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<p>“Buscamos soluções seguras</p><p>para as suas necessidades”</p><p>CURSO BÁSICO DE SEGURANÇA DE PLATAFORMA</p><p>CBSP</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 2</p><p>DISCIPLINA</p><p>SEGURANÇA PESSOAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL</p><p>(SPR/P)</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 3</p><p>SUMÁRIO</p><p>UNIDADES DE ENSINO PÁGINA</p><p>1. RESPONSABILIDADE SOCIAL E RELAÇÕES HUMANAS A BORDO 5</p><p>1.1 - Listar os elementos básicos da comunicação, visando à melhor cooperação entre grupos</p><p>humanos e nas relações interpessoais.</p><p>5</p><p>1.2 - Entender como as barreiras de comunicação e as falhas de mensagem podem afetar a</p><p>segurança da vida humana e do material e contribuir para a poluição do meio ambiente.</p><p>5</p><p>1.3 - Explicar a importância de manter um bom relacionamento em ambientes offshore: isolamento,</p><p>mau tempo, permanência prolongada etc.</p><p>7</p><p>1.4 - Explicar as boas práticas de liderança no âmbito de equipes de trabalho. 8</p><p>1.5 - Explicar a necessidade de coesão do grupo para atingir as metas de trabalho. 9</p><p>1.6 - Descrever as responsabilidades sociais e trabalhistas do empregado e do empregador. 10</p><p>1.7 - Explicar os reflexos do uso de bebidas e drogas, ressaltando as consequências negativas</p><p>para a imagem pessoal e profissional.</p><p>10</p><p>1.8 - Explicar como o estresse e as divergências interpessoais criam condições adversas ao bem-</p><p>estar e à segurança nas seguintes situações: comentários degradantes sobre outros</p><p>companheiros, excesso de brincadeiras, discussões acaloradas sobre política, religião,</p><p>esporte, etc.</p><p>11</p><p>1.9 - Compreender a diferença natural entre os indivíduos e a necessidade de ser tolerante no</p><p>relacionamento com os colegas de trabalho.</p><p>12</p><p>2. SEGURANÇA NO TRABALHO A BORDO 12</p><p>2.1 - Citar os propósitos da norma regulamentadora sobre a segurança e a saúde no trabalho (NR-</p><p>30).</p><p>12</p><p>2.2 - Compreender que a segurança e bem-estar de um funcionário é a segurança e bem-estar de</p><p>todo o grupo: “todos no mesmo barco”.</p><p>13</p><p>2.3 - Distinguir o conceito de acidente, quase acidente e incidente do trabalho. 14</p><p>2.4 - Apontar as principais causas de acidentes do trabalho e o papel da Comissão Interna de</p><p>Prevenção de Acidentes (CIPA).</p><p>14</p><p>2.5 - Identificar os conceitos e fatores de risco que influenciam nas atitudes e respostas. 16</p><p>2.6 - Conceituar perigo e risco. 16</p><p>2.7 - Relacionar risco, frequência e consequência. 16</p><p>2.8 - Discorrer sobre a prevenção de atos inseguros e condições inseguras que podem ocorrer a</p><p>bordo: manobras de carga/descarga; manobras de bombeamento; tensionamento de cabos e</p><p>espias; máquinas operando; descarga de motores; sinalização de trânsito a bordo;</p><p>compartimentos confinados; e atividades de mergulhadores nas proximidades.</p><p>17</p><p>2.9 - Citar a importância preventiva do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e do</p><p>cumprimento das normas de segurança.</p><p>18</p><p>2.10 - Identificar a localização e a necessidade da utilização de máscaras de fuga, chuveiro lava</p><p>olhos e chuveiro de segurança previstos pela NR-34.</p><p>19</p><p>2.11 - Citar os efeitos e precauções em relação à presença de gases tóxicos e asfixiantes, em</p><p>particular o H2S (sulfeto de hidrogênio), CO2, etc.</p><p>21</p><p>2.12 - Analisar os perigos e precauções de trabalhos realizados em espaços confinados. 22</p><p>2.13 - Compreender a importância preventiva da disciplina operacional: cumprir padrões de</p><p>procedimentos; permissão para iniciar trabalho; e gestão de mudanças.</p><p>23</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 4</p><p>3. PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO E FISCALIZAÇÃO 25</p><p>3.1 - Descrever os efeitos da poluição no meio ambiente marinho. 25</p><p>3.2 - Citar, sucintamente, o propósito da Lei nº 9.985, de 2000, do Decreto regulamentador nº</p><p>4.136, de 2002 e da Lei no 9.966, de 2000 sobre a fiscalização e as sanções aplicáveis sobre</p><p>a fiscalização e por danos ambientais nas águas brasileiras.</p><p>25</p><p>3.3 - Citar as principais fontes poluidoras: derramamento de óleo, água de lastro, lixo e esgoto. 27</p><p>3.4 - Citar os procedimentos básicos para prevenção da poluição no meio ambiente marinho em</p><p>relação ao: lixo, esgoto, óleo, água de lastro, lixo industrial, etc.</p><p>28</p><p>3.5 - Conceituar águas jurisdicionais brasileiras (AJB) e a competência da Autoridade Marítima. 30</p><p>3.6 - Mostrar a organização distrital da Marinha do Brasil, focalizando as Capitanias dos Portos,</p><p>suas Delegacias e Agências como Agentes legais da Autoridade Marítima.</p><p>31</p><p>3.7 - Distinguir as tarefas de fiscalização: “port state” e “flag state”. 32</p><p>3.8 - Definir e enquadrar as seguintes ilegalidades: passageiro clandestino a bordo e terrorismo. 32</p><p>3.9 - Diferenciar pirataria no mar de atos ilícitos, como assalto ou roubo armado. 33</p><p>4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 5</p><p>1 – RESPONSABILIDADE SOCIAL E RELAÇÕES HUMANAS A BORDO</p><p>A Responsabilidade Social está relacionada com o bem-estar, a qualidade de vida,</p><p>a preservação do meio ambiente e a efetiva participação de todos nas ações</p><p>comunitárias onde estamos inseridos, uma vez que,</p><p>como seres sociais, dependemos uns dos outros para</p><p>satisfazer nossas necessidades, tanto físicas como</p><p>psicológicas.</p><p>Já as Relações Humanas dizem respeito a como</p><p>as pessoas se relacionam no dia a dia, e dependem</p><p>de um somatório de vários fatores. Um desses</p><p>fatores, senão o principal, é o bom relacionamento</p><p>entre os componentes das equipes de trabalho, onde</p><p>é importante que todos se envolvam com o bem-estar, o crescimento pessoal, a</p><p>motivação e a qualidade de vida de seus companheiros.</p><p>1.1 – Listar os elementos básicos da comunicação, visando à melhor cooperação</p><p>entre grupos humanos e nas relações interpessoais.</p><p>A Comunicação a bordo de uma Plataforma é de vital</p><p>importância e, por esta razão, precisa ser clara e eficiente,</p><p>de modo a não comprometer a segurança das instalações,</p><p>das pessoas a bordo e o meio ambiente.</p><p>Uma informação somente pode ser passada quando</p><p>ocorrem recepção e emissão, mantendo-se o “ruído” em um</p><p>mínimo. Observar, ouvir e ler são tão essenciais quanto</p><p>demonstrar, falar e escrever.</p><p>Comunicar não é manipular o outro indivíduo, mas</p><p>fazê-lo entender o que realmente se pretende transmitir.</p><p>O problema básico em comunicação</p><p>É que o significado captado pelo ouvinte pode não ser exatamente aquele que o</p><p>que falou quis transmitir. Quem fala e quem ouve são duas pessoas distintas, que</p><p>vivem em mundos diferentes, e, portanto, inúmeros fatores podem interferir e causar</p><p>falhas na comunicação entre elas.</p><p>A escuta</p><p>É também uma parte vital nos processos de comunicação. Ouvir o outro nasce no</p><p>escutar a si próprio. Desenvolver a comunicação nos leva ao autoconhecimento.</p><p>O olhar</p><p>É outro componente da comunicação e traz em si a inclusão. Incluímos as</p><p>pessoas quando as olhamos.</p><p>1.2 – Entender como as barreiras de comunicação e as falhas de mensagem</p><p>podem afetar a segurança da vida humana e do material e contribuir para a</p><p>poluição do meio ambiente.</p><p>Existem muitas barreiras que podem distorcer as informações que transmitimos</p><p>ou que recebemos. De inicio, a ideia que temos quando falamos em barreiras na</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 6</p><p>comunicação é a da existência de interferências que impedem a chegada da</p><p>mensagem ao ouvinte. Entretanto, existem barreiras muito mais sutis, que revelam</p><p>fatos que geralmente não são percebidos por nós.</p><p>Algumas das Barreiras na Comunicação:</p><p>- Ouvir o que esperamos ouvir;</p><p>- Utilizar vocabulário específico;</p><p>- Quando conversamos, há duas comunicações ocorrendo,</p><p>os aspectos</p><p>voluntária na utilização de um navio quando aquele que o</p><p>pratica tenha conhecimento de fatos que deem a esse navio o caráter de navio pirata.</p><p>A diferença entre pirataria e atos ilícitos como assalto ou roubo é que, como</p><p>visto na definição acima, o ato de pirataria é executado em alto mar ou fora da jurisdição</p><p>de um Estado enquanto os outros atos ilícitos não.</p><p>Desta forma, os atos que a mídia normalmente divulga como pirataria contra</p><p>navios atracados/fundeados no porto de Santos ou na baia de Guanabara, são na</p><p>verdade roubos armados.</p><p>4.0 – Referências Bibliográficas</p><p>a) BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Segurança e Saúde no</p><p>Trabalho. NORMA REGULAMENTADORA (NR-30).</p><p>b) CARDELLA, Benedito. Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes. Uma</p><p>abordagem holística. Ed. Atlas, 1999.</p><p>c) NOGUEIRA, Nildo Ribeiro. Desenvolvendo as competências profissionais. 1ª ed.</p><p>São Paulo: Érica, 2001.</p><p>d) OLIVEIRA, Sebastião Mauro. Apostila de Segurança do Trabalho. CIAGA. RJ. 2006.</p><p>FIM DA DISCIPLINA SPR-P</p><p>verbais e não verbais; e</p><p>- Interferência das emoções na comunicação.</p><p>a) Ouvir o que esperamos ouvir.</p><p>É muito comum ouvirmos somente aquilo que parece estar fortalecendo</p><p>nossos pontos de vista. Quando conversamos com alguém, nossas opiniões</p><p>nos levam a ouvir unicamente o que nos interessa, ou então recebemos a</p><p>mensagem de forma que esta coincida com o nosso ponto de vista.</p><p>b) Utilizar vocabulário específico.</p><p>Diferentes grupos tendem a desenvolver a</p><p>sua própria linguagem, que é considerada</p><p>por muitos como uma espécie de gíria</p><p>profissional.</p><p>Porém, temos que tomar cuidado para</p><p>que um leigo no assunto não fique sem</p><p>entender o vocabulário empregado.</p><p>c) Quando conversamos, há duas comunicações ocorrendo: os aspectos</p><p>verbais e os não verbais.</p><p>Nós, humanos, temos o poder da fala, da escuta e do olhar. E muitas das</p><p>vezes usamos mal estes benefícios. A comunicação será melhor se</p><p>prestamos atenção aos aspectos verbais e não verbais.</p><p>Os aspectos verbais</p><p>Referem-se às palavras que emitimos. Ao falarmos, podemos ser calmos,</p><p>exasperados, apressados, irritados, etc. É importante perceber a entonação</p><p>de nossa voz.</p><p>Os aspectos não verbais</p><p>São os que se referem ao corpo. A linguagem</p><p>corporal é rica e pode fazer muita diferença se</p><p>for explorada e desenvolvida com consciência.</p><p>Com o corpo, podemos, sem dizer uma única</p><p>palavra, expressar muito conteúdo.</p><p>Tristeza, alegria, conforto, desprezo, incômodo,</p><p>raiva, afeto podem ser transmitidos e</p><p>compreendidos somente com a expressão</p><p>corporal.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 7</p><p>Através do olhar, dos músculos da face, do tom de voz, da postura, podemos</p><p>demonstrar irritação para com o interlocutor, causando-lhe a impressão de</p><p>estarmos zangados com ele, quando na verdade, não é esse o caso.</p><p>d) Interferência das emoções na comunicação</p><p>Quando estamos tensos ou quando nos</p><p>sentimos inseguros, o que ouvimos e vemos</p><p>parece ser mais ameaçador do que quando</p><p>estamos tranquilos e seguros.</p><p>Da mesma forma, qualquer transmissão que</p><p>façamos nessas condições poderá ser</p><p>distorcida e provocar perturbações das mais</p><p>variadas.</p><p>Também podemos não ouvir as críticas construtivas quando nos sentimos</p><p>seguros demais.</p><p>Como Minimizar as Barreiras na Comunicação:</p><p>- Identificar corretamente o público alvo;</p><p>- Usar a linguagem apropriada e direta para este público alvo;</p><p>- Fornecer informações claras e completas aos seus interlocutores. Não utilizar</p><p>frases longas e rebuscadas;</p><p>- Usar canais múltiplos para estimular os vários sentidos dos interlocutores</p><p>(visão, audição etc.);</p><p>- Tenha atenção ao tom de voz e à postura corporal;</p><p>- Tente fazer com que seus sentimentos interfiram o mínimo possível nas</p><p>comunicações; e</p><p>- Tente colocar-se na posição ou situação da outra pessoa, num esforço de</p><p>entendê-la.</p><p>As barreiras na comunicação levam a falhas nas mensagens a serem</p><p>transmitidas, o que pode vir a afetar a segurança da vida humana e do material e</p><p>contribuir para a poluição do meio ambiente. Por isto, devemos estar atentos, de</p><p>modo a evitar as barreiras na comunicação.</p><p>1.3 – Explicar a importância de manter um bom relacionamento em ambientes</p><p>offshore: isolamento, mau tempo, permanência prolongada etc.</p><p>O trabalhador a bordo de uma plataforma está afastado de seus familiares,</p><p>convivendo com pessoas que nem sempre lhe agradam, sentindo-se, por vezes,</p><p>isolado. Se somarmos a isto situações de fadiga e “stress”, que são comumente</p><p>encontradas a bordo de Plataformas, há a possibilidade da ocorrência de conflitos,</p><p>ansiedade, depressão e insegurança.</p><p>O ambiente de trabalho somente poderá se desenvolver sem conflitos, e se</p><p>tornar agradável, caso haja entre as pessoas respeito, fraternidade, compreensão,</p><p>cooperação, bom senso e tolerância. Uma boa prática é tentar se imaginar no lugar</p><p>da outra pessoa e ter sempre em mente que seus direitos terminam quando</p><p>começam os das outras pessoas.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 8</p><p>Caso necessite, não hesite em pedir ajuda ou em conversar a respeito de</p><p>suas dificuldades com outras pessoas.</p><p>1.4 – Explicar as boas práticas de liderança no âmbito de equipes de trabalho.</p><p>Os grupos de trabalho se constituem a partir de interesses comuns, que vão</p><p>desde a satisfação das necessidades biológicas (sobrevivência, fome, descanso,</p><p>etc.) até as psicológicas (reconhecimento, afeição, estima, realização, oportunidade</p><p>de troca de ideias e informações, etc.).</p><p>Os desafios e as necessidades fazem com que as pessoas se reúnam em</p><p>equipes de trabalho para superar as dificuldades e atingir seus objetivos comuns.</p><p>O trabalho em equipe tem os seguintes</p><p>aspectos fundamentais:</p><p>• Realização de atividades impossíveis de</p><p>serem executadas por uma só pessoa;</p><p>• Aumento da produtividade;</p><p>• Como a essência do trabalho em equipe é</p><p>o conhecimento compartilhado, as decisões</p><p>da equipe têm uma melhor qualidade devido aos diferentes conhecimentos</p><p>que compõem as equipes;</p><p>• Maior criatividade e eficiência no desempenho das funções; e</p><p>• Melhor aproveitamento de recursos, tanto pessoal como material;</p><p>Como seres sociais, necessitamos da companhia de outras pessoas para que,</p><p>unidos, possamos nos apoiar mutuamente e suprir as deficiências individuais.</p><p>Liderança no âmbito de uma Equipe de Trabalho</p><p>Para que uma equipe de trabalho tenha êxito, é necessário que exista uma</p><p>integração entre as pessoas para manter um ambiente que as motivem a trabalhar</p><p>juntas, produtiva e cooperativamente, com satisfação econômica, social e</p><p>psicológica.</p><p>A presença de um líder é fundamental</p><p>para manter a união e a motivação de uma</p><p>equipe de trabalho.</p><p>Um bom líder deve conhecer a si mesmo,</p><p>seus pontos fortes e fracos, procurando viabilizar</p><p>os primeiros e tentando não tornar pesados</p><p>demais os segundos. A partir daí, ele deve promover as condições adequadas para</p><p>que surjam outros líderes à sua volta.</p><p>O que se espera de um Líder:</p><p>• Que tenha conhecimento amplo e profundo do trabalho a ser realizado;</p><p>• Que seja honrado e íntegro;</p><p>• Que tenha visão do futuro;</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 9</p><p>• Que inspire paixão naquilo que faz; e</p><p>• Liderar consiste, enfim, em conseguir com que os demais façam o que</p><p>devem fazer com profunda convicção e, sobretudo, que o façam tomando</p><p>a si a responsabilidade para que isso aconteça.</p><p>1.5 – Explicar a necessidade de coesão do grupo para atingir as metas de</p><p>trabalho.</p><p>Para que um grupo de trabalho atinja a sua meta é</p><p>imprescindível que haja coesão no grupo, porque, do</p><p>contrário, o somatório dos esforços individuais pode não ser</p><p>suficiente para atingir a meta.</p><p>Um grupo de trabalho sem coesão poderá fazer com</p><p>que os esforços de alguns indivíduos não contribuam para a</p><p>obtenção da meta de trabalho ou, o que é pior, que alguns</p><p>esforços anulem outros.</p><p>A figura ao lado ilustra um caso simples de como a falta</p><p>de coesão na equipe pode impedir a obtenção da meta de</p><p>trabalho.</p><p>Condições para que haja coesão em um Trabalho em Equipe:</p><p>• Os membros da equipe de trabalho terem uma missão comum;</p><p>• Que esta missão seja compatível com os objetivos individuais;</p><p>• Existir uma liderança, individual ou coletiva,</p><p>que direcione, coordene e impulsione a</p><p>equipe, sobretudo em momentos difíceis;</p><p>• Que os talentos sejam administrados</p><p>corretamente, situando, da melhor maneira</p><p>possível, o desejo e o conhecimento de cada</p><p>um dos membros da equipe;</p><p>• Cultivar um espírito de equipe: valores, normas, atitudes e modelos de</p><p>comportamento compartilhados. É preciso haver um sentido comum de</p><p>pertencimento ao coletivo;</p><p>• Que haja incentivos: todos os membros da equipe devem ser</p><p>recompensados por seu esforço. Todos devem sentir que</p><p>vale a pena</p><p>trabalhar; e</p><p>• Que haja uma comunicação isenta de preconceito, preferências e todos</p><p>os demais sentimentos que podem prejudicar ou atrapalhar o ambiente de</p><p>trabalho.</p><p>Dicas para o Trabalho em Equipe:</p><p>• Seja paciente – não é fácil conciliar opiniões diversas. Exponha seus</p><p>pontos de vista e ouça a opinião dos outros mesmo não estando de</p><p>acordo;</p><p>• Saiba reconhecer quando a ideia do outro é melhor que a sua, afinal, mais</p><p>importante que nosso orgulho é o objetivo que o grupo pretende alcançar;</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 10</p><p>• Não critique os colegas, não deixe que o conflito entre vocês interfira no</p><p>trabalho em equipe. Critique as ideias, nunca as pessoas;</p><p>• Saiba dividir as tarefas, compartilhe as responsabilidades e as</p><p>informações;</p><p>• Trabalhe, não deixe o outro sobrecarregado, faça a sua parte;</p><p>• Seja participativo e solidário, ajude seu colega sempre que necessário,</p><p>assim, não se sentirá culpado quando precisar de ajuda;</p><p>• Dialogue sempre que estiver com um problema ou insatisfação, para que</p><p>seja possível alcançar uma solução;</p><p>• Planeje e verifique se as metas traçadas estão sendo atingidas;</p><p>• Evite cair no “pensamento do grupo”. É importante ouvir ideias externas; e</p><p>• Aproveite o trabalho em equipe, pois essa é a oportunidade de conviver</p><p>com seus colegas e aprender com eles.</p><p>1.6 – Descrever as responsabilidades sociais e trabalhistas do empregado e</p><p>do empregador.</p><p>Tanto as empresas como os trabalhadores devem cumprir integralmente a</p><p>legislação nacional e internacional referente às suas Responsabilidades Sociais e</p><p>Trabalhistas, em especial as contidas na Declaração dos Direitos Humanos, nas</p><p>Convenções da Organização Mundial do Trabalho, nas Normas Regulamentadoras</p><p>do Ministério do Trabalho e nas Normas da Autoridade Marítima Brasileira.</p><p>Dentre os diversos tópicos que a legislação estabelece, destacamos os</p><p>seguintes:</p><p>• Ambiente de trabalho saudável e seguro;</p><p>• Proibição de qualquer tipo de discriminação;</p><p>• Respeito às jornadas de trabalho estabelecidas;</p><p>• Respeito aos acordos trabalhistas;</p><p>• Liberdade dos trabalhadores de se associarem, sem represálias;</p><p>• Respeito aos direitos fundamentais;</p><p>• Cumprimento das normas reguladoras referentes ao trabalho e à segurança</p><p>do trabalho;</p><p>• Respeito às normas da empresa;</p><p>• Prevenção de acidentes pessoais e materiais; e</p><p>• Prevenção à poluição do meio ambiente.</p><p>1.7 – Explicar os reflexos do uso de bebidas e drogas, ressaltando as</p><p>consequências negativas para a imagem pessoal e profissional.</p><p>O uso de álcool e drogas é um fator de risco de acidentes, de</p><p>redução da capacidade de trabalho, de comprometimento da saúde</p><p>e das relações no trabalho.</p><p>Por estas razões, é proibido o consumo, porte, distribuição e</p><p>venda de bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de droga considerada</p><p>ilícita pelas leis em qualquer lugar de bordo.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 11</p><p>É importante que o trabalhador saiba a política da empresa quanto a drogas e</p><p>álcool, para que ele não venha a ter a sua imagem profissional afetada</p><p>negativamente, o que poderá provocar a perda do seu emprego e comprometer</p><p>futuras contratações.</p><p>Além disso, o uso de álcool e drogas pode afetar a sua imagem pessoal,</p><p>podendo vir a comprometer amizades e relações familiares.</p><p>1.8 – Explicar como o estresse e as divergências interpessoais criam condições</p><p>adversas ao bem-estar e à segurança nas seguintes situações: comentários</p><p>degradantes sobre outros companheiros, excesso de brincadeiras, discussões</p><p>acaloradas sobre política, religião, esporte, etc.</p><p>A existência de estresse e divergências interpessoais criam condições</p><p>adversas ao bem estar das pessoas em qualquer situação, porém, quando ocorrem a</p><p>bordo, podem ter resultados mais potencializados. Isso se dá normalmente devido ao</p><p>natural confinamento ou ao afastamento de casa, variando para cada indivíduo.</p><p>O bem estar da pessoa sendo afetado, há uma maior probabilidade da</p><p>segurança (individual ou da embarcação) ser afetada, uma vez que a atenção do</p><p>indivíduo em suas tarefas pode ser afetada.</p><p>As situações mais comuns em que ocorrem estresses e divergências</p><p>interpessoais, e que, portanto, devem ser evitadas são:</p><p>• Comentários degradantes sobre outros companheiros;</p><p>• Excesso de brincadeiras; e</p><p>• Discussões acaloradas sobre política, religião, esporte, etc.</p><p>A melhor maneira de tentar saber se um comentário ou uma brincadeira</p><p>afetará, ou não, o bem estar de outra pessoa é se perguntar: como eu me sentiria se</p><p>fosse comigo? Se você imagina que se sentiria mal com o comentário ou a brincadeira,</p><p>não faça. Além disso, nada em excesso é bom, em especial brincadeiras em local de</p><p>trabalho.</p><p>Quanto a discussões acaloradas sobre temas polêmicos como política,</p><p>religião e esportes, melhor evitá-las, porque só levarão a problemas interpessoais.</p><p>Certamente a chance de alguém ser convencido neste tipo de discussão é muito</p><p>pequena, mas a chance de haver problemas é muito grande.</p><p>Regras mais comuns de convívio a bordo:</p><p>• Respeitar a propriedade e a privacidade dos outros;</p><p>• Não brincar nem fazer piadas em relação às questões étnicas, raciais,</p><p>religiosas ou sexuais a bordo;</p><p>• Evitar brincadeiras brutas ou pregar peças;</p><p>• Respeitar o próximo e sempre utilizar boas maneiras;</p><p>• Procurar conhecer os membros da tripulação da plataforma, a fim de</p><p>melhor compreendê-los;</p><p>• Ser claro e positivo quando se expressar, para evitar interpretações</p><p>errôneas e mal entendidas;</p><p>• Ser sempre tolerante nas discussões. Pense que, talvez, o outro tenha</p><p>razão e, mesmo que não tenha, tente entendê-lo; e</p><p>• Fazer o possível para que o seu problema não influencie o seu</p><p>relacionamento com o grupo.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 12</p><p>1.9 – Compreender a diferença natural entre os indivíduos e a necessidade de ser</p><p>tolerante no relacionamento com os colegas de trabalho.</p><p>Nenhum ser humano é igual ao seu semelhante. Cada pessoa tem sua</p><p>própria singularidade, que a distingue em função de gosto, antipatia, talento, sexo,</p><p>cultura, língua, religião, nacionalidade, etc.</p><p>A pretensão de eliminar por completo qualquer forma de intolerância</p><p>certamente não é uma tarefa fácil, entretanto devemos buscar atitudes positivas que</p><p>levem ao respeito à diferença.</p><p>A bordo, a tolerância ganha ainda mais importância porque você é obrigado a</p><p>se relacionar diariamente com as mesmas pessoas, não podendo, simplesmente, evitá-</p><p>las. Além disso, a intolerância poderá gerar estresse e divergências interpessoais, que</p><p>podem vir a afetar a segurança (individual ou da embarcação).</p><p>LEMBRE-SE:</p><p>As palavras têm poder. Podemos construir pontes ou barreiras com elas.</p><p>Bem depois que as pessoas esquecerem o que você disse, elas ainda se</p><p>lembrarão de como se sentiram.</p><p>2 - SEGURANÇA NO TRABALHO A BORDO</p><p>Considerando as plataformas como uma pequena indústria ou uma pequena</p><p>cidade flutuante onde, frequentemente, há a possibilidade de ocorrer acidentes devido</p><p>aos perigos de bordo, do mar e dos ventos, há a necessidade de nos preocuparmos</p><p>com a segurança no trabalho.</p><p>Segurança no trabalho é a matéria que orienta o bem-estar, procurando</p><p>diminuir os riscos, fornecendo conhecimentos e meios para prevenir acidentes de</p><p>trabalho.</p><p>As plataformas, desde o seu projeto, já devem ter os seus sistemas de</p><p>segurança estabelecidos em obediência à legislação nacional e internacional. Dentro</p><p>da legislação nacional estão as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e</p><p>Emprego (NR), que regulamentam a segurança do trabalho e são de observância</p><p>obrigatória.</p><p>No item a seguir, veremos os propósitos da NR-30, que trata da Segurança e</p><p>Saúde no Trabalho Aquaviário.</p><p>2.1 - Citar os propósitos da norma regulamentadora sobre a segurança e a saúde</p><p>no trabalho (NR-30).</p><p>Esta norma regulamentadora tem como objetivo a proteção e a</p><p>regulamentação das condições de segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários.</p><p>Em seu Anexo nº. 2 constam os requisitos mínimos de segurança e saúde</p><p>nas Plataformas nacionais e estrangeiras autorizadas a operar em águas sob jurisdição</p><p>nacional.</p><p>A observância desta Norma Regulamentadora não desobriga as empresas do</p><p>cumprimento de outras disposições legais com relação à matéria e ainda daquelas</p><p>oriundas de convenções, acordos e contratos coletivos de trabalho.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 13</p><p>Os requisitos mínimos de segurança e saúde apresentados nesta norma</p><p>abrangem os seguintes aspectos:</p><p>• Obrigações do Operador da Instalação (Responsável pelo gerenciamento e</p><p>execução de todas as operações e atividades de uma plataforma);</p><p>• Obrigações dos trabalhadores;</p><p>• Direitos dos trabalhadores;</p><p>• Serviços especializados em segurança e medicina do trabalho;</p><p>• Comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA;</p><p>• Programa de controle médico na plataforma;</p><p>• Programa de prevenção de riscos na plataforma;</p><p>• Sinalização de segurança;</p><p>• Condições de vivência à bordo (sanitários, camarotes, cozinha, refeitórios,</p><p>lavanderia, instalações de esporte e de recreação;</p><p>• Instalações de atenção à saúde a bordo;</p><p>• Instalações elétricas;</p><p>• Proteção contra incêndios;</p><p>• Prevenção e controle de acidentes maiores;</p><p>• Segurança operacional;</p><p>• Inspeção e manutenção;</p><p>• Inspeção de segurança e saúde no trabalho;</p><p>• Prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e</p><p>explosões; e</p><p>• Controle das fontes de ignição.</p><p>Segundo a norma, são obrigações dos trabalhadores das plataformas:</p><p>a) Colaborar com o Operador da Instalação para o cumprimento das</p><p>disposições legais e regulamentares, inclusive nos procedimentos internos</p><p>sobre segurança e saúde no trabalho;</p><p>b) Comunicar imediatamente ao seu superior hierárquico as situações que</p><p>considerem representar risco para sua segurança e saúde ou para a de</p><p>terceiros;</p><p>c) Transportar para bordo os medicamentos, com prescrição médica,</p><p>indispensáveis ou de uso contínuo; e</p><p>d) Suspender sua tarefa e informar imediatamente ao seu superior hierárquico</p><p>para que sejam tomadas todas as medidas de correção adequadas,</p><p>quando tiver convicção, fundamentada em seu treinamento e experiência,</p><p>de que exista grave e iminente risco para a sua segurança e saúde ou para</p><p>a de terceiros.</p><p>2.2 - Compreender que a segurança e bem-estar de um funcionário é a segurança</p><p>e bem-estar de todo o grupo: “todos no mesmo barco”.</p><p>A segurança dos trabalhadores e da plataforma depende de um conjunto de</p><p>medidas destinadas a diminuir os riscos de acidentes. Estas medidas devem ser</p><p>rigorosamente seguidas por todos a bordo, sem exceção, independentemente da</p><p>importância da função que exerce a bordo.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 14</p><p>Um erro cometido por uma pessoa pode comprometer a segurança de todos a</p><p>bordo da plataforma. Por exemplo, um princípio de incêndio que poderia ser facilmente</p><p>debelado pode tomar grandes proporções se não for corretamente informado e</p><p>combatido.</p><p>É de fundamental importância que todos a</p><p>bordo de uma Plataforma compreendam que a</p><p>segurança e o bem-estar de cada trabalhador é a</p><p>segurança e o bem-estar de todo o grupo.</p><p>No caso de uma Plataforma, a conhecida</p><p>frase “estamos todos no mesmo barco” pode ser</p><p>aplicada no seu verdadeiro significado.</p><p>A não observância de medidas de</p><p>segurança a bordo de uma plataforma pode levar a um acidente que provoque sérios</p><p>prejuízos econômicos, com reflexos tanto para a empresa quanto para os</p><p>trabalhadores e suas famílias.</p><p>2.3 - Distinguir o conceito de acidente, quase acidente e incidente do trabalho.</p><p>As definições desses 3 (três) termos técnicos variam de acordo com a</p><p>metodologia utilizada pela empresa.</p><p>A Norma OHSAS 18001(Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no</p><p>Trabalho), têm as seguintes definições:</p><p>INCIDENTE DE TRABALHO</p><p>Acontecimento relacionado com o trabalho que, não obstante a severidade, origina ou</p><p>poderia ter originado dano para a saúde.</p><p>ACIDENTE DE TRABALHO</p><p>É um incidente que deu origem a lesões, ferimentos, danos para a saúde ou fatalidade.</p><p>QUASE ACIDENTE DE TRABALHO</p><p>É um incidente que “NÃO” deu origem a lesões, ferimentos, danos para a saúde ou</p><p>fatalidade.</p><p>Independentemente das definições utilizadas, é importante salientar que tanto os</p><p>“acidentes” como os “incidentes” e “quase incidentes” devem ser investigados, para</p><p>que seja possível identificar as suas causas e tomadas as medidas para que não</p><p>voltem a ocorrer.</p><p>Não é porque não houve lesões, ferimentos, danos para a saúde ou fatalidade que</p><p>não devem ser investigados. Suas causas devem ser identificadas e medidas</p><p>preventivas devem ser tomadas, para que não voltem a ocorrer.</p><p>2.4 - Apontar as principais causas de acidentes do trabalho e o papel da</p><p>Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).</p><p>PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTE DE TRABALHO</p><p>As principais causas de acidentes de trabalho podem ser agrupadas da seguinte forma:</p><p>a) O homem: problema de capacitação/treinamento, vícios (álcool, drogas,</p><p>tabagismo), problema físico, má utilização ou não utilização de EPIs,</p><p>negligência, imprudência, falta de fiscalização, descumprimento de leis</p><p>trabalhistas, etc.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 15</p><p>b) As Máquinas: com defeitos, inadequadas, sem proteção, com falha de</p><p>projeto ou fabricação, etc.</p><p>c) O ambiente: iluminação inadequada, má sinalização, arranjo físico</p><p>inadequado, insolação, umidade, ocorrência de raios, armazenamento</p><p>inadequado, local propício a incêndio ou explosão, espaço confinado, etc.</p><p>A figura a seguir é um exemplo de Mapa de Acidente do Trabalho, onde são</p><p>apresentadas as causas dos acidentes de trabalho, além dos tipos de Riscos, as</p><p>Prevenções e os tipos de Acidentes.</p><p>COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA</p><p>É um instrumento para tratar da prevenção de acidentes do trabalho, das condições do</p><p>ambiente de trabalho e de todos os aspectos que afetam a segurança e a saúde dos</p><p>trabalhadores. É regulamentada pela Consolidação das Leis do trabalho (CLT) e pela</p><p>Norma Regulamentadora 5 (NR-5).</p><p>A CIPA é composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo</p><p>com o dimensionamento previsto na NR-5.</p><p>O objetivo básico da CIPA é fazer com que empregadores e empregados</p><p>trabalhem conjuntamente na tarefa de prevenir acidentes e melhorar a</p><p>qualidade do ambiente de trabalho, de modo a tornar compatível o</p><p>trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>A CIPA também tem por atribuição identificar os riscos dos diversos processos de</p><p>trabalho e elaborar os mapas de risco.</p><p>(que acontece no local de trabalho)</p><p>(que acontece no deslocamento</p><p>para o trabalho)</p><p>Negligência / Imprudência</p><p>Condição Física</p><p>Falha de Projeto ou Fabricação</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 16</p><p>2.5 - Identificar os conceitos e fatores de risco que influenciam nas atitudes e</p><p>respostas.</p><p>É comum escutarmos que determinada operação/ação é arriscada, mas o que</p><p>exatamente significa isso?</p><p>O risco é a combinação da Probabilidade de um determinado acidente</p><p>ocorrer com o Dano (consequência) causado pelo acidente. Ou seja, o risco é função</p><p>da Probabilidade e do Dano. Quanto maior a Probabilidade e/ou o Dano, maior será o</p><p>risco.</p><p>Para exemplificar uma ação de alto risco, podemos</p><p>citar o ato de passar sob</p><p>um container suspenso (esta ação é proibida em qualquer situação, em qualquer</p><p>empresa, de qualquer país). Esta ação é de alto risco porque o Dano (consequência)</p><p>causado pelo acidente é catastrófico (morte) e não porque a probabilidade de o</p><p>container cair seja tão alta (não é toda hora que contêineres caem).</p><p>E o que é Fator de Risco?</p><p>Fator de Risco é qualquer situação que aumente o risco, ou seja, que</p><p>aumente a Probabilidade de ocorrência de um acidente ou o Dano (consequência).</p><p>Por exemplo: dirigir embriagado ou falando ao celular são Fatores de Risco</p><p>porque aumentam a Probabilidade de um acidente de automóvel.</p><p>A não utilização de EPI é um fator de risco porque aumenta o Dano</p><p>(consequência) causado pelo acidente. Por exemplo: a não utilização do colete salva-</p><p>vidas pode levar à morte por afogamento e a não utilização de luvas de proteção pode</p><p>causar ferimentos nas mãos.</p><p>Os riscos envolvidos influenciam diretamente nas atitudes e respostas dos</p><p>indivíduos e empresas. Por exemplo: pessoas evitam passar por locais onde ocorrem</p><p>assaltos, ou tomam precauções ao passar por esses locais, porque o risco de serem</p><p>assaltadas é elevado, assim como, empresas tomam medidas especiais quando em</p><p>operações de alto risco.</p><p>2.6 - Conceituar perigo e risco.</p><p>PERIGO</p><p>É uma situação com potencial para provocar danos, tais como lesões, doenças, dano à</p><p>propriedade, ao meio ambiente, ao local de trabalho ou combinação destes.</p><p>RISCO</p><p>É a combinação da Probabilidade de um determinado acidente ocorrer com o Dano</p><p>(consequência) causado pelo acidente.</p><p>2.7 - Relacionar risco, frequência e consequência.</p><p>A relação entre os termos “risco”, “frequência” e “consequência” vem do</p><p>método conhecido como “análise de risco”, onde o risco é medido em função da</p><p>frequência com que ocorre determinado acidente e a sua consequência.</p><p>Como explicado anteriormente no item 2.5, o risco é a combinação da</p><p>Probabilidade de um determinado acidente ocorrer com o Dano (consequência)</p><p>causado pelo acidente. Quando for possível saber com que frequência determinado</p><p>acidente ocorre, podemos substituir a probabilidade pela frequência.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 17</p><p>Assim, o risco será função da frequência e da consequência.</p><p>Risco = Frequência x Consequência</p><p>Numa análise de risco, uma ação individual ou uma operação na plataforma</p><p>serão avaliadas de acordo com a frequência com que ocorrem acidentes e a</p><p>consequência advinda desses acidentes.</p><p>2.8 - Discorrer sobre a prevenção de atos inseguros e condições inseguras que</p><p>podem ocorrer a bordo: manobras de carga/descarga, manobras de</p><p>bombeamento, tensionamento de cabos e espias, máquinas operando, descarga</p><p>de motores, sinalização de trânsito a bordo, compartimentos confinados e</p><p>atividades de mergulhadores nas proximidades.</p><p>Para diminuir o risco de acidentes devemos atuar na prevenção, evitando atos</p><p>inseguros e condições inseguras. A seguir serão apresentados os principais atos</p><p>inseguros e condições inseguras encontrados a bordo de uma plataforma, que deverão</p><p>ser evitados:</p><p>ATOS INSEGUROS</p><p>São atitudes pela qual o trabalhador se expõe, consciente ou inconscientemente, a</p><p>riscos de acidentes. São Atos Inseguros:</p><p>- Não observar normas de segurança nas operações de carga e descarga (ex.: passar</p><p>sob a carga suspensa, usar cabos inapropriados ou de forma inapropriada);</p><p>- Não cumprir corretamente os procedimentos para as manobras de bombeamento</p><p>(ex.: não respeitar a pressão máxima de bombeamento pode provocar vazamentos);</p><p>- Não observar normas de segurança nas proximidades de manobras com cabos (ou</p><p>espias) tencionados (ex.: ao passar perto de cabos (ou espias) de tensionados</p><p>podemos ser atingidos, caso eles se rompam);</p><p>- Não observar normas de segurança quando operando máquinas (ex.: não usar óculos</p><p>de proteção operando esmeril ou equipamento de corte e solda ou colocar as mãos</p><p>em partes rotativas da máquina);</p><p>- Não observar precauções de segurança nas proximidades da descarga de motores</p><p>(ex.: passar perto e ser atingido pela descarga de motores);</p><p>- Não obedecer a sinalização de trânsito a bordo (ex.: passar por local sinalizado como</p><p>proibido ao trânsito e cair, escorregar ou ser atingido por um objeto);</p><p>- Não observar normas de segurança para trabalhos em compartimentos confinados</p><p>(ex.: atmosferas contaminadas ou com baixa concentração de oxigênio podem causar</p><p>lesões/morte); e</p><p>- Não observar normas de segurança para as operações com mergulhadores</p><p>(ex.: a movimentação de hélice ou a operação de bombas podem atingir os</p><p>mergulhadores).</p><p>CONDIÇÕES INSEGURAS</p><p>São condições do meio que contribuem para o acidente e que podem ser eliminadas ou</p><p>corrigidas. São Condições Inseguras:</p><p>- Equipamentos de carga e descarga com restrições/avarias ou sem as rotinas de</p><p>manutenção cumpridas corretamente (ex.: o equipamento de içar a carga pode deixá-</p><p>la cair por falta de potência);</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 18</p><p>- Equipamentos do sistema de bombeamento com restrições/avarias ou sem as rotinas</p><p>de manutenção cumpridas corretamente (ex.: manômetros não aferidos/avariados</p><p>podem levar à utilização de pressões superiores à máxima permitida, provocando</p><p>vazamentos);</p><p>- Cabos ou espias que trabalham tensionados em mau estado de conservação ou não</p><p>testados (ex.: podem se romper durante a operação e comprometê-la);</p><p>- Máquinas com restrições/avarias (ex.: partes rotativas da máquina sem a devida</p><p>proteção/sinalização podem provocar lesões);</p><p>- Descarga de motores mal sinalizada ou sem proteção (ex.: ser atingido pela descarga</p><p>de motores pela má proteção/sinalização);</p><p>- Má sinalização ou falta de sinalização a bordo (ex.: cair, escorregar ou ser atingido</p><p>por um objeto devido à falta de sinalização);</p><p>- Detectores de gases não calibrados (ex.: decidir entrar em um compartimento</p><p>confinado, baseado numa leitura errada, e se acidentar);</p><p>2.9 - Citar a importância preventiva do uso dos Equipamentos de Proteção</p><p>Individual (EPI) e do cumprimento das normas de segurança.</p><p>As condições de segurança dos trabalhadores a bordo das plataformas são</p><p>resultantes de um conjunto de medidas de proteção destinadas a diminuir os riscos de</p><p>acidentes.</p><p>Dentre essas medidas de proteção estão as Normas de Segurança”, que</p><p>precisam ser seguidas à risca, como visto anteriormente no item 2.8, para evitar atos</p><p>inseguros.</p><p>Dentre as Normas de Segurança, abordaremos agora aquela que trata do uso</p><p>dos Equipamentos de Proteção Individual, conhecidos pela sigla EPIs, que são de</p><p>fundamental importância na prevenção de acidentes.</p><p>EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPIs</p><p>É todo dispositivo de uso individual destinado à proteção contra riscos que possam</p><p>ameaçar a segurança e a saúde no trabalho e constam da Norma Regulamentadora</p><p>nº 06 do Ministério do Trabalho e Emprego (NR-06).</p><p>NR-06, Seção IV - Do Equipamento de Proteção Individual (EPI):</p><p>Art.166 - A empresa é obrigada a fornecer aos</p><p>empregados, gratuitamente, equipamento de</p><p>proteção individual adequado ao risco e em</p><p>perfeito estado de conservação e</p><p>funcionamento.</p><p>Art.167 - O equipamento de proteção só</p><p>poderá ser posto à venda ou utilizado com a</p><p>indicação do Certificado de Aprovação.</p><p>Obrigações dos Empregados</p><p>- Usar obrigatoriamente o EPI indicado para o trabalho;</p><p>- Responsabilizar-se pela guarda e conservação do seu EPI; e</p><p>- Comunicar qualquer avaria no EPI que o torne parcial ou totalmente inoperante.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 19</p><p>Proteção da Cabeça</p><p>Esta proteção é de grande importância, pois a cabeça é uma parte vital do ser humano,</p><p>além de ser altamente vulnerável</p><p>e sensível.</p><p>O capacete deve ser construído de uma única peça, com uma estrutura interna</p><p>ajustável e uma jugular que se ajuste ao queixo para fixar o capacete à cabeça.</p><p>Proteção Auditiva</p><p>Muitos dos trabalhadores de uma Plataforma ficam expostos a altos níveis de ruídos,</p><p>tais como aqueles que trabalham em praça de máquinas ou no convés, sendo</p><p>importante o uso de protetores auditivos. Por vezes, os sintomas somente são sentidos</p><p>após muito tempo de exposição ao ruído, quando os efeitos já são irreversíveis.</p><p>Equipamento de Proteção Respiratória (máscaras)</p><p>As máscaras de proteção respiratória são obrigatórias para trabalhos em</p><p>condições que envolvam riscos de deficiência de oxigênio, exposição a</p><p>vapores perigosos, venenosos ou irritantes, poeira ou gases.</p><p>Protetores para Olhos</p><p>Deve ser feita uma escolha criteriosa na seleção dos óculos protetores</p><p>adequados ao trabalho a ser realizado, levando-se em consideração as características</p><p>do risco especifico do local de trabalho.</p><p>Protetores Faciais</p><p>Podem ser para a proteção da face contra impactos de partículas volantes, contra</p><p>respingos de produtos químicos, contra radiação infravermelha e contra luminosidade</p><p>intensa.</p><p>Proteção para as Mãos e Pés</p><p>Todo trabalhador deve usar luvas de proteção e calçados de segurança apropriados ao</p><p>tipo de trabalho a ser executado.</p><p>Cinto de Segurança</p><p>Seu uso é obrigatório em trabalhos onde for previsível o risco de queda.</p><p>Colete Salva-Vidas</p><p>Seu uso é obrigatório em trabalhos onde for previsível o risco da queda do trabalhador</p><p>ao mar e, também, no caso de abandono da plataforma.</p><p>Condições de Manutenção dos EPI’s</p><p>Antes de iniciar o trabalho, certifique-se de que o EPI se encontra em perfeitas</p><p>condições, de maneira a não causar danos ao trabalhador, ao meio ambiente e as</p><p>instalações.</p><p>2.10 - Identificar a localização e a necessidade da utilização de máscaras de fuga,</p><p>chuveiro lava olhos e chuveiro de segurança previstos pela NR-34.</p><p>Os equipamentos a seguir apresentados são previstos na Norma</p><p>Regulamentadora nº 34 do Ministério do Trabalho e Emprego (NR-34):</p><p>MÁSCARA DE FUGA</p><p>A máscara de fuga é um equipamento de proteção respiratória (EPR) que tem por</p><p>finalidade proteger o usuário no caso de presença súbita de gases e fumaças,</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 20</p><p>permitindo o escape de atmosferas perigosas à vida e à saúde ou com baixa</p><p>concentração de oxigênio.</p><p>São localizadas próximas a compartimentos habitados, como estações de trabalho e</p><p>acomodações.</p><p>Chuveiro de Segurança e Lava Olhos</p><p>Estes equipamentos devem existir em locais de manuseio de produtos químicos, como</p><p>por exemplo:</p><p>✓ Laboratórios com manuseio de produtos químicos.</p><p>✓ Oficinas ou áreas de manuseio de produtos químicos.</p><p>Deve também existir Lava olhos nas proximidades dos locais onde ocorram operações</p><p>de pintura.</p><p>É recomendável que o chuveiro fique a 2,13 metros do piso e o lava olhos a 1,10</p><p>metros, facilitando o uso por qualquer trabalhador.</p><p>Os Lava-olhos são equipamentos projetados de forma semelhante aos chuveiros de</p><p>segurança, só que com o objetivo específico de livrar os olhos de contaminantes.</p><p>MÁSCARA DE FUGA</p><p>CHUVEIRO DE</p><p>SEGURANÇA</p><p>LAVA</p><p>OLHOS</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 21</p><p>2.11 - Citar os efeitos e precauções em relação à presença de gases tóxicos e</p><p>asfixiantes, em particular o H2S (sulfeto de hidrogênio), CO2, etc.</p><p>Gases tóxicos e asfixiantes podem, eventualmente, ser encontrados a bordo</p><p>de plataformas e, por esta razão, precauções devem ser tomadas para evitar</p><p>acidentes. Uma precaução que serve para todos os gases tóxicos e asfixiantes é não</p><p>adentrar compartimentos confinados sem se certificar que a atmosfera no seu interior</p><p>está isenta destes gases.</p><p>A seguir vamos apresentar os principais gases tóxicos e asfixiantes,</p><p>eventualmente, encontrados a bordo de plataformas.</p><p>SULFETO DE HIDROGÊNIO (H2S)</p><p>Um dos mais temidos agentes químicos encontrados em alguns campos de petróleo é</p><p>o Sulfeto de Hidrogênio, também conhecido por Gás Sulfídrico, Gás de Ovo Podre,</p><p>Gás de Pântano, etc.</p><p>Ele pode originar-se de várias fontes e muitas vezes é resultante de processos de</p><p>biodegradação da matéria orgânica vegetal e animal.</p><p>Este gás já foi o responsável por diversos acidentes, sendo alguns deles fatais, pois é</p><p>extremamente tóxico e inflamável.</p><p>Na indústria do petróleo o H2S poderá estar presente nos reservatórios de</p><p>armazenamento de petróleo e em alguns campos de produção de petróleo.</p><p>Nas plataformas onde há o risco da presença deste gás há máscaras de fuga</p><p>disponíveis.</p><p>Características</p><p>- Muito tóxico. Se for inalado, poderá causar danos à saúde;</p><p>- Tem odor de ovo podre a baixas concentrações, mas em concentrações elevadas,</p><p>inibe o sentido do olfato;</p><p>- Incolor;</p><p>- Mais pesado que o ar. Por esta razão, são esperadas concentrações mais elevadas</p><p>nos pontos mais baixos; e</p><p>- Forma misturas explosivas com o ar.</p><p>Efeitos danosos ao homem</p><p>Os efeitos de uma intoxicação com este gás são sérios, podendo causar danos</p><p>permanentes. Este gás tóxico paralisa o sistema nervoso que controla a respiração,</p><p>incapacitando os pulmões de funcionar, provocando asfixia.</p><p>Detecção e Alarme</p><p>Nas Plataformas onde houver a possibilidade de exposição ao H2S deverá existir um</p><p>sistema de detecção e alarme, além de placas indicativas alertando para uma possível</p><p>exposição ao gás. A localização dos sensores do sistema de detecção será indicada</p><p>pela análise de risco.</p><p>O que fazer em caso de detecção</p><p>Havendo suspeitas ou detecção de H2S em algum ponto da Plataforma, deverão ser</p><p>adotadas as seguintes orientações:</p><p>- Retirar-se do local e dirigir-se para local bem ventilado;</p><p>- Comunicar imediatamente à sala de controle. A sala de controle deverá acionar</p><p>imediatamente o técnico de segurança;</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 22</p><p>- O técnico de segurança deverá equipar-se com conjunto autônomo de respiração e</p><p>detector portátil de gás para monitorar a presença do gás;</p><p>- Confirmada a presença do gás, e dependendo da quantidade, o técnico de segurança</p><p>acionará o plano de ação específico para cada caso; e</p><p>- No caso de acionamento do alarme de emergência, o coordenador da emergência</p><p>deverá observar a direção do vento para a escolha dos melhores pontos de reunião.</p><p>DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)</p><p>As fontes de CO2 mais comum são a respiração, decomposição de seres vivos,</p><p>queima de combustíveis fósseis, etc., mas a bordo de plataformas, a sua presença</p><p>pode se dar, principalmente, na ocorrência de um incêndio (liberado pela queima) ou</p><p>pelo vazamento do CO2 armazenado para o combate a incêndio.</p><p>Características</p><p>Mais pesado que o ar. Por esta razão, são esperadas concentrações mais elevadas</p><p>nos pontos mais baixos. Se houver pouca ventilação no compartimento, as altas</p><p>concentrações podem persistir por várias horas.</p><p>Efeitos danosos ao homem</p><p>Se for inalado em altas concentrações, poderá causar danos à saúde, provocando,</p><p>desconforto, desmaio e, se não for removido do local, a morte.</p><p>Mesmo que a concentração de oxigênio seja satisfatória no compartimento, se a</p><p>concentração de CO2 for elevada, esses efeitos ocorrerão.</p><p>Precauções</p><p>Nunca adentrar um compartimento onde é esperada a presença de CO2 sem antes</p><p>ventilá-lo bem ou usando equipamento de respiração autônomo.</p><p>Os compartimentos de armazenamento de ampolas de CO2 devem ter, do lado de fora,</p><p>em local bem visível, aviso dos riscos envolvidos e as medidas de segurança</p><p>necessárias.</p><p>No caso de incêndio, antes de acionar um sistema fixo de combate a incêndio a base</p><p>de CO2 devemos levar em consideração a presença,</p><p>ou não, de pessoas no interior do</p><p>compartimento onde serão descarregadas as ampolas do gás.</p><p>2.12 - Analisar os perigos e precauções de trabalhos realizados em espaços</p><p>confinados.</p><p>Espaço confinado é qualquer área não projetada para ocupação humana</p><p>contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação é deficiente</p><p>para remover contaminantes ou onde possa existir deficiência de oxigênio.</p><p>Todos os espaços confinados devem ser considerados inseguros para</p><p>entrada, até que sejam providos de condições mínimas de segurança e saúde. Nesse</p><p>espaço só é permitida a entrada após emissão de uma permissão para trabalho (PT)</p><p>por escrito.</p><p>Deve ser previsto treinamento para os trabalhadores quanto aos riscos a que</p><p>estão submetidos, as formas de preveni-los e o procedimento a ser adotado em</p><p>situação de risco, conforme a norma ABNT NBR 14787.</p><p>Deve existir sinalização (placa de advertência) com informação clara e</p><p>permanente, proibindo a entrada de pessoas não autorizadas no interior do espaço</p><p>confinado.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 23</p><p>PRECAUÇÕES PARA A ENTRADA EM ESPAÇOS CONFINADOS</p><p>As seguintes medidas de segurança devem ser tomadas antes de entrar em um local</p><p>confinado sem a utilização de equipamentos especiais de respiração (máscaras):</p><p>- Um profissional qualificado deve efetuar uma avaliação, com instrumentação, do</p><p>espaço confinado;</p><p>- A atmosfera deve ser testada quanto a explosividade e contaminação do ar;</p><p>- Os potenciais riscos devem ser identificados;</p><p>- O espaço deve ser preparado e tornado seguro para a entrada do trabalhador;</p><p>- Uma “Permissão para Trabalho” (PT) deve ser emitida;</p><p>- Os procedimentos de entrada devem ser estabelecidos e seguidos;</p><p>- Uma ventilação continua deve ser mantida durante todo o trabalho; e</p><p>- O procedimento de fuga em emergência do espaço confinado deve ser conhecido.</p><p>2.13 - Compreender a importância preventiva da disciplina operacional: cumprir</p><p>padrões de procedimentos; permissão para iniciar trabalho; e gestão de</p><p>mudanças.</p><p>Segurança pode ser definida como sendo tudo que se pode fazer para</p><p>prevenir danos, através da redução, ao mínimo possível, dos riscos que estão</p><p>presentes nas inúmeras situações existentes a bordo de uma Plataforma.</p><p>Dentre o que pode ser feito para contribuir com a segurança está a “disciplina</p><p>operacional”, que nada mais é do que seguir rigorosamente os procedimentos</p><p>preconizados para a operação segura da plataforma.</p><p>Os procedimentos são feitos para serem seguidos e, caso você julgue que há</p><p>alguma falha nestes procedimentos, deve comunicar o fato imediatamente. Não faça</p><p>alterações/improvisações não autorizadas.</p><p>Dentre os procedimentos existentes a bordo de uma plataforma, trataremos</p><p>aqui da “Permissão de Trabalho” e da “Gestão de Mudanças”.</p><p>PERMISSÃO DE TRABALHO - PT</p><p>É uma autorização formal, por escrito, usada para controlar certos tipos de trabalho, os</p><p>quais são identificados como potencialmente de risco elevado.</p><p>A Permissão de Trabalho estabelece como devem ser autorizados os trabalhos em</p><p>áreas de risco, de tal forma que o pessoal que irá trabalhar dentro ou em volta do local</p><p>desenvolva suas atividades com segurança.</p><p>O objetivo principal do sistema de permissão de trabalho é assegurar que o trabalho</p><p>seja controlado/coordenado, que os riscos sejam identificados/gerenciados e que as</p><p>atividades sejam autorizadas.</p><p>Exemplos de serviços que necessitam de Permissão de Trabalho:</p><p>• Trabalho sobre o Mar;</p><p>• Trabalho com solda;</p><p>• Trabalho em espaço confinado;</p><p>• Trabalho em áreas inseguras ou desprotegidas;</p><p>• Trabalho em atmosferas contaminadas;</p><p>• Operações pressurizadas;</p><p>• Operações de mergulho;</p><p>• Trabalhos de eletricidade;</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 24</p><p>• Manobra com cargas pesadas não usuais;</p><p>• Trabalho envolvendo materiais radioativos e explosivos; e</p><p>• Operações de Manutenção que tirem de funcionamento sistemas de segurança, tais</p><p>como sensores de incêndio e gás, sistemas de comunicações, equipamentos de</p><p>salvatagem, equipamentos de combate a incêndio, dispositivos de emergência.</p><p>GESTÃO DE MUDANÇAS</p><p>Em qualquer atividade, quando ocorrem mudanças, há uma probabilidade maior de que</p><p>problemas acorram. Se você, por exemplo, for dirigir um carro que não seja o seu, você</p><p>irá estranhar e, se não dirigir com mais atenção, problemas poderão ocorrer.</p><p>O mesmo acontece a bordo de uma plataforma. Se houver mudanças significativas na</p><p>maneira como uma operação é realizada, a probabilidade de ocorrerem acidentes</p><p>aumentará se não forem tomadas medidas para evitar isso.</p><p>Dependendo da extensão das mudanças, será necessário realizar uma “Gestão de</p><p>Mudança”, que é uma ferramenta utilizada para determinar quais medidas devem ser</p><p>adotadas em função das mudanças que aconteceram.</p><p>Um exemplo de situação onde é necessária a utilização da ferramenta de Gestão de</p><p>Mudanças é quando a plataforma passa a operar em outro local, onde as condições</p><p>climáticas são piores, as embarcações de apoio são outras, os helicópteros são outros,</p><p>etc.</p><p>É evidente que medidas deverão ser tomadas para evitar que acidentes aconteçam, tais</p><p>como adaptar a plataforma para as novas condições climáticas, operar com as</p><p>embarcações de apoio e helicópteros ainda com mais cuidado, etc.</p><p>Somente o uso da ferramenta de Gestão de Mudanças é que vai apontar “todas” as</p><p>medidas que deverão ser tomadas para diminuir o risco de acidentes.</p><p>Um outro exemplo, agora envolvendo menos pessoas, é o caso da substituição de um</p><p>equipamento de bordo, como uma máquina de corte e solda ou o bote de resgate.</p><p>As pessoas que operam estes equipamentos deverão ser preparadas para isso, porque</p><p>do contrário acidentes poderão ocorrer.</p><p>“Fale sempre com seu Supervisor quando ocorrerem mudanças significativas”.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 25</p><p>3 – PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO E FISCALIZAÇÃO</p><p>3.1 – Descrever os efeitos da poluição no meio ambiente marinho.</p><p>A terra possui 71% de sua superfície coberta por água, sendo que o mar é</p><p>responsável por 97,2% desta água. Portanto, é inegável que o mar representa uma parte</p><p>fundamental da biosfera, sendo considerado fonte importante de recursos energéticos,</p><p>alimentares e minerais, muitos deles renováveis.</p><p>O meio ambiente marinho é componente essencial do sistema que possibilita a</p><p>existência da vida sobre a Terra, além de ser uma riqueza que oferece possibilidades</p><p>para um desenvolvimento sustentável.</p><p>Apesar de o homem achar que, por possuir uma área</p><p>extensa, o mar conta com uma infinita capacidade de</p><p>prover recursos naturais e absorver todos os resíduos que</p><p>são nele despejados, isso não é verdade. Cada vez mais</p><p>poluentes de diferentes tipos e graus de toxicidade são</p><p>lançados no meio-ambiente marinho e consequentemente</p><p>ocasionam vários tipos de problemas. A poluição produzida</p><p>pelo homem já atinge, inclusive, o Ártico e a Antártica,</p><p>onde já se apresentam sinais de degradação.</p><p>A poluição causada pela imensa quantidade</p><p>de substâncias lançadas nos oceanos produz o</p><p>aparecimento de organismos que prejudicam o</p><p>desenvolvimento da vida marinha e também</p><p>compromete o percentual de alimentos.</p><p>Os oceanos recebem boa parte dos poluentes</p><p>dissolvidos nos rios e riachos, além do lixo dos centros</p><p>industriais e urbanos e vazamentos de petróleo e seus</p><p>derivados provenientes de oleodutos, navios ou</p><p>plataformas.</p><p>A poluição por produtos químicos ou metais pesados causa a bioacumulação,</p><p>que é o fenômeno através do qual os organismos vivos acabam retendo dentro de si</p><p>algumas substâncias tóxicas.</p><p>Estas substâncias tóxicas vão se acumulando também nos demais seres</p><p>da</p><p>cadeia alimentar, até chegar ao homem, provocando um processo lento de intoxicação e,</p><p>muitas vezes, letal.</p><p>3.2 – Citar, sucintamente, o propósito da Lei nº 9.985, de 2000, do Decreto</p><p>regulamentador nº 4.136, de 2002 e da Lei no 9.966, de 2000 sobre a fiscalização e</p><p>as sanções aplicáveis sobre a fiscalização e por danos ambientais nas águas</p><p>brasileiras.</p><p>Preocupadas com as consequências negativas advindas da poluição do meio</p><p>ambiente marinho, as nações sempre se mobilizaram no sentido de gerar acordos e</p><p>convenções para conseguir um maior controle dos riscos inerentes às atividades</p><p>marítimas.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 26</p><p>Dentre as normas, leis e convenções existentes, trataremos aqui das seguintes:</p><p>Lei nº 9.985, de 2000</p><p>Esta Lei instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC),</p><p>que tem os seguintes objetivos:</p><p>• Contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no</p><p>território nacional e nas águas jurisdicionais;</p><p>• Proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional;</p><p>• Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais;</p><p>• Promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;</p><p>• Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no</p><p>processo de desenvolvimento;</p><p>• Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;</p><p>• Proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica,</p><p>espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural;</p><p>• Proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos;</p><p>• Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;</p><p>• Proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e</p><p>monitoramento ambiental;</p><p>• Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;</p><p>• Favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em</p><p>contato com a natureza e o turismo ecológico; e</p><p>• Proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais,</p><p>respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e</p><p>economicamente.</p><p>Lei Federal n° 9.966, de 2000</p><p>Conhecida como “Lei do Óleo”, estabelece os princípios básicos a serem obedecidos na</p><p>movimentação de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em instalações</p><p>portuárias, navios e plataformas em águas sob jurisdição nacional.</p><p>Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição, tendo como base a</p><p>Convenção MARPOL.</p><p>Decreto Federal n° 4.136, de 2002</p><p>Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras de</p><p>prevenção, controle e fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras</p><p>substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional, prevista na Lei</p><p>Federal n° 9.966, de 2000.</p><p>Segundo este Decreto, as infrações serão punidas com as seguintes sanções:</p><p>I - Advertência;</p><p>II - Multa simples;</p><p>III - Multa diária;</p><p>IV - Apreensão do navio;</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 27</p><p>V - Destruição ou inutilização do produto;</p><p>VI - Embargo da atividade;</p><p>VII - Suspensão parcial ou total das atividades; e</p><p>VIII - Restritiva de direitos.</p><p>São autoridades competentes para lavrar auto de infração os agentes da autoridade</p><p>marítima, dos órgãos ambientais federal, estaduais e municipais e do órgão regulador da</p><p>indústria do petróleo, no âmbito de suas respectivas competências.</p><p>Qualquer pessoa que constate a ocorrência de fato que possa se caracterizar como</p><p>possível infração de que trata este Decreto poderá comunicá-lo às autoridades</p><p>competentes, para que se possa realizar a devida apuração.</p><p>3.3 – Citar as principais fontes poluidoras: derramamento de óleo, água de lastro,</p><p>lixo e esgoto.</p><p>Uma grande parte da poluição dos oceanos é produzida em terra. São resíduos</p><p>provenientes de atividades humanas como urbanização, agricultura, despejo de esgoto</p><p>não tratado, dejetos industriais e falta de infraestrutura costeira.</p><p>O restante da poluição tem sua origem nas atividades desenvolvidas nos</p><p>próprios oceanos e nas suas zonas costeiras. São provenientes de vários tipos de</p><p>instalações e embarcações, tais como: navios de carga, de passageiros, barcos de pesca</p><p>e de turismo, plataformas fixas e móveis, etc.</p><p>Os principais grupos de contaminantes marinhos são: hidrocarbonetos de</p><p>petróleo (óleos), água de lastro, lixo e esgoto.</p><p>DERRAMAMENTO DE ÓLEO</p><p>Atualmente, o petróleo é a principal fonte de energia para</p><p>garantir o desenvolvimento das indústrias e movimentar</p><p>os meios de transportes em todo o mundo. Com isso, os</p><p>riscos de derramamento são grandes.</p><p>O derramamento de óleo é considerado um dos maiores e</p><p>mais graves desastres ecológicos. Os ecossistemas,</p><p>quando afetados, só conseguem se recompor após</p><p>dezenas de anos, desde que sejam limpos rapidamente e</p><p>desde que não haja mais nenhum outro problema sério nesse longo período.</p><p>ÁGUA DE LASTRO</p><p>É chamado de lastro o material usado para fazer peso e manter</p><p>as condições de equilíbrio das embarcações. Antigamente os</p><p>navios usavam material sólido para lastrá-los, o que causava</p><p>problemas.</p><p>A grande vantagem de se utilizar a água salgada como lastro é o</p><p>fato dela ser um fluido de fácil manuseio e captação. A</p><p>desvantagem é o fato das embarcações percorrerem vários</p><p>locais do mundo, recebendo água para lastro de ecossistemas</p><p>que podem ser completamente diferentes do ambiente onde essa</p><p>água será descarregada, podendo vir a perturbar o equilíbrio</p><p>ecológico.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 28</p><p>Ao contrário do que ocorre com outras formas de poluição, a introdução de novas</p><p>espécies marinhas pode ser irreversível, pois sem inimigos naturais (predadores ou</p><p>competidores pelos recursos) tais organismos podem se expandir rapidamente.</p><p>LIXO</p><p>As Plataformas produzem lixo de diversos tipos, tais como: papel/papelão, vidro, metal,</p><p>plástico, resto alimentar, além de, eventualmente, produzirem lixos tóxicos, explosivos e</p><p>radioativos.</p><p>Alguns desses lixos, se não forem corretamente coletados e descartados, serão uma</p><p>significativa fonte de poluição e demorarão muitos anos para se decompor, causando</p><p>sérios problema para a vida marinha.</p><p>ESGOTO</p><p>Esta fonte de poluição carrega altas dosagens de fosfato e nitrogênio, originando micro-</p><p>organismos causadores de doenças como hepatite, por exemplo.</p><p>Para se ter uma ideia, uma plataforma com 300 trabalhadores gera uma quantidade</p><p>estimada entre 5.000 a 10.000 litros de esgoto sanitário por dia.</p><p>3.4 – Citar os procedimentos básicos para prevenção da poluição no meio ambiente</p><p>marinho em relação ao: lixo, esgoto, óleo, água de lastro, lixo industrial, etc.</p><p>No item anterior foram apresentadas as principais fontes poluidoras e agora</p><p>vamos citar os procedimentos básicos para a prevenção de cada fonte poluidora.</p><p>LIXO</p><p>Para evitar que o lixo seja lançado ao mar, as plataformas são dotadas de um Plano de</p><p>Gerenciamento de Lixo, no qual constam todas as ações que devem ser adotadas para o</p><p>descarte dos diversos tipos de resíduos.</p><p>A coleta de lixo deve ser seletiva, ou seja, haverá recipientes específicos para a coleta de</p><p>papel/papelão, vidro, metal, plástico, resto alimentar, etc.</p><p>Os resíduos alimentares podem ser triturados e descartados para o mar.</p><p>Os resíduos sólidos, que não sejam restos de alimento, devem ser armazenados e,</p><p>posteriormente, descarregados para os barcos de apoio.</p><p>Para resíduos tóxicos, explosivos e radioativos devem ser observadas as recomendações</p><p>especificas para o seu armazenamento e descarga para os</p><p>barcos de apoio.</p><p>COLETA SELETIVA</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 29</p><p>ESGOTO</p><p>Para evitar que o esgoto seja lançado ao mar “in natura”, as plataformas são dotadas de</p><p>plantas de tratamento de esgoto que, através de processos físicos, químicos ou</p><p>biológicos, removem as cargas poluentes do esgoto, devolvendo ao ambiente o produto</p><p>final, efluente tratado, em conformidade com os padrões exigidos pela legislação</p><p>ambiental.</p><p>ÓLEO</p><p>Nas Plataformas, quando há a necessidade de se esgotar, para o mar, misturas onde</p><p>possa haver a presença de óleo, é utilizado o equipamento denominado “Separador de</p><p>Água e Óleo”, que garante que a descarga para o mar somente se dará quando a</p><p>concentração de óleo na mistura for inferior a 15 ppm (Partículas Por Milhão).</p><p>As misturas com concentrações maiores que 15 ppm deverão ser descarregadas para os</p><p>barcos de apoio, que efetuarão o transporte para terra, para que tenham a destinação</p><p>correta.</p><p>Caso haja algum derramamento acidental de óleo, seja no convés ou no mar, a</p><p>Plataforma deverá cumprir os procedimentos previstos no “SOPEP PLAN” (Plano de</p><p>Emergência para Poluição por Óleo).</p><p>ÁGUA DE LASTRO</p><p>Para reduzir os impactos ambientais provocados pela troca da água de lastro, as</p><p>seguintes ações devem ser adotadas pela embarcação:</p><p>• Possuir um Plano de Gerenciamento da Água de Lastro;</p><p>• Trocar pelo menos 95% da água contida nos seus tanques de lastro antes de alcançar</p><p>a distância de 200 milhas náuticas do porto de destino. O local dessa troca deve ter</p><p>pelo menos 200 metros de profundidade; e</p><p>• Caso possuam um Sistema de Tratamento de Água de Lastro, devem operá-lo.</p><p>Estas ações constam da NORMAM-25 (Norma da Autoridade Marítima nº 25).</p><p>LIXO INDUSTRIAL</p><p>A planta industrial das Plataformas gera resíduos que precisam ser descartados. A</p><p>maneira como serão realizados estes descartes é estabelecida pelos órgãos de controle</p><p>do meio ambiente.</p><p>Dependendo das características físico-químicas dos resíduos, serão transportados para</p><p>terra pelos barcos de apoio ou descarregados para o mar. Para que possam ser</p><p>descarregados para o mar deverão atender a requisitos mínimos, de modo que não haja</p><p>prejuízo para o meio ambiente.</p><p>BARCO DE APOIO</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 30</p><p>3.5 – Conceituar águas jurisdicionais brasileiras (AJB) e a competência da</p><p>Autoridade Marítima.</p><p>ÁGUAS JURISDICIONAIS BRASILEIRAS (AJB)</p><p>Compreendem as águas interiores e os espaços marítimos nos quais o Brasil</p><p>exerce jurisdição em algum grau sobre atividades, pessoas, instalações, embarcações e</p><p>recursos naturais encontrados na massa líquida, no leito ou no subsolo marítimo, para os</p><p>fins de controle e fiscalização, dentro dos limites da legislação internacional e nacional.</p><p>Os espaços marítimos acima citados compreendem a faixa de 200 milhas náuticas</p><p>contadas a partir da linha de base, acrescida das águas sobrejacentes à extensão da</p><p>Plataforma Continental que for além das 200 milhas náuticas.</p><p>AUTORIDADE MARÍTIMA BRASILEIRA</p><p>Por lei, o Comandante da Marinha é a Autoridade Marítima Brasileira, que tem, dentre</p><p>várias atribuições e responsabilidades, a tarefa de fiscalizar, nas Águas Jurisdicionais</p><p>Brasileiras, o cumprimento das normas referentes ao meio ambiente marítimo.</p><p>Representantes da Autoridade Marítima</p><p>Para possibilitar o cumprimento de todas as tarefas atinentes à Autoridade Marítima, sua</p><p>estrutura é descentralizada por meio de vários Representantes.</p><p>Dentre os representantes da Autoridade Marítima, podemos ressaltar a Diretoria de</p><p>Portos e Costas (DPC), os Distritos Navais, as Capitanias dos Portos, as Delegacias e as</p><p>Agências.</p><p>FERNANDO DE NORONHA</p><p>SÃO PEDRO E SÃO PAULO</p><p>PLATAFORMA CONTINENTAL</p><p>ALÉM DAS 200 MILHAS</p><p>200 MILHAS TRINDADE E MARTIM VAZ</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 31</p><p>3.6 - Mostrar a organização distrital da Marinha, focalizando as Capitanias dos</p><p>Portos, suas Delegacias e Agências como Agentes legais da Autoridade Marítima.</p><p>Em termos regionais, a Marinha do Brasil é dividida em Distritos Navais, onde</p><p>estão localizados os Agentes Legais da Autoridade Marítima, que são: as Capitanias dos</p><p>Portos, as Delegacias e as Agências (classificação estabelecida em função da</p><p>intensidade das atividades marítimas do local).</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 32</p><p>3.7 - Distinguir as tarefas de fiscalização: “port state” e “flag state”.</p><p>A fiscalização nas Águas Jurisdicionais Brasileiras é uma atividade exercida</p><p>pelas Capitanias, Delegacias e Agências localizadas nos diferentes Distritos Navais.</p><p>PORT STATE CONTROL</p><p>Esta denominação, conhecida internacionalmente, é a fiscalização realizada pelos</p><p>Agentes Legais da Autoridade Marítima nas embarcações estrangeiras operando em</p><p>Águas Jurisdicionais Brasileiras.</p><p>FLAG STATE</p><p>Esta denominação, conhecida internacionalmente, é a fiscalização realizada pelos</p><p>Agentes Legais da Autoridade Marítima nas embarcações de Bandeira Brasileira.</p><p>3.8 - Definir e enquadrar as seguintes ilegalidades: passageiro clandestino a bordo</p><p>e terrorismo.</p><p>PASSAGEIRO CLANDESTINO</p><p>Passageiros clandestinos são aqueles encontrados a bordo que não cumpriram o trâmite</p><p>legal para o embarque.</p><p>Os passageiros clandestinos ficam sujeitos a prisão a bordo e serão entregues à</p><p>autoridade policial. O ingresso de clandestino no Brasil é uma infração administrativa, no</p><p>qual o procedimento adotado pela Polícia Federal é retirá-lo do local, submetê-lo a uma</p><p>inspeção médica, antes do retorno ao país de origem.</p><p>TERRORISMO</p><p>Terrorismo é uma estratégia que consiste no uso de violência, física ou psicológica, por</p><p>indivíduos ou grupos, contra a ordem estabelecida, através de ataques a um governo ou à</p><p>população que o legitimou, com o objetivo de constranger ou infringir danos.</p><p>Após os atentados terroristas em 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, os países</p><p>mais sujeitos a esse tipo de ação, em especial os EUA, decidiram que seria necessário</p><p>ampliar a fiscalização de produtos e pessoas que entram em seus portos e aeroportos.</p><p>Para isto, trabalharam junto aos países membros da Organização Marítima Internacional</p><p>(IMO) para a aprovação de uma legislação que aumentasse as normas de segurança das</p><p>instalações portuárias e navios envolvidos em viagens internacionais.</p><p>Assim, em uma Conferência Diplomática da IMO, realizada no</p><p>mês de dezembro de 2002, foi aprovado o "Código</p><p>Internacional de Segurança para Navios e Instalações</p><p>Portuárias" (International Ship and Port Facility Security</p><p>Code – ISPS CODE).</p><p>A adoção deste código representou uma alteração</p><p>significativa na abordagem da proteção no setor marítimo,</p><p>estabelecendo a necessidade da instalação de novos</p><p>equipamentos de controle/proteção e a implementação de</p><p>programas de capacitação e treinamento.</p><p>Favor devolver esta apostila “sem rasuras” ao final do curso.</p><p>O meio ambiente agradece.</p><p>Revisão 20180613 33</p><p>3.9 - Diferenciar pirataria no mar de atos ilícitos, como assalto ou roubo armado.</p><p>Segundo a Convenção das Nações Unidas sobre</p><p>o Direito do Mar, Montego Bay - Jamaica, constituem</p><p>pirataria quaisquer dos seguintes atos:</p><p>a) Todo ato ilícito de violência, detenção ou depredação</p><p>cometido para fins privados, pela tripulação ou pelos</p><p>passageiros de um navio privado, e dirigido contra:</p><p>i) Um navio em alto mar ou pessoas ou bens a bordo</p><p>dos mesmos; e</p><p>ii) Um navio, pessoas ou bens em lugar não submetido à jurisdição de algum</p><p>Estado.</p><p>b) Todo ato de participação</p>

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