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Ciências Neurológicas: Sistema Nervoso

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<p>1</p><p>CIÊNCIAS NEUROLÓGICAS</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2</p><p>FILOGÊNESES DO SISTEMA NERVOSO .......................................... 3</p><p>SISTEMA NERVOSO CENTRAL ......................................................... 7</p><p>O QUE É NEURÔNIO? ........................................................................ 9</p><p>HEMISFÉRIOS CEREBRAIS ............................................................. 12</p><p>AS DIFERENÇAS DOS HEMIFÉRIOS .............................................. 15</p><p>QUANTOS CÉREBROS VOCÊ TEM? UM OU DOIS? ...................... 17</p><p>NEUROPLASTICIDADE – ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ........... 25</p><p>PLASTICIDADE SINÁPTICA ............................................................. 26</p><p>NEUROGÉNESE ............................................................................... 27</p><p>PLASTICIDADE FUNCIONAL COMPENSATÓRIA ........................... 28</p><p>FUNÇÃO E COMPRORTAMENTO: APRENDIZAGEM, EXPERIENCIA</p><p>E AMBIENTE. ............................................................................................... 29</p><p>ENTENDER AS CONDIÇÕES PARA INDUZIR A PLATICIDADE ..... 31</p><p>REFERÊNCIA .................................................................................... 33</p><p>2</p><p>NOSSA HISTÓRIA</p><p>A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de</p><p>empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de</p><p>Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como</p><p>entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.</p><p>A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de</p><p>conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a</p><p>participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua</p><p>formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,</p><p>científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o</p><p>saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.</p><p>A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma</p><p>confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base</p><p>profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições</p><p>modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,</p><p>excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.</p><p>3</p><p>FILOGÊNESES DO SISTEMA NERVOSO</p><p>Os primeiros neurônios surgiram como células que se diferenciaram das demais</p><p>para receber estímulos do meio-ambiente, transmitindo-os às células</p><p>musculares vizinhas para gerar uma resposta adaptativa. Tais células receptoras</p><p>eram especializadas em irritabilidade e condutividade, o que significa que elas</p><p>eram capazes de transformar um estímulo externo em uma mensagem interna</p><p>que se propagava no organismo.</p><p>Exemplos destas células nervosas primitivas podem ser visto nos</p><p>tentáculos de uma anêmona do mar, no qual existem células nervosas com</p><p>apenas um prolongamento (unipolares) que se ligam com células musculares</p><p>protegidas do exterior.</p><p>O prolongamento de tais células unipolares é um axônio dotado de uma</p><p>formação especial denominada receptor, que transforma vários tipos de</p><p>estímulos físicos ou químicos em impulsos nervosos.</p><p>A esta transformação se dá o nome de transdução.</p><p>Os impulsos nervosos são transmitidos a um efetuador, que pode ser um</p><p>músculo ou uma glândula. Com a evolução das espécies começaram a surgir,</p><p>por meio de mutações adaptativas, receptores mais complexos e capazes de</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%AAmona</p><p>4</p><p>lidar com estímulos mais variados.</p><p>A anêmona do mar é um celenterado e, como em outros seres desta</p><p>espécie, em seu corpo existe uma rede de fibras nervosas formadas por</p><p>ramificações dos neurônios de superfície, que permite a difusão dos impulsos</p><p>nervosos em várias direções.</p><p>Já nos platelmintos, como a planária, e nos anelídeos, como as minhocas,</p><p>este tipo de sistema nervoso foi substituído por algo mais avançado, no qual os</p><p>elementos tendem a se agrupar centralmente, ao invés de irradiar da</p><p>superfície.</p><p>Na minhoca, o sistema nervoso é segmentado, sendo formado por um par</p><p>de gânglios cerebróides e uma série de gânglios unidos por uma corda ventral,</p><p>correspondendo aos segmentos do animal.</p><p>Funciona da seguinte maneira: na superfície do animal, em seu epitélio,</p><p>existem neurônios especializados em receber estímulos do meio externo</p><p>(neurônios sensitivos ou aferentes) capazes de realizar a transdução, e conduzir</p><p>o impulso gerado em direção ao interior do animal. Estes neurônios estão ligados</p><p>a outros neurônios mais centrais por meio do seu axônio (sinapse axo-somática</p><p>cf. as ilustrações que eu vi). A soma destes neurônios mais centrais encontra-se</p><p>no gânglio e possui um axônio que faz conexão com os músculos do animal para</p><p>gerar uma resposta comportamental. Tais neurônios são especializados, então,</p><p>na condução do impulso do centro até o efetuador, e por isso são chamados de</p><p>neurônios motores ou eferentes.</p><p>Neurônio sensitivo ou aferente: realiza a transdução do estímulo do</p><p>meio externo e o conduz para o interior do animal.</p><p>Neurônio motor ou eferente: conduz o impulso recebido até um</p><p>efetuador, que pode ser um músculo ou uma glândula.</p><p>Outra forma de colocar isto é que os neurônios aferentes trazem o impulso</p><p>de uma determinada área e os neurônios eferentes levam o impulso a uma</p><p>determinada área do sistema nervoso. Mas eu não gosto desta definição por</p><p>causa dos neurônios de associação. De qualquer forma, como em qualquer</p><p>classificação espacial, a denominação é relativa ao que se descreve. Um</p><p>exemplo citado por Angelo Machado é de que "neurônios cujos corpos estão no</p><p>5</p><p>cérebro e terminam no cerebelo são eferentes ao cérebro e aferentes ao</p><p>cerebelo."</p><p>E por isso "deve-se sempre especificar o órgão ou área do sistema</p><p>nervoso em relação à qual os termos são empregados."</p><p>O estudo da evolução das células nervosas, sua filogênese, é importante</p><p>para que possamos compreender como se organizam e qual a importância de</p><p>cada tipo diferente de neurônio que iremos encontrar nos organismos mais</p><p>complexos. Fica claro, também, por meio deste estudo, que existem três tipos</p><p>básicos de neurônios existentes: neurônios aferentes, neurônios eferentes e</p><p>neurônios de associação.</p><p>Aprofundando o assunto sobre os neurônios aferentes, podemos afirmar</p><p>que estes levam informações sobre modificações ocorridas no meio externo</p><p>para o sistema nervoso central. No caso de organismos mais complexos, os</p><p>neurônios aferentes também podem levar informações sobre o meio interno do</p><p>organismo para o sistema nervoso central.</p><p>Quando em contato direto com o meio externo, o neurônio aferente é</p><p>unipolar, ou seja, é composto por um soma e um axônio. Esta é uma das</p><p>formas mais primitivas de organização neuronal. Nos moluscos, os neurônios</p><p>sensitivos se conectam a superfície por meio de um prolongamento e seus</p><p>somas ficam no interior do animal.</p><p>Nos vertebrados, quase todos os neurônios sensitivos têm seus corpos</p><p>localizados em gânglios próximos ao sistema nervoso central, porém sem</p><p>penetrar nele. A maioria dos neurônios sensitivos dos vertebrados é unipolar. A</p><p>vantagem de tal configuração é uma menor suscetibilidade a lesões</p><p>decorrentes do contato direto com o meio externo</p><p>Primeiro surgiram neurônios compostos de um soma e de um axônio</p><p>terminado em um receptor que se projetava ao meio externo, nos celenterados.</p><p>Depois surgiram neurônios cujas somas encontram-se diretamente expostos ao</p><p>meio externo, com um axônio projetando-se ao interior do animal, conectando o</p><p>neurônio sensitivo a um neurônio motor, formando um arco-reflexo. Então nos</p><p>6</p><p>celenterados não havia algo como um arco-reflexo? Um neurônio recebia a</p><p>informação do meio e</p><p>já providenciava a resposta?</p><p>Os neurônios eferentes, ou motores, têm a função de conduzir o</p><p>impulso nervoso ao órgão efetuador, determinando uma secreção (glândulas)</p><p>ou uma contração (músculos).</p><p>No animal humano, os neurônios eferentes do sistema nervoso</p><p>autônomo (S.N.A.) que enervam músculos lisos, músculos cardíacos ou</p><p>glândulas, têm seus corpos fora do sistema nervoso central (S.N.C.), nos</p><p>gânglios viscerais, e são denominados neurônios pós-ganglionares.</p><p>Já os neurônios que enervam os músculos estriados esqueléticos têm seus</p><p>corpos sempre dentro do S.N.C. e são denominados neurônios motores</p><p>primários, neurônios motores inferiores ou via motora final comum de</p><p>Sherrington.</p><p>Os neurônios de associação trouxeram consigo um aumento</p><p>considerável no número de sinapses e, por tanto, na complexidade do sistema</p><p>nervoso. Tal complexidade trouxe consigo a possibilidade do surgimento</p><p>de padrões de comportamento.</p><p>Quanto maior o número de neurônios de associação, mais complexos e</p><p>elaborados podem ser os padrões de comportamento apresentados pelo</p><p>animal.O soma do neurônio de associação permanece sempre dentro do S.N.C.,</p><p>e seu aumento se deu principalmente na extremidade anterior dos animais. Nos</p><p>vertebrados, os neurônios de associação são a grande maioria.</p><p>A evolução filogenética, os neurônios mais primitivos, ou os primeiros a</p><p>surgirem são os neurônios sensitivos ou aferentes, seguidos pelos neurônios</p><p>motores ou eferentes, para então surgirem os neurônios associativos.</p><p>Neurônios aferentes:</p><p>1. Na superfície: unipolares (anelídeos)</p><p>2. Intermediários: bipolares (moluscos)</p><p>3. Próximos ao S.N.C.: pseudo-unipolares (vertebrados)</p><p>Neurônios eferentes:</p><p>1. Fora do S.N.C. nos gânglios viscerais: Sistema Nervoso Autônomo</p><p>7</p><p>2. Dentro do S.N.C. terminações em músculos estriados esqueléticos.</p><p>Neurônios de associação:</p><p>Internos ao S.N.C., permitiram o aumento do número de sinapses e o</p><p>surgimento de padrões de comportamento e funções superiores.</p><p>SISTEMA NERVOSO CENTRAL</p><p>O Sistema Nervoso Central (SNC) é a parte do sistema nervoso formada</p><p>pelo encéfalo e pela medula espinhal.</p><p>O sistema nervoso é fundamental para a percepção do mundo que nos</p><p>cerca e também para o funcionamento do corpo e a realização de atividades,</p><p>como locomoção, raciocínio e memória. Ele é constituído por neurônios e pelas</p><p>células da glia, que garantem, entre outras funções, um microambiente</p><p>adequado para os neurônios.</p><p>O sistema nervoso pode ser classificado em sistema nervoso central</p><p>(SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).</p><p>O funcionamento e a estrutura do SNC.</p><p>→ Funções do Sistema Nervoso Central</p><p>O sistema nervoso central atua como um centro integrador, processando</p><p>todas as informações dos impulsos recebidos. É nessa região, portanto, que as</p><p>decisões são tomadas e ordens são geradas e enviadas para o órgão efetor.</p><p>→ Componentes do Sistema Nervoso Central</p><p>O sistema nervoso central é formado por duas partes</p><p>básicas: o encéfalo e a medula espinhal. O encéfalo está contido no interior da</p><p>caixa craniana, e a medula espinhal está contida no interior da coluna</p><p>vertebral, no canal vertebral.</p><p>8</p><p>O encéfalo, apesar do que muitos pensam, não é composto apenas pelo</p><p>cérebro, sendo este apenas uma porção dessa importante parte do SNC. O</p><p>encéfalo é constituído basicamente pelo Telê encéfalo, formado por dois</p><p>hemisférios cerebrais, o diencéfalo, que se divide em epitálamo, tálamo e</p><p>hipotálamo, o cerebelo e o tronco encefálico, formado pelo mesencéfalo,</p><p>ponte e bulbo.</p><p>A medula espinhal, como dito, está situada no interior do canal</p><p>vertebral, entretanto, não o ocupa totalmente. Essa massa possui forma</p><p>cilíndrica e apresenta cerca de 45 centímetros em um homem adulto. A medula</p><p>inicia-se na altura do forame magno do crânio e estende-se até a altura da 1ª ou</p><p>2ª vértebra lombar.</p><p>Em corte transversal, é possível verificar a presença de dois tipos de</p><p>substâncias no SNC: a branca e a cinzenta.</p><p>A substância branca recebe essa denominação por causa da</p><p>presença de mielina nos axônios. Essa substância não apresenta corpos</p><p>celulares, que estão presentes apenas na substância cinzenta. No encéfalo,</p><p>observa-se a substância cinzenta mais externamente, e a branca está mais</p><p>internamente. Já na medula espinhal, a substância cinzenta localiza-se mais</p><p>internamente em relação à branca. O desenho formado pela substância</p><p>cinzenta lembra uma borboleta ou um H na medula espinhal.</p><p>→ Meninges</p><p>Todo o SNC é envolvido por três membranas fibrosas que</p><p>recebem o nome de meninges. Essas três meninges são chamadas</p><p>de dura-máter, pia-máter e aracnoide. A dura-máter é a meninge mais</p><p>externa e é formada por tecido conjuntivo denso, sendo muito espessa e</p><p>resistente. A aracnoide é a meninge intermediária, localizada entre a dura-máter</p><p>e a pia-máter. Já a pia-máter é a mais interna e delicada das meninges,</p><p>destacando-se por ser muito vascularizada.</p><p>Entre as meninges aracnoides e pia-máter, existe um espaço preenchido</p><p>pelo líquido cefalorraquidiano, também chamado de líquor. Uma das</p><p>9</p><p>principais funções desse líquido é garantir a proteção mecânica das células do</p><p>SNC.</p><p>O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e medula espinhal</p><p>O QUE É NEURÔNIO?</p><p>Os neurônios são células presentes no sistema nervoso e apresentam</p><p>como principal função conduzir os chamados impulsos nervosos. Apesar de não</p><p>serem as únicas células do nosso tecido nervoso, elas destacam-se como as</p><p>mais conhecidas.</p><p>→ Características gerais dos neurônios</p><p>Os neurônios apresentam como partes básicas o corpo celular, os</p><p>dendritos e o axônio.</p><p> Corpo celular: O corpo celular é a região onde está localizado o núcleo do</p><p>neurônio, bem como a maioria de suas organelas. Seu formato é variado e pode</p><p>ser esférico, estrelado ou piramidal, por exemplo.</p><p> Dendritos: São extensões muito ramificadas responsáveis por receber os</p><p>sinais químicos de outro neurônio.</p><p>10</p><p>Axônio: É uma extensão responsável por transmitir os sinais para outras</p><p>células, como outro neurônio, glândulas ou músculos. Ele caracteriza-se por ser</p><p>mais longo que os dendritos, podendo atingir até um metro de comprimento em</p><p>algumas espécies. Em alguns neurônios, observa-se a bainha de mielina no</p><p>axônio, a qual é produzida por dois tipos de células da glia: os oligodendrócitos,</p><p>no sistema nervoso central, e por células de Schwann, no sistema nervoso</p><p>periférico. As porções do axônio nas quais há falhas na bainha de mielina</p><p>recebem a denominação de nódulos de Ranvier.</p><p>Observe as principais partes de um neurônioObserve as principais partes de um neurônio</p><p>Observe as principais partes de um neurônio</p><p>Entre um neurônio e outra célula, encontramos uma junção denominada</p><p>de sinapse. Nesses locais, geralmente são lançados neurotransmissores que</p><p>atuam no transporte das informações de um neurônio para outra célula. Ao</p><p>neurônio que está passando a informaç��o dá-se o nome de célula pré-</p><p>sináptica, e à célula que recebe o sinal dá-se o nome de célula pós-sináptica.</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-neuronio.htm</p><p>11</p><p>→ Classificação dos neurônios segundo o número de</p><p>prolongamentos</p><p>Os neurônios podem ser classificados de acordo com o número de</p><p>prolongamentos em:</p><p> Neurônios bipolares: apresentam um dendrito e um axônio;</p><p> Neurônios pseudounipolares: apresentam um prolongamento</p><p>único, próximo ao corpo celular, que se divide em dois. Na vida</p><p>embrionária, esses neurônios apresentam-se como neurônios</p><p>bipolares;</p><p> Neurônios multipolares: apresentam mais de dois</p><p>prolongamentos celulares e são o tipo principal de neurônio.</p><p>Principais tipos de neurônios existentes</p><p>→ Classificação</p><p>dos neurônios segundo sua função</p><p>Os neurônios podem ser classificados de acordo com sua função em:</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-neuronio.htm</p><p>12</p><p> Sensoriais ou aferentes: recebem estímulos e enviam-nos para o</p><p>sistema nervoso central;</p><p> Interneurônios: estabelecem conexões entre um neurônio e</p><p>outro.</p><p> Motores ou eferentes: conduzem impulsos do sistema nervoso</p><p>central para outras partes do organismo.</p><p>neurônios são células típicas do sistema nervoso</p><p>HEMISFÉRIOS CEREBRAIS</p><p>O cérebro humano está formado de duas metades, de aparência</p><p>semelhante chamada também pelo nome de hemisférios cerebrais.</p><p>Elas estão conectadas entre si, por um feixe de filamentos</p><p>nervosos denominado: “ corpo caloso” .</p><p>Os Hemisférios cerebrais chamam-se respectivamente: Hemisfério</p><p>Esquerdo e Hemisfério Direito.</p><p>13</p><p>Cada hemisfério é especializado para algumas tarefas específicas.</p><p>Eles se comunicam entre si através de um feixe que tem entre 200 e 250</p><p>milhões de fibras nervosas chamado de “corpo caloso”.</p><p>O corpo caloso tem como uma das principais funções, permitir a</p><p>comunicação entre os dois hemisférios, transmitindo a memória e o aprendizado.</p><p>O sistema nervoso humano está conectado com o cérebro mediante uma</p><p>comunicação cruzada.</p><p>De acordo com este critério, o hemisfério esquerdo controla o lado direito</p><p>do corpo, e o hemisfério direito controla o lado esquerdo. Em função deste</p><p>cruzamento das vias nervosas, a mão esquerda está conectada ao hemisfério</p><p>14</p><p>direito, e a mão direita ao hemisfério esquerdo. Os cientistas já sabem há muito</p><p>tempo que o lado direito do cérebro controla do lado esquerdo do corpo e vice-</p><p>versa, ou seja, é um arranjo que os neurocientistas chamam de contralateral.</p><p>Assim, uma lesão de um lado do cérebro, normalmente vai afetar os</p><p>movimentos e o sentidos do lado oposto do corpo.</p><p>O francês Dr. Marc Dax em 1836 foi o primeiro a sugerir que os</p><p>hemisférios teriam funções diferentes. Observou paciente com derrame cerebral.</p><p>Quando a lesão era no hemisfério esquerdo, o paciente ficava com o corpo</p><p>paralisado do lado direito e sem fala. Posteriormente esses fatos foram</p><p>confirmados pelo famoso cientista francês Pierre Broca, que descobriu que o</p><p>centro motor de comando da linguagem falada encontra-se apenas no hemisfério</p><p>esquerdo. Uma lesão nessa área torna a pessoa total ou parcialmente afásica,</p><p>isto é, sem a capacidade de enunciar a voz, sem entretanto alterar outras</p><p>funções relacionadas linguagem.</p><p>Posteriormente descobriu-se também que outras áreas relacionadas</p><p>percepção da fala, escrita, etc., também são lateralizadas.</p><p>Por muito tempo muitos filósofos e cientistas afirmam que o hemisfério</p><p>esquerdo é relacionado ao raciocínio lógico e à linguagem (logos=palavra) e que</p><p>esse hemisfério seria o dominante ou principal e o direito, na época, com suas</p><p>funções desconhecidas foi chamado de hemisfério secundário ou subordinado.</p><p>Os hemisférios são parecidos na forma externa, porém, possuem funções</p><p>diferenciadas, o hemisfério esquerdo manifesta-se através do raciocínio e se</p><p>expressa através da linguagem oral, e o hemisfério direito, o faz através da</p><p>emoção e se expressa apenas através da linguagem visual (imagem, desenho).</p><p>Qualquer canhoto poderá ser tão bom com a sua esquerda como um</p><p>destro com a sua direita, pois ambos têm igual equipamento neurológico. Se há</p><p>canhotos que tem dificuldades de um adestramento à esquerda é apenas porque</p><p>tem que se adaptar a um contexto organizado para os direitos. Isso por muitas</p><p>vezes, faz com que os canhotos adquiram aptidões com ambas as mãos.</p><p>Os maiores problemas dos canhotos residem nas suas dificuldades de</p><p>adaptação a aquelas técnicas que são especificamente de um mundo de direitos;</p><p>15</p><p>dificuldades de adaptação a certos utensílios e a situações escolares que</p><p>requerem procedimentos da esquerda para a direita ( como por exemplo, a</p><p>leitura e a escrita ).</p><p>AS DIFERENÇAS DOS HEMIFÉRIOS</p><p>HEMISFÉRIO ESQUERDO</p><p>Verbal: Usa palavra para manobrar, descrever e definir.</p><p>HEMISFÉRIO DIREITO</p><p>Não verbal: Tem conhecimento das coisas, através de uma relação não</p><p>verbal.</p><p>HEMISFÉRIO ESQUERDO</p><p>Analítico: Soluciona as coisas passo a passo e parte por parte.</p><p>HEMISFÉRIO DIREITO</p><p>Sintético: Une as coisas para formar todos os conjuntos.</p><p>HEMISFÉRIO ESQUERDO</p><p>Simbólico: Usa um símbolo para representar algo.</p><p>HEMISFÉRIO DIREITO</p><p>Concreto: Relaciona-se com as coisas tal com são e no momento</p><p>presente.</p><p>HEMISFÉRIO ESQUERDO</p><p>Abstrato: Toma um pequeno fragmento de informação e usa-o para</p><p>representar o todo.</p><p>16</p><p>HEMISFÉRIO DIREITO</p><p>Analógico: Observa semelhança entre as coisas, compreende as relações</p><p>metafóricas.</p><p>HEMISFÉRIO ESQUERDO</p><p>Temporal: Leva em conta o tempo e a ordem das coisas em sucessão.</p><p>HEMISFÉRIO DIREITO</p><p>Atemporal: Não tem sentido de tempo.</p><p>HEMISFÉRIO ESQUERDO</p><p>Racional: Extrai conclusões baseadas nas razões e nos dados.</p><p>HEMISFÉRIO DIREITO</p><p>Não racional: Não necessita basear-se na razão nem nos danos.</p><p>HEMISFÉRIO ESQUERDO</p><p>Não Espacial: Não vê as relações entre uma coisa e outra, e como as</p><p>partes se unem para formar um todo.</p><p>HEMISFÉRIO DIREITO</p><p>Espacial: Vê as relações entre uma coisa e outra, e a maneira como as</p><p>partes unem-se para formar um todo.</p><p>HEMISFÉRIO ESQUERDO</p><p>Lógico: Extraem conclusões baseando-se na lógica, tudo segue uma</p><p>ordem lógica, como por exemplo, um teorema matemático e um argumento bem</p><p>exposto.</p><p>HEMISFÉRIO DIREITO</p><p>Intuitivo: Baseiam-se em dados incompletos, sensações e imagens.</p><p>HEMISFÉRIO ESQUERDO</p><p>Linear: Pensa em função de ideias encadeadas, de modo que um</p><p>pensamento sucede o outro.</p><p>17</p><p>HEMISFÉRIO DIREITO</p><p>Holista</p><p>Observa a totalidade das coisas de uma só vez, percebe as formas e</p><p>estruturas em conjunto. O lado esquerdo do cérebro interpreta literalmente as</p><p>frases ditas</p><p>O lado direito percebe a intenção oculta</p><p>Por ser racional, “ pé no chão” o lado esquerdo não se aventura a criar,</p><p>inventar e sonhar.</p><p>O lado direito solta a imaginação e assume ser livre.</p><p>UM MAIOR E MAIS EQÜITATIVO APROVEITAMENTO DAS FUNÇÕES DOS</p><p>DOIS HEMISFÉRIOS, LEVA O INDIVÍDUO A SER MAIS IMAGINATIVO MAIS CAPAZ</p><p>DE RESOLVER QUESTÕES DIFÍCEIS DO SEU DIA-A-DIA.</p><p>QUANTOS CÉREBROS VOCÊ TEM? UM OU DOIS?</p><p>Você tem somente um cérebro. Porém, este cérebro está dividido no meio</p><p>em dois hemisférios cerebrais. Cada hemisfério é especializado para algumas</p><p>tarefas específicas.</p><p>Eles se comunicam entre si através de um feixe que tem entre 200 e 250</p><p>milhões de fibras nervosas chamado de “corpo caloso” (Há também outro feixe</p><p>menor, chamado de comissura anterior que liga dos dois hemisférios).</p><p>Você é destro ou canhoto? Como você já deve ter percebido, a maioria</p><p>das pessoas (cerca de 90% da população) é destra, ou seja, preferem utilizar a</p><p>mão direita. Outra denominação que pode ser utilizada é que estas pessoas tem</p><p>a mão direita dominante. Outras pessoas são canhotas, ou sem a mão esquerda</p><p>dominante. Uma pequena parcela da população não tem preferência por</p><p>nenhuma das mãos, sendo chamados de ambidestros. Embora pouca gente</p><p>saiba a maioria das pessoas também tem um olho e um ouvido que é dominante.</p><p>18</p><p>Exatamente porque as pessoas tem a preferência por utilizar uma mão</p><p>sobre a outra ainda é um mistério.</p><p>Assim, uma lesão de um lado do cérebro, normalmente vai afetar os</p><p>movimentos e o sentidos do lado oposto do corpo.</p><p>Em 95% dos destros, o lado esquerdo do corpo também é dominante para</p><p>a linguagem. Até mesmo entre os canhotos, a taxa de dominância do hemisfério</p><p>esquerdo para linguagem é de cerca de 65%. Nas décadas de 1860 e 1870, dois</p><p>neurocientistas, (Paul Broca e Karl Wernicke) observaram que quando algumas</p><p>pessoas tinham uma lesão em duas áreas do hemisfério esquerdo, eles</p><p>desenvolviam problemas de linguagem como</p><p>sequela.</p><p>Eles também notaram que pessoas que tinham lesões nas mesmas áreas</p><p>do lado direito, não desenvolviam problemas de linguagem. Estas áreas ficaram</p><p>conhecidas como área de Broca e Área de Wernicke em homenagem aos</p><p>descobridores. A área de Broca tem importância para a produção de linguagem</p><p>e a de Wernicke para o entendimento da linguagem.</p><p>Hemisférios Cerebrais</p><p>19</p><p>Hemisfério Esquerdo</p><p>Linguagem</p><p>Matemática</p><p>Lógica</p><p>Dominância Cerebral</p><p>Cada hemisfério do cérebro é dominante para alguns comportamentos.</p><p>Por exemplo: aparentemente o hemisfério direito é dominante para</p><p>habilidades espaciais, reconhecimento de faces, visualização mental e música.</p><p>O lado esquerdo é mais especializado em habilidades de linguagem,</p><p>matemática e lógica. Claro que estas são generalizações e em pessoas normais,</p><p>os dois lados trabalham em conjunto trocando informações através do corpo</p><p>caloso.</p><p>Muito do que sabemos sobre as especializações dos hemisférios</p><p>cerebrais vem de experiências em pessoas que passaram por uma cirurgia, onde</p><p>o corpo caloso era cortado.</p><p>Estas cirurgias eram realizadas com o objetivo de se tratar pessoas que</p><p>sofriam de epilepsia e que não estavam obtendo resultados com o uso de</p><p>remédios. Esta cirurgia evitava que uma crise epilética em um dos hemisférios</p><p>chegasse ao outro, permitindo que o paciente se mantivesse mais produtivo.</p><p>Hemisfério Direito</p><p>Habilidades espaciais</p><p>Reconhecimento de faces</p><p>Visualização mental</p><p>Música</p><p>Uma outra forma de testar o hemisfério responsável pela linguagem é</p><p>através da estimulação elétrica do córtex cerebral durante a cirurgia. O cirurgião</p><p>pode colocar um eletrodo um várias áreas do córtex em um paciente consciente.</p><p>20</p><p>O paciente vai informando o cirurgião sobre o que ele está sentindo ou</p><p>pensando conforme o cérebro vai sendo estimulado. Quando o cirurgião</p><p>estimular certas regiões do hemisfério responsável pela linguagem, distúrbios de</p><p>linguagem e vocalizações não intencionais podem ser produzidas pelo paciente.</p><p>A colocação de eletrodos no cérebro não dói pois o cérebro não possui</p><p>receptores para a dor (nocireceptores).</p><p>Hemisférios Cerebrais</p><p>UMA COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE CADA</p><p>HEMISFÉRIO</p><p>Hemisfério esquerdo Hemisfério direito</p><p>Verbal: usa palavras para</p><p>nomear, descrever e definir;</p><p>Não-verbal: percepção das coisas com</p><p>uma relação mínima com palavras;</p><p>Analítico: decifra as coisas de</p><p>maneira seqüencial e por partes;</p><p>Sintético: unir coisas para formar</p><p>totalidades;</p><p>Utiliza um símbolo que está no</p><p>lugar de outra coisa. Por exemplo o sinal</p><p>+ representa a soma;</p><p>Relaciona as coisas tais como estão nesse</p><p>momento;</p><p>Abstrato: extrai uma porção</p><p>pequena de informação e a utiliza para</p><p>representar a totalidade do assunto;</p><p>Analógico: encontra um símil entre</p><p>diferentes ordens; compreensão das relações</p><p>metefóficas;</p><p>Temporal: se mantem uma</p><p>noção de tempo, uma seqüência dos</p><p>fatos. Fazer uma coisa e logo outra, etc.;</p><p>Atemporal: sem sentido de tempo;</p><p>21</p><p>Racional: extrai conclusões</p><p>baseadas na razão e nos dados;</p><p>Não-racional: não requer uma base de</p><p>informações e fatos reais; aceita a suspensão do</p><p>juízo;</p><p>Digital: utiliza números;</p><p>Espacial: ver as coisas relacionadas a</p><p>outras e como as partes se unem para formar um</p><p>todo;</p><p>Lógico: extrai conclusões</p><p>baseadas na ordem lógica. Por</p><p>exemplo: um teorema matemático ou</p><p>uma argumentação;</p><p>Intuitivo: realiza saltos de</p><p>reconhecimento, em geral sob padrões</p><p>incompletos, intuições, sentimentos e imagens</p><p>visuais;</p><p>Linear: pensar em termos</p><p>vinculados a ideias, um pensamento que</p><p>segue o outro e que em geral convergem</p><p>em uma conclusão;</p><p>Holístico: perceber al mesmo tempo,</p><p>concebendo padrões gerais e as estruturas que</p><p>muitas vezes levam a conclusões divergentes.</p><p>HABILIDADES ASSOCIADAS À ESPECIALIZAÇÃO DE CADA</p><p>HEMISFÉRIO</p><p>Hemisfério esquerdo Hemisfério direito</p><p>Escrita à mão</p><p>Símbolos Relações espaciais</p><p>Linguagem Figuras e padrões</p><p>Leitura Computação matemática</p><p>Fonética Sensibilidade a cores</p><p>22</p><p>Localização de fatos e detalhes Canto e música</p><p>Conversação e recitação Expressão artística</p><p>Seguimento de instruções Criatividade</p><p>Escuta Visualização</p><p>Associação auditiva Sentimentos e emoções</p><p>MANEIRAS DE CONSCIÊNCIA DE CADA HEMISFÉRIO</p><p>Hemisfério esquerdo Hemisfério direito</p><p>Lógico Intuitivo</p><p>Sequencial Azaroso</p><p>Linear Holístico</p><p>Simbólico Concreto</p><p>Baseado na realidade Orientado à fantasia</p><p>Verbal Não-verbal</p><p>Temporal Atemporal</p><p>Abstrato Analógico</p><p>23</p><p>Hemisférios Cerebrais</p><p>Direito: recebe as informações e controla os movimentos do lado</p><p>esquerdo. Parece idêntico ao hemisfério esquerdo, mas na maioria das pessoas</p><p>controla as atividades específicas, como as habilidades artísticas e criativas.</p><p>Esquerdo: recebe informações do lado direito do corpo, e controla os</p><p>movimentos desta região.</p><p>Na maioria das pessoas, controla certas atividades específicas, como por</p><p>exemplo: as atividades matemáticas, científicas e de linguagem.</p><p>24</p><p>25</p><p>NEUROPLASTICIDADE – ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO</p><p>"A plasticidade cerebral faz alusão à capacidade do sistema nervoso para</p><p>alterar sua estrutura e função ao longo da vida, em resposta à diversidade</p><p>ambiental. Embora este termo é usado agora na psicologia e na neurociência,</p><p>não é fácil de definir e se usa para indicar as alterações em vários níveis do</p><p>sistema nervoso, das provas moleculares, tais como as alterações na expressão</p><p>genética, ao comportamento."</p><p>A neuroplasticidade, ou plasticidade neural, permite os neurônios se</p><p>regenerar tanto anatomicamente quanto funcionalmente, e formar novas</p><p>conexões sinápticas. A plasticidade cerebral, ou neuroplasticidade, é a</p><p>habilidade do cérebro para se recuperar e reestruturar. Esta capacidade de</p><p>adaptação do sistema nervoso permite o cérebro se recuperar após transtornos</p><p>ou lesões e reduzir os efeitos das estruturas alteradas por patologias como a</p><p>esclerose múltipla, a doença de Parkinson, a deterioração cognitiva, o</p><p>Alzheimer, a dislexia, o TDAH, a insônia, etc.</p><p>Redes neurais antes do treinamento Redes neurais 2 semanas após a</p><p>estimulação Redes neurais 2 meses após a estimulação</p><p>26</p><p>PLASTICIDADE SINÁPTICA</p><p>Quando empreendemos novas experiências e aprendizagens, o cérebro</p><p>estabelece uma série de vias neurais. Essas vias neurais, ou circuitos, são rotas</p><p>feitas de neurônios interligados. As rotas são criadas no cérebro com o uso e a</p><p>prática cotidianos, como um caminho na montanha é feito pelo pastor e seu</p><p>rebanho.</p><p>Os neurônios em uma via neurais se comunicam entre eles através de</p><p>conexões denominadas sinapses, e essas vias de comunicação podem se</p><p>regenerar durante a vida.</p><p>Cada vez que ganhamos novos conhecimentos (através da prática</p><p>repetida), a comunicação sináptica entre neurônios é fortalecida. Uma melhor</p><p>conexão entre os neurônios significa que os sinais elétricos viajam com mais</p><p>eficiência ao criar ou usar uma nova via.</p><p>Por exemplo, ao tentar reconhecer um pássaro novo, são feitas novas</p><p>conexões entre os neurônios específicos. O neurônio no córtex visual determina</p><p>sua cor, o córtex auditivo seu canto, e outros, o nome do pássaro.</p><p>Para saber que pássaro é, suas características, cor, canto e nome são</p><p>repetidos muitas vezes. Visitar novamente o circuito neural e restabelecer a</p><p>transmissão neural entre os neurônios implicados em cada nova tentativa</p><p>melhora a eficiência da transmissão sináptica.</p><p>A comunicação entre os neurônios relevantes é facilitada e a cognição é</p><p>cada vez maior. A plasticidade sináptica é, talvez, o pilar onde descansa a</p><p>fantástica maleabilidade do cérebro.</p><p>27</p><p>NEUROGÉNESE</p><p>Enquanto a plasticidade sináptica é alcançada com a melhora</p><p>da</p><p>comunicação no local sináptico entre os neurônios existentes, a neurogênese</p><p>faz alusão ao nascimento e proliferação de novos neurônios no cérebro. Durante</p><p>muito tempo, a noção de um contínuo nascimento neural no cérebro adulto foi</p><p>considerada herética.</p><p>Os cientistas acreditavam que os neurônios morriam e nunca eram</p><p>substituídos por outros novos.</p><p>Desde 1944, mas principalmente nos últimos anos, a existência da</p><p>neurogênese foi estabelecida cientificamente e sabemos que ocorre quando as</p><p>células estaminais, um tipo especial de célula localizada no giro denteado, no</p><p>hipocampo e possivelmente no córtex pré-frontal, se dividem em duas células:</p><p>uma célula estaminal e uma célula que se transformará em neurônio, com axônio</p><p>e dendritos.</p><p>28</p><p>Esses novos neurônios depois migrarão a áreas distantes do cérebro</p><p>onde são necessários e possuirão o potencial para permitir o cérebro</p><p>reabastecer seu abastecimento de neurônios. Da pesquisa animal e humana,</p><p>sabemos que a morte súbita neural (por exemplo, após um derrame) é uma forte</p><p>causa para a neurogênese.</p><p>PLASTICIDADE FUNCIONAL COMPENSATÓRIA</p><p>O declínio neurobiológico que acompanha o envelhecimento está bem</p><p>documentado na bibliografia científica e explica por que os adultos idosos têm</p><p>um pior desempenho do que o adulto jovem nos teste neurocognitivos.</p><p>Curiosamente, nem todos os adultos idosos mostram um baixo</p><p>rendimento. Alguns obtêm resultados tão bons quanto seus opostos. Esta</p><p>vantagem comportamental inesperada para um subgrupo de indivíduos idosos</p><p>foi investigada cientificamente e foi verificado que, ao processar novas</p><p>informações, os adultos idosos com um nível mais alto de desempenho usaram</p><p>as mesmas regiões cerebrais que os adultos jovens, mas, também usaram</p><p>regiões cerebrais adicionais que não foram ativadas nos adultos idosos com um</p><p>nível baixo desempenho.</p><p>Os pesquisadores ponderaram neste sobre-uso das regiões cerebrais no</p><p>caso dos adultos idosos com um nível alto de desempenho e alcançaram uma</p><p>conclusão geral de que o uso de recursos cognitivos adicionais reflete uma</p><p>estratégia compensatória.</p><p>Na presença de déficits relacionados ao envelhecimento e na diminuição</p><p>da plasticidade sináptica que acompanha o envelhecimento, o cérebro, mais</p><p>uma vez, manifesta sua plasticidade de múltiplas fontes ao reorganizar suas</p><p>redes neurocognitivas.</p><p>29</p><p>Os estudos mostram que o cérebro alcança esta solução funcional através</p><p>da ativação de vias neurais alternativas, que a maioria das vezes ativam regiões</p><p>em ambos os hemisférios (quando apenas um é ativado nos adultos jovens).</p><p>FUNÇÃO E COMPRORTAMENTO: APRENDIZAGEM,</p><p>EXPERIENCIA E AMBIENTE.</p><p>Vimos que a plasticidade é a propriedade do cérebro que permite ele</p><p>modificar suas características biológicas, químicas e físicas. Porém, à medida</p><p>que o cérebro é modificado, o funcionamento e comportamento são alterados</p><p>paralelamente.</p><p>Nos últimos anos, foi comprovado que as alterações cerebrais nos níveis</p><p>genéticos ou sinápticos são causadas por uma ampla variedade de fatores</p><p>ambientais e experienciais. Os novos conhecimentos estão no centro da</p><p>plasticidade e um cérebro modificado é talvez a manifestação mais tangível que</p><p>ocorreu na aprendizagem de novos conhecimentos, possível pelo ambiente.</p><p>Os novos conhecimentos são adquiridos de várias formas, por muitos</p><p>motivos e a qualquer momento de nossas vidas. Por exemplo, a criança adquire</p><p>novos conhecimentos em grandes quantidades e seu cérebro é modificado</p><p>significantemente nesses momentos de aprendizagens intensivas. É possível</p><p>que o processo também seja requerido se existe um dano neurológico, por</p><p>exemplo, por lesões ou derrames, quando as funções desenvolvidas por uma</p><p>área cerebral danificada estão afetadas e devem ser aprendidos novos</p><p>conhecimentos.</p><p>Pode ser intrínseco para o indivíduo e guiado pela sede de</p><p>conhecimentos.</p><p>A variedade de circunstâncias para adquirir novos conhecimentos gera a</p><p>pergunta de se o cérebro vai ser modificado quando aprender alguma coisa. A</p><p>pesquisa indica que esse não é o caso. Parece que o cérebro vai adquirir novos</p><p>conhecimentos e deste modo atualizar seu potencial para a plasticidade, se o</p><p>novo conhecimento é adequado em termos de comportamento. Para aprender a</p><p>30</p><p>marcar o cérebro fisiologicamente, o conhecimento deve conduzir a</p><p>modificações no comportamento.</p><p>Em outras palavras, o novo conhecimento deve ser relevante e necessário</p><p>em termos de comportamento. Por exemplo, o novo conhecimento que garante</p><p>a sobrevivência será integrado pelo organismo e aplicado como um</p><p>comportamento e, como resultado, o cérebro terá sido modificado.</p><p>Talvez é mais importante a dimensão em que uma experiência de</p><p>aprendizagem é compensadora. Por exemplo, o novo conhecimento no formato</p><p>de jogo interativo é particularmente propício para a plasticidade cerebral e</p><p>aumenta a atividade do córtex pré-frontal. Adicionalmente, neste contexto de</p><p>provisão de incentivos, observaremos a antiga tradição de dar as crianças apoios</p><p>e recompensas enquanto se dedicam a aprender.</p><p>31</p><p>ENTENDER AS CONDIÇÕES PARA INDUZIR A</p><p>PLATICIDADE</p><p>Em que etapa da vida o cérebro tem mais probabilidades de ser</p><p>modificado quando é exposto à estimulação ambiental? Parece que os padrões</p><p>de plasticidade são diferentes durante as idades e muitos ainda são</p><p>desconhecidos em matéria de interação entre o tipo de atividade de indução de</p><p>plasticidade e a idade do sujeito.</p><p>Não obstante, sabemos que a atividade intelectual e mental induz a</p><p>plasticidade cerebral quando é aplicada em adultos idosos saudáveis ou em</p><p>adultos idosos com um transtorno neurodegenerativo.</p><p>Acima de tudo, parece que o cérebro pode ser alterado de forma positiva</p><p>e negativa mesmo antes do nascimento do organismo.</p><p>Os estudos com animais mostraram que quando as mães grávidas são</p><p>colocadas em entornos aprimorados e estimulantes, o número de sinapse dos</p><p>filhotes aumenta em áreas cerebrais específicas. Por outro lado, quando uma</p><p>leve tensão é aplicada às mães grávidas, os filhotes mostraram um número de</p><p>neurônios reduzido no córtex pré-frontal. Adicionalmente, parece que o córtex</p><p>pré-frontal é mais sensível às influências ambientais do que o resto do cérebro.</p><p>Estes resultados têm implicações importantes para o debate de "natureza"</p><p>vs. "criação", pois parece que a "criação" pode induzir modificações na</p><p>expressão dos genes neuronais.</p><p>Como evolui a plasticidade cerebral e qual é o efeito da aplicação de</p><p>tempo para a estimulação ambiental?</p><p>Esta pergunta é muito importante por razões terapêuticas e as pesquisas</p><p>genéticas com animais proporcionam as respostas de referência de que alguns</p><p>genes são afetados durante mesmo os processos de estimulação mais curtos,</p><p>mas diversos genes continuam sendo afetados com os processos mais longos</p><p>de estimulação, enquanto outros não sofrem alterações ou são reversíveis à</p><p>tendência de modificação.</p><p>32</p><p>Embora o uso geral do termo plasticidade contenha uma conotação</p><p>positiva, a plasticidade faz alusão a todas as formas em que as regiões do</p><p>cérebro e outras modificações podem ocorrer com funções ou comportamentos</p><p>afetados.</p><p>O treinamento cognitivo parece ideal para induzir a plasticidade cerebral.</p><p>Proporciona a prática sistemática necessária para estabelecer novos circuitos</p><p>neurais e para o fortalecimento das conexões sinápticas entre os neurônios do</p><p>circuito. Porém, como foi comprovado, na ausência de um benefício</p><p>comportamental tangível, o cérebro não vai adquirir conhecimentos eficazmente.</p><p>Portanto, a importância de integrar objetivos altamente personalizados e</p><p>relevantes com o treinamento não pode ser sobrestimada.</p><p>33</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>MACHADO, Angelo. Neuroanatomia Funcional. 2a. Ed. São Paulo :</p><p>Atheneu, 200</p><p>Mundoeducacao-biologia-sistema-nervoso-central.</p><p>SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é neurônio?"; Brasil</p><p>brasilescola.uol-o-que-e-biologia-o-que-e-neuronio.</p><p>Portalsaofrancisco.corpo-humano-hemisferios-cerebrais</p><p>Kolb, B., Muhammad, A., & Gibb, R., Searching for factors underlying</p><p>cerebral plasticity in the normal and injured brain, Journal of Communication</p><p>Disorders (2010), doi:10.1016/j.jcomdis.2011.04.007</p>

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