República Democrática (1946-1964)

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<p>República Democrática (1946-1964)</p><p>O GOVERNO DUTRA E A CONSTITUIÇÃO DE 1946</p><p>O que significa dizer que houve uma “reabertura democrática”?</p><p>O que é populismo?</p><p>O contexto da redemocratização</p><p>Estado Novo (1937-1945) 	regime autoritário; controle de oposições e de rivalidades; anulação das eleições</p><p>Pressões populares e isolamento político 	deposição de Vargas (dezembro de 1945)</p><p>Debate político sobre o modelo de industrialização:</p><p>desenvolvimentismo (ou nacional-desenvolvimentismo; defendia a ideia do Estado como principal interventor e indutor do desenvolvimento econômico)</p><p>versus</p><p>ortodoxia liberal (setor privado como principal agente)</p><p>Eleições de 1945</p><p>Governo Provisório chefiado por José Linhares (1886-1957) 		Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)</p><p>Linhares extinguiu o Tribunal de Segurança Nacional</p><p>Organizou as eleições presidenciais</p><p>General Eurico Gaspar Dutra Defendeu o retorno à legalidade constitucional; eleições livres e diretas; proteção às classes trabalhadoras; liberdade de expressão; avanços no setor econômico; estreitamento com os EUA e anistia aos presos políticos</p><p>Membro do Partido Social Democrata (PSD) foi apoiado por Getúlio Vargas</p><p>Eleições de 1945</p><p>Partidos “de fora” oposição / antigetulistas</p><p>Eduardo Gomes (União Democrática Nacional – UDN) e</p><p>Iedo Fiúza (Partido Comunista Brasileiro – PCB) O partido (recém legalizado) havia apoiado Vargas pouco tempo antes, agora buscava uma política própria</p><p>Vitória de Dutra Caso dos “marmiteiros”</p><p>A eleição demonstrara que Vargas ainda tinha um peso importante para definir os rumos políticos do país</p><p>Eleições de 1945</p><p>As eleições de 1945 despertaram um grande interesse na população. Depois de anos de ditadura, a Justiça Eleitoral ainda não ajustara o processo de recepção e contagem de votos. Pacientemente, os brasileiros formaram longas filas para votar. Nas ultimas eleições diretas para a Presidência da República, em março de 1930, tinham votado 1,9 milhão de eleitores, representando 5,7% da população total; em dezembro de 1945 votaram 6,2 milhões, representando 13,4% da população. Numa época em que não existiam pesquisas eleitorais, a oposição foi surpreendida pela nítida vitória de Dutra. Tomando-se como base de calculo os votos dados aos candidatos, com exclusão de brancos e nulos, o general venceu com 55% dos votos contra 35% atribuídos ao brigadeiro.</p><p>FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Edusp, 2002, p. 219-220.</p><p>Constituição de 1946 (a 5ª da história brasileira)</p><p>Estabelecimento do Brasil com um regime republicano, presidencialista e federalista</p><p>Divisão estrutural dos três poderes (legislativo, executivo e judiciário)</p><p>Mandato presidencial (5 anos) / senadores – 3 por estado (8 anos) / deputados (4 anos)</p><p>Voto direto, obrigatório e secreto (manteve-se o direitos das mulheres)</p><p>exclusão dos analfabetos, dos privados de direitos políticos e militares “praças de pré” (soldados e cabos)</p><p>Estado laico / direitos trabalhistas mantidos (greves com exceções)</p><p>Constituição liberal – liberdade de expressão e defesa da propriedade privada</p><p>Constituição de 1946 (a 5ª da história brasileira)</p><p>A Constituição de 1946 manteve as conquistas sociais obtidas desde a década de 1930, mas repôs a exigência da democracia e do exercício dos direitos políticos como condições incontornáveis para a vida pública brasileira. Seu texto previa uma rotina democrática para as instituições republicanas, com eleições diretas para os postos de governo no âmbito do Executivo e do Legislativo e nas três esferas da federação – União, estados e municípios. Também garantia a liberdade de imprensa e de opinião, reconhecia a importância dos partidos políticos e ampliava o escopo democrático da República, incorporando, como eleitores, mais de um quarto da população com idade a partir de dezoito anos. Durante vinte anos, a Constituição de 1946 serviu de norte ao país e imputou um ritmo democrático à vida nacional pública: reconheceu no Parlamento um ator político decisivo – sobretudo nos momentos de grave crise institucional – consolidou o funcionamento dos partidos políticos, fortaleceu a independência dos sindicatos, e garantiu a organização de eleições regulares e razoavelmente limpas, com resultados apenas marginalmente afetados por fraudes.</p><p>SCHWARCZ, Lilia M. Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 396.</p><p>O Governo de Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)</p><p>Campanha “populista” direção às massas / utilização do carisma pessoal</p><p>Alinhamento político-econômico com os E.U.A (bloco capitalista)</p><p>Rompimento das relações com a União Soviética</p><p>Colocou o PCB na ilegalidade cassação dos mandatos dos políticos comunistas</p><p>Inaugurou a Escola Superior de Guerra (ESG, em 1949) combate aos comunistas / Teoria da Segurança Nacional defesa contra “inimigos externos” e “internos” – críticos do governo</p><p>Questão econômica: abertura às importações e o Plano Salte</p><p>Buscou atrair multinacionais para o Brasil – abandonando a política de seu antecessor</p><p>Introdução de eletrodomésticos, rádios, automóveis, entre outros.</p><p>O Governo de Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)</p><p>Plano Salte: Saúde, Alimentação, Transporte e Energia</p><p>Através de empréstimos feitos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI)  construíram-se rodovias e hidrelétricas</p><p>Duplo objetivo do plano: 1-controlar e organizar os gastos internos; 2-responder às críticas ao governo (principalmente sobre os gastos de importação)</p><p>O Plano não provocou melhorias das condições de vida da população aumento do custo de vida e redução do valor de compra (inflação)</p><p>QUESTÕES:</p><p>1- (UFTM MG/2007) Em 1947, durante a presidência do general Eurico Gaspar Dutra, o registro do PCB foi cancelado e seus representantes no Legislativo perderam o mandato. Essa medida pode ser justificada pelo fato de que</p><p>a) o Brasil adotou uma política de alinhamento ao bloco capitalista liderado pelos EUA, no contexto da Guerra Fria.</p><p>b) o governo instituiu o bipartidarismo, com a criação da Arena, partido governista, e do oposicionista MDB.</p><p>c) a fase da ditadura militar no Brasil começava, sendo caracterizada pela repressão às ideologias de esquerda.</p><p>d) o Congresso, controlado pela UDN, assumiu uma postura conservadora e queria barrar o crescimento do comunismo.</p><p>e) o partido não alcançara o quociente eleitoral mínimo, além de defender publicamente a revolução marxista.</p><p>QUESTÕES:</p><p>1- (UFTM MG/2007) Em 1947, durante a presidência do general Eurico Gaspar Dutra, o registro do PCB foi cancelado e seus representantes no Legislativo perderam o mandato. Essa medida pode ser justificada pelo fato de que</p><p>a) o Brasil adotou uma política de alinhamento ao bloco capitalista liderado pelos EUA, no contexto da Guerra Fria.</p><p>b) o governo instituiu o bipartidarismo, com a criação da Arena, partido governista, e do oposicionista MDB.</p><p>c) a fase da ditadura militar no Brasil começava, sendo caracterizada pela repressão às ideologias de esquerda.</p><p>d) o Congresso, controlado pela UDN, assumiu uma postura conservadora e queria barrar o crescimento do comunismo.</p><p>e) o partido não alcançara o quociente eleitoral mínimo, além de defender publicamente a revolução marxista.</p><p>QUESTÕES:</p><p>2- (FGV/2002) A gestão do Presidente Eurico Gaspar Dutra foi marcada pela adoção de medidas que visavam à modernização das instituições político-administrativas. Entre essas mudanças, pode ser destacada:</p><p>a) A aprovação de uma nova Constituição que, embora seguisse princípios liberais e democráticos, mantinha a proibição ao direito de voto das mulheres.</p><p>b) A aproximação com a União Soviética, em função do enorme prestígio dos parlamentares ligados ao PCB.</p><p>c) A extinção do corporativismo, com a regulamentação de centrais sindicais livres da tutela do Estado.</p><p>d) A implantação de um plano de metas (Plano Salte) que visava atender às necessidades da industrialização e do abastecimento doméstico.</p><p>e) A recusa de participação na Organização dos Estados Americanos (OEA), por considerá-la um instrumento de consolidação da hegemonia norte-americana</p><p>na América Latina.</p><p>QUESTÕES:</p><p>2- (FGV/2002) A gestão do Presidente Eurico Gaspar Dutra foi marcada pela adoção de medidas que visavam à modernização das instituições político-administrativas. Entre essas mudanças, pode ser destacada:</p><p>a) A aprovação de uma nova Constituição que, embora seguisse princípios liberais e democráticos, mantinha a proibição ao direito de voto das mulheres.</p><p>b) A aproximação com a União Soviética, em função do enorme prestígio dos parlamentares ligados ao PCB.</p><p>c) A extinção do corporativismo, com a regulamentação de centrais sindicais livres da tutela do Estado.</p><p>d) A implantação de um plano de metas (Plano Salte) que visava atender às necessidades da industrialização e do abastecimento doméstico.</p><p>e) A recusa de participação na Organização dos Estados Americanos (OEA), por considerá-la um instrumento de consolidação da hegemonia norte-americana na América Latina.</p><p>O Governo de Getúlio Vargas (1951-1954)</p><p>Afastamento de Dutra e do PSD Vargas optou por voltar ao poder pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)</p><p>“Recolocar o quadro na parede”</p><p>31 de janeiro de 1951: Getúlio Vargas toma posse por voto direto</p><p>Elevado déficit público e inflação crescente (início da década de 1950)</p><p>Oposição encabeçada pela UDN e pelo jornalista Carlos Lacerda (crítico da política nacionalista) Vargas queria montar uma “República dos Sindicatos”, segundo Lacerda</p><p>Vargas manteve sua política nacional-desenvolvimentista Plano Lafer (medidas destinadas a incentivar o desenvolvimento econômico com ênfase na industrialização)</p><p>Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDE), Eletrobras, Petrobras (1953) Campanha “O petróleo é nosso”</p><p>Vargas queria o monopólio da extração</p><p>Panfleto da campanha de Getúlio Vargas à Presidência em 1950</p><p>Reunião do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Rio Grande do Sul, com Getulio Vargas ao centro. [Fonte: CPDOC (GV foto 187)]</p><p>Panfleto da campanha de Getúlio Vargas à Presidência em 1950</p><p>Carlos Lacerda, 1954</p><p>O Governo de Getúlio Vargas (1951-1954)</p><p>O problema do governo: multinacionais estrangeiras instaladas durante o governo de Dutra</p><p>O lucro gerado por empresas estrangeiras voltava para os países de origem</p><p>Tentativa de aprovar a Lei dos Lucros Extraordinários limite sobre o envio dos lucros alcançados no Brasil (caso desejassem expatriar uma quantia maior de capital, as empresas deveriam promover investimentos no Brasil)</p><p>Greves reivindicadoras de melhores salários João Goulart (então ministro do Trabalho) acordou um reajuste de 100% do salário mínimo</p><p>Recrudescimento da oposição resistência das grandes petrolíferas (a maioria estadunidense)</p><p>O Governo de Getúlio Vargas (1951-1954)</p><p>Contra os interesses dos EUA = Comunista</p><p>Descontentamento dos militares “Manifesto dos Coronéis”</p><p>Atentado contra Carlos Lacerda  morte de Rubens Vaz (major da aeronáutica)</p><p>Acusação pública de Vargas evento ficou conhecido como “atentado da Rua Tonelero”</p><p>Aumento da pressão: descobriu-se Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Vargas, como mandante do crime</p><p>Oposição se organizou para derrubar Vargas Na madrugada de 23 para 24 de agosto, os militares deram um ultimato</p><p>Vargas se suicida com um tiro no peito (24 de agosto de 1954)</p><p>Carta Testamento</p><p>Getúlio Vargas</p><p>E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.</p><p>(Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)</p><p>O Governo de Getúlio Vargas (1951-1954)</p><p>O vice-presidente da República, João Fernandes Café Filho, assumiu até a data das eleições regulares</p><p>Juscelino Kubitschek (PSD) compôs chapa com João Goulart (PTB) e venceu com 35% dos votos</p><p>Os derrotados não queriam aceitar o resultado alegando não haver maioria absoluta MAS isto não estava na Constituição</p><p>JK é acusado de ser apoiado pelo comunismo internacional</p><p>Houve uma tentativa de golpe ainda: Café Filho se ausentou do poder e Carlos Luz (Presidente da Câmara) tentou favorecer os udenistas</p><p>O general Henrique Teixeira Lott garantiu a posse de JK e Goulart depondo Carlos Luz</p><p>Café Filho, 1954</p><p>Henrique Teixeira Lott, 1955</p><p>O Governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961)</p><p>“50 anos em 5”  desenvolvimento da economia e industrialização</p><p>Plano de Metas: 31 metas ao desenvolvimento econômico e industrial</p><p>Prioridade nas áreas de energia, transporte, indústria pesada, alimentação e educação</p><p>Capital misto: público e privado</p><p>Estabelecimento do transporte rodoviário (ver imagem)</p><p>Crescimento industrial</p><p>Juscelino Kubitschek</p><p>O Governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961)</p><p>Ampliação da política econômica pautada na abertura ao capital internacional</p><p>Garantia de facilidades a empresas estrangeiras que importassem máquinas e equipamentos para Brasil  lugar interessante para os conglomerados</p><p>Marco do governo JK: construção de Brasília</p><p>Principal objetivo  impulsionar as demais metas do plano econômico</p><p>Conexão das diversas partes do Brasil</p><p>Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) de 1959  buscou promover o crescimento de regiões</p><p>Apesar do desenvolvimento industrial houve um agravamento da situação econômica com a retomada do processo inflacionário</p><p>Juscelino Kubitschek</p><p>O Governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961)</p><p>Crescimento da dívida externa</p><p>Desvalorização da moeda  favorece a exportação de insumos agrícolas  crise de abastecimento</p><p>Final do mandato: popularidade em queda e acusações de corrupção</p><p>Derrota do candidato de JK, Henrique Lott, para Jânio Quadros (1960)</p><p>Juscelino Kubitschek</p><p>Jânio Quadros, em 1961. Palácio do Itamarary, Rio de Janeiro (RJ).</p><p>Jânio Quadros distribui vassourinhas em sua campanha presidencial em 15 de abril de 1960. Imagem registrada no Jornal Correio da Manhã.</p><p>O Governo de Jânio Quadros (1961)</p><p>“Varrer a sujeira da administração pública”</p><p>Contra o comunismo e a favor da manutenção de investimentos estrangeiros</p><p>Adotou medidas contraditórias</p><p>Defendeu política externa independente e reatou relações diplomáticas com a União Soviética e China (bloco socialista)</p><p>Condecorou Ernesto “Che” Guevara (revolucionário argentino e um dos líderes da Revolução Cubana) com a Ordem do Cruzeiro do Sul – principal honraria brasileira</p><p>Plano de austeridade para controle de inflação  desvalorização da moeda e congelamento do salário dos trabalhadores</p><p>O Governo de Jânio Quadros (1961)</p><p>Proibiu corridas de cavalos (dias úteis) e baniu as rinhas de galo</p><p>Proibição do lança-perfume e de biquínis nas praias</p><p>Mandou pôr dois jumentos para pastar a grama verde do jardim do Palácio da Alvorada</p><p>Perdeu apoio político, enfrentando a oposição de grupos estrangeiros e da imprensa brasileira</p><p>Encerrou seu mandato em 25 de agosto de 1961</p><p>O Governo de Jânio Quadros (1961)</p><p>Proibiu corridas de cavalos (dias úteis) e baniu as rinhas de galo</p><p>Proibição do lança-perfume e de biquínis nas praias</p><p>Mandou pôr dois jumentos para pastar a grama verde do jardim do Palácio da Alvorada</p><p>Perdeu apoio político, enfrentando a oposição de grupos estrangeiros e da imprensa brasileira</p><p>Encerrou seu mandato em 25 de agosto de 1961</p><p>Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando neste sonho a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais e os apetites e às ambições de grupos de indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam até com a desculpa da colaboração.</p><p>Trecho da carta de renúncia de Jânio Quadros (1961)</p><p>O Governo de João Goulart (1961-1964)</p><p>Posse conturbada  João Goulart estava em viagem na</p><p>China</p><p>Opositores vs legalistas  políticos da UDN desejavam a prisão de Jango (suposto comunista)</p><p>Frente Legalista (sindicalistas, estudantes, profissionais liberais, governadores e uma parcela do exército)  tomou partido em prol do cumprimento da Constituição, a favor de Goulart</p><p>Acordo de instalação do sistema parlamentarista  limitação dos poderes presidenciais e ampliação dos poderes do Congresso Nacional</p><p>Goulart aceitou e tornou-se Presidente em 7 de setembro de 1961</p><p>Tancredo Neves primeiro-ministro</p><p>O Governo de João Goulart (1961-1964)</p><p>Posse conturbada  João Goulart estava em viagem na China</p><p>Opositores vs legalistas  políticos da UDN desejavam a prisão de Jango (suposto comunista)</p><p>Frente Legalista (sindicalistas, estudantes, profissionais liberais, governadores e uma parcela do exército)  tomou partido em prol do cumprimento da Constituição, a favor de Goulart</p><p>Acordo de instalação do sistema parlamentarista  limitação dos poderes presidenciais e ampliação dos poderes do Congresso Nacional</p><p>Goulart aceitou e tornou-se Presidente em 7 de setembro de 1961</p><p>Tancredo Neves primeiro-ministro</p><p>Brizola segurando uma metralhadora durante a Campanha da Legalidade</p><p>João Goulart, 1961.</p><p>João Goulart e Leonel Brizola</p><p>O Governo de João Goulart (1961-1964)</p><p>Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social (1962)  rígido controle do déficit e estímulo do crescimento interno</p><p>Aumento dos impostos dos mais ricos  empresariado se sentiu prejudicado</p><p>Sem apoio dos industriais e dos trabalhadores</p><p>Oposição ao governo financiado pelo capital estrangeiro  conteúdos anticomunistas e críticos ao governo</p><p>Jango tentou implementar as Reformas de Base  medidas socioeconômicas com benefícios para a população</p><p>Reforma agrária com pagamento de terras e indenização de imóveis urbanos desapropriados por interesse social  projeto rejeitado pelo Congresso</p><p>Comícios a favor das reformas de base</p><p>O Governo de João Goulart (1961-1964)</p><p>Leitura do texto de proposta para a multidão na Central do Brasil:</p><p>Reforma agrária  desapropriação de 500 hectares</p><p>Reforma eleitoral  permissão de todos os brasileiros acima de 18 anos (a Constituição excluía analfabetos e soldados)</p><p>Reforma universitária e educacional com democratização do ensino e combate ao analfabetismo</p><p>Reforma urbana  limite de imóveis para um único dono</p><p>Reforma bancária  nacionalização dos bancos, combate aos juros e ampliação de financiamentos</p><p>Reforma tributária  em programas de distribuição de renda e mudança no limite de envio dos lucros pelas empresas estrangeiras</p><p>O Governo de João Goulart (1961-1964)</p><p>Apoio dos movimentos estudantis, Liga Camponesa e organizações de trabalhadores (como a CGT)</p><p>Críticas do empresariado, da classe média e de parte do exército</p><p>Tentativa de motim na Aeronáutica  presidente anistia os revoltosos  conflito com os setores hierárquicos militares superiores</p><p>Tropas de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul foram ao Rio de Janeiro</p><p>Foi declarada a vacância no poder em 31 de março de 1964  Jango foi para o Rio Grande do Sul e depois para o Uruguai</p><p>Assume Ranieri Mazzilli  instauração do golpe civil-militar</p><p>Ditadura civil-militar (1964-1985)</p><p>Golpe ou Revolução?</p><p>Revolução: Transformação radical da estrutura da sociedade</p><p>Golpe: Mudança do “bloco no poder” e manutenção das bases</p><p>O golpe de Estado como conceito se aproxima de outros, como revolução: em comum, ambos se apresentam como rupturas bruscas da ordem institucional. Além disso, o objetivo dos dois é derrubar um governo e instituir outro, mas enquanto a revolução é uma modificação radical das estruturas econômicas e sociais, o golpe, em geral, é apenas a substituição pura e simples das elites no poder, quase sempre levado a cabo pelas chamadas elites orgânicas, ou seja, as elites inseridas no próprio Estado, como os burocratas e os militares. Normalmente é comum o golpe de Estado ser apresentado como movimento conservador e a revolução, como progressista. Mas isso não pode ser um critério definidor, pois, por um lado, existem revoluções consideradas conservadoras, como a iraniana de 1979, e, por outro, o próprio conceito de progresso e conservadorismo é relativo.</p><p>SILVA, Kalina Vanderlei. Dicionário de conceitos históricos. Editora Contexto, 2015.</p><p>Ditadura civil-militar (1964-1985)</p><p>Institucionalização do regime</p><p>Proposta inicial de transição</p><p>Assume a junta militar do general Arthur Costa e Silva, Augusto Rademaker Grünewald e Francisco de Assis Correia de Melo</p><p>Ato Institucional nº 1 (AI-1): direito de cassar mandatos políticos, permissão para decreto de estado de sítio, cassação de direitos políticos e eleição indireta</p><p>Lei Suplicy de Lacerda (1964): ilegalidade da União Nacional dos Estudantes (UNE)</p><p>Assume Castelo Branco  criação do Serviço Nacional de Informações (SNI)</p><p>Ato Institucional nº 2 (AI-2): Extinção do pluripartidarismo e extensão da suspensão dos direitos políticos</p><p>Ditadura civil-militar (1964-1985)</p><p>Institucionalização do regime</p><p>Bipartidarismo  Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e Movimento Democrático Brasileiro (MDB)</p><p>Ato Institucional nº 3 (AI-3): eleições indiretas para governador e vice-governador</p><p>1966: união contra o governo militar (Frente Ampla)  Carlos Lacerda, João Goulart e Juscelino Kubitschek</p><p>Tribuna da Imprensa: defesa de eleições diretas, fim do bipartidarismo e a medidas de desenvolvimento econômico</p><p>Ato Institucional nº 4 (AI-4): Nova Constituição brasileira</p><p>Eleição de Costa e Silva: falsa esperança de abertura</p><p>Ditadura civil-militar (1964-1985)</p><p>O Endurecimento do Regime</p><p>Repressão policial e morte do secundarista Edson Luís de Lima Souto</p><p>Movimento operário organiza passeatas e greves</p><p>Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) vs Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)</p><p>Governo tenta corrigir a inflação  salário mínimo abaixo  mais manifestações</p><p>Passeata dos Cem Mil (1968)  “Abaixo a ditadura, povo no poder”</p><p>Atentado da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR)</p><p>Discurso do deputado Márcio Moreira Alves</p><p>Exigência de punição</p><p>Ditadura civil-militar (1964-1985)</p><p>O AI-5 > Mais poder nas mãos dos militares</p><p>Direito do presidente de fechar o Congresso</p><p>Cassação de mandatos</p><p>Suspensão dos direitos políticos de qualquer cidadão por 10 anos</p><p>Suspensão do direito de habeas corpus para crimes políticos</p><p>Censura de manifestação cultural e produção artística</p><p>Ditadura civil-militar (1964-1985)</p><p>A Luta Armada</p><p>Guerrilha do Araguaia (1967-1974): estudantes e profissionais liberais vinculados ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB)</p><p>Tentativa de derrubada do governo e revolução socialista</p><p>1968 é criada a Aliança Nacional Libertadora (ALN): liderança de Carlos Marighella</p><p>Sequestro do embaixador estadunidense Charles Elbrick (1969)</p><p>Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8)</p><p>Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares)</p><p>Eleição de Emílio Garrastazu Médici (1969): criação do DOI-Codi para atuar com o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS)</p><p>Ditadura civil-militar (1964-1985)</p><p>“Milagre Econômico”</p><p>Governo Castelo Branco (1964-1967)  Programa de Ação Economica do Governo (PAEG)</p><p>Banco Nacional de Habitação (BNH)</p><p>Repressão contra os trabalhadores manteve o salário baixo</p><p>Grandes obras de infraestrutura (ponte Rio-Niterói, rodovia Transamazônica)</p><p>Crescimento do PIB  baixo preço do petróleo e empréstimos internacionais</p><p>Grupos empresariais e classe média beneficiados</p><p>“Fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo”</p><p>Ufanismo e orgulho  Copa do Mundo de 1970 influenciou</p><p>image1.png</p><p>image2.jpg</p><p>image3.jpg</p><p>image4.png</p><p>image5.jpg</p><p>image6.jpg</p><p>image7.tif</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpg</p><p>image10.jpg</p><p>image11.png</p><p>image13.jpg</p><p>image12.jpg</p><p>image14.jpg</p><p>image15.jpg</p><p>image16.jpg</p><p>image17.jpg</p><p>image18.jpg</p><p>image19.png</p><p>image20.tif</p><p>image21.png</p><p>image22.png</p><p>image23.jpg</p><p>image24.jpg</p><p>image25.jpg</p><p>image26.png</p>