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<p>ACESSE AQUI ESTE</p><p>MATERIAL DIGITAL!</p><p>SIDINEI SILVÉRIO DA SILVA</p><p>ORGANIZADOR</p><p>FERNANDO EDUARDO CARDOSO</p><p>GESTÃO</p><p>FINANCEIRA</p><p>Coordenador(a) de Conteúdo</p><p>Luciano Santana Pereira, Daniele de</p><p>Lourdes Curto da Costa</p><p>Projeto Gráfico e Capa</p><p>Arthur Cantareli Silva</p><p>Editoração</p><p>Lavígnia da Silva Santos</p><p>Design Educacional</p><p>Patricia Peteck.</p><p>Revisão Textual</p><p>Gabriel Lenzi</p><p>Ilustração</p><p>Geison Ferreira da Silva</p><p>Fotos</p><p>Shutterstock e Envato</p><p>Impresso por:</p><p>Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.</p><p>Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).</p><p>Núcleo de Educação a Distância. SILVA, Sidinei Silvério.</p><p>Gestão Financeira / Sidinei Silvério da Silva; organizador: Fernando</p><p>Eduardo Cardoso. - Florianópolis, SC: Arqué, 2023.</p><p>192 p.</p><p>ISBN papel 978-65-6083-464-4</p><p>ISBN digital 978-65-6083-465-1</p><p>“Graduação - EaD”.</p><p>1. Gestão 2. Financeira 3. EaD. I. Título.</p><p>CDD - 658.15</p><p>EXPEDIENTE</p><p>Centro Universitário Leonardo da Vinci.C397</p><p>FICHA CATALOGRÁFICA</p><p>573341</p><p>RECURSOS DE IMERSÃO</p><p>Utilizado para temas, assuntos ou con-</p><p>ceitos avançados, levando ao aprofun-</p><p>damento do que está sendo trabalhado</p><p>naquele momento do texto.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>Uma dose extra de</p><p>conhecimento é sempre</p><p>bem-vinda. Aqui você</p><p>terá indicações de filmes</p><p>que se conectam com o</p><p>tema do conteúdo.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>Uma dose extra de</p><p>conhecimento é sempre</p><p>bem-vinda. Aqui você</p><p>terá indicações de livros</p><p>que agregarão muito na</p><p>sua vida profissional.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>Utilizado para desmistificar pontos</p><p>que possam gerar confusão sobre o</p><p>tema. Após o texto trazer a explicação,</p><p>essa interlocução pode trazer pontos</p><p>adicionais que contribuam para que</p><p>o estudante não fique com dúvidas</p><p>sobre o tema.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>Este item corresponde a uma proposta</p><p>de reflexão que pode ser apresentada por</p><p>meio de uma frase, um trecho breve ou</p><p>uma pergunta.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Utilizado para aprofundar o</p><p>conhecimento em conteúdos</p><p>relevantes utilizando uma lingua-</p><p>gem audiovisual.</p><p>EM FOCO</p><p>Utilizado para agregar um con-</p><p>teúdo externo.</p><p>EU INDICO</p><p>Professores especialistas e con-</p><p>vidados, ampliando as discus-</p><p>sões sobre os temas por meio de</p><p>fantásticos podcasts.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>PRODUTOS AUDIOVISUAIS</p><p>Os elementos abaixo possuem recursos</p><p>audiovisuais. Recursos de mídia dispo-</p><p>níveis no conteúdo digital do ambiente</p><p>virtual de aprendizagem.</p><p>4</p><p>131U N I D A D E 3</p><p>CONHECENDO OS PRODUTOS DE RENDA FIXA 132</p><p>CONHECENDO OS PRODUTOS DE RENDA VARIÁVEL: ANÁLISE FUNDAMENTALISTA,</p><p>TÉCNICA E MACROECONÔMICA 154</p><p>MERCADO DE AÇÕES E DE DERIVATIVOS 172</p><p>7U N I D A D E 1</p><p>O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO E A INFLAÇÃO 8</p><p>CUSTO DE OPORTUNIDADE, INCERTEZA E RECEITAS E CUSTOS 36</p><p>PONTO DE EQUILÍBRIO E ALAVANCAGEM 54</p><p>75U N I D A D E 2</p><p>CÁLCULOS FINANCEIROS DAS ATIVIDADES FINANCEIRAS 76</p><p>MÉTODOS FINANCEIROS: VPL, TIR E PAYBACK 94</p><p>RANKING E SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO:</p><p>RACIONAMENTO DE CAPITAL 112</p><p>5</p><p>SUMÁRIO</p><p>UNIDADE 1</p><p>MINHAS METAS</p><p>O VALOR DO DINHEIRO NO</p><p>TEMPO E A INFLAÇÃO</p><p>Compreender a importância de se conhecer os fatores que influenciam o valor do dinhei-</p><p>ro no tempo.</p><p>Introduzir o uso da calculadora HP12C e suas funcionalidades para mercado financeira.</p><p>Apresentar cálculos de Séries de Pagamentos ou Recebimentos Uniformes.</p><p>Entender os Sistema de Amortização Francês (SAF), ou Tabela Price, amplamente adota-</p><p>do no mercado financeiro do Brasil.</p><p>Estudar o efeito da inflação na economia, bem como os cálculos envolvidos no contexto</p><p>inflacionário.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1</p><p>8</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>O conceito do valor do dinheiro no tempo pode ajudar a orientar as decisões de</p><p>investimento. Vannucci (2017) apresenta a seguinte situação hipotética: suponha</p><p>que um investidor possa escolher entre dois projetos: Projeto A e Projeto B. Eles</p><p>são idênticos, com a exceção de que o Projeto A promete um pagamento em di-</p><p>nheiro de R$ 1 milhão no ano um, enquanto o Projeto B oferece um pagamento</p><p>em dinheiro de R$ 1 milhão no ano cinco. Nesta situação hipotética, qual projeto</p><p>você escolheria?</p><p>Seria difícil encontrar uma única área de finanças em que o valor do dinhei-</p><p>ro no tempo não influenciasse o processo de tomada de decisão. O valor do</p><p>dinheiro no tempo é o conceito central na análise de fluxo de caixa descontado,</p><p>que é um dos métodos mais populares e influentes para avaliar oportunidades</p><p>de investimento (BARROS, 2014). É também parte integrante das atividades de</p><p>planejamento financeiro e gestão de risco. Gestores de fundos de pensão, por</p><p>exemplo, consideram o valor do dinheiro no tempo para garantir que seus cor-</p><p>rentistas receberão fundos adequados na aposentadoria (VANNUCCI, 2017).</p><p>Suponha que um investidor tenha a opção de receber R$ 10.000 agora ou R$</p><p>10.000 daqui a 12 meses. Nesse cenário, apesar do valor nominal igual, R$ 10.000,</p><p>hoje, tem mais valor e utilidade do que daqui a 12 meses, devido aos custos de</p><p>oportunidade associados ao atraso (VANNUCCI, 2017).</p><p>O custo de oportunidade é a chave para o conceito do valor do dinheiro no</p><p>tempo. O dinheiro só pode crescer se for investido ao longo do tempo e tiver um</p><p>retorno positivo. O dinheiro que não é investido perde valor com o tempo (VAN-</p><p>NUCCI, 2017). Portanto, uma quantia que se espera que seja paga no futuro, por</p><p>mais confiável que seja, está perdendo valor nesse meio tempo (BARROS, 2014).</p><p>Estudante, te convido a acessar o podcast e aprofundar seu conhecimento sobre</p><p>os conceitos da inflação e deflação. Vamos lá?! Recursos de mídia disponíveis no</p><p>conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO</p><p>Ao considerar o valor do dinheiro no tempo, é necessário entender um princípio</p><p>amplamente usado na análise econômica de investimentos: a preferência pela</p><p>liquidez. O valor da preferência pela liquidez é normalmente representado pela</p><p>taxa de juros ou pelo custo do dinheiro. Nesse sentido, o principal objetivo deste</p><p>tópico é abordar, de maneira analítica, intuitiva e didática, os fatores que podem</p><p>influenciar no valor do dinheiro no horizonte temporal, quais sejam: taxa de</p><p>juros, inflação, custo de oportunidade, risco e incerteza.</p><p>A inflação é uma medida quantitativa da rapidez com que o preço dos bens</p><p>em uma economia está aumentando, podendo ser causada quando bens e servi-</p><p>ços estão em alta demanda, criando assim uma queda na disponibilidade.</p><p>A deflação ocorre quando há muitos bens disponíveis ou quando não há</p><p>dinheiro suficiente circulando para comprar esses bens e, como resultado, o preço</p><p>dos bens e serviços cai (GITMAN, 2010).</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Estudante, neste vídeo, aprenda a usar a usar a calculadora HP-12C, que é a</p><p>calculadora indicada para fazer cálculos financeiros.</p><p>1</p><p>1</p><p>TECLAS DE PREFIXO</p><p>■ Função Primária = cor branca.</p><p>■ Segunda Função = cor amarela (F).</p><p>■ Terceira Função = cor azul (G).</p><p>Casas Decimais</p><p>Para estipular o número de casas decimais, execute a tecla [ F ], seguida do nú-</p><p>mero indicativo da quantidade de casas desejadas (1, 2, 3,...).</p><p>■ Gold: é o modelo clássico, dourado e preto, com teclas pretas, lançado em</p><p>1981. Apresenta apenas o modo de cálculo usando a notação polonesa reversa</p><p>(RPN).</p><p>■ Platinum: modelo lançado em 2003 com quatro vezes mais memória e com</p><p>funções financeiras extras. Além disso, é o primeiro da série a conter, além do</p><p>RPN, o modo algébrico de cálculo (modo convencional usado nas calculado-</p><p>ras comuns).</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>Você pode usar o emulador web da</p><p>econômico da entidade, pois, ao operar</p><p>com elevado Grau de Alavancagem Operacional (GAO), a entidade tende a se</p><p>situar perto do seu ponto de equilíbrio e, consequentemente, com altos riscos</p><p>de melhorar significativamente seu resultado ou de piorá-lo. Segue fórmula para</p><p>calcular o Grau de Alavancagem Operacional (GAO):</p><p>GAO Q P Cv</p><p>Q P Cv CFT</p><p>�</p><p>�</p><p>� �</p><p>(</p><p>( )</p><p>Em que:</p><p>GAO = grau de alavancagem operacional.</p><p>Q = vendas (unidades).</p><p>CFT = custo fixo total.</p><p>P = preço.</p><p>Cv = custo variável unitário.</p><p>P – Cv = margem de contribuição.</p><p>O Grau de Alavancagem Operacional (GAO) representa a relação entre a receita</p><p>de vendas e o Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda (LAJIR), correspondendo</p><p>ao resultado operacional Sempre que o GAO for maior que 1, dizemos que há</p><p>alavancagem operacional.</p><p>Para exemplificar a informação anterior, utilizemos uma situação hipotética:</p><p>com os seguintes dados, vamos determinar o grau de alavancagem operacional</p><p>(GAO) da Risco Incerto S.A. e realizar a análise o resultado do ponto de vista da</p><p>gestão financeira.</p><p>1</p><p>4</p><p>Dados:</p><p>■ Volume de produção e vendas (Q) = 50.000 unidades.</p><p>■ Custo fixo total = R$ 500.000.</p><p>■ Custo variável unitário (Cv) = R$ 5,00/unidade.</p><p>■ Preço unitário de venda (P) = R$ 50,00/unidade.</p><p>Calculando o Grau de Alavancagem Operacional (GAO):</p><p>GAO Q P Cv</p><p>Q P Cv CFT</p><p>�</p><p>�</p><p>� �</p><p>�</p><p>�</p><p>� �</p><p>�</p><p>( )</p><p>( )</p><p>. ( )</p><p>. ( ) .</p><p>.50 000 50 5</p><p>50 000 50 5 500 000</p><p>2 2250 000</p><p>11750 000</p><p>.</p><p>. .</p><p>GAO = 1 29,</p><p>Considerando um Grau de Alavancagem Operacional (GAO) de 1,29, para cada</p><p>1% de aumento ou diminuição no nível de vendas, haverá um aumento ou dimi-</p><p>nuição de 1,29% no Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda (LAJIR).</p><p>ALAVANCAGEM FINANCEIRA: RISCO FINANCEIRO</p><p>Alavancagem é o uso de dívida ou capital emprestado para realizar um investi-</p><p>mento ou projeto. É comumente usado como uma maneira de aumentar a base</p><p>de capital de uma entidade. O conceito de alavancagem é usado tanto por inves-</p><p>tidores quanto por empresas.</p><p>Os investidores usam a alavancagem para aumentar significativamente os retor-</p><p>nos que podem ser fornecidos em um investimento. Eles alavancam seus investi-</p><p>mentos usando vários instrumentos, incluindo opções, futuros e contas de margem.</p><p>As empresas podem usar alavancagem para financiar seus ativos. Em outras</p><p>palavras, em vez de emitir ações para levantar capital, as empresas podem usar</p><p>o financiamento da dívida para investir em operações comerciais na tentativa de</p><p>aumentar o valor dos acionistas.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Prós e contras da alavancagem financeira</p><p>A alavancagem financeira apresenta seus prós e contras:</p><p>PRÓS CONTRAS</p><p>· Potencializa investimentos vencedores,</p><p>criando potencial para grandes lucros.</p><p>· Minimiza as barreiras quanto à entra-</p><p>da, proporcionando que os investidores</p><p>acessem oportunidades de negociação</p><p>mais caras.</p><p>· É uma maneira estratégica para as or-</p><p>ganizações atenderem às necessidades</p><p>de financiamento de curto prazo para</p><p>aquisições ou aquisições.</p><p>· Potencializa a perda de investimentos,</p><p>criando potencial para perdas drásticas.</p><p>· Mais caro do que outros tipos de nego-</p><p>ciação.</p><p>· Resulta em taxas, taxas de margem</p><p>e prêmios de contrato, independente-</p><p>mente do sucesso da negociação.</p><p>· Apresenta uma maior complexidade,</p><p>pois a negociação pode exigir capital e</p><p>tempo adicionais com base nas necessi-</p><p>dades do portfólio.</p><p>Segundo Samanez (2007), o Grau de Alavancagem Financeira (GAF) é o valor</p><p>numérico da alavancagem financeira da entidade. Seu cálculo é muito parecido</p><p>com o do grau de alavancagem operacional, conforme segue.</p><p>GAF Lajir</p><p>Lajir Juros</p><p>�</p><p>�</p><p>Em que:</p><p>GAF = grau de alavancagem financeira.</p><p>Lajir = lucro antes de juros e imposto de renda.</p><p>A partir dos seguintes dados, determine o grau de alavancagem financeira</p><p>(GAF) da Tremendus RH Associados Ltda. e analise o resultado do ponto de</p><p>vista da gestão financeira.</p><p>DESCRIÇÃO VALORES EM REAIS (R$)</p><p>Lucro Antes de Juros e IR (Lajir) 11.000.000</p><p>Juros 2.000.000</p><p>1</p><p>1</p><p>Calculando o Grau de Alavancagem Financeira (GAF):</p><p>GAF Lajir</p><p>Lajir Juros</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>11000 000</p><p>11000 000 2 000 000</p><p>1 23. .</p><p>. . . .</p><p>,</p><p>GAF = 1 23,</p><p>Considerando um Grau de Alavancagem Financeira (GAF) de 1,23, para cada</p><p>1% de aumento ou diminuição no Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda</p><p>(LAJIR), haverá um aumento ou diminuição de 1,23% no Lucro Por Ação (LPA).</p><p>CALCULANDO O GRAU DE ALAVANCAGEM TOTAL (GAT)</p><p>De acordo com Gitman (2010), o Grau de Alavancagem Total (GAT) avalia o efeito</p><p>combinado da alavancagem operacional e da alavancagem financeira sobre o risco</p><p>da empresa usando um enfoque semelhante ao empregado para desenvolver os</p><p>conceitos individuais de alavancagem. Esse efeito combinado pode ser definido</p><p>como o uso de custos fixos, tanto operacionais quanto financeiros, para ampliar o</p><p>efeito de variações do faturamento sobre o lucro por ação da empresa. A alavanca-</p><p>gem total pode ser vista, portanto, como o impacto total dos custos fixos presentes</p><p>em sua estrutura operacional e financeira, conforme a equação a seguir.</p><p>GAT GAO GAF= c</p><p>Em que:</p><p>GAT = grau de alavancagem total.</p><p>GAO = grau de alavancagem operacional.</p><p>GAF = grau de alavancagem financeira.</p><p>Sempre que a variação percentual do LPA resultante de uma variação per-</p><p>centual das vendas é maior que essa variação, há alavancagem total. Dos</p><p>exemplos anteriores, temos que o Grau de Alavancagem Total (GAT) é 1,59</p><p>(1,23 x 1,29). Saiba que a relação entre alavancagem operacional e financeira</p><p>é multiplicativa e não aditiva.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Finalmente, segundo Samanez (2007), com base nos efeitos das flutuações das</p><p>vendas sobre o Lucro Por Ação (LPA), pode-se calcular o GAF de cada plano de</p><p>financiamento e determinar qual é o mais arriscado do ponto de vista financeiro.</p><p>Confira a aula sobre este tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digi-</p><p>tal do ambiente virtual de aprendizagem</p><p>EM FOCO</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>No ambiente profissional, o ponto de equilíbrio e a alavancagem são rotineira-</p><p>mente utilizados para ajudar a maximalizar a lucratividade das empresas. Na</p><p>prática, a alavancagem é utilizada para aumentar a lucratividade sobre capital</p><p>próprio. Já o ponto de equilíbrio é utilizado para identificar o mínimo que a em-</p><p>presa deve vender, seja em produto ou em receita, de forma que ela possa elaborar</p><p>políticas comerciais par a incentivar a venda em produtos e momentos pontuais.</p><p>1</p><p>8</p><p>1. Custos variáveis são despesas que variam em relação direta à produção de uma empresa.</p><p>Os custos variáveis aumentam quando a produção aumenta e caem quando a produção</p><p>diminui. Por exemplo, inventário e matérias-primas são custos variáveis, enquanto os salá-</p><p>rios para o escritório corporativo seriam um custo fixo.</p><p>Disserte sobre o significado da alavancagem operacional e da alavancagem financeira.</p><p>2. A alavancagem financeira é uma métrica que mostra o quanto uma empresa usa a dívida</p><p>para financiar suas operações. A alavancagem operacional mede até que ponto uma em-</p><p>presa ou projeto específico requer algum agregado de custos fixos e variáveis.</p><p>Relacionado ao grau de alavancagem, assinale a alternativa correta sobre o conceito de</p><p>Grau de Alavancagem Operaciona:</p><p>a) É o valor numérico da alavancagem financeira da entidade.</p><p>b) Avalia o efeito combinado da alavancagem operacional e da alavancagem financeira</p><p>sobre o risco da empresa, usando um enfoque semelhante ao empregado para desen-</p><p>volver os conceitos individuais de alavancagem.</p><p>c) Representa a relação entre a receita de vendas e o Lucro Antes de Juros e Imposto de</p><p>Renda (LAJIR), correspondendo ao resultado operacional.</p><p>d) Pode ser definida como a capacidade de uma empresa de usar custos fixos para gerar</p><p>mais retornos.</p><p>e) Trata-se dos custos fixos da empresa.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>9</p><p>3. Geralmente, aumentos de alavancagem resultam em elevações de retorno e risco, ao passo</p><p>que diminuições de alavancagem provocam reduções de retorno e risco (GITMAN, 2010).</p><p>O grau de alavancagem na estrutura de capital (próprio e de</p><p>terceiros) da entidade pode</p><p>afetar significativamente seu valor.</p><p>GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.</p><p>Sobre os três tipos de alavancagem que podem afetar o valor das entidades, analise os</p><p>itens a seguir:</p><p>I - Alavancagem operacional.</p><p>II - Alavancagem financeira.</p><p>III - Alavancagem total ou combinada.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.</p><p>DAMODARAN, A. Finanças corporativas: teoria e prática 2. ed. São Paulo: Bookman, 2004.</p><p>GITMAN, L.; MADURA, J. Administração financeira: uma abordagem gerencial. São Paulo:</p><p>Pearson Addison Wesley, 2006.</p><p>GITMAN, L. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,</p><p>2010.</p><p>MUKHOPADHYAY, S.; VAIDYA, D. Operating Leverage vs Financial leverage. WallStreetMojo.</p><p>c2023. Disponível em: https://www.wallstreetmojo.com/operating-leverage-vs-financial-</p><p>leverage/#:~:text=Operating%20leverage%20can%20be%20defined,cost%20by%20paying%20</p><p>less%20taxes. Acesso em: 19 jul. 2023</p><p>SAMANEZ, C. P. Gestão de Investimentos e Geração de Valor São Paulo: Pearson Prentice Hall,</p><p>2007.</p><p>1</p><p>1</p><p>1. A alavancagem operacional pode ser definida como a capacidade de uma empresa de usar</p><p>custos fixos para gerar mais retornos. Já a alavancagem financeira pode ser definida como</p><p>a capacidade de uma empresa de usar a estrutura de capital para obter melhores retornos</p><p>e reduzir impostos.</p><p>2. Opção D. O conceito apresentado está correto pois refere-se ao conceito de grau de ala-</p><p>vancagem operacional. As demais opções referem-se ao grau de alavancagem financeira.</p><p>3. Opção E. Os itens I, II E III estão corretos por referir-se aos três tipos de alavancagem que</p><p>podem afetar o valor das entidades.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>UNIDADE 2</p><p>MINHAS METAS</p><p>CÁLCULOS FINANCEIROS DAS</p><p>ATIVIDADES FINANCEIRAS</p><p>Analisar as atividades financeiras empresariais.</p><p>Entender o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional (SFN).</p><p>Definir as principais linhas de crédito disponíveis ao setor produtivo.</p><p>Compreender o custo do capital próprio e da dívida (capital de terceiros).</p><p>Calcular e analisar o Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) das organizações.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 4</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Suponhamos que um empresário precisa investir R$100 mil em sua fábrica, dos</p><p>quais R$40 mil se refere à capital próprio que está em uma caderneta de pou-</p><p>pança, com rentabilidade de 4% ao ano. Outros R$40 mil referem-se à capital</p><p>de terceiros, provenientes de um empréstimo bancário, a uma taxa de juros de</p><p>30% ao ano. Por fim, os restantes R$20 mil são provenientes de um empréstimo</p><p>feito por um amigo, com uma taxa de juros de 10% ao ano. Este é um exemplo</p><p>clássico em que o empresário opta por diferentes fontes de capital, incluindo até</p><p>mesmo familiares, amigos ou investidores.</p><p>O custo médio ponderado de capital (CMPC) se refere ao custo médio de</p><p>capital após a aplicação de impostos. Neste cálculo, entra toda fonte de capital de</p><p>uma organização, incluindo ações ordinárias, ações preferenciais, títulos etc. O</p><p>custo médio ponderado de capital (CMPC) é a taxa média que uma organização</p><p>almeja pagar para financiar seus ativos.</p><p>Os analistas de valores mobiliários podem usar o CMPC ao avaliar o valor</p><p>das oportunidades de investimento. Por exemplo, na análise de fluxo de caixa</p><p>descontado, o custo CMPC pode ser aplicado como a taxa de desconto para flu-</p><p>xos de caixa futuros, a fim de calcular o valor presente líquido de uma empresa.</p><p>Dado que a maioria das organizações operam com capital de terceiros, o custo</p><p>do capital se torna um parâmetro crítico na avaliação do potencial de rentabili-</p><p>dade líquida de uma organização. O custo médio ponderado de capital mensura</p><p>o custo de uma organização para solicitar dinheiro emprestado. Na maioria dos</p><p>casos, um valor baixo significa um negócio saudável que é capaz de atrair inves-</p><p>tidores a um custo menor. Por outro lado, um valor elevado normalmente está</p><p>associado a organizações vistas como mais arriscadas, que necessitam oferecer</p><p>retornos mais altos para compensar os investidores.</p><p>Convido-lhe a acessar o podcast e aprofundar seu conhecimento sobre EVA - va-</p><p>lor econômico agregado. Vamos lá? Recursos de mídia disponíveis no conteúdo</p><p>digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>CONHECENDO O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN)</p><p>Segundo Fortuna (2008), o Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado pelo</p><p>conjunto de Órgãos de Regulação e de Instituições que operam os instrumentos</p><p>financeiros do sistema com o objetivo básico de transferir recursos dos agentes</p><p>econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os deficitários, assim</p><p>como demonstrado na Figura 1.</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Neste vídeo, aprenda sobre VEA – Valor Econômico Agregado e CMPC – Custo</p><p>Médio Ponderado de Capital. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital</p><p>do ambiente virtual de aprendizagem</p><p>MERCADO FINANCEIRO</p><p>ORGÃOS DE REGULAÇÃO DO SFN</p><p>Doadores</p><p>de Recursos</p><p>Intermediários</p><p>Financeiros</p><p>Tomadores</p><p>de Recursos</p><p>(Agentes Superavitários)</p><p>Governo</p><p>Empresas</p><p>Pessoas</p><p>(Agentes Deficitários)</p><p>Governo</p><p>Empresas</p><p>Pessoas</p><p>Figura 1 – Órgãos de Regulação do Sistema Financeiro Nacional / Fonte: Febraban (2004, p. 4).</p><p>A transferência de recursos econômicos pode ser feita diretamente entre os agen-</p><p>tes ou por meio de intermediários financeiros, que facilitam o fluxo de fundos</p><p>entre os agentes econômicos, como os bancos, as financeiras, as corretoras e</p><p>distribuidoras de títulos e valores mobiliários.</p><p>1</p><p>8</p><p>Para Assaf Neto (2012), o Sistema Financeiro Nacional do Brasil tem seus</p><p>alicerces nas leis da Reforma Bancária de 1964 e do Mercado de Capitais de 1965.</p><p>Em 1988, uma nova lei criou os Bancos Múltiplos, aperfeiçoando o SFN, que é</p><p>composto pelo Subsistema Normativo e pelo Subsistema de Intermediação.</p><p>Conforme demonstrado na Figura 2, o Conselho Monetário Nacional (CMN)</p><p>é o órgão máximo do SFN, e é responsável pelas políticas e diretrizes monetá-</p><p>rias para a economia do País, não desempenhando funções executivas. O CMN,</p><p>pelo seu papel no cenário econômico nacional, assume o papel de Conselho de</p><p>Política Econômica.</p><p>Sistema Financeiro Nacional</p><p>Subsistema Normativo</p><p>CMN</p><p>Conselho Monetário Nacional</p><p>Orgão Máximo do SFN</p><p>BACEN</p><p>Banco</p><p>Central do</p><p>Brasil</p><p>CVM</p><p>Comissão de</p><p>Valores</p><p>Mobiliários</p><p>PREVIC</p><p>Superintendência</p><p>Nacional de</p><p>Previdência</p><p>Complementar</p><p>SUSEP</p><p>Superintendência</p><p>de Seguros</p><p>Privados</p><p>Autoridade Monetária Autoridades de Apoio</p><p>Figura 2 – Conselho Monetário Nacional / Fonte: Febraban (2004, p. 8).</p><p>De acordo com Fortuna (2008), o Subsistema de Intermediação é a parte opera-</p><p>cional do sistema financeiro, constituído por instituições monetárias e não mo-</p><p>netárias que operam na intermediação financeira, conforme visão esquemática</p><p>dos componentes deste subsistema, apresentada na Figura 3.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Figura 3 – Subsistema de Intermediação / Fonte: Febraban (2004, p. 17).</p><p>Sistema Financeiro Nacional</p><p>Instituições</p><p>Financeiras</p><p>Bancárias</p><p>Instituições</p><p>Financeiras não</p><p>Bancárias</p><p>Bancos Múltiplos</p><p>com Carteira</p><p>Comercial</p><p>Bancos Múltiplos</p><p>sem Carteira</p><p>Comercial</p><p>Bancos de</p><p>investimentos</p><p>Demais</p><p>Instituições</p><p>Financeiras</p><p>Bancos Comerciais</p><p>SFN</p><p>Margin Call: o dia antes do fim</p><p>Sinopse: cortes em Wall Street fazem com que um dos demi-</p><p>tidos deixe para trás um pendrive com dados sobre o risco de</p><p>falência de sua empresa. Então, uma série de decisões finan-</p><p>ceiras e morais empurram a vida de todos os envolvidos em</p><p>direção ao abismo.</p><p>Comentário: este filme procura mostrar o início do efeito domi-</p><p>nó que atingiu várias instituições financeiras a partir da quebra</p><p>do banco de investimentos Lehman Brothers.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>PRINCIPAIS LINHAS DE</p><p>CRÉDITO AO SETOR PRODUTIVO</p><p>No que se refere às linhas de financiamento do BNDES, as condições financeiras</p><p>variam conforme a linha de financiamento em que o cliente ou o investimento</p><p>apoiado se encaixa. A seguir, apresentamos as linhas de financiamento vinculadas</p><p>ao BNDES Finem (2016):</p><p>8</p><p>1</p><p>Infraestrutura</p><p>■ Energia</p><p>■ Geração de Vapor e de Energia Elétrica Renovável.</p><p>■ Geração de Energia Elétrica Não Renovável.</p><p>■ Transmissão.</p><p>■ Distribuição.</p><p>■ Eficiência Energética.</p><p>■ Logística</p><p>■ Modal Rodoviário.</p><p>■ Modal Ferroviário.</p><p>■ Infraestrutura Aeroportuária.</p><p>■ Modal Hidroviário, Portuário e Demais Investimentos.</p><p>■ Petróleo e Gás Natural</p><p>■ Transporte de Petróleo, Gás Natural, Derivados de Petróleo e Biocom-</p><p>bustíveis.</p><p>■ Distribuição de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.</p><p>■ Telecomunicações</p><p>Indústria, Comércio, Serviços e Agropecuária</p><p>■ Linha de Apoio à Indústria.</p><p>■ Linha de Apoio à Agropecuária.</p><p>■ Linha de Apoio ao Comércio e Serviços.</p><p>Desenvolvimento Social e Urbano</p><p>■ BNDES Estados.</p><p>■ Investimentos Sociais de Empresas.</p><p>■ Modernização da Administração das Receitas e da Gestão Fiscal, Finan-</p><p>ceira e Patrimonial das Administrações Estaduais (PMAE).</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>■ Modernização da Administração Tributária e de Gestão dos Setores So-</p><p>ciais Básicos (BNDES PMAT).</p><p>■ Mobilidade Urbana.</p><p>■ Projetos Multissetoriais Integrados (PMI).</p><p>■ Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos.</p><p>Linhas aplicadas a investimentos em Inovação</p><p>■ BNDES Inovação</p><p>Linhas aplicadas a investimentos em Meio Ambiente</p><p>■ Apoio a Projetos de Eficiência Energética (Proesco).</p><p>■ Apoio ao Reflorestamento, Recuperação e Uso Sustentável das Florestas</p><p>(BNDES Florestal).</p><p>■ Meio Ambiente.</p><p>Linhas aplicadas a investimentos em Bens de Capital</p><p>■ Aquisição de Bens de Capital.</p><p>■ Aquisição de Bens e Serviços Importados.</p><p>Quando se trata das linhas de crédito divulgadas pelo portal do Sebrae (2016),</p><p>é relevante destacar a variedade de opções disponíveis. Estas incluem linhas de</p><p>financiamento específicas para o terceiro setor (associações) e cooperativas, além</p><p>de suporte para artesãos, pessoas físicas e autônomos. Há também apoio des-</p><p>tinado à exportação de produtos e serviços de pequenos negócios, bem como</p><p>financiamento para veículos e capital de giro.</p><p>Confira, na sequência, as linhas de crédito que podem se encaixar em vários</p><p>perfis de empreendedores:</p><p>■ Crescer Caixa.</p><p>■ Crescer BB.</p><p>■ Banco Social AFPR.</p><p>■ Banco do Empreendedor Paraná.</p><p>■ Proger Banco do Brasil.</p><p>8</p><p>1</p><p>“ Se controlarmos a nossa riqueza, seremos ricos e livres; se a nossa</p><p>riqueza nos controlar, seremos na verdade pobres.</p><p>(Edmund Burke)</p><p>CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO</p><p>De acordo com Samanez (2007), o custo de capital próprio é o retorno exigido</p><p>pelos investidores nas ações ordinárias. Existem duas formas de financiamen-</p><p>to com ações ordinárias:</p><p>■ Retenção de lucros.</p><p>■ Novas emissões de ações ordinárias.</p><p>Para o cálculo desse custo, pode-se usar o modelo de formação de preços de ativos</p><p>(CAPM) e o modelo de avaliação com crescimento constante.</p><p>Segundo Assaf Neto (2012), para o CAPM, a taxa de retorno requerida pelo</p><p>investidor deve incluir a taxa livre de risco da economia, mais um prêmio que</p><p>remunere o risco sistemático apresentado pelo ativo em avaliação e representado</p><p>pelo coeficiente beta. Dessa forma, a equação para calcular o valor do custo de</p><p>capital próprio (Ke ) é a seguinte:</p><p>� ( )K R x R Re F M F� � �b</p><p>Em que:</p><p>Ke = custo de capital próprio.</p><p>RF = taxa de retorno de ativos livres de risco.</p><p>b = coeficiente beta, medida do risco do ativo em relação ao risco sistemático</p><p>da carteira de mercado.</p><p>RM = retorno esperado do mercado.</p><p>Entradas de Fórmula</p><p>Taxa de retorno de ativos livres de risco - RF</p><p>A taxa de retorno de ativos livres de risco, também chamada de taxa livre de</p><p>risco, serve como a taxa base na fórmula CAPM.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>A ideia aqui é que todas as organizações têm algum tipo de risco inerente que</p><p>sugere que o retorno (ou risco) esperado deve ser X acima da taxa livre de risco.</p><p>Coeficiente beta - b</p><p>Refere-se à volatilidade do preço das ações de uma empresa em relação ao merca-</p><p>do geral, ou seja, beta é um número que mede a volatilidade de uma organização</p><p>(movimento no preço das ações) em relação à volatilidade geral do mercado.</p><p>O coeficiente beta apresenta a seguinte métrica de análise:</p><p>B > 1: quando o beta é maior que um, o preço das ações da organização é</p><p>mais volátil do que o mercado (ex.: mercado sobe 5% e a organização sobe 10%).</p><p>B = 1: quando beta é igual a 1, o preço das ações da organização está alinhado</p><p>com o mercado (ex.: o mercado sobe 5% e a organização sobe 5%).</p><p>B < 1: quando o beta é menor que 1, o preço das ações da organização é me-</p><p>nos volátil do que o mercado (ex.: mercado sobe 5% e a organização sobe 3%).</p><p>B < 0: quando o beta é inferior a 0, o preço das ações da organização está in-</p><p>versamente relacionado ao mercado (ex.: mercado sobe 5%, a organização cai 5%).</p><p>O método técnico de cálculo do beta pega a covariância da organização e dos</p><p>retornos de mercado e divide esse valor pela variância dos retornos de mercado.</p><p>A covariância se refere a uma métrica estatística que permite comparar duas</p><p>variáveis, proporcionando entender como elas se relacionam entre si.</p><p>Retorno esperado do mercado - RM</p><p>Retorno esperado do mercado se refere à rentabilidade oferecida pelo mercado</p><p>em sua totalidade e representada pela carteira de mercado.</p><p>Exemplo: a Empresa Água Benta Ltda. apresenta um beta de 1,5, refletindo um</p><p>risco acima do sistemático de mercado. Assim, seus investidores devem exigir,</p><p>admitindo um RF = 8% e RM = 18%, uma remuneração de quanto?</p><p>K R x R R</p><p>K x</p><p>E F M F</p><p>E</p><p>� � �</p><p>� � � � � �</p><p>b</p><p>( )</p><p>, ( ) %8 1 5 18 8 8 15 23</p><p>Essa é a taxa de retorno que deve ser requerida, diante do nível de risco do ativo</p><p>(ação) em avaliação, por seus investidores, constituindo o custo de capital próprio</p><p>da empresa. Esse percentual é superior ao de todo o mercado, de forma a com-</p><p>pensar o maior risco assumido.</p><p>8</p><p>4</p><p>O custo de capital próprio de 14% representa o retorno exigido em sua aplicação</p><p>pelos acionistas. Se o retorno efetivo for inferior a esse, os acionistas tenderão a</p><p>vender suas ações.</p><p>Assaf Neto (2012) alerta que a aplicação do modelo de precificação de ativos</p><p>(CAPM) para estimação do custo de capital próprio no Brasil embute algumas</p><p>limitações que afetam, de forma significativa, a qualidade do resultado apurado</p><p>(precário disclosure das companhias de capital aberto).</p><p>Para uma empresa do ramo de concursos que apresenta um beta de 1,4, refletindo</p><p>um risco acima do sistemático de mercado, seus investidores devem exigir, admi-</p><p>tindo um RF = 7% e RM = 16%, uma remuneração de quanto?</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Disclosure: você sabe o que é?</p><p>O termo disclosure pode ter dois significados: proporcionar o conhecimento dos</p><p>riscos, benefícios e implicações econômicas para que sejam tomadas decisões</p><p>esclarecidas ou revelações de informações confidenciais, podendo caracterizar</p><p>uma quebra de sigilo. No entanto, não se deve confundir disclosure com a infor-</p><p>mação em si, pois seu sentido é mais abrangente, podendo ser definido com a di-</p><p>vulgação de informações contábeis comunicada pela empresa que tem o objetivo</p><p>de dar informações úteis a seus clientes, tornando-as públicas.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>CUSTO DA DÍVIDA</p><p>De acordo com Gitman (2010), o custo de capital de terceiros de longo prazo, ou</p><p>seja, a dívida, refere-se ao custo, após a dedução do imposto de renda, de obter</p><p>recursos emprestados a longo prazo. Dado que os juros do capital de terceiros</p><p>são dedutíveis para efeitos de cálculo do imposto de renda devido, isso resulta na</p><p>redução do lucro tributável da empresa. Portanto, o custo de capital de terceiros,</p><p>após a incidência do imposto de renda, pode ser determinado multiplicando-se o</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>custo antes da tributação pela diferença entre 1 e a alíquota do imposto de</p><p>renda,</p><p>conforme demonstrado na equação a seguir:</p><p>K K Ti d� � c ( )1</p><p>Em que:</p><p>Ki = custo da dívida após o imposto de renda.</p><p>Kd = custo da dívida antes do imposto de renda.</p><p>T = alíquota do imposto de renda.</p><p>Via de regra, o custo explícito de capital de terceiros de longo prazo é mais</p><p>baixo que o de qualquer uma das formas alternativas de financiamento de longo</p><p>prazo, sobretudo, por causa da possibilidade de dedução dos juros para fins fiscais.</p><p>CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (CMPC)</p><p>O custo de capital é a taxa de retorno que uma entidade deve conseguir nos pro-</p><p>jetos em que investe para manter o valor de mercado de sua ação. Também pode</p><p>ser considerado como a taxa de retorno exigida pelos fornecedores de capital no</p><p>mercado para que seus fundos sejam atraídos (GITMAN, 2010).</p><p>Para Samanez (2007), um dos usos do custo do capital é servir de taxa re-</p><p>ferencial para as decisões de aceitar ou rejeitar oportunidades de investimento,</p><p>eliminando-se as alternativas que apresentam retornos incapazes de gerar valor</p><p>para a entidade.</p><p>Nessa direção, Gitman (2010) apresenta alguns fatores que afetam o custo</p><p>de capital:</p><p>Risco econômico: a preocupação em não conseguir cobrir os custos operacionais.</p><p>Risco financeiro: a preocupação em não conseguir cobrir as obrigações financeiras.</p><p>Os custos relevantes são aqueles após o imposto de renda. Dito de outra</p><p>forma, o custo de capital é medido depois do imposto de renda, estando coerente</p><p>com o enfoque adotado na tomada de decisões de orçamento de capital.</p><p>8</p><p>1</p><p>Todas as empresas necessitam de recursos financeiros, conhecidos como capital,</p><p>para sustentar suas operações comerciais. Levantar capital sempre implica em</p><p>custos, uma vez que os investidores não disponibilizam dinheiro gratuitamente.</p><p>As organizações obtêm capital através de dívida ou capital próprio. O que exata-</p><p>mente são essas formas de financiamento?</p><p>■ Dívida: as empresas podem, por exemplo, pedir dinheiro emprestado</p><p>contratando um empréstimo ou emitindo um título. Esse empréstimo</p><p>virá com uma taxa de juros que representa o custo do capital ou realmente</p><p>quanto custa emprestar X quantia de dinheiro. Isso também é conhecido</p><p>como o custo da dívida.</p><p>■ Capital próprio: as empresas podem vender ou emitir ações para re-</p><p>ceber dinheiro em troca de uma parte da propriedade do negócio. Os</p><p>investidores de ações exigirão ou esperarão um certo retorno sobre seu</p><p>investimento. Esse retorno esperado representa o custo patrimonial do</p><p>capital, também conhecido como custo patrimonial.</p><p>Samanez (2007) define o Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) como</p><p>uma média ponderada dos custos das diversas fontes de recursos que financiam</p><p>os ativos da empresa. O enfoque do Custo Médio Ponderado de Capital parte</p><p>da ideia de que o projeto é financiado simultaneamente com capital próprio e</p><p>capital de terceiros. De acordo com Assaf Neto (2012), o cálculo desse custo é</p><p>processado pelo critério da média ponderada pela seguinte expressão de cálculo:</p><p>CMPC WJ</p><p>J</p><p>N</p><p>J�</p><p>�</p><p>�</p><p>1</p><p>Kc</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>O Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) representa o custo médio de todas</p><p>as fontes de financiamento de uma organização. Essa abordagem nos leva a uma</p><p>importante pergunta: por que é essencial calcular uma média ponderada para</p><p>determinar o custo de capital de uma empresa?</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Em que:</p><p>CMPC = Custo Médio Ponderado de Capital, também identificado por</p><p>Weighted Average Cost of Capital (WACC).</p><p>WJ = participação relativa de cada fonte de capital no financiamento total.</p><p>KJ = custo específico de cada fonte de financiamento (próprio e de terceiros).</p><p>Para ilustrar este cálculo, admita que uma entidade do ramo de Treinamento e</p><p>Desenvolvimento tenha apresentado a seguinte estrutura de capital e seus custos</p><p>respectivos, conforme levantados de seus relatórios contábeis:</p><p>MONTANTE (R$)</p><p>PROPORÇÃO DE</p><p>CADA FONTE</p><p>CUSTO DE</p><p>Capital Ordinário</p><p>600.000 ações x R$</p><p>1,00 = R$ 600.000</p><p>30% 25% a.a.</p><p>Capital Preferencial</p><p>800.000 ações x R$</p><p>1,00 = R$ 800.000</p><p>40% 22% a.a.</p><p>Financiamento R$ 600.000 30% 18% a.a.</p><p>Total R$ 2 000 000 100% (após IR)</p><p>Quadro 1 – Relatórios contábeis / Fonte: o autor.</p><p>Resolvendo, temos:</p><p>CMPC = (25% x 0,3) + (22% x 0,4) + (18% x 0,3)</p><p>CMPC = 7,5% + 8,8% + 5,4% = 21,7%</p><p>Em outro prisma, a remuneração exigida pelos proprietários de capitais alo-</p><p>cados pela empresa assume a forma de cálculo a seguir.:</p><p>8</p><p>8</p><p>FONTE DE CAPITAL REMUNERAÇÃO EXIGIDA</p><p>Capital ordinário R$ 600.000 x 25% = R$ 150.000</p><p>Capital preferencial R$ 800.000 x 22% = R$ 176.000</p><p>Financiamento R$ 600.000 x 18% = R$ 108.000</p><p>Total R$ 434 000</p><p>Quadro 2 – Prisma de remuneração / Fonte: o autor.</p><p>Logo, CMPC = 434.000 / 2.000.000 = 21,8%.</p><p>Esse custo representa, efetivamente, a taxa mínima de retorno (atratividade</p><p>econômica) desejada pela entidade em suas decisões de investimento.</p><p>Podemos concluir, conforme argumentado por Samanez (2007), que o Custo</p><p>Médio Ponderado de Capital reflete o risco e a estrutura de capital da empresa</p><p>com seus atuais ativos, mas não considera necessariamente as alterações que pos-</p><p>sam ocorrer devido à incorporação de novos ativos, em decorrência da execução</p><p>de um novo projeto de investimento.</p><p>Ademais, de acordo com Damodaran (2004), o valor de uma empresa é o</p><p>valor presente dos fluxos de caixa esperados tanto dos ativos já instalados quanto</p><p>do crescimento futuro, descontados os custos de capital.</p><p>Assaf Neto (2012) afirma que, para o pressuposto básico de agregação de</p><p>valor, o desempenho operacional da empresa deve promover resultados que re-</p><p>munerem os proprietários de capital em valores acima da taxa mínima de retorno</p><p>requerida. Essa riqueza é maximizada à medida que a criação de valor se mante-</p><p>nha e a empresa consiga, nessas condições, elevar seus níveis de investimentos.</p><p>Segundo Samanez (2007), o Método Econômico Valor Agregado (EVA), ter-</p><p>mo que vem do inglês Economic Value Added Method, possibilita descobrir qual</p><p>o valor gerado pela empresa, podendo ser obtido da seguinte forma:</p><p>EVA Nopat Capital investido CMPC� � ( ) c</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>O entendimento do sistema financeiro nacional é crucial, pois reúne um conjunto</p><p>de órgãos responsáveis pela regulamentação dos instrumentos financeiros. Ele es-</p><p>tabelece diretrizes para, por exemplo, as linhas de crédito, que são fundamentais</p><p>para o crescimento e desenvolvimento das organizações. Muitas delas necessitam</p><p>de recursos financeiros para investir em seus negócios e prosperar.</p><p>O Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) e sua fórmula são ferramentas</p><p>valiosas para analistas, investidores e gestores de organizações, cada um utilizan-</p><p>do-as para propósitos distintos. Nas finanças corporativas, determinar o custo</p><p>de capital de uma organização é essencial por diversas razões. Por exemplo, o</p><p>CMPC é a taxa de desconto que uma organização emprega para calcular o valor</p><p>presente líquido de seus investimentos.</p><p>Administração Financeira</p><p>Autores: Stephen A. Ross; Randolph W. Westerfield; Jeffrey Jaf-</p><p>fe; Roberto Lamb</p><p>Editora: McGraw Hill Education - Bookman</p><p>Sinopse: Líder de mercado nos Estados Unidos, Corporate Fi-</p><p>nance chega ao Brasil em uma nova versão que incorpora o</p><p>conhecimento e as práticas brasileiras. Com revisão técnica e</p><p>adaptação ao mercado brasileiro do prof. Roberto Lamb, da Es-</p><p>cola de Administração da UFRGS, a obra contextualiza o con-</p><p>teúdo norte-americano à realidade brasileira.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>Confira a aula sobre esse tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digi-</p><p>tal do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>9</p><p>1</p><p>1. A transferência de recursos econômicos pode ser feita diretamente entre os agentes ou</p><p>por meio de intermediários financeiros, que facilitam o fluxo de fundos entre os agentes</p><p>econômicos, como os bancos, as financeiras, as corretoras e distribuidoras de títulos e</p><p>valores mobiliários. Diante do exposto, disserte sobre o Sistema Financeiro Nacional (SFN).</p><p>2. A sigla CMPC significa Custo Médio Ponderado de Capital de</p><p>uma organização. Todas as</p><p>organizações precisam arrecadar dinheiro (também conhecido como capital) para alimentar</p><p>suas operações comerciais. Essa ação de levantar capital sempre terá um custo, já que os</p><p>investidores não dão dinheiro de graça. Diante disso, analise os itens, a seguir, sobre os</p><p>meios usados pelas organizações para levantar dinheiro:</p><p>I - Risco.</p><p>II - Dívida.</p><p>III - Patrimônio líquido.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>3. Os custos de financiamento são definidos como os juros e outros custos incorridos pela</p><p>empresa durante o empréstimo de fundos. Eles também são conhecidos como custos</p><p>financeiros ou custos de empréstimo. Nenhum financiamento é gratuito para a empresa.</p><p>Investidores de ações exigem ganhos de capital e dividendos para seus investimentos, e os</p><p>provedores de dívida buscam pagamentos de juros: “é o retorno exigido pelos investidores</p><p>nas ações ordinárias”. Esse conceito se refere a qual termo da gestão financeira?</p><p>a) Custo de capital próprio.</p><p>b) Custo médio ponderado de capital.</p><p>c) Método econômico de valor agregado.</p><p>d) Custo da dívida após o imposto de renda.</p><p>e) Custo da dívida antes do imposto de renda.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>9</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.</p><p>DAMODARAN, A. Finanças corporativas: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Bookman, 2004.</p><p>BNDES. Linhas de Financiamento. c2016. Disponível em: https://www.bndes.gov.br/SiteBN-</p><p>DES/bndes/bndes_pt/Galerias/Convivencia/Restauracao_Ecologica/linhas_financiamento.</p><p>html. Acesso em: 5 out. 2016.</p><p>FEBRABAN. Programa autoinstrutivo preparatório ao exame de certificação profissional AN-</p><p>BID São Paulo: Fator Humano, Educação e Desenvolvimento, 2004.</p><p>FORTUNA, E. Mercado financeiro de produtos e serviços. 17. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark,</p><p>2008.</p><p>GITMAN, L. J.; MADURA, J. Administração Financeira: uma abordagem gerencial. São Paulo:</p><p>Pearson Addison Wesley, 2006.</p><p>GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,</p><p>2010.</p><p>SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson Prentice Hall,</p><p>2007.</p><p>SEBRAE. Linhas de crédito. 11 nov. 2016. Disponível em: https://sebrae.com.br/sites/PortalSe-</p><p>brae/ufs/ms/sebraeaz/linhas-de-credito,be990af026458510VgnVCM1000004c00210aRCRD.</p><p>Acesso em: 15 set. 2023.</p><p>9</p><p>1</p><p>1. O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado pelo conjunto de Órgãos de Regulação e de</p><p>Instituições que operam os instrumentos financeiros do sistema com o objetivo básico de</p><p>transferir recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para</p><p>os deficitários. O SFN do Brasil tem seus alicerces nas leis da Reforma Bancária de 1964 e do</p><p>Mercado de Capitais de 1965. Em 1988, uma nova lei criou os Bancos Múltiplos, aperfeiçoando</p><p>o SFN, que é composto pelo Subsistema Normativo e pelo Subsistema de Intermediação.</p><p>2. Opção D. Os itens II e III estão corretos, pois se referem a meios que as organizações usam</p><p>para levantar dinheiro.</p><p>3. Opção A. Custo de capital próprio é a alternativa correta, tendo vista que o conceito apre-</p><p>sentado se refere ao conceito de custo de capital próprio.</p><p>GABARITO</p><p>9</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>MÉTODOS FINANCEIROS:</p><p>VPL, TIR E PAYBACK</p><p>Estudar métodos de avaliação de projetos de investimentos.</p><p>Conhecer o Valor Presente Líquido (VPL).</p><p>Compreender a Taxa Interna de Retorno (TIR).</p><p>Aprender a calcular e diferenciar os paybacks: exato, médio e descontado.</p><p>Analisar os métodos do período de recuperação do investimento</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5</p><p>9</p><p>4</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Imaginemos que um investidor tem dois projetos. O projeto A requer um inves-</p><p>timento de R$15.000,00, gerando entradas de caixa periódicas de R$1.200,00 por</p><p>mês durante 10 meses. Já o projeto B demanda um investimento de R$30.000,00,</p><p>gerando entradas de caixa periódicas iniciando em R$500,00 no primeiro mês, com</p><p>um acréscimo de R$1.000,00 a cada mês em relação ao mês anterior, ao longo de 10</p><p>anos. Qual desses dois projetos seria o mais vantajoso para o investidor? Respostas</p><p>a perguntas como essas serão abordadas neste tema sobre métodos financeiros.</p><p>De forma a ajudar no processo decisório, existem alguns métodos financei-</p><p>ros como VPL, TIR e Payback. O VPL (Valor Presente Líquido) é uma técnica</p><p>amplamente utilizada ao realizar o orçamento de capital para avaliar os proje-</p><p>tos de investimentos. O Payback indica o tempo necessário para recuperar um</p><p>investimento, enquanto a TIR (Taxa Interna de Retorno) é uma técnica mais</p><p>avançada e abrangente que o VPL, frequentemente empregada na avaliação de</p><p>alternativas de investimento.</p><p>Esses métodos financeiros ajudam a encontrar respostas para a escolha do</p><p>melhor investimento. Eles ajudam a determinar quanto tempo levará para obter</p><p>retorno de um investimento, qual oferece a melhor taxa de retorno e como es-</p><p>colher entre vários projetos com diferentes investimentos, retornos e taxas. São</p><p>essas ferramentas que auxiliam os gestores financeiros nas decisões.</p><p>No ambiente profissional, gestores financeiros e investidores precisam ana-</p><p>lisar uma ampla variedade de projetos, como opções de ações, construção de</p><p>prédios, investimentos em títulos do tesouro, ouro, CDB, poupança, entre outros.</p><p>Estudante, acesse o podcast e aprofunde seu conhecimento sobre Payback. Va-</p><p>mos lá? Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual</p><p>de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)</p><p>O valor presente líquido (VPL) é a diferença entre o valor presente das entradas de</p><p>caixa e o valor presente das saídas de caixa durante um período. O VPL é usado</p><p>no orçamento de capital e no planejamento de investimentos para analisar a</p><p>lucratividade de um investimento ou investimento projetado. O VPL é o resultado de</p><p>cálculos que encontram o valor atual de um fluxo futuro de pagamentos, usando a</p><p>taxa de desconto adequada. Em geral, vale a pena realizar projetos com um VPL</p><p>positivo, enquanto aqueles com um VPL negativo não se tornam tão interessantes.</p><p>O valor presente líquido (VPL) apresenta algumas características:</p><p>Valor atual: o valor presente líquido (VPL) é usado para calcular o valor atual</p><p>de um fluxo futuro de pagamentos de uma empresa, projeto ou investimento.</p><p>Fluxos de caixa: para calcular o VPL, você precisa estimar o momento e a</p><p>quantidade de fluxos de caixa futuros e escolher uma taxa de desconto igual à</p><p>taxa mínima aceitável de retorno.</p><p>Custo de capital: a taxa de desconto pode refletir seu custo de capital ou os</p><p>retornos disponíveis em investimentos alternativos de risco comparável.</p><p>Significado: se o VPL de um projeto ou investimento for positivo, isso sig-</p><p>nifica que sua taxa de retorno estará acima da taxa de desconto.</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Estudante, no vídeo a seguir, aprenda sobre Análise de Investimentos: VPL e</p><p>TIR. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de</p><p>aprendizagem.</p><p>9</p><p>1</p><p>Vantagens e desvantagens do VPL</p><p>Estudante, o método do valor presente líquido apresenta suas vantagens e des-</p><p>vantagens:</p><p>Vantagens</p><p>■ Considera o valor do tempo do dinheiro.</p><p>■ Incorpora fluxo de caixa descontado usando o custo de capital de uma</p><p>empresa.</p><p>■ Retorna um valor de moeda real (R$) único, que é relativamente fácil de</p><p>interpretar.</p><p>■ Pode ser fácil de calcular ao alavancar planilhas ou calculadoras finan-</p><p>ceiras.</p><p>Desvantagens</p><p>■ Depende muito de insumos, estimativas e projeções de longo prazo.</p><p>■ Não considera o tamanho do projeto ou o retorno sobre o investimento</p><p>(ROI).</p><p>■ Pode ser difícil calcular manualmente, especialmente para projetos com</p><p>muitos anos de fluxo de caixa.</p><p>■ É impulsionado por insumos quantitativos e não considera métricas não</p><p>financeiras.</p><p>Segundo Gitman (2010), o valor de um projeto ou alternativa de investimento</p><p>depende de sua capacidade de gerar fluxos de</p><p>caixa futuros, ou seja, de sua capa-</p><p>cidade de gerar renda econômica. Assim, quando analisamos o desempenho das</p><p>entidades em nível macro, estudamos as decisões da seguinte forma.</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>De acordo com Samanez (2007), o método do Valor Presente Líquido (VPL) tem</p><p>como finalidade calcular, em termos de valor presente, o impacto dos eventos</p><p>futuros associados a uma alternativa de investimento. Em outras palavras, ele</p><p>mede o valor presente dos fluxos de caixa gerados pelo projeto ao longo de sua</p><p>vida útil. Não existindo restrição de capital, argumenta-se que esse critério leva</p><p>à escolha ótima, pois maximiza o valor da empresa (SAMANEZ, 2007).</p><p>O Valor Presente Líquido (VPL) pode ser calculado pela seguinte expressão:</p><p>VPL CF</p><p>CF</p><p>k</p><p>j</p><p>t</p><p>t</p><p>n</p><p>� � �</p><p>��</p><p>�0</p><p>1 1( )</p><p>Em que:</p><p>VPL = Net Present Value (NPV) = Valor Presente Líquido.</p><p>CF0 = Cash Flow = Fluxo de caixa no período zero, ou seja, no período</p><p>inicial.</p><p>CFj = Cash Flow = Fluxo de caixa no período j ou seja, no período apresen-</p><p>tado ao longo do tempo.</p><p>k = custo de capital ou taxa mínima de atratividade.</p><p>Nível macro</p><p>Balanço</p><p>31 de dezembro de 19xx</p><p>Capital</p><p>de giro</p><p>Capital</p><p>de giro</p><p>Decisões de</p><p>investimento</p><p>Decisões de</p><p>financiamento</p><p>Ativos:</p><p>Ativo circulantes</p><p>Caixa e aplicações</p><p>Contas a receber</p><p>Estoques</p><p>Total de ativos circulantes</p><p>Ativos fixos</p><p>Ativos fixos (valor bruto)</p><p>Menos: depreciação acum.</p><p>Fundo de comércio</p><p>Outros ativos de longo prazo</p><p>Total de ativos fixos</p><p>Total de ativos</p><p>Passivos e patrimônio líquido</p><p>Passivos circulantes</p><p>Contas a pagar</p><p>Instituições financeiras a pagar</p><p>Total de passivos circulantes</p><p>Passivos de longo prazo</p><p>Total de passivos</p><p>Patrimônio líquido:</p><p>Capital (ações ordinárias)</p><p>Ágio na venda de ações</p><p>Lucros retidos</p><p>Total de patrimônio líquido</p><p>Passivos e patrimônio líquido</p><p>Figura 1 – Decisões de Financiamento e Investimento / Fonte: adaptado de Gitman (2010).</p><p>9</p><p>8</p><p>t = período de tempo (dia, mês, ano, etc).</p><p>Critério de decisão: se o VPL > 0 (positivo), o projeto é economicamente</p><p>aceitável/ viável.</p><p>Como um exemplo, imagine uma empresa do ramo de treinamento e desenvol-</p><p>vimento que estuda a possibilidade de substituir o computador do seu escritório e</p><p>dispõe de duas alternativas mutuamente exclusivas: o equipamento do fabricante A e</p><p>o equipamento do fabricante B. Os fluxos de caixa estimados são os seguintes:</p><p>ALTERNATIVAS ANO 0 ANO 1 ANO 2</p><p>Fabricante A - 2000 2.000 400</p><p>Fabricante B - 1800 600 2.800</p><p>Quadro 1 – Fluxos de Caixa, valores em reais (R$) / Fonte: o autor.</p><p>Considerando um custo do capital de 12% a.a., pode-se identificar:</p><p>■ A melhor escolha pela análise do Valor Presente Líquido (VPL).</p><p>Calculando o VPL do Fabricante A pela calculadora financeira HP-12C:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>2000 CHS g CFo - 2.000,00 Introduzindo o CFo.</p><p>2000 g CFj 2.000,00 Introduzindo o CF1.</p><p>400 g CFj 400,00 Introduzindo o CF2.</p><p>12 i 12,00 Introduzindo o custo do capital.</p><p>f NPV 104,59 Valor Presente Líquido (VPL) de A.</p><p>Quadro 2 – Comandos para cálculo do VPL da Fabricante A / Fonte: o autor.</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Calculando o VPL do fabricante B pela calculadora financeira HP-12C:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>1800 CHS g CFo - 1.800,00 Introduzindo o CF0.</p><p>600 g CFj 600,00 Introduzindo o CF1.</p><p>2800 g CFj 2.800,00 Introduzindo o CF2.</p><p>12 i 12,00 Introduzindo o custo do capital.</p><p>f NPV 967,86 Valor Presente Líquido (VPL) de B.</p><p>Quadro 3 – Comandos para cálculo do VPL da Fabricante B / Fonte: o autor.</p><p>Como oVPL VPLB A> , então, a melhor alternativa é o equipamento do fabricante B.</p><p>“ Os gestores devem buscar informações que os levem a pensar com</p><p>inovação, especificamente saindo da visão de custos e perseguindo</p><p>a de rendimento, deixando a ficção legal e buscando a realidade</p><p>econômica e, finalmente, objetivando a geração de riqueza.</p><p>(Peter Ferdinand Drucker)</p><p>MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)</p><p>A Taxa Interna de Retorno (TIR) é uma métrica financeira usada para avaliar a</p><p>atratividade de uma determinada oportunidade de investimento. Ao calcular a</p><p>TIR para um investimento, estamos essencialmente estimando a taxa de retorno</p><p>dele, levando em consideração todos os seus fluxos de caixa projetados, bem</p><p>como o valor do dinheiro ao longo do tempo. Ao selecionar entre vários inves-</p><p>timentos alternativos, o investidor selecionaria o investimento com a TIR mais</p><p>alta, desde que esteja acima do limite mínimo dele.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Dentre suas características e usabilidades, destacam-se:</p><p>■ TIR é uma taxa de desconto que torna o valor presente líquido (VPL)</p><p>de todos os fluxos de caixa igual a zero em uma análise de fluxo de caixa</p><p>descontado.</p><p>■ De um modo geral, quanto maior a taxa interna de retorno, mais desejável</p><p>é realizar um investimento. Em geral, ao comparar opções de investimen-</p><p>to com outras características semelhantes, o investimento com a maior</p><p>TIR provavelmente seria considerado o melhor.</p><p>■ A TIR é ideal para analisar projetos de orçamento de capital para enten-</p><p>der e comparar as taxas potenciais de retorno anual ao longo do tempo.</p><p>■ É usada pelas empresas para determinar quais projetos de capital usar.</p><p>■ Pode ajudar os investidores a determinar o retorno do investimento de</p><p>vários ativos.</p><p>Limitações da TIR</p><p>A TIR é geralmente ideal para uso na análise de projetos de orçamento de capital.</p><p>Pode ser mal interpretado se usado fora dos cenários apropriados. No caso de</p><p>fluxos de caixa positivos seguidos por negativos e depois por positivos, a TIR</p><p>pode ter vários valores. Além disso, se todos os fluxos de caixa tiverem o mesmo</p><p>sinal (ou seja, o projeto nunca obtém lucro), nenhuma taxa de desconto produ-</p><p>zirá um VPL zero.</p><p>Entre suas principais limitações podemos destacar:</p><p>■ TIR é uma métrica muito popular para estimar o retorno anual de um</p><p>projeto; no entanto, não se destina necessariamente a ser usada sozinha.</p><p>■ A TIR é tipicamente um valor relativamente alto, o que permite que ela</p><p>chegue a um VPL de zero.</p><p>■ A própria TIR é apenas um único valor estimado que fornece um valor</p><p>de retorno anual com base em estimativas.</p><p>■ Como as estimativas em TIR e VPL podem apresentar distorção dos re-</p><p>sultados reais dos projetos, a maioria dos analistas optará por combinar</p><p>a análise de TIR com a análise de cenários. Os cenários podem mostrar</p><p>diferentes VPLs possíveis com base em suposições variadas.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Segundo Samanez (2007), o método não tem como finalidade a avaliação da</p><p>rentabilidade absoluta a determinado custo do capital, como o VPL; seu objetivo</p><p>é encontrar uma taxa intrínseca de rendimento. Por definição, a TIR é a taxa de</p><p>retorno do investimento. Matematicamente, a TIR é uma taxa hipotética que</p><p>anula o VPL, ou seja, é aquele valor da taxa (i ) que satisfaz a seguinte equação:</p><p>VPL CF CFj</p><p>k tt</p><p>n</p><p>� � �</p><p>�� �</p><p>�</p><p>�</p><p>�0</p><p>1 1</p><p>0</p><p>TIR = Internal Rate of Return (IRR) = Taxa Interna de Retorno</p><p>Graficamente, temos:</p><p>��������������</p><p>VPL</p><p>VPL+</p><p>VPL-</p><p>TIR</p><p>A</p><p>B</p><p>��</p><p>��</p><p>����</p><p>Figura 2 – Representação gráfica da Taxa Interna de Retorno (TIR) / Fonte: o autor.</p><p>Se a TIR > K (custo do capital), o projeto é economicamente aceitável/ viável.</p><p>Imagine que uma indústria de confecções estuda a viabilidade econômica de</p><p>um projeto de investimento orçado em R$780.000,00. Considere que o projeto</p><p>tenha duração prevista de 5 anos e que o estudo de viabilidade econômica e</p><p>financeira projetou fluxos de caixa líquidos de R$230.000 por ano.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Calculando a TIR do projeto de investimento pela calculadora financeira</p><p>HP-12C:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>780000 CHS g CFo - 780.000,00 Introduzindo o CFo.</p><p>230000 g CFj 230.000,00 Introduzindo o CF1.</p><p>5 g Nj 5,00 Repetindo os fluxos de caixa.</p><p>f IRR 14,51 Taxa Interna de Retorno.</p><p>Quadro 5 – Comandos para cálculo da TIR / Fonte: o autor.</p><p>TIR-Modificada</p><p>O método da Taxa Interna de Retorno Modificado (TIRM) foi desenvolvido por Kassai</p><p>(1996) e tenta eliminar</p><p>os problemas da TIR tradicional, baseado em quatro etapas:</p><p>1. Definição da taxa de reinvestimento e taxa de financiamento.</p><p>2. Descapitalização dos fluxos de caixa negativos através da taxa de financiamento.</p><p>3. Capitalização dos fluxos de caixa positivos através da taxa de reinvestimento.</p><p>4. Cálculo da TIRM como a taxa de desconto que iguala os dois valores (EDER et</p><p>al., 2004).</p><p>APROFUNDANDO</p><p>MÉTODOS DO PERÍODO DE RECUPERAÇÃO DO</p><p>INVESTIMENTO (PAYBACK)</p><p>O payback refere-se à quantidade de tempo que leva para recuperar o custo de</p><p>um investimento. Simplificando, é o período em que um investimento atinge um</p><p>ponto de equilíbrio. Pessoas e corporações investem seu dinheiro principalmente</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>para serem pagas de volta, e é por isso que o período de retorno é tão importante.</p><p>Em essência, quanto menor o retorno de um investimento, mais atraente ele se</p><p>torna. Determinar o período de retorno é útil para qualquer pessoa e pode ser</p><p>feito dividindo o investimento inicial pelos fluxos de caixa médios.</p><p>O payback é um método comumente usado por investidores, profissionais</p><p>financeiros e corporações para calcular o retorno do investimento. Ajuda a de-</p><p>terminar quanto tempo leva para recuperar os custos iniciais associados a um</p><p>investimento. Essa métrica é útil antes de tomar qualquer decisão, especialmente</p><p>quando um investidor precisa fazer um julgamento rápido sobre um empreen-</p><p>dimento de investimento.</p><p>O payback apresenta algumas características, dentre as quais destacamos:</p><p>■ O payback é o tempo que leva para recuperar o custo de um investimento</p><p>ou o tempo que um investidor precisa para atingir um ponto de equilíbrio.</p><p>■ Retornos mais curtos significam investimentos mais atraentes, enquanto</p><p>períodos de retorno mais longos são menos desejáveis.</p><p>■ O período de retorno é calculado dividindo o valor do investimento pelo</p><p>fluxo de caixa anual.</p><p>■ Os gerentes de contas e fundos usam o período de retorno para determi-</p><p>nar se devem fazer um investimento.</p><p>■ Uma das desvantagens do período de retorno é que ele desconsidera o</p><p>valor temporal do dinheiro.</p><p>Suponha que uma indústria de lingeries estuda a viabilidade econômica de um</p><p>projeto de investimento orçado em R$400.000,00. Considerando que o projeto</p><p>tem duração prevista de quatro anos e que o estudo de viabilidade econômica</p><p>e financeira projetou fluxos de caixa líquidos de R$ 200.000 por ano, com um</p><p>custo do capital de 16% a.a., calcule o período de recuperação do investimento</p><p>pelos métodos do payback exato, médio e descontado.</p><p>a) Método do Payback Exato (MPE)</p><p>CF CFj</p><p>t</p><p>T</p><p>0</p><p>1</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>CF1 = 200.000</p><p>CF2 = 200.000</p><p>CF3 = 200.000</p><p>CF4 = 200.000</p><p>PE CF CF CF� � �0 1 2( )</p><p>PE = 400.000 – (200.000 + 200.000)</p><p>PE = 400.000 – 400.000 = 0</p><p>Conclusão: pelo Payback Exato (MPE), o investimento inicial será recupe-</p><p>rado em 2 anos.</p><p>b) Método do Payback Médio (MPM)</p><p>Primeiramente, precisamos encontrar a Média (Md) das entradas (E) e, em</p><p>seguida, o PM. Assim:</p><p>PM CF</p><p>Md</p><p>= 0</p><p>Em que:</p><p>Md = média dos fluxos de caixa.</p><p>n = número de períodos.</p><p>CFj = fluxos de caixa no período j.</p><p>CFo = fluxo de caixa no período zero.</p><p>PM = payback médio.</p><p>Encontrando a média:</p><p>Md</p><p>CF</p><p>n</p><p>J</p><p>t</p><p>T</p><p>� � ��</p><p>�</p><p>1 800 000</p><p>4</p><p>200 000. .</p><p>Encontrando o Payback Médio:</p><p>PM CF</p><p>Md</p><p>anos= = =0 400 000</p><p>200 000</p><p>2.</p><p>.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Pelo Payback Médio (MPM), o investimento inicial será recuperado em 2 anos.</p><p>c) Método do Payback Descontado (MPD)</p><p>CF</p><p>CF</p><p>K</p><p>j</p><p>t</p><p>t</p><p>T</p><p>0</p><p>1 1</p><p>�</p><p>��</p><p>�</p><p>( )</p><p>CF R</p><p>CF R</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>2</p><p>200 000 1 0 16 172 413 79</p><p>200 000 1 0 16</p><p>= = =</p><p>= = =</p><p>. / ( , ) $ . ,</p><p>. / ( , ) $1148 632 58</p><p>200 000 1 0 16 128 131 53</p><p>200 000</p><p>3</p><p>3</p><p>4</p><p>. ,</p><p>. / ( , ) $ . ,</p><p>. / (</p><p>CF R</p><p>CF</p><p>= = =</p><p>= 11 0 16 110 458 224= =, ) $ . ,R</p><p>PD CF CF CF CF� � � �0 1 2 3( )</p><p>PD = 400.000 – (172.413,79 + 148.632,58)</p><p>PD = 400.000 – 321.046,37 = - 78.953,63</p><p>Logo, o Payback Descontado (PD) está entre os anos 2 e 3.</p><p>Dividindo-se 78.953,63 pelo valor do próximo fluxo de caixa (CF3 ), temos:</p><p>78.953,63 / 128.131,53 = 0,616192 ano x 12 = 7,39 meses</p><p>0,39 x 30 = 12 dias.</p><p>Pelo Payback Descontado (MPD), o investimento inicial será recuperado em</p><p>2 anos, 7 meses e 12 dias.</p><p>Confira a aula sobre esse tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digi-</p><p>tal do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Muitas pessoas podem ter uma</p><p>ideia, muitos deles podem criar</p><p>um plano sobre como alcançá-lo, e</p><p>alguns podem vê-lo passar. A ava-</p><p>liação do projeto é a diferença entre</p><p>ter uma ideia e criar um negócio de</p><p>longo prazo bem-sucedido.</p><p>É como você pode analisar</p><p>os dados, avaliar os erros e im-</p><p>plementar mudanças que permi-</p><p>tirão que o próximo projeto seja</p><p>bem-sucedido e dar ao seu negó-</p><p>cio a melhor chance de sucesso.</p><p>Os métodos financeiros pro-</p><p>porcionam uma maior assertivi-</p><p>dade nas escolhas dos projetos de</p><p>investimentos tanto dos investi-</p><p>dores como das organizações,</p><p>contribuindo no processo de to-</p><p>mada de decisão de qual revesti-</p><p>mento escolher.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. A TIR é geralmente ideal para uso na análise de projetos de orçamento de capital. Pode</p><p>ser mal interpretado se usado fora dos cenários apropriados. No caso de fluxos de caixa</p><p>positivos seguidos por negativos e depois por positivos, a TIR pode ter vários valores. Além</p><p>disso, se todos os fluxos de caixa tiverem o mesmo sinal (ou seja, o projeto nunca obtém</p><p>lucro), nenhuma taxa de desconto produzirá um VPL zero. Diante do exposto, descreva as</p><p>principais limitações da TIR.</p><p>2. A taxa interna de retorno (TIR) é uma métrica financeira usada para avaliar a atratividade de</p><p>uma determinada oportunidade de investimento. Ao calcular a TIR para um investimento,</p><p>efetivamente, estima-se a taxa de retorno desse investimento depois de contabilizar todos</p><p>os fluxos de caixa projetados, juntamente com o valor de tempo do dinheiro. Ao selecionar</p><p>entre vários investimentos alternativos, o investidor selecionaria o investimento com a TIR</p><p>mais alta, desde que esteja acima do limite mínimo do investidor. Diante do exposto, analise</p><p>os itens sobre as características do TIR:</p><p>I - TIR é uma taxa de desconto que torna o valor presente líquido (VPL) de todos os fluxos</p><p>de caixa igual a zero em uma análise de fluxo de caixa descontado.</p><p>II - De um modo geral, quanto maior a taxa interna de retorno, mais desejável é realizar um</p><p>investimento.</p><p>III - A TIR é ideal para analisar projetos de orçamento de capital para entender e comparar</p><p>as taxas potenciais de retorno anual ao longo do tempo.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>3. O payback é um método comumente usado por investidores, profissionais financeiros e</p><p>corporações para calcular o retorno do investimento. Ajuda a determinar quanto tempo</p><p>leva para recuperar os custos iniciais associados a um investimento. Essa métrica é útil</p><p>antes de tomar qualquer decisão, especialmente quando um investidor precisa fazer um</p><p>julgamento rápido sobre um empreendimento de investimento. Sendo assim, analise os</p><p>itens, a seguir, sobre as características do payback:</p><p>I - O período de retorno é o tempo que leva para recuperar o custo de um investimento ou</p><p>o tempo que um investidor precisa para atingir um ponto de equilíbrio.</p><p>II - Retornos mais curtos significam investimentos mais atraentes, enquanto períodos de</p><p>retorno mais longos são menos desejáveis.</p><p>III - O período de retorno é calculado dividindo o valor do investimento pelo fluxo de caixa</p><p>anual.</p><p>IV - Uma das desvantagens do período de retorno é que ele desconsidera o valor temporal</p><p>do dinheiro.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II e IV, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) I, II, III e IV.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>EDER, C. F. et al. Avaliação dos métodos da taxa interna de retorno modificada: uma aplicação</p><p>prática. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2004.</p><p>GITMAN, L. Princípios</p><p>de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,</p><p>2010.</p><p>SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson Prentice Hall,</p><p>2007.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. Entre as principais limitações da TIR, podemos destacar:</p><p>• TIR é uma métrica muito popular para estimar o retorno anual de um projeto; no entanto,</p><p>não se destina necessariamente a ser usada sozinha.</p><p>• A TIR é tipicamente um valor relativamente alto, o que permite que ela chegue a um VPL</p><p>de zero.</p><p>• A própria TIR é apenas um único valor estimado que fornece um valor de retorno anual</p><p>com base em estimativas.</p><p>• Como as estimativas em TIR e VPL podem diferir drasticamente dos resultados reais, a</p><p>maioria dos analistas optará por combinar a análise de TIR com a análise de cenários. Os</p><p>cenários podem mostrar diferentes VPLs possíveis com base em suposições variadas.</p><p>2. Opção E. Os itens I, II e III estão corretos, pois todos eles apresentam características da TIR.</p><p>3. Opção E. Os itens I, II, III e IV estão corretos, pois todos eles apresentam características do</p><p>payback.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>RANKING E SELEÇÃO DE</p><p>ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO:</p><p>RACIONAMENTO DE CAPITAL</p><p>Ranquear e analisar alternativas de investimento produtivo.</p><p>Efetuar a análise sob duas hipóteses (VPL e Índice de Rentabilidade).</p><p>Analisar a aceitabilidade ou não de investimento com base em métodos analíticos.</p><p>Estudar os métodos de análise de projeto no processo decisório de investimentos.</p><p>Calcular índices de rentabilidade sobre diferentes projetos.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 6</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Quando um investidor possui recursos ilimitados para a implementação de pro-</p><p>jetos de investimento, ele não precisa fazer escolhas e pode simplesmente analisar</p><p>e implementar todos os projetos viáveis. No entanto, quando o investidor tem um</p><p>capital limitado e não pode implementar todos os projetos viáveis, é necessário</p><p>fazer escolhas. É nesse contexto que se torna essencial classificar os projetos viá-</p><p>veis, selecionando os mais promissores para a implementação.</p><p>O índice de rentabilidade (IR) é uma métrica que representa a relação entre</p><p>os custos e benefícios de um projeto proposto. Ele é útil na classificação de vá-</p><p>rios projetos, permitindo que os investidores quantifiquem o valor criado por</p><p>unidade de investimento.</p><p>No ambiente profissional, as empresas muitas vezes têm um capital limitado e</p><p>não podem implementar todos os projetos viáveis de imediato. Portanto, decisões</p><p>são tomadas sobre qual projeto implementar primeiro, com implementações</p><p>subsequentes baseadas nas disponibilidades orçamentárias da empresa.</p><p>Estudante, acesse o podcast e aprofunde seu conhecimento sobre defini-</p><p>ções, tipos, vantagens e desvantagens do racionamento de capital. Vamos lá?</p><p>Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de</p><p>aprendizagem</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Estudante, aprenda sobre a análise de investimento em situações de racionamento</p><p>de capital no vídeo a seguir. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital</p><p>do ambiente virtual de aprendizagem</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>RANKING E SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO:</p><p>RACIONAMENTO DE CAPITAL</p><p>Racionamento de Capital</p><p>O racionamento de capital, segundo Hayes (2022), é um processo que as empre-</p><p>sas usam para decidir quais oportunidades de investimento fazem mais sentido</p><p>para elas buscarem.</p><p>O racionamento de capital, segundo Vineeth (2023), é conceituado como</p><p>o processo de colocar um limite na extensão de novos projetos ou investimen-</p><p>tos que uma organização decide realizar. Isso é possível colocando um custo de</p><p>capital muito maior para a consideração dos investimentos ou colocando um</p><p>teto em uma determinada proporção de um orçamento. Uma organização, se-</p><p>gundo Gitman (2010), pode pretender implementar o racionamento de capital</p><p>em cenários em que as receitas passadas geradas por meio de investimentos não</p><p>estavam à altura.</p><p>O objetivo típico do racionamento de capital é direcionar os recursos de capital</p><p>limitados de uma empresa para os projetos que provavelmente serão os mais</p><p>lucrativos (HAYES, 2022).</p><p>Segundo o Corporate Finance Institute (CFI, 2023) e Keynes (1936), o raciona-</p><p>mento de capital é uma estratégia usada por organizações ou investidores para</p><p>limitar o número de projetos que eles assumam de cada vez. Se houver um con-</p><p>junto de investimentos disponíveis que se espera que sejam lucrativos, o raciona-</p><p>mento de capital ajuda o investidor ou proprietário da empresa a escolher os mais</p><p>lucrativos a serem perseguidos. As organizações que empregam uma estratégia</p><p>de racionamento de capital normalmente produzem um retorno sobre o inves-</p><p>timento (ROI) relativamente maior. Isso ocorre simplesmente porque a empresa</p><p>investe seus recursos onde identifica o maior potencial de lucro.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>O racionamento de capital, segundo Hayes (2022), é o processo pelo qual as</p><p>empresas decidem como alocar seu capital entre diferentes projetos, uma vez que</p><p>seus recursos não são ilimitados.</p><p>O principal objetivo do racionamento de capital é maximizar o retorno de</p><p>seu investimento.</p><p>As organizações, segundo Hayes (2022), geralmente enfrentam muitas opor-</p><p>tunidades de investimento diferentes, mas não têm recursos para perseguir todas.</p><p>O racionamento de capital é uma maneira de alocar seus fundos disponíveis de</p><p>maneira lógica. Uma organização, segundo Samanez (2007), normalmente ten-</p><p>ta dedicar seus recursos à combinação de projetos que oferecem o maior valor</p><p>presente total líquido (VPL).</p><p>As empresas, segundo Hayes (2022), também podem usar o racionamento de</p><p>capital estrategicamente, renunciando ao lucro imediato para investir em projetos</p><p>que apresentem maior potencial de longo prazo para o negócio à medida que ele</p><p>se posiciona para o futuro.</p><p>O racionamento de capital, segundo Srivastav e Vaidya (2023), é um processo</p><p>ou um método aplicado para selecionar e alocar uma combinação de projetos</p><p>de uma maneira feita da riqueza dos acionistas com um valor limitado de in-</p><p>vestimento inicial, disponível para investir em vários projetos em consideração.</p><p>Entendendo o racionamento de capital</p><p>O racionamento de capital, segundo Vineeth (2023), refere-se necessariamente</p><p>a uma abordagem de gerenciamento na alocação dos fundos disponíveis em</p><p>várias oportunidades de investimento, maximizando, desta forma, os resultados</p><p>da organização. A organização aceitará a combinação de projetos que têm o valor</p><p>presente líquido (NPV) no lado mais alto.</p><p>A intenção fundamental do racionamento de capital, segundo Hermann</p><p>(2009), é garantir que uma organização não invista pesadamente em ativos. Com</p><p>racionamento insuficiente, uma organização pode testemunhar os retornos for-</p><p>necidos por seus investimentos, indo para o lado inferior e podendo chegar a um</p><p>cenário em que a empresa entra no estágio de insolvência financeira, ou seja, em</p><p>fase de falência da organização.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Tipos de racionamento</p><p>Segundo Vineeth (2023), existem dois tipos de racionamento de capital:</p><p>■ Racionamento de capital duro: o primeiro tipo de racionamento de</p><p>capital é chamado de racionamento de capital duro. Esse tipo de racio-</p><p>namento acontece se uma empresa está tendo problemas com a captação</p><p>de fundos excessivos, seja por meio de dívida ou capital próprio. O racio-</p><p>namento acontece a partir de uma dependência externa para reduzir as</p><p>despesas e pode resultar na escassez de capital para arrecadar dinheiro</p><p>suficiente para projetos no futuro.</p><p>■ Racionamento de capital suave: o segundo tipo também é chamado</p><p>de racionamento interno. Isso acontece por causa das políticas internas</p><p>de uma organização. Uma empresa que seja financeiramente conserva-</p><p>dora terá um alto retorno exigido sobre o capital investido na tomada de</p><p>projetos nos próximos dias, impondo assim o racionamento de capital.</p><p>O racionamento de capital duro, segundo o CFI (2023), representa o raciona-</p><p>mento que está</p><p>sendo imposto a uma organização por circunstâncias além de seu</p><p>controle. Por exemplo, uma organização pode ser impedida de pedir dinheiro</p><p>emprestado para financiar novos projetos porque sofreu um rebaixamento em</p><p>sua classificação de crédito. Assim, pode ser difícil ou efetivamente impossível</p><p>para a empresa garantir financiamento, ou só pode ser capaz de fazê-lo a taxas</p><p>de juros exorbitantes.</p><p>O racionamento de capital duro, segundo Hayes (2022), ocorre com base</p><p>em fatores externos. Por exemplo, a empresa pode estar tendo dificuldade em</p><p>levantar capital adicional, seja por meio de capital próprio ou dívida. Além disso,</p><p>seus credores podem impor regras sobre como ele pode usar seu capital. Essas</p><p>situações, segundo Damodaran (2007), limitarão a capacidade da empresa de</p><p>investir em projetos futuros e podem até significar que ela deve reduzir os gastos</p><p>com os atuais.</p><p>Segundo Srivastav e Vaidya (2023), o racionamento de Capital Duro significa</p><p>que a infusão de capital adicional ou qualquer restrição ao uso do financiamento</p><p>de investimento existente é limitada por forças de fontes externas.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Em contraste, o racionamento</p><p>de capital suave se refere a uma si-</p><p>tuação em que uma organização op-</p><p>tou livremente por impor algumas</p><p>restrições as suas despesas de capi-</p><p>tal, mesmo que possa ter a capacida-</p><p>de de fazer investimentos de capital</p><p>muito maiores. A organização pode</p><p>optar entre qualquer um dos vários</p><p>métodos para impor restrições de</p><p>investimento a si mesma. Por exem-</p><p>plo, pode exigir temporariamente</p><p>que um projeto ofereça uma taxa de</p><p>retorno mais alta do que a normal-</p><p>mente necessária para que a empresa</p><p>considere persegui-lo, ou a organiza-</p><p>ção pode apenas impor um limite ao</p><p>número de novos projetos que pas-</p><p>sarão durante os próximos 12 meses.</p><p>O racionamento de capital suave,</p><p>segundo Hayes (2022), também co-</p><p>nhecido como racionamento inter-</p><p>no, é baseado nas políticas internas</p><p>da empresa. Uma empresa fiscalmen-</p><p>te conservadora, por exemplo, pode</p><p>exigir um retorno projetado particu-</p><p>larmente alto de seu capital antes de</p><p>se envolver em um projeto.</p><p>Segundo Srivastav e Vaidya (2023),</p><p>o racionamento de capital suave se</p><p>refere a restrições ao uso de financia-</p><p>mento de capital para vários projetos</p><p>com base em restrições impostas pela</p><p>administração e suas decisões.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Vantagens potenciais do racionamento de capital</p><p>O racionamento de capital, segundo o CFI (2023), vem com seu próprio conjunto</p><p>de possíveis vantagens, incluindo:</p><p>■ Garantia de que apenas os investimentos mais viáveis sejam feitos:</p><p>o racionamento de capital é usado por muitos investidores e empresas</p><p>para garantir que apenas os investimentos mais viáveis sejam feitos. Isso</p><p>ajuda a garantir que as empresas invistam apenas nos projetos que ofe-</p><p>recem os maiores retornos. Embora possa parecer que todos os inves-</p><p>timentos com projeções de alto retorno devem ser realizados, existem</p><p>momentos em que os recursos são limitados. Pode também ocorrer que</p><p>o investidor tenha motivos para acreditar que poderá realizar o inves-</p><p>timento em termos mais favoráveis se esperar um pouco mais antes de</p><p>prosseguir. Por exemplo, a administração da empresa pode esperar uma</p><p>queda significativa nas taxas de juros nos próximos seis meses, o que</p><p>tornaria os custos de financiamento mais baixos.</p><p>■ Gerenciamento simplificado com um número limitado de proje-</p><p>tos: quando uma empresa investe em um grande volume de projetos</p><p>simultaneamente, a distribuição de fundos significa uma redução do ca-</p><p>pital disponível para cada projeto. Isso normalmente se traduz em mais</p><p>tempo e esforço necessários para monitorar e gerenciar cada projeto.</p><p>Além disso, a alocação de recursos limitados em vários projetos pode</p><p>realmente ameaçar o sucesso dos projetos, se, por exemplo, o orçamen-</p><p>Gestão de Investimentos e Geração de Valor</p><p>Autor: Carlos Patricio Samanez</p><p>Editora: Pearson / Prentice Hall</p><p>Sinopse: o livro apresenta, com um enfoque claro e uma abor-</p><p>dagem didática e intuitiva, os mais modernos métodos de aná-</p><p>lise e gestão de investimentos.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>to projetado para um ou mais projetos tiver custos significativamente</p><p>subestimados. A aplicação criteriosa do racionamento de capital pode</p><p>auxiliar a empresa a prevenir tais desafios.</p><p>■ Racionamento de capital com maior flexibilidade de investimen-</p><p>to: as oportunidades de investimento estão em constante mudança. Os</p><p>gerentes de portfólio geralmente mantêm uma parte significativa dos</p><p>fundos de investimento disponíveis na forma de dinheiro. Manter um</p><p>suprimento pronto de excesso de caixa, em primeiro lugar, proporciona</p><p>maior estabilidade financeira e torna mais fácil para os investidores se</p><p>ajustarem a circunstâncias adversas repentinas que possam surgir.</p><p>Manter um certo excedente de capital em reserva, como destacado pelo CFI</p><p>(2023), serve a outro propósito essencial. Isso assegura que, se surgir subitamente</p><p>uma oportunidade especialmente atrativa e imperceptível, o investidor possua</p><p>os recursos prontamente disponíveis para aproveitar a situação. A habilidade</p><p>de agir com prontidão pode significar a diferença entre uma oportunidade de</p><p>investimento boa e uma excepcional.</p><p>Desvantagens potenciais do racionamento de capital</p><p>O racionamento de capital, segundo o CFI (2023), também vem com seu próprio</p><p>conjunto de possíveis desvantagens, incluindo o seguinte:</p><p>■ Altos requisitos de capital: como apenas os investimentos mais lucra-</p><p>tivos são assumidos sob um cenário de racionamento de capital, o racio-</p><p>namento também pode significar altos requisitos de capital.</p><p>■ Vai contra a teoria dos mercados de capitais eficientes: em vez de</p><p>investir em todos os projetos que oferecem altos lucros, o racionamento</p><p>de capital só permite selecionar os projetos com o maior retorno estima-</p><p>do sobre o investimento. A teoria dos mercados eficientes sustenta que é</p><p>praticamente impossível, ao longo do tempo, selecionar continuamente</p><p>investimentos superiores que superem significativamente os outros. O</p><p>racionamento de capital pode, de fato, expor um investidor a um risco</p><p>maior ao não manter uma carteira de investimentos diversificada.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>BENEFÍCIOS E LIMITAÇÕES DO RACIONAMENTO DE CAPITAL</p><p>Conforme indicado por Srivastav e Vaidya (2023), o racionamento de capital</p><p>apresenta tanto benefícios como limitações.</p><p>Entre os benefícios racionamento de capital, destacam-se:</p><p>■ Garantia de utilização eficiente dos recursos disponíveis, eliminando</p><p>qualquer restrição ao seu uso.</p><p>■ A garantia de que a administração ou os investidores da empresa realiza-</p><p>ram análises detalhadas antes de investir em qualquer projeto, evitando</p><p>desperdício ou alocação desnecessária de recursos.</p><p>■ O potencial para alcançar os retornos mais elevados ou máximos dos</p><p>investimentos, seguindo um processo de alocação ideal.</p><p>■ A possibilidade de investir em apenas alguns projetos, o que reduz o es-</p><p>forço de gerenciamento e contribui para resultados superiores.</p><p>■ A disponibilidade de fundos para a empresa ou investidor, mesmo após</p><p>os investimentos iniciais, garantindo uma situação financeira sólida, sem</p><p>riscos de crises de caixa.</p><p>Entre as limitações racionamento de capital, destacam-se:</p><p>■ Foco em um menor número de projetos, o que pode resultar em fundos</p><p>dos acionistas ficando ociosos.</p><p>■ O pressuposto fundamental do racionamento de capital é que o projeto</p><p>irá gerar um retorno específico. Qualquer erro no cálculo pode levar a</p><p>lucros inferiores.</p><p>■ Os projetos escolhidos podem ter uma menor duração, o que pode resul-</p><p>tar na exclusão de projetos de longo prazo. Isso pode ser benéfico para a</p><p>estabilidade da empresa.</p><p>■ O processo de avaliação não leva em consideração possíveis fluxos de</p><p>caixa intermediários associados ao projeto e seu valor ao longo do tempo.</p><p>O racionamento de capital, segundo Srivastav e Vaidya (2023), trata-se de um</p><p>processo de escolha de projetos que visa maximizar os lucros ao investir o capital</p><p>disponível,</p><p>mesmo que limitado, em diversos projetos.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Como as empresas levantam capital</p><p>O custo do empréstimo, segundo Hayes (2022), é frequentemente expresso em</p><p>termos de uma taxa de juros anual efetiva, que leva em conta tanto a taxa de</p><p>juros simples que um credor cobra quanto o efeito da composição. O custo de</p><p>empréstimo de uma empresa é baseado em parte em sua probabilidade de ina-</p><p>dimplência na dívida.</p><p>Segundo Hayes (2022), empresas podem levantar capital de várias maneiras:</p><p>■ Empréstimos: podem recorrer a empréstimos ou emissão de títulos,</p><p>conhecido como capital de dívida.</p><p>■ Vendendo ações: tem a possibilidade de levantar capital emitindo ações</p><p>do negócio.</p><p>■ Capital próprio: podem gerar seu próprio capital por meio de ganhos</p><p>retidos, que representam os lucros remanescentes após o cumprimento</p><p>de outras obrigações, como o pagamento de dividendos aos acionistas.</p><p>CÁLCULOS DO RACIONAMENTO DE CAPITAL</p><p>Segundo Samanez (2007), a hierarquização de um conjunto de alternativas de</p><p>investimento pode ser tratada em duas situações. Na primeira, não há restrição,</p><p>refere-se ao caso em que não há restrição de capital no financiamento da carteira</p><p>de projetos. Já na segunda, existe restrição, indicando o cenário em que a dispo-</p><p>nibilidade de capitais é limitada.</p><p>No caso da não existência de restrição de capital, os projetos podem ser hierar-</p><p>quizados pelo lado, havendo restrição de capital ou financiamento limitado, VPL.</p><p>Por outro, não é possível usar somente esse método, fazendo-se necessária al-</p><p>guma medida que incorpore o volume de investimento realizado. Nessa situação,</p><p>os projetos devem ser ordenados de acordo com o índice de rentabilidade, pois</p><p>o que interessa é maximizar a rentabilidade por unidade monetária investida,</p><p>dadas as restrições de capital existentes.</p><p>IR VPL</p><p>CF</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>0</p><p>100.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Em que:</p><p>IR = índice de rentabilidade.</p><p>VPL = valor presente líquido.</p><p>CF0 = fluxo de caixa no período zero.</p><p>Por exemplo, o quadro a seguir mostra três alternativas de investimento (Pro-</p><p>jeto A, Projeto B e Projeto C):</p><p>ALTERNATIVA ANO 0 ANO 1 ANO 2</p><p>Projeto A -12 32 7</p><p>Projeto B -7 7 32</p><p>Projeto C -7 7 27</p><p>Quadro 1 – Fluxos de Caixa com valores em milhões de reais (R$) / Fonte: o autor.</p><p>Vamos selecionar a melhor alternativa, considerando um custo do capital de 12%</p><p>e um capital total de R$ 14 disponível para investimento.</p><p>Efetuaremos a análise sob duas hipóteses (VPL e Índice de Rentabilidade):</p><p>a) Havendo restrição de capital</p><p>Encontrando o Valor Presente Líquido (VPL) do Projeto A pela HP-12C:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>780000 CHS g CFo - 780.000,00 Introduzindo o CFo.</p><p>230000 g CFj 230.000,00 Introduzindo o CF1.</p><p>5 g Nj 5,00 Repetindo os fluxos de caixa.</p><p>f IRR 14,51 Taxa Interna de Retorno.</p><p>Quadro 2 – Comandos para cálculo do VPL do Projeto A / Fonte: o autor.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Encontrando o Índice de Rentabilidade (IR) do Projeto A.</p><p>IR VPL</p><p>CF</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>� � �</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>� �</p><p>0</p><p>100 22 15</p><p>12</p><p>100 184 58.</p><p>,</p><p>. , %</p><p>Encontrando o Valor Presente Líquido (VPL) do Projeto B pela HP-12C.</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>7 CHS g CFo - 7,00 Introduzindo o CFo.</p><p>7 g CFj 7,00 Introduzindo o CF1.</p><p>32 g CFj 32,00 Introduzindo o CF2.</p><p>12 i 12,00 Introduzindo o custo do capital.</p><p>f NPV 24,76 Valor Presente Líquido de B.</p><p>Quadro 3 – Comandos para cálculo do VPL do Projeto B / Fonte: o autor.</p><p>Encontrando o Índice de Rentabilidade (IR) do Projeto B.</p><p>IR VPL</p><p>CF</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>� � �</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>� �</p><p>0</p><p>100 24 76</p><p>7</p><p>100 353 71.</p><p>,</p><p>. , %</p><p>Encontrando o Valor Presente Líquido (VPL) do Projeto C pela HP-12C.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>7 CHS g CFo - 7,00 Introduzindo o CFo.</p><p>7 g CFj 7,00 Introduzindo o CF1.</p><p>27 g CFj 27,00 Introduzindo o CF2.</p><p>12 i 12,00 Introduzindo o custo do capital.</p><p>f NPV 24,76 Valor Presente Líquido de C.</p><p>Quadro 4 – Comandos para cálculo do VPL do Projeto C / Fonte: o autor</p><p>Encontrando o Índice de Rentabilidade (IR) do Projeto C.</p><p>IR VPL</p><p>CF</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>� � �</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>� �</p><p>0</p><p>100 20 77</p><p>7</p><p>100 296 77.</p><p>,</p><p>. , %</p><p>Quando há restrição de capital, ou seja, quando o capital a ser gasto está limitado</p><p>aos recursos disponíveis (R$ 14 milhões), as alternativas devem ser ordenadas</p><p>pelo Índice de Rentabilidade. Nesse caso, selecionamos os projetos B e C, nessa</p><p>ordem. Juntos, eles requerem um investimento total de R$ 14 milhões, que se</p><p>enquadra na restrição de capital.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>O Índice de Rentabilidade mede a relação entre o valor presente dos fluxos de cai-</p><p>xa futuros e o investimento inicial. O índice é uma ferramenta útil para classificar</p><p>projetos de investimento e mostrar o valor criado por unidade de investimento.</p><p>Independentemente do tipo de negócio que uma organização opere, gerar</p><p>lucro é importante para crescer e expandir. Quando se trata de projetos ou pos-</p><p>síveis investimentos, entender os benefícios que você pode receber é importante.</p><p>O índice de rentabilidade pode ajudar a determinar os custos e benefícios de</p><p>um potencial projeto ou investimento. O índice funciona como uma maneira de</p><p>você avaliar um projeto para tomar uma decisão mais informada.</p><p>O Lobo de Wall Street</p><p>Sinopse: o filme é uma adaptação do livro baseado nas me-</p><p>mórias de Jordan Belfort, um corretor de títulos em Nova York,</p><p>interpretado por Leonardo DiCaprio. A trama conta a história</p><p>de Belfort desde sua origem, passando por seu enriquecimen-</p><p>to, usando práticas antiéticas e ilegais, até sua queda após se</p><p>envolver com fraudes, corrupção e o governo federal. O filme</p><p>recebeu cinco indicações ao Oscar, mas acabou não levando</p><p>nenhuma estatueta para casa.</p><p>Comentário: o filme descreve a experiência do enriquecimen-</p><p>to rápido experimentado por Jordan Belfort, que, após faturar</p><p>bilhões de dólares, acaba preso por fraudes fiscais e opera-</p><p>ções irregulares na bolsa. Uma pergunta que não quer calar: o</p><p>crime compensa?</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>Confira a aula sobre este tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital</p><p>do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>1. O uso do racionamento de capital vem com suas ações de vantagens e benefícios para os</p><p>usuários. Alguns dos benefícios são os seguintes: qualquer restrição ao uso dos recursos</p><p>disponíveis, no nosso caso dinheiro, utilizará o recurso da melhor maneira possível; a gerên-</p><p>cia ou os investidores da empresa não investiriam em nenhum projeto sem entrar em uma</p><p>análise detalhada; isso garante que não haja desperdício ou uso desnecessário de fundos</p><p>gratuitos disponíveis. Esses são apenas alguns dos diversos benefícios do método. Diante</p><p>do exposto, disserte sobre o conceito de racionamento de capital.</p><p>2. “O custo do empréstimo é frequentemente expresso em termos de uma taxa de juros anual</p><p>efetiva, que leva em conta tanto a taxa de juros simples, que um credor cobra, quanto o</p><p>efeito da composição. O custo de empréstimo de uma empresa é baseado em parte em</p><p>sua probabilidade de inadimplência na dívida”.</p><p>HAYES, A. What is capital rationing? Uses, types, and examples. Investopedia, [s. l.], 26 sep.</p><p>2022. Disponível em: https://www.investopedia.com/terms/c/capitalrationing.asp. Acesso</p><p>em: 16 out. 2023. (Tradução nossa).</p><p>Assinale a alternativa correta sobre o principal objetivo do racionamento de capital:</p><p>a) Altos requisitos de capital.</p><p>b) Vai contra a teoria dos mercados de capitais eficientes.</p><p>c) Apenas os investimentos mais lucrativos são assumidos.</p><p>d) Maximizar o retorno de seu investimento.</p><p>e) Maximização das exigências de capital.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>3. O racionamento de capital, segundo Vineeth (2023), refere-se necessariamente uma abor-</p><p>dagem de gerenciamento na alocação dos fundos disponíveis em várias oportunidades</p><p>de investimento, maximizando, dessa forma, os resultados da organização. A organização</p><p>aceitará a combinação de projetos que têm o valor presente líquido (NPV) no lado</p><p>Calculadora Financeira HP-12C. Recursos de</p><p>mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem</p><p>EU INDICO</p><p>Taxa de juros</p><p>Na análise da taxa de juros, vamos lhe ensinar a manusear a calculadora finan-</p><p>ceira HP-12C, que possui dois modelos principais:</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>AS QUATRO OPERAÇÕES</p><p>ROTEIRO PARA O CÁLCULO</p><p>Pressione f REG.</p><p>Digite o primeiro valor.</p><p>Pressione ENTER.</p><p>Digite o segundo valor.</p><p>Pressione a operação desejada.</p><p>Quadro 1 – Roteiro para cálculos básicos na HP-12C / Fonte: o autor.</p><p>Operações básicas</p><p>a) 25 + 50</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais.</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>25 ENTER 25,00 Introduz o primeiro valor.</p><p>50 50, Introduz o segundo valor.</p><p>+ 75,00 Operação e resultado.</p><p>Quadro 2 – Comandos da HP-12C para a resolução da soma / Fonte: o autor.</p><p>b) 70 – 30</p><p>1</p><p>1</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f2 0,00 Estipula duas casas decimais.</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>70 ENTER 70,00 Introduz o primeiro valor.</p><p>30 30, Introduz o segundo valor.</p><p>- 40,00 Operação e resultado.</p><p>Quadro 3 – Comandos da HP-12C para a resolução da subtração / Fonte: o autor.</p><p>c) 10 x 10</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores</p><p>10 ENTER 10,00 Introduz o primeiro valor</p><p>10 10, Introduz o segundo valor</p><p>X 100,00 Operação e resultado</p><p>Quadro 4 – Comandos da HP-12C para a resolução da multiplicação / Fonte: o autor.</p><p>d) 500 / 5</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais.</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>500 ENTER 500,00 Introduz o primeiro valor.</p><p>5 5, Introduz o segundo valor.</p><p>/ 100,00 Operação e resultado.</p><p>Quadro 5 – Comandos da HP-12C para a resolução da divisão / Fonte: o autor.</p><p>e) 55</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais.</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>5 ENTER 500,00 Introduz o primeiro valor.</p><p>5 5, Introduz o segundo valor.</p><p>yx 100,00 Operação e resultado.</p><p>Quadro 6 – Comandos da HP-12C para a resolução da potência / Fonte: o autor.</p><p>1</p><p>4</p><p>Operações com datas</p><p>Na calculadora física, as funções de calendário abrangem datas compreendidas</p><p>entre 15 de outubro de 1582 e 24 de novembro de 4046. A HP-12C trabalha com</p><p>os seguintes formatos:</p><p>■ Dia = DD.</p><p>■ Mês = MM.</p><p>■ Ano = YYYY.</p><p>NOTAÇÃO FORMATO TECLAS</p><p>Americana MM.DDYYYY g M.DY (g + tecla 5)</p><p>Brasileira DD.MMYYYY g D.MY (g + tecla 4)</p><p>Para realizar cálculos na notação brasileira, é necessário configurar a HP-12C,</p><p>pressionando [ g ] [ D.MY ].</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Em qual dia da semana ocorreu a Independência do Brasil (07/09/1822)?</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Observe o cálculo a seguir:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f 6 0,000000 Estipula seis casas decimais.</p><p>f REG 0,000000 Limpa os registradores.</p><p>07.091822 ENTER 7,091822 Introduz a data a ser buscada.</p><p>0 g DATE 7.091822 6 Resultado (sábado).</p><p>Quadro 7 – Comandos da HP-12C para encontrar a data requerida / Fonte: o autor.</p><p>Considerando o número que aparece no canto direito do visor da calculadora,</p><p>ou seja, 2, conclui-se que a Independência do Brasil foi declarada em uma ter-</p><p>ça-feira, pois:</p><p>■ 1 = segunda-feira.</p><p>■ 2 = terça-feira.</p><p>■ 3 = quarta-feira.</p><p>■ 4 = quinta-feira.</p><p>■ 5 = sexta-feira.</p><p>■ 6 = sábado.</p><p>■ 7 = domingo.</p><p>Para calcular quantos dias exatos e comerciais se passaram desde a Proclamação</p><p>da República (15/11/1889) até 31/08/2015, observe a tabela a seguir:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f 6 0,000000 Estipula seis casas decimais.</p><p>f REG 0,000000 Limpa os registradores.</p><p>15.111889 ENTER 15,111889 Introduz a primeira data.</p><p>1</p><p>1</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>31.082015 31.082015 Introduz a segunda data.</p><p>g Delta DYS 45.944 Dias exatos (calendário civil).</p><p>x><y 45.286 Dias comerciais.</p><p>Quadro 8 – Comandos da HP-12C para encontrar a quantidade de dias / Fonte: o autor.</p><p>Feita essa breve explanação sobre a HP-12C, vamos conceituar os regimes de</p><p>capitalização e, na sequência, desenvolveremos alguns cálculos matemáticos fun-</p><p>damentais para que você compreenda a importância dos juros na economia real.</p><p>No sistema de capitalização a juros simples, os juros são sempre computados</p><p>sobre o capital inicial (PV). Fórmula: FV PV i n� �( . )1</p><p>Em que:</p><p>FV = montante ou valor futuro.</p><p>PV = capital ou valor presente n = período.</p><p>i = taxa de juros.</p><p>ROTEIRO PARA O CÁLCULO DE JUROS SIMPLES NA HP-12C</p><p>Digite o prazo em dias e pressione a tecla [ n ].</p><p>Digite a taxa anual e pressione a tecla [ i ].</p><p>Digite o valor de aplicação e pressione [ CHS ] [ PV ].</p><p>Pressione [ f ] [ INT ] para calcular os juros comerciais.</p><p>Pressione a tecla + para calcular o montante comercial.</p><p>Quadro 9 – Roteiro para o cálculo de juros simples utilizando a HP-12C / Fonte: o autor.</p><p>Encontrando o juro e o montante na capitalização simples: determine o</p><p>valor do juro e do montante correspondente ao empréstimo de R$ 15.000,00,</p><p>pelo prazo de 6 meses, sabendo que a taxa de juro cobrada é de 5,5% ao mês.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais.</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>15000 CHS PV - 15.000,00 Introduz o capital.</p><p>6 ENTER 30 X n 180,00 Introduz o período em dias.</p><p>5,5 ENTER 12 X i 66,00 Introduz a taxa de juros ao ano.</p><p>f INT 4.950,00 Valor do juro.</p><p>+ 19.950,00 Valor do montante.</p><p>Quadro 10 – Comandos da HP-12C para o cálculo da capitalização simples / Fonte: o autor.</p><p>No regime de capitalização composta, o rendimento gerado pela aplicação será</p><p>incorporado a ela, passando a participar da geração do rendimento no período</p><p>seguinte a cada capitalização. Dizemos, então, que os rendimentos ou juros são</p><p>capitalizados.</p><p>Fórmula:</p><p>FV PV i n� �( )1</p><p>Em que:</p><p>FV = montante ou valor futuro PV = capital ou valor presente.</p><p>n = período.</p><p>i = taxa de juros.</p><p>1</p><p>8</p><p>Dicas:</p><p>• Na HP-12C, é necessário que [ i ] e [ n ] sejam homogêneos, isto é, se refiram à</p><p>mesma unidade de tempo. Quando isso não ocorrer, homogenize o prazo com</p><p>a taxa.</p><p>• Nos problemas que forem conhecidos [ PV ] e [ FV ], estes terão que ser</p><p>introduzidos com sinais trocados a fim de que seja obedecido o diagrama do</p><p>fluxo de caixa. Caso contrário, aparecerá no visor da calculadora a mensagem</p><p>“Error 5”.</p><p>Encontrando o montante composto: calcule o valor de resgate de uma apli-</p><p>cação financeira de R$ 50.000,00 pelo prazo de 24 meses, a uma taxa de juros</p><p>compostos de 2% ao mês.</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores</p><p>50000 CHS PV - 50.000,00 Introduz o capital</p><p>24 n 24,00 Introduz o período</p><p>2i 2,00 Introduz a taxa de juros</p><p>FV 80.421,86 Valor do montante</p><p>Quadro 11 – Comandos da HP-12C para o cálculo de juros compostos / Fonte: o autor.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>OPERAÇÕES DE DESCONTO</p><p>As operações de desconto podem ser realizadas tanto sob o regime de juros sim-</p><p>ples como o de juros compostos. O desconto simples comercial (por fora) é utili-</p><p>zado em operações de curto prazo e o desconto composto racional (por dentro)</p><p>é amplamente adotado em operações de longo prazo.</p><p>Entende-se por VALOR NOMINAL (FV, N) o valor de resgate, ou seja, o</p><p>valor definido para um título em sua data de vencimento. Representa, em outras</p><p>palavras, o próprio montante da operação. Por outro lado, VALOR DESCON-</p><p>TADO (PV, A) de um título é o seu valor atual na data do desconto, sendo</p><p>determinado pela diferença entre o valor nominal e o desconto.</p><p>Encontrando o valor nominal do título (FVc) com juros simples:</p><p>Um empresário vai ao banco e desconta uma nota promissória para 120 dias,</p><p>à taxa de desconto comercial simples de 5% ao mês. Sabendo-se que o líquido</p><p>creditado para o comerciante foi R$ 30.000,00, qual o valor da promissória?</p><p>Dados:</p><p>PVc = R$ 30.000,00</p><p>FVc = valor nominal do título = valor da promissória = ?</p><p>i = 5,0% a.m. ou 5,0 / 100 = 0,05 (taxa unitária)</p><p>n = 120 dias / 30 dias = 4 meses</p><p>Você sabe o que é anatocismo?</p><p>Há muitos anos se discute neste país a legitimidade do cálculo</p><p>mais alto.</p><p>VINEETH. Capital Rationing. Cleartax, [s. l.], 16 aug. 2023. Disponível em: https://cleartax.in/</p><p>glossary/capital-rationing/. Acesso em: 16 out. 2023.</p><p>A partir do texto-base, analise os itens referentes ao objetivo típico do racionamento de</p><p>capital:</p><p>I - Direcionar os recursos de capital limitados de uma empresa para os projetos que prova-</p><p>velmente serão os mais lucrativos.</p><p>II - Pedir dinheiro emprestado por meio de empréstimos ou emitindo títulos, conhecidos</p><p>como capital da dívida.</p><p>III - Gerar seu próprio capital na forma de ganhos retidos, que representam a renda que eles</p><p>ainda têm depois de cumprir suas outras obrigações, como dividendos de acionistas.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>CAPITAL Rationing: The process of selecting and investing in the most profitable project(s). CFI,</p><p>27 fev. 2020. Disponível em: https://corporatefinanceinstitute.com/resources/accounting/capi-</p><p>tal-rationing/ Acesso em: 29 jul. 2023.</p><p>DAMODARAN, A. Avaliação de empresas. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.</p><p>GITMAN, L. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,</p><p>2010.</p><p>HAYES, A. What Is Capital Rationing? Uses, Types, and Examples. Investopedia, 26 set. 2022.</p><p>Disponível em: https://www.investopedia.com/terms/c/capitalrationing.asp. Acesso em: 29 jul.</p><p>2023.</p><p>HERMANN, J. Da liberalização à crise financeira norte-americana: a morte anunciada chega ao</p><p>Paraíso. Revista SciELO, São Paulo, v. 29, n. 1, p. 133-144, jan./mar. 2009.</p><p>KEYNES, J. M. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Nova Cultural, 1936.</p><p>SAMANEZ, C. P. Gestão de investimentos e geração de valor. São Paulo: Pearson Prentice Hall,</p><p>2007.</p><p>SRIVASTAV, A. K.; VAIDYA, D. Capital Rationing. WallStreetMojo, 2023. Disponível em: https://</p><p>www.wallstreetmojo.com/capital-rationing/. Acesso em: 28 jul. 2023.</p><p>VINEETH. Capital Rationing. Cleartax, 13 jun. 2023. Disponível em: https://cleartax.in/g/ter-</p><p>ms/capital-rationing#:~:text=Capital%20rationing%20is%20defined%20as,particular%20propor-</p><p>tion%20of%20a%20budget. Acesso em: 14 jul. 2023.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>1. O racionamento de capital é conceituado como o processo de colocar um limite na extensão</p><p>de novos projetos ou investimentos que uma organização decide realizar. Isso é possível,</p><p>colocando um custo de capital muito maior para a consideração dos investimentos, ou co-</p><p>locando um teto em uma determinada proporção de um orçamento. Uma organização pode</p><p>pretender implementar o racionamento de capital em cenários em que as receitas passadas</p><p>geradas por meio de investimentos não estavam à altura.</p><p>2. Opção C. A alternativa C, maximizar o retorno de seu investimento, está correta, pois apre-</p><p>senta o principal objetivo do racionamento de capital. Os demais itens estão errados, pois</p><p>se referem às desvantagens do racionamento de capital.</p><p>3. Opção A. O item I está correto, pois se refere ao objetivo típico do racionamento de capital.</p><p>Os itens II e III estão errados, pois se referem ao conceito de empréstimo e capital próprio,</p><p>que são formas de a organização levantar capital.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>UNIDADE 3</p><p>MINHAS METAS</p><p>CONHECENDO OS PRODUTOS</p><p>DE RENDA FIXA</p><p>Compreender a metodologia de remuneração da caderneta de poupança.</p><p>Aprender sobre os Fundos DI (Depósito Interbancário).</p><p>Entender as características do Certificado de Depósito Bancário (CDB).</p><p>Compreender as características das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio</p><p>(LCA).</p><p>Interpretar as metodologias de remuneração dos títulos públicos negociados no Tesouro</p><p>Direto.</p><p>Entender a relação entre o mercado de capitais e as empresas.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 7</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>O mercado apresenta diversos perfis de investidor, o conservador que não está</p><p>disposto a se arriscar nada. A moderador que se arrisca com moderação, e o</p><p>arrasado que investe em investimento de alto risco. Um investidor conservador</p><p>busca opções de investimento em renda fixa, encontrando uma variedade de</p><p>escolhas, como poupança, letras do tesouro, entre outras. Qual seria a melhor</p><p>opção alinhada ao perfil desse investidor? É exatamente isso que exploraremos</p><p>neste tema, ao conhecermos os produtos de renda fixa.</p><p>A renda fixa abrange, de maneira ampla, os tipos de investimentos seguros que</p><p>proporcionam aos investidores pagamentos de juros fixos ou dividendos até a</p><p>data de vencimento. Ao final do período, os investidores recebem o valor principal</p><p>investido de volta. Títulos governamentais e corporativos são os exemplos mais</p><p>comuns de produtos de renda fixa.</p><p>Empresas e governos emitem títulos de dívida para captar recursos e finan-</p><p>ciar operações diárias. Para os investidores, os instrumentos de renda fixa</p><p>oferecem um retorno de taxa de juros fixa em troca do empréstimo do seu</p><p>dinheiro. No vencimento, os investidores recebem de volta o valor inicial</p><p>investido, conhecido como capital principal.</p><p>Os títulos de renda fixa são indicados para investidores com uma aborda-</p><p>gem mais conservadora que buscam um portfólio diversificado. A alocação do</p><p>portfólio destinada à renda fixa varia de acordo com o estilo de investimento do</p><p>indivíduo. Há também a oportunidade de diversificar o portfólio ao combinar</p><p>produtos de renda fixa e ações, criando uma composição que pode ser composta</p><p>por 50% em produtos de renda fixa e 50% em ações.</p><p>Estudante, acesse o podcast e aprofunde seu conhecimento sobre características</p><p>da renda fixa. Vamos lá?! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do</p><p>ambiente virtual de aprendizagem</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>CADERNETA DE POUPANÇA E FUNDOS DI (DEPÓSITO</p><p>INTERBANCÁRIO)</p><p>A caderneta de poupança, desde 1861, certamente é a modalidade de aplicação</p><p>em renda fixa de baixo risco mais tradicional da economia brasileira. Da sua</p><p>origem ao período recente, sofreu várias alterações na forma de remuneração,</p><p>sendo propiciada por instituições públicas e privadas e possuindo liquidez diária.</p><p>No que se refere ao arcabouço legal em vigor, ou seja, a Lei n° 8.177/1991, a</p><p>Medida Provisória n° 567/2012 e Lei n° 8.660/1993, a remuneração dos depósitos</p><p>de poupança é composta de duas parcelas: (I) a remuneração básica, dada pela</p><p>Taxa Referencial (TR), e (II) a remuneração adicional, correspondente a 0,5%</p><p>ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a 8,5%; ou 70% da</p><p>meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de início do período de</p><p>rendimento, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou inferior a 8,5%.</p><p>Em termos de capitalização, a remuneração dos depósitos de poupança é cre-</p><p>ditada ao final de cada período de rendimento, sendo: (I) mensalmente, na data</p><p>de aniversário da conta, para os depósitos de pessoa física e de entidades sem</p><p>fins lucrativos; e, (II) trimestralmente, na data de aniversário no último mês do</p><p>trimestre, para os demais depósitos.</p><p>Importante esclarecer que a data de aniversário da conta de depósito de pou-</p><p>pança é o dia do mês de sua abertura. No entanto, considera-se a data de ani-</p><p>versário das contas abertas nos dias 29, 30 e 31 como o dia 1° do mês seguinte.</p><p>Ademais, em que pese a possibilidade em realizar saques na conta de poupan-</p><p>ça a qualquer momento, porém, a taxa de rendimento só incidirá sobre o saldo</p><p>que, no dia de “aniversário”, estiver na conta há pelo menos trinta dias. Outro</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Estudante, neste vídeo você irá aprender sobre CDB, CDI, SELIC, LCA, LCI, LC,</p><p>IPCA. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual</p><p>de aprendizagem</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>destaque positivo da caderneta de poupança é que seus rendimentos são isentos</p><p>de Imposto de Renda e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).</p><p>INDICADOR AGOSTO DE 2023 ACUMULADO EM 12 MESES</p><p>Selic 1,14% 14,73%</p><p>CDI 1,17% 13,65%</p><p>Poupança 0,72% 6,17%</p><p>IPCA 0,23% 4,61%</p><p>Quadro 1 – Evolução das aplicações financeiras</p><p>/ Fonte: adaptado de Pavini (2023).</p><p>Para exemplificar, a partir dos dados anteriores, vamos calcular o retorno de</p><p>uma aplicação inicial de R$ 10.000,00 na caderneta de poupança, considerando</p><p>a taxa acumulada nos últimos 12 meses, ou seja, 8,39% a.a. (que foi inferior à taxa</p><p>inflação do período – representando perda real).</p><p>Na calculadora HP-12C, temos:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais.</p><p>10.000,00 CHS PV - 10.000,00 Introduzindo o capital.</p><p>8,39 i 8,39 Introduzindo a taxa.</p><p>1 n 1,00 Introduzindo o período.</p><p>FV 10.839,00 Valor Futuro ou Montante.</p><p>Quadro 2 – Calculando a rentabilidade de uma aplicação em caderneta de poupança / Fonte: o autor.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Como não há incidência de Imposto de Renda (IR), o valor futuro dessa</p><p>aplicação financeira depois de um ano foi R$ 10.839,00 (dez mil, oitocentos</p><p>e trinta e nove reais).</p><p>Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI)</p><p>Depósito Interfinanceiro (DI): instrumento financeiro destinado à transferência de</p><p>recursos entre instituições financeiras. Negociado exclusivamente entre institui-</p><p>ções financeiras, o Depósito Interfinanceiro (DI) é um título privado de Renda Fixa</p><p>que auxilia no fechamento de caixa dos bancos, como instrumento de captação</p><p>de recursos ou de aplicação de recursos excedentes. O depósito interfinanceiro</p><p>não pode ser vendido a outros investidores e não há incidência de impostos sobre</p><p>a rentabilidade. Os títulos têm elevada liquidez e embutem um baixíssimo risco,</p><p>normalmente associado à solidez dos bancos que participam do mercado.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>FUNDOS DI</p><p>O DI se refere a uma média do custo de empréstimos entre os bancos por</p><p>meio do CDI. Já o CDI, que significa Certificados de Depósitos Interban-</p><p>cários, se refere a títulos emitidos pelos bancos como forma de captação ou</p><p>aplicação de recursos excedentes. De acordo com a Associação Brasileira das</p><p>Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), os Fundos DI</p><p>buscam reproduzir a rentabilidade do Certificado de Depósito Interfinancei-</p><p>ro (CDI) e por essa razão se enquadram como fundos referenciados. Via de</p><p>regra, são investidores desse tipo de fundo aqueles que buscam investimentos</p><p>com baixo risco e que não querem estar sujeitos às oscilações dos juros do</p><p>mercado. Por essa razão, são muito procurados em momentos de instabili-</p><p>dade. Quando você observa que as taxas de juros estão subindo, isso significa</p><p>que investir no Fundo DI é uma boa opção. Quando as taxas de juros caem,</p><p>a rentabilidade apresenta essa mesma tendência de queda.</p><p>A Anbima classifica o Fundo DI em categoria e tipo com risco DI/SELIC +</p><p>Crédito, em que os Fundos DI são fundos que objetivam investir no mínimo</p><p>95% do valor de sua carteira em títulos ou operações que busquem acompanhar</p><p>as variações do CDI ou Selic, estando também sujeitos às oscilações decorrentes</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>do ágio/deságio dos títulos em relação a estes parâmetros de referência. O mon-</p><p>tante não aplicado em operações que busquem acompanhar as variações destes</p><p>parâmetros de referência deve ser aplicado somente em operações permitidas</p><p>para os fundos de curto prazo. Estes fundos seguem as disposições do art. 94 da</p><p>Instrução CVM n° 409.</p><p>Os investimentos realizados no Brasil por pessoas físicas têm a incidência</p><p>de dois diferentes tributos: Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e</p><p>Imposto de Renda (IR). A incidência desses tributos, no entanto, varia de um</p><p>investimento para outro. No caso do IOF, para CDBs, Fundos DI e fundos de</p><p>curto prazo, a tributação ocorre para saques com menos de 30 dias de aplicação</p><p>sobre a rentabilidade, e é proporcional ao número de dias aplicados, seguindo</p><p>uma alíquota regressiva. Com relação ao Imposto de Renda (IR), a alíquota de-</p><p>pende do tempo de aplicação, conforme quadro a seguir.</p><p>CDB FUNDO DI FUNDO DE CURTO PRAZO</p><p>PRAZO ALÍQUOTA (%) ALÍQUOTA (%) ALÍQUOTA (%)</p><p>Até 180 dias 22,5% 22,5% 22,5%</p><p>De 181 a 360 dias 20% 20% 20%*</p><p>De 361 a 720 dias 17,5% 17,5% *</p><p>Acima de 721 dias 15% 15% *</p><p>Quadro 3 – Alíquotas do Imposto de Renda para Investimentos em Renda Fixa de 2016 a 2022 / Fonte:</p><p>adaptado de Ministério da Fazenda (2023).</p><p>Para exemplificar, a partir dos dados dos Quadros 1 e 2, vamos calcular o retorno</p><p>de uma aplicação inicial de R$ 10.000,00 num Fundo DI que pagou nos últimos</p><p>12 meses 14,41% a.a. (102% do CDI) e cobrou 2,5% a.a. de taxa de administração.</p><p>Assim, deduzindo a taxa de administração e alíquota de imposto de renda (20%</p><p>para um ano), a taxa de retorno líquida no período foi 9,53% a.a.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Na HP-12C, temos:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais.</p><p>10.000,00 CHS PV - 10.000,00 Introduzindo o capital.</p><p>9,53 i 9,53 Introduzindo a taxa.</p><p>1 n 1,00 Introduzindo o período.</p><p>FV 10.953,00 Valor Futuro ou Montante.</p><p>Quadro 4 – Calculando a rentabilidade uma aplicação em Fundo DI / Fonte: o autor.</p><p>Como há incidência de Imposto de Renda (IR) e cobrança de taxa de administra-</p><p>ção, o valor futuro dessa aplicação financeira depois de um ano foi R$10.953,00</p><p>(dez mil, novecentos e cinquenta e três reais).</p><p>Salientamos que, quanto aos fundos DI, o investidor deve sempre buscar in-</p><p>vestir naqueles com taxas de administração igual ou abaixo de 2,5% ao ano para</p><p>bater a poupança. Para essa categoria de fundos, quanto mais baixa for a taxa de</p><p>administração, melhor será a sua remuneração. Além disso, cumpre esclarecer</p><p>que não há cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mas o patrimônio</p><p>do fundo pertence aos cotistas e está segregado dos ativos do banco.</p><p>Diante do cenário de tributação, do risco, do retorno e da liquidez, a escolha</p><p>do investimento depende do perfil do investidor, da quantia que a pessoa dispõe,</p><p>do objetivo da aplicação e do prazo disponível para investir. Assim, a partir desses</p><p>critérios, para conhecer os rendimentos de aplicações em renda fixa e saber qual</p><p>é o mais vantajoso, acesse a calculadora de renda fixa.</p><p>Para saber mais, acesse a calculadora de investimentos: https://www.mobills.</p><p>com.br/calculadoras/simulador-de-investimento/.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO (CDB)</p><p>O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa que re-</p><p>presenta a promessa de pagamento em data futura do valor representativo do</p><p>depósito a prazo, acrescido da rentabilidade convencionada, podendo ser enqua-</p><p>drado nas modalidades pós ou pré-fixada. No CDB pós-fixado, a rentabilidade</p><p>é atrelada a um percentual pré-definido de um determinado indexador, que será</p><p>um índice de preços ou uma taxa de juros flutuante. O CDB prefixado, por sua</p><p>vez, é remunerado por uma taxa fixa, contratada pelo investidor no momento</p><p>da aplicação, que será mantida independentemente de oscilações do mercado.</p><p>Os certificados são escriturais e nominativos aos respectivos detentores e à</p><p>emissão privativa de instituições financeiras que captam depósitos a prazo fixo,</p><p>tais como: Bancos Múltiplos com carteira comercial ou de investimento, bancos</p><p>de investimento, bancos de desenvolvimento e caixa econômica.</p><p>Para informações adicionais sobre os Certificados de Depósito Bancário (CDB),</p><p>leia o Manual para Registro de Certificado de Depósito Bancário (CDB), elaborado</p><p>pela B3, na forma da Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) 3.454 do</p><p>BC. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de</p><p>aprendizagem</p><p>EU INDICO</p><p>No que se refere às garantias, o CDB é garantido pelo banco emissor, mas</p><p>não tem garantia real. Além da garantia do banco emissor, o CDB conta com a</p><p>garantia adicional do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de R$250</p><p>mil por CPF e CNPJ por instituição financeira em casos de intervenção, liqui-</p><p>dação ou de falência. Além do CDB, também contam com a garantia do FGC os</p><p>demais produtos privados de renda fixa.</p><p>Para exemplificar, a partir dos dados dos Quadros 1 e 2, vamos calcular</p><p>o retorno de uma aplicação inicial de R$10.000,00</p><p>num CDB que pagou nos</p><p>últimos 12 meses 12,72% a.a. (90% do CDI). Assim, deduzindo a taxa de</p><p>administração e alíquota de imposto de renda (20% para um ano), a taxa de</p><p>retorno líquida no período foi 10,17% a.a.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Na HP-12C, temos:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais.</p><p>10.000,00 CHS PV - 10.000,00 Introduzindo o capital.</p><p>10,17 i 10,17 Introduzindo a taxa.</p><p>1 n 1,00 Introduzindo o período.</p><p>FV 11.017,00 Valor Futuro ou Montante.</p><p>Quadro 5 – Retorno de aplicação em CDB / Fonte: o autor.</p><p>Como há incidência de Imposto de Renda (IR) e cobrança de taxa de administra-</p><p>ção, o valor futuro dessa aplicação financeira depois de um ano foi R$ 11.017,00</p><p>(onze mil e dezessete reais).</p><p>Grandes mudanças ocorrem quando implantamos a cultura e a gestão da mudan-</p><p>ça. Um pequeno, mas significativo, movimento em direção ao futuro tem o poder</p><p>de revolucionar os negócios.</p><p>(Carlos Hilsdorf)</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>LETRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (LCI) E LETRA DE CRÉDITO</p><p>DO AGRONEGÓCIO (LCA)</p><p>As letras de crédito se consolidaram como os investimentos mais demandados</p><p>nos últimos anos, haja vista a isenção de imposto de renda (IR), retornos superio-</p><p>res à caderneta de poupança e garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).</p><p>A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é um instrumento de captação que</p><p>pode ser emitido por instituições autorizadas pelo Banco Central, com objetivo</p><p>de financiar o setor imobiliário. Já a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é</p><p>um título emitido pelas mesmas instituições, mas vinculado a direitos creditórios</p><p>originários do agronegócio.</p><p>Nesse sentido, podemos afirmar que, ao investir em Letras de Crédito, você</p><p>está financiando o setor imobiliário, no caso da LCI, ou o setor agrário, no caso</p><p>da LCA, cuja remuneração é determinada no momento do investimento.</p><p>O retorno financeiro pode ser uma taxa pós-fixada, como um percentual do</p><p>CDI, ou uma taxa préfixada, tendo em vista o prazo do investimento (quanto</p><p>maior o tempo da aplicação, maior tende a ser a rentabilidade), a nota de crédito</p><p>do banco emissor (quanto maior a credibilidade do emissor, menor tende a ser a</p><p>rentabilidade proporcionada pelo ativo) e o investimento inicial mínimo (quanto</p><p>maior for o investimento inicial mínimo exigido, maior tende a ser a rentabilidade).</p><p>Atenção! Tanto LCIs quanto LCAs podem ser emitidas com ou sem liquidez,</p><p>lembrando que LCIs possuem prazo de carência de 60 dias quando indexadas ao</p><p>CDI. Todavia, as emissões sem liquidez são mais comuns no mercado, principalmente</p><p>para prazos de 180 a 720 dias.</p><p>Para exemplificar, a partir dos dados dos Quadros 1 e 3, vamos calcular o retorno</p><p>de uma aplicação inicial de R$ 10.000,00 numa LCI que pagou nos últimos 12</p><p>meses 12,72% a.a. (90% do CDI), que representa a taxa líquida uma vez que não</p><p>há incidência de imposto de renda (IR) para essa aplicação financeira.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Na HP-12C, temos:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais.</p><p>10.000,00 CHS PV - 10.000,00 Introduzindo o capital.</p><p>12,72 i 12,72 Introduzindo a taxa.</p><p>1 n 1,00 Introduzindo o período.</p><p>FV 11.272,00 Valor Futuro ou Montante.</p><p>Quadro 6 – Calculando a rentabilidade de uma LCI / Fonte: o autor.</p><p>Como não há incidência de Imposto de Renda (IR), o valor futuro dessa aplica-</p><p>ção financeira depois de um ano foi R$11.272,00 (onze mil, duzentos e setenta</p><p>e dois reais).</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TESOURO DIRETO</p><p>A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), como caixa do governo, capta recursos</p><p>no mercado financeiro via emissão primária de títulos, para execução e financia-</p><p>mento das dívidas internas do governo, conforme a Figura 1.</p><p>Figura 1 – Transações com os Títulos Públicos Federais / Fonte: Febraban (2004, p. 28).</p><p>De acordo com Fortuna (2008), os Títulos Públicos, além de proverem recursos</p><p>para financiar a dívida pública e as necessidades de cobertura do déficit orça-</p><p>mentário do governo, representam, também, um importante instrumento para</p><p>a implementação da política monetária por meio das operações de open market</p><p>(compra e venda de títulos) no mercado secundário.</p><p>A seguir, apresentamos as características dos títulos públicos negociados pelo Te-</p><p>souro Direto, que constituem a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>TÍTULO INDEXADOR</p><p>NOMENCLATURA NO</p><p>TESOURO DIRETO</p><p>PRINCIPAL JUROS</p><p>PADRÃO DE</p><p>CONTAGEM</p><p>DE DIAS</p><p>LTN Prefixado Tesouro Prefixado</p><p>No</p><p>vencimento</p><p>Não há DU/252</p><p>NTN-F Prefixado</p><p>Tesouro Prefixado</p><p>com juros semes-</p><p>trais</p><p>No</p><p>vencimento</p><p>10% a.a., pa-</p><p>gos semes-</p><p>tralmente</p><p>DU/252</p><p>NTN-</p><p>-B</p><p>IPCA Tesouro IPCA</p><p>No</p><p>vencimento</p><p>6% a.a., pa-</p><p>gos semes-</p><p>tralmente</p><p>DU/252</p><p>NTN-</p><p>-C</p><p>IGP-M Tesouro IGPM</p><p>No</p><p>vencimento</p><p>6% a.a., pa-</p><p>gos semes-</p><p>tralmente</p><p>DU/252</p><p>LFT Selic Tesouro Selic</p><p>No</p><p>vencimento</p><p>Não há DU/252</p><p>Quadro 7 – Descrição dos principais títulos da DPMFi / Fonte: adaptado de Tavares e Tavares (2009).</p><p>As Letras do Tesouro Nacional (LTNs) são os títulos mais simples de precificação</p><p>no mercado doméstico, visto que não pagam cupom de juros e apresentam um</p><p>único fluxo de principal na data de vencimento do título. No Tesouro Direto, é</p><p>conhecido como Tesouro Prefixado.</p><p>As Notas do Tesouro Nacional, Série F (NTN-Fs), são títulos prefixados que</p><p>pagam cupons de juros (10% a.a.) semestrais, compostos, e apresentam um único</p><p>fluxo de principal na data de vencimento. No Tesouro Direto, é chamado Tesouro</p><p>Prefixado com pagamento de juros semestrais.</p><p>As Notas do Tesouro Nacional, Séries B e C (NTN-Bs e NTN-Cs) são títulos</p><p>pós-fixados que pagam cupons de juros semestrais e apresentam um único fluxo</p><p>de principal na data de vencimento, de modo similar às NTN-Fs. Entretanto, o</p><p>valor do principal e dos juros são atualizados, desde a data-base, pelo indexador</p><p>do respectivo título (IPCA para as NTN-Bs e IGP-M para as NTN-Cs). No</p><p>Tesouro Direto, são conhecidas como Tesouro IPCA+ e IGPM+.</p><p>1</p><p>4</p><p>4</p><p>As Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) são títulos pós-fixados, cuja estru-</p><p>tura é parecida com a das LTNs, visto que também não pagam cupom de juros</p><p>e apresentam um único fluxo de principal na data de vencimento do título. En-</p><p>tretanto, o valor do principal é atualizado pela taxa Selic acumulada no período,</p><p>desde a data-base até a data de resgate.</p><p>O QUE É O TESOURO DIRETO?</p><p>O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas</p><p>desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em parceria com a B3. As transações são</p><p>realizadas pela internet de forma muito simples, e a partir de R$30,00 é possível</p><p>investir em títulos de curto, médio ou longo prazo, podendo agendar as aplica-</p><p>ções com antecedência e o gerenciamento dos investimentos.</p><p>Após realizar o cadastro no Tesouro Direto, pode-se optar por adquirir títulos</p><p>públicos de duas formas, investimento tradicional ou investimento programado.</p><p>Conheça a seguir as principais características das duas modalidades, os</p><p>valores mínimos e máximos de investimento, os canais para aplicação e o prazo</p><p>para repasse dos recursos.</p><p>Investimento Tradicional</p><p>O investimento tradicional se refere operações de compras e vendas que po-</p><p>dem ser realizadas a qualquer momento do dia, dentro do período de funciona-</p><p>mento do Programa.</p><p>Investimento Programado</p><p>O investimento programado contempla o agendamento de compras e vendas</p><p>e a reaplicação automática dos juros semestrais dos títulos (cupons) e do valor a</p><p>ser resgatado nas datas de vencimento.</p><p>Limites de Compra e Venda</p><p>Nas compras tradicionais, a parcela mínima de compra é de 10% do valor</p><p>de um título (0,1 título), desde que respeitado o limite financeiro mínimo de</p><p>R$30,00 (trinta reais). No caso do investimento programado, as compras devem</p><p>obedecer à parcela mínima de 1% do preço unitário de cada título, ou seja, 0,01</p><p>título, desde que respeitado o mesmo limite financeiro, R$30,00.</p><p>O limite financeiro máximo de compras mensais é de R$1.000.000,00, tanto</p><p>para as compras tradicionais quanto para as programadas. Não há limite finan-</p><p>ceiro para vendas.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Para exemplificar, vamos calcular o retorno de uma aplicação inicial de R$</p><p>10.000,00 numa Letra Financeira do Tesouro (LFT – Tesouro Selic) que pagou</p><p>nos últimos 12 meses 14,15% a.a., cuja instituição financeira cobrou 0,2% a.a. de</p><p>corretagem e repassou 0,3% à Bolsa como emolumentos. Assim, deduzindo as</p><p>taxas de corretagem e emolumentos, bem como a alíquota de imposto de renda</p><p>(20% para um ano), a taxa de retorno líquida no período foi 10,92% a.a.</p><p>Na HP-12C, temos:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais.</p><p>10.000,00 CHS PV - 10.000,00 Introduzindo o capital.</p><p>10,92 i 10,92 Introduzindo a taxa.</p><p>1 n 1,00 Introduzindo o período.</p><p>FV 11.092,00 Valor Futuro ou Montante.</p><p>Quadro 8 – Calculando a rentabilidade de uma LFT – Tesouro Selic / Fonte: o autor.</p><p>Como há incidência de Imposto de Renda (IR), corretagem e emolumentos, o</p><p>valor futuro dessa aplicação financeira depois de um ano foi R$11.092,00 (onze</p><p>mil e noventa e dois reais).</p><p>Com a calculadora do Tesouro Direto, você pode estimar a rentabilidade dos títu-</p><p>los, de acordo com o valor que está planejando investir. Portanto, realize simula-</p><p>ções de investimento em títulos da dívida pública brasileira, acessando o portal do</p><p>Tesouro Direto. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente</p><p>virtual de aprendizagem.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>O Tesouro Direto está se transformando aos poucos na “nova caderneta de</p><p>poupança”. No entanto, para o investidor de curto prazo não entrar numa fria,</p><p>dentre as opções de títulos negociados pelo Tesouro Direto, recomendamos in-</p><p>vestimentos no Tesouro Selic, que é indexado à taxa Selic e não sofre com a mar-</p><p>cação a mercado (atualização para o valor do dia do preço que um papel irá pagar</p><p>lá na frente), permitindo resgate a qualquer momento sem risco de prejuízo.</p><p>Aplicando no Tesouro Selic, de um dia para o outro, o investidor já tem ren-</p><p>tabilidade, diferentemente da poupança, que tem de esperar no mínimo 30 dias.</p><p>Cumpre esclarecer adicionalmente que a aplicação é taxada com IOF nos primei-</p><p>ros 30 dias e também pela tabela regressiva do Imposto de Renda. Quem retirar</p><p>o dinheiro nos 180 primeiros dias pagará 22,5% de IR, e quem deixar por mais</p><p>de dois anos pagará 15%. Entre esses dois períodos, vigoram mais duas alíquotas</p><p>(20% e 17,5%, dependendo do prazo da aplicação). Em que pese a tributação, o</p><p>retorno líquido tem superado os rendimentos da caderneta de poupança.</p><p>Das simulações realizadas, podemos concluir que a caderneta da poupança</p><p>teve perda real no período analisado e todos os outros produtos de renda fixa apre-</p><p>sentaram ganhos superiores à caderneta de poupança, conforme quadro a seguir.</p><p>APLICAÇÃO FINANCEIRA MONTANTE LÍQUIDO SIMULADO</p><p>LCI R$ 11.272,00</p><p>Tesouro Selic R$ 11.092,00</p><p>CDB R$ 11.017,00</p><p>Fundo DI R$ 10.953,00</p><p>Poupança R$ 10.839,00</p><p>Quadro 9 – Rendimento de aplicações financeiras conforme simulação / Fonte: o autor.</p><p>Apesar do melhor desempenho apresentado pela LCI, é importante esclarecer</p><p>que, para obter uma boa proporção da taxa CDI, geralmente é necessário aporte</p><p>de capital superior a R$ 5.000,00 e a liquidez no vencimento do contrato (2 ou</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>3 anos). Finalmente, chamamos a sua atenção para as simulações realizadas,</p><p>alertando que as projeções de ganhos e perdas futuras são baseadas no desem-</p><p>penho das aplicações nos últimos 12 meses, usadas como referência. No entanto,</p><p>rentabilidades passadas não são garantias de rentabilidades futuras.</p><p>MERCADO DE CAPITAIS E AS EMPRESAS</p><p>Durante o processo decisório da escolha de fontes de financiamento a médio e</p><p>longo prazo, as empresas podem suprir essa necessidade por meio do mercado de</p><p>capitais. Apesar da utilização de bancos públicos como fonte especial de recursos,</p><p>como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nos</p><p>últimos anos, verificamos uma crescente utilização de instrumentos de renda fixa</p><p>como debêntures ou fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs).</p><p>Nesse sentido, de acordo com Pinheiro (2014), as captações no mercado de</p><p>capitais podem ser realizadas nos seguintes mercados:</p><p>MERCADO DE DÍVIDA</p><p>Debêntures (CVM 400 e CVM 476)</p><p>Notas Comerciais</p><p>Bond / Notes</p><p>MERCADO DE EQUITY</p><p>Oferta Pública Inicial (IPO) Oferta Subsequente</p><p>(Follow-on)</p><p>SECURITIZAÇÃO DE CRÉDITO</p><p>Fundo de Direitos Creditórios (FIDC) Certificado de</p><p>Recebíveis Imobiliários (CRI) Fundo de Investimento</p><p>Imobiliário (FII)</p><p>Quadro 10 – Operações de captações no mercado de capitais brasileiro / Fonte: adaptado de Pinheiro (2014).</p><p>1</p><p>4</p><p>8</p><p>Finalmente, podemos classificar as alternativas de financiamento via mercado</p><p>de capitais, em:</p><p>■ Mercado Privado: Venture Capital (fundos que investem em empresas de</p><p>pequeno ou médio portes) e Private Equity (fundos que investem em empre-</p><p>sas já consolidadas e com faturamento que atinge a casa de milhões de reais).</p><p>■ Mercado Público: Oferta Pública Inicial (IPO) e Oferta Subsequente</p><p>(Follow-on).</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>No ambiente profissional, o título de renda fixa é um investimento que fornece</p><p>um retorno através de pagamentos de juros periódicos fixos e o eventual retorno</p><p>do capital no vencimento. Ao contrário dos títulos de renda variável, em que os</p><p>pagamentos mudam com base em uma medida subjacente, como taxas de juros</p><p>de curto prazo, os retornos de um título de renda fixa são conhecidos.</p><p>Um título de renda fixa é um investimento que fornece um fluxo de renda</p><p>de juros estável por um determinado período. Os títulos de renda fixa são clas-</p><p>sificados por agências de crédito que avaliam o risco de inadimplência para os</p><p>investidores. Esses investimentos normalmente pagam uma taxa de retorno mais</p><p>baixa do que outros investimentos.</p><p>Os instrumentos de renda fixa exigem que os investidores comprometam seu</p><p>dinheiro por um período prolongado, às vezes até trinta anos. À medida que as</p><p>condições do mercado mudam, a taxa de juros do mercado pode exceder a taxa</p><p>de renda fixa do título, causando uma perda para o investimento. As pressões</p><p>inflacionárias também podem afetar o valor de mercado dos títulos de renda fixa.</p><p>Confira a aula sobre este tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital</p><p>do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>9</p><p>1. Os investimentos realizados no Brasil por pessoas físicas têm a incidência de dois diferentes</p><p>tributos: Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto de Renda (IR). A incidência</p><p>desses tributos, no entanto, varia de um investimento para outro. No caso do IOF, para CDBs,</p><p>Fundos DI e Fundos de Curto Prazo, a tributação ocorre para saques com menos de 30 dias</p><p>de aplicação sobre a rentabilidade, e é proporcional ao número de dias aplicados, seguindo</p><p>uma alíquota regressiva. Diante do exposto, disserte sobre Fundos DI.</p><p>2. O CDB é garantido pelo banco emissor, mas não tem garantia real. Além da garantia do</p><p>banco emissor, o CDB conta com a garantia adicional do Fundo Garantidor de Crédito (FGC)</p><p>até o limite de R$ 250 mil por CPF e CNPJ por instituição financeira em casos de intervenção,</p><p>liquidação ou de falência. Além do CDB, também contam com a garantia do FGC os demais</p><p>produtos privados de renda fixa. Diante do exposto, analise os itens sobre os enquadra-</p><p>mentos das modalidades do Certificado de Depósito Bancário (CDB).</p><p>I - Pré-fixada.</p><p>II - Pós-fixada.</p><p>III - Mista.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>3. O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa, negociável e que re-</p><p>presenta a promessa de pagamento em data futura do valor representativo do depósito a</p><p>prazo, acrescido de rentabilidade convencionada. Sendo assim, quais são os tipos de CDBs?</p><p>Leia atentamente as alternativas, a seguir, e assinale a correta:</p><p>a) CDB Prefixado e CDB Flutuante.</p><p>b) CDB</p><p>Prefixado e CDB Pós-fixado à Taxa DI.</p><p>c) CDB Pós-fixado e CDB Flutuante.</p><p>d) CDB Pós-fixado e CDB Permutável.</p><p>e) CDB Pós-fixado e CDB Pós-fixado à Taxa DI.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>FEBRABAN. Programa autoinstrutivo preparatório ao exame de certificação profissional AN-</p><p>BID São Paulo: Fator Humano, Educação e Desenvolvimento, 2004.</p><p>FORTUNA, E. Mercado financeiro produtos e serviços. 17. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.</p><p>TRIBUTAÇÃO de 2016 a 2022. Ministério da Fazenda, 4 maio 2023. Disponível em: https://www.</p><p>gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/meu-imposto-de-renda/tabelas/2016. Acesso em: 28</p><p>jul. 2023.</p><p>PAVINI, A. Poupança tem em 2016 a melhor rentabilidade em 10 anos. Exame Invest, 11 jan. 2017.</p><p>Disponível em: https://exame.com/invest/minhas-financas/poupanca-tem-em-2016-o-me-</p><p>lhor-resultado-em-10-anos/. Acesso em: 28 jul. 2023.</p><p>PINHEIRO, J. L. Mercado de Capitais: fundamentos e técnicas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014.</p><p>TAVARES, R. G.; TAVARES, M. F. T. Títulos públicos federais e suas formas de precificação. In:</p><p>CARVALHO, L. de O.; MEDEIROS, O. L. de. Dívida pública: a experiência brasileira. Brasília: Se-</p><p>cretaria do Tesouro Nacional, 2009.</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>1. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Ca-</p><p>pitais (Anbima), os Fundos DI buscam reproduzir a rentabilidade do Certificado de Depósito</p><p>Interfinanceiro (CDI) e, por essa razão, enquadram-se como fundos referenciados. Via de</p><p>regra, são investidores nesse tipo de fundo aqueles que buscam investimentos com baixo</p><p>risco e que não querem estar sujeitos às oscilações dos juros do mercado. Por essa razão,</p><p>são muito procurados em momentos de instabilidade. Quando você observa que as taxas</p><p>de juros estão subindo, isso significa que investir em Fundo DI é uma boa opção. Quando as</p><p>taxas de juros caem, a rentabilidade apresenta essa mesma tendência de queda.</p><p>2. Opção C. Os itens I e II estão corretos, pois se referem aos dois enquadramentos do</p><p>Certificado de Depósito Bancário (CDB). O item III está errado, pois não se refere a um dos</p><p>enquadramentos do CDB.</p><p>3. Opção B. A alternativa B – CDB Prefixado e CDB Pós-fixado à Taxa DI – é a única correta, pois</p><p>apresenta os tipos de CDBs. As demais opções são tipos de CDBs.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>CONHECENDO OS PRODUTOS</p><p>DE RENDA VARIÁVEL: ANÁLISE</p><p>FUNDAMENTALISTA, TÉCNICA E</p><p>MACROECONÔMICA</p><p>Estudar a escola fundamentalista e a escola técnica na escolha de investimentos.</p><p>Conhecer os conceitos fundamentais acerca da renda variável.</p><p>Entender a sistemática da análise fundamentalista.</p><p>Identificar os fundamentos da análise técnica.</p><p>Apreender sobre a análise macroeconômica.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 8</p><p>1</p><p>5</p><p>4</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Neste tema, exploraremos os investimentos em renda variável, que proporcionam</p><p>retornos dinâmicos determinados pelo mercado. Esses títulos oferecem recom-</p><p>pensas maiores, mas também apresentam riscos elevados. Analisaremos como</p><p>identificar os momentos ideais para comprar ou vender esses ativos.</p><p>Por outro lado, a renda fixa se refere amplamente aos tipos de segurança de</p><p>investimento que pagam aos investidores juros fixos ou pagamentos de dividen-</p><p>dos até o vencimento. Os títulos governamentais e corporativos são exemplos</p><p>comuns de produtos de renda fixa.</p><p>O mercado financeiro oferece uma variedade de títulos para investidores, cada um</p><p>com seu nível de risco. É importante destacar que os produtos de renda variável</p><p>apresentam riscos mais elevados em comparação com os de renda fixa. No entanto,</p><p>também oferecem a possibilidade de lucros mais substanciais.</p><p>Além das condições do mercado, as flutuações nas taxas de juros também afe-</p><p>tam a rentabilidade dos títulos de renda variável. Por exemplo, em momentos</p><p>de aumento das taxas de juros, esses títulos podem proporcionar rendimentos</p><p>mais elevados. Em geral, os investimentos em renda variável oferecem potencial</p><p>de crescimento, mas também são menos previsíveis e mais arriscados do que os</p><p>investimentos em renda fixa.</p><p>Estudante, te convido a acesse o podcast e aprofunde seu conhecimento sobre</p><p>mercado de ações. Vamos lá? Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital</p><p>do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>ANÁLISE FUNDAMENTALISTA</p><p>A Análise Fundamentalista consiste na avaliação de alternativas de investi-</p><p>mento a partir de informações colhidas das empresas, conjuntamente com o</p><p>entendimento da conjuntura macroeconômica, passando pela análise de suas</p><p>demonstrações financeiras e estabelecendo previsões para o seu desempenho.</p><p>Considera-se como premissa básica da análise fundamentalista que o valor</p><p>justo para uma empresa se dá pela definição da sua capacidade de gerar lucros</p><p>futuros. Assim, a hipótese básica da análise fundamentalista é que o mercado de</p><p>capitais é eficiente a longo prazo, podendo ocorrer ineficiências na valorização a</p><p>curto prazo, que seriam corrigidas a longo prazo (PINHEIRO, 2014).</p><p>Na análise fundamentalista, são levados em conta indicadores financeiros</p><p>como liquidez, endividamento, rentabilidade e capital de giro. Outros indicadores</p><p>utilizados pelo mercado também são considerados, como o modelo de Gordon,</p><p>técnica utilizada para precificação de ativos.</p><p>A análise fundamentalista trabalha com o conceito de múltiplos, sendo que</p><p>esses múltiplos são calculados dividindo o valor de mercado da empresa por</p><p>uma série de indicadores financeiros da empresa, como o lucro líquido, receitas,</p><p>fluxo de caixa, valor patrimonial, entre outros. Feito isso, pode-se comparar os</p><p>múltiplos que obteve para as ações de uma determinada empresa com aqueles</p><p>de outras empresas de forma a avaliar se a ação de seu interesse está ou não cara.</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Estudante, aprenda neste vídeo tudo sobre o que é a bolsa de valores brasileira,</p><p>chamada de B3. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente</p><p>virtual de aprendizagem</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>A principal vantagem da análise de</p><p>múltiplos é avaliar se as ações de</p><p>uma empresa estão caras ou baratas</p><p>frente a ações de outras empresas,</p><p>permitindo, portanto, estabelecer</p><p>um preço justo por meio dessa</p><p>comparação.</p><p>Nessa ótica, a metodologia permite</p><p>comparar o preço atual de uma ação</p><p>com o seu preço em períodos passados,</p><p>comparar empresas domésticas com</p><p>seus pares internacionais, servindo</p><p>como complemento para outros méto-</p><p>dos de análise quantitativa e qualitativa.</p><p>Além de se basear nesses pontos, a</p><p>determinação do valor da empresa pode</p><p>ser definida também como função de al-</p><p>guns fatores, como:</p><p>■ lucro esperado em exercícios</p><p>futuros;</p><p>■ investimentos realizados e a</p><p>realizar;</p><p>■ fontes de financiamentos uti-</p><p>lizadas.</p><p>No mercado, os analistas de investimen-</p><p>to geralmente utilizam simultaneamen-</p><p>te as análises fundamentalista e técnica</p><p>para determinar o momento mais favo-</p><p>rável para o investimento. Assim, segue</p><p>quadro comparativo entre as duas esco-</p><p>las, conforme Pinheiro (2014).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>INFORMAÇÕES ESCOLA FUNDAMENTALISTA ESCOLA TÉCNICA</p><p>Idade Mais nova Mais antiga</p><p>Origem Acadêmica Profissional</p><p>Usuário</p><p>Administradores de fundos e</p><p>investidores no longo prazo</p><p>Especulador</p><p>Questionamento Por quê? Quando?</p><p>Decisão do</p><p>investimento</p><p>Baseada nos fundamentos</p><p>da empresa</p><p>Baseada em gráficos</p><p>Hipóteses básicas</p><p>Existe um valor real ou in-</p><p>trínseco para cada ação que</p><p>está diretamente correlacio-</p><p>nado com o desempenho</p><p>da empresa.</p><p>Os preços das ações se mo-</p><p>vimentam em tendências e</p><p>existe uma dependência sig-</p><p>nificativa entre as oscilações</p><p>dos preços que se sucedem.</p><p>Objetivos</p><p>O objetivo da análise fun-</p><p>damentalista é determinar</p><p>o real valor de uma ação,</p><p>calculado com base em re-</p><p>ceita, lucro, patrimônio, valor</p><p>presente líquido dos fluxos</p><p>de caixa futuros.</p><p>O objetivo da análise técnica</p><p>é determinar a tendência de</p><p>evolução das cotações no</p><p>curto prazo, a fim de se apro-</p><p>veitar das rápidas oscilações</p><p>para auferir</p><p>ganhos de capital</p><p>(vender as ações por um pre-</p><p>ço superior ao da compra.</p><p>Quadro 1 – Comparação entre as escolas fundamentalista e técnica / Fonte: adaptado de Pinheiro (2014, p. 470).</p><p>ANÁLISE TÉCNICA</p><p>Por definição, a Análise Técnica é o estudo dos movimentos passados dos preços</p><p>e dos volumes de negociação de ativos financeiros, com o objetivo de fazer pre-</p><p>visões sobre o comportamento futuro dos preços. Devido à intensa utilização de</p><p>gráficos de preços e volumes, esse enfoque de análise também é conhecido como</p><p>análise gráfica, e os analistas que a utilizam são chamados grafistas.</p><p>1</p><p>5</p><p>8</p><p>Nessa análise, não importam os lucros, dividendos e fatores como partici-</p><p>pação no mercado, grau de endividamento ou índice de liquidez da empresa,</p><p>como quer a análise fundamentalista. O que importa são os fatores de demanda</p><p>e oferta internos ao mercado, sendo crucial entender a “psicologia” do mercado.</p><p>TEORIA DOW</p><p>Uma das peças básicas da análise técnica é a chamada Teoria Dow, desenvol-</p><p>vida por Charles Dow, uma das figuras mais importantes do mundo financei-</p><p>ro e editor do Wall Street Journal no início do século XX. Sem se acomodar</p><p>com a criação do Dow Jones Industrial Average, um dos principais índices de</p><p>renda variável global, Charles Dow, em 1900, elaborou as primeiras incursões</p><p>estatísticas sobre a existência de ciclos no mercado de capitais, formulando</p><p>o modelo de três tendências.</p><p>A teoria sustenta que as ações negociadas seguem uma tendência de alta ou baixa,</p><p>a qualquer momento, e para estudar o mercado é necessário construir uma média</p><p>da evolução dos preços, por meio de uma amostra representativa de ativos.</p><p>A teoria de Dow se baseia no princípio de que o mercado se movimenta em ten-</p><p>dências primárias, secundárias e terciárias de forma que a verificação de padrões</p><p>de preços e volumes proporciona a análise das tendências do mercado e facilita</p><p>a tomada de decisão.</p><p>TEORIA DAS ONDAS DE ELLIOT</p><p>A Teoria de Elliot, criada pelo contador Ralph Nelson Elliot, em 1939, é con-</p><p>siderada pelos especialistas da área como uma das principais ferramentas para</p><p>localizar ou até antecipar determinadas fases dos ciclos da bolsa.</p><p>O Princípio das Ondas proposto por Elliot foi baseado em suas observa-</p><p>ções, durante vários anos, de que os movimentos dos integrantes do mercado,</p><p>suas tendências e suas mudanças seguem determinado tipo de comportamento</p><p>identificável em forma de padrões ou figuras (ondas).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Elliot julgou adequada a utilização das propriedades contidas nas relações</p><p>da série de Fibonacci para a compreensão dos movimentos das ações</p><p>(PINHEIRO, 2014).</p><p>ANÁLISE DE TENDÊNCIAS</p><p>a) Tendência de Alta</p><p>Dentro de uma tendência de alta, o mercado passará por três fases distintas, cujo</p><p>período de duração de cada uma é de difícil mensuração.</p><p>■ Fase inicial ou de acumulação: a fase inicial é dita uma “fase de acumu-</p><p>lação”. Nesta fase, os investidores menos informados começam a adquirir</p><p>lotes significativos de ações sem provocar grandes alterações nos preços.</p><p>■ Fase intermediária ou de alta sensível: na fase intermediária, ou de</p><p>“alta sensível”, o número de ordens de compra começa a aumentar, o que</p><p>Figura 1 – Tendência de Alta de acordo com as Ondas de Elliot / Fonte: http://www.elliottbrasil.com/anali-</p><p>se-tecnica/wp-content/uploads/Padrao-ondas-de-elliott-011.gif. Acesso em: 17 out. 2023.</p><p>Segue análise:</p><p>■ A onda 2, que corrige a onda 1, não deve ultrapassar o início da onda 1.</p><p>■ A onda 3, geralmente, é a maior das ondas e a mais lucrativa.</p><p>■ A onda 4 corrige a onda 3, mas não deve ultrapassar o topo da onda 1.</p><p>■ A onda 5 tem o comprimento aproximado da onda 1.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>resulta no aumento dos preços das ações e no aumento do volume de</p><p>negociações.</p><p>■ Fase alta acelerada ou euforia: na fase final ocorre uma “alta acelerada</p><p>ou euforia”. Nesse estágio, o mercado fica extremamente agitado, com</p><p>volumes de negociação extraordinariamente altos e valorizações diárias</p><p>das cotações bastante expressivas.</p><p>b) Tendência de Baixa</p><p>Essa tendência também se desenvolve em três fases.</p><p>■ Fase inicial ou fase de distribuição: na fase inicial, ou “fase de distri-</p><p>buição”, o mercado começa a dar sinais de fraqueza. Isso geralmente se</p><p>manifesta através de pequenas quedas nos preços, acompanhadas de um</p><p>aumento no volume de negociações.</p><p>■ Fase baixa violenta ou pânico: na fase intermediária, há uma “baixa</p><p>violenta ou pânico”. Essa é a etapa mais crítica, pois todos os investidores</p><p>começam a vender suas posições, levando a uma queda praticamente</p><p>vertical nas cotações.</p><p>■ Fase baixa lenta: na fase final, ou de “baixa lenta”, os preços começam a</p><p>se estabilizar e o mercado fica menos volátil.</p><p>Figura 2 – Representação gráfica da tendência de alta / Fonte: Pinheiro (2014, p. 562).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Os analistas técnicos acreditam que o mercado memoriza níveis de resistência e</p><p>suporte. Nessa análise, resistência é um nível acima do qual o mercado não tem</p><p>sido capaz de avançar, e se entende por suporte um nível abaixo do qual a queda</p><p>de preços se interrompe. Numa série, é possível identificar vários níveis de resis-</p><p>tência e suporte, como se pode observar na Figura 4. A penetração de qualquer</p><p>nível com elevado volume de negócios é considerada uma indicação significativa</p><p>da direção geral do mercado. Por exemplo, elevado volume ao ser rompida uma</p><p>linha de resistência é tido como sinal de alta.</p><p>Figura 3 – Representação gráfica da tendência de baixa / Fonte: Pinheiro (2014, p. 563).</p><p>RESISTÊNCIA</p><p>SUPORTE</p><p>RESISTÊNCIA</p><p>Figura 4 – Demonstração gráfica de resistência e suporte / Fonte: o autor.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>ANÁLISE DE FORMAÇÕES</p><p>Uma das formações mais frequentes nos gráficos de séries de preços de ações é a</p><p>de “cabeça e ombros”. Ele permite ao analista visualizar uma reversão de tendên-</p><p>cia, o que ocorre geralmente após um período de alta (Figura 5).</p><p>A Grande Aposta</p><p>Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empresa de</p><p>médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que</p><p>coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos Estados</p><p>Unidos irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações</p><p>junto aos investidores, já que nunca antes alguém havia apos-</p><p>tado contra o sistema e levado vantagem. Ao saber desses in-</p><p>vestimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe</p><p>a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles</p><p>é Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que en-</p><p>frenta problemas pessoais desde que seu irmão se suicidou.</p><p>Paralelamente, dois iniciantes na bolsa de valores percebem</p><p>que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobi-</p><p>liária e, para tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben</p><p>Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>Figura 5 – Demonstração gráfica de formações (cabeça e ombro) / Fonte: o autor.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>ANÁLISE MACROECONÔMICA</p><p>Para o desenvolvimento de uma análise da economia nacional, é necessária a</p><p>utilização dos conceitos da teoria macroeconômica, que fornece os parâmetros</p><p>para a mensuração da atividade econômica geral de um dado sistema econômico,</p><p>tornando possível a utilização de um número restrito de variáveis fundamentais.</p><p>A estrutura básica de um modelo macroeconômico se compõe da parte real e da</p><p>parte monetária da economia, que pode ser vista pelos seus mercados. As variáveis</p><p>ou agregados macroeconômicos são determinados pelo encontro da oferta e da</p><p>demanda em cada um desses mercados.</p><p>Nesse sentido, é possível destacar alguns indicadores econômicos mais impor-</p><p>tantes, cuja relevância afeta significativamente o comportamento do mercado de</p><p>capitais, conforme quadro analítico a seguir.</p><p>Mercado de Capitais</p><p>Autor: Juliano Lima Pinheiro</p><p>Editora: Atlas</p><p>Sinopse: esta obra aborda os tópicos fundamentais do merca-</p><p>do de capitais e as operações que nele podem realizar seus</p><p>participantes, visando à criação de subsídios para o entendi-</p><p>mento e a operação das bolsas de valores.</p><p>INDICAÇÃO</p><p>DE LIVRO</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>VARIÁVEIS ECONÔMICAS IMPACTO NO MERCADO DE AÇÕES</p><p>Crescimento econômico</p><p>· Seu impacto é positivo e bom para o mercado, já que</p><p>está correlacionado positivamente com a valorização</p><p>das ações.</p><p>· Os ciclos bursáteis tendem a acompanhar os ciclos</p><p>econômicos.</p><p>· A internacionalização das empresas cotadas atenua a</p><p>conexão economia nacional – bolsa nacional.</p><p>Produção industrial</p><p>Aumentos contínuos são um sinal de força, o que é bom</p><p>para o mercado.</p><p>Lucros empresariais Grandes lucros são bons para o mercado.</p><p>Oferta de moeda</p><p>O crescimento moderado pode ter um impacto positivo</p><p>na economia e no mercado, mas o rápido crescimento</p><p>é inflacionário e, portanto, prejudicial para o mercado de</p><p>ações.</p><p>Taxa de juros</p><p>· É influenciada pela política monetária.</p><p>· As taxas de juros determinam o movimento das</p><p>cotações da bolsa, isto é, quando sobem, as cotações</p><p>tendem a cair, e vice-versa.</p><p>· Representa um depressor, já que as taxas crescentes</p><p>tendem a ter efeito negativo no mercado de ações.</p><p>· Apesar da maioria dos analistas considerarem a taxa de</p><p>juros como um dos mais significativos determinantes de</p><p>tendência primária do mercado de ações, deve-se levar</p><p>em consideração que existem outras variáveis que tam-</p><p>bém podem determinar o comportamento do mercado</p><p>acionário e esse gap resulta no prêmio de risco que o</p><p>mercado oferece.</p><p>Taxa de câmbio</p><p>· As cotações de uma bolsa valem em outros países o</p><p>valor que resultar do câmbio e, por isso, valorizam ou</p><p>desvalorizam-se com as respectivas moedas.</p><p>· Além da valorização ou desvalorização inerente a um</p><p>mercado, deve-se considerar o risco cambial dos merca-</p><p>dos onde são feitos os investimentos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>VARIÁVEIS ECONÔMICAS IMPACTO NO MERCADO DE AÇÕES</p><p>Gasto público</p><p>· Em princípio, quanto maior for o déficit público, mais</p><p>o Estado terá de recorrer ao financiamento. Com o</p><p>aumento de procura, as taxas de juros da dívida pública</p><p>colocada no país tendem a subir e, por consequência,</p><p>também as outras.</p><p>· Superávits são bons para as taxas de juros e os preços</p><p>das ações. Já os déficits podem causar inflação.</p><p>Inflação</p><p>· O ambiente inflacionário, no curto prazo, não tem, por si,</p><p>impacto nas cotações. No entanto, a influência indireta</p><p>negativa nas taxas de juros torna o ambiente negativo</p><p>para os mercados de ações.</p><p>· Em detrimento dos preços das ações, a inflação mais</p><p>alta leva a taxas de juros mais altas e menores multi-</p><p>plicadores preço/ lucro, e geralmente torna as ações</p><p>menos atrativas.</p><p>Desemprego</p><p>É um depressor, já que um aumento no desemprego sig-</p><p>nifica que os negócios estão começando a desacelerar.</p><p>Quadro 2 – Exemplos de impactos de variáveis econômicas no mercado de ações</p><p>Fonte: Pinheiro (2014, p. 482).</p><p>Além dos indicadores macroeconômicos mostrados, há que se considerar o ris-</p><p>co-país, conforme as principais agências internacionais de classificação de risco,</p><p>de acordo com o Quadro 3. O índice AAA é o índice de mais alta qualidade de</p><p>crédito, enquanto os índices “C” e “D” são considerados índices de especulação.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Quadro 3 – Escala de classificação das agências de rating / Fonte: https://g1.globo.com/economia/noti-</p><p>cia/2014/03/brasil-atingiu-grau-de-investimento-em-abril-de-2008.html. Acesso em: 17 out. 2023.</p><p>De forma geral, as notas atribuídas podem habilitar ou desabilitar um país a</p><p>receber investimentos estrangeiros.</p><p>Confira a aula sobre este tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital</p><p>do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Uma estratégia para aproveitar os benefícios tanto dos títulos variáveis quanto dos</p><p>de renda fixa é manter um portfólio diversificado que inclua ambos. Isso pode pro-</p><p>porcionar um equilíbrio entre a segurança dos títulos de renda fixa e o potencial de</p><p>retornos mais elevados dos títulos de renda variável. Por exemplo, é possível investir</p><p>60% do seu portfólio em títulos de renda variável e 40% em títulos de renda fixa.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. A Teoria de Dow é um dos principais conceitos utilizados como base para a análise técnica,</p><p>que é tão importante no cotidiano dos investidores. Ela dá suporte para o entendimento e</p><p>o estudo exato das variações dos gráficos dos ativos. Ao observar os preços, é importante</p><p>ter uma visão aprofundada diante dos movimentos que eles apresentam. Essa oscilação</p><p>pode ter várias origens, o que possibilita diferentes perspectivas de mercado. A Teoria de</p><p>Dow ajuda o investidor a ter uma percepção adequada no momento da análise técnica.</p><p>Diante do exposto, disserte sobre a Teoria de Dow.</p><p>2. Na análise fundamentalista, são levados em conta indicadores financeiros como liquidez,</p><p>endividamento, rentabilidade e capital de giro. Outros indicadores utilizados pelo mercado</p><p>também são considerados, como o modelo de Gordon e o Dividend Discount Model (DDM).</p><p>A determinação do valor da empresa pode ser definida em função de alguns fatores.</p><p>Analise os itens sobre os fatores que determinam o valor da empresa:</p><p>I - Lucro esperado em exercícios futuros</p><p>II - Investimentos realizados e a realizar</p><p>III - Fontes de financiamentos utilizadas</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>3. A Teoria de Elliot, criada pelo contador Ralph Nelson Elliot, em 1939. O Princípio das On-</p><p>das, proposto por Elliot, foi baseado em suas observações, durante vários anos, de que</p><p>os movimentos dos integrantes do mercado, suas tendências e suas mudanças seguem</p><p>determinado tipo de comportamento identificável em forma de padrões ou figuras (ondas).</p><p>Diante do exposto, analise os itens sobre Teoria das Ondas de Elliot:</p><p>I - Considerada pelos especialistas da área como uma das principais ferramentas para</p><p>localizar ou até antecipar determinadas fases dos ciclos da bolsa.</p><p>II - A teoria sustenta que as ações negociadas seguem uma tendência de alta ou baixa, a</p><p>qualquer momento.</p><p>III - Para estudar o mercado, é necessário construir uma média da evolução dos preços, por</p><p>meio de uma amostra representativa de ativos.</p><p>IV - Uma das peças básicas da análise técnica é a chamada Teoria de Elliot.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II e IV, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) I, II, III e IV.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais. São Paulo: Atlas, 2014.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. Uma das peças básicas da análise técnica é a chamada Teoria Dow, desenvolvida por Charles</p><p>Dow, uma das figuras mais importantes do mundo financeiro e editor do Wall Street Journal,</p><p>no início do século XX. Sem se acomodar com a criação do Dow Jones Industrial Average, um</p><p>dos principais índices de renda variável global, Charles Dow, em 1900, elaborou as primeiras</p><p>incursões estatísticas sobre a existência de ciclos no mercado de capitais, formulando o</p><p>modelo de três tendências.</p><p>A teoria sustenta que as ações negociadas seguem uma tendência de alta ou baixa, a qual-</p><p>quer momento, e para estudar o mercado é necessário construir uma média da evolução</p><p>dos preços, por meio de uma amostra representativa de ativos.</p><p>Segundo a teoria, o mercado terá tendência de alta quando um dos índices superar um pico</p><p>anterior importante, e o outro índice o confirmar por também se apresentar em alta. Para</p><p>uma tendência de baixa, o procedimento é igual, lendo-se “vale” onde foi dito “pico”, com a</p><p>direção dos preços sendo para baixo.</p><p>2. Opção E. Os itens I, II e III estão corretos, pois se referem aos fatores que determinam o valor</p><p>da empresa.</p><p>3. Opção A. O item I é correto, pois se refere à Teoria das Ondas de Elliot. Os itens II, III e IV estão</p><p>errados por abordar características da Teoria Dow.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>MERCADO DE AÇÕES E</p><p>DE DERIVATIVOS</p><p>Compreender as especificidades dos mercados de ações e derivativos.</p><p>Estudar conceitos básicos do mercado financeiro.</p><p>Analisar os tipos de despesas incorridas na negociação de ações.</p><p>Entender o mercado à vista e suas operações de compra e/ou venda.</p><p>Calcular</p><p>a rentabilidade de ações.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 9</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Estudante, imaginemos um investidor que já possua algumas ações e dispõe de</p><p>capital para fazer novos investimentos em diferentes ações, quando começam</p><p>os questionamentos: quais ações ele deve comprar? Qual o melhor momento</p><p>para comprar? Qual é o nível de risco associado a uma ação? Será que chegou</p><p>o momento de vender as ações atualmente em carteira, uma vez que atingiram</p><p>seu pico de rentabilidade?</p><p>O mercado de ação oferece diversas ferramentas de análise para monitorar</p><p>e fazer previsões, permitindo a identificação do momento ideal para transações.</p><p>Além disso, essas análises auxiliam na identificação de notícias, informações e</p><p>dados do mercado, possibilitando antecipar movimentos fora do padrão ou até</p><p>mesmo prever eventos antes que ocorram.</p><p>O termo ‘’mercado de ações’’ engloba diversas bolsas nas quais ações de em-</p><p>presas de capital aberto são negociadas. Tais atividades são conduzidas por meio</p><p>de bolsas formais e por meio de mercados de balcão (OTC, que operam sob um</p><p>conjunto específico de regulamentações.</p><p>Os termos “mercado de ações” e “bolsa de valores” são frequentemente utili-</p><p>zados de maneira intercambiável. Os operadores do mercado de ações compram</p><p>e vendem ações em uma ou mais das bolsas de valores que compõem o mercado</p><p>de ações em geral.</p><p>Estudante, convido-lhe a acesse o podcast e aprofunde seu conhecimento sobre</p><p>análise técnica versus análise funcionalista. Vamos lá? Recursos de mídia disponí-</p><p>veis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Estudante, neste vídeo, aprenda sobre como funciona o Mercado de Ações.</p><p>Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de</p><p>aprendizagem</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>MERCADO DE AÇÕES</p><p>O mercado de ações tem papel importante na promoção do investimento e cresci-</p><p>mento da reserva de dinheiro, apresentando grandes vantagens para atrair todos</p><p>os tipos de investidores e proporcionar às empresas que buscam capitalização</p><p>via mercado acionário uma melhor estruturação administrativa, aumento da</p><p>capacidade competitiva dos negócios e concretização dos seus projetos.</p><p>Mesmo com as inúmeras vantagens que o mercado de ações proporciona, a</p><p>atuação no seu papel de alocador dos investimentos é impactada por grandes difi-</p><p>culdades, em razão de, pelo menos, três fatores: (I) as altas taxas de juros, (II) tribu-</p><p>tação elevada e (III) altos custos de abertura e manutenção das empresas em bolsa.</p><p>A taxa de juros é uma das principais variáveis que desestimulam o investi-</p><p>mento no mercado acionário, e o Brasil é um dos países que possuem as maiores</p><p>taxas de juros do mundo, o que torna o mercado de ações muito inseguro para</p><p>seus investidores. A carga tributária do país também é outro entrave que prejudica</p><p>consideravelmente os investimentos. Os altos custos para abertura e manutenção</p><p>das empresas em bolsa são outro tipo de impedimento de mais e maiores inves-</p><p>timentos. Muitas empresas não conseguem abrir seu capital devido aos custos</p><p>elevados para abertura. Outras abrem seu capital, mas acabam fechando devido</p><p>aos altos custos que implicam para manter a empresa no mercado acionário.</p><p>Portanto, o mercado acionário é uma eficiente ferramenta para auxiliar no</p><p>crescimento do investimento, mas sua atuação no Brasil é restrita devido a fatores</p><p>conjunturais e estruturais que atuam diretamente sobre este mercado.</p><p>Antes de analisarmos a estrutura e o funcionamento do mercado à vista,</p><p>vamos definir alguns conceitos básicos relacionados ao mercado de ações:</p><p>Home Broker e After Market: no final dos anos 1990, foram implementados</p><p>no Brasil os conceitos de Home Broker e After Market. No primeiro, os clientes</p><p>passam a operar eletronicamente, via internet, por meio dos sites das corretoras</p><p>de valores. No segundo, estende-se o horário do pregão eletrônico que passa a</p><p>funcionar após as 18h e até às 22h, para atender o Home Broker.</p><p>Ações: são títulos representativos da menor fração do capital social de uma</p><p>sociedade anônima ou, simplesmente, sociedade por ações. Os detentores das</p><p>ações são chamados de acionistas ou sócios.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>■ Tipos de ações: existem dois tipos de ações: Ação Ordinária e Ação Pre-</p><p>ferencial. As ações ordinárias são as que conferem a seu titular o direito</p><p>de voto nas Assembleias de Acionistas. As ações preferenciais são ações</p><p>sem direito de voto. Estas, portanto, não conferem a seu titular o direito</p><p>de voto ou estão sujeitas a restrições no exercício desse direito. O número</p><p>de ações preferenciais das sociedades anônimas, conforme determinação</p><p>da nova Lei n° 10.303 das Sociedades Anônimas – Lei das S/A, promul-</p><p>gada em 31/10/2001, não pode ultrapassar a metade (50%) do capital</p><p>social (total das ações por ela emitidas). Essa restrição se aplica apenas</p><p>às sociedades anônimas criadas a partir dessa data.</p><p>■ Vantagens das ações preferenciais: prioridade no reembolso do capital,</p><p>com prêmio ou sem ele e prioridade no recebimento de dividendos.</p><p>■ Objetivo das empresas ao lançarem ações: o lançamento de ações na</p><p>Bolsa de Valores é uma alternativa de longo prazo para arrecadação de</p><p>capital (financiamento), por meio do qual a empresa fica livre dos altos</p><p>juros cobrados por bancos e financeiras.</p><p>■ Governança corporativa: é o sistema pelo qual as organizações são</p><p>dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo as práticas e os rela-</p><p>cionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e</p><p>órgãos de controle. As boas práticas de Governança Corporativa conver-</p><p>tem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a</p><p>finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu</p><p>acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade.</p><p>■ Novo mercado: o Novo Mercado foi lançado no ano 2000 e estabeleceu</p><p>desde sua criação um padrão de governança corporativa altamente dife-</p><p>renciado. A partir da primeira listagem, em 2002, ele se tornou o padrão</p><p>de transparência e governança exigido pelos investidores para as novas</p><p>aberturas de capital. As companhias listadas no Novo Mercado só podem</p><p>emitir ações com direito de voto, as chamadas ações ordinárias (ON).</p><p>■ Volatilidade da Bolsa de Valores: o que faz os preços subirem ou des-</p><p>cerem (volatilidade) é a alta ou baixa quantidade de compradores e ven-</p><p>dedores, respectivamente. Quando a procura é maior, o preço sobe; e</p><p>quando a oferta é maior, o preço desce. Esse movimento é ilustrado como</p><p>a briga dos touros, que representam a força compradora; e dos ursos, que</p><p>representam a força vendedora.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Para ilustrar a interação entre a força dos compradores (touros) e dos vendedores</p><p>(ursos), observe o Índice de Força Relativa (Stock RSI), conforme Figura 1.</p><p>Figura 1 – Índice de Força Relativa</p><p>Fonte: https://foxbit.com.br/blog/rsi-o-que-e-e-como-analisar/#:~:text=O%20Relative%20Strength%20</p><p>Index%20(RSI,para%20o%20investidor%20ou%20analista. Acesso em: 17 out. 2023.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Quais são os tipos de despesas incorridas na negociação de ações?</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>■ CORRETAGEM. Sobre as operações com ações realizadas por meio de</p><p>uma corretora na Bolsa de Valores é cobrada uma taxa de corretagem pela</p><p>intermediação. A taxa de corretagem incide sobre o movimento financei-</p><p>ro e pode ser livremente pactuada entre o cliente e a corretora.</p><p>■ CUSTÓDIA. Entende-se por custódia a guarda de títulos e valores mobi-</p><p>liários, bem como dos direitos de exercício, que podem ser bonificações,</p><p>dividendos ou direitos de subscrição, e que são distribuídos pela socieda-</p><p>de anônima aos acionistas. Os custos de custódia estão relacionados com</p><p>o pagamento pelos serviços de custódia, que no caso de ações é prestado</p><p>pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). A CBLC</p><p>é a clearing do mercado de ações.</p><p>■ EMOLUMENTOS. Os emolumentos são cobrados pelas Bolsas por pre-</p><p>gão em que tenham ocorrido</p><p>negócios por ordem do investidor. A taxa</p><p>cobrada pela Bolsa é de 0,035% do valor financeiro da operação.</p><p>Uma das condições necessárias para o perfeito funcionamento dos mercados</p><p>financeiro e de capitais é a certeza de seus participantes de que seus ganhos</p><p>serão recebidos e de que suas operações de compra e venda serão liquidadas nas</p><p>condições e no prazo estabelecidos.</p><p>Isso é proporcionado pelas câmaras de registro, compensação e liquidação,</p><p>ou clearings, mediante um sistema de compensação que chama para si a</p><p>responsabilidade pela liquidação dos negócios, transformando-se no comprador</p><p>para o vendedor e no vendedor para o comprador, com estruturas adequadas ao</p><p>gerenciamento de risco de todos os participantes (B3, 2023).</p><p>A primeira bolsa de valores implantada foi a Bourse de Paris, no ano de 1141,</p><p>sendo regulamentada em 1304. Em 1698 foi fundada a Bolsa de Fundos Públi-</p><p>cos de Londres. No Brasil, foi somente a partir de 1964, com as leis de reforma</p><p>bancária e do mercado de capitais, que as bolsas de valores assumiram as feições</p><p>básicas que possuem atualmente.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>MERCADO À VISTA</p><p>Uma operação à vista é a compra ou venda em pregão</p><p>de determinada quantidade de ações para liquida-</p><p>ção imediata. A operação à vista é a operação mais</p><p>comumente utilizada na bolsa de valores do Brasil.</p><p>Nela, as operações de compra e venda são fechadas</p><p>no mesmo instante, ou seja, tanto o comprador como</p><p>o vendedor recebem o título simultaneamente.</p><p>A liquidação física – a entrega dos títulos ad-</p><p>quiridos ao seu comprador – é feita dois dias após</p><p>a operação, e a liquidação financeira – o crédito em</p><p>reais ao vendedor dos títulos – é feita em até três dias</p><p>úteis após a operação.</p><p>É permitida, no mercado à vista, a realização de</p><p>operações de compra e venda de uma mesma ação</p><p>em um mesmo pregão, por uma mesma corretora e</p><p>por conta de um mesmo investidor. Tal tipo de ope-</p><p>ração se caracteriza como uma operação de arbi-</p><p>tragem conhecida como day trade, ocorrendo sua</p><p>liquidação financeira por compensação no terceiro</p><p>dia útil após a realização da operação.</p><p>Os principais tipos de ordem de compra e venda</p><p>no mercado à vista são:</p><p>■ Ordem a Mercado – quando o investidor es-</p><p>pecifica à corretora apenas a quantidade e as</p><p>características que deseja comprar ou vender</p><p>e a sua execução deve ser imediata.</p><p>■ Ordem Administrada – quando o inves-</p><p>tidor especifica à corretora apenas a quan-</p><p>tidade e as características dos títulos que</p><p>deseja comprar ou vender e o momento de</p><p>sua execução fica a critério da corretora.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>■ Ordem Limitada – quando o investidor estabelece o preço máximo ou</p><p>mínimo pelo qual ele quer comprar ou vender determinada ação. Ela</p><p>somente será executada por um preço igual ou melhor do que o indicado.</p><p>■ Ordem Casada – quando o investidor determina uma ordem de compra</p><p>de um título e uma de venda de outro, condicionada sua efetivação ao</p><p>fato de ambas poderem ser executadas.</p><p>■ Ordem de Financiamento – quando o investidor determina uma ordem</p><p>de compra ou venda de um título em um tipo de mercado e uma outra</p><p>concomitante de venda ou compra de igual título, no mesmo ou em outro</p><p>mercado, com prazos de vencimentos distintos.</p><p>São direitos e proventos de uma ação:</p><p>Dividendos – é a distribuição de parte dos lucros de uma empresa, em moe-</p><p>da, aos seus acionistas. Por lei, no mínimo 25% do lucro líquido do exercício deve</p><p>ser distribuído aos acionistas.</p><p>Juros sobre o capital próprio – foi criado pela Lei n° 9.249, de 26 de de-</p><p>zembro de 1995, para compensar o fim da correção monetária dos balanços das</p><p>empresas. Por meio deste instrumento, a empresa está autorizada a remunerar</p><p>o capital do acionista até o valor da TJLP. O valor desembolsado é considerado</p><p>como despesa e, portanto, descontado do lucro tributável, diminuindo o IR e a</p><p>ser pago pela empresa.</p><p>Estratégia é a capacidade de nos posicionarmos de maneira inteligente e lúcida</p><p>diante de cenários que mudam a cada instante e, munidos de todo nosso</p><p>conhecimento, capacidade de análise e intuição, encontrarmos os melhores</p><p>caminhos a cada tomada de decisão e atitude subsequente.</p><p>(Carlos Hilsdorf)</p><p>COMO CALCULAR A RENTABILIDADE DE AÇÕES?</p><p>O fator rentabilidade, medido pela taxa de retorno do investimento, é, talvez, o</p><p>mais difundido entre todos.</p><p>K</p><p>P P C</p><p>Pt</p><p>t t t</p><p>t</p><p>�</p><p>� ��</p><p>�</p><p>( )1</p><p>1</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Em que:</p><p>Kt = taxa de retorno durante o período t.</p><p>Pt = preço (valor) do investimento no fim do período t.</p><p>Pt−1 = preço (valor) no início do período, ou seja, tempo t-1.</p><p>Ct = fluxo de caixa recebido do investimento no período de t-1 a t.</p><p>Para exemplificar, considerando os ativos a seguir e as cotações extraídas da Pla-</p><p>taforma Tradezone (XPi), vamos calcular a RENTABILIDADE, conforme segue:</p><p>■ Período t-1 = pregão de 06 de julho de 20X0; e,</p><p>■ Período t = pregão de 09 de setembro de 20X0.</p><p>Ações do Banco Itaú (ITUB3 PN)</p><p>■ Valor de compra (t -1): R$ 25,99.</p><p>■ Valor no período t: R$ 30,51.</p><p>■ Fluxo de caixa recebido (Ct): R$ 0,00.</p><p>Calculando, temos:</p><p>K P P C</p><p>Pt</p><p>t t t</p><p>t</p><p>�</p><p>� �</p><p>�</p><p>� �</p><p>� ��</p><p>�</p><p>( ) ( , , ) ,</p><p>,</p><p>, , %1</p><p>1</p><p>30 51 25 99 0 00</p><p>25 99</p><p>0 1739 17 39</p><p>Além do mercado à vista, quando nos referimos à compra e venda de ações, existem:</p><p>1. O Mercado a Termo. No mercado a termo, o investidor se compromete</p><p>a comprar ou vender certa quantidade de uma ação (chamada ação-obje-</p><p>to), por um preço fixado e dentro de um prazo predeterminado. A maior</p><p>parte das operações é realizada no prazo de 30 dias, podendo, entretanto,</p><p>ser realizada em outros prazos, como 60, 90, 120, 150 e 180 dias.</p><p>2. O Mercado Futuro de Ações. É o mercado no qual se negociam com</p><p>datas de liquidação futura, durante o horário de funcionamento da B3, em</p><p>lotes padrão nela já negociados, as ações autorizadas para tal. Esse mer-</p><p>cado representa um aperfeiçoamento do mercado a termo, permitindo a</p><p>ambos os participantes de uma transação reverter de forma automática</p><p>sua posição, antes da data de vencimento. Isso se deve às alterações na</p><p>sistemática operacional daquele mercado.</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>3. O Mercado de Opções. Nesse mercado, não existe negociação de ações,</p><p>mas de direitos sobre elas. Opção é o direito de uma parte comprar ou</p><p>vender a outra parte, até determinada data, uma quantidade de ações a</p><p>um preço preestabelecido. Quem compra uma opção tem um direito. Se</p><p>a opção for de compra (call), o direito de comprar. Se a opção for de ven-</p><p>da (put), o direito de vender. Os termos mais utilizados por aqueles que</p><p>convivem nesse segmento de mercado são: (I) Titular: o comprador da</p><p>opção, ou seja, aquele que adquire o direito de exercer a opção, pagando</p><p>por isso um prêmio ou preço; (II) Lançador: o vendedor da opção, ou</p><p>seja, aquele que cede o direito a uma contraparte, recebendo por isso</p><p>um prêmio; (III) Prêmio: preço de negociação da opção, ou preço de</p><p>mercado, ou ainda cotação da opção em bolsa de valores; (IV) Opção de</p><p>Compra: modalidade em que o titular tem o direito de comprar certo</p><p>lote de opções a um preço predeterminado, até certa data; (V) Opção</p><p>de venda: modalidade em que o titular adquire o direito de, se assim o</p><p>desejar, vender ao lançador, até uma data fixada, as ações relativas à opção,</p><p>e por um preço predeterminado; (VI) Preço de exercício: em opções de</p><p>compra, é o preço que o titular deve pagar ao lançador por suas ações, se</p><p>o primeiro exercer o direito de comprar. Em opções de venda, é o preço</p><p>que o lançador deve pagar ao titular se este exercer seu direito de vender</p><p>suas ações ao lançador; (VII) Vencimento: data em que cessam os di-</p><p>reitos do titular de exercer sua opção; (VIII) Virar pó: quando a opção</p><p>adquirida pelo investidor não é exercida e o investidor perde o valor pago</p><p>pelo prêmio; (IX) Opção at the Money: é uma opção de compra ou de</p><p>venda cujo preço de exercício é igual ao preço à vista da ação; (X) Opção</p><p>in the Money: é uma opção de compra cujo preço de exercício é menor</p><p>do que o preço à vista, ou uma opção de venda cujo preço de exercício é</p><p>maior do que o do mercado à vista. Neste caso, diz-se que a opção tem</p><p>um valor intrínseco; e, (XI) Opção out of the Money: é uma opção de</p><p>compra cujo preço exercido é maior do que o preço à vista, ou uma opção</p><p>de venda cujo preço de exercido é menor do que o preço à vista.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>MERCADO DE DERIVATIVOS</p><p>Como o próprio nome sugere, DERIVATIVO é algo que deriva de alguma coisa.</p><p>Isto é, algum ativo financeiro que depende de outro ativo financeiro para poder</p><p>ter referência, possuindo uma forte correlação entre ambos. Exemplos:</p><p>■ Café à vista => Futuro de Café.</p><p>■ Dólar à vista => Futuro de Dólar.</p><p>Os agentes econômicos geralmente usam derivativos para a proteção de suas</p><p>operações e também como parâmetro de preços, pois conseguem saber por meio</p><p>desse mercado o comportamento de um ativo específico, como exemplo a pari-</p><p>dade da moeda dólar/real.</p><p>PARTICIPANTES</p><p>Os agentes participantes do Mercado de Derivativos são:</p><p>■ Hedge: o investidor que utiliza o mercado para proteger as suas opera-</p><p>ções.</p><p>■ Especulador: o investidor que dá a liquidez do mercado, pois a sua prin-</p><p>cipal função é ficar apostando na direção do mercado fazendo para isso</p><p>várias operações.</p><p>■ Arbitrador: o investidor que obtém lucro sem assumir riscos, operando</p><p>ativos diferentes ou em lugares diferentes, mas que de alguma forma são</p><p>complementares, conseguindo com isso lucro imediato.</p><p>HEDGE. Termo em inglês que significa “salvaguarda”. É um mecanismo utilizado</p><p>por operadores do mercado financeiro e de commodities para se resguardar de</p><p>uma flutuação de preços. É comum, por exemplo, que operadores do mercado</p><p>de commodities atuem também no mercado a termo, de tal forma que a baixa de</p><p>preços num desses mercados atue no sentido negativo numa das operações, mas</p><p>positivo em outra (SANDRONI, 1999, p. 279).</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>PRINCIPAIS CONTRATOS NEGOCIADOS</p><p>■ Termo: dólar e ações.</p><p>■ Futuro: moedas, juros, ações, índices etc.</p><p>■ Opções: ações, juros, moedas, índices etc.</p><p>■ Swap: de vários indexadores, com destaque para moedas, juros e inflação.</p><p>A competência para regulação de derivativos no Brasil até 2011 era dividida entre</p><p>CVM e BCB, sendo a CVM responsável exclusivamente pelos derivativos cujos</p><p>ativos subjacentes eram descritos como valores mobiliários no Art. 2° da Lei n°</p><p>6.385/76, como ações, debêntures e índices representativos de ações. O Banco</p><p>Central do Brasil, por sua vez, possuía a competência residual para a regulação</p><p>dos demais derivativos, como contratos futuros e de opções sobre câmbio e juros.</p><p>Com a promulgação da Lei n° 10.198/2001, ocorreu uma mudança do concei-</p><p>to doutrinário de valor mobiliário, que afetou a regulação de derivativos no Brasil</p><p>e passou a abrigar no direito brasileiro um conceito mais amplo de valor mobiliá-</p><p>rio, inspirado pelo leading case SEC vs W.J. Howey do direito norte-americano.</p><p>Nesse sentido, a partir de 2001, todos os derivativos passaram a ser regulados pela</p><p>CVM, independentemente da natureza jurídica do ativo subjacente (valor mobiliário</p><p>ou não). No entanto, a Decisão Conjunta CVM Bacen n°10/2002, estabeleceu que</p><p>as normas até então editadas pelo CMN e BCB (ex.: Resolução CMN n° 1.190/1986)</p><p>permaneceriam vigentes até que fossem editadas normas específicas pela CVM.</p><p>Os derivativos são ativos financeiros cujos valores e características de ne-</p><p>gociação estão amarrados aos ativos que lhe servem de referência. A palavra</p><p>derivativo vem do fato de que o preço do ativo é derivado de um outro. Surgiu</p><p>da necessidade do produtor rural garantir um preço mínimo para sua safra.</p><p>Os derivativos podem ser classificados em:</p><p>■ Derivativos agropecuários: têm como ativo-objeto commodities agrí-</p><p>colas, como café, boi, milho, soja e outros.</p><p>■ Derivativos financeiros: têm seu valor de mercado referenciado em</p><p>alguma taxa ou índice financeiro, como taxa de juro, taxa de inflação,</p><p>taxa de câmbio, índices de ações e outros.</p><p>■ Derivativos de energia e climáticos: têm como objeto de negociação,</p><p>energia elétrica, gás natural, créditos de carbono e outros.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>O mercado de derivativos teve início em 1972, quando a Chicago Mercantile Ex-</p><p>change (CME), bolsa de mercadorias que há muitos anos realizava negócios com</p><p>contratos futuros, lançou um contrato futuro de moedas – o primeiro contrato</p><p>futuro financeiro (RICHARD, 2000).</p><p>Em 1975, a Chicago Boardof Trade, outra grande bolsa de futuros de Chicago</p><p>e arquirrival da CME, lançou o primeiro contrato futuro de taxa de juros. Os</p><p>derivativos financeiros floresceram nos anos 1980 e 1990, e, em meados desta dé-</p><p>cada, já havia, ao redor do mundo, 65 bolsas especializadas nesses instrumentos.</p><p>No período recente, enquanto no mercado internacional predominam os</p><p>derivativos de balcão, com contratos bilaterais a partir de parâmetros customiza-</p><p>dos, no mercado brasileiro, há a predominância de contratos derivativos padro-</p><p>nizados, transacionados em bolsa e liquidados por meio de contraparte central</p><p>(CCPs). Duas entidades oferecem serviço de registro de contratos derivativos:</p><p>■ B3 (bolsa e balcão) – futuros e opções padronizadas (bolsa); swaps e op-</p><p>ções (balcão).</p><p>■ CETIP (balcão) - swap, termos e opções (balcão).</p><p>No que diz respeito aos agentes que atuam no mercado de derivativos, destaca-se</p><p>a atuação preponderante de instituições financeiras e investidores institucionais</p><p>nacionais, que estão sujeitos aos riscos a seguir (Figura 2).</p><p>Figura 2 – Clearing de Derivativos com as principais fontes de risco / Fonte: Silva (2017, p. 157).</p><p>1</p><p>8</p><p>4</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Nos mercados de ações, ocorre a interação entre compradores e vendedores para</p><p>negociar ações de empresas que são de capital aberto. Eles desempenham um</p><p>papel crucial em uma economia de livre mercado, pois proporcionam um acesso</p><p>mais democrático para investidores participarem do comércio de capitais. Além</p><p>disso, contribuem para uma precificação mais eficiente e uma negociação mais</p><p>otimizada.</p><p>No mundo profissional, os gestores enfrentam uma grande pressão, especial-</p><p>mente por lidarem com o dinheiro de terceiros e estarem sujeitos a ações muitas</p><p>vezes imprevisíveis do mercado financeiro.</p><p>Confira a aula sobre este tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digi-</p><p>tal do ambiente virtual de aprendizagem</p><p>EM FOCO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>5</p><p>1. No final dos anos 1990, foram implementados, no Brasil, os conceitos de Home Broker e After</p><p>Market. No primeiro, os clientes passam a operar eletronicamente, via internet, por meio dos</p><p>sites das corretoras de valores. No segundo, estende-se o horário do pregão eletrônico, que</p><p>passa a funcionar após as 18h e até as 22h para atender o Home Broker. Diante do exposto,</p><p>disserte sobre os tipos de ações.</p><p>2. O mercado de ações tem papel importante na promoção do investimento e crescimento</p><p>da poupança, apresentando grandes vantagens para atrair todos os tipos de investidores</p><p>e proporcionar às empresas, que buscam capitalização via mercado acionário, uma melhor</p><p>estruturação administrativa, aumento da capacidade competitiva dos negócios e concreti-</p><p>zação dos seus projetos. Diante disso, analise os itens sobre os tipos de despesas incorridas</p><p>na negociação de ações:</p><p>I - Corretagem.</p><p>II - Custódia.</p><p>III - Emolumentos.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>3. O mercado à vista é o principal ambiente de negociação de ativos de renda variável na</p><p>Bolsa de Valores. Nesse ambiente, os investidores compram e vendem ações ao preço de</p><p>momento do mercado, que varia em função da oferta e demanda de compradores e ven-</p><p>dedores. Após a compra, a transação é efetivada e seu valor correspondente é creditado ou</p><p>debitado na conta do investidor dois dias úteis após o final da operação. Diante disso, analise</p><p>os itens, a seguir, sobre os principais tipos de ordem de compra e venda no mercado à vista:</p><p>I - Ordem a mercado.</p><p>II - Ordem administrada.</p><p>III - Ordem limitada.</p><p>IV -</p><p>de juros compos-</p><p>tos nas operações de empréstimos ou de financiamentos. A alegação principal é</p><p>que o Decreto n° 22.626, de 7 de abril de 1933, proibiria essa prática, o qual, no seu</p><p>artigo 4°, estabelece: “É proibido contar juros dos juros”. É com base nesse texto,</p><p>copiado literalmente do Art. 253 do Código Comercial Brasileiro de 1850, que mui-</p><p>tos entendem que não se pode adotar o critério de capitalização composta, ou</p><p>juros compostos, ou juros capitalizados, ou, ainda, juros sobre juros, caracterizado</p><p>no mundo jurídico como anatocismo, vide também Súmula no 121 e Súmula no</p><p>596, do Supremo Tribunal Federal (SOBRINHO, 2020).</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>1</p><p>1</p><p>O valor nominal do título é obtido pela fórmula:</p><p>PVc FVc i n− −( . )1</p><p>Em que:</p><p>PVc = valor líquido recebido após o desconto comercial.</p><p>FVc = valor nominal do título no vencimento.</p><p>i = taxa de juro.</p><p>n = prazo.</p><p>Resolvendo, temos:</p><p>30000 = FVc (1 – 0,05.4).</p><p>30000 = FVc (1 – 0,20).</p><p>30000 = FVc (0,80).</p><p>FVc = 30000 / 0,80 = R$ 37.500,00.</p><p>Encontrando o valor atual do desconto composto racional</p><p>Considerando o desconto composto racional, calcule o valor atual de uma nota</p><p>promissória de R$ 60.000,00, negociada com uma instituição financeira, 9 meses</p><p>antes do vencimento, a uma taxa de 2% ao mês.</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f 2 0,00 Estipula duas casas decimais.</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>60000 CHS FV - 60.000,00 Introduz o valor nominal do título.</p><p>9 n 9,00 Introduz o período.</p><p>2i 2,00 Introduz a taxa de juros.</p><p>PV 50.205,32 Valor atual após o desconto.</p><p>Quadro 12 – Comandos da HP-12C para o cálculo do desconto composto racional / Fonte: o autor.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>SÉRIES DE PAGAMENTOS OU</p><p>RECEBIMENTOS UNIFORMES</p><p>As séries de pagamentos ou recebimentos (séries de</p><p>prestações ou anuidades) são toda sequência finita</p><p>ou infinita de pagamentos ou recebimentos em datas</p><p>previamente estipuladas. Os intervalos de tempo en-</p><p>tre os vencimentos de dois pagamentos consecutivos</p><p>são chamados de períodos. As séries de pagamen-</p><p>tos uniformes podem ser:</p><p>Antecipadas (com entrada, início de período):</p><p>a série de pagamento antecipada ocorre quando o</p><p>primeiro pagamento de uma negociação (compra)</p><p>é pago no ato do negócio (compra). Antecipado é a</p><p>prestação que será paga no mesmo dia da concretiza-</p><p>ção de um negócio ou operação, ou seja, é chamado</p><p>de forma de pagamento (1 + n), em que a negociação</p><p>(compra) envolve valor de entrada iniciando o paga-</p><p>mento no dia do fechamento do negócio (GIMENES,</p><p>2009). Por exemplo, uma compra que será parcelada</p><p>em 9 vezes sem que o primeiro pagamento ocorra</p><p>no dia da compra (1 + 8). Na calculadora HP-12c,</p><p>para ativar a função antecipada, basta configurar a</p><p>calculadora clicando nas teclas g. 7.</p><p>Postecipadas (sem entrada, final de período):</p><p>a série de pagamento postecipado ocorre quando</p><p>o primeiro pagamento de uma negociação (com-</p><p>pra) é realizado 30 dias após a compra. Posteci-</p><p>pada é a prestação que será paga 30 dias após a</p><p>concretização de um negócio ou operação, ou</p><p>seja, é chamado de forma de pagamento (0 +</p><p>n), em que a negociação (compra) não en-</p><p>1</p><p>1</p><p>volve valor de entrada e o início da série de pagamento ocorre após 30 dias</p><p>do fechamento do negócio (GIMENES, 2009). Por exemplo, uma compra que</p><p>será parcelada em 9 vezes sem entrada e o primeiro pagamento será daqui</p><p>a 30 dias (0 + 9). Na calculadora HP-12c, para ativar a função postecipada,</p><p>basta configurar a calculadora clicando nas teclas g. 8.</p><p>Calculando uma série antecipada</p><p>O gerente da Consultoria RH Sapiens Ltda. está adquirindo um veículo sedã, no</p><p>valor de R$ 90.000,00, financiado a uma taxa de juros de 0,99% ao mês, durante</p><p>72 meses e com entrada. Qual o valor dos pagamentos mensais?</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>g BEG 0,00 Ativando o “begin”.</p><p>90000 CHS PV - 90.000,00 Introduzindo o capital.</p><p>0,99 i 0,99 Introduzindo a taxa.</p><p>72 n 72,00 Introduzindo o prazo.</p><p>PMT 1.736,71 Valor das prestações.</p><p>Quadro 13 – Comandos da HP-12C para o cálculo da série antecipado / Fonte: o autor.</p><p>Calculando uma série postecipada</p><p>Depósito em uma instituição financeira, no fim de cada mês, no valor de R$</p><p>2.000,00, a uma taxa de juros de 1,5% ao mês. Qual o montante da renda ao</p><p>fim de 24 meses?</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>g END 0,00 Desativando o “begin”.</p><p>2000 CHS PMT - 2.000,00 Introduzindo a prestação.</p><p>1,5 i 1,50 Introduzindo a taxa.</p><p>24 n 24,00 Introduzindo o prazo.</p><p>FV 57.267,04 Montante ou valor futuro.</p><p>Quadro 14 – Comandos da HP-12C para o cálculo da série postecipada / Fonte: o autor.</p><p>SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS (SAF) OU TABELA</p><p>PRICE</p><p>O Sistema de Amortização Francês (SAF), amplamente adotado no mercado</p><p>financeiro do Brasil, estipula, ao contrário do SAC, que as prestações devem ser</p><p>iguais, periódicas e sucessivas. Equivale, em outras palavras, ao modelo padrão de</p><p>fluxos de caixa. Os juros, por incidirem sobre o saldo devedor, são decrescentes,</p><p>e as parcelas de amortização assumem valores crescentes. Em outras palavras, no</p><p>SAF, os juros decrescem e as amortizações crescem ao longo do tempo. A soma</p><p>dessas duas parcelas permanece sempre igual ao valor da prestação.</p><p>Imagine a seguinte situação: a RH Associados Ltda. contratou um emprésti-</p><p>mo de R$ 150.000,00 para ser pago pelo Sistema de Amortização Francês (SAF),</p><p>em 4 prestações anuais, à taxa de 15% ao ano. Qual seria o valor da prestação?</p><p>Observe a resolução a seguir:</p><p>Dados:</p><p>PV = R$ 150.000,00.</p><p>n= 4 anos.</p><p>i = 15% a.a.</p><p>PMT =?</p><p>1</p><p>4</p><p>Resolvendo pela calculadora financeira HP-12C:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>g END 0,00 Desativando o “begin”.</p><p>150000 CHS</p><p>PV</p><p>-150.000,00 Insere o valor financiado.</p><p>15 i 15,00 Insere a taxa.</p><p>4 n 4,00 Insere os períodos.</p><p>PMT 52.539,80 Valor das prestações.</p><p>1 f AMORT 22.500,00 Juros da primeira prestação.</p><p>x >< y 30.039,80 Amortização da primeira prestação.</p><p>RCL PV -119.960,20 Saldo devedor após pagamento da primeira prestação.</p><p>1 f AMORT 17.994,03 Juros da segunda prestação.</p><p>x >< y 34.545,77 Amortização da segunda prestação.</p><p>RCL PV -85.414,42 Saldo devedor após pagamento da segunda prestação.</p><p>1 f AMORT 12.812,16 Juros da terceira prestação.</p><p>x >< y 39.727,64 Amortização da terceira prestação.</p><p>RCL PV -45.686,78 Saldo devedor após pagamento da terceira prestação.</p><p>1 f AMORT 6.853,02 Juros da quarta prestação.</p><p>x >< y 45.686,78 Amortização da quarta prestação.</p><p>RCL PV 0,00 Saldo devedor após pagamento da quarta prestação.</p><p>Quadro 15 – Comandos da HP-12C para o cálculo da amortização / Fonte: o autor.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>PERÍODO JUROS AMORTIZAÇÃO PRESTAÇÃO SALDO DEVEDOR</p><p>0 0 0 0 150.000,00</p><p>1 22.500,00 30.039,80 52.539,80 119.960,20</p><p>2 17.994,03 34.545,77 52.539,80 85.414,42</p><p>3 12.812,16 39.727,64 52.539,80 45.686,78</p><p>4 6.853,02 45.686,78 52.539,80 0,00</p><p>Total 60.159,20 150.000,00 210.159,20</p><p>Quadro 16 – Planilha de Amortização / Fonte: o autor.</p><p>Uma outra situação é da empresa Bem de Vida Ltda. Após pagar 36 parcelas</p><p>de um empréstimo de R$ 120.000,00, contratado pelo Sistema de Amortização</p><p>Francês (SAF) em 48 prestações mensais, à taxa de 2% ao mês, decidiu quitá-lo.</p><p>Qual o valor do saldo devedor após o pagamento da trigésima sexta parcela?</p><p>Dados:</p><p>PV = R$ 120.000,00.</p><p>n= 48 anos i = 2% a.m. PMT = ?</p><p>1</p><p>1</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>g END 0,00 Desativando o “begin”.</p><p>120000 CHS PV -120.000,00 Insere o valor financiado.</p><p>2 i 2,00 Insere a taxa.</p><p>48 n 48,00 Insere os períodos.</p><p>PMT 3.912,22 Valor das prestações.</p><p>36 f AMORT 62.212,99</p><p>Juros após pagamento da trigésima sexta pres-</p><p>tação.</p><p>x >< y 78.626,93</p><p>Amortização após pagamento da trigésima sexta</p><p>prestação.</p><p>RCL PV -41.373,07</p><p>Saldo devedor após pagamento da trigésima</p><p>sexta prestação.</p><p>Quadro 17 – Comandos da HP-12C para o cálculo da amortização / Fonte: o autor.</p><p>O saldo devedor após o pagamento da trigésima sexta parcela, que representa o</p><p>valor de quitação, é de</p><p>Ordem casada.</p><p>V - Ordem de financiamento.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II e IV, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) I, II, III, IV e V.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>8</p><p>8</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>B3. B3: a bolsa do Brasil. c2023. Para você. Disponível em: https://www.b3.com.br/pt_br/para-</p><p>-voce. Acesso em: 17 out. 2023.</p><p>RICHARD, R. Por dentro das finanças internacionais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.</p><p>SANDRONI, P. Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo: Best Seller, 1999.</p><p>SILVA, S. S. da. Noções de gestão financeira. Maringá: Unicesumar, 2017.</p><p>1</p><p>8</p><p>9</p><p>1. Tipos de ações: existem dois tipos de ações - Ação Ordinária e Ação Preferencial. As ações</p><p>ordinárias são as que conferem a seu titular o direito de voto nas Assembleias de Acionistas.</p><p>As ações preferenciais são ações sem direito de voto. Estas, portanto, não conferem a seu</p><p>titular o direito de voto ou estão sujeitas a restrições no exercício desse direito. O número de</p><p>ações preferenciais das sociedades anônimas, conforme determinação da nova Lei 10.303</p><p>das Sociedades Anônimas – Lei das S/A, promulgada em 31/10/2001, não pode ultrapassar</p><p>a metade (50%) do capital social (total das ações por ela emitidas). Essa restrição se aplica</p><p>apenas às sociedades anônimas criadas a partir desta data.</p><p>2. Opção E. Os itens I, II e III estão corretos, pois se referem aos tipos de despesas incorridas</p><p>na negociação de ações.</p><p>3. Opção E. Os itens I, II, III, IV e V estão corretos, pois se referem aos principais tipos de ordem</p><p>de compra e venda no mercado à vista.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>R$ 41.373.07.</p><p>INFLAÇÃO</p><p>Viceconti e Neves (2005) definem a inflação como sendo uma alta persistente e</p><p>generalizada dos preços da economia, cujas principais consequências são:</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>• Perda do poder aquisitivo dos salários e outras rendas fixas.</p><p>• Desorganização do mercado de capitais e aumento da procura por ativos reais.</p><p>• Surgimento de déficits no balanço de pagamentos.</p><p>Segundo Samanez (2007), em contextos inflacionários, deve-se ficar atento para</p><p>a denominada ilusão monetária ou rendimento aparente das aplicações e investi-</p><p>mentos. Assim, torna-se necessário utilizar índices de preços a fim de deflacionar</p><p>ou inflacionar as séries de valores nominais.</p><p>Cálculo financeiro em contexto inflacionário</p><p>Considere a inflação medida pelo Índice Geral de Preços (IGP-DI), no período</p><p>2004-2008:</p><p>ANO %</p><p>2004 12,13</p><p>2005 1,23</p><p>2006 3,80</p><p>2007 7,90</p><p>2008 9,11</p><p>Quadro 18 – Índice Geral de Preços (IGP-DI) 2004-2008 / Fonte: FGV (2016, on-line).</p><p>Suponha ainda que um investidor aplicou nesse período R$ 10.000,00 na cader-</p><p>neta de poupança. Qual foi o montante obtido nessa aplicação, considerando</p><p>capitalização composta e taxa efetiva de 7,23% ao ano? Realize a atualização</p><p>monetária de R$ 10.000,00 pelo IGP-DI e indique se esse investidor teve ganho</p><p>ou perda real, indicando o valor líquido.</p><p>1</p><p>8</p><p>A tabela a seguir apresenta comandos da HP-12C para o cálculo da atuali-</p><p>zação monetária:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>10000 ENTER 10.000,00 Introduzindo o valor a ser atualizado.</p><p>12,13 % + 11.213,00 Valor corrigido para o ano 1.</p><p>1,23% + 11.350,92 Valor corrigido para o ano 2.</p><p>3,8% + 11.782,25 Valor corrigido para o ano 3.</p><p>7,9% + 12.713,05 Valor corrigido para o ano 4.</p><p>9,11% + 13.871,21 Valor corrigido para o ano 5.</p><p>Quadro 19 – Comandos da HP-12C para o cálculo da atualização monetária / Fonte: o autor.</p><p>A tabela a seguir apresenta o passo a passo do cálculo da capitalização composta</p><p>pela calculadora financeira HP-12C:</p><p>TECLAS VISOR OBSERVAÇÕES</p><p>f REG 0,00 Limpa os registradores.</p><p>10000 CHS PV - 10.000,00 Introduzindo o capital.</p><p>7,23 i 7,23 Introduzindo a taxa ao ano.</p><p>5n 5,00 Introduzindo o prazo.</p><p>FV 14.176,91 Montante ou valor futuro.</p><p>13.871,21 - 305,70 Capitalização menos atualização = ganho real.</p><p>Quadro 20 – Comandos da HP-12C para o cálculo da capitalização composta / Fonte: o autor.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Conclusão: Capitalização – Atualização = 14.176,91 – 13.871,21= ganho real</p><p>de R$ 305,70.</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>O profissional de gestão financeira supervisiona a saúde financeira de uma or-</p><p>ganização, sendo responsável por diversas atividades para ajudar a garantir que</p><p>ela possa se manter rentável. Entre suas atribuições, estão a de ajudar a gerar</p><p>relatórios financeiros, atividades de investimentos direto e se envolver em plane-</p><p>jamento financeiro da empresa, com objetivo de garantir que ela possa alcançar</p><p>suas metas financeiras de longo prazo.</p><p>Da mesma forma, ainda cabe ao gestor financeiro analisar dados e aconselhar</p><p>os atores organizacionais sobre oportunidades para maximizar os lucros.</p><p>Entre as atribuições de um gestor financeiro, podemos citar a de manter o</p><p>fluxo de caixa revisado; desenvolver a interpretação banco de dados financeiros;</p><p>gerenciar o orçamento empresarial, almejando maximização da receita, bem</p><p>como identificar possíveis oportunidades no mercado econômico/ financeiro;</p><p>promover aperfeiçoamento nos processos financeiros e orçamentário; criar estra-</p><p>tégias de gerenciamento de riscos financeiros e aconselhar a empresa em decisões</p><p>financeiras.</p><p>De forma a atender todas estas atribuições, torna-se fundamental ao gestor</p><p>financeiro dominar a calculadora financeira HP-12C; saber calcular e projetar</p><p>opções financeiras e ter domínio do valor do dinheiro no tempo e inflações.</p><p>Confira a aula referente a este tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo</p><p>digital do ambiente virtual de aprendizagem</p><p>EM FOCO</p><p>1</p><p>1</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1. O quão rentável um investimento pode ser vai depender da inflação ou deflação acumulada</p><p>no período. Tanto a inflação como a deflação são calculadas sobre juros compostos, ou seja,</p><p>juros sobre juros. O cálculo da inflação e da deflação são realizados por meio dos juros com-</p><p>postos, proporcionando o cálculo perdas e ou ganhos ao longo do tempo (GITMAN, 2010).</p><p>GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.</p><p>Disserte sobre o conceito de inflação e deflação.</p><p>2. A calculadora HP12c é a calculadora para cálculos financeiros. Um teste automático de</p><p>circuitos indica se todas as funções e os circuitos da calculadora HP12C estão em perfeito</p><p>funcionamento, que também é uma opção para quando se realiza a compra, buscando</p><p>saber se o aparelho funciona normalmente (GIMENES, 2010).</p><p>GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.</p><p>Na calculadora HP12C, quanto às teclas de prefixo, quais são as funções das teclas branca,</p><p>amarelo e azul, respectivamente:</p><p>a) Função primária; segunda função; terceira função.</p><p>b) Segunda função; terceira função; função primária.</p><p>c) Terceira função; função primária; segunda função.</p><p>d) Segunda função; função primária; terceira função.</p><p>e) Terceira função; segunda função; função primária.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>3. A inflação se refere a uma medida quantitativa que analisa a rapidez com que o preço dos</p><p>bens em uma economia está aumentando. Ela é provocada quando bens e serviços estão</p><p>em alta demanda, gerando, dessa forma, uma queda na disponibilidade.</p><p>Inflação é definida como sendo uma alta persistente e generalizada dos preços da economia.</p><p>Sobre as principais consequências da inflação, analise os itens a seguir:</p><p>I - Perda do poder aquisitivo dos salários e outras rendas fixas.</p><p>II - Desorganização do mercado de capitais e aumento da procura por ativos reais.</p><p>III - Surgimento de déficits no balanço de pagamentos.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARROS, D. M. Matemática Financeira. São Paulo: Rideel, 2014.</p><p>FGV. Fundação Getúlio Vargas. Índice Geral de Preços (IGP-DI). 2016. Disponível em: https://</p><p>portalibre.fgv.br/sites/default/files/2021-03/igp-di-novo-jun-16-resumido.pdf. Acesso em: 14</p><p>de set. 2023.</p><p>GIMENES, C. M. Matemática Financeira com HP 12C e EXCEL: uma abordagem descomplicada.</p><p>2. ed. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2009.</p><p>GITMAN, J. L. Princípios da Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010. v. 1.</p><p>SAMANEZ, C. P. Gestão de Investimentos e Geração de Valor São Paulo: Pearson Prentice Hall,</p><p>2007.</p><p>SOBRINHO, J.D.V. A capitalização dos juros e o conceito de anatocismo. PeríciaBR, 12 nov. 2020.</p><p>Disponível em: http://periciabr.com.br/a-capitaliacao-dos-juros-e-o-conceito-de-anatocis-</p><p>mo/#:~:text=Há%20muitos%20anos%20se%20discute,proibido%20contar%20juros%20dos%20</p><p>juros. Acesso em: 17 jul. 2023.</p><p>VANNUCCI, L. R. Matemática financeira e engenharia econômica princípios e aplicações. 2.</p><p>ed. São Paulo: Blucher, 2017.</p><p>VICECONTI, P. E. V.; NEVES, S. Introdução à economia São Paulo: Editora Frase, 2005.</p><p>1</p><p>4</p><p>1. A inflação é uma medida quantitativa da rapidez com que o preço dos bens em uma economia</p><p>está aumentando, podendo ser causada quando bens e serviços estão em alta demanda,</p><p>criando assim uma queda na disponibilidade.</p><p>A deflação ocorre quando há muitos bens disponíveis ou quando não há dinheiro suficiente</p><p>circulando para comprar esses bens e, como resultado, o preço dos bens e serviços cai.</p><p>2. Opção A. A maioria das teclas da HP12C realizam duas ou até três funções. As funções primá-</p><p>rias das teclas são marcadas pelos caracteres impressos em branco na sua face superior. A</p><p>funções secundárias das teclas são indicadas pelos caracteres impressos em letra dourada</p><p>acima da tecla e em letra azul na sua face inferior. Essas funções secundárias são ativadas</p><p>pressionando a tecla</p><p>de prefixo apropriada antes da tecla de função.</p><p>3. Opção E. Os itens I, II, e III estão corretas, visto que todos são consequências da inflação.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>5</p><p>MINHAS METAS</p><p>CUSTO DE OPORTUNIDADE,</p><p>INCERTEZA E RECEITAS E CUSTOS</p><p>Reconhecer e interpretar as principais receitas e custos das entidades empresariais.</p><p>Compreender os custos de oportunidades de capital e de mão de obra, analisando a</p><p>capacidade de recursos organizacionais.</p><p>Entender os riscos e incertezas envolvidos nos processos decisórios no contexto financeiro.</p><p>Estudar as receitas e custos das entidades empresariais, considerando os resultados de</p><p>investimento.</p><p>Analisar o Balanço Patrimonial e suas informações.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>O custo de oportunidade é um fator crucial que permeia as decisões diárias das</p><p>empresas em seus processos de escolha. Para ilustrar, considere uma empresa que</p><p>está diante da necessidade de investir em uma nova máquina. Diante das várias</p><p>opções disponíveis, como mecanismos de aquecimento elétrico, aquecimento</p><p>solar, aquecimento a gás e aquecimento por caldeira a lenha, a escolha de um</p><p>desses projetos implica no descarte das demais alternativas.</p><p>Os custos de oportunidade se referem aos benefícios potenciais que um in-</p><p>vestidor ou empresa perde ou deixa de ganhar ao optar por um investimento</p><p>ao invés de outro. Identificar potenciais oportunidades que foram perdidas por</p><p>um investidor ou mesmo organização, quando ele escolhe um investimento em</p><p>detrimento de outro, proporciona uma melhoria no processo decisório, à medida</p><p>que gera aprendizado.</p><p>O custo de oportunidade se refere ao valor que é renunciado ao tomar uma</p><p>decisão. Como exemplo, suponha que você tem R$ 5.000,00 e opta em comprar</p><p>ações de risco com este dinheiro. Nesse cenário, o seu custo de oportunidade é</p><p>abrir mão de uma renda fixa, que é conservadora e segura a longo prazo, em troca</p><p>da perspectiva de obter lucros mais elevados a curto prazo.</p><p>A análise de custos de oportunidade desempenha um papel fundamental na</p><p>tomada de decisão sobre a estrutura de capital de uma organização. É importante</p><p>comparar as opções de investimento que têm um risco semelhante.</p><p>Estudante, te convido a acessar o podcast e aprofundar seu conhecimento sobre</p><p>custo de oportunidade. Vamos lá?! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo</p><p>digital do ambiente virtual de aprendizagem</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Neste vídeo, aprenderemos conceitos e o surgimento do termo custo de</p><p>oportunidade, além de explorar alguns exemplos práticos. Recursos de mídia</p><p>disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>CUSTO DE OPORTUNIDADE</p><p>Segundo Padoveze (2016), quando se tem uma organização ou negócio, a to-</p><p>mada de decisão se torna uma coisa corriqueira, faz parte da rotina, das práticas</p><p>organizacionais do dia a dia dos gestores. Esta atividade de gestão implica uma</p><p>série de alternativas entre as quais ele tem que tomar decisões. Dessa forma, é</p><p>fundamental analisar as opções e identificar os ganhos e perdas que cada um</p><p>representa. No mundo dos negócios, isso é conhecido como custo de oportu-</p><p>nidade, e é um cálculo fundamental que envolve a avaliação de aspectos como</p><p>custos, produção e investimento (KARAN, 2023).</p><p>Segundo Krugman e Obstfeld (2005), o custo de oportunidade de produzir</p><p>alguma coisa, mede o custo de não ser capaz de produzir outra coisa porque</p><p>os recursos já foram utilizados. Em outras palavras, o custo de oportunidade é</p><p>representado pelo valor das oportunidades sacrificadas (não escolhidas).</p><p>O custo de oportunidade, segundo Karan (2023), refere-se a um dos conceitos</p><p>básicos da economia, sendo considerado uma medida, um indicador econômico</p><p>que apoia no processo de avaliar as consequências de qualquer escolha feita. Pode</p><p>ser aplicado em diversos campos, como:</p><p>■ gerenciando a economia global;</p><p>■ os negócios;</p><p>■ a vida diária.</p><p>De acordo com Padoveze (2016), o conceito de custo de oportunidade capacita</p><p>o gestor a tomar decisões mais informadas e a monitorar a eficiência da organi-</p><p>zação ao avaliar qual alternativa é mais vantajosa.</p><p>Ao tomar decisões, sempre há várias opções. No caso mais simples, trata-se</p><p>de realizar alguma atividade ou deixar tudo como está. Quando uma decisão é</p><p>tomada, outras opções são deixadas de lado, abandonadas. O valor dessa deci-</p><p>são é determinado pelo que teve que ser sacrificado ou rejeitado ao tomar uma</p><p>decisão (KARAN, 2023).</p><p>1</p><p>8</p><p>Segundo Karan (2023), o pesquisador Friedrich von Wieser, um sociólogo e</p><p>economista austríaco, cunhou pela primeira vez o termo alternativa ou custo de</p><p>oportunidade em sua Teoria da Economia Social, em 1914. Ele define o custo</p><p>de oportunidade como o que temos quando tomamos uma decisão econômica.</p><p>De acordo com sua teoria, segundo Padoveze (2016), o custo de oportunida-</p><p>de só faz sentido quando apenas uma ação ou alternativa de investimento pode</p><p>ser escolhida entre várias opções simultâneas ou consecutivas, obrigando-nos a</p><p>eliminar as opções restantes.</p><p>Tipos de custos de oportunidade</p><p>Segundo Karan (2023), existem dois tipos principais de custos de oportunidade:</p><p>• Custo de Oportunidade Explícito: o Custo de Oportunidade Explícito é o custo</p><p>monetário real de uma decisão, como o custo da mensalidade para frequentar</p><p>a faculdade ou de comprar um novo equipamento para uma empresa.</p><p>• Custo de Oportunidade Implícito: refere-se aos custos de oportunidade não</p><p>refletidos em termos monetários, como o valor do tempo ou recursos que</p><p>poderiam ter sido usados para uma finalidade alternativa. Por exemplo, o tempo</p><p>gasto frequentando a faculdade poderia ter sido usado para trabalhar e ganhar</p><p>dinheiro, ou os recursos investidos em um novo equipamento poderiam ter sido</p><p>usados para pesquisa e desenvolvimento.</p><p>Passos para calcular o custo de oportunidade</p><p>Segundo Karan (2023), existem alguns passos para calcular o custo de oportunida-</p><p>de, no qual é possível estimar o custo de oportunidade, seguindo estas diretrizes:</p><p>■ Identifique as opções: o que você quer? A resposta dessa pergunta é a pri-</p><p>meira coisa sobre a qual você deve ser claro. As alternativas que você tem</p><p>serão válidas, desde que você possa extrair um benefício econômico delas.</p><p>■ Determine o valor: atribua um valor a cada opção. Isso pode ser</p><p>em termos monetários, tempo ou qualquer outra unidade de medida</p><p>apropriada para a situação.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Suponha que você tem duas opções de investimento:</p><p>Opção 1: investir R$ 10.000,00 em um Fundo de Renda Fixa que oferece</p><p>uma taxa de retorno anual de 5%.</p><p>Opção 2: investir R$ 10.000,00 em ações de uma empresa que historicamente</p><p>tem oferecido um retorno médio anual de 10%.</p><p>Vamos calcular o custo de oportunidade para ambas as opções:</p><p>Opção 1 (Fundo de Renda Fixa):</p><p>■ Investimento inicial: R$ 10.000,00.</p><p>■ Taxa de retorno anual: 5%.</p><p>■ Retorno anual: R$ 10.000,00 * 5% = R$ 500,00.</p><p>Opção 2 (Ações):</p><p>■ Investimento inicial: R$ 10.000,00.</p><p>■ Taxa de retorno anual: 10%.</p><p>■ Retorno anual: R$ 10.000,00 * 10% = R$ 1.000,00.</p><p>Agora, vamos calcular o custo de oportunidade ao escolher o Fundo de Renda</p><p>Fixa em vez de investir em ações:</p><p>Custo de oportunidade ao escolher o Fundo de Renda Fixa:</p><p>■ Benefício econômico perdido (investir em ações) = R$ 1.000,00.</p><p>Em outras palavras, ao escolher o Fundo de Renda Fixa, em vez de investir em</p><p>ações, você está abrindo mão do benefício econômico equivalente ao retorno</p><p>que poderia ter obtido com o investimento em ações, que seria de R$ 1.000,00.</p><p>RISCO</p><p>Para Gitman (2010), no sentido mais básico, o risco pode ser definido como a proba-</p><p>bilidade de o retorno real ser menor do que o esperado, conforme a imagem a seguir.</p><p>Se você não mudar de direção, continuará indo para o mesmo lugar (Antigo pro-</p><p>vérbio chinês).</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>4</p><p>1</p><p>Na análise risco versus retorno, temos que o retorno é o ganho ou perda total</p><p>obtido sobre o investimento em um dado período (SAMANEZ,</p><p>2007). O retorno</p><p>de um investimento pode se dar de duas formas: um fluxo de caixa recebido em</p><p>um período, tal como lucro, dividendos ou juros e uma mudança no valor do inves-</p><p>timento em um período, a qual, quando positiva, é chamada de ganho de capital.</p><p>De acordo com a Febraban (2004), são possibilidades de risco:</p><p>■ Risco do empreendimento (da empresa).</p><p>■ Risco do negócio (da indústria ou do setor).</p><p>■ Risco-país (do governo de uma nação).</p><p>■ Risco de crédito (de inadimplência ou de default).</p><p>■ Risco de carteira (de um conjunto de ativos).</p><p>■ Risco de mercado (risco sistêmico).</p><p>■ Risco de liquidez (disponibilidade de capital).</p><p>Gitman e Madura (2006) argumentam que a chave de todas as decisões de avalia-</p><p>ção e de orçamento de capital (investimentos) está na análise de risco e retorno.</p><p>Criar valor, conquistar e dominar mercados requer atenção especial a duas forças</p><p>poderosas que moldam o panorama econômico e empresarial atualmente:</p><p>tecnologia e globalização (Philip Kotler).</p><p>Risco é a</p><p>possibilidade</p><p>de prejuízo</p><p>Retorno é o total</p><p>de ganhos ou</p><p>prejuízos dos</p><p>proprietários</p><p>Figura 1 – Dilema Risco versus retorno. / Fonte: o autor.</p><p>Segundo Damodaran</p><p>(2004), o risco pode ser</p><p>estatisticamente mensu-</p><p>rado, gerido, analisado</p><p>e reduzido com o uso</p><p>de técnicas adequadas</p><p>(qualitativas e quantita-</p><p>tivas). Todas as decisões</p><p>financeiras incorporam</p><p>algum grau de risco que</p><p>não pode ser eliminado.</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>INCERTEZA</p><p>Na tomada de decisões (investimentos, por exemplo), deve-se levar em conta as</p><p>expectativas, as informações incompletas, a dinâmica do mercado em constante</p><p>mudança e a incerteza. Em outras palavras, o futuro é incerto e o retorno real</p><p>pode variar.</p><p>Segundo Davidson (1994), Keynes (1936) foi um dos primeiros economistas</p><p>a analisar a importância da incerteza na dinâmica dos eventos econômicos. Para</p><p>ele, a incerteza é uma situação de “probabilidade” não mensurável (mundo não</p><p>ergódico), ou seja, a incerteza é subjetiva e não probabilística.</p><p>Em um mundo não ergódico, em que há incerteza, os contratos monetários</p><p>e a demanda por liquidez são fundamentais para as tomadas de decisão na pre-</p><p>sença de incerteza (DAVIDSON, 1994). Assim, quanto mais longa for a operação</p><p>empresarial, maiores são as fontes de riscos e incertezas.</p><p>RECEITAS E CUSTOS</p><p>Antes de abordarmos as receitas e custos das entidades empresariais, é impor-</p><p>tante esclarecer que o valor de uma empresa é o resultado dos investimentos</p><p>realizados em ativos tangíveis e intangíveis. Nessa perspectiva, a gestão financei-</p><p>ra contemporânea busca alcançar a maximização da riqueza dos proprietários</p><p>(acionistas), conforme imagem a seguir.</p><p>Administrador</p><p>�nanceiro</p><p>Alternativa</p><p>de decisão</p><p>�nanceira</p><p>Aumenta</p><p>o preço</p><p>da ação?</p><p>Sim Aceitar</p><p>Rejeitar</p><p>Retorno?</p><p>Risco?</p><p>Não</p><p>Figura 2 – Diagrama de Fluxo Decisório. / Fonte: adaptada de Gitman (2010).</p><p>4</p><p>1</p><p>Para maximizar a riqueza, os gestores financeiros precisam programar um pla-</p><p>nejamento financeiro que geralmente começa com planos financeiros em longo</p><p>prazo ou estratégicos, os quais, por sua vez, guiam a formulação de planos e</p><p>orçamentos em curto prazo ou operacionais, envolvendo as duas grandes áreas</p><p>das funções financeiras: tesouraria e controladoria.</p><p>No Brasil, de modo geral, as funções de tesouraria são exercidas pelos ge-</p><p>rentes financeiros (operacionais), enquanto o controller (que atua em nível</p><p>estratégico, de direção) é responsável pelas funções de controladoria, conforme</p><p>o quadro seguinte.</p><p>TESOURARIA CONTROLADORIA</p><p>Caixa</p><p>Cobrança</p><p>Risco</p><p>Câmbio</p><p>Planejamento Financeiro</p><p>Financiamento</p><p>Investimento</p><p>Hedge</p><p>RI</p><p>Bancos</p><p>Custos</p><p>Preços</p><p>Auditoria Interna</p><p>Contabilidade</p><p>Orçamento</p><p>Patrimônio</p><p>Planejamento Tributário</p><p>Relatórios Gerenciais</p><p>Política Salarial</p><p>Sistemas de Informação</p><p>Quadro 1 – Tesouraria e Controladoria / Fonte: o autor.</p><p>Fávero et al. (2009) afirmam que a contabilidade tem o patrimônio das empresas</p><p>como seu objeto de estudo e o seu objetivo é revelar como se encontra e quais</p><p>os fatores que proporcionaram mutações a esse patrimônio, fornecendo, assim,</p><p>informações úteis à tomada de decisões, tal como mostra o quadro anterior.</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO</p><p>Bens e Direitos</p><p>PASSIVO</p><p>Capital de Terceiros (obrigações)</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Próprio</p><p>Quadro 2 – Balanço Patrimonial / Fonte: adaptado de Fávero et al. (2009).</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS</p><p>ATIVO (aplicações)</p><p>Bens e Direitos</p><p>PASSIVO e PL (origens)</p><p>Capital de Terceiros</p><p>Capital Próprio</p><p>Quadro 3 – Origens e Aplicações de Recursos / Fonte: adaptado de Fávero et al. (2009).</p><p>O Balanço Patrimonial é o demonstrativo financeiro que evidencia a situação</p><p>patrimonial das entidades e representa o conjunto de bens, direitos e obrigações.</p><p>Com relação aos usuários das informações oriundas dos demonstrativos con-</p><p>tábeis, esses podem ser internos, como gerentes, diretores, encarregados e chefes;</p><p>ou externos, como governo, bancos, fornecedores e acionistas.</p><p>No que se refere às receitas das entidades, estas podem ser:</p><p>■ Receitas Operacionais: são as receitas decorrentes da venda de produ-</p><p>tos ou da prestação de serviços oriunda das operações que constituem o</p><p>objeto social da empresa.</p><p>■ Receitas Não Operacionais: são as receitas resultantes das atividades</p><p>acessórias das entidades, como as oriundas de aplicações no mercado</p><p>financeiro.</p><p>■ Receitas Líquidas: é o resultado das receitas brutas menos as vendas</p><p>canceladas, descontos concedidos e impostos incidentes sobre as vendas</p><p>de mercadorias e serviços.</p><p>■ Custo das Mercadorias ou Produtos Vendidos: trata-se do custo das</p><p>mercadorias ou produtos que foram comercializados pelas entidades em</p><p>determinado período de tempo.</p><p>A partir das receitas e despesas, temos a Demonstração de Resultado do Exercício</p><p>(DRE), que mostra em detalhes o resultado (lucro ou prejuízo) obtido por deter-</p><p>minada empresa em certo período, conforme exemplificado no quadro a seguir.</p><p>4</p><p>4</p><p>DRE R$</p><p>Receita Bruta de Vendas 350.000,00</p><p>Impostos (80.000,00)</p><p>Receita Líquida 270.000,00</p><p>CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) (65.000,00)</p><p>Lucro Bruto 205.000,00</p><p>Despesas Comerciais (25.000,00)</p><p>Despesas Administrativas (15.000,00)</p><p>Despesas Financeiras (10.000,00)</p><p>Depreciação e Amortização (5.000,00)</p><p>Lucro Operacional 150.000,00</p><p>Lucro antes de IR e CSLL 150.000,00</p><p>IR e CSLL (51.000,00)</p><p>Lucro Líquido 99.000,00</p><p>Quadro 4 – Exemplo de Demonstrativo de Resultado de Exercício (DRE) / Fonte: o autor.</p><p>Na gestão de custos, o foco é voltado para os resultados globais da empresa, visan-</p><p>do à melhoria de processos de fabricação, eliminação de desperdícios e redução</p><p>de custos de fabricação (ALLORA; OLIVEIRA, 2010).</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>No mundo globalizado, de concorrência acirrada, no qual pesam os custos,</p><p>se constituírem em atividade-meio, tais custos impõem às entidades a neces-</p><p>sidade de obter cada vez mais eficiência e eficácia na gestão. Segundo Allora e</p><p>Oliveira (2010), os custos são a base das informações utilizadas para a tomada</p><p>de decisões, tais como:</p><p>■ Orçamentos.</p><p>■ Investimentos.</p><p>■ Estudos de viabilidade econômico-financeira.</p><p>■ Planejamento.</p><p>■ Precificação.</p><p>Terminologia contábil em custos</p><p>A seguir, são demonstradas algumas terminologias utilizadas na contabilidade</p><p>de custos:</p><p>GASTO</p><p>Compra de um produto ou serviço qualquer que gera sacrifício financeiro (desembolso</p><p>de capital), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos</p><p>(geralmente dinheiro).</p><p>DESEMBOLSO</p><p>Pagamento resultante da aquisição do bem ou de benefícios. Pode ocorrer antes,</p><p>durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto, defasada ou não do mo-</p><p>mento do gasto.</p><p>INVESTIMENTO</p><p>Gasto privado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos.</p><p>4</p><p>1</p><p>CUSTO</p><p>Gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.</p><p>DESPESA</p><p>Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente na obtenção de receitas. A comis-</p><p>são do vendedor, por exemplo,</p><p>é um gasto que se torna imediatamente uma despesa.</p><p>PERDA</p><p>Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. Não se confunde com as</p><p>despesas e muito menos com o custo, exatamente por sua característica de anormali-</p><p>dade e involuntariedade. Exemplos: perdas com incêndios, obsoletismos de estoques</p><p>etc.</p><p>Custos diretos e indiretos, fixos e variáveis</p><p>Os custos com relação ao produto ou atividade principal de uma empresa podem</p><p>ser classificados em: direto, indireto fixos ou variáveis. A classificação de direto e</p><p>indireto é com relação ao produto feito ou serviço prestado, e não à produção no</p><p>sentido geral ou aos departamentos dentro da empresa. Quanto à rrecorrência,</p><p>os custos podem ser classificados em fixos ou variáveis.</p><p>■ Custos diretos: podem ser diretamente apropriados aos produtos, bas-</p><p>tando haver uma medida de consumo, como quilogramas de materiais</p><p>consumidos, embalagens utilizadas, horas de mão de obra utilizadas e até</p><p>quantidade de energia consumida. Exemplos: matéria-prima e embala-</p><p>gens, mão de obra envolvida diretamente com a produção etc.</p><p>■ Custos indiretos: não oferecem, por sua vez, condição de uma medida</p><p>objetiva, e qualquer tentativa de alocação tem que ser feita de maneira</p><p>estimada e muitas vezes arbitrária, como o aluguel, a supervisão, as che-</p><p>fias etc.</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>■ Custos fixos: são aqueles que independem de aumentos e diminuições no</p><p>volume elaborado de produtos em certo mês, como o aluguel da fábrica.</p><p>■ Custos variáveis: são aqueles em que o valor global de consumo dos ma-</p><p>teriais diretos por mês depende diretamente do volume de produção. Em</p><p>outras palavras, dentro de uma unidade de tempo (mês, por exemplo),</p><p>quanto maior a quantidade fabricada, maior seu consumo.</p><p>Na teoria microeconômica, o custo total é o somatório de custos fixos e custos</p><p>variáveis.</p><p>Confira a aula sobre esse tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digi-</p><p>tal do ambiente virtual de aprendizagem</p><p>EM FOCO</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Estudante, ao longo deste tema, abordamos a temática do custo de oportunidades,</p><p>bem como as incertezas, receitas e custos envolvidos. Analisamos a importância</p><p>de conhecer e compreender os custos de investimentos ou mesmo os custos de</p><p>não investir de forma a proporcionar uma melhoria no processo decisório, seja</p><p>de investidores ou de organizações.</p><p>As organizações trabalham com recursos limitados, sendo um dos desafios</p><p>para os futuros profissionais de finanças aprenderem a lidar com esse cenário</p><p>orçamentário das organizações.</p><p>A literatura apresenta diversas estratégias para análise de incertezas no mer-</p><p>cado financeiro organizacional, em que os gestores aprendem a analisar as di-</p><p>ferentes receitas e custos envolvidos. São inúmeras as estratégias e teorias eco-</p><p>nômicas que procuram criar harmonia a partir de um orçamento de negócios</p><p>enxutos. No entanto, à medida que o mercado apresenta diversas oportunidades</p><p>de investimento, de gastar ou economizar, são necessários métodos claros que</p><p>proporcionam aos gestores compararem, de forma igual, investimentos tão diver-</p><p>sos. Cabe aos gestores financeiros analisar qual melhor investimento, e apresentar</p><p>os prós e contras dos demais.</p><p>4</p><p>8</p><p>Os gestores financeiros, por meio</p><p>dos custos de oportunidade, conse-</p><p>guem analisar custos, investimentos e</p><p>receitas das organizações, proporcio-</p><p>nando a seleção de uma melhor opção</p><p>de investimento, em meio a diversas</p><p>opções no mercado financeiro. O custo</p><p>de oportunidade se torna uma maneira</p><p>de quantificar os benefícios e riscos de</p><p>cada opção, levando a uma tomada de</p><p>decisão mais lucrativa em geral.</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>9</p><p>1. Quando se tem uma organização ou negócio, a tomada de decisão se torna uma coisa</p><p>corriqueira, faz parte da rotina, das práticas organizacionais do dia a dia dos gestores. Esta</p><p>atividade de gestão implica uma série de alternativas, entre as quais ele tem que tomar</p><p>decisões. Desta forma, é fundamental analisar as opções e identificar os ganhos e perdas</p><p>que cada um representa. No mundo dos negócios, isso é conhecido como custo de opor-</p><p>tunidade, e é um cálculo fundamental que envolve a avaliação de aspectos como custos,</p><p>produção e investimento.</p><p>KARAN, R. Understanding Opportunity Cost: the value of choice. Shiksha Online, [s. l.], 12 apr.</p><p>2023. Disponível em: https://www.shiksha.com/online-courses/articles/opportunity-cost/.</p><p>Acesso em: 1 nov. 2023.</p><p>Disserte sobre o conceito de custo de oportunidade</p><p>2. Para maximizar a riqueza, os gestores financeiros precisam programar um planejamento</p><p>financeiro que geralmente começa com planos financeiros em longo prazo ou estratégi-</p><p>cos, os quais, por sua vez, guiam a formulação de planos e orçamentos em curto prazo ou</p><p>operacionais, envolvendo as duas grandes áreas das funções financeiras.</p><p>Sobre quais são as duas grandes áreas das funções financeiras? Assinale a alternativa correta:</p><p>a) Comercial e financeiro.</p><p>b) Contabilidade e vendas.</p><p>c) Suprimento e produção.</p><p>d) Tesouraria e controladoria.</p><p>e) Jurídico e contas a pagar.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>5</p><p>1</p><p>3. Custo é todo e qualquer gasto ou saída de caixa que uma empresa tem, e que esteja dire-</p><p>tamente relacionado à produção dos produtos ou serviços. O custo é o gasto econômico</p><p>que representa a fabricação de um produto ou a prestação de um serviço. Ao estabelecer o</p><p>custo de produção, é possível determinar o preço de venda ao público do bem em questão</p><p>(o preço ao público é a soma do custo mais o lucro).</p><p>Analise os itens sobre custos com relação ao produto ou atividade principal de uma empresa:</p><p>I - Custos diretos.</p><p>II - Custos indiretos.</p><p>III - Custo fixo.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>5</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALLORA, V.; OLIVEIRA, S. E. Gestão de custos: metodologia para a melhoria da performance</p><p>empresarial. Curitiba: Juruá, 2010.</p><p>DAMODARAN, A. Finanças corporativas: teoria e prática 2. ed. São Paulo: Bookman, 2004.</p><p>DAVIDSON, P. Post keynesian macroeconomic theory. Aldershot: Edward Elgar, 1994.</p><p>FÁVERO, L. P. et al. Análise de dados: modelagem multivariada para tomada de decisões. 1. ed.</p><p>Rio de Janeiro: Campos Elsevier, 2009.</p><p>FEBRABAN. Programa autoinstrutivo preparatório ao exame de certificação profissional</p><p>ANBID São Paulo: Fator Humano, Educação e Desenvolvimento, 2004.</p><p>GITMAN, L.; MADURA, J. Administração financeira: uma abordagem gerencial. São Paulo:</p><p>Pearson Addison Wesley, 2006.</p><p>GITMAN, J. L. Princípios da Administração Financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010. v. 1.</p><p>IUDÍCIBUS, S. de. Contabilidade gerencial 4. ed. São Paulo: Atlas, 1993.</p><p>JOHNSON, H. T.; KAPLAN, R. S. Contabilidade gerencial: a restauração da relevância da conta-</p><p>bilidade nas empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1993.</p><p>KARAN, R. Understanding Opportunity Cost: The Value of Choice. Shiksha Online, 12 abr. 2023.</p><p>Disponível em: https://www.shiksha.com/online-courses/articles/opportunity-cost/. Acesso</p><p>em 18 jul. 2023.</p><p>KEYNES, J. M. A. Teoria geral do emprego, do juro e da Moeda São Paulo: Nova Cultural, 1936.</p><p>KOTLER, P. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. São Paulo:</p><p>Futura, 1999.</p><p>KRUGMAN, P. R.; OBSTFELD, M. Economia Internacional: teoria e política. 6. ed. São Paulo:</p><p>Pearson Addison Wesley, 2005.</p><p>MARTINS, E. Contabilidade de custos 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.</p><p>PADOVEZE, C. L. Manual de contabilidade básica: contabilidade introdutória e intermediária. 10.</p><p>ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2016.</p><p>SAMANEZ, C. P. Gestão de Investimentos e Geração de Valor São Paulo: Pearson Prentice Hall,</p><p>2007.</p><p>5</p><p>1</p><p>1. O custo de oportunidade de produzir alguma coisa mede o custo de não ser capaz de</p><p>produzir outra coisa porque os recursos já foram utilizados. Em outras palavras, o custo de</p><p>oportunidade é representado pelo valor das oportunidades sacrificadas (não escolhidas).</p><p>2. Opção D está correta por apresentar as duas funções financeiras. No Brasil, de modo geral,</p><p>as funções de tesouraria</p><p>são exercidas pelos gerentes financeiros (operacionais), enquanto</p><p>o controller (que atua em nível estratégico, de direção) é responsável pelas funções de</p><p>controladoria, conforme o quadro seguinte. As demais alternativas estão erradas por não</p><p>apresentar funções financeiras, elas apresentam funções de outras áreas como comercial,</p><p>gestão de pessoas, produção e jurídico.</p><p>3. Opção C. Os itens I e II estão corretos por se tratar de custos com relação ao produto ou</p><p>atividade principal de uma empresa. O item III está errado por se tratar de classificação de</p><p>custos relacionado a recorrência de custos.</p><p>GABARITO</p><p>5</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>PONTO DE EQUILÍBRIO</p><p>E ALAVANCAGEM</p><p>Entender o significado dos pontos de equilíbrio operacional e econômico para o planeja-</p><p>mento das entidades.</p><p>Compreender a análise do ponto de equilíbrio para o processo de tomada de decisão</p><p>organizacional.</p><p>Apresentar as alavancagens operacional e financeira, bem como suas relações com os</p><p>riscos do negócio e financeiro.</p><p>Analisar os riscos do negócio relacionados à alavancagem operacional e financeira.</p><p>Calcular o grau de alavancagem, bem como a análise financeira empresarial.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3</p><p>5</p><p>4</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Em uma situação hipotética, qual seria o ponto de equilíbrio para produzir um</p><p>produto, que apresenta um custo de 10 reais, e é vendido a 15 reais, considerando</p><p>um imposto total de 12% e custos fixos de R$ 15.0000,00? O ponto de equilíbrio</p><p>é uma ferramenta fundamental para identificar quanto a empresa precisa vender</p><p>antes de começar a ter lucros, sendo ainda uma ferramenta indispensável para</p><p>que se conheça o ponto de alavancagem.</p><p>O ponto de equilíbrio, ou quantidade de equilíbrio, é o nível de vendas no</p><p>qual as receitas totais são exatamente iguais aos custos operacionais totais. Os</p><p>custos operacionais são divididos em três categorias: fixos, variáveis e semiva-</p><p>riáveis. Já a alavancagem apresenta dois tipos: a alavancagem operacional e a</p><p>alavancagem financeira, que são duas métricas diferentes, usadas para determinar</p><p>a saúde financeira de uma empresa.</p><p>O ponto de equilíbrio pode ser utilizado em uma extensa diversidade de</p><p>contextos. Para um empresário, por exemplo, o ponto equilíbrio apresenta quanto</p><p>dinheiro ele precisaria gerar em uma venda para compensar exatamente o preço</p><p>líquido de compra, incluindo custos de fechamento, impostos, taxas, seguros e</p><p>juros pagos, bem como custos relacionados à manutenção e melhorias. Para um</p><p>comerciante, o ponto de equilíbrio também é utilizado por exemplo em negocia-</p><p>ções, descobrindo qual preço e quantos produtos devem ser vendidos para cobrir</p><p>exatamente todos os custos associados a uma negociação, incluindo impostos,</p><p>comissões, taxas de gerenciamento e assim por diante. O ponto de equilíbrio de</p><p>uma empresa também é calculado tomando custos fixos e dividindo esse valor</p><p>pela porcentagem da margem de lucro bruto. Como podem observar, o ponto</p><p>de equilíbrio é ferramenta fundamental no meio empresarial, evitando prejuízos</p><p>para as organizações, bem como maximizando seu investimento.</p><p>O ponto de equilíbrio é um nível necessário de produção para que a receita</p><p>de uma empresa seja igual aos seus custos totais. Em outras palavras, é o ponto</p><p>de inflexão em que uma empresa começa a gerar lucro.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL OU CONTÁBIL</p><p>Inicialmente, convém esclarecer que o impacto dos custos operacionais fixos e</p><p>variáveis sobre o ponto de equilíbrio da empresa e sua alavancagem operacional</p><p>afetam significativamente o risco e o retorno da entidade.</p><p>Segundo Samanez (2007), o ponto de equilíbrio operacional pode ser definido como</p><p>o nível de vendas em que o Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda (LAJIR) se</p><p>iguala a zero. Apresentamos a seguir a fórmula para calcular o Ponto de Equilíbrio</p><p>Operacional (PE).</p><p>PE CF DEP</p><p>P Cv</p><p>CFT</p><p>P Cv</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>� � �</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>Em que:</p><p>PE = ponto de equilíbrio operacional ou contábil.</p><p>CF = custo fixo (sem a depreciação).</p><p>Dep = depreciação.</p><p>Estudante, acesse o podcast e aprofunde seu conhecimento sobre alavancagens.</p><p>Vamos lá?! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital no ambiente vir-</p><p>tual de aprendizagem</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Estudante, neste vídeo aprenda conceitos de alavancagem e como analisar os</p><p>riscos e benefícios envolvidos no seu uso. Recursos de mídia disponíveis no</p><p>conteúdo digital no ambiente virtual de aprendizagem</p><p>5</p><p>1</p><p>P = preço unitário.</p><p>Cv = custo variável unitário.</p><p>P – Cv = margem de contribuição.</p><p>CFT = custo fixo total (com a depreciação).</p><p>É importante esclarecer que a expressão do ponto de equilíbrio operacional ou</p><p>contábil não inclui custos de oportunidade econômicos. Assim, como demons-</p><p>trado na Figura 1, à medida que o volume das operações desloca-se para cima do</p><p>ponto de equilíbrio, surgem lucros crescentes, ao passo que, abaixo desse ponto,</p><p>ocorrem prejuízos cada vez maiores.</p><p>Receita Total</p><p>R$</p><p>Custo</p><p>Total</p><p>Custo</p><p>Variável</p><p>Custos</p><p>Fixos</p><p>Quantidade</p><p>Pe R$</p><p>Pe Qtde.</p><p>Prejuízo</p><p>lucro</p><p>Figura 1 – Representação gráfica do ponto de equilíbrio operacional / Fonte: adaptada de Assaf Neto (2012).</p><p>Existem quatro tipos de empresas: aquelas que fazem as coisas acontecerem;</p><p>aquelas que acham que fazem as coisas acontecerem; aquelas que observam as</p><p>coisas acontecerem; aquelas que se surpreendem quando as coisas acontecem.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO</p><p>Segundo Samanez (2007), quando a entidade opera acima do ponto de equilíbrio</p><p>contábil, não significa necessariamente que essa entidade satisfaça as expectativas</p><p>dos acionistas em relação ao custo de oportunidade dos recursos aplicados. Isso</p><p>ocorre, porque, no ponto de equilíbrio contábil, as vendas cobram apenas os</p><p>custos e as despesas fixas e variáveis (incluída a depreciação), mas não incluem</p><p>o custo de oportunidade do capital investido.</p><p>O ponto de equilíbrio, de acordo com Samanez (2007), acontece quando as</p><p>organizações conseguem igualar os seus gastos com a sua receita, ou seja, a orga-</p><p>nização faturou um determinado valor, e este valor será igual ao total dos gastos.</p><p>Para Samanez (2007), quando isso ocorre, podemos afirmar que a nossa organiza-</p><p>ção atingiu o ponto de equilíbrio, mais ou menos como uma balança: os gastos se</p><p>equilibraram com a receita de vendas e, por consequência, o resultado será zero.</p><p>No ponto de equilíbrio contábil, as vendas cobram apenas os custos e as despesas</p><p>fixas e variáveis (incluída a depreciação), mas não incluem o custo de oportuni-</p><p>dade do capital investido. Assim, a fim de refletir esse custo, faz-se necessário que</p><p>a fórmula do ponto de equilíbrio contábil seja ajustada, conforme segue:</p><p>PEE CF CAE</p><p>P Cv</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>Em que:</p><p>PEE = ponto de equilíbrio econômico.</p><p>CF = custo fixo (menos depreciação).</p><p>CAE = custo anual equivalente (custo de oportunidade)</p><p>P = preço unitário.</p><p>Cv = custo variável unitário.</p><p>P – Cv = margem de contribuição.</p><p>Exemplificação: um gerente de negócios educacionais deve decidir entre</p><p>comprar um veículo ou continuar usando táxi para se locomover durante seu</p><p>expediente de trabalho. Dados:</p><p>• Ponto de equilíbrio contábil = 60 km/dia.</p><p>• Custo fixo (CF) = R$ 30,00/dia.</p><p>• Custo anual equivalente (CAE) (custo de oportunidade) = R$ 20,00/dia.</p><p>• Preço do táxi por km rodado (P) = R$ 2,00/km.</p><p>• Custo variável unitário (Cv) = R$ 1,50/km.</p><p>5</p><p>8</p><p>Determinar o ponto de equilíbrio econômico e definir se o gerente de negócios</p><p>deve comprar ou não o veículo para transporte.</p><p>Encontrando o ponto de equilíbrio econômico em km/dia.</p><p>PEE CF CAE</p><p>P Cv</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>� �</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>� �</p><p>�30 00 20 00</p><p>2 00 1 50</p><p>50 00</p><p>0 50</p><p>, ,</p><p>, ,</p><p>,</p><p>,��</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>� � 100km dia/</p><p>Análise: se o gerente de negócios educacionais levar em conta apenas o ponto de</p><p>equilíbrio contábil, rodando menos de 60 km/dia, a melhor opção seria continuar</p><p>usando táxi. Acima desse ponto, seria melhor comprar o veículo. No entanto,</p><p>ao</p><p>considerar o custo de oportunidade, ou seja, o ponto de equilíbrio econômico,</p><p>ao rodar até 100 km por dia, compensa utilizar o serviço de táxi e, acima desse</p><p>ponto, compensaria adquirir o veículo.</p><p>Diante do exposto, em linhas gerais, de acordo com Assaf Neto (2012), su-</p><p>pondo que uma empresa hipotética tenha ponto de equilíbrio contábil de R$</p><p>205 milhões e ponto de equilíbrio econômico de R$ 245 milhões, concluímos</p><p>que, entre R$ 205 e 245 milhões, essa empresa gera lucro contábil, mas não lucro</p><p>econômico. Nesse intervalo, não há agregação de valor; o lucro contábil não é</p><p>suficiente para cobrir o custo de oportunidade do valor investido. Assim, apenas</p><p>acima de R$ 245 milhões a empresa criará valor.</p><p>COMO USAR UMA ANÁLISE DE EQUILÍBRIO</p><p>Uma análise proporciona que a organização determine seu ponto de equilíbrio,</p><p>porém esse não é o fim dos seus cálculos. Depois de analisar os números, a or-</p><p>ganização pode descobrir que tem que vender muito mais produtos do que per-</p><p>cebeu para quebrar o ponto de equilíbrio.</p><p>Nesse ponto, você precisa se perguntar se o seu plano atual é realista, ou se</p><p>você precisa aumentar os preços, encontrar uma maneira de cortar custos ou</p><p>ambos. Você também deve considerar se seus produtos serão bem-sucedidos</p><p>no mercado. Só porque a análise de equilíbrio determina o número de produtos</p><p>que você precisa vender, não há garantia de que eles venderão.</p><p>Idealmente, você deve realizar essa análise financeira antes de iniciar um ne-</p><p>gócio para ter uma boa ideia do risco envolvido. Em outras palavras, você deve</p><p>descobrir se o negócio vale a pena. As empresas existentes devem realizar essa</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>análise antes de lançar um novo produto ou serviço para determinar se o lucro</p><p>potencial vale ou não os custos de inicialização.</p><p>Exemplos de análise de equilíbrio</p><p>Uma análise de equilíbrio não é útil apenas para o planejamento de inicialização.</p><p>Aqui, estão algumas maneiras pelas quais as empresas podem usá-lo em suas</p><p>operações e planejamento diários.</p><p>PREÇOS</p><p>Se sua análise mostrar que seu preço atual é muito baixo para permitir que você entre</p><p>no período de tempo desejado, então você pode querer aumentar o custo do item.</p><p>No entanto, certifique-se de verificar o custo de itens comparáveis, para que você não</p><p>esteja se fixando no mercado.</p><p>MATERIAIS</p><p>O custo dos materiais e da mão de obra é insustentável? Pesquise como você pode</p><p>manter o nível de qualidade desejado enquanto reduz seus custos.</p><p>NOVOS PRODUTOS</p><p>Antes de lançar um novo produto, leve em conta os novos custos variáveis, bem como</p><p>os fixos, como taxas de design e promoção.</p><p>PLANEJAMENTO</p><p>Quando você sabe exatamente o quanto precisa fazer, é mais fácil definir metas de</p><p>longo prazo. Por exemplo, se você quiser expandir seus negócios e se mudar para um</p><p>espaço maior com aluguel mais alto, poderá determinar quanto mais precisa vender</p><p>para cobrir novos custos fixos.</p><p>OBJETIVOS</p><p>Se você sabe quantas unidades precisa vender ou quanto dinheiro precisa ganhar</p><p>para quebrar o ponto de equilíbrio, isso pode servir como uma poderosa ferramenta</p><p>motivacional para você e sua equipe.</p><p>1</p><p>1</p><p>Benefícios de uma análise do ponto de equilíbrio</p><p>Uma análise de equilíbrio pode apresentar alguns benefícios, incluindo:</p><p>■ Encontrando despesas perdidas. Uma análise de equilíbrio pode ajudar</p><p>a descobrir despesas que, de outra forma, você poderia não ter visto. Seus</p><p>compromissos financeiros serão determinados no final de uma análise de</p><p>equilíbrio, para que não haja surpresas no futuro.</p><p>■ Limitando decisões baseadas em emoções. Tomar decisões de ne-</p><p>gócios com base em emoções raramente é uma boa ideia, mas pode ser</p><p>difícil de evitar. Uma análise de equilíbrio deixa você com fatos concre-</p><p>tos, que é um ponto de vista melhor a partir do qual tomar decisões de</p><p>negócios.</p><p>■ Estabelecendo metas. Você saberá exatamente quais tipos de metas pre-</p><p>cisam ser cumpridas para obter lucro após uma análise de equilíbrio. Isso</p><p>lhe ajuda a definir metas e trabalhar para elas.</p><p>■ Garantindo o financiamento. Muitas vezes, você precisará usar uma</p><p>análise de equilíbrio para garantir o financiamento e mostrar aos inves-</p><p>tidores o plano para o seu negócio.</p><p>■ Preços apropriados. Uma análise de equilíbrio mostrará como precificar</p><p>adequadamente seus produtos do ponto de vista comercial.</p><p>ALAVANCAGEM</p><p>A alavancagem se refere à capacidade de uma organização de empregar novos</p><p>ativos ou fundos para criar melhores retornos ou reduzir custos. É por isso que</p><p>a alavancagem é tão importante para todas as organizações.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Existem dois tipos principais de alavancagem: a alavancagem operacional e</p><p>a alavancagem financeira:</p><p>· Alavancagem operacional: a alavancagem operacional pode ser definida como a</p><p>capacidade de uma empresa de usar custos fixos (ou despesas) para gerar melhores</p><p>retornos para a empresa (GITMAN; MADURA, 2006).</p><p>· Alavancagem financeira: a alavancagem financeira pode ser definida como a</p><p>capacidade de uma empresa de aumentar melhores retornos e reduzir o custo da</p><p>empresa pagando menos impostos (GITMAN; MADURA, 2006).</p><p>Por um lado, a alavancagem operacional compara o quão bem uma empresa usa</p><p>seus custos fixos e alavancagem financeira; por outro lado, analisa várias estru-</p><p>turas de capital e escolhe a que mais reduz os impostos.</p><p>BASE ALAVANCAGEM OPERACIONAL ALAVANCAGEM FINANCEIRA</p><p>1. Significado</p><p>A alavancagem operacional</p><p>pode ser definida como a</p><p>capacidade de uma empresa</p><p>de usar custos fixos para gerar</p><p>mais retornos.</p><p>A alavancagem financeira</p><p>pode ser definida como a</p><p>capacidade de uma empre-</p><p>sa de usar a estrutura de</p><p>capital para obter melhores</p><p>retornos e reduzir impostos.</p><p>2. Do que se trata?</p><p>É sobre os custos fixos da</p><p>empresa</p><p>.</p><p>É sobre a estrutura de capi-</p><p>tal da empresa.</p><p>3. Medição</p><p>A alavancagem operacional</p><p>mede o risco operacional de</p><p>um negócio.</p><p>A alavancagem financeira</p><p>mede o risco financeiro de</p><p>um negócio.</p><p>4. Cálculo</p><p>A alavancagem operacional</p><p>pode ser calculada quando</p><p>dividimos a contribuição pelo</p><p>EBIT da empresa.</p><p>A alavancagem financeira</p><p>pode ser calculada quando</p><p>dividimos o EBIT pelo EBT</p><p>da empresa.</p><p>1</p><p>1</p><p>5. Impacto</p><p>Quando o grau de alavan-</p><p>cagem operacional é maior,</p><p>isso representa mais risco</p><p>operacional para a empresa e</p><p>vice-versa.</p><p>Quando o grau de alavan-</p><p>cagem financeira</p><p>é maior, retrata mais risco</p><p>financeiro para a empresa e</p><p>vice-versa.</p><p>6. A relação</p><p>O grau de alavancagem ope-</p><p>racional é geralmente maior</p><p>do que Ponto de Quebra.</p><p>A alavancagem financeira</p><p>tem uma relação direta</p><p>com o lado do passivo do</p><p>balanço.</p><p>7. Quanto é</p><p>preferido?</p><p>A preferência é menor. A preferência é muito maior.</p><p>Quadro 1 – Base para Comparação entre Alavancagem Financeira versus Alavancagem Operacional</p><p>Fonte: adaptado de Mukhopadhyay e Vaidya (2023).</p><p>O EBIT vem da sigla em inglês Earnings Before Interest and Taxes. Em tradução</p><p>livre, quer dizer “lucro antes dos juros e tributos”. Por comodidade, o termo em</p><p>inglês é mais utilizado do que um provável termo em português (LAJIR).</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>ALAVANCAGEM OPERACIONAL: RISCO DO NEGÓCIO</p><p>Geralmente, aumentos de alavancagem resultam em elevações de retorno e risco,</p><p>ao passo que diminuições de alavancagem provocam reduções de retorno e risco</p><p>(GITMAN, 2010). O grau de alavancagem na estrutura de capital (próprio e de</p><p>terceiros) da entidade pode afetar significativamente seu valor.</p><p>Os três tipos de alavancagem que podem afetar o valor das entidades são:</p><p>■ alavancagem operacional;</p><p>■ alavancagem financeira;</p><p>■ alavancagem total ou combinada.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Segundo Samanez (2007), quanto mais distante a entidade estiver do seu ponto</p><p>de equilíbrio, menor será seu grau de alavancagem operacional, pois menor será</p><p>o impacto percentual sobre seu lucro do acréscimo (ou redução) determinado</p><p>pela alteração no seu volume de atividade.</p><p>Na concepção de Assaf Neto (2012), existe uma estreita relação entre o grau</p><p>de alavancagem operacional e o risco</p>

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