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<p>Conteudista: Prof.ª Dra. Tábata de Paula Facioli Marinheiro</p><p>Revisão Textual: Prof.ª M.ª Sandra Regina Fonseca Moreira</p><p>Objetivos da Unidade:</p><p>Compreender o funcionamento fisiológico básico do sistema</p><p>cardiovascular;</p><p>Conhecer as principais respostas desse sistema diante das exigências</p><p>físicas.</p><p>📄 Contextualização</p><p>📄 Material Teórico</p><p>📄 Material Complementar</p><p>📄 Referências</p><p>Fisiologia do Sistema Cardiovascular</p><p>A Fisiologia do Sistema Cardiovascular, tópico abordado nesta Unidade, se dedica a estudar</p><p>como, no corpo humano, o coração e os vasos sanguíneos conseguem transportar e distribuir</p><p>oxigênio e nutrientes para todos os tecidos e órgãos. [O entendimento desse sistema em</p><p>repouso, e principalmente diante de situações com maiores exigências físicas, como a realização</p><p>de atividades de vida diária (limpar uma casa, caminhar até o mercado) até a prática de exercício</p><p>físico são relevantes, pois o conhecimento da demanda cardiovascular frente a essas diferentes</p><p>exigências metabólicas é de suma importância para os profissionais da saúde, uma vez que a</p><p>mudança de estilo de vida por meio da prática regular de exercício físico associada a uma dieta</p><p>mais saudável, têm sido empregadas regularmente na prevenção e tratamento de doenças</p><p>cardiovasculares, como por exemplo, a hipertensão arterial].</p><p>As adaptações cardiovasculares ao exercício físico envolvem respostas precoces e tardias, com</p><p>origens diversas e afetando múltiplas variáveis que, em conjunto, determinam uma resposta</p><p>final que varia com o indivíduo e o tipo de treino realizado (intensidade, volume e duração).</p><p>[Entender as alterações agudas e crônicas desse aumento nas exigências físicas no sistema</p><p>cardiovascular auxiliará o profissional de saúde a entender as necessidades do indivíduo e</p><p>realizar prescrições condizentes com suas necessidades, obtendo máximo resultado na</p><p>prevenção de doenças e melhora da capacidade cardiovascular]. Portanto, ao final desta unidade,</p><p>entenderemos como o coração e os vasos funcionam e quais tipos de exercícios causam</p><p>determinadas alterações, orientando, assim, futuras prescrições.</p><p>Página 1 de 4</p><p>📄 Contextualização</p><p>Você Sabia?</p><p>Para profissionais da área da saúde, como fisioterapeutas e educadores</p><p>físicos, o conhecimento das demandas cardiovasculares em repouso e</p><p>suas alterações durante o exercício físico, bem como as adaptações</p><p>tardias induzidas por essa prática, são de suma importância na</p><p>prescrição adequada do exercício físico frente às necessidades de cada</p><p>indivíduo. E que esse mesmo conhecimento é importante para</p><p>profissionais que prescrevem dieta alimentar, caso dos nutricionistas,</p><p>pois a depender das respostas cardiovasculares de cada indivíduo, seja</p><p>ele sedentário ou praticante de exercício físico, sendo que para este</p><p>último, o tipo de exercício praticado também deve ser considerado, se</p><p>fazem necessárias diferentes demandas energéticas e,</p><p>consequentemente, adequadas dietas alimentares.</p><p>Introdução ao Sistema Cardiovascular</p><p>O corpo humano foi fisiologicamente dividido em diferentes sistemas (nervoso, muscular,</p><p>cardíaco, respiratório, renal e endócrino). Cada um desses sistemas tem uma função específica e</p><p>essencial para a sobrevivência humana.</p><p>Página 2 de 4</p><p>📄 Material Teórico</p><p>Importante!</p><p>O Sistema cardiovascular tem como função primordial o transporte e a</p><p>distribuição de oxigênio e nutrientes para tecidos e órgãos, o que</p><p>ocorre por meio de uma bomba (coração), uma série de tubos para</p><p>distribuição e coleta (circulação arteriovenosa), e uma rede de vasos</p><p>finos que permite trocas rápidas entre os tecidos, os capilares</p><p>(microcirculação).</p><p>O sistema circulatório é dividido em Figura 1:</p><p>Circulação Pulmonar (pequena circulação): ventrículo direito → artéria pulmonar →</p><p>arteríolas → capilares pulmonares (pulmão) → vênulas → veia pulmonar → átrio</p><p>esquerdo;</p><p>Circulação Sistêmica (grande circulação): ventrículo esquerdo → aorta → arteríolas</p><p>→ capilares (tecidos e órgãos) → vênulas → veia cava → átrio direito.</p><p>Figura 1 – Esquematização da Circulação</p><p>pulmonar (pequena circulação) e Circulação Sistêmica</p><p>(grande circulação)</p><p>Fonte: Adaptada de SILVERTHORN, 2010</p><p>Nas artérias pulmonares circula sangue venoso (rico em CO²), enquanto na aorta, circula sangue</p><p>arterial (rico em O²). Já nas veias acontece o contrário: nas veias pulmonares circula sangue</p><p>arterial e nas veias cavas circula sangue venoso Figura 2.</p><p>Figura 2 – Esquematização da circulação sistêmica e</p><p>pulmonar em relação aos componentes gasosos O2 e CO2</p><p>As artérias são vasos que saem do coração, ou seja, levam sangue do coração para outros órgãos</p><p>do corpo. Por sua vez, as veias são vasos que chegam ao coração, ou seja, trazem sangue dos</p><p>outros órgãos para o coração.</p><p>O coração é o órgão responsável por bombear o sangue através de toda essa rede de vasos. Ele é</p><p>um órgão oco com paredes constituídas por músculo estriado esquelético. Essa musculatura se</p><p>contrai de maneira automática (involuntária), diferente do restante de nossa musculatura</p><p>estriada esquelética, a qual contraímos voluntariamente. O coração é dividido em quatro câmaras</p><p>– dois átrios e dois ventrículos – pelos quais o sangue circula de maneira unidirecional (sempre</p><p>dos átrios para os ventrículos) (Figura 3). O retorno do sangue pelo caminho contrário não</p><p>ocorre, porque existem as válvulas cardíacas atrioventriculares (válvula tricúspide –</p><p>posicionada entre o átrio e o ventrículo direito; e válvula mitral – posicionada entre o átrio e o</p><p>ventrículo esquerdo) e as semilunares (válvula aórtica – posicionada na saída do ventrículo</p><p>esquerdo para a aorta; e válvula pulmonar – posicionada na saída do fluxo sanguíneo do</p><p>ventrículo direito para o tronco da artéria pulmonar) que impedem esse retorno, garantindo o</p><p>fluxo sanguíneo unidirecional.</p><p>Importante!</p><p>Nos capilares pulmonares ocorre a hematose, que é o processo de troca</p><p>gasosa entre o sangue venoso e arterial nos alvéolos</p><p>pulmonares. Enquanto nos capilares do sistema sistêmico ocorrem as</p><p>trocas de nutrientes e gases entre o sangue e os tecidos.</p><p>É por meio da circulação sistêmica que as células do organismo são</p><p>supridas de elementos necessários para que exerçam suas funções,</p><p>além de recolherem todos os produtos tóxicos produzidos pelo seu</p><p>próprio funcionamento.</p><p>Figura 3 – Estrutura do coração, indicando câmaras</p><p>cardíacas e as válvulas</p><p>Fonte: Adaptada de SILVERTHORN, 2010</p><p>Ciclo Cardíaco</p><p>É o ciclo de contração-relaxamento do coração que ocorre a cada batimento cardíaco. Ele possui</p><p>duas fases: a diástole e a sístole.</p><p>Sons Cardíacos</p><p>Esse fechamento das válvulas no coração gera os chamados sons cardíacos, que são os sons que</p><p>escutamos com um estetoscópio durante o batimento cardíaco. Quando ocorre a contração</p><p>ventricular, começo da sístole, ocorre o fechamento das válvulas atrioventriculares. Esse som é</p><p>baixo e de maior duração (chamado de primeira bulha). Já no final da sístole, ocorre o</p><p>fechamento das válvulas semilunares, aórtica e pulmonar, o que faz com que se gere outro som,</p><p>porém, desta vez, mais agudo e de curta duração (chamado de segunda bulha).</p><p>Débito Cardíaco</p><p>Saiba Mais</p><p>A diástole é a fase em que o sangue chega ao coração, preenchendo os</p><p>átrios. Nesse momento, as válvulas atrioventriculares estão abertas</p><p>para que ocorra o fluxo sanguíneo dos átrios para os ventrículos, e as</p><p>válvulas semilunares fechadas, para evitar o retorno do sangue para os</p><p>ventrículos.</p><p>A sístole é a fase em que ocorre a contração dos ventrículos e o sangue é</p><p>bombeado para fora do coração. Nesse momento, as válvulas</p><p>atrioventriculares estão fechadas para evitar o retorno do sangue para</p><p>os átrios, e as válvulas semilunares estão abertas para que ocorra o</p><p>fluxo sanguíneo dos ventrículos para a artéria aorta ou pulmonar.</p><p>Por sua vez, a quantidade de sangue ejetada pelo ventrículo esquerdo por minuto é chamada de</p><p>Débito cardíaco (DC), ou Volume Minuto Cardíaco (VMC) e é dependente da quantidade de</p><p>sangue ejetada por batimento cardíaco (volume sistólico – VS; altamente influenciado</p><p>pela Lei</p><p>de Frank-Starling) e do número de batimentos cardíacos por minuto (frequência cardíaca – FC;</p><p>altamente influenciado pelo Sistema Nervoso Autônomo). Logo, o VMC pode ser calculado pela</p><p>seguinte equação:</p><p>VMC = FC x VS</p><p>Por exemplo, um homem adulto em repouso, com cerca de 70 kg, com VS de 80mL e uma FC de</p><p>65 bpm (batimentos por minuto), terá um VMC de 5200mL/min, que é um valor representativo</p><p>da média da população. Devemos levar em consideração, para o cálculo do VMC, fatores como</p><p>sexo, peso e altura do indivíduo em questão. Entenderemos o controle do VMC e as alterações</p><p>observados durante o exercício, mais para frente nesta unidade.</p><p>E o que é a Lei ou Mecanismo de Frank-Starling?</p><p>O Mecanismo de Frank-Starling ocorre como resultado da relação comprimento-tensão</p><p>observada no músculo estriado e se refere à capacidade do coração de se adaptar a variações do</p><p>volume sanguíneo por meio de mudanças na contratilidade. A quantidade de sangue bombeada</p><p>pelo coração a cada minuto é determinada pelo volume de sangue que flui das veias para o</p><p>coração, o que é chamado de retorno venoso. Desta forma, quanto maior for o retorno venoso,</p><p>maior será o pré-estiramento das fibras musculares do miocárdio e, consequentemente, maior</p><p>será a capacidade de ejeção do ventrículo esquerdo. A capacidade do coração para se adaptar a</p><p>esses volumes variáveis de sangue que chegam ao coração recebe o nome de Mecanismo de</p><p>Frank-Starling. Quanto mais o músculo é distendido pelo enchimento, maior é a força de</p><p>contração e maior é a quantidade de sangue bombeada para a aorta. Enfim, o coração bombeia</p><p>todo o sangue que chega a ele, sem permitir o represamento excessivo de sangue nas veias.</p><p>Funções do Sistema Cardiovascular</p><p>O sistema cardiovascular tem papel central no funcionamento e na manutenção de células e</p><p>órgãos. Sua função principal é a de levar nutrientes, oxigênio e água para todas as células do</p><p>organismo e remover CO², ureia e lactato. O sistema circulatório também possui outras funções</p><p>como auxiliar na manutenção da temperatura corporal constante, participar do controle</p><p>hormonal (distribuindo e secretando hormônios para os tecidos), realizar a manutenção dos</p><p>Vídeo</p><p>Sistema Cardiovascular / Sistema Circulatório</p><p>Vamos fazer uma breve revisão do que foi falado até aqui. Para isto</p><p>assista ao vídeo a seguir:</p><p>SISTEMA CARDIOVASCULAR / SISTEMA CIRCULATÓRIOSISTEMA CARDIOVASCULAR / SISTEMA CIRCULATÓRIO</p><p>líquidos corporais e participar do sistema de defesa imunológica do organismo através do</p><p>transporte de anticorpos.</p><p>A hemodinâmica estuda o funcionamento da circulação sanguínea, cuja função primordial é</p><p>atender aos diferentes órgãos quanto as suas necessidades metabólicas em repouso, e também</p><p>em situações nas quais a demanda metabólica aumenta.</p><p>Para que o sistema cardiocirculatório consiga atender aos diferentes órgãos e suas necessidades</p><p>metabólicas, ele mantém um território vascular com “alta pressão”, que é o sistema arterial; e</p><p>um território com “baixa pressão”, que é o sistema venoso, o qual exibe menor pressão em</p><p>relação ao sistema arterial. Para entender melhor como funciona esse mecanismo, precisamos</p><p>conhecer as características dos diferentes vasos sanguíneos que compõem o sistema</p><p>circulatório:</p><p>Reflita</p><p>Durante um exercício físico, por exemplo, diversos órgãos mudam sua</p><p>atuação, aumentando ou reduzindo, o que vai demandar maior ou</p><p>menor fluxo sanguíneo. Nesse caso, os músculos são tecidos que</p><p>demandam maior quantidade de oxigênio para poder efetuar as</p><p>contrações musculares.</p><p>Relação entre Fluxo, Pressão e Resistência</p><p>A relação entre fluxo sanguíneo (DC ou VMC), pressão arterial média (PAM) e resistência ao</p><p>fluxo sanguíneo (RP) é dada pela equação:</p><p>PAM = VMC x RP</p><p>Ou seja, o aumento da PAM é diretamente proporcional ao aumento do VMC e da RP. Se o VMC</p><p>aumenta, ou se a RP também aumenta, a PAM irá aumentar.</p><p>Como vimos anteriormente nesta Unidade, o VMC corresponde à quantidade de sangue ejetada</p><p>pelo ventrículo esquerdo por minuto. Já a pressão arterial (PA) corresponde à força que o sangue</p><p>exerce sobre as paredes do vaso em determinada área. A medida da pressão arterial ainda é o</p><p>Artérias: possuem fortes paredes, pois sua função é de</p><p>transportar sangue em alta pressão e alta velocidade para os</p><p>tecidos;</p><p>Arteríolas: são os ramos finais do sistema arterial. Elas controlam o sangue que será</p><p>liberado para os capilares. Possuem fortes paredes que podem sofrer vasoconstrição</p><p>(diminuindo o diâmetro do vaso), ou vasodilatação (aumentando o diâmetro do</p><p>vaso);</p><p>Veias: são os vasos mais distensíveis do sistema circulatório, ou seja, possuem</p><p>paredes com alta distensibilidade. Dessa forma, conseguem armazenar uma grande</p><p>quantidade de sangue que pode ser utilizado por qualquer outra parte do organismo,</p><p>quando necessário, funcionando como um reservatório;</p><p>Vênulas: coletam o sangue dos capilares e vão gradualmente aumentando seu</p><p>calibre e formando as veias progressivamente;</p><p>Capilares: é onde ocorrem todas as trocas (gases, nutrientes etc.) entre o sangue e</p><p>os demais órgãos e tecidos. Possuem paredes finas que facilitam essas trocas.</p><p>recurso mais utilizado para diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial. Dessa forma, a</p><p>hipertensão arterial é definida basicamente como elevação dos valores de pressão arterial. A</p><p>compreensão dos mecanismos que controlam a pressão arterial é de suma importância para os</p><p>profissionais da área da saúde, uma vez que o estilo de vida como sedentarismo, prática regular</p><p>de exercício físico ou de forma esporádica, bem como a alimentação são fatores que influenciam</p><p>diretamente na prevenção e no tratamento do quadro hipertensivo. Por fim, a resistência</p><p>periférica é definida como qualquer impedimento proporcionado pelo vaso à corrente</p><p>sanguínea. Ou seja, trata-se da resistência oferecida pelos vasos sanguíneos contra o fluxo</p><p>sanguíneo. Esses vasos podem estar mais ou menos contraídos ou dilatados, alterando assim a</p><p>resistência à circulação do sangue.</p><p>Entendendo a equação apresentada, quanto maior o fluxo sanguíneo (débito cardíaco) e quanto</p><p>maior a resistência periférica, maior será a pressão arterial. Se compararmos a circulação</p><p>sanguínea com o funcionamento de uma mangueira de jardim, a pressão é determinada pela</p><p>proporção de água que entra e aquela que sai da mangueira. Para se aumentar a pressão dentro</p><p>desse sistema, de forma aguda, diminui-se o diâmetro de abertura da mangueira (RP),</p><p>aumentando, assim, a resistência. Outra forma de aumentar a pressão também seria aumentar o</p><p>fluxo total de água dentro da mangueira (VMC).</p><p>Regulação da Pressão Arterial</p><p>A pressão arterial, como vimos anteriormente, é uma das variáveis hemodinâmicas de medida</p><p>mais comuns, pois ela é aferida de modo relativamente fácil. Apesar da pressão arterial ser</p><p>diferente em diversos locais da circulação, no geral, quando se deseja obter o valor da PA, faz-se</p><p>a medida no braço, pois a artéria braquial fica, aproximadamente, na altura da raiz da aorta. Ou</p><p>seja, quando aferimos a pressão na artéria braquial estamos, na verdade, aferindo a pressão que</p><p>o sangue exerce sobre as paredes da aorta torácica. Além de saber aferir a PA, é necessário</p><p>também compreender em que ela consiste e de quais fatores depende.</p><p>Nesse sentido, existem três mecanismos de regulação da PA, sendo eles: Local, Hormonal e</p><p>Neural, os quais iremos apresentar a seguir.</p><p>Regulação Local da Pressão Arterial</p><p>A regulação Local é chamada assim pois acontece no próprio leito capilar, ou seja, no vaso, e as</p><p>variações locais que ocorrem nesses vasos podem regular a vasomotricidade. Por exemplo, no</p><p>caso da vasodilatação temos a dilatação das artérias, o que vai relaxar o esfíncter pré-capilar,</p><p>aumentando o fluxo sanguíneo nas redes capilares. Por sua vez, na vasoconstrição, efeitos</p><p>opostos irão ocorrer. Essa capacidade do tecido de se autoajustar é chamada de autorregulação,</p><p>que ocorre por meio de dois estímulos diferentes: alterações físicas ou substâncias químicas.</p><p>Nas alterações</p><p>físicas podemos citar uma situação de aquecimento, por exemplo, a realização de</p><p>exercício físico, o qual provocará uma vasodilatação; ou uma situação de esfriamento, que</p><p>provocará uma vasoconstrição. Essas alterações físicas são chamadas de Resposta Miogênica,</p><p>nome dado por acontecerem nos músculos lisos das arteríolas.</p><p>Já nos estímulos por substâncias químicas, sejam elas vasoconstritoras ou vasodilatadoras, o</p><p>diâmetro dos vasos pode se alterar. São exemplos dessas substâncias químicas o óxido nítrico</p><p>(NO), responsável por uma vasodilatação, e a endotelina, responsável por uma vasoconstrição.</p><p>Saiba Mais</p><p>Quando o músculo é estirado, ele se contrai com maior força e quando</p><p>esse estiramento diminui ou cessa, o músculo relaxa. Assim ocorre o</p><p>controle do fluxo sanguíneo.</p><p>Regulação Neural da Pressão Arterial</p><p>A regulação neural é feita basicamente pelos quimiorreceptores e pelos barorreceptores.</p><p>Primeiramente iremos falar sobre os quimiorreceptores, que são responsáveis por monitorarem</p><p>a composição química do sangue, ou seja, eles detectam variação na concentração de O2, CO2, H+</p><p>no sangue, percebendo assim se há uma hipóxia, hipercapnia ou acidose. A partir dessa</p><p>detecção, os quimiorreceptores, que estão localizados nos seios carotídeos e no arco da aorta,</p><p>serão ativados e enviarão informações para o centro cardiovascular. O centro cardiovascular</p><p>responde com o ajuste da frequência respiratória, seja pelo tronco encefálico e centro</p><p>respiratório, ou causando uma vasoconstrição por meio da ativação do sistema simpático nas</p><p>arteríolas e veias, aumentando a pressão arterial.</p><p>Já os barorreceptores são sensíveis à pressão e se localizam na aorta, artéria carotídea interna e</p><p>em outras grandes artérias no pescoço e tórax. Esses barorreceptores agem por meio de</p><p>reflexos rápidos que visam manter a pressão arterial constante por meio de alterações nas</p><p>aferências do sistema nervoso simpático e parassimpático. Alguns desses reflexos são o do seio</p><p>carotídeo, responsável por regular a pressão sanguínea no encéfalo, e o aórtico, responsável por</p><p>regular a pressão sistêmica. A trajetória de transmissão desses reflexos ocorre da seguinte</p><p>forma: os barorreceptores detectam alterações na PA, esses estímulos então são conduzidos</p><p>pelo nervo vago (responde ao aumento da PA) ou pelo nervo glossofaríngeo (responde à</p><p>diminuição da PA) para o núcleo do trato solitário (NTS) no troco cerebral; a integração desses</p><p>sinais no tronco cerebral vai comandar alterações nos centros vasomotores ativando fibras</p><p>simpáticas ou parassimpáticas, dependendo da alteração na PA.</p><p>O papel do parassimpático no controle da pressão arterial é mais restrito. O simpático, por sua</p><p>vez, dada a grande distribuição de suas fibras no sistema cardiovascular, possui elevada</p><p>capacidade de ajuste pressórico por ser capaz de modular três variáveis: frequência cardíaca,</p><p>débito sistólico e resistência periférica. O parassimpático é capaz de controlar, com maior</p><p>precisão, apenas a frequência cardíaca, atuando através das fibras do nervo vago que se dirigem</p><p>para o coração.</p><p>A modulação da atividade simpática exercida pelo sistema nervoso é capaz de ajustar a PA para</p><p>valores desejáveis e necessários para as condições do organismo naquele momento (repouso,</p><p>atividade física, sono etc.), mediante interferência nos principais componentes que controlam a</p><p>pressão. A participação do controle parassimpático na pressão arterial só ocorre em situações</p><p>excepcionais. O controle é feito através das fibras no nervo vago que se dirigem diretamente</p><p>para o coração. As fibras vagais estão dispersas principalmente nos átrios e atuam diretamente</p><p>na redução da FC. Os vasos sanguíneos, salvo algumas exceções, como na genitália, são</p><p>desprovidos de inervação parassimpática.</p><p>Assim, podemos concluir que os barorreceptores participam dos ajustes rápidos e de curto</p><p>prazo da PA, como ocorre nas mudanças posturais, por exemplo. Outro exemplo interessante é</p><p>quando um indivíduo está deitado e põe-se rapidamente de pé, isso faz com que ocorra uma</p><p>rápida redução do retorno venoso e do débito sistólico e, consequentemente, da pressão arterial</p><p>e do fluxo sanguíneo cerebral. Através do reflexo barorreceptor, ocorre uma descarga simpática</p><p>que produz taquicardia e vasoconstrição, elevando assim a PA. Resumindo (Figura 4):</p><p>Controle Simpático: o aumento da atividade eferente simpática aumenta a FC, a</p><p>força de contratilidade do coração, o que acarreta o aumento do débito cardíaco</p><p>(VMC) e a resistência vascular periférica, todos culminando no aumento da PA;</p><p>Controle Parassimpático: o aumento da atividade eferente parassimpática reduz a</p><p>FC apenas, culminando na diminuição da PA; o parassimpático não reduz a força de</p><p>contração e nem atua na resistência vascular, essa última porque só existem fibras</p><p>parassimpáticas no nó sinoatrial no coração e não nos vasos.</p><p>Figura 4 – Atuação do sistema nervoso neurovegetativo na</p><p>regulação da pressão arterial a partir dos efeitos dos</p><p>sistemas parassimpático e simpático no músculo cardíaco</p><p>e nos vasos sanguíneos</p><p>Regulação Hormonal</p><p>O controle hormonal da pressão arterial é feito por um grande conjunto de substâncias químicas</p><p>lançadas na circulação e que atuam como hormônios, ou por agentes químicos de ação local.</p><p>Ao compararmos a regulação neural e a hormonal vemos que a regulação neural, em um ponto</p><p>de vista mais geral, é mais eficiente para produzir os ajustes rápidos da pressão arterial, isto é,</p><p>aqueles que ocorrem a cada momento (exemplos: mudanças posturais, esforço físico executado</p><p>no trabalho, no exercício). Para a regulação de longo prazo, tanto os mecanismos neurais como</p><p>os humorais estão envolvidos. Além disso, o sistema de regulação hormonal responde,</p><p>basicamente, às reduções na PA.</p><p>O principal sistema hormonal que está envolvido na regulação hormonal é o Sistema Renina-</p><p>Angiotensina-Aldosterona, que age tentando, de toda forma, elevar a PA. Desta forma, esse</p><p>sistema de regulação é ativado quando ocorre uma diminuição da PA, por qualquer que seja o</p><p>motivo. Essa redução na PA é detectada pelos mecanorreceptores (localizados nas arteríolas</p><p>aferentes renais), os quais enviarão para as células da justaglomerular essa informação. Essas</p><p>células, então, iniciam a secreção de renina que, ao cair no plasma, catalisa o angiotensinogênio</p><p>em angiotensina I. A angiotensina I é transportada pela circulação até os rins e pulmão, onde a</p><p>enzima conversora de angiotensina (ECA) irá transformar a angiotensina I em angiotensina II. A</p><p>angiotensina II possui diversas formas de agir, algumas delas são: atua na vasoconstrição das</p><p>arteríolas, assim como no sistema nervoso simpático; atua no córtex da suprarenal estimulando</p><p>a secreção de aldosterona, que irá amplificar o efeito da angiotensina II aumentando a</p><p>reabsorção de sódio (Na+) e água, aumentando, dessa forma, o volume sanguíneo e,</p><p>consequentemente, a PA; atua no hipotálamo estimulando a sede e a ingestão de água, o que irá</p><p>promover o aumento do volume sanguíneo circulante; e atua também nos rins estimulando o</p><p>trocador Na+/H+, aumentando, dessa forma, a reabsorção de Na+ e bicarbonato (HCO3</p><p>-) que irão</p><p>aumentar a reabsorção de água e, consequentemente, aumentará também o volume sanguíneo e</p><p>da PA</p><p>Além disso, o controle hormonal é realizado também por outra enorme variedade de substâncias</p><p>(hormônios e mediadores químicos de produção e ação local) que interferem, principalmente,</p><p>na dilatação ou contração das artérias. São eles:</p><p>Agentes vasoconstritores: aumento dos íons de cálcio e ação da serotonina, que</p><p>após uma lesão vascular é liberada causando vasoconstrição e reduzindo o</p><p>sangramento;</p><p>Agentes vasodilatadores: bradicinina, responsável por promover a vasodilatação</p><p>arteriolar e aumento da permeabilidade dos capilares e histamina, liberada em</p><p>tecidos lesionados, inflamados ou em reações alérgicas.</p><p>Eletrofisiologia do Coração</p><p>A eletrofisiologia é o estudo da atividade elétrica do coração.</p><p>O conhecimento da eletrofisiologia é muito</p><p>importante para os profissionais da saúde, seja para</p><p>realizar um diagnóstico clínico ou funcional, realizar avaliação física e até mesmo prescrever</p><p>medicamentos, exercício físico ou dieta alimentar.</p><p>Ritmicidade do Coração</p><p>O coração apresenta uma ritmicidade em suas contrações. Essas contrações rítmicas e</p><p>coordenadas das câmaras cardíacas produzem o fluxo sanguíneo, que supre órgãos do corpo</p><p>com nutrientes e oxigênio. Essas contrações são ativadas por impulsos elétricos gerados</p><p>espontaneamente por células do nódulo sinoatrial (marcapasso normal do coração, Figura 5).</p><p>Você Sabia?</p><p>Por que é importante entendermos a eletrofisiologia? A eletrofisiologia</p><p>é utilizada para observar arritmias complexas, elucidar sintomas,</p><p>avaliar eletrocardiogramas anormais, estimar risco de</p><p>desenvolvimento de arritmias etc.</p><p>Figura 5 – Sistema de condução elétrica do coração</p><p>Fonte: Adaptada de PITHON-CURI, 2013</p><p>O estímulo inicia-se no nodo sinoatrial, que se propaga</p><p>pelos átrios e no atrioventricular, e chega até os ventrículos</p><p>A origem e a propagação dos impulsos elétricos cardíacos dependem da existência de gradientes</p><p>iônicos através da membrana plasmática e das mudanças transitórias rápidas de permeabilidade</p><p>seletiva da membrana das células cardíacas. Sob condições normais, as células miocárdicas</p><p>(células do coração) estão acopladas eletricamente, de forma que a excitação de uma única célula</p><p>resulta na excitação de todas as células do tecido. As extremidades das células miocárdicas</p><p>adjacentes estão unidas entre si por discos intercalares. Nesses discos, existem áreas de íntimo</p><p>contato das membranas das duas células que formam as junções comunicantes.</p><p>As junções comunicantes são constituídas por proteínas denominadas conexinas, que</p><p>permitem a condução rápida do potencial de ação entre as células, facilitando o espalhamento da</p><p>atividade elétrica pelo miocárdio e o batimento síncrono do coração. Portanto, após a geração</p><p>espontânea do comando de bater o coração a partir do nodo sinoatrial, o restante do coração,</p><p>ligado intimamente com esse primeiro nodo, continua o comando de bater, e isso continua</p><p>ocorrendo a cada momento, gerando a ritmicidade nos batimentos cardíacos.</p><p>Eletrocardiograma</p><p>O eletrocardiograma (ECG) é um registro indireto da atividade elétrica do coração, obtida por</p><p>meio de eletrodos colocados em diferentes pontos da superfície do corpo (Figura 6). Essa</p><p>medida é importante para detectar alterações de ritmicidade nos batimentos, indicando um</p><p>potencial problema cardíaco.</p><p>Saiba Mais</p><p>A compreensão na leitura de um ECG por profissionais da área da saúde</p><p>é de suma importância. Por exemplo, saber se um indivíduo está apto à</p><p>prática de exercício físico, ou não, e indicá-lo para consulta com</p><p>profissionais da área previne mortes súbitas, infartos e outras</p><p>patologias cardíacas que podem resultar em morte.</p><p>Na Figura 6, podemos ver as ondas e suas características em um ECG normal e, na Figura 7, o</p><p>ECG relacionado aos eventos cardíacos.</p><p>Figura 6 – Diferentes fases de um eletrocardiograma</p><p>normal</p><p>Fonte: Adaptada de PITHON-CURI, 2013</p><p>A onda P representa a despolarização dos átrios, o complexo</p><p>QRS representa as alterações elétricas provenientes da</p><p>despolarização ventricular e a onda T representa a</p><p>repolarização ventricular. Qualquer alteração observada em</p><p>uma das curvas pode indicar algum sintoma de uma</p><p>patologia cardíaca</p><p>Figura 7 – Relação entre um ECG e os eventos elétricos no</p><p>coração</p><p>Fonte: Adaptada de SILVERTHORN, 2010</p><p>Adaptações Cardiovasculares Agudas ao Exercício</p><p>O exercício físico caracteriza-se por uma situação que retira o organismo de sua homeostase,</p><p>pois implica o aumento instantâneo da demanda energética da musculatura exercitada e,</p><p>consequentemente, do organismo como um todo. Desta forma, para suprir a nova demanda</p><p>metabólica, várias adaptações fisiológicas são necessárias e, dentre elas, as funções</p><p>cardiovasculares.</p><p>As adaptações cardiovasculares ao exercício físico envolvem respostas precoces e tardias, com</p><p>origens diversas, afetando múltiplas variáveis que, em conjunto, determinam uma resposta final</p><p>que varia com o indivíduo e o tipo de treino realizado (intensidade, volume e duração).</p><p>Em relação ao tipo de exercício, podemos caracterizar dois tipos principais: exercícios</p><p>dinâmicos ou isotônicos (ocorre contração muscular, seguida de movimento articular) e</p><p>estáticos ou isométricos (ocorre contração muscular, sem movimento articular). Cada um</p><p>desses exercícios implica em respostas cardiovasculares distintas.</p><p>Nos exercícios estáticos, observa-se aumento da frequência cardíaca, com manutenção ou até</p><p>redução do volume sistólico e pequeno acréscimo do débito cardíaco. Em compensação,</p><p>observa-se aumento da resistência vascular periférica, que resulta na elevação exacerbada da PA.</p><p>Esses efeitos ocorrem porque a contração muscular mantida durante a contração isométrica</p><p>promove obstrução mecânica do fluxo sanguíneo muscular, o que faz com que os metabólitos</p><p>Glossário</p><p>Homeostasia: é a propriedade que o corpo humano tem de</p><p>regular/adaptar seu ambiente interno mediante as mudanças tanto</p><p>internas quanto externas, de modo a mantê-lo estável.</p><p>produzidos durante a contração se acumulem, ativando quimiorreceptores musculares, que</p><p>promovem aumento expressivo da atividade nervosa simpática.</p><p>Por outro lado, nos exercícios dinâmicos não existe obstrução mecânica do fluxo sanguíneo, de</p><p>modo que, nesse tipo de exercício, também se observa aumento da atividade simpática,</p><p>desencadeada pela ativação do comando central e por mecanorreceptores musculares. Em</p><p>resposta ao aumento da atividade simpática, observa-se aumento da FC, do volume sistólico e do</p><p>débito cardíaco. Além disso, a produção de metabólitos musculares promove vasodilatação na</p><p>musculatura ativa, gerando redução da resistência periférica. Ou seja, ocorre aumento da</p><p>pressão arterial sistólica e manutenção ou redução da pressão diastólica.</p><p>Embora as respostas cardiovasculares aos exercícios dinâmicos e estáticos sejam bem</p><p>características, na prática diária, os exercícios executados apresentam componentes dinâmicos</p><p>e estáticos, de modo que a resposta cardiovascular a esses exercícios depende da contribuição de</p><p>cada um desses componentes. Nesse sentido, os exercícios resistidos ou exercícios de</p><p>musculação possuem papel de destaque, pois quando executados em alta intensidade, apesar de</p><p>serem feitos de forma dinâmica, apresentam componente isométrico bastante elevado, fazendo</p><p>com que a resposta cardiovascular durante sua execução se assemelhe àquela observada com</p><p>exercícios estáticos, ou seja, aumento da FC e, principalmente, aumento exacerbado da PA, que</p><p>se amplia à medida em que o exercício vai sendo repetido.</p><p>Além das alterações cardiovasculares observadas durante a execução do exercício físico,</p><p>algumas alterações ocorrem após a finalização do treino. Dentre elas, a hipotensão pós-</p><p>exercício. Ela se caracteriza pela redução da PA durante o período de recuperação, fazendo com</p><p>que valores pressóricos observados pós-exercícios permaneçam inferiores àqueles medidos</p><p>antes do exercício, ou mesmo àqueles medidos em dias sem a execução de exercícios.</p><p>Adaptações Cardiovasculares Crônicas ao Exercício</p><p>Dentre os efeitos e adaptações cardiovasculares em longo prazo do exercício físico, um deles</p><p>seria a diminuição da pressão arterial de repouso, porém, isso é dependente da intensidade de</p><p>exercício utilizada nas sessões de treinamento. Essa intensidade de treinamento deve ser</p><p>realizada na faixa de leve à moderada, correspondente a 55% do VO2 de pico. Essa redução da PA</p><p>ocorre por conta de uma redução que ocorre no débito cardíaco associada à bradicardia de</p><p>repouso. Nesse sentido, a prática regular de exercício físico deve ser recomendada para a</p><p>prevenção e tratamento da hipertensão arterial.</p><p>Outro efeito em longo prazo do treinamento físico, especialmente o aeróbio, é a bradicardia de</p><p>repouso, o mecanismo associado a essa resposta é uma redução da FC. Bradicardia é um termo</p><p>utilizado na medicina para designar uma diminuição na frequência cardíaca.</p><p>Outro importante efeito do exercício físico regular é a hipertrofia cardíaca, que se caracteriza por</p><p>aumento do tamanho das câmaras cardíacas ou da espessura da parede muscular, sem elevação</p><p>significativa do tamanho do órgão e sem perda de funcionalidade. É importante ressaltar essa</p><p>não perda de funcionalidade, pois algumas doenças também provocam essa hipertrofia, como a</p><p>hipertensão arterial, porém, esse aumento do tamanho do coração ocorre sem a elevação da sua</p><p>força de contração, tornando sua contração insuficiente para bombear sangue de maneira</p><p>adequada para os órgãos e tecidos do corpo. A hipertrofia cardíaca, seja da câmara ou da</p><p>espessura da parede muscular ventricular, também está ligada ao tipo de exercício executado. No</p><p>caso de exercícios de característica predominantemente aeróbia ocorre o aumento das câmaras</p><p>cardíacas. Por exemplo, durante uma corrida de longa distância, o aumento do retorno venoso</p><p>proporciona maior volume diastólico final. Esse estresse mecânico de enchimento dos</p><p>ventrículos com maior volume de sangue, se repetido por algum tempo, leva ao aumento das</p><p>câmaras cardíacas (Figura 8).</p><p>Figura 8 – Adaptações no tamanho da cavidade</p><p>ventricular, da espessura do ventrículo esquerdo e do peso</p><p>do ventrículo esquerdo induzidas pela prática de exercício</p><p>físico de resistência e exercício resistido (musculação)</p><p>Fonte: Adaptada de PITHON-CURI, 2013</p><p>A hipertrofia cardíaca induzida pelo exercício resistido (musculação) ocorre na musculatura da</p><p>parede do ventrículo esquerdo. Durante esse tipo de exercício, ocorrem picos de pressão arterial.</p><p>Assim, a força de contração do ventrículo esquerdo deve ser grande o suficiente para vencer a</p><p>pressão da aorta e ejetar sangue para o sistema. Essa sobrecarga tensional leva ao espessamento</p><p>do septo entre os ventrículos e espessamento da parede do ventrículo esquerdo (Figura 9).</p><p>Figura 9 – Ação da atividade muscular auxiliando o retorno</p><p>venoso</p><p>Fonte: Adaptada de PITHON-CURI, 2013</p><p>O detalhe mostra a contração muscular que comprime as</p><p>veias e impulsiona o sangue em direção ao coração. O fluxo</p><p>unidirecional é garantido pela presença de válvulas no</p><p>interior das veias</p><p>Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:</p><p>Vídeos</p><p>How I Repaired My Own Heart</p><p>Página 3 de 4</p><p>📄 Material Complementar</p><p>O Primeiro Passo para Entender o Eletrocardiograma (ECG)</p><p>Tal Golesworthy: How I repaired my own heartTal Golesworthy: How I repaired my own heart</p><p>O primeiro passo para entender o eletrocardiograma (ECG) (Vídeo O primeiro passo para entender o eletrocardiograma (ECG) (Vídeo ……</p><p>Coração de Atleta</p><p>Sistema Cardiovascular</p><p>Clique no botão para conferir o vídeo indicado.</p><p>ASSISTA</p><p>Leitura</p><p>Adaptações Agudas e Crônicas do Exercício Físico no Sistema</p><p>Cardiovascular</p><p>Coração de Atleta - Hipertro�a FisiológicaCoração de Atleta - Hipertro�a Fisiológica</p><p>Clique no botão para conferir o conteúdo.</p><p>ACESSE</p><p>CURI, R.; ARAÚJO FILHO, J. P. Fisiologia básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.</p><p>GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.</p><p>PITHON-CURI, T. C. Fisiologia do Exercício. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.</p><p>Página 4 de 4</p><p>📄 Referências</p>