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<p>Infantil</p><p>DESENVOLVIMENTO</p><p>Levinus Lemnius supera as ultrapassadas</p><p>generalizações próprias do pensamento</p><p>inatista, ligada aos pensadores que</p><p>julgavam que os pensamentos e as ações</p><p>humanas possuem fontes inatas, já</p><p>presentes na mente humana desde o</p><p>nascimento, como era do gosto de</p><p>pensadores da Antiguidade e Idade</p><p>Medieval. Esse autor renascentista</p><p>defende a importância de observar e</p><p>entender os múltiplos comportamentos</p><p>dos indivíduos.</p><p>René Descartes trouxe a defesa de que</p><p>a razão humana era capaz de fazer uma</p><p>intermediação entre o indivíduo e as</p><p>coisas (objetos), relevando-se</p><p>preciosamente as verdades sobre as</p><p>coisas. A mente e o corpo não seriam</p><p>indissociáveis. Surge, então, a</p><p>possibilidade de distinguir corpo e</p><p>mente, o chamado dualismo psicofísico,</p><p>que irá fundar princípios para os</p><p>conhecimentos psicológicos dos</p><p>próximos tempos</p><p>Francis Bacon defendeu que para usar</p><p>as “forças da natureza, é preciso</p><p>conhecê-las: saber é poder. Para</p><p>adquirir conhecimento há somente um</p><p>caminho: a experiência”. Essa visão</p><p>empirista, a partir da modernidade, vai</p><p>considerar que é preciso a experiência</p><p>com os objetos, presentes na</p><p>realidade, para adquirir conhecimentos</p><p>sobre eles, manipulando-os,</p><p>manuseando-os, experimentando-os</p><p>para produzir novos conhecimentos.</p><p>Aristóteles o grande pensador</p><p>grego já falava sobre a</p><p>infância: entender a criança</p><p>como incapaz de pensar</p><p>sozinha para atingir suas</p><p>virtudes. Os adultos precisam</p><p>cuidar e educar seus filhos na</p><p>infância.</p><p>Inspirado na teoria platônica, um</p><p>dos grandes pensadores da</p><p>igreja católica, Santo Agostinho</p><p>escreveu sobre sua própria</p><p>infância, ao mesmo tempo que</p><p>explicava a luz do pensamento</p><p>cristão medieval as prescrições</p><p>para a educação moral</p><p>necessária para retirar a</p><p>maldade das mentes infantis.</p><p>Um renomado historiador francês</p><p>do século XX, Ariès, aponta uma</p><p>mudança, datada do século XIII, a</p><p>intenção de imortalizar as</p><p>crianças nas telas das pinturas a</p><p>óleo. Até então as crianças eram</p><p>invisíveis, ausentes, vistas como</p><p>desprovidas de alma e</p><p>personalidade.</p><p>O famoso empirista John</p><p>Locke determinou “que o</p><p>início é o ‘papel branco’</p><p>da mente,. Todas as</p><p>ideias decorrem, sem</p><p>exceção, da experiência”</p><p>É importante relembrar que foi somente no</p><p>século XIX que a Psicologia se elevou ao lugar de</p><p>ciência moderna. O marco foi o laboratório de</p><p>Psicofisiologia, fundado por Wilhelm Wundt em</p><p>1879, na Alemanha, e as publicações de estudos</p><p>na Revista Científica, na Universidade de Leipzig</p><p>(no ano de 1873). O que fez Wundt foi usar um</p><p>método de investigação advindo das ciências</p><p>naturais, dentro do seu laboratório. A partir</p><p>desse gesto inaugural dele, objetos, campos,</p><p>métodos e teorias eram montados para os</p><p>estudos da nascente Psicologia, com status de</p><p>ciência.</p><p>Na segunda metade do século XIX, no</p><p>ano de 1882, considera-se o nascimento</p><p>da Psicologia do Desenvolvimento. Isso</p><p>aconteceu com a publicação de um livro</p><p>escrito por Preyers, “The mind of the</p><p>child” (A Mente da Criança). Esses anos</p><p>finais do século XIX foram marcados</p><p>pelo surgimento de algumas sociedades</p><p>voltadas ao estudo do desenvolvimento,</p><p>tanto nos Estados Unidos quanto na</p><p>França. Stanley Hall foi um desses</p><p>pioneiros.</p><p>O pensador francês Michel Foucault criticou o</p><p>fato de as ciências, no século XIX, preferirem</p><p>realizar um alinhamento dos saberes, na</p><p>modernidade, com as certezas das áreas</p><p>matemáticas em apogeu. O que isso significou,</p><p>segundo Foucault, foi a submissão real dos</p><p>demais saberes “ao ponto de vista único da</p><p>objetividade do conhecimento a questão da</p><p>positividade dos saberes, de seu modo de ser,</p><p>de seu enraizamento nessas condições de</p><p>possibilidade que lhes dá, na história, a um</p><p>tempo, seu objeto e sua forma”</p><p>HISTÓRICO E CONCEITO DA PSICOLOGIA DO</p><p>A história da Psicologia do Desenvolvimento, assim</p><p>como a História da Psicologia em geral, bem como a</p><p>história do pensamento do mundo ocidental, carregou</p><p>o legado dos pensadores gregos, antes da Era Comum</p><p>(Antes de Cristo). Algumas marcas que os gregos nos</p><p>deixaram, na Antiguidade, ainda circulam em alguns</p><p>dos nossos discursos sobre o desenvolvimento</p><p>humano.</p><p>O importante momento histórico do</p><p>Renascimento, durante a Idade Moderna,</p><p>foi um tempo de rupturas e trouxe</p><p>relevantes descobertas e convicções em</p><p>vários campos do pensamento. A difusão</p><p>de uma visão naturalista e a relevância</p><p>da ciência começam a fazer fortes ecos</p><p>A Psicologia do Desenvolvimento é uma</p><p>ciência voltada a teorizar sobre o</p><p>desenvolvimento humano, nas mais</p><p>distintas fases da existência humana, da</p><p>concepção à morte, da infância à velhice,</p><p>da primeira infância à maturidade, da</p><p>pré-adolescência à transição entre a</p><p>vida adulta e a velhice. No decorrer de</p><p>toda a vida de uma pessoa, devem ser</p><p>estimadas tanto as continuidades quanto</p><p>as rupturas, intrínsecas ao</p><p>desenvolvimento humano, “integrando</p><p>diferentes aspectos, tais como afetivo-</p><p>emocional, social, físico-motor e</p><p>intelectual, em que as influências dos</p><p>aspectos biológicos, sociais, culturais e</p><p>físicos são consideradas”</p><p>Ceiça Cunha</p><p>insc: 01606213</p><p>Professora: Fabiana Soares</p><p>Instituição: Uninassau Parnaíba</p>