Prévia do material em texto
<p>MINISTÉRIO DA DEFESA</p><p>EXÉRCITO BRASILEIRO</p><p>ESCOLA DE SAÚDE DO EXÉRCITO</p><p>(Es Apl Sv Sau Ex / 1910)</p><p>Cap Dent MARINA SEVERI LEME DINIZ</p><p>A IMPORTÂNCIA DOS PROTOCOLOS DE BIOSSEGURANÇA NA MITIGAÇÃO DE</p><p>RISCOS BIOLÓGICOS EM ODONTOLOGIA</p><p>RIO DE JANEIRO</p><p>2021</p><p>Cap Dent MARINA SEVERI LEME DINIZ</p><p>A IMPORTÂNCIA DOS PROTOCOLOS DE BIOSSEGURANÇA NA MITIGAÇÃO DE</p><p>RISCOS BIOLÓGICOS EM ODONTOLOGIA</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à</p><p>Escola de Saúde do Exército, como requisito</p><p>parcial para aprovação no Curso de</p><p>Aperfeiçoamento Militar.</p><p>Orientador: Cap Otávio Augusto Brioschi Soares</p><p>RIO DE JANEIRO</p><p>2021</p><p>https://ebaula.eb.mil.br/user/view.php?id=35073&course=1</p><p>CATALOGAÇÃO NA FONTE</p><p>ESCOLA DE SAÚDE DO EXÉRCITO/BIBLIOTECA OSWALDO CRUZ</p><p>Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial deste trabalho.</p><p>_________________________________</p><p>Cap MARINA SEVERI LEME DINIZ</p><p>D585 Diniz, Marina Severi Leme.</p><p>A importância dos protocolos de biossegurança na mitigação de</p><p>riscos biológicos em odontologia / Marina Severi Leme Diniz. – 2021.</p><p>27 f.</p><p>Orientador: Cap Otávio Augusto Brioschi Soares</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) – Escola de</p><p>Saúde do Exército, Curso de Aperfeiçoamento Militar, 2021.</p><p>Referências: f. 24-27.</p><p>1. BIOSSEGURANÇA. 2. RISCOS BIOLÓGICOS.</p><p>3. PROTOCOLO. 4. ODONTOLOGIA I. Soares, Otávio</p><p>Augusto Brioschi (Orientador). II. Escola de Saúde do</p><p>Exército. III. A importância dos protocolos de</p><p>biossegurança na mitigação de riscos biológicos em</p><p>odontologia.</p><p>363.1</p><p>CDD 618.047</p><p>https://ebaula.eb.mil.br/user/view.php?id=35073&course=1</p><p>A IMPORTÂNCIA DOS PROTOCOLOS DE BIOSSEGURANÇA NA MITIGAÇÃO DE</p><p>RISCOS BIOLÓGICOS EM ODONTOLOGIA</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à</p><p>Escola de Saúde do Exército, como requisito</p><p>parcial para aprovação no Curso de</p><p>Aperfeiçoamento Militar.</p><p>Orientador: Cap Otávio Augusto Brioschi Soares</p><p>Aprovada em 22 de outubro de 2021.</p><p>COMISSÃO DE AVALIAÇÃO</p><p>_____________________________________________________</p><p>Cap Otávio Augusto Brioschi Soares</p><p>Orientador</p><p>_____________________________________________</p><p>Fernanda V. C. Orlandini</p><p>Avaliadora</p><p>https://ebaula.eb.mil.br/user/view.php?id=35073&course=1</p><p>https://ebaula.eb.mil.br/user/view.php?id=35073&course=1</p><p>https://ebaula.eb.mil.br/user/view.php?id=35073&course=1</p><p>RESUMO</p><p>A recente pandemia de Covid-19 evidenciou a vulnerabilidade dos profissionais de</p><p>odontologia frente aos riscos biológicos. O presente estudo teve como objetivo propor</p><p>protocolos de biossegurança que são necessários para mitigar os riscos biológicos nos</p><p>consultórios e clínicas odontológicas. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas principais</p><p>bases de dados pesquisando as seguintes palavras-chave: "biossegurança e odontologia”,</p><p>“riscos biológicos e odontologia” e “protocolos e biossegurança e odontologia”. Risco</p><p>biológico é um tipo de risco ocupacional definido como a probabilidade da ocorrência de um</p><p>evento adverso em virtude da presença de um agente biológico, que pode ser transmitido</p><p>por via aérea, por sangue ou outros fluidos orgânicos, ou pelo contato direto e indireto com</p><p>o paciente. A biossegurança na odontologia é um conjunto de medidas empregadas com a</p><p>finalidade de proteger a equipe e os pacientes em ambiente clínico. As precauções-padrão</p><p>são procedimentos preventivos mínimos que devem ser utilizados independentemente de</p><p>diagnóstico confirmado ou presumido de doença infecciosa, como a correta lavagem de</p><p>mãos e o correto uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). É de responsabilidade</p><p>do dentista adotar medidas de prevenção e controle de infecção para evitar ou reduzir ao</p><p>máximo a transmissão de microrganismos durante qualquer assistência odontológica</p><p>realizada em seu consultório. A mitigação dos riscos é possível, desde que um protocolo</p><p>similar ao que é apresentado pelo presente trabalho seja seguido.</p><p>Palavras-chave: Biossegurança. Riscos Biológicos. Protocolos. Odontologia</p><p>.</p><p>ABSTRACT</p><p>The recent Covid-19 pandemic highlighted the vulnerability of dental professionals to</p><p>biological risks. This study aimed to propose biosafety protocols that are necessary to</p><p>mitigate biological risks in dental offices and clinics. A review of the literature was carried</p><p>out in the main databases searching for the following keywords: "biosafety and dentistry",</p><p>"biological risks and dentistry" and "protocols and biosafety and dentistry". Biological risk is</p><p>a type of occupational risk defined as the probability the occurrence of an adverse event due</p><p>to the presence of a biological agent, which can be transmitted by air, blood, or other body</p><p>fluids, or by direct and indirect contact with the patient. Biosafety in dentistry is a set of</p><p>measures used to protect staff and patients in a clinical environment. Standard precautions</p><p>are minimal preventive procedures that should be used regardless of a confirmed or</p><p>presumed diagnosis of infectious disease, such as correct hand washing and correct use of</p><p>personal protective equipment (PPE). It is the dentist's responsibility to adopt infection</p><p>prevention and control measures for and prevent or reduce as much as possible the</p><p>transmission of microorganisms during any dental assistance performed in your office. Risk</p><p>mitigation is possible, since a protocol similar to the one presented in this work is followed.</p><p>Key words: Biosafety. Biological Hazards. Protocols. Dentistry.</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 6</p><p>2. METODOLOGIA ....................................................................................................................................... 7</p><p>3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 7</p><p>3.1 RISCOS OCUPACIONAIS ........................................................................................................................................ 7</p><p>3.2 BIOSSEGURANÇA .............................................................................................................................................. 10</p><p>3.3 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) .................................................................................................... 12</p><p>3.4 MEDIDAS DE PRECAUÇÃO-PADRÃO ...................................................................................................................... 16</p><p>4. PROTOCOLO PARA MITIGAÇÃO DE RISCOS BIOLÓGICOS .......................................................................18</p><p>4.1 ESTRUTURA FÍSICA ............................................................................................................................................ 18</p><p>4.2 PRONTUÁRIOS ................................................................................................................................................. 19</p><p>4.3 PREPARO DA SALA ............................................................................................................................................ 19</p><p>4.3.1 LIMPEZA E DESINFECÇÃO: ............................................................................................................................... 19</p><p>4.3.2 BARREIRAS FÍSICAS ........................................................................................................................................ 20</p><p>4.4 ANAMNESE .....................................................................................................................................................</p><p>20</p><p>4.5 PREPARAÇÃO PARA O ATENDIMENTO ................................................................................................................... 21</p><p>4.5.1 PACIENTE: ................................................................................................................................................... 21</p><p>4.5.2 PARAMENTAÇÃO DA EQUIPE ASSISTENCIAL:........................................................................................................ 21</p><p>4.6 REALIZAÇÃO DO TRATAMENTO ............................................................................................................................ 22</p><p>4.7 TÉRMINO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO ............................................................................................................ 22</p><p>4.8 REMOÇÃO DAS BARREIRAS E DESPARAMENTAÇÃO DOS EPIS DOS PACIENTES APÓS ATENDIMENTO: ................................... 22</p><p>4.9 DESPARAMENTAÇÃO DA EQUIPE: ........................................................................................................................ 22</p><p>4.10 LIMPEZA DA SALA/CONSULTÓRIO APÓS ATENDIMENTO: ......................................................................................... 23</p><p>5. CONCLUSÃO ..........................................................................................................................................24</p><p>REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................24</p><p>A importância dos protocolos de biossegurança na mitigação de</p><p>riscos biológicos em odontologia</p><p>MARINA SEVERI LEME DINIZ1</p><p>OTÁVIO AUGUSTO BRIOSCHI SOARES2</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Diante da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2, vírus causador da COVID-19) as</p><p>medidas de prevenção e controle de infecção, que visam evitar ou reduzir ao máximo a</p><p>transmissão não só deste vírus, mas como de outros micro-organismos, se tornou</p><p>imprescindível. A recente pandemia expôs as deficiências dos protocolos de biossegurança</p><p>existentes e a baixa proteção dos profissionais de odontologia.</p><p>Os consultórios e clínicas odontológicas passaram a ser publicamente classificados</p><p>como ambientes de alto risco de infecção cruzada entre pacientes e profissionais de saúde</p><p>(VAN DOREMALEN et al,2020) e os dentistas foram classificados como um dos profissionais</p><p>mais expostos ao risco de serem afetados pela COVID-19, mais que enfermeiros e clínicos</p><p>gerais, por realizarem o tratamento em contato muito próximo com os pacientes (GAMIO,</p><p>2020).</p><p>A transmissão de patógenos em ambientes odontológicos pode ocorrer pela inalação</p><p>de micro-organismos que permanecem suspensos no ar por longos períodos, contato direto</p><p>com sangue, fluidos orais, ou outros materiais do paciente, contato da mucosa conjuntival,</p><p>nasal ou oral com gotículas e aerossóis contendo micro-organismos gerados a partir de um</p><p>indivíduo infectado e impulsionados a uma curta distância por tosse ou conversação sem</p><p>máscara, e contato indireto com instrumentos contaminados e/ou superfícies do ambiente.</p><p>Dessa forma, o ambiente odontológico é classificado como de alto risco biológico</p><p>devido aos procedimentos realizados que envolvem comunicação face a face com pacientes e</p><p>exposição frequente à saliva, sangue e outros fluidos corporais, bem como manuseio de</p><p>instrumentos perfuro cortantes.</p><p>Dessa forma, é necessário o estabelecimento de protocolos de biossegurança a serem</p><p>seguidos corretamente para impedir ou minimizar a propagação dos micro-organismos. O</p><p>1</p><p>Dentista, odontopediatra, Escola de Saúde do Exército. E-mail: marinasleme@gmail.com</p><p>2</p><p>Médico veterinário, doutor em medicina veterinária, Escola de Saúde do Exército.</p><p>https://ebaula.eb.mil.br/user/view.php?id=35073&course=1</p><p>controle do ambiente com elevado risco biológico deve ser parte da rotina e deve ser de</p><p>conhecimento de todos os profissionais que trabalham com odontologia. (THOME et al.,</p><p>2020 e OLIVEIRA; ALMEIDA, 2015)</p><p>Portanto, o presente estudo, por meio de uma revisão bibliográfica, teve como</p><p>objetivo propor protocolos de biossegurança que são necessários para mitigar os riscos</p><p>biológicos nos consultórios e clínicas odontológicas.</p><p>2. METODOLOGIA</p><p>Foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando as principais bases de dados</p><p>existentes em sites na Internet, como PubMed, Scielo, Lilacs e Google Acadêmico.</p><p>A busca incluiu artigos originais, revisões e documentos com orientações técnicas</p><p>publicados por autoridades sanitárias, como a ANVISA e os Conselhos de Odontologia.</p><p>As palavras-chave pesquisadas foram: "biossegurança e odontologia”, “riscos</p><p>biológicos e odontologia” e “protocolos e biossegurança e odontologia”.</p><p>3. RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>3.1 Riscos ocupacionais</p><p>De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) são considerados</p><p>riscos ocupacionais a possibilidade de perda ou dano e a probabilidade de que tal perda ou</p><p>dano ocorra. Implica, pois, a probabilidade de ocorrência de um evento adverso. Os riscos</p><p>mais frequentes a que estão sujeitos os profissionais que atuam em assistência odontológica</p><p>são os físicos, os químicos, os ergonômicos, os mecânicos ou de acidente, os advindos da</p><p>falta de conforto e higiene e os biológicos (BRASIL, 2006).</p><p>- Risco Físico: Exposição dos profissionais a agentes físicos (ruído, vibração, radiação</p><p>ionizante e não-ionizante, temperaturas extremas, iluminação deficiente ou excessiva,</p><p>umidade e outros). São causadores desses riscos: caneta de alta rotação, compressor de ar,</p><p>equipamento de RX, equipamento de laser, fotopolimerizador, autoclave, condicionador de</p><p>ar etc.</p><p>- Risco Químico: Exposição dos profissionais a agentes químicos (poeira, névoas,</p><p>vapores, gases, mercúrio, produtos químicos em geral e outros. Os principais causadores</p><p>são: amalgamadores, desinfetantes químicos (álcool, hipoclorito de sódio, ácido peracético,</p><p>clorexidina, entre outros) e os gases medicinais (óxido nitroso e outros).</p><p>- Risco Ergonômico: Causado por agentes ergonômicos como postura incorreta,</p><p>ausência do profissional auxiliar e/ou técnico, falta de capacitação do pessoal auxiliar,</p><p>atenção e responsabilidade constantes, ausência de planejamento, ritmo excessivo, atos</p><p>repetitivos, entre outros.</p><p>- Risco Mecânico: exposição da equipe odontológica a agentes mecânicos ou que</p><p>propiciem acidentes. Entre os mais frequentes pode-se citar: espaço físico subdimensionado;</p><p>arranjo físico inadequado; instrumental com defeito ou impróprio para o procedimento;</p><p>perigo de incêndio ou explosão; edificação com defeitos; improvisações na instalação da</p><p>rede hidráulica e elétrica; ausência de EPI e outros.</p><p>- Riscos pela falta de conforto e higiene: Exposição do profissional a riscos por</p><p>ausência de conforto no ambiente de trabalho e a riscos sanitários. Como por exemplo:</p><p>sanitário em número insuficiente e sem separação por sexo, falta de produtos de higiene</p><p>pessoal, como sabonete e toalha descartável nos lavatórios, ausência de água potável para</p><p>consumo, falta de local apropriado para lanches ou refeições, entre outros.</p><p>- Risco Biológico: considera-se risco biológico a probabilidade da ocorrência de um</p><p>evento adverso em virtude da presença de um agente biológico. As vias de transmissão</p><p>desses agentes podem ser:</p><p> Transmissão por via aérea: ocorre por meio de gotículas e aerossóis que são gerados</p><p>durante os procedimentos odontológicos. A diferença entre gotículas e aerossóis está</p><p>no tamanho. O aerossol produzido no atendimento odontológico pode chegar a 0,5</p><p>μm, sendo as gotículas superiores a 10 μm. (WITZEL et al., 2020). As principais</p><p>doenças transmissíveis por via aérea são: Doença meningocócica; gripe ou influenza;</p><p>mononucleose, rubéola e sarampo, tuberculose e covid-19.</p><p> Transmissão por sangue e outros fluidos orgânicos: como na prática odontológica é</p><p>comum a manipulação de sangue e outros fluidos orgânicos existe risco para as</p><p>exposições percutânea (lesão provocada por instrumentos perfurocortantes),</p><p>mucosa (contato com respingos na face envolvendo olhos, nariz e boca), cutânea</p><p>(contato com pele com dermatite ou feridas abertas) e mordeduras humanas. As</p><p>principais doenças transmissíveis por sangue e outros fluidos orgânicos são:</p><p>Hepatites A, B e C e AIDS.</p><p> Transmissão pelo contato direto e indireto com o paciente: ocorre por meio de</p><p>contato direto (mãos e pele) ou indireto (superfícies ou itens do paciente). As</p><p>principais doenças transmissíveis dessa forma são: Herpes simples, Escabiose,</p><p>Pediculose, micoses e conjuntivite.</p><p>A tabela 1 apresenta os riscos ocupacionais, os possíveis danos e as formas existentes</p><p>para evitar os referidos riscos.</p><p>Tabela 1. Riscos ocupacionais, possíveis causas e danos e fatores críticos de sucesso para</p><p>evitá-los.</p><p>Fatores Críticos de Sucesso Riscos Causas Potenciais Consequências</p><p>Uso de protetor auricular</p><p>Risco Físico</p><p>Caneta de Alta e Baixa</p><p>Rotação / Compressor</p><p>Perda auditiva</p><p>Uso de óculos de proteção</p><p>Fotopolimerizador /</p><p>Iluminação do</p><p>ambiente</p><p>Danos à visão</p><p>Equipamentos de proteção radiológica Equipamento de RX</p><p>Efeitos biológicos da</p><p>radiação ionizante</p><p>Utilizar EPIs adequados para o manuseio</p><p>de produtos e EPIS adequados, pelo</p><p>dentista e paciente, durante o</p><p>atendimento</p><p>Risco</p><p>Químico</p><p>Desinfetantes e</p><p>sanitizantes</p><p>Intoxicação compostos</p><p>voláteis</p><p>Fazer manutenção preventiva das</p><p>válvulas dos recipientes contendo gases</p><p>medicinais</p><p>Gases medicinais Danos ao pulmão</p><p>Utilização de bons mochos e com</p><p>regulagem adequada</p><p>Risco</p><p>Ergonômico</p><p>Posição de trabalho</p><p>Lesões em ombros,</p><p>pescoço, mãos, coluna</p><p>Atendimento a quatro mãos Ausência e auxiliar</p><p>Aumento da amplitude de</p><p>movimentos e maior risco</p><p>de lesões</p><p>Realizar exercícios de alongamento entre</p><p>os atendimentos</p><p>Atos repetitivos</p><p>Lesão por esforço</p><p>repetitivo</p><p>Manter instrumentais em número</p><p>suficiente e com qualidade para o</p><p>atendimento</p><p>Risco</p><p>Mecânico</p><p>Instrumental com</p><p>defeito ou impróprio</p><p>para o procedimento</p><p>Acidentes pérfuro-</p><p>cortantes</p><p>Ter extintores de incêndio e capacitar a</p><p>equipe para utilização</p><p>Incêndio ou explosão</p><p>Acidentes com</p><p>queimaduras e</p><p>problemas respiratórios</p><p>Realizar manutenção preventiva e</p><p>corretiva da estrutura física, incluindo</p><p>instalações hidráulicas e elétricas</p><p>Edificação com defeitos</p><p>e incêndio</p><p>Acidentes</p><p>Usar sugadores de alta potência; manter</p><p>o ambiente ventilado; usar exaustores</p><p>com filtro HEPA; usar máscara de</p><p>proteção respiratória; usar óculos de</p><p>proteção</p><p>Risco</p><p>Biológico</p><p>Aerossóis produzidos</p><p>durante atendimento</p><p>odontológico</p><p>Contaminação com</p><p>microorganismos</p><p>transmissíveis por via</p><p>aérea</p><p>Não reencapar, entortar, quebrar ou</p><p>retirar as agulhas da seringa com as</p><p>mãos; desprezar material pérfuro-</p><p>cortante em local específico; utilizar EPIs</p><p>adequados</p><p>Manipulação sangue e</p><p>saliva</p><p>Contaminação com</p><p>microorganismos de</p><p>doenças transmissíveis</p><p>por sangue e outros</p><p>fluídos orgânicos</p><p>Uso de EPI adequado; higienização das</p><p>mãos, manter os cabelos presos,</p><p>desinfecção concorrente das secreções e</p><p>dos artigos contaminados</p><p>Contato direto com o</p><p>paciente</p><p>Contaminação com</p><p>microorganismos de</p><p>doenças transmissíveis</p><p>por contato direto ou</p><p>indireto</p><p>Para atingir o objetivo do presente trabalho, o conceito de risco biológico será mais</p><p>explorado.</p><p>3.2 Biossegurança</p><p>Biossegurança ou segurança biológica concerne ao emprego do conhecimento,</p><p>técnicas e equipamentos com o intuito de precaver a exposição do trabalhador a agentes</p><p>potencialmente infecciosos ou biorriscos (MASTROENI, 2006). A biossegurança é</p><p>fundamental, essencialmente para aqueles que desenvolvem suas atividades laborais na</p><p>área da saúde, com a finalidade de proteção própria contra os agentes infecciosos em</p><p>ambientes potencialmente perigosos (MOLINA et al., 2017)</p><p>Engelman et al. (2010) afirmam que a biossegurança em Odontologia é estabelecida</p><p>como um grupo de estratégias adaptadas ao ambiente de trabalho do odontólogo, com o</p><p>objetivo de proteger e resguardar o indivíduo a ser atendido, o próprio cirurgião dentista e</p><p>as pessoas que fazem parte do seu grupo de trabalho, dos riscos inerentes à profissão, bem</p><p>como a contaminação por microrganismos patológicos.</p><p>Ramacciato et al. (2007), definem biossegurança na odontologia como um conjunto</p><p>de medidas empregadas com a finalidade de proteger a equipe e os pacientes em ambiente</p><p>clínico. Tais medidas preventivas têm como objetivo a redução dos riscos ocupacionais e</p><p>controle da infecção cruzada.</p><p>A contaminação cruzada em ambiente clínico pode ser conceituada como a</p><p>transmissão de agentes infecciosos entre pacientes e equipe (e vice-versa), e pode ocorrer:</p><p>1. Dos pacientes para o profissional e a equipe de saúde bucal;</p><p>2. Dos profissionais e equipe de saúde bucal para os pacientes;</p><p>3. De um paciente para outro, via pessoal ou instrumentais odontológicos;</p><p>4. Via fômites, podendo atingir tanto pacientes como pessoal de serviço,</p><p>incluindo os dos laboratórios de prótese (WITZEL et al., 2020).</p><p>Atender as normas de biossegurança é extremamente importante para evitar a</p><p>contaminação cruzada, e vital para a segurança do paciente e da equipe de profissionais.</p><p>As medidas básicas para prevenção e controle de infecções são: adotar medidas para</p><p>proteger a saúde da equipe, tais como anamnese do paciente, vacinação da equipe e</p><p>lavagem das mãos; evitar contato direto com matéria potencialmente contaminante, por</p><p>meio do uso de Equipamentos de Proteção Individual; limitar a propagação de</p><p>microrganismos, utilizando sugadores de qualidade, além do uso de antissépticos bucais nos</p><p>pacientes e por último tornar seguro o uso de artigos, peças anatômicas e superfícies,</p><p>fazendo de maneira correta a limpeza, desinfecção e esterilização dos instrumentais</p><p>reutilizados (FIALHO et al., 2011; ATKINSON et al., 2020).</p><p>Para Cardoso, Passos e Carneiro quando se objetiva evitar a infecção cruzada, além</p><p>do correto manejo dos resíduos, as medidas preventivas que devem ser tomadas são: o uso</p><p>de equipamentos de proteção individual, prevenção de acidentes com instrumentos</p><p>perfurocortantes, manejo adequado em caso de acidentes de trabalho, esterilização dos</p><p>equipamentos e o destino correto dos resíduos e dejetos produzidos.</p><p>Atualmente, para os profissionais da odontologia há um risco potencialmente</p><p>elevado para a contaminação com coronavírus, principalmente o SARS-CoV-2, causador da</p><p>COVID-19, devido à exposição constante de saliva, sangue, partículas aerossolizadas e a</p><p>provável inalação deste material, instrumentos e superfícies contaminadas (IZZETTI et al.,</p><p>2020).</p><p>O uso de instrumentos rotatórios e a inalação de partículas de sangue aerossolizadas</p><p>durante os procedimentos odontológicos causam, nos cirurgiões-dentistas riscos e temores</p><p>de contaminação pelo vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV) e vírus da</p><p>imunodeficiência humana (HIV) (HARIDI et al., 2016).</p><p>Os acidentes com material biológico representam um risco ocupacional aos</p><p>profissionais da odontologia (NOGUEIRA et al., 2016). Em tempos atuais, condutas de</p><p>biossegurança são necessárias, nas práticas odontológicas (FARIA et al., 2020) para: evitar</p><p>contaminação cruzada (TUÑAS et al., 2020), propagação de diversos vírus, como o</p><p>coronavírus causador da COVID-19 e evitar disseminação de doenças infectantes, pelas</p><p>secreções orais e nasais dos pacientes, a fim de proteger profissionais e auxiliares (YANGY et</p><p>al., 2020).</p><p>Para os profissionais da odontologia e demais prestadores de serviço de saúde o uso</p><p>de EPI atua como barreira protetiva e inclui: óculos de proteção, máscaras, luvas, protetores</p><p>faciais, além de roupas apropriadas que são sempre indicadas em ambientes clínicos e</p><p>hospitalares, em diferentes momentos, com doenças infectocontagiosas,</p><p>mesmo durante o</p><p>período da Pandemia da COVID-19 (SANTOS; BARBOSA, 2020).</p><p>3.3 Equipamento de Proteção Individual (EPI)</p><p>Para evitar o risco de infecção cruzada e outros acidentes durante a prática, é</p><p>necessária a utilização dos EPIs, que consistem no principal meio de prevenção da</p><p>transmissão de patógenos, sendo considerados uma barreira simples, de grande eficácia.</p><p>Considera-se EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,</p><p>destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho</p><p>(BRASIL, 2018). A NR 32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde), do</p><p>Ministério do Trabalho, regulamenta que todos os trabalhadores com possibilidade de</p><p>exposição a agentes biológicos devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em</p><p>condições de conforto, competindo ao profissional usá-los e conservá-los (BRASIL, 2005).</p><p>A desatenção profissional no trabalho, na categoria Ordem Pessoal, é a causa que</p><p>mais se destaca para o acontecimento do acidente. Na Ordem Técnica, a negligência do</p><p>profissional aparece, principalmente, relacionada à biossegurança, ou seja, o profissional</p><p>conhece as medidas de proteção para manusear o material, mas não as utiliza de forma</p><p>adequada, pois acredita que os acidentes não ocorrerão. Na categoria Ordem de Trabalho, a</p><p>carga excessiva de trabalho do dentista surge como um contribuinte ao estresse no trabalho</p><p>e favorece o acidente (SANTOS, 2014).</p><p>O comportamento seguro consiste em eliminar objetos cortantes e agulhas em um</p><p>coletor apropriado com um dispositivo que permita separar a agulha e descartá-la sem a</p><p>ajuda da outra mão para reduzir o risco de contaminação (LEE et al., 2014).</p><p>Esses riscos, no entanto, podem ser mitigados com o uso de equipamentos de</p><p>proteção coletivos e individuais; cumprimento da NR 32 e adotando-se medidas de</p><p>promoção e prevenção à saúde, a exemplo do uso correto de equipamentos, seguindo a lei</p><p>de ergonomia e ambiência adequadas, imunização etc. (SÃO PAULO, 2003; OLIVEIRA; DE</p><p>ALMEIDA, 2015)</p><p>Os EPIs que deverão ser utilizados, de acordo com resoluções do Conselho Federal de</p><p>Odontologia (CFO) e Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo (CROSP), são</p><p>(WITZEL et al., 2020 e THOME et al., 2020):</p><p> Equipamento de Proteção Respiratória (EPR)</p><p>O uso de EPR adequado visa à proteção dos profissionais contra a inalação de</p><p>agentes nocivos à saúde. As peças faciais filtrantes (no mínimo PFF-2) ou N95 são</p><p>respiradores (não são máscaras) recomendados para a proteção contra aerossóis (partículas</p><p>menores que 0,5 μm) que contenham partículas não biológicas (poeiras, névoas e fumos),</p><p>assim como partículas virais (ex: SARS-CoV-2) e outros micro-organismos. Porém perdem,</p><p>significativamente, sua eficiência quando umedecidos e/ou molhados, portanto, deverão</p><p>estar recobertos por anteparo facial (viseira ou escudo facial).</p><p>Os respiradores PFF-2 (no mínimo) possuem 94% de eficiência no bloqueio de</p><p>aerossol e se equivalem aos modelos N95, que apresentam eficiência de 95% (ABNT/NBR</p><p>13698:1996). Ambos os dispositivos são chamados de respiradores. Se mantidos secos, têm</p><p>vida útil de 4 horas de uso ininterrupto, quando utilizados de forma única e exclusiva.</p><p>Os respiradores podem ser reutilizados pelo mesmo usuário enquanto</p><p>permanecerem em boas condições de uso (com a vedação preservada, não umedecidos e</p><p>com a parte interna íntegra) e não estiverem sujos ou contaminados por fluidos corpóreos.</p><p>Os mesmos devem ser acondicionados, após o uso, em caixas perfuradas (nunca em sacos</p><p>plásticos), tomando o cuidado de não contaminar a parte interna: sempre considerar a parte</p><p>externa contaminada. O manuseio inadequado, entretanto, pode transportar patógenos da</p><p>superfície externa do filtro para a parte interna, reduzindo a vida útil do PFF-2.</p><p>O uso de respiradores com válvula de exalação tem função de filtragem somente do</p><p>exterior para o interior. Portanto, seu uso é contraindicado em ambiente odontológico.</p><p>O uso de uma máscara cirúrgica sobre o respirador, com ou sem válvula, viabiliza o</p><p>seu reuso, pois evita que seja umedecido por gotículas.</p><p>A máscara cirúrgica não é um EPR efetivo. Portanto, o seu uso não protege o usuário</p><p>de infecções transmitidas por aerossóis, pois a vedação no rosto é precária neste tipo de EPI.</p><p>Para prolongar a vida útil dos respiradores, a utilização de máscara cirúrgica sobre o</p><p>equipamento é uma alternativa para reduzir a sujidade e a umidade. Porém, deve-se analisar</p><p>esta conduta frente a excepcional escassez de EPI.</p><p>O ideal é possuir ao menos cinco respiradores, identificando-os e utilizando-os de</p><p>forma diária alternada. Após cinco utilizações de cada respirador, o ideal é que sejam</p><p>descartados, pois a vedação pode estar comprometida.</p><p>Não colocar máscara cirúrgica sob o respirador, pois compromete o vedamento no</p><p>rosto do usuário.</p><p>A presença de barba, piercings, maquiagem ou cicatriz na zona de contato pode</p><p>comprometer o vedamento dos respiradores.</p><p>Finalizado o atendimento, o respirador PFF-2 não deve ser removido enquanto o</p><p>profissional/auxiliar permanecer na sala de atendimento.</p><p> Jaleco</p><p>Utilizar jalecos de TNT ou de material SMS (spunbond, meltblown, spunbond)</p><p>descartáveis e impermeáveis, com fechamento traseiro. A troca do jaleco deve ser realizada</p><p>a cada paciente. O jaleco não é autoclavável e não deve ser lavado para reúso, mesmo que</p><p>seja impermeável. Realiza-se o descarte sem manuseio da parte externa pelo profissional ou</p><p>equipe. A gramatura mínima que se recomenda neste manual é de 50 g/cm2 (gramatura que</p><p>garante a impermeabilidade e, portanto, a proteção da equipe de saúde bucal).</p><p> Gorros</p><p>Devem ser descartáveis e hidrorrepelentes, como os usados rotineiramente nas</p><p>dependências das clínicas, sendo trocados após cada atendimento. O gorro deve ser</p><p>utilizado para proteger e cobrir totalmente os cabelos e parte superior da cabeça, podendo</p><p>ser utilizado duplamente: um antes da colocação do respirador e outro sobre ele, com a</p><p>finalidade de proteger os elásticos do respirador. É importante ressaltar que todas as áreas</p><p>dos cabelos devem estar totalmente protegidas no interior do gorro, uma vez que franjas e a</p><p>parte posterior de cabelos compridos podem ser contaminados pelos aerossóis produzidos</p><p>durante o atendimento ou servir como fonte de contaminação por microrganismos (como</p><p>SARS-CoV-2). Gorros com aberturas traseiras, que permitam que a parte posterior dos</p><p>cabelos compridos fique exposta, não cumprem esta função. Além disso, acessórios como</p><p>brincos, piercings e relógios de pulso devem ser removidos durante o atendimento, e a</p><p>orelha recoberta completamente pelo gorro.</p><p>O descarte dos EPIs deve ser como resíduo contaminado e a cada atendimento, com</p><p>exceção do EPR respirador (que pode ser reutilizado por um período maior).</p><p> Óculos de proteção</p><p>Todos os membros da equipe odontológica devem utilizar óculos com vedação</p><p>lateral. Óculos corretivos não substituem os de proteção, sendo necessário usar os óculos de</p><p>proteção sobre os normais. Em tempos de covid-19, recomenda-se o uso de óculos com</p><p>vedamento (ex: cirúrgicos ou alternativas como os de ampla visão, mergulho, ski ou</p><p>industriais).</p><p> Protetores faciais</p><p>Devem, obrigatoriamente, vedar o rosto latero-lateralmente, de tragus a tragus,</p><p>inferiormente indo até a região submandibular, mas sem ultrapassá-la demasiadamente,</p><p>para não haver o risco de ser deslocada para cima quando o profissional abaixar a cabeça</p><p>durante o procedimento, além de serem vedadas superiormente, e colocadas sobre o gorro</p><p>descartável, para não se correr o risco de penetração do aerossol. Recomenda-se que todos</p><p>os membros da equipe de saúde bucal utilizem o protetor facial sobre o respirador e os</p><p>óculos. Após o atendimento, as viseiras deverão ser lavadas com sabonetes líquidos</p><p>germicidas e desinfetadas com solução de hipoclorito de</p><p>sódio a 1%, enxaguadas, e</p><p>enxugadas com toalhas de papel. Se preferir utilizar álcool a 70%, não deverão ser</p><p>enxaguadas.</p><p> Sapatos</p><p>Devem ser fechados obrigatoriamente. Prefira sapatos laváveis indicados para</p><p>ambiente hospitalar.</p><p>Apesar de informações atualizadas e conhecimentos sobre os riscos biológicos na</p><p>Odontologia, os protocolos não são seguidos na prática, tornando o cirurgião-dentista um</p><p>dos profissionais com a maior risco de exposição de acidentes biológicos, havendo assim</p><p>uma necessidade de implementação de programas para a adoção de comportamentos</p><p>seguros por parte de toda equipe odontológica. (OLIVEIRA; ALMEIDA, 2015)</p><p>É de responsabilidade do dentista adotar medidas de prevenção e controle de</p><p>infecção para evitar ou reduzir ao máximo a transmissão de microrganismos durante</p><p>qualquer assistência odontológica realizada em seu consultório. (CFO, 2020)</p><p>Os atendimentos odontológicos no Exército Brasileiro são realizados nos gabinetes</p><p>odontológicos existentes em Organizações Militares, em Postos Médicos de Guarnição (tipo</p><p>I, II, III e IV), em Hospitais Gerais e Hospitais Militares de Área e na Odontoclínica Central do</p><p>Exército. Devido às diferentes estruturas físicas e às etapas do processo de aquisição de</p><p>material, o protocolo será apresentado com duas opções: o ideal e o adaptado à falta de</p><p>material ou estrutura física.</p><p>3.4 Medidas de precaução-padrão</p><p>De acordo com a Anvisa (2012), é necessária a adoção de medidas de precaução-</p><p>padrão durante a prática diária, com o objetivo de minimizar, prevenir ou reduzir os riscos</p><p>ao qual o profissional está exposto.</p><p>Precauções-padrão são procedimentos preventivos mínimos que devem ser</p><p>utilizados independentemente de diagnóstico confirmado ou presumido de doença</p><p>infecciosa transmissível no indivíduo fonte (CROSP, 2020). Essas medidas devem ser</p><p>adotadas para/por todos os pacientes e para/por toda equipe de saúde bucal.</p><p>Como os procedimentos odontológicos frequentemente produzem aerossóis, a OMS,</p><p>o CDC, a ADA e a ANVISA atualmente recomendam para esses procedimentos, além da</p><p>higienização das mãos, o uso de jaleco e gorro descartáveis, óculos de proteção, protetor</p><p>facial e respirador tipo PFF2/N95. (CROSP, 2020)</p><p>Medidas para redução da geração de gotículas e aerossóis:</p><p> Colocar o paciente na posição apropriada ao procedimento;</p><p> Utilizar sucção/aspiração de alta potência além de isolamento absoluto para reduzir a</p><p>dispersão de gotículas e aerossóis contendo saliva;</p><p> Evitar o uso de seringa tríplice, principalmente em sua forma em névoa (spray),</p><p>quando se aciona os dois botões simultaneamente;</p><p> Regular a saída de água de refrigeração para a menor produção de aerossol, assim</p><p>como os demais aparelhos produtores de aerossol;</p><p> Sempre que possível, utilizar dispositivos manuais, como escavadores de dentina,</p><p>para a remoção de tecido cariado (evitar canetas de alta e baixa rotações - se for</p><p>necessário, optar pela baixa rotação que não produza aerossol), e curetas</p><p>periodontais para raspagem periodontal. Preferir técnicas que não gerem aerossol,</p><p>como as químico-mecânicas, mínima intervenção ou o ART (Atraumatic Restorative</p><p>Treatment - Restauração Atraumática), se possível;</p><p> Sempre que possível: utilizar isolamento absoluto (dique de borracha).</p><p>As seguintes medidas devem ser utilizadas durante o atendimento de todos os</p><p>pacientes, independente de diagnostico confirmado ou presumido de doença infecciosa</p><p>transmissível:</p><p> Utilizar Equipamentos de Proteção Individual.</p><p> Lavar as mãos antes e após o contato com o paciente e entre dois procedimentos</p><p>realizados no mesmo paciente.</p><p> Manipular cuidadosamente o material perfurocortante.</p><p> Não reencapar, entortar, quebrar ou retirar as agulhas das seringas. Se o paciente</p><p>precisar de complementação anestésica de uma única seringa, a agulha pode ser</p><p>reencapada pela técnica de deslizar a agulha para dentro da</p><p> tampa deixada sobre uma superfície (bandeja do instrumental ou mesa auxiliar).</p><p> Transferir os materiais e artigos, durante o trabalho a quatro mãos, com toda a</p><p>atenção e, sempre que possível, utilizando-se uma bandeja.</p><p> Manter as caixas de descarte dispostas em locais visíveis e de fácil acesso e não</p><p>preenchê-las acima do limite de 2/3 de sua capacidade total.</p><p> Descontaminar as superfícies com desinfetantes preconizados pelo Controle de</p><p>Infecção, caso haja presença de sangue ou secreções potencialmente infectantes.</p><p> Submeter os artigos utilizados a limpeza, desinfecção e/ou esterilização, antes de</p><p>serem utilizados em outro paciente.</p><p> Não tocar os olhos, nariz, boca, máscara ou cabelo durante a realização dos</p><p>procedimentos ou manipulação de materiais orgânicos, assim como não se</p><p>alimentar, beber ou fumar no consultório.</p><p> Durante os procedimentos (com luvas), não atender telefones, abrir portas usando a</p><p>maçaneta nem tocar com as mãos em locais passiveis de contaminação (ANVISA,</p><p>2010 e LEITE et al., 2019).</p><p>A correta higiene das mãos é uma das medidas mais importantes para evitar a</p><p>disseminação de doenças, tem um papel fundamental e deve ser realizada nos seguintes</p><p>momentos:</p><p>1. Antes de entrar em contato com o paciente;</p><p>2. Imediatamente antes de qualquer procedimento;</p><p>3. Imediatamente após o risco de exposição a fluidos corporais (saliva e sangue);</p><p>4. Após o contato com o paciente, superfícies e objetos próximos a ele, e ao sair da</p><p>sala de atendimento;</p><p>5. Após tocar em qualquer objeto, mobília e outras superfícies nas proximidades do</p><p>paciente, ainda que não tenha entrado em contato com o paciente. (CROSP, 2020)</p><p>Deve-se salientar que os EPIs só realizarão a tarefa de prevenir riscos se as atitudes</p><p>anteriores de preparo forem tomadas adequadamente: unhas aparadas, rostos sem</p><p>maquiagem, mãos e punhos devidamente higienizados, cabelos presos e barbas aparadas.</p><p>4. PROTOCOLO PARA MITIGAÇÃO DE RISCOS BIOLÓGICOS</p><p>4.1 Estrutura física</p><p>O ambiente clínico deve ser fechado, com área mínima de 9m2. Consultórios</p><p>coletivos devem ter no mínimo a distância de 0,8 metros nas cabeceiras e 1m nas laterais de</p><p>cada cadeira, entre 2 cadeiras deve haver a distância de 2 metros, com uma barreira</p><p>mecânica entre essas no caso da distância mínima. O spray emitido por uma caneta de alta</p><p>rotação atinge até um raio de 2 metros, por isso esses locais expostos a tais aerossóis devem</p><p>ser considerados infectados. (ANVISA, 2020; CFO, 2020)</p><p>Desde o ano de 2002, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa –recomenda</p><p>o uso de Exaustores com Filtros HEPA para garantir a qualidade do ar (Brasil, 2002) e diante</p><p>do atual cenário essa recomendação ganhou ainda mais força com a publicação do CROSP:</p><p>(...) verificar o fluxo de ar da sala de atendimento: isso pode ser realizado</p><p>por um engenheiro clínico ou empresa de ventilação/exaustão. Cada sala tem suas</p><p>particularidades quanto a área, altura, quantidade de janelas, posicionamento do</p><p>aparelho ou condutos de ar-condicionado. Na dependência desses fatores, o fluxo</p><p>de ar poderá ser favorável ou não à dissipação do aerossol produzido e, em alguns</p><p>casos, poderá ser necessária alguma adequação, com instalação de filtros,</p><p>exaustores ou ares-condicionados. O fluxo deve ser da área menos contaminada</p><p>para a mais contaminada.</p><p>Ainda quanto ao uso do ar-condicionado, deve-se verificar para que não funcione em</p><p>recirculação e sim com ar externo. O ar-condicionado irá promover um fluxo de ar que deve</p><p>ser avaliado em relação a direção, capacidade e posição de exaustão da sala.</p><p>Esses fatores irão refletir diretamente no intervalo entre o atendimento dos</p><p>pacientes. Pode-se acelerar a remoção dos aerossóis do ambiente utilizando equipamentos</p><p>de filtragem e exaustão do ar ou aguardar um tempo maior (pelo menos 20 min) para que</p><p>esses aerossóis sejam removidos pela ventilação natural (janelas abertas).</p><p>Para o aumento do fluxo de ar é PROIBIDO o uso de ventiladores na sala de</p><p>atendimento</p><p>e NÃO deve ser realizado o atendimento com a porta aberta, pois isso iria gerar</p><p>a dispersão do aerossol contaminado para a recepção, escritório ou corredor (CROSP, 2020).</p><p>Dessa forma, o protocolo ideal é ter dentro de cada sala de atendimento/consultório</p><p>um equipamento para filtragem ou exaustão do ar contaminado. Caso não haja esse</p><p>equipamento, deve ser acrescido ao ar-condicionado um filtro do tipo HEPA. Além disso o</p><p>filtro do aparelho de ar-condicionado deve ser limpo (de preferência com ácido peracético)</p><p>todos os dias.</p><p>4.2 Prontuários</p><p>Os prontuários podem ser contaminados ao ficarem expostos ao aerossol e</p><p>transportar contaminação para outros ambientes. Portanto, não devem ser levados para</p><p>dentro da sala de atendimento, nem tocados com as mãos enluvadas (WITZEL et al., 2020).</p><p>4.3 Preparo da sala</p><p>4.3.1 Limpeza e desinfecção:</p><p>Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies do consultório e de outros ambientes</p><p>utilizados pelo paciente antes das atividades clínicas e entre um paciente e outro.</p><p>Este procedimento deve ser realizado pela equipe de saúde bucal sob a utilização de</p><p>EPI completos, sendo que as mãos devem estar protegidas com luvas de polinitrila (luvas</p><p>domésticas ou de jardinagem).</p><p>O agente de desinfecção de escolha é o quaternário de amônio, pois limpa e</p><p>desinfeta ao mesmo tempo. Caso esse produto ainda não esteja disponível na unidade</p><p>utilizar limpeza prévia com água e detergente e realização da desinfecção com álcool a 70%</p><p>Para a desinfecção é necessário realizar a dispersão do desinfetante, colocando-o em</p><p>um borrifador, espargindo-o em um pano e aplicando-o sob fricção unidirecional, desde a</p><p>área menos contaminada até a mais contaminada. Exemplo de sequência para desinfecção</p><p>(figura 1): alça do refletor, cadeira, mocho, superfície do carrinho auxiliar, equipo (pontas de</p><p>alta e de baixa rotação, seringa tríplice e pontas da unidade de sucção) e cuspideira (WITZEL</p><p>et al., 2020; THOME et al., 2020).</p><p>Figura 1: Sequência para desinfecção. (Fonte: THOME et al., 2020)</p><p>4.3.2 Barreiras físicas</p><p>As superfícies que serão tocadas pelas mãos da equipe de saúde bucal devem ser</p><p>protegidas por barreiras plásticas (filme de PVC, saquinhos utilizados para fazer sorvetes</p><p>caseiros) e substituídas a cada atendimento.</p><p>• Botões manuais de acionamento;</p><p>• Alças de refletores;</p><p>• Encostos de cabeça;</p><p>• Braços da cadeira odontológica;</p><p>• Encosto do mocho;</p><p>• Canetas de alta rotação;</p><p>• Corpo da seringa tríplice;</p><p>• Pontas de unidade de sucção.</p><p>Superfícies como bancadas e carrinho auxiliar devem ser cobertas por campos</p><p>descartáveis e impermeáveis. Seringas tríplices devem ter pontas descartáveis.</p><p>Os instrumentos rotatórios (canetas de alta e baixa rotações) devem ser</p><p>autoclavados (WITZEL et al., 2020; THOME et al., 2020).</p><p>4.4 Anamnese</p><p>Uma anamnese de rastreio deve ser realizada em todas as consultas para averiguar</p><p>se o paciente apresenta qualquer sinal ou sintoma de doenças infectocontagiosas,</p><p>principalmente como conjuntivite, herpes, tuberculose, influenza e covid-19. Em caso</p><p>positivo, os tratamentos eletivos deverão ser postergados até resolução da doença. Isso</p><p>porque mesmo para doenças mais “simples” como a herpes não é recomendado o tra-</p><p>tamento odontológico desses pacientes, exceto os de urgência, pois é grande o risco da</p><p>autoinoculação do vírus por meio das mãos do operador, mesmo com proteção devida.</p><p>Para os pacientes que não apresentarem sinais e sintomas de doenças</p><p>infectocontagiosas, deve-se iniciar a preparação para o atendimento. Apesar das medidas</p><p>adotadas durante o processo de triagem, todos os pacientes devem ser atendidos como se</p><p>estivessem contaminados (KHURSHID et al., 2020).</p><p>4.5 Preparação para o atendimento</p><p>4.5.1 Paciente:</p><p>1. Higiene das mãos;</p><p>2. Colocação de gorro descartável;</p><p>3. Colocação de óculos de proteção;</p><p>4. Realizar antissepsia pré-operatória com bochecho de Digluconato de</p><p>Clorexidina a 0,12% (na ausência desta opção realizar bochecho com outro</p><p>tipo de enxaguante bucal, como cloreto de cetilpiridínio);</p><p>5. Colocação de campo de TNT descartável, para recobrimento da roupa,</p><p>preferencialmente recobrindo tórax e abdômen (WITZEL et al., 2020; THOME</p><p>et al., 2020).</p><p>4.5.2 Paramentação da Equipe assistencial:</p><p>1. Higiene das mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica a 70%;</p><p>2. Colocação da máscara N95/PFF2;</p><p>3. Colocação de máscara cirúrgica;</p><p>4. Colocação dos óculos de proteção;</p><p>5. Colocação do gorro;</p><p>6. Colocação do avental;</p><p>7. Colocação do protetor facial;</p><p>8. Luvas de procedimento (WITZEL et al., 2020; THOME et al., 2020).</p><p>4.6 Realização do tratamento</p><p>4.7 Término atendimento odontológico</p><p>4.8 Remoção das barreiras e desparamentação dos EPIs dos Pacientes após</p><p>atendimento:</p><p>1. Colocar o paciente em posição de volta a zero, sentado.</p><p>2. Se necessário, passar orientações sobre o tratamento.</p><p>3. Pedir ao paciente que se coloque de pé.</p><p>4. Remover o campo de proteção da roupa e o gorro, e proceder o descarte.</p><p>5. Remover seus óculos (WITZEL et al., 2020; THOME et al., 2020).</p><p>4.9 Desparamentação da equipe:</p><p>Dentro da sala de atendimento:</p><p>1. Remover as luvas;</p><p>Figura 2: Ilustração sobre como remover as luvas. (Fonte: THOME et al., 2020)</p><p>2. Remover o protetor facial de trás para a frente;</p><p>Figura 3: Ilustração sobre como remover protetor facial. (Fonte: THOME et al., 2020)</p><p>3. Remover o jaleco;</p><p>Figura 4: Ilustração sobre como remover o avental. (Fonte: THOME et al., 2020)</p><p>Fora da sala de atendimento e do raio de 2 metros de aerossol:</p><p>1. Remover o gorro;</p><p>Figura 5: Ilustração sobre como remover o gorro. (Fonte: THOME et al., 2020)</p><p>2. Remover óculos de proteção;</p><p>3. Higienizar as mãos;</p><p>4. Remover as máscaras (WITZEL et al., 2020; THOME et al., 2020).</p><p>4.10 Limpeza da sala/consultório após atendimento:</p><p>Após o período determinado para a ventilação natural ou para a dispersão do</p><p>aerossol produzido:</p><p>• Paramentado com todos os EPIs, o auxiliar/profissional deve remover as barreiras</p><p>físicas (filme de PVC, coberturas plásticas, campo de mesa etc.) de todas as</p><p>superfícies e equipamentos, descartando-os como resíduo contaminado;</p><p>• Promover a desinfecção das superfícies da cadeira odontológica e do equipo</p><p>(conforme descrito no preparo da sala);</p><p>• Retirar as canetas e colocar juntamente com o instrumental clínico utilizado, dentro</p><p>de um container plástico contendo detergente enzimático e transportar esse</p><p>recipiente tampado ao expurgo, para posterior processamento;</p><p>• Todos os instrumentais expostos, ainda que não tenham sido utilizados no</p><p>atendimento, são considerados contaminados devem ser lavados e esterilizados;</p><p>• Desinfetar as superfícies externas de todos os frascos e recipientes utilizados no</p><p>atendimento;</p><p>• Colocar as barreiras físicas nas superfícies tocadas pelas mãos conforme descrito no</p><p>preparo da sala;</p><p>• Realizar a desparamentação conforme descrito anteriormente;</p><p>• g) A paramentação e a desparamentação da equipe auxiliar deverão</p><p>Em relação aos EPIs, o protocolo ideal é utilizar um avental descartável de gramatura</p><p>mínima de 50 g/cm2 e descartar todo o EPI após o atendimento, com exceção da máscara</p><p>PFF2/N95 (WITZEL et al., 2020; THOME et al., 2020).</p><p>Caso algumas unidades ainda não possuam avental com esta gramatura, sugere-se</p><p>utilizar um jaleco de pano por baixo do avental descartável para aumentar a proteção.</p><p>5. CONCLUSÃO</p><p>É imprescindível que toda a equipe odontológica compreenda os riscos biológicos que</p><p>estão sujeitos ao trabalharem em consultórios ou clínicas odontológicas. A mitigação desses</p><p>riscos é possível, desde que um protocolo similar ao que foi apresentado seja seguido. Além</p><p>disso, é fundamental desenvolver novos procedimentos que produzam menos aerossóis</p><p>como a Odontologia minimamente invasiva.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ATKINSON, A. V.; FREITAS, G. P. M.; AMORIM,</p><p>J. Biossegurança em Odontologia: Revisão da</p><p>literatura a respeito do uso de equipamentos de proteção individual. Disponível em:</p><p>http://cathedral.ojs.galoa.com.br/index.php/cathedral/article/download/78/11. Acesso em</p><p>2 julho 2021.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Conceitos e definições. Disponível em:</p><p>http://portal.anvisa.gov.br/sangue/conceitos-e-definicoes. Acesso em 2 de julho de 2021.</p><p>BRASIL. Ministério do Emprego e do Trabalho. Portaria MTB n. 3.214, 08 de junho de 1978.</p><p>Disponível em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm.).</p><p>Acesso em 2 de julho de 2021.</p><p>BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 - Equipamento de proteção individual – EPI.</p><p>2018</p><p>BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 32 - Segurança e saúde no trabalho em</p><p>serviços de saúde. 2005</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica: acolhimento à demanda</p><p>espontânea. Brasília; 2011.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Recomendações para atendimento e acompanhamento de</p><p>exposição ocupacional a material biológico: HIV e Hepatites B e C. Protocolos de</p><p>Complexidade Diferenciada, 2011; 3(1):28-37.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das</p><p>Hepatites Virais. Manual de aconselhamento em Hepatites Virais,2005;3(1):23-30</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Microbiologia Clinica para</p><p>Controle de Infecção Relacionado a Assistência à Saúde. 1.ed. Brasilia, DF, 2010. 13-16p</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços Odontológicos Prevenção e</p><p>Controle de Riscos (Versão 1.1). Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-</p><p>busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=</p><p>column1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_1</p><p>01_assetEntryId=271950&_101_type=document. Acesso em: 02, julho 2021.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC nº 50/Agência Nacional de</p><p>Vigilância Sanitária – Brasília: Anvisa, 2002.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços Odontológicos: Prevenção e</p><p>Controle de Riscos/Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Brasília: Anvisa, 2006.</p><p>CARDOSO, S. M. O.; PASSOS, K. K. M.; CARNEIRO, R. O. Sustentabilidade ambiental; nível de</p><p>conscientização e atuação de estudantes de odontologia acerca de biossegurança e dos</p><p>riscos provocados pelo descarte inadequado de resíduos sólidos. Ver. Ciênc. Méd. Biol.,</p><p>Salvador, V. 14, n. 1, p. 57-63, jan./abr. 2015.</p><p>http://cathedral.ojs.galoa.com.br/index.php/cathedral/article/download/78/11</p><p>http://portal.anvisa.gov.br/sangue/conceitos-e-definicoes</p><p>DOS SANTOS, K. F.; CAVALCANTE, N. J. F. Biossegurança e acidentes com material biológico</p><p>na odontologia: considerações atuais. Revista Eletrônica Acervo Saúde | ISSN 2178-2091.</p><p>REAS | Vol.13(2) | DOI: https://doi.org/10.25248/REAS.e6329.2021</p><p>ENGELMANN, A. I.; DAÍ, A. A.; MIURA, C. S. N; BREMM, L. L; BOLETA-CERANTO, D. C. F.</p><p>Avaliação dos procedimentos realizados por cirurgiões dentistas da região de Cascavel-PR</p><p>visando ao controle da biossegurança. Odontol. Clin.-Cient., Recife 9(2) 161-165, abr./jn.,</p><p>2010.</p><p>FARIAS, A. B. L., ALBUQUERQUE, F. B., PRADO, M. G., CARDOSO, S. O. Identificação de</p><p>cuidados preventivos contra as hepatites B e C em cirurgiões-dentistas da cidade do Recife.</p><p>Rev. Fac. Odontol Porto Alegre.2007;48(1):43-47.</p><p>FARIA, M. H. D., et al. Biossegurança em odontologia e COVID-19: uma revisão integrativa.</p><p>Cad ESP Ceará, 2020; 14(1): 53-60.</p><p>FIALHO, A. C. V.; ARAÚJO-MOREIRA, F. M.; ALMEIDA, C. L.; FERREIRA, A. A. P.; SOUSA, C. P.</p><p>Biossegurança na área de saúde: uma abordagem interdisciplinar. São Carlos: EdUFSCar,</p><p>2011.</p><p>GAMIO, Lazaro. The workers who face the greatest coronavirus risk. New York Times, 2020.</p><p>HARIDI, H. K., et al. Knowledge of dental health care workers' about standard precautions</p><p>guidelines at health care facilities in hail region, Saudi Arabia. Int J Adv Res, 2016; 4(1): 1375-</p><p>1385.</p><p>IZZETTI, R., et al. COVID-19 Transmission in Dental Practice: Brief Review of Preventive</p><p>Measures in Italy [Internet]. J Dent Res, 2020; 99(9): 1030-1038.</p><p>KHURSHID, Z.; ASIRI, F. Y. I.; AL WADAANI, H. Human saliva: Non-invasive fluid for detecting</p><p>novel coronavirus (2019-nCoV). International Journal of Environmental Research and Public</p><p>Health, v. 17, n. 7, p. 2225, 2020.</p><p>LEE JJ, et al. Needlestick and sharps injuries among dental healthcare workers at a university</p><p>hospital. J Formos Med Assoc, 2014; 113(4): 227-233.</p><p>LEITE, D. S.; SANTOS, M. E. V.; ARAGÃO NETO, A. C. A importância da biossegurança na</p><p>prevenção de acidentes no âmbito da odontologia: revisão de literatura. 2019. Disponível</p><p>em:</p><p>http://openrit.grupotiradentes.com:8080/xmlui/bitstream/handle/set/2756/Biosseguran%c</p><p>3%a7a%20odonto.pdf?sequence=1. Acesso em 2 julho de 2021.</p><p>MASTROENI, M. F. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. 2ª edição –</p><p>São Paulo: Editora Atheneu, 2006.</p><p>MOLINA, L. M., LOLLI, L. F., FUJIMAKI, M., ENDO, M.S., ROCHA, N. B. Adesão às normas e</p><p>condutas sobre biossegurança e controle de infecção no ensino da Odontologia: revisão da</p><p>https://doi.org/10.25248/REAS.e6329.2021</p><p>http://openrit.grupotiradentes.com:8080/xmlui/bitstream/handle/set/2756/Biosseguran%c3%a7a%20odonto.pdf?sequence=1</p><p>http://openrit.grupotiradentes.com:8080/xmlui/bitstream/handle/set/2756/Biosseguran%c3%a7a%20odonto.pdf?sequence=1</p><p>literatura. Arch Health Invest (2017) 6(12): 567-573 – ISSN 2317-3009</p><p>http://dx.doi.org/10.21270/archi.v6i12.2260</p><p>NOGUEIRA, A. S., et al. Prevalência e notificações de acidentes de trabalho com exposição a</p><p>material biológico na odontologia. Rev Ciênc Plural, 2016; 2(1): 102-119.</p><p>OLIVEIRA, R. H. G.; DE ALMEIDA, T. F. Riscos biológicos em odontologia - uma revisão da</p><p>literatura. Revista Bahiana de Odontologia. 2015 Abr;6(1):34-46.</p><p>RAMACCIATO, J. C.; SILVA, A. S. F.; FLORIO, F. M.; CURY, P. R.; MOTTA, R. H.; TEIXEIRA, G.;</p><p>Protocolo de biossegurança. 2007. Disponível em www.frf.usp.br.</p><p>ROCHA, C. T., PEIXOTO, I. T. A., FERNANDES, P. M., NELSON-FILHO, P., QUEIROZ, A. M.</p><p>Hepatite C na Odontologia: riscos e cuidados. Rev. odontol. Univ. Cid. São</p><p>Paulo.2009;21(1):56-62.</p><p>SANTOS, K. F. Análise dos aspectos epidemiológicos dos acidentes ocupacionais, práticas de</p><p>biossegurança e impacto na rotina de trabalho de cirurgiões-dentistas, após exposição a</p><p>material biológico [tese]. São Paulo: Coordenadoria de Controle de Doenças, Secretaria de</p><p>Estado da Saúde; 2014.</p><p>SANTOS, K. F., BARBOSA, M. COVID-19 e a Odontologia na prática atual. Revista Eletrônica</p><p>Acervo Saúde (REAS), 2020; 12(11): e5113.</p><p>SÃO PAULO. Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo. Biossegurança: atualidades em</p><p>DST-Aids. São Paulo; 2003.</p><p>THOMÉ, G.; BERNARDES, S. R.; GUANDALINI, S.; GUIMARÃES, M. C. V. Manual de boas</p><p>práticas de biossegurança para ambientes odontológicos. Disponível em:</p><p>http://website.cfo.org.br/covid19-manual-de-boas-praticas-em-biosseguranca-para-</p><p>ambientes-odontologicos-e-lancado-com-apoio-institucional-do-cfo/. Acesso em: 02 de</p><p>Julho de 2021.</p><p>TUÑAS, I. T. C., et al. Doença pelo Coronavírus 2019 (COVID-19): uma abordagem preventiva</p><p>para Odontologia. Rev Bras Odontol, 2020; 77:1-6.</p><p>VAN DOREMALEN, N. et al. Aerosol and surface stability of SARS-CoV-2 as compared with</p><p>SARS-CoV-1. New England Journal of Medicine, v. 382, n. 16, p. 1564-1567, 2020.</p><p>WITZEL, A. L. et al. Orientação de Biossegurança - Adequações Técnicas em Tempos de</p><p>COVID-19. CROSP, São Paulo. Disponível em:</p><p>http://www.crosp.org.br/uploads/paginas/38f65fd62bd4e5e56b16e859ada6c751.pdf.</p><p>Acesso em: 2 jul. 2021.</p><p>YANG, Y., et al. Experience of Diagnosing and Managing Patients in Oral Maxillofacial Surgery</p><p>during the Prevention and Control Period of the New Coronavirus Pneumonia. Chin J Dent</p><p>Res, 2020; 23(1): 57-62.</p>