidos</p><p>com teses ou argumentos. Após os quadros, para comple-</p><p>tá-los, são apresentados argumentos e teses, misturados. O</p><p>grupo deverá examinar cada quadro e completar seu preen-</p><p>chimento com os argumentos ou a tese que mantenha relação</p><p>lógica com o conteúdo nele apresentado.</p><p>1 Fonte: www.canaldoensino.com.br/www.figuradelinguagem.com/www.</p><p>todamateria.com.br</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>4</p><p>Atenção: A lista de teses e argumentos que devem seres</p><p>colhidos para o preenchimento se encontra após o último</p><p>quadro incompleto.</p><p>Tese Relação de</p><p>explicação Argumentos</p><p>O aquecimento global</p><p>pode comprometer o futu-</p><p>ro da Terra.</p><p>POIS</p><p>Argumentos</p><p>Relação</p><p>de expli-</p><p>cação</p><p>Tese</p><p>Alguns estudos demonstram defi-</p><p>ciências ou atrasos no aprendizado</p><p>da linguagem associados ao uso in-</p><p>tensivo de telas de computadores</p><p>e celulares por crianças menores</p><p>de 18 meses, pois a substituição da</p><p>interação com pessoas pelo meca-</p><p>nismo eletrônico prejudica o de-</p><p>senvolvimento das emoções e das</p><p>habilidades de interpretar expres-</p><p>sões faciais. Especialistas aconse-</p><p>lham que, para crianças de dois a</p><p>cinco anos, se limite o uso de dis-</p><p>positivos informáticos a no máxi-</p><p>mo uma hora por dia, sempre com</p><p>acompanhamento de adultos, que</p><p>devem selecionar conteúdos de</p><p>qualidade compatíveis com a faixa</p><p>etária e ajudar os menores a com-</p><p>preenderem o que estão vendo.</p><p>Steve Jobs, presidente executivo</p><p>da Apple, empresa famosa por ter</p><p>inovado na área da informática,</p><p>quando questionado sobre a opi-</p><p>nião de seus filhos acerca do iPad,</p><p>respondeu: “Não permitimos o uso</p><p>de iPad em casa. Consideramos que</p><p>é muito perigoso para eles”.</p><p>PORTANTO</p><p>Tese Relação de</p><p>explicação</p><p>Argu-</p><p>mentos</p><p>Mergulhar na leitura de bons auto-</p><p>res e na produção de textos é uma</p><p>das estratégias mais eficientes</p><p>para desenvolver amplo domínio</p><p>da língua.</p><p>POIS</p><p>Argumentos</p><p>Relação</p><p>de</p><p>explicação</p><p>Tese</p><p>Via de regra, crianças não têm</p><p>conhecimentos suficientes para</p><p>avaliar o que lhes traz benefícios</p><p>ou malefícios.</p><p>É preciso ter desenvolvido uma</p><p>boa dose de autocontrole e espírito</p><p>crítico para não se render aos</p><p>apelos da publicidade.</p><p>PORTANTO</p><p>Tese</p><p>Relação</p><p>de expli-</p><p>cação</p><p>Argu-</p><p>mentos</p><p>A ciência trouxe benefícios e male-</p><p>fícios à humanidade. POIS</p><p>Tese</p><p>Relação</p><p>de expli-</p><p>cação</p><p>Argu-</p><p>mentos</p><p>A educação prepara um povo para</p><p>participar das decisões políticas de</p><p>um país.</p><p>POIS</p><p>Teses e argumentos</p><p>1. A leitura de bons autores, que redigem com expressi-</p><p>vidade e clareza, gradativamente leva o leitor a desenvolver</p><p>maior e mais sofisticado manejo da língua.</p><p>2. Tecnologias decorrentes do avanço científico permiti-</p><p>ram ao homem crescente controle sobre a natureza: doenças</p><p>antes incuráveis hoje têm tratamento; ampliaram-se as possi-</p><p>bilidades de comunicação; a vida tornou-se mais confortável.</p><p>3. O desequilíbrio do sensível sistema climático da Terra</p><p>provoca o derretimento do gelo dos polos e eleva o nível mé-</p><p>dio dos oceanos, ameaçando populações que vivem na costa.</p><p>4. A exposição de crianças pequenas às novas tecnologias</p><p>digitais deve ser muito bem dosada e acompanhada de perto</p><p>para não comprometer seu desenvolvimento.</p><p>5. A propaganda dirigida a crianças deveria ser proibida</p><p>por lei.</p><p>6. As decisões que envolvem uma nação devem ser toma-</p><p>das com base em conhecimentos sólidos para que a probabi-</p><p>lidade de erro seja reduzida.</p><p>7. A elevação da temperatura altera o sistema das chuvas,</p><p>pode provocar tempestades frequentes e ondas de frio ou ca-</p><p>lor extremo.</p><p>8. É na produção de textos, na oportunidade de expor</p><p>sentimentos, sensações e ideias, que se pratica o crescente</p><p>domínio sobre a palavra como instrumento de expressão.</p><p>9. É necessário saber buscar informação, analisar contex-</p><p>tos e fatos e compartilhar pontos de vista de maneira demo-</p><p>crática para ter participação política consequente.</p><p>10. Mudanças drásticas no clima provocam impacto na</p><p>produção de alimentos e no fornecimento de água.</p><p>11. O conhecimento científico possibilitou a criação de</p><p>armas terríveis, capazes de matar, de uma só vez, em um in-</p><p>tervalo curtíssimo de tempo, milhares de pessoas.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>5</p><p>3 - COMUNICAÇÃO ASSERTIVA: LINGUAGEM SIM-</p><p>PLES, CONCISA, OBJETIVA;</p><p>Comunicação constitui uma das mais importantes ferra-</p><p>mentas que as pessoas têm à sua disposição para desempenhar</p><p>as suas funções de influência. A comunicação é frequentemen-</p><p>te definida como a troca de informações entre um transmissor</p><p>e um receptor, e a inferência (percepção) do significado entre</p><p>os indivíduos envolvidos.</p><p>O processo de comunicação ocorre quando o emissor (ou</p><p>codificador) emite uma mensagem (ou sinal) ao receptor (ou</p><p>decodificador), através de um canal (ou meio). O receptor in-</p><p>terpretará a mensagem que pode ter chegado até ele com al-</p><p>gum tipo de barreira (ruído, bloqueio, filtragem) e, a partir</p><p>daí, dará o feedback ou resposta, completando o processo de</p><p>comunicação.</p><p>Elementos do Processo de Comunicação</p><p>Para a comunicação2 atingir os objetivos devemos consi-</p><p>derar alguns cuidados, com eles diminuímos o risco de estabe-</p><p>lecer ruídos ou barreiras à comunicação.</p><p>Para Transmissão</p><p>- Seja o mais objetivo possível.</p><p>- Tenha paciência. Fale pausadamente. Observe o ritmo do</p><p>outro e siga-o.</p><p>- Estude primeiro o que vai falar. Cuide para ter um obje-</p><p>tivo claro.</p><p>- Procure adaptar sua linguagem a da pessoa. Não use pa-</p><p>lavras difíceis, gírias ou palavras típicas de regiões que possam</p><p>prejudicar a comunicação.</p><p>- Observe a linguagem verbal e a não-verbal. Os gestos, as</p><p>expressões faciais, a postura, são fundamentais para nós.</p><p>Para Recepção</p><p>- Esteja sempre presente na situação, não “voe”, não se dis-</p><p>traia.</p><p>- Não pense na resposta antes do outro terminar a</p><p>mensagem. Escute, reflita e após, exponha o seu ponto de vista.</p><p>- Anote pontos básicos se necessário.</p><p>- Evite expressar não-verbalmente cansaço, desinteresse</p><p>ou falta de atenção.</p><p>- Respeite as colocações do outro. Mesmo que discorde,</p><p>mostre que aceita o pensamento dele. Não somos donos da</p><p>verdade.</p><p>Um dos maiores vícios3 é que percebendo que temos de-</p><p>senvoltura para expressão, verbal, escrita ou outra, achamos</p><p>que somos bons comunicadores. Entretanto existe uma dife-</p><p>rença fundamental entre informação e comunicação. Informar</p><p>é um ato unilateral, que apenas envolve a pessoa que tem uma</p><p>informação a dar. Comunicação é tornar algo comum. Fazer-se</p><p>entender, provocar no outro reações.</p><p>Outro vício, não menos importante, é nossa incapacidade</p><p>de ouvir. Precisamos saber falar, escrever, demonstrar senti-</p><p>mentos e emoções, mas igualmente importante no processo</p><p>é estarmos preparados para ouvir. Observe que muitas vezes</p><p>numa conversa é fácil identificar que as pessoas estão muito</p><p>2 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administra-</p><p>cao/o-processo-de-comunicacao/36775</p><p>3 https://www.portalcmc.com.br/o-processo-de-comunicacao/</p><p>mais preocupadas com a maneira que irão responder. Numa</p><p>análise mais fria não estão ouvindo.</p><p>Se podemos facilitar porque complicar? O custo de uma co-</p><p>municação deficiente, não se revela apenas nas relações organi-</p><p>zacionais, causa profundo mal-estar e sérios conflitos pessoais.</p><p>Uma das alternativas para tornar a comunicação com</p><p>qualidade é entendermos como o processo de comunicação</p><p>se realiza. Não se trata de analisarmos cada diferente tipo de</p><p>comunicação, mas de identificar certos pontos em comuns</p><p>entre elas. A forma como se relacionam e se processam nos</p><p>mais diferentes ambientes e situações.</p><p>Um modelo de processo de comunicação, entre tantos</p><p>outros, elaborado por Berlo, em 1963, apresenta alguns ele-</p><p>mentos comuns:</p><p>– emissor: é a pessoa que tem algo, uma ideia, uma men-</p><p>sagem, para transmitir, ou que deseja comunicar;</p><p>– codificador: o tipo, ou a forma que o emissor irá exte-</p><p>riorizar;</p><p>– mensagem: é a expressão da ideia que o emissor deseja</p><p>comunicar;</p><p>– canal: é o meio pelo qual a mensagem seja conduzida;</p><p>– decodificador: é o mecanismo responsável pela decifra-</p><p>ção da mensagem pelo receptor; e</p><p>– receptor: o destinatário final da mensagem, ideia etc.</p><p>4 - ORGANIZAÇÃO TEXTUAL;</p><p>As tipologias textuais, são as diferentes formas que um</p><p>texto pode apresentar, a fim de responder os diferentes pro-</p><p>pósitos comunicativos.</p><p>Os aspectos que constituem um texto são diferentes de</p><p>acordo com a finalidade do texto: contar, descrever, argumen-</p><p>tar, informar, etc.</p><p>Cada tipo de texto apresenta diferentes características:</p><p>estrutura, construções frásicas, linguagem, vocabulário, tem-</p><p>pos verbais, relações lógicas e modo de interação com o leitor.</p><p>Temos os seguintes tipos textuais:</p><p>Texto dissertativo (expositivo e argumentativo);</p><p>Texto narrativo;</p><p>Texto descritivo.</p><p>Dissertação</p><p>É um tipo de texto argumentativo que expõe um tema,</p><p>avalia, classifica e analisa. Há predomínio da linguagem obje-</p><p>tiva, com a finalidade de defender um argumento, através da</p><p>apresentação de uma tese que será defendida, o desenvolvi-</p><p>mento ou argumentação e o fechamento. Na dissertação pre-</p><p>valece a linguagem objetiva e a denotação.</p><p>Os textos dissertativos podem ser expositivos ou argu-</p><p>mentativos. Um texto dissertativo-expositivo visa apenas ex-</p><p>por um ponto de vista, não havendo a necessidade de conven-</p><p>cer o leitor. Já o texto dissertativo-argumentativo visa persua-</p><p>dir e convencer o leitor a concordar com a tese defendida.</p><p>Exemplos de texto dissertativo-expositivo: enciclopé-</p><p>dias, resumos escolares, jornais e verbetes de dicionário.</p><p>Exemplos de texto dissertativo-argumentativo: artigos</p><p>de opinião, abaixo-assinados, manifestos e sermões.</p><p>“Tem havido muitos debates em torno da ineficiência do</p><p>sistema educacional do Brasil. Ainda não se definiu, entretan-</p><p>to, uma ação nacional de reestrutura do processo educativo,</p><p>desde a base ao ensino superior. ”</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>6</p><p>Narração</p><p>A narração é um tipo de texto sequencial que expõe um</p><p>fato, relaciona mudanças de situação e aponta antes, durante</p><p>e depois dos acontecimentos. Há presença de narrador, per-</p><p>sonagens, enredo, tempo e cenário. A apresentação do confli-</p><p>to é feita através do uso de verbos de ação, geralmente mes-</p><p>clada com descrições e diálogo direto.</p><p>Exemplos: romances, contos, fábulas, depoimentos e re-</p><p>latos.</p><p>“Numa tarde de primavera, a moça caminhava a passos</p><p>largos em direção ao convento. Lá estariam a sua espera o</p><p>irmão e a tia Dalva, a quem muito estimava. O problema era</p><p>seu atraso e o medo de não mais ser esperada…”</p><p>Descrição</p><p>Descrição serve para expor características das coisas ou</p><p>dos seres pela apresentação de uma visão. Trata-se de um</p><p>texto figurativo que retrata pessoas, objetos ou ambientes</p><p>com predomínio de atributos. O uso de verbos de ligação, fre-</p><p>quente emprego de metáforas, comparações e outras figuras</p><p>de linguagem são utilizados para ter como resultado a ima-</p><p>gem física ou psicológica.</p><p>Exemplos: folhetos turísticos, cardápios de restaurantes</p><p>e classificados.</p><p>“Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos</p><p>azuis e contentes. Aquele sorriso aberto recepcionava com</p><p>simpatia a qualquer saudação, ainda que as bochechas coras-</p><p>sem ao menor elogio. Assim era aquele rostinho de menina-</p><p>-moça da adorável Dorinha.”</p><p>Tipologia Textual</p><p>Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que</p><p>também é transmitida através de figuras, impregnado de sub-</p><p>jetivismo. Ex.: um romance, um conto, uma poesia… (Conota-</p><p>ção, Figurado, Subjetivo, Pessoal).</p><p>Texto não-literário: preocupa-se em transmitir uma</p><p>mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex.: uma</p><p>notícia de jornal, uma bula de medicamento. (Denotação, Cla-</p><p>ro, Objetivo, Informativo).</p><p>5 - COESÃO E COERÊNCIA;</p><p>Coerência diz respeito à articulação do texto, compati-</p><p>bilidade das ideias e à lógica do raciocínio. Coesão referese</p><p>à expressão linguística, nível gramatical, estruturas frasais e</p><p>ao emprego do vocabulário.</p><p>Ambas relacionamse com o processo de produção e</p><p>compreensão do texto, mas nem sempre um texto coerente</p><p>apresenta coesão e vice-versa. Sendo assim, um texto pode</p><p>ser gramaticalmente bem construído, com frases bem estru-</p><p>turadas, vocabulário correto, mas apresentar ideias dispa-</p><p>ratadas, sem nexo, sem uma sequência lógica.</p><p>A</p><p>coerência textual é responsável pela hierarquização</p><p>dos elementos textuais, ou seja, ela tem origem nas estrutu-</p><p>ras profundas, no conhecimento do mundo de cada pessoa,</p><p>aliada à competência linguística, que permitirá a expressão</p><p>das ideias percebidas e organizadas, no processo de codifi-</p><p>cação referido na página</p><p>Coesão</p><p>É o resultado da disposição e da correta utilização das</p><p>palavras que propiciam a ligação entre frases, períodos e</p><p>parágrafos de um texto. A coesão ajuda com sua organiza-</p><p>ção e ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos.</p><p>Mecanismos de Coesão</p><p>A coesão pode ser obtida através de alguns mecanis-</p><p>mos: anáfora e catáfora. Ambas se referem à informação</p><p>expressa no texto e, por esse motivo, são qualificadas como</p><p>endofóricas.</p><p>Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora</p><p>o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual.</p><p>Regras para a coesão textual:</p><p>Referência</p><p>Pessoal: usa pronomes pessoais e possessivos. Exemplo:</p><p>Eles são irmãos de Elisabete. (Referência pessoal anafórica)</p><p>Demonstrativa: usa pronomes demonstrativos e advér-</p><p>bios. Exemplo: Terminei todos os livros, exceto este. (Refe-</p><p>rência demonstrativa catafórica)</p><p>Comparativa: usa comparações através de semelhanças.</p><p>Exemplo: Dorme igual ao irmão. (Referência comparativa en-</p><p>dofórica)</p><p>Substituição</p><p>Substitui um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro</p><p>é uma forma de evitar as repetições. Exemplo: Vamos à praia</p><p>amanhã, eles irão nas próximass férias.</p><p>Observe que a substituição acrescenta uma informação</p><p>nova ao texto.</p><p>Elipse</p><p>Pode ser omitido através da elipse um componente tex-</p><p>tual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase. Exemplo:</p><p>Temos entradas a mais para o show. Você as quer? (A segun-</p><p>da oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos</p><p>que o que está sendo oferecido são as entradas para o show.)</p><p>Conjunção</p><p>As conjunções ligam orações estabelecendo relação en-</p><p>tre elas. Exemplo: Nós não sabemos quanto custam as entra-</p><p>das, mas ele sabe. (adversativa)</p><p>Coesão Lexical</p><p>É a utilização de palavras que possuem sentido apro-</p><p>ximado ou que pertencem a um mesmo campo lexical. São</p><p>elas: sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos, entre outros</p><p>Exemplo: Aquela casa está inabtável. Ela está literalmente</p><p>caindo aos pedaços.</p><p>Coerência</p><p>É a relação lógica das ideias de um texto que decorre da</p><p>sua argumentação. Um texto contraditório e redundante ou</p><p>cujas ideias iniciadas não são concluídas, é um texto incoe-</p><p>rente, o que compromete a clareza do discurso e a eficácia da</p><p>leitura. Exemplo: Ela está de regime, mas adora comer briga-</p><p>deiros. (quem está de regime não deve comer doces)</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>7</p><p>Fatores de Coerência</p><p>São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência</p><p>de um texto. Vejamos alguns:</p><p>Conhecimento de Mundo: conjunto de conhecimento</p><p>que adquirimos ao longo da vida e que são arquivados na</p><p>nossa memória.</p><p>Inferências: as informações podem ser simplificadas se</p><p>partimos do pressuposto que os interlocutores partilham do</p><p>mesmo conhecimento.</p><p>Fatores de contextualização</p><p>Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem pro-</p><p>videnciando a sua clareza, como os títulos de uma notícia ou</p><p>a data de uma mensagem. Exemplo:</p><p>— Começaremos às 8h.</p><p>— O que começará às 8h? Não sei sobre o que está fa-</p><p>lando.</p><p>Informatividade</p><p>Quanto mais informação não previsível um texto tiver,</p><p>mais rico e interessante ele será. Assim, dizer o que é óbvio</p><p>ou insistir numa informação e não desenvolvê-la, com certeza</p><p>desvaloriza o texto.</p><p>Resumidamente:</p><p>Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo do</p><p>texto, numa linha de sequência e com os quais se estabelece</p><p>um vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se</p><p>faz via gramática, fala-se em coesão gramatical. Se se faz por</p><p>meio do vocabulário, tem-se a coesão lexical.</p><p>Coerência: é a rede de ligação entre as partes e o todo</p><p>de um texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa ade-</p><p>quada relação semântica, que se manifesta na compatibilida-</p><p>de entre as ideias.</p><p>6 - TIPOLOGIA TEXTUAL.</p><p>Descrever, narrar, dissertar</p><p>Tudo o que se escreve é redação. Elaboramos bilhetes,</p><p>cartas, telegramas, respostas de questões discursivas, contos,</p><p>crônicas, romances, empregando as modalidades redacionais</p><p>ou tipos de composição: descrição, narração ou disserta-</p><p>ção. Geralmente as modalidades redacionais aparecem com-</p><p>binadas entre si. Seja qual for o tipo de composição, a criação</p><p>de um texto envolve conteúdo (nível de ideias, mensagem,</p><p>assunto), estrutura (organização das ideias, distribuição</p><p>adequada em introdução, desenvolvimento e conclusão), lin-</p><p>guagem (expressividade, seleção de vocabulário) e gramáti-</p><p>ca (norma da língua).</p><p>Narra-se o que tem história, o que é factual, o que acon-</p><p>tece no tempo; afinal, o narrador só conta o que viu acontecer,</p><p>o que lhe contaram como tendo acontecido ou aquilo que ele</p><p>próprio criou para acontecer.</p><p>Descreve-se o que tem sensorialidade e,</p><p>principalmente, perceptibilidade; afinal, o descrevedor é um</p><p>discriminador de sensações. Assim, descreve-se o que se vê</p><p>ou imagina-se ver, o que se ouve ou imagina-se ouvir, o que se</p><p>pega ou imagina-se pegar, o que se prova gustativamente ou</p><p>imagina-se provar, o que se cheira ou imagina-se cheirar. Em</p><p>outras palavras, descreve-se o que tem linhas, forma, volume,</p><p>cor, tamanho, espessura, consistência, cheiro, gosto etc. Sen-</p><p>timentos e sensações também podem ser caracterizados pela</p><p>descrição (exemplos: paixão abrasadora, raiva surda).</p><p>Disserta-se sobre o que pode ser discutido; o disser-</p><p>tador trabalha com ideias, para montar juízos e raciocínios.</p><p>Descrição</p><p>A descrição procura apresentar, com palavras, a imagem</p><p>de seres animados ou inanimados — em seus traços mais pe-</p><p>culiares e marcantes —, captados através dos cinco sentidos.</p><p>A caracterização desses entes obedece a uma delimitação es-</p><p>pacial.</p><p>O quarto respirava todo um ar triste de desmazelo e boemia.</p><p>Fazia má impressão estar ali: o vômito de Amâncio secava-se no</p><p>chão, azedando o ambiente; a louça, que servia ao último jantar,</p><p>ainda coberta pela gordura coalhada, aparecia dentro de uma</p><p>lata abominável, cheia de contusões e roída de ferrugem. Uma</p><p>banquinha, encostada à parede, dizia com seu frio aspecto de-</p><p>sarranjado que alguém estivera aí a trabalhar durante a noite,</p><p>até que se extinguira a vela, cujas últimas gotas de estearina se</p><p>derramavam melancolicamente pelas bordas de um frasco vazio</p><p>de xarope Larose, que lhe fizera as vezes de castiçal.</p><p>(Aluísio Azevedo)</p><p>Narração</p><p>A narração constitui uma sequência temporal de ações</p><p>desencadeadas por personagens envoltas numa trama que</p><p>culmina num clímax e que, geralmente, esclarecesse no des-</p><p>fecho.</p><p>Ouvimos passos no corredor; era D. Fortunata. Capitu</p><p>compôsse depressa, tão depressa que, quando a mãe apontou</p><p>à porta, ela abanava a cabeça e ria. Nenhum laivo amarelo,</p><p>nenhuma contração de acanhamento, um riso espontâneo e</p><p>claro, que ela explicou por estas palavras alegres:</p><p>— Mamãe, olhe como este senhor cabeleireiro me penteou;</p><p>pediu-me para acabar o penteado, e fez isto. Veja que tranças!</p><p>— Que tem? acudiu a mãe, transbordando de benevolên-</p><p>cia. Está muito bem, ninguém dirá que é de pessoa que não</p><p>sabe pentear.</p><p>— O quê, mamãe? Isto? redarguiu Capitu, desfazendo as</p><p>tranças. Ora, mamãe!</p><p>E com um enfadamento gracioso e voluntário que às vezes</p><p>tinha, pegou do pente e alisou os cabelos para renovar o pen-</p><p>teado. D. Fortunata chamou-lhe tonta, e disse-lhe que não fizes-</p><p>se caso, não era nada, maluquices da filha. Olhava com ternura</p><p>para mim e para ela. Depois, parece-me que desconfiou. Vendo-</p><p>-me calado, enfiado, cosido à parede, achou talvez que houvera</p><p>entre nós algo mais que penteado, e sorriu por dissimulação...</p><p>(Machado de Assis)</p><p>O narrador conta fatos que ocorrem no tempo, recordan-</p><p>do, imaginando ou vendo... O descrevedor caracteriza entes</p><p>localizados no espaço. Para isso, basta sentir, perceber e,</p><p>principalmente, ver. O dissertador expõe juízos estruturados</p><p>racionalmente.</p><p>A trama narrativa apreende a ocorrência</p>

Mais conteúdos dessa disciplina