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<p>CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO</p><p>CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA</p><p>INGRID CAROLINE DOS SANTOS</p><p>MORAES DE SOUZA HOLANDA</p><p>IZABELA MENDES DE SANTANA</p><p>YASMIM RODRIGUES DO AMARAL</p><p>INCLUSÃO DE EDUCANDOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DO RECIFE</p><p>OLINDA</p><p>2023</p><p>INCLUSÃO DE EDUCANDOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DO RECIFE</p><p>Ingrid Caroline dos Santos Moraes de Souza Holanda 1</p><p>Izabela Mendes de Santana 2</p><p>Yasmim Rodrigues do Amaral 3</p><p>Amanda Kelly Ferreira da Silva 4</p><p>1 Discente do Curso de Pedagogia no Centro Universitário UNINOVO</p><p>2 Discente do Curso de Pedagogia no Centro Universitário UNINOVO</p><p>3 Discente do Curso de Pedagogia no Centro Universitário UNINOVO</p><p>4 Docente do Curso de Pedagogia no Centro Universitário UNINOVO, Mestre em Educação.</p><p>*Autor para correspondência – e-mail: yasmimamaral735@gmail.com</p><p>RESUMO</p><p>Este artigo tem como propósito a análise de como se dá a inclusão de alunos atípicos, com Transtorno do Espectro Autista na Educação Infantil em uma escola municipal do Recife. Esta análise dar-se-á através de uma pesquisa qualitativa realizada em determinada escola. Utilizou-se como instrumento de coleta a observação do questionário ora ofertado. Os resultados desta pesquisa permitem afirmar que a inclusão de alunos atípicos depende de inúmeros fatores, dentre estes a observância escolar dos alunos como seres individuais, conhecimento do que é TEA e os níveis, qualificação profissional continuada e a simbiose da comunidade escolar e familiar ou responsável por estes alunos.</p><p>Palavras-chave: inclusão; atípico; qualificação</p><p>ABSTRACT</p><p>This article aims to analyze how atypical students with Autism Spectrum Disorder are included in Early Childhood Education at a municipal school in Recife. This analysis will take place through qualitative research carried out in a given school. Observation of the questionnaire now offered was used as a collection instrument. The results of this research allow us to affirm that the inclusion of atypical students depends on numerous factors, among them the academic observance of students as individual beings, knowledge of what ASD is and the levels, continued professional qualification and the symbiosis of the school community and family or guardian by these students.</p><p>Keywords: inclusion; atypical; qualification</p><p>11</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Socialmente a escola e a comunidade acadêmica além de reproduzir, também é a que rompe com diversas ideologias - sendo estas errôneas ou não - transformando-se em um espaço de discussão de direitos, de melhorias sociais, de inclusão e do pensar em conjunto. A escola é um recorte da visão democrática ou antidemocrática, afinal “o comportamento social não procede do próprio indivíduo, mas de algo exterior [e anterior] a ele: a sociedade” (SELL, 2013, p. 83).</p><p>Por ser reflexo da sociedade e consequentemente dessas mudanças ocorridas, por exemplo, com a volta da democracia no país, é que o ambiente escolar voltou a ser iluminado com diversas discussões sobre inclusão, e dentro destas, a de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).</p><p>Exemplificado este fato, com a inclusão destes alunos não sendo feita apenas, no direito de matrícula e sim no direito a um espaço de convivências múltiplas e, com certo esmero dos docentes e da sociedade escolar em geral. Sendo esta representada pelas leis propostas pelo país acerca da temática.</p><p>Cabendo às instituições de ensino o atendimento escolar destes discentes em concordância com suas singularidades e especificidades, garantindo-lhes o que lhes é de direito: uma educação de qualidade, conforme a Constituição do Brasil, de 1988, em seu Art. 205 afirma:</p><p>A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).</p><p>O exercício da cidadania se vê traduzido em integrar pessoas, educando os alunos sem e com especificidades especiais, em meio às diferenças e singularidades dos mesmos, sabendo que cidadania não se resume ao simples fato do cidadão que vota, e sim do mesmo dotado de direitos sociais, não há nada mais social que o respeito e a não segregação de qualquer que seja. É mister relembrar o que Mantoan (2003, p.40) afirma sobre a constituição, [que a mesma]:</p><p>garante a educação para todos. E para atingir o pleno desenvolvimento humano e o preparo para a cidadania, entende-se que essa educação não pode se realizar em ambientes segregados.</p><p>Seria anticonstitucional segregar os alunos, entretanto a estrutura da escola nasceu como excludente, quando pensamos em sua estrutura, nas palavras de Moreno e Cubero (2000, p.199), a escola é uma:</p><p>(...) instituição encarregada da transmissão dos conhecimentos e valores da cultura e, por tanto, de preparar as crianças para o desempenho adequado do papel do adulto ativo nas estruturas sociais estabelecidas.</p><p>É mister racionalizar esta fala, tendo em vista ter sido contemplada há pouco mais de uma década e ser destacado como resultado da escola um “adulto ativo”, descriminando os que não são ativos, fato este óbvio: os não ativos são aqueles atípicos. A escola foi desenhada para este fim: produzir e não educar como as propostas atuais, pensando em todos os direitos humanos cabíveis, por ter em seu cerne a discriminação, é difícil se desvencilhar desta. Finalmente, como afirma Ianni (2004, p. 7-8), o:</p><p>que temos no país, são processos fortemente marcados pelo conservadorismo e colonialismo, impulsionados pelas demandas do capital e por uma política hegemônica de alianças que se nega a democratizar o poder estatal e as relações sociais.</p><p>O autor versa sobre um Brasil de antes onde, historicamente, a escola servia apenas a uma sociedade capitalista, preparando seres humanos para o mercado laboral, mostrando como este espaço vem de uma estrutura baseada nesta ideologia do “poder” nas mãos dos poderosos e da continuidade deste “poder” em suas mãos. E de uma sociedade engessada em padrões repetitivos e servindo à aniquilação do lado social destes educandos, ensinando um sem fim de conteúdos científicos; entretanto, a escola vem sendo repensada para a não segregação de qualquer natureza.</p><p>Evidenciando o atraso para além da educação no Brasil, apenas na década de 80, com o Movimento da Reforma Psiquiátrica, é que começou-se a pensar nessa população no modelo de assistência centrada em práticas que resgatasse essa população à cidadania (AMARANTE, 1994). Resultado desse Movimento foi a promulgação da Lei nº 10.216/01, reorganizando a rede de serviço de saúde mental, dando surgimento aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sendo amparados juridicamente, politicamente e clinicamente. (DE OLIVEIRA et al 2017, p.709)</p><p>Entretanto, quando se trata de pessoas em idade escolar, especificamente na idade que deveriam frequentar a educação infantil, a inclusão de saúde mental nas agendas públicas foi tardia, o que contribuiu para os dilemas encontrados tanto na instituição escolar como a instituição de saúde gratuita para autistas (COUTO; DELGADO, 2015). Como foi ressaltado anteriormente, o funcionamento de uma escola reflete a sociedade, resultado disto foi a demora na inclusão dos autistas em sala de aula de maneira apropriada, sabendo de seus níveis e principalmente do que se trata o TEA.</p><p>Segundo o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa (2009, p. 223) o autismo é caracterizado pela “polarização privilegiada do mundo dos pensamentos, das representações e sentimentos pessoais”, ou seja, é como afirma Schmidt (2013, p.13) “um déficit nas dimensões sociocomunicativa e comportamental”. O indivíduo vive em relação aos demais olhando para si, em seu próprio mundo. Apesar de tentar reunir o máximo de características para dizer o que é uma pessoa autista, cientificamente não se conseguiu ter um só critério, fazendo com que</p><p>haja diferenças de comportamentos, conforme Cunha (2015, p.23) afirma: “o uso atual da nomenclatura Transtorno do Espectro Autista possibilita a abrangência de distintos níveis do transtorno, classificando-os de leve, moderado e severo”.</p><p>Vale ressaltar que para além destas características, há outras como repetições de sons, movimentos, rigidez, dentre outras, entretanto não se deve excluir esse indivíduo de práticas pedagógicas ou sociais, sendo esta primeira o “elemento-chave na transformação da escola, entendendo essa possibilidade de transformação ao homem e à sociedade” (ZANATA; CAPELLINS, 2012, p. 82). As diferenças podem construir uma sociedade mais igualitária desde a mais tenra idade, independente das características aqui supracitadas e dos indivíduos típicos, sendo um caminho de mão dupla no aprendizado cidadão.</p><p>Cabe à comunidade escolar uma discussão entre os fazedores de história sobre inclusão, segundo Bueno (2001, p.27):</p><p>Não se pode deixar de considerar que a perspectiva de inclusão exige, por um lado, modificações profundas nos sistemas de ensino; [e] estas modificações (...) demandam ousadia, por um lado e prudência por outro; - que uma política efetiva de educação inclusiva deve ser gradativa, contínua, sistemática e planejada, na perspectiva de oferecer às crianças deficientes educação de qualidade; e que a gradatividade e a prudência não podem servir para o adiamento “ad eternum” para a inclusão (...) e sim (...) devem servir de base para a superação de toda e qualquer dificuldade que se interponha à construção de uma escola única e democrática.</p><p>Propomo-nos a fazer um recorte de estudo de como funciona essa inclusão de alunos com TEA e alunos típicos em uma escola municipal, localizada na comunidade de Linha do Tiro, em Recife, Pernambuco, Brasil. A escola em questão possui água pela rede pública, entretanto, como toda comunidade não possui esgoto, não possui refeitório para os educandos, nem auditório, entretanto possui área verde e laboratório de informática. Composta de 7 salas, sendo duas salas usadas para a educação infantil, e 46 funcionários.</p><p>O interesse pela temática se deu pelo estágio realizado por uma das autoras e por questões de curiosidade acadêmica despertadas ao longo do curso de pedagogia, além de que é uma temática atual, sendo estruturada há pouco tempo uma atenção -mais que necessária- nas rodas de conversas dos professores, principalmente os de educação infantil, foco deste trabalho.</p><p>PROCEDIMENTOS E MÉTODOS</p><p>A pesquisa realizada foi uma abordagem qualitativa, uma modalidade que, conforme planejada por Godoy (1995), se caracteriza pela investigação no ambiente natural, focando na descrição da realidade que se propõe a estudar e na interação direta entre o pesquisador e o objeto de estudo. Nesse contexto, a pesquisa qualitativa destaca-se por sua ênfase na compreensão profunda e contextualizada das especificidades, além de permitir uma exploração mais aprofundada das interações entre os elementos envolvidos, considerando as nuances e subjetividades que podem influenciar os resultados, não concentrando-se apenas na coleta de informações, mas também valorizar-se-á a interpretação desses dados no contexto em que são originados.</p><p>Sendo realizada a coleta de dados envolvendo a aplicação de um questionário e a aplicação de entrevista estruturada. As entrevistas foram conduzidas na respectiva escola em que os professores lecionam e outras perguntas foram via formulário Google, com seis perguntas chave objetivando amostras reais do que estamos discutindo, tendo como alvo professores da educação infantil que trabalham na escola que serviu como amostra de inclusão e outros profissionais que trabalham com educandos diagnosticados com TEA, todos da rede municipal do Recife. E ainda foi-nos cedida uma entrevista na instituição com uma das professoras da educação infantil e uma estagiária. É importante elucidar que o trabalho não foi feito de maneira extensiva, com diversos professores, e não reflete 100% a Rede Municipal do Recife e seu trato com os alunos TEA e sim com 6 professores que trabalham nesta escola.</p><p>A amostra foi selecionada por conveniência, considerando professores da Educação Infantil da escola municipal em estudo que tinham experiência direta ou indireta com a inclusão de educandos com TEA, e que fossem agregar em suas visões para nos debruçar sobre suas vivencias.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Desta análise de dados, categorizamos as perguntas que foram feitas aos professores para que pudessemos nos desbruçar da melhor maneira possível a fim de compreender como se dá a inclusão a nível docente e discente de maneira real. Vale ressaltar o que Momberger (2007, p.51) trouxe à tona sobre o pioneirismo de Vygotsky na proposição de práticas educacionais inclusiva, em que o autor verificou através de estudos comparativos a respeito do desenvolvimento circundando as crianças com e sem necessidades especiais, afirmando que em essencia as leis que regem o aprendizado das crianças seria essencialmente o mesmo, apesar disso reconhecia o valor e a importância da educação individualizada.</p><p>1. Importância da Inclusão na Educação Infantil</p><p>Nesta primeira categoria iremos emergir na resposta dos professores e analisar os benefícios concedidos por eles nesta inclusão dos educandos com TEA, o impacto social e acadêmico das crianças típicas e a contribuição da integração destes educandos para a formação de cidadãos mais inclusivos desde a infância, desde a perspectivas de teóricos experts no assunto e destes professores que trouxeram sua análise com base no que vivem.</p><p>Relativo à pergunta: “ Qual a importância da inclusão dos alunos com TEA na Educação Infantil”, foi posto em relevo um comentário que foi feito a princípio deste capítulo, que trouxe à tona o pensamento de Vygotsky: (a inclusão de crianças atípicas na educação infantil) é “a mesma das demais crianças, que é o de favorecer o seu desenvolvimento social , emocional, psicomotor e cognitivo”, caracterizando o principal benefício desta integração a não privação dessas crianças de conviver com outras de níveis funcionais diferentes, tido por Vygotski(1997) como:</p><p>evidente quão profundamente antipedagógico é a regra segundo a qual, por comodidade, selecionamos coletividades homogêneas de crianças atrasadas (ou atípicas). Procedendo assim, não só vamos contra a tendência natural no desenvolvimento das crianças, senão que – o que é muito mais importante- ao privar a criança mentalmente atrasada da colaboração coletiva e da comunicação com outras crianças que estão mais desenvolvidas (ou típicas), não apenas atenuamos e sim acrescentamos a causa imediata que determina o desenvolvimento incompleto das suas funções” (VYGOTSKI, 1997, p.225).</p><p>Ficando evidente não apenas o benefício, mas também o impacto no desenvolvimento social das crianças típicas, afinal é o caminho natural a heterogeneidade social e cultural no mundo, como ressaltou o teórico. Maria Tereza Eglér Mantoan (2003, p. 9) afirma, sobre isso que:</p><p>os ambientes humanos de convivência são plurais por natureza. Assim, a educação escolar não pode ser pensada nem realizada senão a partir da ideia de uma formação integral do aluno – segundo suas capacidades e seus talentos – e de ensino participativo, solidário, acolhedor.</p><p>Sobre a contribuição para a formação de cidadãos mais inclusivos desde a infância, destacamos a fala de dois docentes desta escola: “Na educação infantil creio ser a principal etapa para se trabalhar esta inclusão. Ali construiremos a aceitação e boa convivência dos alunos, cada um dentro de suas perspectivas e conhecimentos”.</p><p>Sendo responsabilidade dos professores e comunidade escolar – além do próprio governo- a inclusão destes alunos, garantido por meio da Lei nº.12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (BRASIL, 2012), garantindo a esse indivíduo, dentre outros direitos, o acesso à educação, essa é a primeira contribuição para formação de cidadãos mais</p><p>inclusivos desde a infância, afinal o contato com o diferente traz vivências e percepções do diferente. Em concordância, temos a fala do professor 3: “É importante para que todos os estudantes possam desfrutar de maneira igualitária de tudo que a escola oferecer nas suas possibilidades”.</p><p>Em todos os discursos percebemos que a contribuição social é ainda carente de visão e respostas, circulando sempre na mesma justificativa de cumprir leis, de não ser marginalizado por conta do seu discurso excludente, e que permanece carente de estudos mais aprofundados, talvez por conta da falta de conhecimentos sobre, inclusive, o que é autismo, tendo em vista que há diversos níveis e comorbidades incluídas ou não neste diagnóstico.</p><p>A inclusão tem por sua natureza, ao menos no que se pode verificar através das entrevistas, observâncias e questionário, uma estratégia político-social, que para funcionar se faz necessário diversos entendimentos e inclusive estudos mais elaborados sobre a temática.</p><p>Debruça-se nesta visão as autoras que trazem a visão de uma escola que busca estratégias do capital para educar o consenso, a ideia de que os cidadãos são solidários às leis e ao que interessa ao governo, numa aliança filantrópica para resolver problemas sociais unindo a sua própria comunidade (NEVES; SANT’ANNA, 2000, p.184). Fazendo ponte com o que nos fala sobre poder constitutivo e a sociedade, Foucault (2001, p.60) nos traz a explicação plausível de que a inclusão é a substituição da exclusão, apenas pelo controle, é um reordenamento de dominação social com o discurso do politicamente correto, principalmente por conta das condições de trabalho (falta de material adequado, por exemplo).</p><p>2. Desafios na Trajetória com Educandos com TEA na educação Infantil</p><p>Quando pensamos em educação e ainda mais pública, já nos vem à cabeça uma palavra: desafio! Essa é a palavra que está circulando entre os professores que inventam formas didáticas para atrair a atenção dos alunos e daqueles que se dedicam a precariedade das escolas e comunidades.</p><p>Em se tratando de educandos com alguma deficiencia toda essa atenção engloba desafios propostos pela Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, no artigo 58, que garante a inserção destes alunos com “deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação” (Brasil, 1996, p. 39) no ensino regular e garante o atendimento especializado se assim for necessário.</p><p>Apesar de estar constitucionalizado, infelizmente isso não acontece nas escolas, como afirma a professora 1: “Falta de material adequado ou alguém para dar mais atenção aquele aluno”. E seguindo pelos comentários e lendo a lei vemos que os desafios são enormes para estes profissionais. Por exemplo, no artigo 59, contém informações que deveriam ser cumpridas para inserção desses alunos e a condução, em geral, do trabalho pedagógico do professor, tendo como pontos principais o conduzir:</p><p>I - Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades;</p><p>II - Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;</p><p>III - Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns (BRASIL, 1996, p. 40).</p><p>Os obstáculos se dão pela própria lei não ser cumprida, conforme podemos observar no comentário do professor 4, que é Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial (AADEE): “As minhas dificuldades são com alguns professores de sala regular e alguns AEE que não se preocupam com o aprendizado dessas crianças especiais, isso me deixa tão triste, porém faço minha parte e já alfabetizei alguns na minha função de AADEE”. Relatando como os próprios professores não estão sabendo lidar com os educandos com TEA.</p><p>Quando falamos de adaptações curriculares e estratégias pedagógicas, os professores entrevistados não exemplificam o que fazem, já falam de como se sentem emocionalmente com a situação para com os estudantes com TEA, não vimos romantização da parte dos professores e dos auxiliares, ambas as partes demonstraram que ficavam exaustas com as crises e por muitas vezes não saberem como lidar perfeitamente com os alunos atípicos e inclusive com as perguntas de alunos típicos novatos sobre os atípicos.</p><p>3. Contribuição dos Responsáveis para o Desenvolvimento do Trabalho</p><p>Os responsáveis e familiares da criança são aqueles que ensinam como nos relacionamos com outras pessoas, com as diferenças, limitações e diversidades. A inclusão, se dá desde casa, sendo os familiares os agentes principais para que isso ocorra de maneira saudável e garanta o desenvolvimento intelectual e cognitivo destes futuros homens e mulheres a serem integrados na sociedade. (MACHADO, 2021, p.8)</p><p>Quando se trata de crianças em idade escolar, principalmente na Educação Infantil, como disse o professor 1, os familiares “precisam ter paciência e fazer jogos com os filhos e repetição do trabalho feito em sala de aula, com todo o amor de uma família” e o professor 2 afirma que “o maior desafio é a evasão e a família é quem mais pode contribuir para evitar e enfrentar essas evasões”, mostrando o quão importante são os familiares para esse desenvolvimento social dos alunos e o quanto influencia a persistência dos pais nesse preparo para a vida. Como confirma Moletta (2018, p. 5):</p><p>a criança possui uma natureza singular que a caracteriza como um ser que sente e pensa o mundo e no mundo. É um sujeito que, nas interações que estabelece com as pessoas e com o meio que o circunda, experimenta cultura, significa tal cultura e interpreta o mundo.</p><p>Esse experimentar a cultura, é justamente o sucesso da inclusão com a colaboração de professores, auxiliares e familiares ou responsáveis, como podemos observar com o que nos trouxe o professor 3: “Todo o trabalho depende da parceria de pais e escola, se os pais se interessam pelo progresso dos seus filhos, temos um time de sucesso”.</p><p>A realidade desta escola e desses profissionais é, como afirma o professor 1: “Os pais sabem que também é seu papel a educação e a repetição, isso faz com que os alunos que recebem esse apoio avancem muito mais que outros, por exemplo”. Outro professor completou que “quando a mãe está inserida ativamente na comunidade escolar temos menos trabalho com esse aluno especial, já que veio com atividades feitas e aprendidas a sua maneira e não precisamos fazer tanto malabarismo para que fiquem no mesmo nível de outros alunos”.</p><p>4. Contribuições da Inclusão para o Contexto Social</p><p>No tocante às contribuições, podemos destacar a visão do professor 4 que é, na verdade, AADEE, temos a seguinte fala: “Acabou- se o tempo onde essas pessoas eram escondidas da sociedade, hoje podemos perceber que o convívio com outras pessoas favorece e muito, tanto nas relações sociais, autonomia e muitas das vezes até independência financeira, pois tornam-se pessoas produtivas”.</p><p>Apesar da militância do professor em mostrar que essas crianças com TEA são cada vez mais evidentes no convívio social, sabemos a face preconceituosa em que vivemos.</p><p>Ressalta Ribas (1985):</p><p>(...) Aqueles que fogem dos ‘padrões’, de certa forma agridem a ‘normalidade’ e se colocam à parte da sociedade. (...) Não é preciso ser deficiente para não ser reconhecido pela sua própria sociedade. O negro, o homossexual, o louco e até qualquer um que divirja das normas e regras da ordem social podem ser consideradas ‘desviantes’ e assim situarem-se fora da sociedade. O ‘desviante’ é aquele que não está integrado, que não está adaptado, que não se apresenta física e/ou intelectualmente normal, e, portanto, encontra-se à parte das regras e das normas. Deste modo, o que mede o ‘desvio’ ou a ‘diferença’ social são os parâmetros estabelecidos</p><p>pela organização sociocultural (RIBAS, 1985, p.18).</p><p>Evidencia-se a necessidade do desenvolvimento da empatia e do respeito mútuo a presença e compartilhamento de vivências entre crianças típicas e atípicas, como destacou o professor 1: “Fazem os outros alunos terem mais paciência e respeito às diferenças”. As diferenças sempre existirão, sendo entre atípicos e típicos ou mesmo na cosmovisão familiar em qualquer esfera temática, como destacou o professor 2: “Acima de tudo traz a sensação de normalidade, a sensação que as diferenças existem, mas são normais na convivência social. É um proveito enorme para ambos os lados”. Sendo mister o que nos traz Silveira (2020, p.23): “A partir do momento que o mundo realmente for inclusivo, as nações serão desenvolvidas, com respeito ao próximo, fazendo com que todos sejam iguais, na forma da lei e no convívio diário”, sendo este o principal reflexo positivo na comunidade escolar e sociedade em geral e ainda como afirmam Camargo e Bosa (2009, p. 68):</p><p>A convivência compartilhada da criança com autismo na escola, a partir da sua inclusão no ensino comum, possa oportunizar os contatos sociais e favorecer não só o seu desenvolvimento, mas o das outras crianças, na medida em que estas últimas convivam e aprendam com as diferenças.</p><p>5. Expectativas em Relação ao Futuro da Inclusão</p><p>A falta de conhecimento sobre TEA faz com que a sociedade como um todo tenha uma perspectiva diferente e até leviana da importância da inclusão destes alunos na escola e inclusive sua permanência. Entretanto, é necessária uma revisão do projeto pedagógico para que se possa dar um maior suporte as especificidades destes educandos. A própria escola – nos moldes em que muitas vezes se encontram- faz com que os alunos atípicos sejam vistos como indivíduos que “não podem fazer nada” ou ainda “incapacitadas”, como afirmou o professor 1.</p><p>O futuro a ser planteado, como afirma o professor 2, deve ser “uma crescente, cada vez mais essa inclusão será tratada como algo menos chamativo e entrará numa nova era onde as diferenças nada mais são que diferenças, sem o estereótipo, sem os preconceitos e sem os olhares tortos que machucam”.</p><p>Para que esse futuro seja regado, como afirma o professor 3, é necessária “(...)</p><p>uma reciclagem na educação e uma inovação para sabermos lidar com essa conclusão que é mais prática do que teoria”.</p><p>Para Serra (2010, p.47), para haver a total inclusão se faz necessário que haja aprendizagem, o que traz à tona a outra necessidade: a de rever conceitos sobre currículo, não sendo resumido apenas às experiências acadêmicas, mas concentrado em todas as experiências que favoreçam o desenvolvimento desses alunos.</p><p>Quando se faz projeções futuras desse impacto a longo prazo da inclusão de crianças com TEA na Educação Infantil, os professores 4 e 5 afirmam que formar-se-á: “uma sociedade fortalecida de valores humanos” e que “(...) os profissionais de educação se apropriem de fato das informações. Para que o trabalho seja de qualidade”.</p><p>Ainda sobre a temática, “é comum que professores e estudantes se surpreendam com evoluções alcançadas por crianças e adolescentes com autismo. Parece comum que o docente se atente primeiro ao autismo e depois ao aluno”. (Carreira; Laplane, 2013, p.2315 apud Fernandes, 2006). É indispensável que o aluno seja visto além do seu transtorno para que possamos ver avanço na educação deles.</p><p>6. Formação e Especialização na Área de TEA</p><p>Esse ponto anda de mãos dadas com o ponto anterior, pois é de suma importância para o futuro da educação uma visão mais ampla das necessidades dos alunos com TEA; o que exige uma formação voltada para esta área e esta necessidade de formação continuada foi apontada por todos os professores que participaram do questionário online, sendo destes apenas 2 profissionais que não possuíam especialização ou formação na área de TEA.</p><p>A influência da formação acadêmica na abordagem da inclusão se dá pela ciência do que é um indivíduo com TEA e quais são suas principais necessidades básicas, tanto emocionais quanto educacionais e sociais. O desenvolver de novas práticas pode mudar o caminho acadêmico dessas crianças.</p><p>É de suma importância o que nos traz Rozek (2012, p.14):</p><p>Teorizar e praticar, saber e agir conjugam-se na formação de maneira indissociável, inseparável à teoria das práticas, às habilidades operativas das concepções teóricas e da ética, na perspectiva dos interesses humanos em emancipação, consensualmente definidos.</p><p>O professor, em geral, precisa estar em constante busca pelo conhecimento pois trabalha como um facilitador de aprendizagem e deve possuir acerca de si mesmo e do seu desenvolvimento dentro de sala de aula uma consciência crítica. No que tange à educação infantil de alunos com TEA, é preciso um olhar especializado e individualizado para o desenvolvimento da linguagem, psicomotricidade, brincadeiras, relações com os objetos, além da aprendizagem de conteúdos escolares.</p><p>A teorização anda junto à troca de experiências, logo o professor precisa além da formação uma conversa com outros professores sobre a eficácia das práticas inclusivas, como produzem, onde encontram inspirações de atividades, como lidar com alunos de diversos aspectos.</p><p>As autoras SILVA, ROZEK, SEVERO (2018, p.8) afirmam que:</p><p>Pautando que cada sujeito é um em suas características, possibilidades e necessidades mesmo que tenham a mesma patologia. E, sendo assim, não há “receita de bolo”, não há técnicas únicas, materiais padronizados, ou só uma ação pedagógica que dê conta de tão variável transtorno.</p><p>A maior necessidade nessa área é perceber que não existe maneira certa ou errada de lidar com esses educandos, mas sim que há a boa vontade do professor em observar individualmente estes alunos para conseguir a melhor evolução-resposta acadêmica e social.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>A presença de alunos atípicos na escola regular é um indicativo de que os professores precisam adequar-se às necessidades básicas destes educandos, entretanto, vimos através da análise de dados que a maior parte dos professores apesar de possuir especialização na área, ainda carecem de algo mais palpável para auxiliá-los nesta jornada com crianças com TEA.</p><p>A inclusão dos alunos atípicos com os típicos vai muito além da “ajuda” governamental de abrir vagas para alunos especiais, ao longo deste trabalho reinteramos a importância de cursos de qualificação e principalmente de troca de experiências com outros professores que lidam com atípicos na Educação Infantil. E isso por termos festo um recorde em apenas uma escola básica da rede municipal do Recife.</p><p>As políticas públicas cumprem leis de prestações de serviços, mas seguem sem o devido suporte e apoio à comunidade geral e escolar, uma vez que é mister a participação dos pais como suporte em casa para essas crianças – cursos para as mães e responsáveis- para poderem identificar questões emocionais e cognitivas de seus filhos, tendo em vista que o mal diagnóstico é o principal equívoco na educação deles. E além dos pais e responsáveis, haver troca de experiências com outros professores da rede ou não, trazendo materiais já elaborados para adaptar para os alunos atípicos para que os temas disciplinares sejam assimilados por estes.</p><p>Por ser um tema amplo- no quesito do indivíduo ter diversas características diferentes em face ao TEA- e por ser um tema relativamente novo em debates mais abertos, acredita-se que a principal resolução esteja em qualificar ainda mais esses profissionais que lidam com crianças com TEA, buscando pautar práticas pedagógicas de qualidade, flexíveis, correspondendo às necessidades da comunidade escolar e familiar.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.</p><p>BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 98 da Lei</p><p>nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. 2012. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm. Acesso em 15 nov. 2023</p><p>BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394- 20-dezembro-1996-362578-publicacaooriginal-1-pl.html Acesso em 10 nov. 2023</p><p>BUENO, J. G. A produção social da identidade do anormal. In: M. C. Freitas (org.) História social da infância no Brasil. São Paulo: Cortez Editora, p. 159-182, 1997.</p><p>CAMARGO, S. P. H.; BOSA, C. A. Competência social, inclusão escolar e autismo: revisão crítica da literatura. Psicologia & Sociedade. Vol 21, n° 1, p 65-74,2009.</p><p>CARREIRA, J. C. C.; LAPLANE, A. L. F. 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