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<p>Biodiversidade</p><p>para Gestão</p><p>Ambiental</p><p>Edição de unidade 2</p><p>Ano 2024</p><p>Presidente da República</p><p>LuizInácioLuladaSilva</p><p>Disciplina: Biodiversidade para Gestão Ambiental</p><p>Edição do Reuni Digital</p><p>Copyright © 2024 Universidade Federal do Amazonas</p><p>Centro de Educação a Distância-CED</p><p>Editor</p><p>(Nome)</p><p>Autora</p><p>Suzy Cris�na Pedroza da Silva</p><p>Revisora de área</p><p>Selma Maria Silvado Nascimento</p><p>Revisão de linguagem EaD e Norma�zação</p><p>Eduardo de Castro Gomes</p><p>Projeto Gráfico</p><p>Yuri Eduardo Barros Cardoso</p><p>Esta obra foi publicada como apoio do: Ministério da Educação</p><p>Endereço para Correspondência: Av.Gen. Rodrigo Octávio,</p><p>n. 3000 - Coroado I, Campus Universitário, Setor Sul,</p><p>Bloco N Manaus-AM, CEP: 69077-000</p><p>Universidade Federal do Amazonas</p><p>Pró-Reitoria de Ensino de Graduação.</p><p>Centro de Educação a Distância.</p><p>E-book, para material didá�co do</p><p>ensino da Graduação do Curso de Tecnologia</p><p>em Gestão Ambiental, 2024.</p><p>17p.; 21cm X 29.7cm.</p><p>ISSN XXXX-XXX-XXXX</p><p>1.Educaçãoa Distância, material didá�co.</p><p>2.E-book,Disciplina:Biodiversidade para</p><p>Gestão Ambiental</p><p>CDUXXXX-XXXX</p><p>Sumário</p><p>Introdução - apresentação do material...........1</p><p>2.1. Introdução..............................................6</p><p>2.2 Importância da biodiversidade como patri-</p><p>mônios naturais do Brasil..............................6</p><p>2.3. Biomas brasileiros................................10</p><p>2.3.1 Amazônia................................................10</p><p>2.3.2 Mata Atlân�ca........................................13</p><p>2.3.3 Cerrado...................................................13</p><p>2.3.4 Pantanal.................................................15</p><p>2.3.5 Caa�nga..................................................15</p><p>2.3.6 Pampa....................................................16</p><p>2.4 Biodiversidade marinha e costeira..........19</p><p>2.4.1 Exploração da biodiversidade marinha e</p><p>costeira do Brasil..............................................19</p><p>2.4.2 Importância da conservação desses ecos-</p><p>sistemas para a manutenção da biodiversidade</p><p>e para as comunidades costeiras.....................20</p><p>2.5 A�vidades com resposta comentada.......22</p><p>2.6 Exemplos prá�cos...................................23</p><p>2.7 Leituras e links complementares..............25</p><p>2.8 Dicas dos conceitos da unidade................27</p><p>2.9 Chamada para a próxima unidade............27</p><p>Referências...................................................28</p><p>Sobre a autora..............................................30</p><p>Introdução</p><p>Este e-book foi organizado em oito unidades. Nele, você aprenderá os conceitos gerais</p><p>de biodiversidade e a importância para os ecossistemas brasileiros. Vamos descobrir como</p><p>medir essa diversidade usando descritores, que são ferramentas que nos ajudam a entender</p><p>como os ecossistemas são complexos.</p><p>Também vamos nos concentrar nas interações entre as diferentes espécies e como isso</p><p>afeta a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas brasileiros. Entenderemos os padrões</p><p>de distribuição das espécies e como elas exploram os diferentes serviços que os</p><p>ecossistemas nos oferecem. Vamos analisar como as espécies se relacionam entre si e como</p><p>isso influencia o equilíbrio dos ecossistemas.</p><p>Por fim, abordaremos os efeitos da degradação dos habitats e discutiremos as bases</p><p>éticas para a conservação da biodiversidade brasileira. Vamos aprofundar nossa</p><p>compreensão sobre as consequências da degradação ambiental e refletir sobre a</p><p>importância da diversidade biológica, n o contexto amazônico.</p><p>Ao longo do e-book, você encontrará informações, exemplos e atividades práticas para</p><p>facilitar seu aprendizado. Lembre-se de sempre fazer perguntas e buscar mais informações,</p><p>junto a tutoria, se algo não estiver claro. Vamos juntos explorar esses temas importantes e</p><p>descobrir como a biodiversidade é fundamental para o nosso planeta!</p><p>Como o assunto é complexo, é recomendado que você tenha uma postura mais</p><p>autônoma em seus estudos, a fim de superar certas dificuldades. É recomendado que você</p><p>busque materiais de estudo complementares, como livros, artigos científicos e</p><p>documentários, para ampliar seu conhecimento sobre os temas.</p><p>Além disso, não deixe de participar das discussões e debates com colegas e</p><p>professores pode auxiliar na compreensão e assimilação dos conteúdos nos fóruns. A prática</p><p>de pesquisas individuais e a organização de informações em forma de resumos ou esquemas</p><p>(mapas mentais) também é muito útil na assimilação dos conceitos vistos.</p><p>Com dedicação e persistência você pode se aprofundar nesses temas desafiadores e</p><p>alcançar um melhor entendimento sobre a importância da biodiversidade e a conservação</p><p>dos ecossistemas.</p><p>1</p><p>Ementa</p><p>A disciplina Biodiversidade para Gestão Ambiental tem carga horária de 60h e sua</p><p>ementa consta de: definições, componentes e conceitos de biodiversidade. Descritores e</p><p>medidas de diversidade. Interações entre espécies. Padrões de distribuição e abundância em</p><p>gradientes ambientais. Biodiversidade e indicadores de qualidade ambiental. Serviços</p><p>ecológicos da biodiversidade e os impactos decorrentes da sua redução. Conversão e</p><p>degradação de habitats, Biodiversidade Brasileira. Considerações éticas, políticas e</p><p>econômicas na tomada de decisão em conservação da biodiversidade.</p><p>Objetivo</p><p>Esta disciplina tem como objetivo a compreensão dos efeitos das atividades humanas</p><p>à biodiversidade e verificar quais estratégias teórico-práticas poderiam ser aplicadas para a</p><p>sua conservação.</p><p>Resumo das unidades</p><p>Na Unidade 1, você irá explorar as bases fundamentais da biodiversidade, examinando</p><p>sua importância para os ecossistemas. Investigará os diversos componentes que compõem a</p><p>biodiversidade, desde a diversidade genética até a variedade de espécies e ecossistemas.</p><p>Algo importante a ser visto é como as ameaças que a biodiversidade enfrenta, incluindo os</p><p>impactos das mudanças climáticas, o aquecimento global, a poluição ambiental e os efeitos</p><p>prejudiciais das situações de guerra, podem ter repercussões devastadoras na diversidade</p><p>biológica.</p><p>A Unidade 2 adentra na riqueza da biodiversidade brasileira, reconhecida como um</p><p>dos mais preciosos patrimônios naturais do país. Você irá explorar os diversos biomas que</p><p>compõem o Brasil, destacando a singularidade e a importância de cada um. Além disso, terá</p><p>a oportunidade de investigar a biodiversidade marinha e costeira do Brasil, revelando a</p><p>incrível variedade de vida que habita nossas águas.</p><p>Na Unidade 3, você aprofundará seus conhecimentos quanto aos descritores e</p><p>medidas de diversidade que nos permitem compreender melhor as complexidades das</p><p>comunidades biológicas. Conhecerá a distribuição das comunidades em diferentes habitats e</p><p>ecossistemas, investigando os métodos de mensuração da biodiversidade e os padrões de</p><p>abundância entre as espécies. Analisará as curvas de abundância ranqueada e os índices de</p><p>2</p><p>diversidade, que nos ajudam a quantificar e comparar a riqueza biológica em diferentes</p><p>contextos. Você também poderá examinar as limitações e a interpretação da riqueza de</p><p>espécies, considerando a influência dos recursos disponíveis, da diversidade de habitat, das</p><p>espécies-chave e das perturbações ambientais.</p><p>Na Unidade 4, você terá acesso aos padrões de distribuição e abundância em</p><p>gradientes ambientais, explorando como as comunidades biológicas se organizam e</p><p>respondem a diferentes condições ambientais, observando como as espécies se distribuem</p><p>em resposta a variáveis como temperatura, altitude, umidade e outras características do</p><p>ambiente. Além disso, examinará os padrões de abundância, analisando como a quantidade</p><p>de indivíduos de cada espécie varia ao longo desses gradientes. Também você verá os</p><p>processos de colonização e extinção que moldam esses padrões, compreendendo como as</p><p>interações entre espécies e o ambiente influenciam a dinâmica das comunidades ao longo</p><p>do tempo.</p><p>A Unidade 5 apresenta a você os diversos tipos de conversão de habitats e os impactos</p><p>que essas transformações exercem sobre a biodiversidade. Você irá analisar a degradação de</p><p>habitats e as consequências ecológicas</p><p>decorrentes desse processo. Além disso, vamos</p><p>discutir a importância da conservação e do manejo adequado dos habitats como estratégias</p><p>fundamentais para a preservação da biodiversidade e a promoção da sustentabilidade dos</p><p>ecossistemas.</p><p>Na Unidade 6, ao explorar os diferentes tipos de serviços ecossistêmicos oferecidos</p><p>pela biodiversidade e os impactos decorrentes da sua redução, você irá analisar os serviços</p><p>de suporte que sustentam os ecossistemas, os serviços de provisão, que fornecem recursos</p><p>essenciais para a vida, e os serviços de regulação, responsáveis pelo equilíbrio ecológico.</p><p>Além disso, verá os serviços culturais, que proporcionam benefícios sociais e culturais para</p><p>as comunidades humanas.</p><p>Na Unidade 7, você irá conhecer os indicadores de qualidade ambiental,</p><p>compreendendo a definição e a função desses indicadores. Ao analisar os diferentes tipos de</p><p>indicadores, incluindo os biológicos, físicos e químicos, verá como estes nos auxiliam a</p><p>monitorar e avaliar a saúde dos ecossistemas. Vamos também discutir os métodos de</p><p>avaliação da biodiversidade e os indicadores de qualidade do ar e da água, além de abordar</p><p>os indicadores de poluição atmosférica e sua relevância na avaliação da qualidade</p><p>ambiental.</p><p>3</p><p>Na Unidade 8, vamos abordar as considerações éticas, políticas e econômicas que</p><p>influenciam a tomada de decisão em conservação da biodiversidade. Você irá explorar as</p><p>políticas e marcos legais que regem a conservação, bem como a importância da participação</p><p>pública e da governança na elaboração de estratégias eficazes. Além disso, vamos discutir a</p><p>avaliação econômica da biodiversidade, destacando como os valores econômicos podem</p><p>impactar nas decisões de conservação. Por fim, vamos analisar os conflitos de interesse e a</p><p>importância da negociação na busca por soluções que promovam a conservação da</p><p>biodiversidade de forma sustentável e equitativa.</p><p>Prepare-se para uma jornada de descoberta e conscientização sobre a importância e</p><p>os desafios enfrentados pela biodiversidade em nosso mundo em constante mudança.</p><p>Conexão com outras disciplinas</p><p>A disciplina de Biodiversidade para Gestão Ambiental está fortemente conectada a</p><p>outras disciplinas do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental (TGA).</p><p>Vou destacar algumas dessas conexões:</p><p>▪ Em Introdução à Gestão Ambiental, a disciplina de biodiversidade é um componente</p><p>essencial abordado. A conservação e o manejo sustentável da biodiversidade são</p><p>fundamentais para a proteção dos ecossistemas e da vida no planeta.</p><p>▪ Em Sociologia e Meio Ambiente, você será capaz de compreender como a</p><p>biodiversidade nos fornece serviços essenciais para a vida, como alimentos, água limpa,</p><p>regulação do clima, controle de doenças e polinização de culturas. Você também perceberá</p><p>a importância da biodiversidade, pois a perda dela afeta negativamente a qualidade de vida</p><p>das comunidades, prejudicando a segurança alimentar, a saúde e o bem-estar em geral.</p><p>▪ Em Princípios de Gestão Ecológica, há uma associação entre os princípios ecológicos</p><p>e as interações entre as espécies. A compreensão das dinâmicas dos ecossistemas e a</p><p>resposta às perturbações ambientais são cruciais para uma gestão eficaz e sustentável.</p><p>▪ Em Geologia Ambiental, você poderá explorar a relação entre a geologia e a</p><p>biodiversidade. Estudos sobre a influência dos solos, a formação de habitats e o impacto de</p><p>eventos geológicos na biodiversidade fornecem uma compreensão mais ampla deste tema.</p><p>▪ Em Fundamentos de Biologia para Gestão Ambiental, você adquirirá conhecimentos</p><p>básicos de biologia aplicados à gestão ambiental. A compreensão da biodiversidade, da</p><p>ecologia das espécies e dos ecossistemas é essencial para identificar problemas ambientais,</p><p>4</p><p>desenvolver estratégias de conservação e tomar decisões informadas para a gestão dos</p><p>recursos naturais.</p><p>▪ Em Metodologia Científica, você terá a oportunidade de realizar estudos de</p><p>biodiversidade, avaliar a eficácia de medidas de conservação e propor soluções baseadas em</p><p>evidências científicas. A metodologia científica é uma ferramenta essencial para entender a</p><p>biodiversidade de forma sistemática e embasar tomadas de decisão.</p><p>Conexão com a formação profissional dos estudantes de TGA</p><p>Essa integração entre a disciplina de Biodiversidade para Gestão Ambiental e as</p><p>demais disciplinas do curso é um alicerce na formação do profissional de Gestão Ambiental,</p><p>pois este exerce um trabalho fundamental dentro de uma instituição ou empresa, sendo</p><p>responsável por coordenar a implementação de políticas ambientais e fornecer suporte à</p><p>equipe de profissionais envolvida. Você, um profissional de TGA, ao compreender os</p><p>diferentes aspectos relacionados à biodiversidade e à gestão ambiental, estará preparado</p><p>para definir estratégias eficazes na área, contribuindo para a preservação dos ecossistemas e</p><p>para um futuro mais sustentável.</p><p>Metodologia de ensino</p><p>No ensino desta disciplina serão abordadas metodologias que permitam a interação e</p><p>a colaboração dos alunos, incentivando sua participação ativa para promover o aprendizado</p><p>efetivo da disciplina de Biodiversidade para Gestão Ambiental.</p><p>As ferramentas utilizadas serão os materiais didáticos (e-book, vídeos, atividades</p><p>interativas), acessados no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVA). Você também</p><p>pode pesquisar e utilizar contar com os recursos multimídia interativos (animações e</p><p>infográficos), para enriquecer o conteúdo e tornar a aprendizagem mais envolvente.</p><p>Além disso, serão disponibilizados os fóruns de discussão, que são espaços virtuais</p><p>para a realização de debates entre você, o professor e seus colegas.</p><p>Há ainda o suporte individualizado por meio de tutoria virtual, em que você poderá</p><p>esclarecer dúvidas, receber orientações e obter feedbacks sobre seu desempenho.</p><p>Também haverá resolução de atividades ao final de cada unidade e avaliações por</p><p>meio do AVA, permitindo o acompanhamento contínuo do seu progresso e a verificação de</p><p>aprendizado. Bons estudos para você!</p><p>5</p><p>Unidade 2: Biodiversidade brasileira</p><p>2.1 Introdução</p><p>A partir do que estudamos na unidade 1, conseguimos compreender que a</p><p>conservação da biodiversidade é fundamental para preservar os ecossistemas e garantir a</p><p>sustentabilidade da vida e que este possui um valor intrínseco, pois cada espécie tem seu</p><p>papel único e contribui para a beleza e complexidade do nosso planeta.</p><p>a) Pré-requisitos para melhor compreensão deste conteúdo: Os alunos precisam de</p><p>conhecimento geográfico do Brasil e noções de ecologia para explorar a rica biodiversidade</p><p>brasileira, compreendendo os biomas como Amazônia, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica,</p><p>Pampa, Cerrado e Áreas Costeiras e Marítimas.</p><p>b) Indicação sobre o tempo de leitura: Nesta unidade, reserve aproximadamente 2 horas e</p><p>20 minutos, que é um tempo bom para estudar todo o conteúdo, e lembre-se de separar um</p><p>momento adequado com calma para o estudo em local tranquilo e aproveitar ao máximo o</p><p>material disponível.</p><p>c) Meta da aula: A meta desta unidade é apresentar a biodiversidade brasileira e suas áreas</p><p>de alta diversidade, reconhecendo sua importância para a conservação.</p><p>d) Objetivos da unidade: Nesta segunda unidade você vai explorar a biodiversidade</p><p>brasileira, que é muito rica e importante para a vida no país. Você vai conhecer os biomas</p><p>brasileiros, como a Amazônia, a Caatinga, o Pantanal, a Mata Atlântica, o Pampa e o Cerrado</p><p>e as Áreas Costeiras e Marítimas.</p><p>2.2 Importância da biodiversidade como patrimônios naturais do Brasil</p><p>Caro aluno, você sabia que o Brasil possui a maior biodiversidade do planeta?</p><p>E sabe como conseguiu essa posição?</p><p>O Brasil ocupa quase metade da América do Sul e é o país com a maior biodiversidade</p><p>do mundo. São mais de 116.000 espécies animais e mais de 46.000 espécies vegetais</p><p>conhecidas no País. Suas diferentes zonas climáticas favorecem a formação de seis biomas: a</p><p>Floresta Amazônica, maior floresta tropical úmida do mundo; o Pantanal, maior planície</p><p>inundável; o Cerrado, com suas savanas e bosques;</p><p>a Caatinga, composta por florestas</p><p>6</p><p>semiáridas; os campos dos Pampas; e a floresta tropical pluvial da Mata Atlântica. Além</p><p>disso, o Brasil tem importantes ecossistemas marinhos. A costa marinha possui 3,5 milhões</p><p>km², que inclui ecossistemas como recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e</p><p>pântanos. Essa abundante variedade de vida abriga mais de 20% do total de espécies do</p><p>mundo, encontradas em terra e água (MMA, 2023).</p><p>Você conhece algum desses ecossistemas? São fascinantes! O que você acha de fazer</p><p>uma busca rápida na internet e aprender mais sobre cada um deles e aproveitar para</p><p>aumentar seu conhecimento?</p><p>Faça uma pesquisa sobre os seguintes ecossistemas marinhos:</p><p>recifes de corais: _______________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>manguezais: __________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>estuários: _____________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>Pois bem, o Brasil tem uma combinação única de fatores que contribuem para sua</p><p>biodiversidade.</p><p>Veja o mapa de clima do Brasil na Figura 6 e verifique que temos um vasto território,</p><p>com diferenças climáticas e ecológicas que proporcionam uma grande variedade de habitats</p><p>para diferentes espécies.</p><p>7</p><p>Figura 6. Mapa de Clima do Brasil.</p><p>Fonte: IBGE, 2022.</p><p>Essas diferenças e variedade de habitats favorecem o Brasil, com as maiores reservas</p><p>de espécies da flora do mundo, muitas das quais endêmicas, ou seja, existentes apenas em</p><p>seu território, nas quais se incluem o caju, a castanha-do-pará e a carnaúba, além de diversas</p><p>árvores de grande valor comercial, como o pau-brasil (Barbosa; Viana, 2014).</p><p>Espécie endêmica, é aquela espécie animal ou vegetal que ocorre</p><p>somente em uma determinada região geográfica, seja por barreiras</p><p>físicas, climáticas e biológicas que delimitam com eficácia a</p><p>distribuição de uma espécie.</p><p>Em se tratando da biodiversidade animal, o Brasil é “apenas” o terceiro em espécies de</p><p>mamíferos (em torno de 420 espécies), ocupando a mesma colocação no quesito pássaros</p><p>(1.600 espécies) (Barbosa; Viana, 2014).</p><p>Veja agora nos mapas da Figura 7 que as áreas verdes representam lugares com muitas</p><p>espécies diferentes no Brasil. Já as áreas azuis mostram regiões com menos variedade de</p><p>espécies. E os círculos indicam quantas espécies têm em cada grupo nos biomas.</p><p>8</p><p>Figura 7. Mapa de biodiversidade do Brasil, número de espécies por Bioma.</p><p>Fonte: Embrapa, 2021.</p><p>Outro aspecto importante a ser destacado sobre a biodiversidade brasileira é que o</p><p>país possui hotspots em seu território.</p><p>“E o que são os hotspots de biodiversidade?”, você deve estar se perguntando.</p><p>Hotspots é toda área com pelo menos 1500 espécies endêmicas e</p><p>que já perdeu mais de ¾ de sua vegetação original. A expressão</p><p>hotspot é utilizada em várias áreas do conhecimento. Nas ciências</p><p>9</p><p>ambientais, o conceito foi desenvolvido pelo ecólogo inglês Norman</p><p>Myers, em 1988, com o objetivo de delimitar as áreas de preservação</p><p>urgente no planeta Terra (MYERS, 1988; MYERS et al, 2000; BROOKS</p><p>et al, 2002). Toda a área prioritária para a preservação da</p><p>biodiversidade, em razão do seu alto índice de espécies endêmicas</p><p>com alto grau de ameaça de extinção (BARBOSA e VIANA (2014).</p><p>Agora é com você! Faça uma pesquisa rápida e identifique onde estão localizados os</p><p>hotspots no Brasil!</p><p>E aí, pesquisou?</p><p>Bem, no Brasil, temos hotspots como o Cerrado e a Mata Atlântica, que são regiões</p><p>com uma biodiversidade extraordinária, mas também estão sob ameaça devido à</p><p>degradação do ambiente. Além disso, muitas áreas ainda não foram completamente</p><p>exploradas, o que significa que ainda há a possibilidade de descobrirmos novas espécies.</p><p>2.3 Biomas brasileiros</p><p>Nesta seção vamos conhecer um pouco melhor como são constituídos os seis biomas</p><p>brasileiros: a Floresta Amazônica, o Pantanal, o Cerrado, a Caatinga, os campos dos Pampas;</p><p>e a Mata Atlântica.</p><p>2.3.1 Amazônia</p><p>No Brasil, a Amazônia ocupa cerca de 49% de todo o território nacional (IBGE, 2004) e</p><p>se estende pelos estados do Pará, Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia e Roraima, e está</p><p>presente em partes do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Além do Brasil, a Amazônia</p><p>também faz parte de outros países, como as Guianas, Suriname, Venezuela, Equador, Peru e</p><p>Bolívia.</p><p>Você sabe como é o clima na Amazônia? Na maior parte deste bioma o clima é tropical</p><p>úmido, apresentando temperaturas elevadas e chuvas frequentes. É também nessa região</p><p>que se encontra a maior bacia hidrográfica e o maior rio do mundo em volume de água, o rio</p><p>Amazonas, com 6.937 km de extensão (ARPA, 2010).</p><p>E quantas espécies existem na Amazônia?</p><p>10</p><p>Bem, são encontradas entre 40 e 300 diferentes espécies de árvores por hectare. A</p><p>floresta tropical úmida, dominante na região, se divide em três habitats: Floresta de Terra</p><p>Firme, Floresta de Várzea e Floresta de Igapó.</p><p>As Floresta de Terra Firme estão presentes nas regiões mais altas e</p><p>possuem árvores de grande porte, por exemplo, a castanheira. As</p><p>Floresta de Várzea ficam sujeitas às inundações em períodos</p><p>específicos do ano, são formadas por solos férteis banhados por rios</p><p>de água branca ou barrenta como os rios Solimões, Amazonas,</p><p>Madeira e Purus. As florestas de igapós são áreas banhadas pelos rios</p><p>de água preta ou clara, como o rio Negro. A coloração preta ou</p><p>marrom avermelhada das águas é resultado da decomposição lenta</p><p>do material vegetal (folhas, galhos, troncos). Isso faz com que sejam</p><p>produzidos compostos químicos (ácidos orgânicos) que se diluem na</p><p>água que passa a apresentar a coloração escura e, por se situar em</p><p>terrenos mais baixos, na maior parte do tempo ficam inundadas. A</p><p>floresta de igapó é composta por uma flora mais baixa, com arbustos,</p><p>cipós e musgos (Barbosa; Viana, 2014; Pinheiro, 20211).</p><p>Além da floresta tropical úmida, a Amazônia compreende outros tipos de habitat:</p><p>savanas, campinas, campinaranas, florestas de montanha, florestas abertas, pântanos,</p><p>florestas de bambus e de palmeiras. Essa imensa variedade de habitat se traduz numa</p><p>enorme diversidade de flora e fauna encontrada na região (ARPA, 2010).</p><p>Quando se fala em números de espécies que podem ser encontradas na Amazônia,</p><p>alguns valores aparecem de forma recorrente. Teriam sido descritos por ali ao redor de 1,3</p><p>mil aves, 3 mil peixes, um pouco mais de 400 mamíferos, um pouco menos de 400 répteis,</p><p>cerca de 400 anfíbios, mais de mil invertebrados (NATGEO, 2023).</p><p>E você sabe por que a Amazônia está em situação vulnerável? Inúmeros fatores</p><p>antrópicos2 colocam em risco o bioma Amazônia, sejam aqueles diretos, como a construção</p><p>de hidrelétrica, a atividade de mineração, o intenso desmatamento na região, os</p><p>incrementos de novas áreas desflorestadas para agricultura e a pecuária e ou os indiretos,</p><p>como as mudanças climáticas.</p><p>2 Relativo ou pertencente ao homem ou ao seu período de existência na Terra.</p><p>1 Pinheiro, Karina. Você sabe a diferença entre Igapó e Várzea? Confira. Portal Amazônia. Amazônia. 2021.</p><p>Disponível em: https://portalamazonia.com/amazonia/voce-sabe-a-diferenca-entre-igapo-e-varzea-confira.</p><p>Acesso em 07 mar. 2024.</p><p>11</p><p>O avanço de hidrelétricas no bioma amazônico é o principal risco às espécies de peixes</p><p>da região, principalmente em rios de corredeiras, propícios à instalação de usinas (NATGEO,</p><p>2023). Assim como a mineração (legal e ilegal) também ameaça a região, especialmente os</p><p>ambientes aquáticos (Peixoto et. al., 2016).</p><p>Se, por um lado, é uma região rica em biodiversidade, por outro, há grandes</p><p>desigualdades sociais na região. Enquanto algumas cidades são desenvolvidas e modernas,</p><p>como Manaus e Belém, que possuem infraestrutura de metrópoles, há comunidades muito</p><p>distantes que sofrem com vários tipos de problemas, como sistema de saúde precário, altas</p><p>taxas de mortalidade infantil, a falta de professores que morem nesses locais, educação</p><p>formal de péssima qualidade e o difícil acesso às comunidades devido ao ciclo da enchente e</p><p>vazante, que resulta na adoção do calendário da várzea para as aulas, diferenciando o</p><p>período letivo das demais localidades na mesma Região Amazônica.</p><p>Amazônia ocupa aproximadamente 49,29% do território brasileiro, abrange os estados</p><p>do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins,</p><p>apresenta 772 municípios e conta com uma população de mais de 28 milhões de habitantes</p><p>IBGE (2021), representando aproximadamente 13% do contingente brasileiro, a maioria</p><p>vivendo em cidades. Mas, também abriga diversas comunidades locais: são quase 300</p><p>comunidades tradicionais, como ribeirinhos, caboclos e quilombolas, e quase 200</p><p>comunidades indígenas, somando mais de 200 mil pessoas. Essas comunidades dependem</p><p>muito dos recursos naturais para sua subsistência e cultura. É muito importante para o Brasil</p><p>e toda a população humana proteger essa região, com toda sua diversidade cultural e</p><p>biológica, e garantir o equilíbrio ecológico, que é fundamental para regular o clima (Barbosa;</p><p>Viana, 2014; Peixoto et. al., 2016; MMA, 2023).</p><p>Com todo este cenário e este contexto, a Amazônia possui grande importância para a</p><p>estabilidade ambiental do Planeta. Nela estão fixadas mais de uma centena de trilhões de</p><p>toneladas de carbono. Sua massa vegetal libera algo em torno de sete trilhões de toneladas</p><p>de água anualmente para a atmosfera, via evapotranspiração, e seus rios descarregam cerca</p><p>de 20% de toda a água doce que é despejada nos oceanos pelos rios existentes no globo</p><p>terrestre (MMA; SBF, 2002).</p><p>Parece muita coisa para você aprender, mas, não se preocupe, ao longo do curso você</p><p>terá oportunidade de aprender muito mais sobre o Bioma Amazônico.</p><p>12</p><p>2.3.2 Mata Atlântica</p><p>A Mata Atlântica é um tipo de ambiente que cobre uma área de 1,1 milhões de</p><p>quilômetros quadrados em 17 estados do Brasil. Ela se estende ao longo da maior parte da</p><p>costa do país. Infelizmente, devido às atividades humanas e ao crescimento das cidades, hoje</p><p>apenas cerca de 29% da vegetação original desse bioma ainda existe. Mesmo assim, a Mata</p><p>Atlântica é considerada o segundo lugar com maior diversidade de plantas e animais nas</p><p>Américas, ficando atrás apenas da Amazônia. É incrível como há uma grande quantidade de</p><p>espécies vivendo nessa região (Funcate, 2015; Thomas et al., 1998; Morellato; Haddad,</p><p>2000).</p><p>Você sabe como é o clima na Mata Atlântica? Ele é predominantemente tropical</p><p>úmido, apresentando temperaturas elevadas e extensos períodos de chuvas. Podem ser</p><p>encontrados também grande diversidade de topografia, temperatura e solos (Brasil, 2010).</p><p>E quantas espécies existem na Mata Atlântica? Há muitas árvores, arbustos, palmeiras</p><p>e bromélias diferentes. Estima-se que existam mais de 20 mil espécies de árvores e arbustos</p><p>na região, sendo que 8 mil delas só são encontradas lá. Também há 68 espécies de palmeiras</p><p>e 925 espécies de bromélias. A fauna da Mata Atlântica inclui 270 espécies de mamíferos</p><p>conhecidos. É um lugar muito importante para as aves, com 682 espécies diferentes, e 199</p><p>delas só existem lá. Infelizmente, muitas espécies de aves estão ameaçadas, e 98 delas vivem</p><p>na Mata Atlântica (Mittermeier et al., 2005; SOS Mata Atlântica, 2014; NATGEO, 2023).</p><p>E você sabe por que a Mata Atlântica está em situação vulnerável? Cerca de 70% da</p><p>população brasileira vive no território da Mata Atlântica. As nascentes e mananciais</p><p>abastecem as cidades, que paradoxalmente criam fatores que contribuem com os problemas</p><p>de crise hídrica, associados à escassez, ao desperdício, à má utilização da água, ao</p><p>desmatamento e à poluição (IBFlorestas, 2023).</p><p>2.3.3 Cerrado</p><p>Localizado no centro do Brasil, o Cerrado ocupa 20% do território do país. Constitui o</p><p>segundo maior bioma brasileiro e abriga diversas nascentes e muitas espécies da fauna e da</p><p>flora. No que se refere a recursos hídricos, essa região depende, em grande parte, do rio São</p><p>Francisco, que é um dos elementos naturais mais marcantes do ambiente (Barbosa; Viana,</p><p>2014).</p><p>13</p><p>Você sabe como é o clima no Cerrado? De clima tropical, com verão chuvoso e inverno</p><p>seco, o bioma Cerrado tem como principal característica a ocorrência de duas estações: uma</p><p>chuvosa (outubro a abril), quando caem mais de 90% das chuvas, e uma seca (maio a</p><p>setembro), com ausência quase total de chuvas (Embrapa, 2023).</p><p>E quantas espécies existem no Cerrado? Esse bioma constitui a savana mais rica em</p><p>espécies, abrigando 5% da biodiversidade do planeta. A flora do Cerrado apresenta mais de 4</p><p>mil espécies endêmicas, como o baru, a cagaita e o jatobá. A vegetação desse bioma possui</p><p>plantas herbáceas, arbustivas e arbóreas, bem como cipós, constituindo uma savana tropical</p><p>onde vivem mais de 400 espécies (Barbosa; Viana, 2014).</p><p>A fauna do Cerrado é muito diversa, e nele podem ser encontradas mais de 300 mil</p><p>espécies, com destaque para os insetos, que representam 28% da biota, estando distribuídos</p><p>em mais de 90 mil espécies. Nesse bioma podem ser encontradas mais de 800 espécies de</p><p>aves, 180 de répteis, mais de 1.000 espécies de peixes, 150 de anfíbios e mais de 200</p><p>mamíferos (Barbosa; Viana, 2014).</p><p>Os mamíferos do Cerrado vêm sofrendo com a expansão das cidades e a construção de</p><p>rodovias, e é cada vez mais comum observar carcaças de espécies em extinção, como antas,</p><p>tatus e tamanduás, atropeladas nas rodovias.</p><p>E você sabe por que o Cerrado está em situação vulnerável? Considerado como um</p><p>hotspots mundial de biodiversidade, o Cerrado apresenta extrema abundância de espécies</p><p>endêmicas e sofre uma excepcional perda de habitat, especialmente devido a instalação e</p><p>desenvolvimento de atividades agropecuárias (MMA, 2023).</p><p>O Cerrado é cenário de grande produção agropecuária e grandes agroindústrias,</p><p>abrigando mais de 10 milhões de habitantes. Nesse bioma vivem comunidades tradicionais,</p><p>como índios, ribeirinhos e quilombolas, que utilizam a flora local com grande sabedoria, e</p><p>esse conhecimento é considerado um importante patrimônio cultural brasileiro (Barbosa;</p><p>Viana, 2014).</p><p>14</p><p>2.3.4 Pantanal</p><p>O bioma Pantanal ocupa 1,8% do território nacional (IBGE, 2019) e abrange parte dos</p><p>Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O bioma Pantanal é reconhecido como a</p><p>maior planície de inundação contínua do Planeta Terra, o que constitui o principal fator para</p><p>a sua formação e diferenciação em relação aos demais biomas (IBGE, 2019).</p><p>Você sabia que o clima no Pantanal também é tropical? No período de outubro a</p><p>março, o Pantanal passa por uma extensa estação chuvosa, quando seus planaltos e planícies</p><p>de inundação ficam completamente alagados, pois o escoamento superficial excede a</p><p>capacidade do solo de absorver a água das chuvas. Já entre abril e setembro, o bioma passa</p><p>por uma estação seca, que, muitas vezes, resulta na morte do gado por desidratação e em</p><p>diversos prejuízos para a população local (Barbosa; Viana, 2014). O rio Paraguai é o principal</p><p>responsável pela drenagem da planície pantaneira.</p><p>E sobre as espécies que existem no Pantanal, o que você sabe? A fauna da região</p><p>abriga mais de 4.700 espécies e encanta por sua variedade e suas cores. Os levantamentos</p><p>feitos na região registram 263 espécies de peixes, 113 de répteis, 41 de anfíbios, 463 de aves,</p><p>1.032 de borboletas e 132 espécies de mamíferos (Barbosa; Viana, 2014).</p><p>O Pantanal também está em situação vulnerável. As hidrelétricas e as hidrovias, além</p><p>da mineração (garimpo de ouro e diamante), constituem ameaças atuais que vêm</p><p>degradando as nascentes de alguns rios, causando</p><p>altos impactos nos recursos hídricos</p><p>(Barbosa; Viana, 2014). É importante mencionar que apenas uma pequena parte do</p><p>Pantanal, cerca de 4,68%, está protegida em 28 áreas especiais de conservação. Destas, seis</p><p>são áreas de proteção total e 22 são áreas de uso sustentável (Brasil, 2021).</p><p>A principal atividade econômica do Pantanal é a pecuária, que, com mais de 20 milhões</p><p>de cabeças de gado pastando nas planícies alagáveis, corresponde a aproximadamente 65%</p><p>da economia do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul (Barbosa; Viana, 2014).</p><p>2.3.5 Caatinga</p><p>A Caatinga é o único bioma 100% brasileiro e se estende por uma área de mais de</p><p>800.000 km2, ocupando cerca de 10,1% do território nacional. Também é conhecida como</p><p>sertão brasileiro e está localizada no interior do Nordeste, abrangendo o Ceará, Rio Grande</p><p>15</p><p>do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas</p><p>Gerais (MMA, 2022).</p><p>E sobre o clima na Caatinga, você já ouviu falar? É caracterizado como semiárido, o que</p><p>significa que há pouca chuva durante o ano, com uma média inferior a 800 mm anuais. Essa</p><p>chuva é irregular e concentrada em apenas 3 a 5 meses. Além disso, as temperaturas são</p><p>altas, com uma média em torno de 26º C (Almeida, 2015).</p><p>E sobre as espécies existentes na Caatinga, o que você pode dizer? Pois bem, naquela</p><p>região do Brasil há uma grande diversidade de plantas, totalizando 4.963 espécies diferentes.</p><p>Dessas espécies, aproximadamente 17% têm seu estado de conservação conhecido, e</p><p>preocupantemente, 30,1% delas estão ameaçadas de extinção (Flora do Brasil, 2020).</p><p>Infelizmente muitos animais da Caatinga também estão ameaçados. Segundo o Instituto</p><p>Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, de um total de 1.182 espécies avaliadas,</p><p>125 delas, o que representa cerca de 10,57%, estão em alguma categoria de ameaça de</p><p>extinção (CTFB, 2023).</p><p>E por que a Caatinga está em situação vulnerável? É devido à pressão populacional e o</p><p>desmatamento, fatores que têm afetado a Caatinga, deixando o bioma em uma situação de</p><p>grande vulnerabilidade ambiental. Além disso, essa região enfrenta altas taxas de</p><p>analfabetismo, mortalidade infantil e falta de infraestrutura básica, o que a torna a região</p><p>mais pobre do Brasil. Nas áreas rurais as principais atividades são a agropecuária e o</p><p>extrativismo. A mineração também tem causado impactos ambientais significativos na região</p><p>(Barbosa; Viana, 2014).</p><p>2.3.6 Pampa</p><p>Esse bioma ocupa 63% do território do Rio Grande do Sul, estendendo-se por 170 mil</p><p>quilômetros quadrados, cerca de 2% do território brasileiro. No Brasil, os Pampas, também</p><p>conhecidos como Campos Sulinos ou Pampa Gaúcho, são encontrados somente nesse</p><p>Estado, mas o bioma também está presente em parte do Uruguai e da Argentina (Barbosa;</p><p>Viana, 2014).</p><p>E você, sabe como é o clima no Pampa?</p><p>É chamado de clima temperado, apresentando temperaturas médias de 18 °C e</p><p>alcançando eventualmente temperaturas abaixo de 0 °C. Os Pampas têm paisagens variadas</p><p>16</p><p>que vão de serras a planícies, com predomínio de vegetação campestre e arbustiva (Barbosa;</p><p>Viana, 2014).</p><p>Quanto às espécies, a rica fauna dos Pampas abriga quase 500 espécies de aves e mais</p><p>de 100 espécies de mamíferos terrestres, muitas endêmicas e ameaçadas. Também foram</p><p>catalogadas 50 espécies de peixes (Barbosa; Viana, 2014). Em relação à flora, o Pampa abriga</p><p>2.817 espécies de plantas nativas (BFG, 2021), sendo que deste total, 408 espécies</p><p>(equivalente a 14% do total identificadas no bioma), são conhecidos seu estado de</p><p>conservação, sendo que 28% destas encontram-se sob alguma categoria de ameaça de</p><p>extinção.</p><p>Vejamos agora por que o Pampa está em situação de vulnerabilidade. A progressiva</p><p>introdução e expansão das monoculturas e das pastagens com espécies exóticas têm levado</p><p>a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais daquela Região. A</p><p>perda de biodiversidade compromete o potencial de desenvolvimento sustentável, seja</p><p>perda de espécies de valor forrageiro, alimentar, ornamental e medicinal, seja pelo</p><p>comprometimento dos serviços ambientais proporcionados pela vegetação campestre, como</p><p>o controle da erosão do solo e o sequestro de carbono que atenua as mudanças climáticas</p><p>(MMA, 2023).</p><p>Desde o início de sua ocupação, essa região tem como tradição a atividade pecuária,</p><p>sendo uma das características culturais o tradicional churrasco gaúcho. Outras características</p><p>típicas dessa região do país são o consumo de chimarrão (bebida feita de erva-mate), o uso</p><p>de bombachas (traje típico) e as músicas típicas (Barbosa; Viana, 2014).</p><p>Como pudemos ver, o Brasil apresenta uma grande diversidade de biomas (Figura 8)</p><p>devido a uma combinação de fatores ambientais, como clima, relevo e tipos de vegetação,</p><p>além de uma vasta extensão territorial que os compõem. Os biomas encontrados no país são</p><p>a Floresta Amazônica, o Cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pantanal e o Pampa, cada</p><p>qual possuindo características únicas e desempenhando um papel fundamental na</p><p>manutenção da biodiversidade e no equilíbrio ambiental.</p><p>17</p><p>Figura 8. Biomas brasileiros.</p><p>Fonte: r/brasil, 2020.3</p><p>Agora é com você!</p><p>Relacionado ao bioma em que se encontra, escreva um texto de cinco linhas, sobre as</p><p>principais atividades que vêm causando degradação ambiental na sua cidade.</p><p>______________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________</p><p>3 r/brasil. A diversidade dos biomas Brasileiros. 2020. Disponível em</p><p><https://www.reddit.com/r/brasil/comments/hz2jqk/a_diversidade_dos_biomas_brasileiros/?rdt=65220>.</p><p>Acesso em 07 mar. 2024.</p><p>18</p><p>2.4 Biodiversidade marinha e costeira</p><p>2.4.1 Exploração da biodiversidade marinha e costeira do Brasil</p><p>A Zona Costeira brasileira possui uma área aproximada de 514 mil km2, dos quais cerca</p><p>de 324 mil km2 correspondem ao território dos 395 municípios distribuídos em 17 estados</p><p>costeiros. As áreas marinhas sob jurisdição nacional compreendem, além do Mar Territorial,</p><p>a Zona Econômica Exclusiva, que se estende desde 12 até 200 milhas náuticas (370,4 km da</p><p>costa), abrangendo uma extensão geográfica de cerca de 3,5 milhões de km2 , e a Plataforma</p><p>Continental, definida de acordo com o art. 76 da Convenção das Nações Unidas sobre o</p><p>Direito do Mar. Em maio de 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou o pleito</p><p>brasileiro para incorporação de mais 712 mil km2 de extensão da plataforma continental</p><p>para além das 200 milhas náuticas (MMA, 2008).</p><p>Aproximadamente 43 milhões de habitantes, cerca de 18% da população do País,</p><p>residem na Zona Costeira e 16 das 28 regiões metropolitanas brasileiras encontram-se no</p><p>litoral. Essas áreas de adensamento populacional convivem com amplas extensões de</p><p>povoamento disperso e rarefeito. São os habitats das comunidades de pescadores</p><p>artesanais, dos remanescentes de quilombos, de tribos indígenas e de outros agrupamentos</p><p>imersos em gêneros de vida tradicionais (MMA, 2008).</p><p>De acordo com 6° Relatório Nacional para a Convenção sobre Diversidade Biológica</p><p>(MMA, 2023):</p><p>Nessa ampla área, encontra-se uma enorme diversidade de ambientes e espécies,</p><p>onde se destacam a maior faixa contínua de manguezais do mundo (do Amapá ao Maranhão</p><p>e Piauí) e os maiores ecossistemas de recifes do Atlântico Sul, o que confere ao país uma</p><p>grande responsabilidade na conservação desses ambientes.</p><p>Os manguezais são um dos ecossistemas mais produtivos do planeta,</p><p>e sua importância para a manutenção de bens e serviços é enorme.</p><p>Os manguezais são importantes sequestradores e estocadores de</p><p>carbono na biomassa e no solo. O processo de sequestro de carbono</p><p>por área de florestas de mangue é da mesma ordem de grandeza do</p><p>observado em outras florestas tropicais úmidas (ICMBIO, 2018). Os</p><p>recifes de coral são ecossistemas altamente diversificados e</p><p>complexos e, por isso, classificados como o mais biodiverso habitat</p><p>marinho do mundo. São considerados, juntamente com as florestas</p><p>tropicais, uma das duas mais ricas comunidades naturais do planeta</p><p>(MMA, 2023).</p><p>19</p><p>2.4.2 Importância da conservação desses ecossistemas para a manutenção da</p><p>biodiversidade e para as comunidades costeiras</p><p>Atualmente, a produção de petróleo e gás natural é responsável pela maior parte da</p><p>produção total nacional. Em média, entre 2000 e 2005, o petróleo e o gás natural obtidos a</p><p>partir dos poços marítimos corresponderam, respectivamente, a 85% e 59% do total (617</p><p>milhões de petróleo e 112 milhões de gás natural, medidos em barris equivalentes de</p><p>petróleo, em 2005). Em relação aos poços marítimos, em 2005, o estado do Rio de Janeiro</p><p>respondeu por 96% da produção de petróleo e 77% da produção de gás. Isso, juntamente</p><p>com o crescimento vertiginoso da atividade turística no Brasil e sua concentração no</p><p>segmento costeiro, impulsionada inclusive por programas governamentais e iniciativas</p><p>estrangeiras, têm trazido interferências negativas na qualidade do ambiente, com</p><p>consequências diretas na qualidade de vida das populações (MMA, 2008).</p><p>Nesse contexto, para o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2023), os ecossistemas</p><p>costeiros e marinhos, como recifes de coral e manguezais, são considerados especialmente</p><p>vulneráveis à mudança do clima por sua fragilidade e limitada capacidade de adaptação, de</p><p>modo que os danos a eles causados podem ser irreversíveis.</p><p>Devido à alta complexidade desses ambientes, pesquisadores têm alertado que os</p><p>recifes de coral podem ser os primeiros ecossistemas funcionalmente extintos devido às</p><p>mudanças climáticas globais, caso as concentrações de CO2 ultrapassem 450 ppm, fato</p><p>passível de acontecer se ocorrer um aumento médio de 2 a 3oC de temperatura (MMA,</p><p>2012).</p><p>Dados recentes mostram que aproximadamente 50% dos recifes globais já foram</p><p>perdidos e a previsão é de que 70-90% dos recifes de coral sejam perdidos com aquecimento</p><p>global de 1,5°C (IPCC, 2018). A figura a seguir mostra as áreas prioritárias para conservação,</p><p>uso sustentável da biodiversidade brasileira e as partes coloridas em destaque correspondem</p><p>a 200 milhas náuticas ou 370,4 km da Costa.</p><p>20</p><p>Figura 9. Áreas prioritárias para conservação e uso sustentável da biodiversidade brasileira.</p><p>Fonte: Prates e Lima (s. d.).</p><p>21</p><p>2.5 Atividades com resposta comentada</p><p>Questão 1</p><p>CONSULPAM (2019). No estudo da Biodiversidade Biológica o termo Hotspots é definido</p><p>como sendo:</p><p>Alternativas</p><p>A. Refere-se à diversidade de espécies em uma determinada região.</p><p>B. Corresponde aos diferentes tipos de hábitats, comunidades e paisagens, incluindo</p><p>todos os níveis de variação.</p><p>C. Áreas com, no mínimo, 1.500 espécies endêmicas que tenham perdido mais de ¾ de</p><p>sua vegetação original.</p><p>D. Compreende a grande variedade de genes em uma espécie. Refere-se às</p><p>características herdáveis dentro da espécie, entre populações e dentro de cada</p><p>população.</p><p>Questão 2</p><p>AMEOSC (2019). Definido como ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes</p><p>terrestre e marinho, característico de regiões tropicais e subtropicais, sujeito ao regime das</p><p>marés, esta descrição corresponde ao chamado:</p><p>Alternativas</p><p>A. Manguezal.</p><p>B. Pantanal.</p><p>C. Mata dos cocais.</p><p>D. Matas ciliares.</p><p>Questão 1: A resposta correta é C. Hotspots são áreas mais ricas e que contam com urgência</p><p>em termos de políticas públicas para serem conservadas. Em 1988, o ecólogo Norman Myers</p><p>listou uma série de regiões que se encaixavam nessas características, tendo como critério a</p><p>seguinte composição: áreas com 1500 espécies endêmicas (aquelas que só existem na região</p><p>em questão) e que já perderam ¾ de sua vegetação original. O Brasil possui dois hotspots,</p><p>são eles: Cerrado e Mata Atlântica.</p><p>22</p><p>Questão 2: A resposta correta é A. Manguezais, um dos ecossistemas mais produtivos do</p><p>planeta, e sua importância para a manutenção de bens e serviços é enorme. Os manguezais</p><p>são importantes sequestradores e estocadores de carbono na biomassa e no solo. O</p><p>processo de sequestro de carbono por área de florestas de mangue é da mesma ordem de</p><p>grandeza do observado em outras florestas tropicais úmidas.</p><p>2.6 Exemplos práticos</p><p>Falando de proteção da biodiversidade proponho que você faça uma atividade de</p><p>pesquisa investigativa no seu município. Atividade proposta da obra de Genebaldo Freire</p><p>Dias (2013).</p><p>Atividade: Em sua Cidade existe alguma Unidade de Conservação?</p><p>Unidades de Conservação são áreas definidas pelo poder público, com características</p><p>ambientais relevantes, que se destinam à conservação. São Estações Ecológicas, Reservas</p><p>Biológicas, Parques, Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e outros. Cada uma delas tem as</p><p>suas próprias formas de organização e funcionamento. Essas áreas são muito importantes</p><p>para a proteção dos recursos naturais e para a manutenção e melhoria da qualidade de vida.</p><p>De forma geral, tais unidades têm como objetivo contribuir para a manutenção da</p><p>diversidade biológica e de ecossistemas, proteger espécies ameaçadas de extinção, proteger</p><p>recursos hídricos e paisagens naturais de notável beleza cênica e promover a educação</p><p>ambiental. Proporciona ainda atividades de pesquisa e recreação em contato com a</p><p>natureza.</p><p>No Brasil, o SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação é regido pela Lei</p><p>9.985 (julho, 2000) e pelo Decreto 4.340 (agosto, 2000). Segundo essas orientações, as</p><p>Unidades de Conservação são divididas em duas categorias:</p><p>I. UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL: são Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque</p><p>Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre;</p><p>II. UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL: são Área de Proteção Ambiental (APA), Área de</p><p>Relevante Interesse Ecológico (ARIE), Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de</p><p>Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular de Patrimônio Natural.</p><p>23</p><p>Procedimentos:</p><p>Buscar informações sobre as Unidades de Conservação existentes no município.</p><p>Examinar as suas condições socioambientais: estão realmente protegidas?</p><p>Há pessoal qualificado trabalhando lá?</p><p>Existem equipamentos adequados e suficientes?</p><p>Quais as ameaças à sua sustentabilidade?</p><p>O que está sendo feito para resolver os problemas?</p><p>Há participação da sociedade?</p><p>Existem programas de Educação Ambiental sendo desenvolvidos?</p><p>Existe Centro de Educação Ambiental?</p><p>Há recursos financeiros suficientes para o desenvolvimento das suas atribuições?</p><p>Discussão:</p><p>É crucial preservar nossos locais favoritos na cidade para evitar a decepção ao retornar</p><p>e encontrar sua degradação. Transformar essas áreas em unidades de conservação poderia</p><p>proteger a pureza dos rios, a beleza das florestas e a vida selvagem, resistindo à ganância e</p><p>ignorância ambiental.</p><p>O Brasil possui cerca de 5% do seu território em áreas protegidas por unidades de</p><p>conservação. É muito pouco. Precisamos chegar a 15% para ficarmos, pelo menos, na média</p><p>mundial.</p><p>No bioma Amazônia, as unidades de conservação abrangem 26,6%. Além de exercerem</p><p>papel fundamental na conservação da biodiversidade e na redução do desmatamento, as</p><p>UCs desempenham papel relevante na manutenção dos valores culturais e sociais das</p><p>populações tradicionais, na manutenção dos regimes fluviais e na estabilização dos climas</p><p>regional e continental.</p><p>Então, faça essa pesquisa investigativa no seu município e traga para discussão com</p><p>seus colegas.</p><p>O que você achou do desafio?</p><p>24</p><p>2.7 Leituras e links complementares</p><p>Tour Virtual</p><p>Ei, você já ouviu falar no Museu do Cerrado da Universidade de Brasília?</p><p>O museu virtual é uma iniciativa da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília</p><p>e foi inaugurado em 2017. As temáticas do museu estão vinculadas à educação,</p><p>desenvolvimento sustentável, ecologia, questões relativas ao cerrado brasileiro, formação de</p><p>valores, dentre outros. Uma das ideias que guiam o museu é que só cuidamos daquilo que</p><p>amamos e foi a partir</p><p>do objetivo de difundir o amor pelo cerrado que o museu foi criado.</p><p>Você pode conferir diferentes exposições, como a “Cerrado em aquarela” realizada em</p><p>comemoração do 2º ano do aniversário do museu e que conta com uma série de ilustrações</p><p>do cerrado apresentadas pelo artista Pedro H. Vogeley. Você também pode descobrir as</p><p>diferentes cores e formas dos sapos, pererecas e rãs na exposição fotográfica “Por que o</p><p>sapo não lava o pé?”4.</p><p>Visite o Museu do Cerrado da Universidade de Brasília (Figura 10) sem sair de casa!</p><p>Conheça, aprenda e divirta-se: https://museucerrado.com.br/acervo/. O site do museu ainda</p><p>disponibiliza uma biblioteca digital e propostas educativas para trabalhar as questões</p><p>ambientais. Vale a pena conferir!</p><p>4 MUSEU do Cerrado. Exposição “Por que que o sapo não lava o pé?” Disponível em:</p><p>https://museucerrado.com.br/exposicoes-do-museu-do-cerrado/exposicoes-permanentes/por-que-o-sapo-nao</p><p>-lava-o-pe/. Acesso em 07 mar. 2024.</p><p>25</p><p>Figura 10. Museu do Cerrado da Universidade de Brasília.</p><p>Fonte: Museu do Cerrado, s. d.5</p><p>Site</p><p>Outra fonte de consulta muito interessante é o site da Revista Brasileira de Ecoturismo.</p><p>Uma das publicações neste site é “A raridade no contexto do turismo de observação de aves:</p><p>o caso da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) e os desafios futuros”, de Sandra Dalila Corbari6,</p><p>que traz o caso da espécie ararinha-azul, originária do nordeste do estado da Bahia (Brasil). É</p><p>uma ave considerada extinta no seu habitat, e há um projeto de conservação para sua</p><p>reintrodução na natureza em 2024.</p><p>Entre no site e pesquise: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/13653</p><p>Para descontrair</p><p>Assista ao filme de animação norte-americano “Rio”, produzido em 20117. É um ótimo</p><p>instrumento de aprendizagem para verificar o tema “tráfico de animais silvestres”. O filme</p><p>retrata a história de uma ararinha-azul chamada “Blu”, capturada por uma quadrilha que</p><p>vendia aves raras.</p><p>7 RIO. Direção: Carlos Saldanha. Produção: Bruce Anderson, John C. Donkin. Intérpretes: Anne Hathaway, Jesse</p><p>Eisenberg, Will.I.Am. Roteiro: Don Rhymer; Joshua Sternin; Jeffrey Ventimilia; Sam Harper. Holywood,</p><p>California: 20th Century Fox Animation, Blue Sky Studios., 2011. (96 min), Animação digital, son. color.</p><p>6 CORBARI, S. D. A raridade no contexto do turismo de observação de aves: o caso da ararinha-azul (Cyanopsitta</p><p>spixii) e os desafios futuros. In: Revista Brasileira de Ecoturismo. São Paulo, v. 15, n. 3, jun. 2022, pp. 307-328.</p><p>Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/13653. Acesso em junho de</p><p>2023.</p><p>5 Museu do Cerrado. Acervo. S. D. Disponível em https://museucerrado.com.br/acervo/ . Acesso em 07 mar.</p><p>2024.</p><p>26</p><p>2.8 Dicas dos conceitos da unidade</p><p>Nesta unidade vimos vários conceitos, por exemplo de biomas. O Brasil possui</p><p>diversos biomas, sendo os principais a Amazônia, a Mata Atlântica, o Cerrado e o Pantanal. A</p><p>Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, com uma enorme diversidade de flora e</p><p>fauna, mas está em situação vulnerável devido ao desmatamento e à mineração. A Mata</p><p>Atlântica, apesar de ser o segundo bioma mais diversos das Américas, possui apenas 29% de</p><p>sua vegetação original preservada. O Cerrado é uma savana rica em espécies, mas também</p><p>enfrenta problemas com a expansão agrícola. O Pantanal, maior planície de inundação</p><p>contínua do mundo, sofre ameaças devido à construção de hidrelétricas e mineração. Além</p><p>disso, outra região importante é a zona costeira e marinha, que possui uma grande</p><p>diversidade de ambientes e espécies, destacando-se os manguezais e os recifes de coral, que</p><p>são ecossistemas importantes e altamente biodiversos.</p><p>2.9 Chamada para a próxima unidade</p><p>Na unidade 3 será abordada a medição da diversidade em ecossistemas. Serão</p><p>apresentados conceitos como riqueza de espécies e abundância relativa. Também serão</p><p>discutidas as limitações e considerações na medição da diversidade. Essa unidade oferecerá</p><p>ferramentas e conceitos para entender melhor a complexidade biológica.</p><p>Até mais!</p><p>27</p><p>Referências</p><p>BARBOSA, R. P.; VIANA, V. J. Recursos naturais e biodiversidade: prevenção e conservação</p><p>dos ecossistemas. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014.</p><p>BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa Áreas Protegidas da Amazônia Arpa</p><p>(Documento de Programa do Governo Brasileiro). Brasília, DF, 2010.</p><p>BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Monitoramento e mapeamento de áreas desmatadas</p><p>no Bioma Mata Atlântica, ocorridas até o ano de 2002 e entre os anos de 2002 e 2008.</p><p>Brasília: Centro de Sensoriamento Remoto; IBAMA, 2010.</p><p>BROOKS, THOMAS M. et al. Habitat loss and extinction in the hotspots of biodiversity. In:</p><p>Conservation biology, v. 16, n. 4, p. 909-923, 2002.</p><p>CTFB. Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil. Disponível em:</p><p><http://fauna.jbrj.gov.br/fauna/faunadobrasil/2>. Acesso em: junho. 2023</p><p>EMBRAPA. Cerrado. Disponível em:</p><p>https://www.embrapa.br/contando-ciencia/bioma-cerrado. Acesso em junho de 2023.</p><p>FLORA DO BRASIL. BFG (The Brazil Flora Group) 2021. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico</p><p>do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em: http://doi.org/10.47871/jbrj2021001</p><p>Acesso em: junho. 2023.</p><p>FUNCATE. Fundação de Ciências, Aplicações e Tecnologias Espaciais. Mapa de vegetação</p><p>nativa nas áreas de aplicação da lei nº 11.428/2006 - Lei da Mata Atlântica, ano base 2009.</p><p>São José dos Campos, SP. 2015.</p><p>IBFFLORESTAS. Mata Atlântica. Disponível em:</p><p>https://www.ibflorestas.org.br/bioma-mata-atlantica. Acesso em junho de 2023.</p><p>IBGE. Estimativa de população. 2021.</p><p>ICMBIO. Atlas dos Manguezais do Brasil / Instituto Chico Mendes de Conservação da</p><p>Biodiversidade. Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2018.</p><p>Disponível em:</p><p>https://ava.icmbio.gov.br/pluginfile.php/4592/mod_data/content/14085/atlas%20dos_mang</p><p>uezais_do_brasil.pdf. Acesso em junho de 2023.</p><p>ICMBIO. Aves da Estação Ecológica de Carijós. Disponível em:</p><p>https://www.icmbio.gov.br/cemave/images/stories/Publica%C3%A7%C3%B5es_cient%C3%A</p><p>Dficas/Aves_EECarijos.pdf. Acesso em junho de 2023.</p><p>ISA. Amazônia Brasileira. Alícia Rolla e Fany Ricardo (coord.). Instituto Socioambiental (ISA),</p><p>2009.</p><p>28</p><p>MITTERMEIER, R. A.; GIL, P. R.; HOFFMAN, M.; PILGRIM, J.; BROOKS, T.; MITTERMEIER, C. G.;</p><p>LAMOREUX, J.; DA FONSECA, G. A. B. Hotspots Revisited: Earth's biologically richest and</p><p>most endangered terrestrial ecoregions. Chicago: The University of Chicago Press Books. 392</p><p>p. 2005.</p><p>BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha do</p><p>Brasil – Brasília: MMA, 2008. Disponível em:</p><p>https://gaigerco.furg.br/images/Arquivos-PDF/MDZC___Dinamica_da_populacao.pdf. Acesso</p><p>em: junho. 2023</p><p>____. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria da Biodiversidade. Brasil: 6º Relatório</p><p>Nacional para a Convenção sobre Diversidade Biológica / Ministério do Meio Ambiente e</p><p>Mudança do Clima, Secretaria da Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais;</p><p>Coordenador: Rodrigo Martins Vieira. Brasília, DF: MMA, 2023.</p><p>____. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade. Patrimônio genético,</p><p>conhecimento tradicional associado e repartição de benefícios [recurso eletrônico]: Lei nº</p><p>13.123, de 20 de maio de 2015; Decreto nº 8.772, de 11 de maio de 2016. – 2. ed. – Brasília,</p><p>DF: MMA, 2022.</p><p>____; SBF. Avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para a conservação,</p><p>utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros.</p><p>Brasília: MMA/SBF, 2002. 404 p.</p><p>MORELLATO, L. P. C.; HADDAD, C. F. B. Introduction: The Brazilian Atlantic Forest. Biotropica.</p><p>v. 32, n. 4b, p. 786–792, 2000.</p><p>MYERS, N. Threatened biotas: “Hot Spots” in tropical forests. The Environmentalist 8(3):</p><p>187-208, 1988.</p><p>MYERS, N., R. A. Mittermeier, C. G. Mittermeier, G. A. B. Fonseca & J. Kent. Biodiversity</p><p>hotspots for conservation priorities. Nature. 403: 853-858, 2000.</p><p>NATGEO. Amazônia. Disponível em:</p><p>https://www.nationalgeographicbrasil.com/natgeo-ilustra/amazonia. Acesso em: junho de</p><p>2023</p><p>PEIXOTO,</p><p>A. L.; LUZ, José Roberto Pujol; BRITO, Marcia Aparecida de (org.). Conhecendo a</p><p>biodiversidade. Brasília: MCTIC, CNPq, PPBio, 2016. 196 p.</p><p>THOMAS, W. W.; CARVALHO, A. M. V. DE; AMORIM, A. M. A.; GARRISON, J.; ARBELAEZ, A. L.</p><p>Plant endemism in two forests in southern Bahia, Brazil. Biodiversity and Conservation, v. 7,</p><p>n. 3, p. 311–322, 1998.</p><p>29</p><p>0</p>