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<p>3</p><p>Em uma farmácia localizada em um município goiano no Entorno do Distrito Federal, ocorreu uma tragédia em março de 2023. Um bebê de apenas 2 meses faleceu após ingerir um medicamento equivocado. O avô do bebê havia levado uma receita médica para a farmácia, prescrevendo o uso de bromoprida em gotas para tratar náuseas e dores, diminuindo as contrações gástricas. No entanto, o medicamento vendido e consumido pelo bebê foi o tartarato de brimonidina, um colírio utilizado no tratamento de glaucoma. A mãe, confiando na orientação da farmácia, administrou o colírio ao bebê, que acabou falecendo na madrugada de domingo. A Polícia Civil investigou o caso e apontou que a ingestão do colírio pode ter sido a causa da morte da criança. O remédio correto, a bromoprida, teria evitado vômitos e enjoo, mas o erro na dispensação resultou em uma tragédia irreparável.</p><p>Com base no texto e nos elementos da responsabilidade civil, assinale a alternativa que corresponde à caracterização da culpa:</p><p>A</p><p>Negligência médica.</p><p>B</p><p>Negligência.</p><p>C</p><p>Nexo causal.</p><p>D</p><p>Omissão.</p><p>E</p><p>Dano.</p><p>4</p><p>O agente causador do dano, no caso de culpa, não precisa ter a intenção de causar o dano, esse pode ser causado pelo descuido. A culpa é uma conduta que provém de negligência, imprudência ou até imperícia, sem propósito de lesar, mas da qual resulta um dano. Considere o caso hipotético: “O médico prescreveu o medicamento em uma receita totalmente ilegível, o paciente foi até a farmácia e o farmacêutico, mesmo com dúvidas acerca do medicamento, realizou o aviamento/interpretação da receita e forneceu o medicamento que não correspondia ao tratamento de que necessitava o paciente, o que causou diversos danos à saúde da pessoa que fez uso do fármaco” (Penera, 2022).</p><p>Fonte: adaptado de: MORAES, C. A. et al. Responsabilidade Civil do Farmacêutico e dos fornecedores da atividade farmacêutica de acordo com o Código de Ética, o Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil. Curitiba: Ed. CRV, 2021.</p><p>PENERA, K. E se o farmacêutico me fornecer um medicamento, “errado”, com base em uma receita ilegível. De quem é a culpa: do farmacêutico ou do médico? Jusbrasil, 2022. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/e-se-o-farmaceutico-me-fornecer-um-medicamento-errado-com-base-em-uma-receita-ilegivel-de-quem-e-a-culpa-do-farmaceutico-ou-do-medico/1400825111. Acesso em: 16 jul. 2024.</p><p>Com base no texto e nos conceitos relativos à culpabilização, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. A imperícia é resultado da inexperiência ou inabilidade de um profissional na arte de seu trabalho.</p><p>II. A negligência é caracterizada pela ausência de precauções que seriam necessárias para evitar resultados prejudiciais e evitáveis.</p><p>III. A imprudência é a imprevisão de um agente sobre uma ação própria que gera, como consequência, um ato que poderia ter sido previsto e evitável.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>A</p><p>II e III, apenas.</p><p>B</p><p>I, II e III.</p><p>C</p><p>I, apenas.</p><p>D</p><p>III, apenas.</p><p>E</p><p>I e II, apenas.</p>