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<p>DIREITO CONSTITUCIONAL – PARTE II</p><p>1)Eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais:</p><p>▪ Classificação por José Afonso da Silva sobre os níveis e concretude (eficácia</p><p>social) que as normas constitucionais podem alcançar na prática e perante as</p><p>autoridades.</p><p>I. Normas de organização: Estabelecem a estrutura do Estado e a organização dos</p><p>seus poderes. ---> Art.39° da CF/1988.</p><p>II. Normas de princípios: Expressam valores fundamentais que orientam a atuação</p><p>do Estado. ---> Art. 1° da CF/1988.</p><p>III. Normas de garantia: Protegem direitos e liberdades individuais e coletivas. ---></p><p>Art. 5° CF/1988.</p><p>▪ A CF/1988 é dirigente, pois se dirige a fins de programas de ação futura no sentido</p><p>de uma orientação social democrática, apresentando comandos que se dirigem</p><p>ao Estado, à sociedade, ao mercado etc.</p><p>→ Norma jurídica por Robert Alexy:</p><p>I. Regras: São comandos que não dependem de ponderação, são mais</p><p>objetivos.</p><p>II. Princípios.</p><p> Eficiência: É a relação entre os resultados obtidos e os recursos utilizados</p><p>para alcançá-los.</p><p> Eficácia: Capacidade de alcançar os objetivos propostos.</p><p> Efetividade: É a habilidade de se chegar ao que foi desejado a melhor maneira</p><p>possível.</p><p>▪ Eficácia Jurídica: Qualidade de produzir, em maior ou menor grau, efeitos</p><p>jurídicos ao regular, desde logo, as situações, relações e comportamento de</p><p>que cogita. Nesse sentido, a eficácia diz respeito à aplicabilidade,</p><p>exigibilidade ou executoriedade da norma, como possibilidade de sua</p><p>aplicação jurídica. Significa que a norma está apta a produzir efeitos na</p><p>ocorrência de relações concretas, mas já produz efeitos jurídicos na medida</p><p>em que a sua simples edição resulta na revogação de todas as normas</p><p>anteriores que com ela conflitam.</p><p>→ é um conceito que se refere ao poder que uma norma (como uma lei) tem</p><p>de gerar efeitos na prática. Quando uma norma tem eficácia jurídica, ela</p><p>pode impactar as situações e relações da vida real.</p><p>→ A eficácia jurídica está ligada à capacidade da norma de criar efeitos no</p><p>mundo real. Isso significa que a norma não é apenas um texto teórico, ela</p><p>tem o potencial de afetar as ações e comportamentos das pessoas.</p><p>→ Para uma norma ser eficaz, ela deve ser aplicável, ou seja, deve ser</p><p>possível colocá-la em prática. Além disso, ela deve ser exigível, o que</p><p>significa que as pessoas devem poder exigir que ela seja cumprida. E ela</p><p>deve ser executoriedade, o que significa que as autoridades podem forçar</p><p>seu cumprimento.</p><p>→ Uma norma começa a produzir efeitos jurídicos não apenas quando é</p><p>aplicada diretamente, mas também pela simples existência dela. Por</p><p>exemplo, quando uma nova lei é criada, ela revoga (ou seja, anula) todas</p><p>as leis anteriores que estejam em conflito com ela. Isso acontece mesmo</p><p>que a nova lei ainda não tenha sido usada em uma situação concreta.</p><p>▪ Eficácia Social: É a espontaneidade dos indivíduos em agir conforme o</p><p>disposto na norma.</p><p>2)Tipos de eficácia segundo José Afonso da Silva:</p><p>▪ Eficácia Plena: Aplicabilidade imediata e integral, sem necessidade de</p><p>regulamentação.</p><p>→ No momento que entram em vigor, estão aptas a produzir todos os seus</p><p>efeitos, independente de norma integrativa infraconstitucional;</p><p>→ Criam órgãos ou atribuem aos entes federativos competências;</p><p>→ Normas autoaplicáveis;</p><p>→ Receberam do Poder Constituinte normatividade suficiente à sua incidência</p><p>imediata. Sintam-se predominantemente entre os elementos orgânicos da</p><p>CF.</p><p>▪ Eficácia Contida: Aplicabilidade direta e imediata, mas não integral, poderá haver</p><p>a redução de sua abrangência,</p><p>→ Restrição pode ser por: CF, lei infraconstitucional, ordem pública, bons</p><p>costumes e paz social.</p><p>→ Enquanto não materializado o fator da restrição, a norma tem eficácia plena.</p><p>▪ Eficácia Restrita: Aplicabilidade somente após regulamentação ou a critério do</p><p>legislador.</p><p>▪ Eficácia limitada: Não tem condão de produzir todos os efeitos, precisando de</p><p>norma regulamentadora infraconstitucional a ser editada pelo Poder, órgão ou</p><p>autoridade competente, ou de integração por meio de emenda.</p><p>→ Aplicabilidade indireta, imediata e reduzida;</p><p>→ Entram em vigor no momento em que a Constituição entra em vigor;</p><p>→ Precisa de uma lei que explique a sua aplicabilidade.</p><p>▪ Norma constitucionais de eficácia redutível ou restringível: Possuem</p><p>aplicabilidade imediata, integral e plena, mas que podem ser reduzido seu</p><p>alcance pela atividade do legislador infraconstitucional.</p><p>▪ As normas têm, ao menos, eficácia jurídica imediata, direta e vinculante já que:</p><p>a) Estabelecem um dever para o legislador ordinário;</p><p>b) Condicionam a legislação futura, com a consequência de serem</p><p>infraconstitucionais as leis ou atos que os ferirem;</p><p>c) Informam a concepção do Estado e da sociedade e inspiram sua ordenação</p><p>jurídica, mediante a atribuição de fins sociais.</p><p>d) Sentido teológico;</p><p>e) Condicionam a atividade de administração e do judiciário;</p><p>f) Criam situações jurídicas subjetivas;</p><p>▪ Largo São Francisco:</p><p>→ Eficácia limitada:</p><p>→ Normas de princípio Institutivo: Contêm esquemas gerais (iniciais) de</p><p>estruturação de instituições, órgãos ou entidades;</p><p>→ Normas de princípio Progamático: Veiculam programas a serem</p><p>implementados pelo Estado.</p><p>▪ Maria Helena Diniz</p><p>→ Normas supereficazes/eficácia absoluta: São intangíveis, não podendo ser</p><p>emendadas. Contém uma força paralisante total de qualquer legislação que</p><p>explícita ou implicitamente, vier a contrariá-las.</p><p>→ Normas com eficácia relativa complementável ou dependente de</p><p>complementação legislativa: Dependem de lei complementar/ordinária para</p><p>o exercício do direito ou benefício sagrado.</p><p>▪ Celso Ribeiro e Carlos Ayres:</p><p>→ Normas de aplicação (Irregulares/Regulamentadas): Sem restrição e já aptas</p><p>para produzir efeitos.</p><p>→ Normas de Integração (Complementáveis/Restringíveis):Integradas pela</p><p>legislação infraconstitucional.</p><p>*Integração= princípios (abstratos), suprir lacunas.</p><p>* Subsunção=Regras/objetivos</p><p>- Normas constitucionais de eficácia exaurida e esvaída: Já se extinguiram e não</p><p>produzem mais efeitos.</p><p>- Normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais e o gradualismo eficácia</p><p>das normas constitucionais;</p><p>-Aplicação imediata;</p><p>-São dotadas de todos os meios e elementos necessários de sua pronta incidência</p><p>aos fatos, situações e condutas.</p><p>-Mandado de injução: Remédios para combater a síndrome de inefetividade das</p><p>normas constitucionais de eficácia limitada. --> Recurso constitucional que permite a</p><p>quem se sinta prejudicado pela falta de norma regulamentadora exercer os direitos e</p><p>liberdades assegurados pela CF.</p>

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