Prévia do material em texto
<p>Contabilidade Empresarial</p><p>3º Aula</p><p>Aspectos</p><p>da constituição</p><p>de uma empresa</p><p>Prezados(as) alunos(as),</p><p>Vamos para mais uma etapa da nossa disciplina.</p><p>Nesta aula, trataremos dos aspectos relacionados a</p><p>abertura de uma empresa.</p><p>Normalmente, quando uma pessoa tem a ideia</p><p>de constituir uma empresa, o primeiro pensamento</p><p>que surge em sua cabeça é o capital necessário para</p><p>constituição da mesma.</p><p>Vocês se lembram o que é Capital? Segundo</p><p>Antônio Calderelli (2004), “chama-se Capital, a quantia</p><p>inicial, entregue pelo proprietário à empresa, para que</p><p>esta tenha vida própria”.</p><p>Outro aspecto importante a ser relembrado é que o</p><p>Capital de uma empresa pode ser composto por dinheiro</p><p>ou, ainda, uma parte por dinheiro e o restante em Bens</p><p>e/ou Direitos.</p><p>Os conceitos e reflexões acima já são de seu</p><p>conhecimento, porém, nessa aula iremos nos aprofundar</p><p>nesse assunto. Estão prontos(as) para o desafio?</p><p>Boa aula!</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao término desta aula, vocês serão capazes de:</p><p>• definir o que é contrato social;</p><p>• identificar os aspectos da constituição de uma empresa;</p><p>• compreender o significado de capital e despesas de constituição.</p><p>16</p><p>15</p><p>Conceito</p><p>Empresa Individual é uma rma composta por uma única pessoa que</p><p>a representa e se responsabiliza ilimitadamente por todos os atos</p><p>praticados por esta.</p><p>A conta de Capital, em contrapartida, foi creditada. Ela representa uma</p><p>conta do Patrimônio Líquido, portanto no lado do Passivo. Com esse</p><p>crédito essa conta ca com um saldo maior que zero o que signi ca</p><p>que a Situação Patrimonial Líquida da empresa é positiva. É importante</p><p>ainda observar que com esse crédito na conta Capital vamos ter um</p><p>aumento no Patrimônio Líquido e, consequentemente, um aumento</p><p>no Passivo.</p><p>Nessa fase de constituição da empresa, é importante considerar dois</p><p>momentos:</p><p>1) Constituição do Capital: como foi dito acima, é quando o proprietário decide</p><p>montar sua empresa, limita o valor do capital e toma todas as providências</p><p>necessárias para constituir a personalidade jurídica de sua empresa.</p><p>2) Realização ou Integralização do Capital: nesse momento ocorre a</p><p>transferência real do capital do sócio para a empresa, ou seja, é aqui</p><p>que o proprietário entrega o dinheiro ou bem que formará o capital de</p><p>sua empresa.</p><p>1 - O Contrato Social</p><p>2 - Aumento e Diminuição do Capital</p><p>3 - Despesas de Constituição</p><p>Seções de estudo</p><p>1 - O contrato social</p><p>No processo de constituição da empresa, geralmente,</p><p>os proprietários se reúnem para firmar um contrato onde</p><p>estão descritas as regras que regerão essa empresa. Nas</p><p>empresas individuais e limitadas esse contrato é conhecido</p><p>como Contrato Social, enquanto nas Sociedades Anônimas</p><p>chamamos esse contrato de Estatuto Social. O valor do capital</p><p>que o(s) sócio(s) está(ão) disposto(s) a conceder à empresa</p><p>é uma das regras mais importantes descritas no contrato de</p><p>constituição da empresa.</p><p>Nessa aula, vocês vão aprender a contabilizar a constituição</p><p>e a realização do capital de uma empresa individual, além</p><p>de outros lançamentos contábeis relevantes nessa fase de</p><p>constituição.</p><p>Mas o que é uma empresa individual?</p><p>1.1 Capital realizado em dinheiro</p><p>O Sr. Fulano de Tal constituiu sua empresa individual no</p><p>dia 14 de abril de 2006 sendo a sua finalidade a prestação de</p><p>serviços de limpeza. O local escolhido para sede da empresa</p><p>está na Rua Sem Nome, nº 100, nesta cidade, o nome da</p><p>empresa é Limpe Bem e esta foi registrada na Junta Comercial</p><p>do Estado sob nº 444555, em sessão de 20 de abril de 2006.</p><p>O Capital foi realizado no ato da constituição e é de $ 20.000.</p><p>Vejamos a contabilização:</p><p>Elementos D/C Contas Valor</p><p>Dinheiro D Caixa 20.000</p><p>Capital C Capital 20.000</p><p>Notem que:</p><p>Ocorreu um débito na conta Caixa referente a realização do Capital que</p><p>o sócio aplicou na empresa, ou seja, entrou dinheiro na Conta Caixa.</p><p>A conta Caixa é uma conta de Ativo, portanto de natureza devedora, é</p><p>por esse motivo que recebe um lançamento a débito quando recebe</p><p>o dinheiro investido pelo sócio. O aumento da conta Caixa acarreta</p><p>simultaneamente um aumento no Ativo da empresa.</p><p>Para melhor visualização, segue a contabilização em</p><p>partidas de diário:</p><p>Caixa a Capital</p><p>Constituição de Capital da empresa Limpe Bem de propriedade</p><p>do Sr Fulano de Tal, registrada na Junta Comercial sob. Nº 444555,</p><p>em sessão de 20/04/2006, integralizado nesta data em moeda o cial</p><p>corrente................................................................................................. 20.000</p><p>1.2 Capital realizado em bens e</p><p>direitos</p><p>No dia 03 de maio de 2006, a Sra. Ana Maria Testão</p><p>constituiu uma empresa individual denominada Moda Bonita,</p><p>situada na Rua das Garças, nº 1000, nesta cidade, tendo por</p><p>finalidade o comércio de confecções, segundo registro na</p><p>Junta Comercial do Estado sob o nº 135894, em sessão de 08</p><p>de maio de 2006, com Capital de $ 50.000, realizado no ato da</p><p>constituição pelos seguintes Bens e Direitos:</p><p>• em dinheiro: 28.000;</p><p>• vários móveis, segundo relação, estimados em $ 13.000;</p><p>• três Notas Promissórias emitidas ao seu favor pela</p><p>Sra. Rosa Marton, no valor de $ 3.000 cada.</p><p>Vejamos a contabilização:</p><p>Elementos D/C Contas Valor</p><p>Dinheiro D Caixa 28.000</p><p>Móveis D Móveis e Utensílios 13.000</p><p>Notas Promissórias D Promissórias a Receber 9.000</p><p>Capital C Capital 50.000</p><p>Reparem que:</p><p>Neste lançamento ocorreram três débitos, um em cada</p><p>conta: Caixa, Móveis e Utensílios e Promissórias a Receber que</p><p>representam os Bens e Direitos que passaram das mãos da</p><p>sócia para a empresa para a realização do Capital. As contas</p><p>Caixa, Móveis e Utensílios e Promissórias a Receber são contas</p><p>de Ativo, portanto de natureza devedora, é por esse motivo que</p><p>recebem um lançamento a débito quando recebem os Bens</p><p>ou Direitos investidos pelo sócio. O aumento dessas contas</p><p>acarreta simultaneamente um aumento no Ativo da empresa.</p><p>A conta de Capital, em contrapartida, foi creditada, como</p><p>acontecerá em todos os lançamentos de constituição de empresas</p><p>pelos mesmos motivos já justificados no exemplo prévio.</p><p>Para melhor visualização, segue a contabilização em</p><p>partidas de diário:</p><p>17</p><p>Contabilidade Empresarial 16</p><p>Agora, alunos(as) atentos(as), vocês se questionam: Mas o que é</p><p>Capital Subscrito? Essa expressão já foi mencionada anteriormente?</p><p>Diversos</p><p>a Capital</p><p>Constituição de Capital da empresa Moda Bonita de propriedade da</p><p>Sra Ana Maria Testão, registrada na Junta Comercial sob. Nº 135894,</p><p>em sessão de 08/05/2006, integralizado nesta data como segue:</p><p>Caixa</p><p>Em dinheiro..................................................................................... 28.000</p><p>Móveis e Utensílios</p><p>Conforme relação............................................................................ 13.000</p><p>Promissórias a receber</p><p>Rosa Marton</p><p>Valor de três notas promissórias, cedidas para esta entidade, emitidas</p><p>originalmente a favor de sua titular e que fazem parte do Capital</p><p>realizado........................................................................................................ 9.000</p><p>Nos exemplos analisados, a realização do Capital</p><p>coincidiu com o momento da constituição da empresa,</p><p>todavia é preciso saber que nem sempre é dessa forma e em</p><p>alguns casos essa integralização é feita parceladamente da</p><p>maneira que veremos a seguir.</p><p>1.3 Capital realizado em parcelas</p><p>Tereza Paes, no dia 26 de setembro de 2006, constituiu</p><p>uma empresa com o fim de explorar o comércio de parafusos</p><p>a qual chamou de Rosca Certa. Esta está situada na Avenida</p><p>Comprida Faria, nº 45, nesta cidade, foi registrada na Junta</p><p>Comercial do Estado sob o nº 789456 em sessão de 30 de</p><p>setembro de 2006 e terá um Capital no valor de $ 35.000 a ser</p><p>realizado da seguinte forma: 50% no ato da constituição e o</p><p>restante com 60 dias.</p><p>a ) Pela constituição do Capital em 26/09/2006</p><p>Vejamos a contabilização:</p><p>Elementos D/C Contas Valor</p><p>Direito D Capital a Realizar 35.000</p><p>Capital C Capital 35.000</p><p>Já que a realização do Capital vai ser parcelada, é habitual</p><p>que façamos um débito em uma conta que representará</p><p>o</p><p>Direito que a empresa possui de receber, posteriormente, o</p><p>valor do Capital Subscrito. Nesse caso, utilizamos a conta</p><p>Capital a Realizar.</p><p>• RESPOSTA É NÃO. Por isso, fiquem atentos(as) ao</p><p>conceito a seguir:</p><p>Segundo Osni Moura Ribeiro (2005):</p><p>A subscrição do Capital consiste no compromisso</p><p>assumido pelo proprietário (ou pelos sócios) em</p><p>realizar o capital. Esse compromisso é assumido no</p><p>dia da constituição da empresa. As condições em</p><p>que o Capital será realizado constarão dos contratos</p><p>assinados pelos sócios (sociedades em geral) ou dos</p><p>estatutos por eles aprovados (sociedade por ações)</p><p>(RIBEIRO apud MOURA, 2005).</p><p>Logo, Capital Subscrito nada mais é que o compromisso</p><p>que os proprietários assumiram em conceder o capital</p><p>prometido na constituição da empresa.</p><p>Atenção</p><p>A conta Capital a Realizar é uma conta reti cadora do Passivo e integra</p><p>o grupo do Patrimônio Líquido, subgrupo Capital Social, atuando como</p><p>reti cadora da conta Capital. Esta conta representa uma parte do</p><p>Capital já subscrito, contudo, até então não realizado.</p><p>Para melhor visualização, segue a contabilização em</p><p>partidas de diário:</p><p>Capital a Realizar</p><p>a Capital</p><p>Constituição de Capital da empresa Rosca Certa de propriedade de</p><p>Tereza Paes, registrada na Junta Comercial sob. Nº 789456, em sessão</p><p>de 27/09/2006............................................................................................... 35.000</p><p>b) Pela realização de parte do Capital em 26/09/2006</p><p>Elementos D/C Contas Valor</p><p>Dinheiro D Caixa 17.500</p><p>Direito C Capital a Realizar 17.500</p><p>O débito na conta Caixa representa o recebimento em</p><p>dinheiro de Tereza Paes, aumentando o Ativo da empresa. Em</p><p>contrapartida, ocorre um crédito na conta Capital a Realizar</p><p>demonstrando que o Direito de receber o capital subscrito</p><p>diminuiu com essa integralização.</p><p>Para melhor visualização, segue a contabilização em</p><p>partidas de diário:</p><p>Caixa</p><p>a Capital a Realizar</p><p>Integralização de parte do capital em moeda corrente, nesta</p><p>data..........17.500</p><p>É adequado que o montante do Capital integralizado</p><p>seja depositado em conta bancária, em nome da empresa.</p><p>Assim, facilmente, pode-se comprovar às autoridades fiscais a</p><p>efetividade dessa realização.</p><p>Como exemplo, vamos assumir que no dia 27/09/2006</p><p>a proprietária Tereza tenha feito um depósito em dinheiro</p><p>no valor do Capital realizado em conta corrente bancária.</p><p>O lançamento dessa movimentação, em partidas de diário, é</p><p>executado da seguinte forma:</p><p>Banco Movimento</p><p>a Caixa</p><p>Pela abertura de conta conf. Recibo....................................................17.500</p><p>O débito na conta Banco Movimento representa o</p><p>depósito feito em dinheiro nessa conta corrente bancária. Essa</p><p>conta contábil pertence ao Ativo Circulante e por isso tem</p><p>natureza devedora é por este motivo que o débito na mesma</p><p>acarreta um aumento no saldo dessa conta. Ao contrário,</p><p>a conta Caixa recebe um débito, que demonstra a saída do</p><p>dinheiro e uma diminuição no saldo da mesma.</p><p>Como foi dito no início desse exemplo de parcelamento de Capital,</p><p>além dessa integralização feita na constituição da empresa, temos uma</p><p>parcela a ser realizada a 60 dias da data da constituição da empresa.</p><p>18</p><p>17</p><p>Essa transação também vai ser feita em dinheiro e a contabilização será</p><p>idêntica àquela apresentada na letra b, do subseção 3 dessa aula.</p><p>2 - Aumento e diminuição do capital</p><p>3 - Despesas de constituição</p><p>O aumento ou a diminuição do</p><p>capital da empresa pode acontecer</p><p>em qualquer momento.</p><p>É mais comum que ocorram</p><p>aumentos decorrentes de novas</p><p>subscrições feitas pelos sócios ou</p><p>por incorporações de lucros ou</p><p>de reservas, assunto que você vai</p><p>estudar em outra disciplina.</p><p>Quando ocorrer aumentos referentes a novas subscrições,</p><p>ou seja, o proprietário investe uma quantia maior de recursos</p><p>próprios na empresa. A contabilização vai ser parecida com</p><p>a de constituição do Capital, isto é, debitam-se as contas que</p><p>representam os Bens ou Direitos empregados pelo titular da</p><p>empresa (dinheiros, máquinas, móveis, duplicatas, etc.) e credita-</p><p>se a conta Capital. Se, eventualmente, acontecer apenas uma</p><p>subscrição para aumento de capital, sendo que a integralização</p><p>desse capital será futura, aqui a conta a ser debitada passa a ser</p><p>Capital a Realizar.</p><p>Fonte: Acesso</p><p>em: 22 abr. 2012.</p><p>Ao contrário dos aumentos de capital, suas diminuições são raras,</p><p>contudo, podem ocorrer.</p><p>Nas empresas individuais, por exemplo, caso o proprietário</p><p>resolva reduzir o Capital, temos a seguinte contabilização:</p><p>debita-se a conta Capital e credita-se a conta Caixa ou outra</p><p>conta qualquer que represente o Bem ou Direito que lhe for</p><p>entregue. Enquanto que nas sociedades as reduções de capital</p><p>são geralmente procedentes da retirada de sócios da empresa.</p><p>Por m, é necessário enfatizar que toda e qualquer alteração no</p><p>capital da empresa, seja ela um aumento ou uma diminuição, deve ser</p><p>registrada na Junta Comercial do Estado.</p><p>Na fase de constituição</p><p>da empresa, são inevitáveis</p><p>alguns gastos em prol de sua</p><p>organização.</p><p>Além dessas despesas</p><p>que ocorrem para organizar</p><p>a abertura dessa firma,</p><p>existem gastos para iniciar</p><p>as atividades operacionais</p><p>da empresa que não</p><p>conseguem acontecer sem a aquisição de Bens de Uso e</p><p>Estoque de Mercadorias.</p><p>Como vocês já conhecem exemplos de aquisições de Bens</p><p>de Uso e Estoques, trataremos aqui somente sobre as despesas</p><p>de constituição. Elas podem ser divididas em dois grupos:</p><p>• Despesas de Legalização;</p><p>• Despesas Pré-operacionais.</p><p>Apesar de estarem dividas em grupos distintos, elas</p><p>podem ser contabilizadas em uma mesma conta e ocorrem</p><p>antes mesmo da constituição da empresa.</p><p>As Despesas de Legalização, como o próprio</p><p>no já diz, são aquelas necessárias para legalização formal da</p><p>empresa, ou seja, para que a empresa adquira sua personalidade</p><p>jurídica. Elas envolvem pagamentos de taxas a fim de registrar</p><p>a empresa nos órgãos competentes, aquisição de formulários,</p><p>livros contábeis e fiscais, confecção de talonários, etc., e</p><p>não representam grandes somas. Os honorários contábeis,</p><p>advocatícios e despachantes também fazem parte desse grupo</p><p>de despesas.</p><p>Depois de constituída legalmente a empresa vai passar</p><p>por uma fase de transição, na qual seus sócios irão organizá-la</p><p>para iniciar as suas atividades. A essa fase de transição damos</p><p>o nome de fase pré-operacional.</p><p>A duração dessa fase varia de acordo com a atividade</p><p>desempenhada pela empresa. Nas empresas comerciais,</p><p>compreende desde a constituição do Capital até o momento</p><p>em que a empresa abre as portas para efetivo funcionamento.</p><p>Gastos como: aquisição de mercadorias, Bens de</p><p>Uso, propaganda e divulgação, reformas do imóvel, etc. são</p><p>muito comuns nesse período. Esses gastos que ocorrem nesse</p><p>período são chamados de Despesas Pré-operacionais.</p><p>É útil ressaltar que esses gastos com Bens de Uso (móveis,</p><p>máquinas) e Bens de Troca (mercadoria para revenda) não são</p><p>Despesas de Constituição, por isso devem ser contabilizados</p><p>em contas apropriadas. Por conseguinte, esses gastos da fase</p><p>pré-operacional, visando à constituição da empresa, devem ser</p><p>contabilizados como Bens Imateriais e não como Despesas.</p><p>Esses gastos devem ser dispostos em uma conta do Ativo</p><p>Permanente que poderá ter os seguintes títulos:</p><p>• Despesas de Constituição;</p><p>• Despesas de Organização;</p><p>• Gastos de Constituição ou Gastos de Organização.</p><p>Fonte: Acesso em: 22 abr. 2012.</p><p>Vocês devem estar se perguntando:</p><p>Por que razão esses gastos são contabilizados em contas patrimoniais</p><p>e não como despesas?</p><p>Porque, segundo o fisco e a boa técnica contábil, não</p><p>existem despesas enquanto não acontecerem as receitas, ou</p><p>seja, até que a empresa comece a funcionar não existe despesa.</p><p>Esse entendimento se dá ao fato de que esses gastos</p><p>de constituição vão beneficiar a empresa durante mais</p><p>de um exercício social, logo elas devem ser distribuídas,</p><p>proporcionalmente, como Despesas, ao longo de mais de um</p><p>exercício social.</p><p>A essa distribuição damos o nome de Amortização,</p><p>que vocês estudarão mais detalhadamente nas próximas aulas.</p><p>Não esqueça! Em caso de dúvidas, acesse as ferramentas “fórum”</p><p>ou “quadro de avisos”. Envie suas dúvidas diariamente ao professor.</p><p>Leia as recomendações postadas diariamente em atividades e no</p><p>mural. Acesse os sites recomendados. Habitue-se a fazer leituras</p><p>complementares.</p><p>19</p><p>Contabilidade Empresarial 18</p><p>Retomando a aula</p><p>Para encerrar a Aula 03, vamos relembrar os conteúdos</p><p>estudados:</p><p>1 - O Contrato Social</p><p>Procuramos elucidar que, no processo de constituição</p><p>da empresa, é firmado um contrato no qual são descritas as</p><p>regras que regerão essa empresa. Nas empresas individuais e</p><p>limitadas esse contrato é conhecido como Contrato Social,</p><p>enquanto nas Sociedades Anônimas chamamos esse contrato</p><p>de Estatuto Social.</p><p>E, também, que o Capital Subscrito nada mais é que o</p><p>compromisso que os proprietários assumiram em conceder</p><p>o capital prometido na constituição da empresa. É adequado</p><p>que o montante do Capital integralizado seja depositado em</p><p>conta bancária, em nome da empresa.</p><p>2 - Aumento e Diminuição do Capital</p><p>Nesta seção constatou-se que o aumento ou a diminuição</p><p>do capital da empresa pode acontecer em qualquer momento.</p><p>É mais comum que ocorram aumentos decorrentes de novas</p><p>subscrições feitas pelos sócios ou por incorporações de lucros</p><p>ou de reservas.</p><p>Enfatizamos que toda e qualquer alteração no capital da</p><p>empresa, seja ela um aumento ou uma diminuição, deve ser</p><p>registrada na Junta Comercial do Estado.</p><p>3 - Despesas de Constituição</p><p>Estudamos que as despesas que ocorrem para organizar</p><p>a abertura de uma firma. Para iniciar as atividades operacionais</p><p>da empresa, os gastos envolvem conjuntamente a aquisição</p><p>de Bens de Uso e Estoque de Mercadorias.</p><p>As despesas de constituição de uma empresa dividem-se em:</p><p>a) Despesas de legalização;</p><p>b) Despesas Pré-operacionais.</p><p>BARROW, Colin. Como Gerenciar as Finanças no Seu</p><p>Próprio Negócio. Tradução de Eliana Rocha. São Paulo:</p><p>Publifolha, 2001.</p><p>CFC (APPCFC). Coletânea atualizada e consolidada até 31-</p><p>10-2001 das leis das sociedades por ações e do mercado de valores</p><p>mobiliários. Brasília: LSA/CVM, 2001.</p><p>FERREIRA, Genival; COLAÇO, Angelly. Dez Lições</p><p>Para o Êxito de uma Empresa. Recife: Flamar, 2002.</p><p>FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS</p><p>CONTÁBEIS, ATUARIAIS E FINANCEIRA</p><p>(FIPECAFI). Manual de contabilidade das sociedades por</p><p>ações (aplicável às demais sociedades). 6. ed. São Paulo:</p><p>Atlas, 2003.</p><p>Escrituração Contábil. Disponível em:</p><p>SÁ, Antonio Lopes de. Bases Conceituais da Teoria</p><p>Neopatrimonialista. Disponível em:</p><p>Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas –</p><p>SEBRAE. Pesquisas. Disponível em</p><p>Vale a pena</p><p>Vale a pena ler</p><p>Vale a pena acessar</p><p>IUDÍCIBUS, Sérgio de & Equipe FEA/ USP. Manual</p><p>de Contabilidade das Sociedades por Ações. 7. ed. São Paulo: Atlas</p><p>2003.</p><p>NETO, Pedro Coelho – organizador. Manual de</p><p>Procedimentos Contábeis para Micro e Pequenas Empresas. Brasília:</p><p>SEBRAE-CFC, 2002.</p><p>SOUZA, Acilon Batista de. Contabilidade de Empresas</p><p>Comerciais. São Paulo: Atlas, 2002.</p><p>SILVA, César Augusto Tibúrcio; TRISTÃO, Gilberto.</p><p>Contabilidade Básica. São Paulo: Atlas, 2000.</p><p>20</p>