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<p>Livro Eletrônico</p><p>Aula 00</p><p>Curso de Interpretação Textual (Português para Iniciantes - Módulo I) - Com videoaulas</p><p>Professor: Rafaela Freitas</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>AULA 00</p><p>APRESENTAÇÃO DO CURSO</p><p>SUMÁRIO</p><p>APRESENTAÇÃO .....................................................................................2</p><p>CRONOGRAMA E OBJETIVO DO CURSO......................................................2</p><p>LISTA DE QUESTÕES QUE FORAM COMENTADAS NESTA AULA......................7</p><p>QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................37</p><p>GABARITO............................................................................................81</p><p>O MEU ATÉ BREVE.................................................................................81</p><p>DA FELICIDADE</p><p>Quantas vezes a gente, em busca da ventura,</p><p>Procede tal e qual o avozinho infeliz:</p><p>Em vão, por toda parte, os óculos procura</p><p>Tendo-os na ponta do nariz!</p><p>Mário Quintana</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>Olá, futuro caros amigos! Tudo bem?</p><p>É com muita satisfação que inicio aqui o primeiro módulo do curso</p><p>PORTUGUÊS PARA INICIANTES! Um projeto inovador que buscará levar a</p><p>base da língua portuguesa para estudantes de concursos públicos. Sim, a ideia</p><p>aqui é desenvolver um curso completo para que você aprenda Português</p><p>DEFINITIVAMENTE.</p><p>Para que me conheça, falarei brevemente sobre mim: meu nome é</p><p>Rafaela Freitas, sou graduada em Letras pela Universidade Federal de</p><p>Juiz de Fora, onde resido, e pós-graduada em Ensino de Língua</p><p>Portuguesa, pela mesma instituição (UFJF). Desde que me formei, tenho</p><p>trabalhado com a preparação dos alunos para os mais diversos concursos</p><p>públicos, em cursos presenciais e on-line, no que tenho colocado ênfase em</p><p>minha carreira.</p><p>Sou concursada em dois estados diferentes (Minas Gerais e Rio de</p><p>Janeiro), conquistei (e ainda estou conquistando) muitos objetivos com muito</p><p>suor! Não foi fácil, mas AMO o que faço, o cansaço não me vence! Sou uma</p><p>apaixonada pela nossa língua mãe e por ensiná-la! E para vocês eu digo: cada</p><p>esforço será recompensado no final! Tenham a certeza de que o português, já</p><p>neste curso, não será um problema, mas sim a solução! Você sabe muito mais</p><p>dessa língua do que imagina! Confie em mim e principalmente em seu</p><p>potencial!</p><p>OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO</p><p>O Português é uma disciplina muito importante no mundo dos concursos,</p><p>pois está presente praticamente em todos os certames. A maneira com que</p><p>cada banca cobra os conteúdos varia um pouco, mas a base, o tronco é o</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>mesmo: estudo da gramática, uso da linguagem e interpretação textual! É isso</p><p>que eu quero oferecer aos meus alunos.</p><p>Antes de começarmos as aulas, quero esclarecer alguns detalhes:</p><p>- Curso em módulos:</p><p>Você já pode encontrar no site dois módulos do PORTUGUÊS PARA</p><p>INICIANTES: interpretação textual e análise sintática.</p><p>Ambos COMPLETOS e DETALHADOS.</p><p>- Novos módulos serão lançados até o final do ano: morfologia I</p><p>(formação de palavras), morfologia II (classes de palavras), Pontuação,</p><p>Ortografia, fonética e fonologia.</p><p>- Tipo de curso: regular com teoria e questões comentadas;</p><p>- Bancas: comentarei questões das principais do Brasil (FCC, CESPE,</p><p>FGV, Consulplan, ESAF, entre outras).</p><p>- Material elaborado de acordo com a tendência atual dos concursos</p><p>públicos.</p><p>- O curso contará com videoaulas em TODAS as aulas.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>A ideia das videoaulas é possibilitar um melhor aprendizado para</p><p>aqueles estudantes que têm mais facilidade em aprender com aulas</p><p>em vídeo.</p><p>- Custo-benefício: seu investimento dará a tranquilidade de ter aulas em</p><p>PDF e em vídeo com tudo aquilo de que você precisa! Isso dá segurança! Não</p><p>haverá necessidade de buscar material alternativo;</p><p>- Ao final de todas as aulas você encontrará um “refresh”, ou seja, um</p><p>breve resumo de tudo que acabou de estudar.</p><p>- Em todas as aulas você encontrará também uma lista com todas as</p><p>questões comentadas!! Você poderá treinar por elas, antes de ir para o bloco</p><p>com os comentários e gabaritos.</p><p>- Fórum de dúvidas: uma ferramenta de extrema importância para a</p><p>relação professor/aluno, tem o objetivo de esclarecer as dúvidas. Todas as</p><p>perguntas serão respondidas.</p><p>- Aulas AO VIVO pelo Youtube. Antes de serem editadas e virem para o</p><p>curso, as aulas serão ministradas ao vivo pelo Youtube a fim de buscarmos</p><p>uma aproximação professor/aluno.</p><p>Você já pode assistir as duas primeiras aulas pelos links:</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=3d6WAInhKOE</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=kvYkxzZPuiA</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Para que seja completo e satisfatório, proponho que o conteúdo curso seja</p><p>dividido da seguinte maneira:</p><p>AULA CONTEÚDO DATA</p><p>Aula 0</p><p>APRESENTAÇÃO DO CURSO</p><p>23/08/2017</p><p>Aula 1</p><p>Compreensão e interpretação de textos (texto</p><p>verbal e não-verbal, literário e não literário)</p><p>31/08/2017</p><p>Aula 2</p><p>Tipologia textual</p><p>07/09/2017</p><p>Aula 3</p><p>Gêneros Textuais</p><p>14/09/2017</p><p>Aula 4</p><p>Coesão referencial</p><p>21/09/2017</p><p>Aula 5</p><p>Coesão sequencial</p><p>28/09/2017</p><p>Fiquem atentos às datas de liberação das aulas e bom estudo!</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Desde já, coloco-me à disposição para qualquer dúvida, sugestão, crítica</p><p>ou esclarecimento, pelo e-mail: contato@professorarafaelafreitas.com.br</p><p>ou ainda pelo fórum de dúvidas.</p><p>Facebook, Instagram e Youtube: Palavreando com Rafa Freitas</p><p>https://www.facebook.com/palavreandocomrafafreitas/</p><p>https://www.instagram.com/palavreandocomrafafreitas</p><p>https://www.periscope.tv/Rafaela190619</p><p>ATENÇÃO: divulgação do número do meu WhatsApp na aula 01!!</p><p>INTELECÇÃO (INTERPRETAÇÃO) TEXTUAL</p><p>Antes da aula 01, que virá com bastante teoria, vamos fazer um</p><p>“esquenta”? Faça as questões a seguir e, depois, confira os resultados! Já é</p><p>hora de começar a trabalhar!</p><p>Bom estudo para todos!!</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Texto base para as duas próximas questões.</p><p>As tendências que levaram D. Pedro II a querer dissimular o imenso</p><p>poderio de que efetivamente dispunha e, é bom dizê-lo, que não lhe é</p><p>regateado pela Constituição, faziam que fosse buscar, para ministros, aqueles</p><p>que pareciam mais dóceis à sua vontade, ou que esperava poder submeter</p><p>algum dia às decisões firmes, ainda que tácitas, da Coroa. Se não se recusa,</p><p>conforme as circunstâncias, a pôr em uso algumas regras</p><p>GABARITO: ERRADO</p><p>Diante do futuro</p><p>Que me importa o presente? No futuro é que está a existência dos</p><p>verdadeiros homens. Guyau*, a quem não me canso de citar, disse em uma de</p><p>suas obras estas palavras: “Porventura sei eu se viverei amanhã, se viverei</p><p>mais uma hora, se a minha mão poderá terminar esta linha que começo? A</p><p>vida está por todos os lados cercada pelo Desconhecido. Todavia executo,</p><p>trabalho, empreendo; e em todos os meus atos, em todos os meus</p><p>pensamentos, eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a</p><p>contar. A minha atividade excede em cada minuto o instante presente,</p><p>estende-se ao futuro. Eu consumo a minha energia sem recear que esse</p><p>consumo seja uma perda estéril, imponho-me privações, contando que o</p><p>futuro as resgatará − e sigo o meu caminho. Essa incerteza que me comprime</p><p>de todos os lados equivale para mim a uma certeza e torna possível a minha</p><p>liberdade − é o fundamento da moral especulativa com todos os riscos. O meu</p><p>pensamento vai adiante dela, com a minha atividade; ele prepara o mundo,</p><p>dispõe do futuro. Parece-me que sou senhor do infinito, porque o meu poder</p><p>não é equivalente a nenhuma quantidade determinada; quanto mais trabalho,</p><p>mais espero.”</p><p>* Jean-Marie Guyau (1854-1888), filósofo e poeta francês. (PRADO, Antonio Arnoni</p><p>(org.). Lima Barreto: uma autobiografia literária. São Paulo: Editora 34, 2012. p. 164)</p><p>13. (TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) Lima Barreto vale-se do texto de Guyau para</p><p>defender a tese de que</p><p>(A) as projeções do futuro só importam quando estiverem visceralmente</p><p>ligadas às experiências do presente.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>(B) o futuro ganha plena importância quando temos a convicção de que</p><p>todas as nossas ações são duradouras.</p><p>(C) as ações do presente têm sua importância determinada pelo valor</p><p>intrínseco de que se revestem.</p><p>(D) as ações do presente ganham sentido quando projetadas e</p><p>executadas com vistas ao futuro.</p><p>(E) o futuro só é do nosso domínio quando nossas ações no tempo</p><p>presente logram antevê-lo e iluminá-lo.</p><p>Comentário: esta questão quer saber a tese do autor. Em um texto</p><p>argumentativo, a tese é a opinião de quem o escreve sobre determinado</p><p>assunto. No texto em questão o autor usa a citação de Guyau sobre o futuro</p><p>concordando com ele. Esta é a tese: viver o presente projetando e executando</p><p>ações para o futuro.</p><p>GABARITO: D</p><p>14. (TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) O fato de nossa vida estar cercada pelo</p><p>Desconhecido não deve implicar uma restrição aos empreendimentos</p><p>humanos, já que, para Guyau,</p><p>(A) a incerteza do futuro não elimina a possibilidade de tomá-lo como</p><p>parâmetro dos nossos empreendimentos.</p><p>(B) os nossos atos tendem a se tornar estéreis quando pautados por uma</p><p>visão otimista do futuro.</p><p>(C) a brevidade do tempo que temos para viver autoriza-nos a viver o</p><p>presente com o máximo de intensidade.</p><p>(D) o fundamento da moral especulativa está em planejar o futuro sem</p><p>atentar para as circunstâncias presentes.</p><p>(E) o trabalho estéril executado no presente acumula energias que serão</p><p>desfrutadas no futuro.</p><p>Comentário: O autor citado tem um otimismo latente no que se refere ao</p><p>futuro. Ainda que não seja certo, o autor vive pensando nele. Vive o presente</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>voltado para o futuro, sem pensar que a energia perdida hoje seja estéril. O</p><p>fundamento especulativo é viver com a certeza do futuro, mesmo que, na</p><p>verdade, seja incerto.</p><p>GABARITO: A</p><p>Questão de gosto</p><p>A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando</p><p>alguém apela para a tal da “questão de gosto”, é como se dissesse: “chega de</p><p>conversa, inútil discutir”.</p><p>A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou mesmo possível.</p><p>“Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de colégio.” Questão de</p><p>gosto.</p><p>Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e</p><p>argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da reflexão, afirmando</p><p>despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso,</p><p>e pronto, estamos conversados.</p><p>Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto</p><p>próprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto não se discute. Mas se tudo é</p><p>questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra, a ausência</p><p>vale a presença − tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem valores a</p><p>definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão ética,</p><p>uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa</p><p>análise estética. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga</p><p>as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste das</p><p>fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas</p><p>contradições.</p><p>(Emiliano Barreira, inédito)</p><p>15. (TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) Definida como instância definitiva da mais rasa</p><p>subjetividade, a questão de gosto opõe-se, terminantemente,</p><p>(A) à atribuição de mérito à naturalidade de uma primeira impressão.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>(B) ao primado do capricho pessoal, ao qual tantas vezes se apela.</p><p>(C) à dinâmica de argumentos criteriosos na condução de uma polêmica.</p><p>(D) ao subterfúgio de que nos valemos para evitar um princípio de</p><p>discussão.</p><p>(E) ao princípio da recusa a qualquer fundamentação racional numa</p><p>discussão.</p><p>Comentário: A instância definitiva da mais rasa subjetividade é a tal</p><p>questão de gosto, citada no texto, é quando as discussões deixam de</p><p>acontecer, porque gosto não se discute. Dessa forma, não adianta argumentar,</p><p>discutir, gosto é gosto. Isso se opõe então à dinâmica de argumentação e</p><p>polêmica.</p><p>GABARITO: C</p><p>16. (TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) Atente para as seguintes afirmações:</p><p>I. No 1º parágrafo, a menção a Beethoven e a fanfarra de colégio ilustra</p><p>bem a disposição do autor em colocar lado a lado manifestações artísticas de</p><p>valor equivalente.</p><p>II. No 2º parágrafo, o termo despoticamente qualifica o modo pelo qual</p><p>alguns interlocutores dispõem-se a desenvolver uma polêmica.</p><p>III. No 3º parágrafo, a expressão servidão ao capricho realça a</p><p>acomodação de quem não se dispõe a enfrentar a argumentação crítica.</p><p>Em relação ao texto está correto o que se afirma APENAS em</p><p>(A) I.</p><p>(B) I e II.</p><p>(C) II.</p><p>(D) II e III.</p><p>(E) III.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Comentário: a única alternativa correta é a III, pois, para aqueles que</p><p>estão acomodados nas suas próprias opiniões, a argumentação não faz</p><p>sentido. Vamos ver o que há de errado nas outras:</p><p>I. No 1º parágrafo, a menção a Beethoven e à fanfarra de colégio ilustra</p><p>bem a disposição do autor em colocar lado a lado manifestações artísticas de</p><p>valor equivalente. – tais manifestações artísticas são de valores opostos.</p><p>II. No 2º parágrafo, o termo despoticamente qualifica o modo pelo qual</p><p>alguns interlocutores dispõem-se a desenvolver uma polêmica. – Não se</p><p>desenvolve polêmica despoticamente, pois, dessa maneira, as opiniões não</p><p>seriam levadas em conta.</p><p>GABARITO: E</p><p>17.</p><p>(TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) Ao longo do texto o autor se vale de expressões</p><p>de sentido antagônico, para bem marcar a oposição entre uma razão crítica e</p><p>uma mera manifestação do gosto. É o que se constata quando emprega</p><p>(A) encerrar uma discussão e nenhuma polêmica.</p><p>(B) engolir em seco e impedido de argumentar.</p><p>(C) desafio de ponderar e estanca o discurso crítico.</p><p>(D) tudo é questão de gosto e tudo se relativiza.</p><p>(E) servidão ao capricho e fórmulas ditatoriais.</p><p>Comentário: esta questão busca uma alternativa que tenha antagonismo</p><p>entre as partes, ou seja, uma oposição. É o que temos na alternativa C. Nas</p><p>outras, uma expressão está em conformidade com a outra.</p><p>(A) encerrar uma discussão e nenhuma polêmica.</p><p>Podemos dizer que encerrar, finalizar uma discussão é não dar espaço</p><p>para polêmica.</p><p>(B) engolir em seco e impedido de argumentar.</p><p>Engolia a seco é uma expressão que significa não poder argumentar, ter</p><p>que ficar calado.</p><p>(C) desafio de ponderar e estancar o discurso crítico.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>“Estanca” vem do verbo “estancar”, que é o mesmo que fazer cessar,</p><p>extinguir, impedir ou esgotar. Dessa forma, estancar o discurso crítico é o</p><p>mesmo que cessar ou impedir que as opiniões sejam expostas, ou seja, NÃO</p><p>deixar que se pondere um fato por opiniões diferentes.</p><p>(D) tudo é questão de gosto e tudo se relativiza.</p><p>“Questão de gosto” é uma expressão que significa que tudo é relativo,</p><p>depende do gosto de cada um.</p><p>(E) servidão ao capricho e fórmulas ditatoriais.</p><p>“Servidão ao capricho” é fazer servir sob “fórmulas ditatoriais”</p><p>GABARITO: C</p><p>Sobre a publicação de livros</p><p>Muito se tem discutido, recentemente, sobre direitos e restrições na</p><p>publicação de livros. Veja-se o que dizia o filósofo Voltaire, em 1777: “Não vos</p><p>parece, senhores, que em se tratando de livros, só se deve recorrer aos</p><p>tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo comprometido</p><p>nesses livros? Quem quiser falar com todos os seus compatriotas só poderá</p><p>fazê-lo por meio de livros: que os imprima, então, mas que responda por sua</p><p>obra. Se ela for ruim, será desprezada; se for provocadora, terá sua réplica; se</p><p>for criminosa, o autor será punido; se for boa, será aproveitada, mais cedo ou</p><p>mais tarde.”</p><p>(Voltaire, O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins</p><p>Fontes, 2001. p. 56)</p><p>18. (TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) A posição de Voltaire está corretamente</p><p>resumida na seguinte frase:</p><p>(A) A publicação de livros é uma questão de Estado e somente na</p><p>instância do Estado deve ser administrada. (B) Os autores de livros, soberanos</p><p>para emitir suas opiniões, devem permanecer à margem das sanções dos</p><p>tribunais.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>(C) A única consequência admissível da publicação de um livro é a reação</p><p>do público leitor, a quem cabe o juízo definitivo.</p><p>(D) Afora alguma razão de Estado, não se deve incriminar um autor pela</p><p>divulgação de suas ideias.</p><p>(E) O Estado só deve ser invocado para julgar um livro quando isso</p><p>constituir manifesta exigência do público.</p><p>Comentário: a opinião de Valtaire está resumida na alternativa D.</p><p>Vejamos as outras:</p><p>(A) A publicação de livros é uma questão de Estado e somente na</p><p>instância do Estado deve ser administrada. – A publicação de livros NÃO é</p><p>uma questão de Estado.</p><p>(B) Os autores de livros, soberanos para emitir suas opiniões, devem</p><p>permanecer à margem das sanções dos tribunais. – Voltaire discorda disso,</p><p>ele acha que, se os autores são soberanos para emitir suas opiniões,</p><p>devem responder por elas, não ficarem às margens dos tribunais.</p><p>(C) A única consequência admissível da publicação de um livro é a reação</p><p>do público leitor, a quem cabe o juízo definitivo. – Voltaire NÃO afirmou</p><p>isso.</p><p>(E) O Estado só deve ser invocado para julgar um livro quando isso</p><p>constituir manifesta exigência do público. – Voltaire NÃO falou sobre isso.</p><p>GABARITO: D</p><p>Atenção: Para responder à questão a seguir, considere o texto:</p><p>O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro</p><p>começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando</p><p>para trás a fronteira com a China.</p><p>O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da</p><p>Seda, antigo caminho que ligava a China à Europa e era usado para o</p><p>transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair</p><p>em desuso, seis séculos atrás.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente</p><p>preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados</p><p>por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma.</p><p>A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos</p><p>trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando</p><p>Xi'an − cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de</p><p>terracota − era a capital da China.</p><p>As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China,</p><p>viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e</p><p>então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio</p><p>e além.</p><p>Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à</p><p>medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da</p><p>China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na</p><p>direção da costa.</p><p>Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos</p><p>trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por</p><p>isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país.</p><p>O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos</p><p>de Shenzhen ou Xangai − e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o</p><p>canal de Suez − é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz</p><p>esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o</p><p>trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável.</p><p>Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora</p><p>algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno</p><p>boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das</p><p>temperaturas que podem atingir 40°C negativos.</p><p>(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)</p><p>19. (TRT-19 – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC) Depreende-se</p><p>corretamente do texto:</p><p>(A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de</p><p>camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da região.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>(B) A expansão da navegação marítima colaborou para que, no passado, a</p><p>atividade comercial da China migrasse na direção da costa.</p><p>(C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo transporte marítimo no</p><p>inverno, já que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas</p><p>temperaturas.</p><p>(D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas voltaram a</p><p>exportar quantidades significativas de especiarias.</p><p>(E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo atingiu o</p><p>seu auge durante a</p><p>época em que Xi’an era a capital da China.</p><p>Comentário: Depreender do texto é poder afirmar algo a partir da leitura</p><p>dele, por raciocínio lógico. Vamos analisar as alternativas:</p><p>(A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de</p><p>camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da região. -</p><p>ERRADA. A lendária Rota da Seda foi abandonada quando a atividade</p><p>econômica do país mudou para a costa devido às grandes navegações</p><p>e ao deslocamento do centro político da China para Pequim.</p><p>(C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo transporte marítimo no</p><p>inverno, já que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas</p><p>temperaturas. ERRADA. Os cuidados para que as cargas não sejam</p><p>danificadas pelas baixas temperaturas deverão ser tomados, mas a</p><p>ideia é que, mesmo durante o inverno boreal, o transporte seja</p><p>ferroviário.</p><p>(D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas voltaram a</p><p>exportar quantidades significativas de especiarias. ERRADA. O texto não fala</p><p>nada sobre as empresas voltarem a vender especiarias.</p><p>(E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo atingiu o</p><p>seu auge durante a época em que Xi’an era a capital da China. ERRADA. O</p><p>desenvolvimento e o auge do transporte marítimo levaram a capital da</p><p>China para Pequim.</p><p>GABARITO: B</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>As 4 questões a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo.</p><p>Caipiradas</p><p>A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser, pensar</p><p>e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma</p><p>pessoa está acostumada com o que é prescrito de maneira tirânica pelas</p><p>modas – moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na</p><p>dança, nos espetáculos, na gíria. A moda logo passa; por isso, a gente da</p><p>cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como</p><p>consequência, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que não</p><p>mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrás e</p><p>respondem a um cumprimento com certa fórmula desusada; que não sabem</p><p>qual é o cantor da moda nem o novo jeito de namorar; quando entra em</p><p>contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é</p><p>atrasada e portanto meio ridícula.</p><p>Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o termo está</p><p>saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas</p><p>sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas</p><p>caipiras, danças caipiras, por exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes,</p><p>conhecemos não praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e</p><p>usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco.</p><p>Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral está mudando</p><p>depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que não se pode falar</p><p>mais de criatividade cultural no universo do caipira, porque ele quase acabou.</p><p>O que há é impulso adquirido, resto, repetição – ou paródia e imitação</p><p>deformada, mais ou menos parecida. Há, registre-se, iniciativas culturais com</p><p>o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira. É o caso do disco</p><p>Caipira. Raízes e frutos, do selo Eldorado, gravado em 1980, que será</p><p>altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura tão especial, e</p><p>já quase extinta.</p><p>(Adaptado de Antonio Candido, Recortes)</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>20. (TRT/16 – 2012 - TECNICO JUDICIÁRO – FCC) No primeiro</p><p>parágrafo, estabelece-se uma contraposição entre as expressões</p><p>(A) “logo passa” e “estar em dia”, destacando parâmetros adotados pelos</p><p>caipiras.</p><p>(B) “de maneira tirânica” e “está acostumada”, enfatizando as críticas dos</p><p>citadinos aos modos caipiras.</p><p>(C) “deve” e “pode mudar”, sublinhando os impulsos a que os caipiras têm</p><p>que se render.</p><p>(D) “é atrasada” e “meio ridícula”, acentuando a variabilidade que ocorre</p><p>com as modas.</p><p>(E) “mais civilizados” e “fórmula desusada”, identificando pontos de vista</p><p>adotados pelos citadinos.</p><p>Comentário: a única oposição apresentada é a que existe entre “mais</p><p>civilizados” e “fórmula desusada”, pois indica o modo bom e o modo ruim de</p><p>ser, segundo um citadino.</p><p>GABARITO: E</p><p>21. (TRT/16 – 2012 - TECNICO JUDICIÁRO – FCC) Atente para as</p><p>seguintes afirmações sobre o primeiro parágrafo:</p><p>I. Com a expressão “o que é prescrito de maneira tirânica”, o autor está</p><p>qualificando modos de ser, pensar e agir, com cuja imposição os citadinos</p><p>estão acostumados.</p><p>II. A submissão dos citadinos aos valores da moda é a causa de uma</p><p>alternância de valores que reflete uma clara hesitação entre o que é velho e o</p><p>que é novo.</p><p>III. No último e longo período, a sequência de pontos e vírgulas destaca</p><p>uma enumeração de traços que identificam um caipira aos olhos do citadino.</p><p>Em relação ao texto, está correto o que se afirma em:</p><p>(A) II e III, apenas.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>(B) I e II, apenas.</p><p>(C) I, II e III.</p><p>(D) III, apenas.</p><p>(E) I e III, apenas.</p><p>Comentário: Vamos analisar as afirmações:</p><p>I. CORRETA</p><p>II. A submissão dos citadinos aos valores da moda é a causa de uma</p><p>alternância de valores que reflete uma clara hesitação entre o que é</p><p>velho e o que é novo. – ERRADA. Os citadinos buscam sempre o que é</p><p>novo, pois o que é velho é dado como caipira.</p><p>III. CORRETA</p><p>GABARITO: E</p><p>22. (TRT/16 – 2012 - TECNICO JUDICIÁRO – FCC) Atentando-se para</p><p>o 2º parágrafo, é correto afirmar que o segmento</p><p>(A) “Diz, ou dizia” sugere a velocidade com que um novo elemento da</p><p>moda aprimora um anterior.</p><p>(B) “certas sobrevivências teimosas ou alteradas” designa a precária</p><p>permanência de costumes caipiras.</p><p>(C) “o termo está saindo das expressões de todo dia” refere-se à moda</p><p>que deixa de ser seguida.</p><p>(D) “um produto comercial pitoresco” traduz a maneira pela qual o</p><p>citadino reconhece a moda que ele mesmo promove.</p><p>(E) “a realidade do seu mundo” está-se referindo ao universo do citadino.</p><p>Comentário: vamos reler o 2º parágrafo.</p><p>“Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o termo está</p><p>saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas</p><p>sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas</p><p>caipiras, danças caipiras, por exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes,</p><p>conhecemos não praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e</p><p>usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco”.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>A – Não... “Diz, ou dizia” indica que tudo muda, até a forma de falar e</p><p>designar algo.</p><p>B – Sim... sobrevivência teimosa é a dos hábitos caipiras.</p><p>C – Não... a moda continua a ser seguida, o que muda é o nome que se</p><p>dá àqueles que não a seguem.</p><p>D – Não... o produto comercial pitoresco não é a moda, mas o que foge</p><p>dela.</p><p>E – Não... refere-se àquele que finge ser caipira.</p><p>GABARITO: B</p><p>23. (TRT/16 – 2012 - TECNICO JUDICIÁRO – FCC) Ao afirmar que o</p><p>universo do caipira (...) quase acabou, o autor emprega o termo quase em</p><p>função</p><p>(A) de remanescerem repetições e paródias que aludem ao mundo caipira.</p><p>(B) de as mudanças do nosso tempo ocorrerem em alta velocidade.</p><p>(C) de iniciativas culturais que reavivam e fortalecem os costumes</p><p>caipiras.</p><p>(D) da fermentação cultural que se propaga criativamente nesse universo.</p><p>(E) da autenticidade que o citadino ainda reconhece nos costumes</p><p>caipiras.</p><p>Comentário: vamos contextualizar o trecho retirado do texto: “porque o</p><p>mundo em geral está mudando depressa demais, e nada pode ficar parado.</p><p>Hoje, creio que não se pode falar mais de criatividade cultural no universo do</p><p>caipira, porque ele quase acabou. O que há é impulso adquirido, resto,</p><p>repetição – ou paródia e imitação deformada, mais ou menos parecida.”</p><p>Ao ler o trecho dado dentro do contexto, fica claro que a alternativa</p><p>correta é a A, pois o universo caipira ainda é lembrado pelas paródias e</p><p>imitações.</p><p>GABARITO: A</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>24. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) A charge é produzida</p><p>com alusão</p><p>a) à crise de energia no país.</p><p>b) à perda de controle da inflação.</p><p>c) ao aumento geral de preços.</p><p>d) à falta grave de água.</p><p>e) ao consumo exagerado de álcool.</p><p>Comentário: ao dizer, o personagem, que o Alaor deve estar muito rico</p><p>(Mega-sena ou herança) por ter servido água para os convidados da filha,</p><p>durante quatro horas, ele deixa claro que a água em pouco tempo será artigo</p><p>de luxo, irá faltar e só terão acesso aqueles que puderem pagar caro por ela!</p><p>GABARITO: D</p><p>Os sete erros que devem ser evitados em tempos de seca</p><p>O primeiro desses “erros” era “usar água da chuva para beber, tomar</p><p>banho e cozinhar”. Segundo o aviso, “A água da chuva armazenada em casa</p><p>não pode ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contém</p><p>uma alta concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>saúde. Essa água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito</p><p>somente por especialistas, não bastando ferver ou filtrar. Por isso, é melhor</p><p>usá-la apenas na limpeza da casa”.</p><p>25. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Segundo o aviso, o</p><p>problema principal da água da chuva é</p><p>a) o armazenamento deficiente.</p><p>b) a utilização inadequada.</p><p>c) a composição química.</p><p>d) a falta de tratamento.</p><p>e) o emprego generalizado.</p><p>Comentário: segundo o trecho “A água da chuva armazenada em casa não</p><p>pode ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contém uma</p><p>alta concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à</p><p>saúde”, a água da chuva não pode ser usada como potável, por sua</p><p>composição química prejudicial.</p><p>GABARITO: C</p><p>Guardar água em vasilhame de material de limpeza</p><p>Não adianta lavar mil vezes. Nunca reutilize galões de material de limpeza</p><p>ou de qualquer outro produto que tenha substância química para guardar água</p><p>para consumo. A água pode ser contaminada e causar problemas à saúde.</p><p>26. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV A frase “Não adianta</p><p>lavar mil vezes” mostra</p><p>a) a tendência ao exagero como efeito expressivo.</p><p>b) o aborrecimento com ações erradas, mas repetidas.</p><p>c) o destaque do motivo do erro citado.</p><p>d) a utilização de gíria para melhor efeito da mensagem.</p><p>e) a ênfase numa ação útil, mas ineficiente.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 64 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Comentário: ninguém vai lavar mil vezes literalmente algo antes de usar,</p><p>não é? Essa expressão, “mil vezes”, é uma forma exagerada usada para dar</p><p>expressividade e ênfase ao texto. Em linguagem figurada, tal recurso é</p><p>chamado de hipérbole.</p><p>GABARITO: A</p><p>Diminuir a higiene pessoal</p><p>Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga,</p><p>acumulando sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de</p><p>economizar água, porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O</p><p>ideal é economizar usando um copo com água na escovação, diminuindo a</p><p>louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um</p><p>refratário) e usar água de reuso no vaso sanitário.</p><p>27. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Na frase “Escolas de São</p><p>Paulo vetam até escova de dente para economizar água.”, o emprego do até</p><p>mostra um modalizador, ou seja, um termo em que o enunciador do texto</p><p>expressa uma opinião.</p><p>Nesse caso, a opinião é de que</p><p>a) há um exagero na medida.</p><p>b) mostra um cuidado exemplar na medida tomada.</p><p>c) indica uma dúvida sobre o efeito pretendido.</p><p>d) ocorrem inúmeros outros casos de economia de água.</p><p>e) demonstra um apoio à medida tomada.</p><p>Comentário: a tomada de opinião é contra a medida exagerada de</p><p>economizar água evitando que o aluno escove os dentes, o que é uma prática</p><p>extremamente necessária para a saúde bucal. O ”até” modaliza a fala do</p><p>autor, demonstrando a opinião dele. É um recurso argumentativo.</p><p>GABARITO: A</p><p>Observe a charge a seguir.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 65 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>28. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Sobre a charge, assinale</p><p>a opção que indica a leitura inadequada.</p><p>a) A imagem do chão seco intensifica a seca.</p><p>b) O único pingo d’água indica falta de água.</p><p>c) A gota de água também pode indicar uma lágrima.</p><p>d) A ausência de água na torneira é uma crítica às autoridades.</p><p>e) A cor clara do céu mostra a presença do sol intenso.</p><p>Comentário: a charge faz uma crítica ao desperdício de água, o que leva à</p><p>falta dela. Tal crítica não está direcionada a ninguém ou ao governo de</p><p>maneira específica, mas a todos que contribuem para esse quadro de seca.</p><p>Sendo assim, a alternativa D está incorreta.</p><p>GABARITO: D</p><p>“A saga do rapto de Helena e a subsequente Guerra de Troia continuam</p><p>sendo um dos melhores exemplos dos perigos da luxúria. No todo, a história</p><p>sugere quão imprudente é para um hóspede na casa de um homem levar</p><p>consigo, ao partir, a esposa do anfitrião. Acrescentamos a esse erro crasso a</p><p>dupla idiotice da raiva e da inveja, agravadas quando o marido abandonado,</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Menelau, insistiu nos direitos de um velho tratado e arrastou todo o seu reino</p><p>e os dos vizinhos em missão de vingança. Muitos deles demoraram quase vinte</p><p>anos na guerra e no retorno, para não falar na maioria que morreu, deixando</p><p>os lares e as famílias no desamparo e na ruína – mal sobrevivendo, sugerem</p><p>os registros, a assédios diversos e a desastres naturais.”</p><p>(Menelau e a esposa perdida, Stephen Weir)</p><p>29. (TJ/BA – 2015 – Analista Judiciário – FGV) O erro histórico</p><p>aludido nesse texto inclui um conjunto de defeitos humanos; aquele que está</p><p>caracterizado de forma imperfeita, por NÃO fazer parte do texto, é:</p><p>a) a imprudência do hóspede, que sequestrou a mulher de Menelau;</p><p>b) o espírito de vingança de Menelau, que arrastou os reinos gregos para</p><p>a Guerra de Troia;</p><p>c) a irresponsabilidade de alguns heróis, que deixaram suas famílias ao</p><p>desamparo;</p><p>d) a raiva e a inveja do marido traído, que provocou o conflito entre</p><p>gregos e troianos;</p><p>e) a beleza de Helena, que seduziu o hóspede do marido.</p><p>Comentário: o conjunto de defeitos humanos, citados no texto, inclui</p><p>luxúria, imprudência, raiva, inveja, desejo de vingança. Observe que</p><p>não inclui</p><p>a beleza de Helena. Sendo assim, a alternativa E está INCORRETA.</p><p>“A saga do rapto de Helena e a subsequente Guerra de Troia continuam</p><p>sendo um dos melhores exemplos dos perigos da luxúria. No todo, a história</p><p>sugere quão imprudente é para um hóspede na casa de um homem levar</p><p>consigo, ao partir, a esposa do anfitrião. Acrescentamos a esse erro crasso a</p><p>dupla idiotice da raiva e da inveja, agravadas quando o marido abandonado,</p><p>Menelau, insistiu nos direitos de um velho tratado e arrastou todo o seu reino</p><p>e os dos vizinhos em missão de vingança”.</p><p>GABARITO: E</p><p>“O caminho para baixo era estreito e íngreme, e tanto os homens quanto</p><p>os animais não sabiam onde estavam pisando, por causa da neve; todos os</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>que saíam da trilha ou tropeçavam em algo perdiam o equilíbrio e</p><p>despencavam no precipício. A esses perigos eles resistiam, pois àquela altura</p><p>já se haviam acostumado a tais infortúnios, mas, por fim, chegaram a um</p><p>lugar onde o caminho era estreito demais para os elefantes e até para os</p><p>animais de carga. Uma avalanche anterior já havia arrastado cerca de</p><p>trezentos metros da encosta, ao passo que outra, mais recente, agravara</p><p>ainda mais a situação. A essa altura, os soldados mais uma vez perderam a</p><p>calma e quase caíram em desespero.”</p><p>(Políbio, Histórias)</p><p>30. (TJ/BA – 2015 – Analista Judiciário – FGV) Esse texto fala de um</p><p>outro erro histórico, cometido por Aníbal, general de Cartago, que pretendeu</p><p>chegar a Roma atravessando os Alpes durante o inverno.</p><p>Entre as razões abaixo, aquela que NÃO deve ser vista como causa dos</p><p>problemas enfrentados pelo exército de Aníbal é:</p><p>a) a estreiteza do caminho nas montanhas;</p><p>b) a não identificação do traçado dos caminhos;</p><p>c) a grande altura por que passavam as tropas;</p><p>d) a existência comum de avalanches;</p><p>e) o nervosismo e o desespero dos soldados.</p><p>Comentário: a única alternativa que traz uma situação que não pode ser</p><p>vista, segundo o texto, como a causa dos problemas enfrentados pelo exército</p><p>de Aníbal é a E, pois o nervosismo e o desespero dos soldados foi o resultado</p><p>de uma sucessão de problemas, os quais estão relacionados nas alternativas A,</p><p>B, C e D.</p><p>GABARITO: E</p><p>“A história está repleta de erros memoráveis. Muitos foram cometidos por</p><p>pessoas bem-intencionadas que simplesmente tomaram decisões equivocadas</p><p>e acabaram sendo responsáveis por grandes tragédias. Outros, gerados por</p><p>indivíduos motivados por ganância e poder, resultaram de escolhas egoístas e</p><p>provocaram catástrofes igualmente terríveis.”</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>(As piores decisões da história, Stephen Weir)</p><p>31. (TJ/BA – 2015 - Analista Judiciário – FGV) A primeira frase do</p><p>texto, no desenvolvimento desse texto, desempenha o seguinte papel:</p><p>a) aborda o tema de “erros memoráveis”, que são enumerados nos</p><p>períodos seguintes;</p><p>b) introduz um assunto, que é subdividido no restante do texto;</p><p>c) mostra a causa de algo cujas consequências são indicadas a seguir;</p><p>d) denuncia a história como uma sequência de erros cometidos por razões</p><p>explicitadas a seguir;</p><p>e) faz uma afirmação que é comprovada pelas exemplificações seguintes.</p><p>Comentário: vamos analisar as alternativas:</p><p>a) aborda o tema de “erros memoráveis”, que são enumerados nos</p><p>períodos seguintes; - ERRADO - Os erros em si não são abordados.</p><p>b) introduz um assunto, que é subdividido no restante do texto; -</p><p>CORRETO! O texto é dividido em três períodos. Um ele introduz o tema, que é</p><p>dividido em dois períodos de motivos.</p><p>c) mostra a causa de algo cujas consequências são indicadas a seguir; -</p><p>ERRADO - O Contrário. Mostra a consequência no primeiro período, depois as</p><p>causas.</p><p>d) denuncia a história como uma sequência de erros cometidos por</p><p>razões explicitadas a seguir; - ERRADO - Não há sequência de erros. Há um</p><p>tipo de erro cometido por pessoas bens intencionadas e outro tipo de erro</p><p>cometido por pessoas mal intencionadas.</p><p>e) faz uma afirmação que é comprovada pelas exemplificações seguintes.</p><p>– ERRADO - Não há exemplificações, mas uma argumentação a partir de uma</p><p>análise crítica.</p><p>GABARITO: B</p><p>CONSTRUIR A REALIDADE</p><p>José Antonio Marina</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 69 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Todos queremos viver em liberdade e procuramos construir caminhos para</p><p>alcançar esse propósito. Se um problema atravessa nossas vidas, nos sentimos</p><p>impossibilitados de estar plenamente livres, pois há limitações e dificuldades</p><p>de atuar. Ficamos em uma rua sem saída.</p><p>Felizmente, a inteligência nos permite encontrar soluções e nos possibilita</p><p>criar alternativas. O pensamento liberta! Não nos contentamos em conhecer,</p><p>não nos basta possuir, não somos seres passivos. Nossos projetos buscam</p><p>conectar-se à realidade e ampliá-la. Por exemplo, milhares de pessoas leem</p><p>livros de autoajuda, pois desejam mudar sua própria realidade, ainda que os</p><p>resultados sejam pequenos. Então, por que continuam lendo? Porque a simples</p><p>ideia de que “se pode” mudar enche o coração de esperança.</p><p>Em muitas ocasiões, nos sentimos presos à realidade, sem poder agir,</p><p>limitados pelas contingências da vida. Felizmente, a inteligência nos diz que,</p><p>dentro de certos limites - a morte é um deles -, a realidade não está</p><p>totalmente decidida; está esperando que acabemos de defini-la. A realidade</p><p>não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem exultante nem deprimente,</p><p>não há maniqueísmo. A vida é um conjunto de possibilidades que devem ser</p><p>construídas. Por isso, nada é definitivo, tudo está por vir. As coisas adquirem</p><p>propriedades novas quando vamos em direção a elas com novos projetos.</p><p>Observemos essa explosão do real em múltiplas possibilidades. Cada coisa</p><p>é uma fonte de ocorrências, cada ponto se converte na intersecção de infinitas</p><p>retas, ou de infinitos caminhos. Cada vez mais se desfazem os limites entre o</p><p>natural e o artificial. 4</p><p>32. (TJ/RJ – 2014 – Analista Judiciário – FGV) “procuramos construir</p><p>caminhos para alcançar esse propósito”; a forma adequada da transformação</p><p>da oração reduzida sublinhada em oração desenvolvida é:</p><p>a) para o alcance desse propósito;</p><p>b) para que alcançássemos esse propósito;</p><p>c) para alcançarmos esse propósito;</p><p>d) para que alcancemos esse propósito;</p><p>e) para que esse propósito fosse alcançado.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Comentário: Para desenvolver as orações reduzidas, basta conjugar o</p><p>verbo (que está numa forma nominal) e inserir conector: [...] para que</p><p>(conector) alcancemos (verbo conjugado) esse propósito.</p><p>GABARITO: D</p><p>33. (TJ/RJ – 2014 – Analista Judiciário – FGV) Ao dizer que “Ficamos</p><p>em uma rua sem saída”, no final do primeiro parágrafo, o autor do texto se</p><p>refere:</p><p>a) à demorada procura da solução de um problema;</p><p>b) ao surgimento de um problema em nosso caminho;</p><p>c) à incapacidade de agirmos livremente;</p><p>d) ao encontro de limitações e dificuldades;</p><p>e) à possibilidade de descobrir um caminho.</p><p>Comentário: vamos analisar: um problema atravessa nossas vidas --- nos</p><p>sentimos impossibilitados de estar plenamente livres, ok, por quê?</p><p>>>>>>>>há limitações e dificuldades que nos levam a uma rua sem saída!</p><p>Sendo</p><p>assim, a alternativa D está CORRETA, pois ficar em uma rua sem saída</p><p>é o mesmo que ir ao encontro do que nos limita!</p><p>GABARITO: D</p><p>34. (TJ/RJ – 2014 – Analista Judiciário – FGV) A inversão de termos</p><p>em uma das frases desse primeiro parágrafo do texto que se torna inadequada</p><p>por modificar o sentido original é:</p><p>a) todos queremos viver em liberdade / todos queremos em liberdade</p><p>viver;</p><p>b) procuramos construir caminhos para alcançar esse propósito / para</p><p>alcançar esse propósito procuramos construir caminhos;</p><p>c) se um problema atravessa nossas vidas / se um problema nossas vidas</p><p>atravessa;</p><p>d) nos sentimos impossibilitados / sentimo-nos impossibilitados;</p><p>e) ficamos em uma rua sem saída / ficamos sem saída em uma rua.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Comentário: atenção para a seguinte análise:</p><p>a) - NÃO MODIFICA O SENTIDO ORIGINAL - queremos o quê? - viver em</p><p>liberdade/em liberdade viver.</p><p>b) - NÃO MODIFICA O SENTIDO ORIGINAL - procuramos construir o quê?</p><p>- caminhos; com que finalidade? - para alcançar esse propósito.</p><p>c) - NÃO MODIFICA O SENTIDO ORIGINAL - quem atravessa? - um</p><p>problema.</p><p>d) - NÃO MODIFICA O SENTIDO ORIGINAL - não ocorre inversão; há</p><p>apenas uma contração do pronome oblíquo nos.</p><p>e) - MODIFICA O SENTIDO ORIGINAL - ficamos onde? - em uma rua;</p><p>como era a rua? - sem saída / como ficamos? - sem saída; onde? - em uma</p><p>rua.</p><p>GABARITO: E</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>35. (Prefeitura de São Paulo - SP – AGPP I - 2016 - CESPE) De</p><p>acordo com as informações presentes no texto I,</p><p>A - observa-se nas cidades brasileiras um movimento no sentido da</p><p>preservação dos vestígios que sobraram de sua história.</p><p>B - as cidades brasileiras mais antigas tendem a conservar menos</p><p>vestígios materiais de seu passado.</p><p>C - as cidades brasileiras fundadas recentemente, por serem novas,</p><p>conservam poucos vestígios materiais de sua história.</p><p>D - as cidades brasileiras não guardam vestígios materiais relevantes de</p><p>seu passado.</p><p>E - a forma como a sociedade brasileira se relaciona com suas memórias</p><p>mantém-se inalterada desde a fundação das cidades mais antigas do país.</p><p>Comentário:</p><p>A alternativa A é a correta para essa questão. Isso pode ser comprovado</p><p>no trecho: “Independentemente de qual tenha sido o estoque de</p><p>materialidades históricas que tenham conseguido salvar da destruição, as</p><p>cidades do país vêm hoje engajando-se decisivamente em um movimento de</p><p>preservação do que sobrou de seu passado,”</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 73 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Gabarito: A</p><p>36. (Prefeitura de São Paulo - SP – AGPP I - 2016 - CESPE)</p><p>Considerando as informações apresentadas no texto I, assinale a opção</p><p>correta.</p><p>A - O papel dos fotógrafos e dos geógrafos foi fundamental para a</p><p>preservação de inúmeros registros da história colonial e imperial da cidade de</p><p>São Paulo, assim como de sua história mais recente.</p><p>B - O patrimônio histórico-arquitetônico existente em Salvador foi</p><p>preservado graças a um movimento antigo e consciente de valorização,</p><p>preservação e restauração dos vestígios materiais de sua história.</p><p>C - O título de patrimônio cultural da humanidade foi concedido à cidade</p><p>de Olinda como reconhecimento pelo seu esforço de preservação e de</p><p>valorização do que sobrou de suas paisagens urbanas do período colonial.</p><p>D - O Morro do Castelo e algumas construções da passagem do século XIX</p><p>para o XX são exemplos de materialidades históricas que foram sacrificadas</p><p>para a construção do ‘corredor cultural’ do Rio de Janeiro.</p><p>E - O período de longa decadência econômica por que passaram Salvador</p><p>e Ouro Preto serviu para minimizar as agressões ao patrimônio histórico-</p><p>arquitetônico dessas cidades.</p><p>Comentário:</p><p>Analisando cada alternativa, temos:</p><p>A – incorreta – o papel dos fotógrafos e geógrafos foi importante porque</p><p>eles possibilitaram que se tivesse uma noção do que foi a cidade através de</p><p>fotografias e do trabalho dos geógrafos. Mas eles não preservaram o seu</p><p>trabalho, como é afirmado na alternativa.</p><p>B – incorreta – segundo o texto, Salvador, e também Ouro Preto, tem</p><p>um patrimônio histórico-arquitetônico apreciável por conta da decadência</p><p>econômica e não por causa de um movimento de preservação, o que torna</p><p>essa alternativa incorreta e elege a letra E como a correta para essa</p><p>questão.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 74 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>C – incorreta – o trecho: “Olinda, fundada em 1537, orgulha-se de ser</p><p>patrimônio cultural da humanidade, mas esse título não lhe foi conferido em</p><p>razão dos testemunhos que sobraram da cidade antiga, em grande parte</p><p>substituída por construções em estilo eclético ou art déco do início do século</p><p>passado.” torna a afirmativa incorreta.</p><p>D – incorreta – segundo o texto, no segundo parágrafo, o “corredor</p><p>cultural” é que contém construções da virada do século XIX para o XX.</p><p>E – correta.</p><p>Gabarito: E</p><p>Em meio a catástrofes ambientais causadas pela ação do homem,</p><p>aumento de doenças físicas e mentais nos centros urbanos e intolerância às</p><p>diferenças sociais, religiosas e culturais, sobressai, das entranhas do Brasil, um</p><p>modelo saudável de harmonia entre homens e natureza: o Parque Indígena do</p><p>Xingu, criado há 55 anos. Essa experiência nacional, que oferece lições de</p><p>respeito e de resiliência aos problemas enfrentados pelo dito mundo civilizado,</p><p>é prova de que a ideia dos índios como seres primitivos está superada. Eles</p><p>desenvolvem culturas riquíssimas e conhecimentos interessantíssimos de</p><p>tecnologia leve – de clima, solo, espécies, plantas.</p><p>(Adaptado de Planeta/abr.2016, p.19.)</p><p>37. (FUNAI – 2016 - Engenheiro Agrônomo – ESAF) As informações</p><p>do texto acima permitem concluir que</p><p>a) a concepção do índio como ser primitivo é equivocada e obsoleta.</p><p>b) modelos saudáveis de harmonia entre o ser humano e a natureza são</p><p>incompatíveis com a urbanização.</p><p>c) a humanidade é a causadora da maioria das catástrofes ambientais.</p><p>d) os centros urbanos se caracterizam pela disseminação incessante de</p><p>endemias e de doenças mentais.</p><p>e) as práticas sociais dos indígenas do Xingu fundamentam-se no respeito</p><p>à natureza e no conformismo diante de desastres naturais.</p><p>Comentário:</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 75 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Analisando as alternativas, temos:</p><p>a) a concepção do índio como ser primitivo é equivocada e obsoleta. –</p><p>CORRETA – no trecho: “é prova de que a ideia dos índios como seres</p><p>primitivos está superada”, comprovamos ser essa afirmativa verdadeira.</p><p>b) modelos saudáveis de harmonia entre o ser humano e a natureza são</p><p>incompatíveis com a urbanização. – errada – no texto consta que apesar dos</p><p>problemas advindos da urbanização e da atuação do homem, “sobressai, das</p><p>entranhas do Brasil, um modelo saudável de harmonia entre homens e</p><p>natureza”, que é o Parque Indígena do Xingu, mostrando que é possível</p><p>conviverem ser humano e natureza em harmonia.</p><p>c) a humanidade é a causadora da maioria das catástrofes ambientais. –</p><p>errada – no texto consta a seguinte afirmação “Em meio a catástrofes</p><p>ambientais causadas pela ação do homem”, que é muito vaga e não possibilita</p><p>que se afirme que a maioria ou a totalidade das catástrofes ambientais sejam</p><p>causadas pela humanidade.</p><p>d) os centros urbanos se caracterizam pela disseminação incessante de</p><p>endemias e de doenças mentais. – errada – consta uma citação às endemias e</p><p>doenças mentais no trecho: “aumento de doenças físicas e mentais nos centros</p><p>urbanos”, mas não se pode, a partir dessa citação, afirmar que elas sejam</p><p>características dos centros urbanos.</p><p>e) as práticas sociais dos indígenas do Xingu fundamentam-se no respeito</p><p>à natureza e no conformismo diante de desastres naturais. – errada – não há</p><p>informação sobre conformismo relativa às práticas sociais dos indígenas.</p><p>Gabarito: A</p><p>No Brasil, não tinha havido batalhas memoráveis, nem catedrais, nem</p><p>divinas comédias, mas o Amazonas era o maior rio do mundo, as nossas</p><p>florestas eram monumentais, os nossos pássaros mais brilhantes e canoros. É</p><p>o que vemos em tantas obras do Romantismo brasileiro. Essa natureza, mãe e</p><p>fonte de orgulho, funcionou como correlativo dos sentimentos que o brasileiro</p><p>desejava exprimir como próprios, não apenas na poesia patriótica e intimista,</p><p>mas também na narrativa em prosa. Alguns contemporâneos de Álvares de</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 76 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Azevedo diziam que, apesar do grande talento, ele não era “brasileiro”. Por</p><p>quê? Porque falava pouco do mundo exterior e preferia temas universais.</p><p>(Adaptado de O Romantismo no Brasil, de Antonio Candido, p.89.)</p><p>38. (FUNAI – 2016 - Engenheiro Agrônomo – ESAF) Há elementos no</p><p>texto que permitem a seguinte inferência:</p><p>a) o patrimônio natural do Brasil é superior ao patrimônio cultural das</p><p>demais nações do planeta.</p><p>b) a exaltação da natureza e o nacionalismo preencheram, no</p><p>Romantismo brasileiro, a lacuna de uma nação sem passado glorioso.</p><p>c) a apologia de um passado glorioso e bélico cedeu lugar, no Romantismo</p><p>brasileiro, à incipiente consciência ecológica diante do patrimônio natural</p><p>brasileiro.</p><p>d) os temas universais foram rejeitados pelos escritores românticos, que</p><p>subestimavam a matriz étnica do povo brasileiro.</p><p>e) o patriotismo exacerbado dos escritores românticos estava</p><p>principalmente alicerçado na mentalidade escravocrata.</p><p>Comentário:</p><p>a) o patrimônio natural do Brasil é superior ao patrimônio cultural das</p><p>demais nações do planeta. – errada – consta citação à exaltação do patrimônio</p><p>natural do Brasil que estava presente nas obras do período Romântico, mas</p><p>não há informação de que ele seja superior ao das outras nações.</p><p>b) a exaltação da natureza e o nacionalismo preencheram, no</p><p>Romantismo brasileiro, a lacuna de uma nação sem passado glorioso. –</p><p>Correta – no trecho: “No Brasil, não tinha havido batalhas memoráveis, nem</p><p>catedrais, nem divinas comédias, mas o Amazonas era o maior rio do mundo,</p><p>as nossas florestas eram monumentais, os nossos pássaros mais brilhantes e</p><p>canoros”, confirmamos pela citação de acontecimentos ocorridos no passado</p><p>de outras nações que essa afirmação é verdadeira.</p><p>c) a apologia de um passado glorioso e bélico cedeu lugar, no Romantismo</p><p>brasileiro, à incipiente consciência ecológica diante do patrimônio natural</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 77 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>brasileiro. – errada – segundo o texto, o Brasil não possuía passado glorioso a</p><p>ser apologizado.</p><p>d) os temas universais foram rejeitados pelos escritores românticos, que</p><p>subestimavam a matriz étnica do povo brasileiro. – errada – “a matriz étnica</p><p>do povo brasileiro” não foi subestimada, pelo contrário, foi exaltada no</p><p>Romantismo, como podemos confirmar no trecho: “É o que vemos em tantas</p><p>obras do Romantismo brasileiro. Essa natureza, mãe e fonte de orgulho,</p><p>funcionou como correlativo dos sentimentos que o brasileiro desejava exprimir</p><p>como próprios”.</p><p>e) o patriotismo exacerbado dos escritores românticos estava</p><p>principalmente alicerçado na mentalidade escravocrata. – errada – não há</p><p>informação no texto sobre “mentalidade escravocrata”.</p><p>Gabarito: B</p><p>Ódio ao Semelhante – Sobre a Militância de Tribunal</p><p>Ninguém pode negar o conflito como parte fundamental do fenômeno</p><p>político. Só existe política porque existem diferenças, discordâncias, visões de</p><p>mundo que se distanciam, ideologias, lutas por direitos, por hegemonia. Isso</p><p>quer dizer que no cerne do fenômeno político está a democracia como um</p><p>desejo de participação que implica as tenções próprias à diferença que busca</p><p>um lugar no contexto social. [...]</p><p>Esse texto não tem por finalidade tratar da importância do conflito ou da</p><p>crítica, mas analisar um fenômeno que surgiu, e se potencializou, na era das</p><p>redes sociais: a “militância de tribunal”. Essa prática é apresentada como</p><p>manifestação de ativismo político, mas se reduz ao ato de proferir</p><p>julgamentos, todos de natureza condenatória, contra seus adversários e,</p><p>muitas vezes, em desfavor dos próprios parceiros de projeto político. São</p><p>típicos julgamentos de exceção, nos quais a figura do acusador e do julgador</p><p>se confundem, não existe uma acusação bem delimitada, nem a oportunidade</p><p>do acusado se defender. Nesses julgamentos, que muito revela do “militante</p><p>de tribunal”, os eventuais erros do “acusado”, por um lado, são</p><p>potencializados, sem qualquer compromisso com a facticidade; por outro,</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 78 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>perdem importância para a hipótese previamente formulada pelo acusador-</p><p>julgador, a partir de preconceitos, perversões, ressentimentos, inveja e,</p><p>sobretudo, ódio.</p><p>Ódio direcionado ao inimigo, aquele com o qual o “acusador-julgador” não</p><p>se identifica e, por essa razão, nega a possibilidade de dialogar e, o que tem se</p><p>tornado cada vez mais frequente, o ódio relacionado ao próximo, aquele que é,</p><p>ou deveria ser, um aliado nas trincheiras políticas. Ódio que nasce daquilo que</p><p>Freud chamou de “narcisismo das pequenas diferenças”. Ódio ao semelhante,</p><p>aquele que admiramos, do qual somos “parceiros”, ao qual, contudo,</p><p>dedicamos nosso ódio sempre que ele não faz exatamente aquilo que deveria –</p><p>ou o que nós acreditamos que deveria – fazer.</p><p>Exemplos não faltam. Pense-se na militante feminista que gasta mais</p><p>tempo a “condenar” outras mulheres, a julgar outros “feminismos”, do que no</p><p>enfrentamento concreto à dominação masculina. A Internet está cheia de</p><p>exemplos de especialistas em julgamento e condenação. A caça por sucesso</p><p>naquilo que imaginam ser o “clubinho das feministas” (por muitas que se</p><p>dizem feministas enquanto realizam o feminismo como uma mera moral) tem</p><p>algo da antiga caça às bruxas que regozija até hoje o machismo estrutural.</p><p>Nunca se verá a “militante de tribunal feminista” em atitude isenta elogiando a</p><p>postura correta, mas sempre espetacularizando a postura “errada” daquela</p><p>que deseja condenar. Muitas constroem seus nomes virtuais, seu capital</p><p>político, aquilo que imaginam ser um verdadeiro protagonismo feminista, no</p><p>meio dessas pequenas guerras e linchamentos virtuais nas quais se</p><p>consideram vencedoras pela gritaria. Há, infelizmente, feministas que se</p><p>perdem, esvaziam o feminismo e servem de espetáculo àqueles que adoram</p><p>odiar o feminismo. [...] Apoio mesmo, concreto, às grandes lutas do</p><p>feminismo, isso não, pois não é tão fácil nem deve dar tanto prazer quanto a</p><p>condenação no tribunal virtual montado em sua própria casa. [...]</p><p>(Marcia Tiburi e Rubens</p><p>Casara. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/01/odio-ao-</p><p>semelhante-sobre-a-militancia-detribunal/. Publicado dia: 10/01/2016. Adaptado.)</p><p>39. (TJ/MG – 2016 – Estagiário – CONSULPLAN) Considerando as</p><p>ideias apresentadas no texto, analise as afirmativas a seguir.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 79 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>IV. A negação da existência do conflito é também a negação de que</p><p>haja um fenômeno político.</p><p>V. No 3º§ do texto, a referida possibilidade de diálogo é negada pelos</p><p>dois interlocutores que deveriam participar de tal prática.</p><p>VI. A “militância de tribunal”, virtual, tornou-se um assunto com nível</p><p>de importância superior às questões que envolvem debates críticos na atual</p><p>era das redes sociais.</p><p>Está(ão) de acordo com o texto apenas a(s) afirmativa(s)</p><p>A) I.</p><p>B) III.</p><p>C) I e II.</p><p>D) II e III.</p><p>Comentário:</p><p>Analisando as afirmativas, temos:</p><p>I – correta – pode ser confirmada no primeiro período do texto.</p><p>II – errada – no trecho: “Ódio direcionado ao inimigo, aquele com o qual o</p><p>“acusador-julgador” não se identifica e, por essa razão, nega a possibilidade de</p><p>dialogar.”, não há negação de diálogo de dois interlocutores e sim do</p><p>“acusador-julgador” em relação ao “inimigo”.</p><p>III – errada – segundo o texto, a “militância de tribunal” surge nas redes</p><p>sociais “como manifestação de ativismo político, mas se reduz ao ato de</p><p>proferir julgamentos, todos de natureza condenatória, contra seus</p><p>adversários”.</p><p>Está correta, portanto, somente a afirmativa I.</p><p>Gabarito: A</p><p>[...] Entrevistador – Como você vê o papel do escritor em um país como o</p><p>Brasil?</p><p>*João Antônio – Para mim, o escritor, enquanto escreve, é exclusivamente</p><p>um escritor – operário da palavra queimando olhos e criando corcunda sobre o</p><p>papel e a máquina. Pronto o livro, o autor brasileiro não deve fugir à realidade</p><p>de que é um vendedor, como um vendedor de cebolas ou batatas. Mas com</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 80 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>uma diferença, é claro: no Brasil o livro não é considerado como produto de</p><p>primeira necessidade, como os cereais. Também por isso, há de se sair a</p><p>campo e de se divulgar o que se sabe fazer. Efetivamente, é mais do que um</p><p>camelô de sua área: conversa sobre a obra, mas o ideal é que ouça muito o</p><p>seu parceiro, o leitor. Que jamais se estabeleça um clima formal, doutoral,</p><p>beletrístico, mas de debate, discussão, questionamento, amizade. Se o escritor</p><p>se enclausura numa torre, se atende apenas à onda geral da feira de vaidades</p><p>que é a chamada vida literária, jamais poderá sentir a realidade de seu</p><p>público.</p><p>(ANTÔNIO, João. Malagueta, Perus e Bacanaço. São Paulo: Ática, 1998. Fragmento.)</p><p>*João Antônio Ferreira Filho (1937-1996), escritor paulista, é considerado</p><p>um dos melhores contistas brasileiros do século XX.</p><p>40. (TJ/MG – 2016 – Estagiário – CONSULPLAN) Em sua resposta, o</p><p>entrevistado utiliza-se de um recurso de expressão para referir-se ao escritor</p><p>em que</p><p>A) há uma aparente contradição entre conceitos distintos.</p><p>B) a construção do discurso apresenta ambiguidade, se analisada de</p><p>forma criteriosa.</p><p>C) é possível identificar o emprego de vocábulos indicadores de</p><p>regionalismo linguístico.</p><p>D) o raciocínio é construído pela projeção de analogias entre domínios,</p><p>distintos, da experiência.</p><p>Comentário:</p><p>É feita, através da expressão “operário da máquina”, uma analogia entre a</p><p>profissão de escritor e a profissão de operário, que têm como semelhança a</p><p>ideia de que ambos são meros trabalhadores.</p><p>Gabarito: D</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 81 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>01. ERRADO</p><p>02. CERTO</p><p>03. ERRADO</p><p>04. CERTO</p><p>05. ERRADO</p><p>06. ERRADO</p><p>07. ERRADO</p><p>08. CERTO</p><p>09. ERRADO</p><p>10. CERTO</p><p>11. ERRADO</p><p>12. ERRADO</p><p>13. D</p><p>14. A</p><p>15. C</p><p>16. E</p><p>17. C</p><p>18. D</p><p>19. B</p><p>20. E</p><p>21. E</p><p>22. B</p><p>23. A</p><p>24. D</p><p>25. C</p><p>26. A</p><p>27. A</p><p>28. C</p><p>29. E</p><p>30. E</p><p>31. B</p><p>32. D</p><p>33. D</p><p>34. E</p><p>35. A</p><p>36. E</p><p>37. A</p><p>38. B</p><p>39. A</p><p>40. D</p><p>O MEU ATÉ BREVE</p><p>Chegamos ao final da nossa primeira aula! Espero que tenham gostado e que</p><p>fiquem comigo nas outras!</p><p>No caso de qualquer dúvida, já sabem, entrem em contato comigo!</p><p>Abraços, até breve!!!</p><p>Rafaela Freitas.</p><p>Contatos:</p><p>Fórum de dúvidas.</p><p>E-mail: contato@professorarafaelafreitas.com.br</p><p>Facebook, Instagram e Youtube: Palavreando com Rafa Freitas</p><p>ATENÇÃO: divulgação do número do meu WhatsApp na aula 01!!</p><p>do parlamentarismo,</p><p>jamais concordará em aceitar as que lhe retirariam a faculdade de nomear e</p><p>demitir livremente os ministros de Estado para confiá-la a uma eventual</p><p>maioria parlamentar. E se afeta ceder nesse ponto, é que há coincidência entre</p><p>sua vontade e a da maioria, ao menos no que diz respeito à nomeação. Ou</p><p>então é porque não tem objeções sérias contra o chefe majoritário. Quando</p><p>nenhum desses casos se oferece, discricionariamente exerce a escolha, e sabe</p><p>que pode exercê-la, porque se estriba no art. 101, n.º 6, da Constituição do</p><p>Império.</p><p>Sérgio Buarque de Hollanda. O Brasil monárquico. Do Império à República. In:</p><p>coleção História geral da civilização brasileira. São Paulo: Difusão Europeia do Livro,</p><p>1972, tomo II, vol. 5. p. 21 (com adaptações).</p><p>01. (CAM/DEP – 2014 – Analista Legislativo – CESPE/ UnB)</p><p>Depreende-se do texto que o “art. 101, n.º 6, da Constituição do Império”</p><p>tornou-se letra morta em decorrência da prática política adotada por D. Pedro</p><p>II.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>02. (MPU – 2015 – Técnico do MPU – CESPE) Depreende-se das</p><p>informações do texto que, nos crimes cibernéticos chamados impuros ou</p><p>impróprios, o resultado extrapola o universo virtual e atinge bens materiais</p><p>alheios à informática.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>03. (MPU – 2015 – Técnico do MPU – CESPE) Ainda com base no texto</p><p>da questão anterior, infere-se dos fatos apresentados que a consideração de</p><p>crime para os delitos cibernéticos foi determinada há várias décadas, desde o</p><p>surgimento da Internet.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>04. (CGE-PI – 2014 – Auditor Governamental – CESPE) Infere-se da</p><p>leitura do texto que, para o autor, os baianos não são naturalmente adeptos</p><p>da alimentação natural.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>05. (FUB – 2015 – Todos os cargos – CESPE) Depreende-se do texto</p><p>que o Brasil vive um momento de grande incerteza econômica, principalmente</p><p>por não haver avançado o suficiente no campo da tecnologia.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Texto base para as quatro questões que seguem.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>06. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) os instrumentos</p><p>legais acerca da legislação eleitoral que surgiram logo após a promulgação da</p><p>Constituição de 1891 tinham os objetivos de ampliar a parcela votante da</p><p>população e diminuir as fraudes ocorridas durante o processo eleitoral, mas</p><p>fracassaram nesses aspectos.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>07. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) O fim do voto</p><p>censitário e a manutenção do voto direto foram importantes porque denotaram</p><p>a preocupação do governo com o povo e constituíram o início do processo</p><p>democrático no Brasil.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>08. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) Nos primeiros</p><p>anos após a Proclamação da República, os civis e os militares discordavam</p><p>quanto à autonomia que deveria ser dada pelo governo às unidades regionais.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>09. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) A instabilidade</p><p>observada nos anos que se seguiram à Proclamação da República deveu-se ao</p><p>súbito ganho de poder dos civis, o que, de acordo com o texto, gerou acirradas</p><p>disputas com os militares, tradicionais detentores do poder.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Texto base para as duas questões que seguem.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>10. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) A Constituição</p><p>Federal de 1988 é denominada de Constituição Cidadã por conferir ênfase à</p><p>titularidade do exercício do poder pelo povo, como se pode observar no texto</p><p>do artigo 14 da Carta Magna.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>11. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) Foi necessária a</p><p>promulgação da Carta Magna de 1988 para que o exercício do poder pelo povo</p><p>virasse realidade.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>O tráfico internacional de drogas começou a desenvolver-se em meados</p><p>da década de 70, tendo tido o seu boom na década de 80. Esse</p><p>desenvolvimento está estreitamente ligado à crise econômica mundial. O</p><p>narcotráfico determina as economias dos países produtores de coca e, ao</p><p>mesmo tempo, favorece principalmente o sistema financeiro mundial. O</p><p>dinheiro oriundo da droga corresponde à lógica do sistema financeiro, que é</p><p>eminentemente especulativo. Este necessita, cada vez mais, de capital “livre”</p><p>para girar, e o tráfico de drogas promove o “aparecimento mágico” desse</p><p>capital que se acumula de modo rápido e se move velozmente.</p><p>A América Latina participa do narcotráfico na qualidade de maior</p><p>produtora mundial de cocaína, e um de seus países, a Colômbia, detém o</p><p>controle da maior parte do tráfico internacional. A cocaína gera “dependência”</p><p>em grupos econômicos e até mesmo nas economias de alguns países, como</p><p>nos bancos da Flórida, em algumas ilhas do Caribe ou nos principais países</p><p>produtores — Peru, Bolívia e Colômbia, para citar apenas os casos de maior</p><p>destaque. Na Bolívia, os lucros com o narcotráfico chegam a US$ 1,5 bilhão</p><p>contra US$ 2,5 bilhões das exportações legais.</p><p>Na Colômbia, o narcotráfico gera de US$ 2 a 4 bilhões, enquanto as</p><p>exportações oficiais geram US$ 5,25 bilhões. Nesses países, a corrupção é</p><p>generalizada. Os narcotraficantes controlam o governo, as forças armadas, o</p><p>corpo diplomático e até as unidades encarregadas do combate ao tráfico. Não</p><p>há setor da sociedade que não tenha ligação com os traficantes e até mesmo a</p><p>Igreja recebe contribuições destes.</p><p>Oswaldo Coggiola</p><p>12. (Polícia Federal – 2014 – Agente – CESPE) Depreende-se do texto</p><p>uma discrepância na ligação do narcotráfico com a Igreja e com unidades de</p><p>combate ao tráfico.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Diante do futuro</p><p>Que me importa o presente? No futuro é que está a existência dos</p><p>verdadeiros homens. Guyau*, a quem não me canso de citar, disse em uma de</p><p>suas obras estas palavras: “Porventura sei eu se viverei amanhã, se viverei</p><p>mais uma hora, se a minha mão poderá terminar esta linha que começo? A</p><p>vida está por todos os lados cercada pelo Desconhecido. Todavia executo,</p><p>trabalho, empreendo; e em todos os meus atos, em todos os meus</p><p>pensamentos, eu pressuponho esse futuro</p><p>com o qual nada me autoriza a</p><p>contar. A minha atividade excede em cada minuto o instante presente,</p><p>estende-se ao futuro. Eu consumo a minha energia sem recear que esse</p><p>consumo seja uma perda estéril, imponho-me privações, contando que o</p><p>futuro as resgatará − e sigo o meu caminho. Essa incerteza que me comprime</p><p>de todos os lados equivale para mim a uma certeza e torna possível a minha</p><p>liberdade − é o fundamento da moral especulativa com todos os riscos. O meu</p><p>pensamento vai adiante dela, com a minha atividade; ele prepara o mundo,</p><p>dispõe do futuro. Parece-me que sou senhor do infinito, porque o meu poder</p><p>não é equivalente a nenhuma quantidade determinada; quanto mais trabalho,</p><p>mais espero.”</p><p>* Jean-Marie Guyau (1854-1888), filósofo e poeta francês. (PRADO, Antonio Arnoni</p><p>(org.). Lima Barreto: uma autobiografia literária. São Paulo: Editora 34, 2012. p. 164)</p><p>13. (TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) Lima Barreto vale-se do texto de Guyau para</p><p>defender a tese de que</p><p>(A) as projeções do futuro só importam quando estiverem visceralmente</p><p>ligadas às experiências do presente.</p><p>(B) o futuro ganha plena importância quando temos a convicção de que</p><p>todas as nossas ações são duradouras.</p><p>(C) as ações do presente têm sua importância determinada pelo valor</p><p>intrínseco de que se revestem.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>(D) as ações do presente ganham sentido quando projetadas e</p><p>executadas com vistas ao futuro.</p><p>(E) o futuro só é do nosso domínio quando nossas ações no tempo</p><p>presente logram antevê-lo e iluminá-lo.</p><p>14. (TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) O fato de nossa vida estar cercada pelo</p><p>Desconhecido não deve implicar uma restrição aos empreendimentos</p><p>humanos, já que, para Guyau,</p><p>(A) a incerteza do futuro não elimina a possibilidade de tomá-lo como</p><p>parâmetro dos nossos empreendimentos.</p><p>(B) os nossos atos tendem a se tornar estéreis quando pautados por uma</p><p>visão otimista do futuro.</p><p>(C) a brevidade do tempo que temos para viver autoriza-nos a viver o</p><p>presente com o máximo de intensidade.</p><p>(D) o fundamento da moral especulativa está em planejar o futuro sem</p><p>atentar para as circunstâncias presentes.</p><p>(E) o trabalho estéril executado no presente acumula energias que serão</p><p>desfrutadas no futuro.</p><p>Questão de gosto</p><p>A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando</p><p>alguém apela para a tal da “questão de gosto”, é como se dissesse: “chega de</p><p>conversa, inútil discutir”.</p><p>A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou mesmo possível.</p><p>“Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de colégio.” Questão de</p><p>gosto.</p><p>Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e</p><p>argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da reflexão, afirmando</p><p>despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso,</p><p>e pronto, estamos conversados.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto</p><p>próprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto não se discute. Mas se tudo é</p><p>questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra, a ausência</p><p>vale a presença − tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem valores a</p><p>definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão ética,</p><p>uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa</p><p>análise estética. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga</p><p>as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste das</p><p>fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas</p><p>contradições.</p><p>(Emiliano Barreira, inédito)</p><p>15. (TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) Definida como instância definitiva da mais rasa</p><p>subjetividade, a questão de gosto opõe-se, terminantemente,</p><p>(A) à atribuição de mérito à naturalidade de uma primeira impressão.</p><p>(B) ao primado do capricho pessoal, ao qual tantas vezes se apela.</p><p>(C) à dinâmica de argumentos criteriosos na condução de uma polêmica.</p><p>(D) ao subterfúgio de que nos valemos para evitar um princípio de</p><p>discussão.</p><p>(E) ao princípio da recusa a qualquer fundamentação racional numa</p><p>discussão.</p><p>16. (TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) Atente para as seguintes afirmações:</p><p>I. No 1º parágrafo, a menção a Beethoven e a fanfarra de colégio ilustra</p><p>bem a disposição do autor em colocar lado a lado manifestações artísticas de</p><p>valor equivalente.</p><p>II. No 2º parágrafo, o termo despoticamente qualifica o modo pelo qual</p><p>alguns interlocutores dispõem-se a desenvolver uma polêmica.</p><p>III. No 3º parágrafo, a expressão servidão ao capricho realça a</p><p>acomodação de quem não se dispõe a enfrentar a argumentação crítica.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Em relação ao texto está correto o que se afirma APENAS em</p><p>(A) I.</p><p>(B) I e II.</p><p>(C) II.</p><p>(D) II e III.</p><p>(E) III.</p><p>17. (TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) Ao longo do texto o autor se vale de expressões</p><p>de sentido antagônico, para bem marcar a oposição entre uma razão crítica e</p><p>uma mera manifestação do gosto. É o que se constata quando emprega</p><p>(A) encerrar uma discussão e nenhuma polêmica.</p><p>(B) engolir em seco e impedido de argumentar.</p><p>(C) desafio de ponderar e estanca o discurso crítico.</p><p>(D) tudo é questão de gosto e tudo se relativiza.</p><p>(E) servidão ao capricho e fórmulas ditatoriais.</p><p>Sobre a publicação de livros</p><p>Muito se tem discutido, recentemente, sobre direitos e restrições na</p><p>publicação de livros. Veja-se o que dizia o filósofo Voltaire, em 1777: “Não vos</p><p>parece, senhores, que em se tratando de livros, só se deve recorrer aos</p><p>tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo comprometido</p><p>nesses livros? Quem quiser falar com todos os seus compatriotas só poderá</p><p>fazê-lo por meio de livros: que os imprima, então, mas que responda por sua</p><p>obra. Se ela for ruim, será desprezada; se for provocadora, terá sua réplica; se</p><p>for criminosa, o autor será punido; se for boa, será aproveitada, mais cedo ou</p><p>mais tarde.”</p><p>(Voltaire, O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins</p><p>Fontes, 2001. p. 56)</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>18. (TRT-2ª – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA</p><p>ADMINISTRATIVA – FCC) A posição de Voltaire está corretamente</p><p>resumida na seguinte frase:</p><p>(A) A publicação de livros é uma questão de Estado e somente na</p><p>instância do Estado deve ser administrada. (B) Os autores de livros, soberanos</p><p>para emitir suas opiniões, devem permanecer à margem das sanções dos</p><p>tribunais.</p><p>(C) A única consequência admissível da publicação de um livro é a reação</p><p>do público leitor, a quem cabe o juízo definitivo.</p><p>(D) Afora alguma razão de Estado, não se deve incriminar um autor pela</p><p>divulgação de suas ideias.</p><p>(E) O Estado só deve ser invocado para julgar um livro quando isso</p><p>constituir manifesta exigência do público.</p><p>Atenção: Para responder à questão a seguir, considere o texto:</p><p>O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro</p><p>começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão,</p><p>deixando</p><p>para trás a fronteira com a China.</p><p>O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da</p><p>Seda, antigo caminho que ligava a China à Europa e era usado para o</p><p>transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair</p><p>em desuso, seis séculos atrás.</p><p>Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente</p><p>preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados</p><p>por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma.</p><p>A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos</p><p>trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando</p><p>Xi'an − cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de</p><p>terracota − era a capital da China.</p><p>As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China,</p><p>viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio</p><p>e além.</p><p>Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à</p><p>medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da</p><p>China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na</p><p>direção da costa.</p><p>Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos</p><p>trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por</p><p>isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país.</p><p>O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos</p><p>de Shenzhen ou Xangai − e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o</p><p>canal de Suez − é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz</p><p>esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o</p><p>trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável.</p><p>Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora</p><p>algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno</p><p>boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das</p><p>temperaturas que podem atingir 40°C negativos.</p><p>(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)</p><p>19. (TRT-19 – 2014 - ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC) Depreende-se</p><p>corretamente do texto:</p><p>(A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de</p><p>camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da região.</p><p>(B) A expansão da navegação marítima colaborou para que, no passado, a</p><p>atividade comercial da China migrasse na direção da costa.</p><p>(C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo transporte marítimo no</p><p>inverno, já que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas</p><p>temperaturas.</p><p>(D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas voltaram a</p><p>exportar quantidades significativas de especiarias.</p><p>(E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo atingiu o</p><p>seu auge durante a época em que Xi’an era a capital da China.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>As 4 questões a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo.</p><p>Caipiradas</p><p>A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser, pensar</p><p>e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma</p><p>pessoa está acostumada com o que é prescrito de maneira tirânica pelas</p><p>modas – moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na</p><p>dança, nos espetáculos, na gíria. A moda logo passa; por isso, a gente da</p><p>cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como</p><p>consequência, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que não</p><p>mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrás e</p><p>respondem a um cumprimento com certa fórmula desusada; que não sabem</p><p>qual é o cantor da moda nem o novo jeito de namorar; quando entra em</p><p>contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é</p><p>atrasada e portanto meio ridícula.</p><p>Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o termo está</p><p>saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas</p><p>sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas</p><p>caipiras, danças caipiras, por exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes,</p><p>conhecemos não praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e</p><p>usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco.</p><p>Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral está mudando</p><p>depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que não se pode falar</p><p>mais de criatividade cultural no universo do caipira, porque ele quase acabou.</p><p>O que há é impulso adquirido, resto, repetição – ou paródia e imitação</p><p>deformada, mais ou menos parecida. Há, registre-se, iniciativas culturais com</p><p>o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira. É o caso do disco</p><p>Caipira. Raízes e frutos, do selo Eldorado, gravado em 1980, que será</p><p>altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura tão especial, e</p><p>já quase extinta.</p><p>(Adaptado de Antonio Candido, Recortes)</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>20. (TRT/16 – 2012 - TECNICO JUDICIÁRO – FCC) No primeiro</p><p>parágrafo, estabelece-se uma contraposição entre as expressões</p><p>(A) “logo passa” e “estar em dia”, destacando parâmetros adotados pelos</p><p>caipiras.</p><p>(B) “de maneira tirânica” e “está acostumada”, enfatizando as críticas dos</p><p>citadinos aos modos caipiras.</p><p>(C) “deve” e “pode mudar”, sublinhando os impulsos a que os caipiras têm</p><p>que se render.</p><p>(D) “é atrasada” e “meio ridícula”, acentuando a variabilidade que ocorre</p><p>com as modas.</p><p>(E) “mais civilizados” e “fórmula desusada”, identificando pontos de vista</p><p>adotados pelos citadinos.</p><p>21. (TRT/16 – 2012 - TECNICO JUDICIÁRO – FCC) Atente para as</p><p>seguintes afirmações sobre o primeiro parágrafo:</p><p>I. Com a expressão “o que é prescrito de maneira tirânica”, o autor está</p><p>qualificando modos de ser, pensar e agir, com cuja imposição os citadinos</p><p>estão acostumados.</p><p>II. A submissão dos citadinos aos valores da moda é a causa de uma</p><p>alternância de valores que reflete uma clara hesitação entre o que é velho e o</p><p>que é novo.</p><p>III. No último e longo período, a sequência de pontos e vírgulas destaca</p><p>uma enumeração de traços que identificam um caipira aos olhos do citadino.</p><p>Em relação ao texto, está correto o que se afirma em:</p><p>(A) II e III, apenas.</p><p>(B) I e II, apenas.</p><p>(C) I, II e III.</p><p>(D) III, apenas.</p><p>(E) I e III, apenas.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>22. (TRT/16 – 2012 - TECNICO JUDICIÁRO – FCC) Atentando-se para</p><p>o 2º parágrafo, é correto afirmar que o segmento</p><p>(A) “Diz, ou dizia” sugere a velocidade com que um novo elemento da</p><p>moda aprimora um anterior.</p><p>(B) “certas sobrevivências teimosas ou alteradas” designa a precária</p><p>permanência de costumes caipiras.</p><p>(C) “o termo está saindo das expressões de todo dia” refere-se à moda</p><p>que deixa de ser seguida.</p><p>(D) “um produto comercial pitoresco” traduz a maneira pela qual o</p><p>citadino reconhece a moda que ele mesmo promove.</p><p>(E) “a realidade do seu mundo” está-se referindo ao universo do citadino.</p><p>23. (TRT/16 – 2012 - TECNICO JUDICIÁRO – FCC) Ao afirmar que o</p><p>universo do caipira (...)</p><p>quase acabou, o autor emprega o termo quase em</p><p>função</p><p>(A) de remanescerem repetições e paródias que aludem ao mundo caipira.</p><p>(B) de as mudanças do nosso tempo ocorrerem em alta velocidade.</p><p>(C) de iniciativas culturais que reavivam e fortalecem os costumes</p><p>caipiras.</p><p>(D) da fermentação cultural que se propaga criativamente nesse universo.</p><p>(E) da autenticidade que o citadino ainda reconhece nos costumes</p><p>caipiras.</p><p>==0==</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>24. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) A charge é produzida</p><p>com alusão</p><p>a) à crise de energia no país.</p><p>b) à perda de controle da inflação.</p><p>c) ao aumento geral de preços.</p><p>d) à falta grave de água.</p><p>e) ao consumo exagerado de álcool.</p><p>Os sete erros que devem ser evitados em tempos de seca</p><p>O primeiro desses “erros” era “usar água da chuva para beber, tomar</p><p>banho e cozinhar”. Segundo o aviso, “A água da chuva armazenada em casa</p><p>não pode ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contém</p><p>uma alta concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à</p><p>saúde. Essa água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito</p><p>somente por especialistas, não bastando ferver ou filtrar. Por isso, é melhor</p><p>usá-la apenas na limpeza da casa”.</p><p>25. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Segundo o aviso, o</p><p>problema principal da água da chuva é</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>a) o armazenamento deficiente.</p><p>b) a utilização inadequada.</p><p>c) a composição química.</p><p>d) a falta de tratamento.</p><p>e) o emprego generalizado.</p><p>Guardar água em vasilhame de material de limpeza</p><p>Não adianta lavar mil vezes. Nunca reutilize galões de material de limpeza</p><p>ou de qualquer outro produto que tenha substância química para guardar água</p><p>para consumo. A água pode ser contaminada e causar problemas à saúde.</p><p>26. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV A frase “Não adianta</p><p>lavar mil vezes” mostra</p><p>a) a tendência ao exagero como efeito expressivo.</p><p>b) o aborrecimento com ações erradas, mas repetidas.</p><p>c) o destaque do motivo do erro citado.</p><p>d) a utilização de gíria para melhor efeito da mensagem.</p><p>e) a ênfase numa ação útil, mas ineficiente.</p><p>Diminuir a higiene pessoal</p><p>Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga,</p><p>acumulando sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de</p><p>economizar água, porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O</p><p>ideal é economizar usando um copo com água na escovação, diminuindo a</p><p>louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um</p><p>refratário) e usar água de reuso no vaso sanitário.</p><p>27. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Na frase “Escolas de São</p><p>Paulo vetam até escova de dente para economizar água.”, o emprego do até</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>mostra um modalizador, ou seja, um termo em que o enunciador do texto</p><p>expressa uma opinião.</p><p>Nesse caso, a opinião é de que</p><p>a) há um exagero na medida.</p><p>b) mostra um cuidado exemplar na medida tomada.</p><p>c) indica uma dúvida sobre o efeito pretendido.</p><p>d) ocorrem inúmeros outros casos de economia de água.</p><p>e) demonstra um apoio à medida tomada.</p><p>Observe a charge a seguir.</p><p>28. (DPE/MS – 2015 – Administrador – FGV) Sobre a charge, assinale</p><p>a opção que indica a leitura inadequada.</p><p>a) A imagem do chão seco intensifica a seca.</p><p>b) O único pingo d’água indica falta de água.</p><p>c) A gota de água também pode indicar uma lágrima.</p><p>d) A ausência de água na torneira é uma crítica às autoridades.</p><p>e) A cor clara do céu mostra a presença do sol intenso.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>“A saga do rapto de Helena e a subsequente Guerra de Troia continuam</p><p>sendo um dos melhores exemplos dos perigos da luxúria. No todo, a história</p><p>sugere quão imprudente é para um hóspede na casa de um homem levar</p><p>consigo, ao partir, a esposa do anfitrião. Acrescentamos a esse erro crasso a</p><p>dupla idiotice da raiva e da inveja, agravadas quando o marido abandonado,</p><p>Menelau, insistiu nos direitos de um velho tratado e arrastou todo o seu reino</p><p>e os dos vizinhos em missão de vingança. Muitos deles demoraram quase vinte</p><p>anos na guerra e no retorno, para não falar na maioria que morreu, deixando</p><p>os lares e as famílias no desamparo e na ruína – mal sobrevivendo, sugerem</p><p>os registros, a assédios diversos e a desastres naturais.”</p><p>(Menelau e a esposa perdida, Stephen Weir)</p><p>29. (TJ/BA – 2015 – Analista Judiciário – FGV) O erro histórico</p><p>aludido nesse texto inclui um conjunto de defeitos humanos; aquele que está</p><p>caracterizado de forma imperfeita, por NÃO fazer parte do texto, é:</p><p>a) a imprudência do hóspede, que sequestrou a mulher de Menelau;</p><p>b) o espírito de vingança de Menelau, que arrastou os reinos gregos para</p><p>a Guerra de Troia;</p><p>c) a irresponsabilidade de alguns heróis, que deixaram suas famílias ao</p><p>desamparo;</p><p>d) a raiva e a inveja do marido traído, que provocou o conflito entre</p><p>gregos e troianos;</p><p>e) a beleza de Helena, que seduziu o hóspede do marido.</p><p>“O caminho para baixo era estreito e íngreme, e tanto os homens quanto</p><p>os animais não sabiam onde estavam pisando, por causa da neve; todos os</p><p>que saíam da trilha ou tropeçavam em algo perdiam o equilíbrio e</p><p>despencavam no precipício. A esses perigos eles resistiam, pois àquela altura</p><p>já se haviam acostumado a tais infortúnios, mas, por fim, chegaram a um</p><p>lugar onde o caminho era estreito demais para os elefantes e até para os</p><p>animais de carga. Uma avalanche anterior já havia arrastado cerca de</p><p>trezentos metros da encosta, ao passo que outra, mais recente, agravara</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>ainda mais a situação. A essa altura, os soldados mais uma vez perderam a</p><p>calma e quase caíram em desespero.”</p><p>(Políbio, Histórias)</p><p>30. (TJ/BA – 2015 – Analista Judiciário – FGV) Esse texto fala de um</p><p>outro erro histórico, cometido por Aníbal, general de Cartago, que pretendeu</p><p>chegar a Roma atravessando os Alpes durante o inverno.</p><p>Entre as razões abaixo, aquela que NÃO deve ser vista como causa dos</p><p>problemas enfrentados pelo exército de Aníbal é:</p><p>a) a estreiteza do caminho nas montanhas;</p><p>b) a não identificação do traçado dos caminhos;</p><p>c) a grande altura por que passavam as tropas;</p><p>d) a existência comum de avalanches;</p><p>e) o nervosismo e o desespero dos soldados.</p><p>“A história está repleta de erros memoráveis. Muitos foram cometidos por</p><p>pessoas bem-intencionadas que simplesmente tomaram decisões equivocadas</p><p>e acabaram sendo responsáveis por grandes tragédias. Outros, gerados por</p><p>indivíduos motivados por ganância e poder, resultaram de escolhas egoístas e</p><p>provocaram catástrofes igualmente terríveis.”</p><p>(As piores decisões da história, Stephen Weir)</p><p>31. (TJ/BA – 2015 - Analista Judiciário – FGV) A primeira frase do</p><p>texto, no desenvolvimento desse texto, desempenha o seguinte papel:</p><p>a) aborda o tema de “erros memoráveis”, que são enumerados nos</p><p>períodos seguintes;</p><p>b) introduz um assunto, que é subdividido no restante do texto;</p><p>c) mostra a causa de algo cujas consequências são indicadas a seguir;</p><p>d) denuncia a história como uma sequência de erros cometidos por razões</p><p>explicitadas a seguir;</p><p>e) faz uma afirmação que é comprovada pelas exemplificações seguintes.</p><p>CONSTRUIR A REALIDADE</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>José Antonio Marina</p><p>Todos queremos viver em liberdade e procuramos construir caminhos para</p><p>alcançar esse propósito. Se um problema atravessa nossas vidas, nos sentimos</p><p>impossibilitados de estar plenamente livres, pois há limitações e dificuldades</p><p>de atuar. Ficamos em uma rua sem saída.</p><p>Felizmente, a inteligência nos permite encontrar soluções e nos possibilita</p><p>criar alternativas. O pensamento liberta! Não nos contentamos em conhecer,</p><p>não nos basta possuir, não somos seres passivos. Nossos projetos buscam</p><p>conectar-se à realidade e ampliá-la. Por exemplo, milhares de pessoas leem</p><p>livros de autoajuda, pois desejam mudar sua própria realidade, ainda que os</p><p>resultados sejam pequenos. Então, por que continuam lendo? Porque a simples</p><p>ideia de que “se pode” mudar enche o coração de esperança.</p><p>Em muitas ocasiões, nos sentimos presos à realidade, sem poder agir,</p><p>limitados pelas contingências da vida. Felizmente, a inteligência nos diz que,</p><p>dentro de certos limites - a morte é um deles -, a realidade não está</p><p>totalmente decidida; está esperando que acabemos de defini-la. A realidade</p><p>não é bela nem feia, nem justa nem injusta, nem exultante nem deprimente,</p><p>não há maniqueísmo. A vida é um conjunto de possibilidades que devem ser</p><p>construídas. Por isso, nada é definitivo, tudo está por vir. As coisas adquirem</p><p>propriedades novas quando vamos em direção a elas com novos projetos.</p><p>Observemos essa explosão do real em múltiplas possibilidades. Cada coisa</p><p>é uma fonte de ocorrências, cada ponto se converte na intersecção de infinitas</p><p>retas, ou de infinitos caminhos. Cada vez mais se desfazem os limites entre o</p><p>natural e o artificial. 4</p><p>32. (TJ/RJ – 2014 – Analista Judiciário – FGV) “procuramos construir</p><p>caminhos para alcançar esse propósito”; a forma adequada da transformação</p><p>da oração reduzida sublinhada em oração desenvolvida é:</p><p>a) para o alcance desse propósito;</p><p>b) para que alcançássemos esse propósito;</p><p>c) para alcançarmos esse propósito;</p><p>d) para que alcancemos esse propósito;</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>e) para que esse propósito fosse alcançado.</p><p>33. (TJ/RJ – 2014 – Analista Judiciário – FGV) Ao dizer que “Ficamos</p><p>em uma rua sem saída”, no final do primeiro parágrafo, o autor do texto se</p><p>refere:</p><p>a) à demorada procura da solução de um problema;</p><p>b) ao surgimento de um problema em nosso caminho;</p><p>c) à incapacidade de agirmos livremente;</p><p>d) ao encontro de limitações e dificuldades;</p><p>e) à possibilidade de descobrir um caminho.</p><p>34. (TJ/RJ – 2014 – Analista Judiciário – FGV) A inversão de termos</p><p>em uma das frases desse primeiro parágrafo do texto que se torna inadequada</p><p>por modificar o sentido original é:</p><p>a) todos queremos viver em liberdade / todos queremos em liberdade</p><p>viver;</p><p>b) procuramos construir caminhos para alcançar esse propósito / para</p><p>alcançar esse propósito procuramos construir caminhos;</p><p>c) se um problema atravessa nossas vidas / se um problema nossas vidas</p><p>atravessa;</p><p>d) nos sentimos impossibilitados / sentimo-nos impossibilitados;</p><p>e) ficamos em uma rua sem saída / ficamos sem saída em uma rua.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>35. (Prefeitura de São Paulo - SP – AGPP I - 2016 - CESPE) De</p><p>acordo com as informações presentes no texto I,</p><p>A - observa-se nas cidades brasileiras um movimento no sentido da</p><p>preservação dos vestígios que sobraram de sua história.</p><p>B - as cidades brasileiras mais antigas tendem a conservar menos</p><p>vestígios materiais de seu passado.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>C - as cidades brasileiras fundadas recentemente, por serem novas,</p><p>conservam poucos vestígios materiais de sua história.</p><p>D - as cidades brasileiras não guardam vestígios materiais relevantes de</p><p>seu passado.</p><p>E - a forma como a sociedade brasileira se relaciona com suas memórias</p><p>mantém-se inalterada desde a fundação das cidades mais antigas do país.</p><p>36. (Prefeitura de São Paulo - SP – AGPP I - 2016 - CESPE)</p><p>Considerando as informações apresentadas no texto I, assinale a opção</p><p>correta.</p><p>A - O papel dos fotógrafos e dos geógrafos foi fundamental para a</p><p>preservação de inúmeros registros da história colonial e imperial da cidade de</p><p>São Paulo, assim como de sua história mais recente.</p><p>B - O patrimônio histórico-arquitetônico existente em Salvador foi</p><p>preservado graças a um movimento antigo e consciente de valorização,</p><p>preservação e restauração dos vestígios materiais de sua história.</p><p>C - O título de patrimônio cultural da humanidade foi concedido à cidade</p><p>de Olinda como reconhecimento pelo seu esforço de preservação e de</p><p>valorização do que sobrou de suas paisagens urbanas do período colonial.</p><p>D - O Morro do Castelo e algumas construções da passagem do século XIX</p><p>para o XX são exemplos de materialidades históricas que foram sacrificadas</p><p>para a construção do ‘corredor cultural’ do Rio de Janeiro.</p><p>E - O período de longa decadência econômica por que passaram Salvador</p><p>e Ouro Preto serviu para minimizar as agressões ao patrimônio histórico-</p><p>arquitetônico dessas cidades.</p><p>Em meio a catástrofes ambientais causadas pela ação do homem,</p><p>aumento de doenças físicas e mentais nos centros urbanos e intolerância às</p><p>diferenças sociais, religiosas e culturais, sobressai, das entranhas do Brasil, um</p><p>modelo saudável de harmonia entre homens e natureza: o Parque Indígena do</p><p>Xingu, criado há 55 anos. Essa experiência nacional, que oferece lições de</p><p>respeito e de resiliência aos problemas enfrentados pelo dito mundo civilizado,</p><p>é prova de que a ideia dos índios como seres primitivos está superada. Eles</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>desenvolvem culturas riquíssimas e conhecimentos interessantíssimos de</p><p>tecnologia leve – de clima, solo, espécies, plantas.</p><p>(Adaptado de Planeta/abr.2016, p.19.)</p><p>37. (FUNAI – 2016 - Engenheiro Agrônomo – ESAF) As informações</p><p>do texto acima permitem concluir que</p><p>a) a concepção do índio como ser primitivo é equivocada e obsoleta.</p><p>b) modelos saudáveis de harmonia entre o ser humano e a natureza são</p><p>incompatíveis com a urbanização.</p><p>c) a humanidade é a causadora da maioria das catástrofes ambientais.</p><p>d) os centros urbanos se caracterizam pela disseminação incessante de</p><p>endemias e de doenças mentais.</p><p>e) as práticas sociais dos indígenas do Xingu fundamentam-se no respeito</p><p>à natureza e no conformismo diante de desastres naturais.</p><p>No Brasil, não tinha havido batalhas memoráveis, nem catedrais, nem</p><p>divinas comédias, mas o Amazonas era o maior rio do mundo, as nossas</p><p>florestas eram monumentais, os nossos pássaros mais brilhantes e canoros. É</p><p>o que vemos em tantas obras do Romantismo brasileiro. Essa natureza,</p><p>mãe e</p><p>fonte de orgulho, funcionou como correlativo dos sentimentos que o brasileiro</p><p>desejava exprimir como próprios, não apenas na poesia patriótica e intimista,</p><p>mas também na narrativa em prosa. Alguns contemporâneos de Álvares de</p><p>Azevedo diziam que, apesar do grande talento, ele não era “brasileiro”. Por</p><p>quê? Porque falava pouco do mundo exterior e preferia temas universais.</p><p>(Adaptado de O Romantismo no Brasil, de Antonio Candido, p.89.)</p><p>38. (FUNAI – 2016 - Engenheiro Agrônomo – ESAF)Há elementos no</p><p>texto que permitem a seguinte inferência:</p><p>a) o patrimônio natural do Brasil é superior ao patrimônio cultural das</p><p>demais nações do planeta.</p><p>b) a exaltação da natureza e o nacionalismo preencheram, no</p><p>Romantismo brasileiro, a lacuna de uma nação sem passado glorioso.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>c) a apologia de um passado glorioso e bélico cedeu lugar, no Romantismo</p><p>brasileiro, à incipiente consciência ecológica diante do patrimônio natural</p><p>brasileiro.</p><p>d) os temas universais foram rejeitados pelos escritores românticos, que</p><p>subestimavam a matriz étnica do povo brasileiro.</p><p>e) o patriotismo exacerbado dos escritores românticos estava</p><p>principalmente alicerçado na mentalidade escravocrata.</p><p>Ódio ao Semelhante – Sobre a Militância de Tribunal</p><p>Ninguém pode negar o conflito como parte fundamental do fenômeno</p><p>político. Só existe política porque existem diferenças, discordâncias, visões de</p><p>mundo que se distanciam, ideologias, lutas por direitos, por hegemonia. Isso</p><p>quer dizer que no cerne do fenômeno político está a democracia como um</p><p>desejo de participação que implica as tenções próprias à diferença que busca</p><p>um lugar no contexto social. [...]</p><p>Esse texto não tem por finalidade tratar da importância do conflito ou da</p><p>crítica, mas analisar um fenômeno que surgiu, e se potencializou, na era das</p><p>redes sociais: a “militância de tribunal”. Essa prática é apresentada como</p><p>manifestação de ativismo político, mas se reduz ao ato de proferir</p><p>julgamentos, todos de natureza condenatória, contra seus adversários e,</p><p>muitas vezes, em desfavor dos próprios parceiros de projeto político. São</p><p>típicos julgamentos de exceção, nos quais a figura do acusador e do julgador</p><p>se confundem, não existe uma acusação bem delimitada, nem a oportunidade</p><p>do acusado se defender. Nesses julgamentos, que muito revela do “militante</p><p>de tribunal”, os eventuais erros do “acusado”, por um lado, são</p><p>potencializados, sem qualquer compromisso com a facticidade; por outro,</p><p>perdem importância para a hipótese previamente formulada pelo acusador-</p><p>julgador, a partir de preconceitos, perversões, ressentimentos, inveja e,</p><p>sobretudo, ódio.</p><p>Ódio direcionado ao inimigo, aquele com o qual o “acusador-julgador” não</p><p>se identifica e, por essa razão, nega a possibilidade de dialogar e, o que tem se</p><p>tornado cada vez mais frequente, o ódio relacionado ao próximo, aquele que é,</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>ou deveria ser, um aliado nas trincheiras políticas. Ódio que nasce daquilo que</p><p>Freud chamou de “narcisismo das pequenas diferenças”. Ódio ao semelhante,</p><p>aquele que admiramos, do qual somos “parceiros”, ao qual, contudo,</p><p>dedicamos nosso ódio sempre que ele não faz exatamente aquilo que deveria –</p><p>ou o que nós acreditamos que deveria – fazer.</p><p>Exemplos não faltam. Pense-se na militante feminista que gasta mais</p><p>tempo a “condenar” outras mulheres, a julgar outros “feminismos”, do que no</p><p>enfrentamento concreto à dominação masculina. A Internet está cheia de</p><p>exemplos de especialistas em julgamento e condenação. A caça por sucesso</p><p>naquilo que imaginam ser o “clubinho das feministas” (por muitas que se</p><p>dizem feministas enquanto realizam o feminismo como uma mera moral) tem</p><p>algo da antiga caça às bruxas que regozija até hoje o machismo estrutural.</p><p>Nunca se verá a “militante de tribunal feminista” em atitude isenta elogiando a</p><p>postura correta, mas sempre espetacularizando a postura “errada” daquela</p><p>que deseja condenar. Muitas constroem seus nomes virtuais, seu capital</p><p>político, aquilo que imaginam ser um verdadeiro protagonismo feminista, no</p><p>meio dessas pequenas guerras e linchamentos virtuais nas quais se</p><p>consideram vencedoras pela gritaria. Há, infelizmente, feministas que se</p><p>perdem, esvaziam o feminismo e servem de espetáculo àqueles que adoram</p><p>odiar o feminismo. [...] Apoio mesmo, concreto, às grandes lutas do</p><p>feminismo, isso não, pois não é tão fácil nem deve dar tanto prazer quanto a</p><p>condenação no tribunal virtual montado em sua própria casa. [...]</p><p>(Marcia Tiburi e Rubens Casara. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2016/01/odio-ao-</p><p>semelhante-sobre-a-militancia-detribunal/. Publicado dia: 10/01/2016. Adaptado.)</p><p>39. (TJ/MG – 2016 – Estagiário – CONSULPLAN) Considerando as</p><p>ideias apresentadas no texto, analise as afirmativas a seguir.</p><p>I. A negação da existência do conflito é também a negação de que</p><p>haja um fenômeno político.</p><p>II. No 3º§ do texto, a referida possibilidade de diálogo é negada pelos</p><p>dois interlocutores que deveriam participar de tal prática.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>III. A “militância de tribunal”, virtual, tornou-se um assunto com nível</p><p>de importância superior às questões que envolvem debates críticos na atual</p><p>era das redes sociais.</p><p>Está(ão) de acordo com o texto apenas a(s) afirmativa(s)</p><p>A) I.</p><p>B) III.</p><p>C) I e II.</p><p>D) II e III.</p><p>[...] Entrevistador – Como você vê o papel do escritor em um país como o</p><p>Brasil?</p><p>*João Antônio – Para mim, o escritor, enquanto escreve, é exclusivamente</p><p>um escritor – operário da palavra queimando olhos e criando corcunda sobre o</p><p>papel e a máquina. Pronto o livro, o autor brasileiro não deve fugir à realidade</p><p>de que é um vendedor, como um vendedor de cebolas ou batatas. Mas com</p><p>uma diferença, é claro: no Brasil o livro não é considerado como produto de</p><p>primeira necessidade, como os cereais. Também por isso, há de se sair a</p><p>campo e de se divulgar o que se sabe fazer. Efetivamente, é mais do que um</p><p>camelô de sua área: conversa sobre a obra, mas o ideal é que ouça muito o</p><p>seu parceiro, o leitor. Que jamais se estabeleça um clima formal, doutoral,</p><p>beletrístico, mas de debate, discussão, questionamento, amizade. Se o escritor</p><p>se enclausura numa torre, se atende apenas à onda geral da feira de vaidades</p><p>que é a chamada vida literária, jamais poderá sentir a realidade de seu</p><p>público.</p><p>(ANTÔNIO, João. Malagueta, Perus e Bacanaço. São Paulo: Ática, 1998. Fragmento.)</p><p>*João Antônio Ferreira Filho (1937-1996), escritor paulista, é considerado</p><p>um dos melhores contistas brasileiros do século XX.</p><p>40. (TJ/MG – 2016 – Estagiário – CONSULPLAN) Em sua resposta, o</p><p>entrevistado utiliza-se de um recurso de expressão para referir-se ao escritor</p><p>em que</p><p>A) há uma aparente contradição entre conceitos distintos.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>B) a construção do discurso apresenta ambiguidade, se analisada de</p><p>forma criteriosa.</p><p>C) é possível identificar o emprego de vocábulos indicadores de</p><p>regionalismo linguístico.</p><p>D) o raciocínio é construído pela projeção de analogias entre domínios,</p><p>distintos, da experiência.</p><p>HORA DE CONFERIR OS RESULTADOS!!!</p><p>Texto base para as duas próximas questões.</p><p>As tendências que levaram D. Pedro II a querer dissimular o imenso</p><p>poderio de que efetivamente dispunha e, é bom dizê-lo, que não lhe é</p><p>regateado pela Constituição, faziam que fosse buscar, para ministros, aqueles</p><p>que pareciam mais dóceis à sua vontade, ou que esperava poder submeter</p><p>algum dia às decisões firmes, ainda que tácitas, da Coroa. Se não se recusa,</p><p>conforme as circunstâncias, a pôr em uso algumas regras do parlamentarismo,</p><p>jamais concordará em aceitar as que lhe retirariam a faculdade de nomear e</p><p>demitir livremente os ministros de Estado para confiá-la a uma eventual</p><p>maioria parlamentar. E se afeta ceder nesse ponto, é que há coincidência entre</p><p>sua vontade e a da maioria, ao menos no que diz respeito à nomeação. Ou</p><p>então é porque não tem objeções sérias contra o chefe majoritário. Quando</p><p>nenhum desses casos se oferece, discricionariamente exerce a escolha, e sabe</p><p>que pode exercê-la, porque se estriba no art. 101, n.º 6, da Constituição do</p><p>Império.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Sérgio Buarque de Hollanda. O Brasil monárquico. Do Império à República. In:</p><p>coleção História geral da civilização brasileira. São Paulo: Difusão Europeia do Livro,</p><p>1972, tomo II, vol. 5. p. 21 (com adaptações).</p><p>01. (CAM/DEP – 2014 – Analista Legislativo – CESPE/ UnB)</p><p>Depreende-se do texto que o “art. 101, n.º 6, da Constituição do Império”</p><p>tornou-se letra morta em decorrência da prática política adotada por D. Pedro</p><p>II.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário: trata-se de uma questão de interpretação de texto. A melhor</p><p>maneira de ficar “craque” na interpretação é praticar muito, tanto com</p><p>questões da banca do certame quanto de outras. É muito difícil um mesmo</p><p>texto aparecer em mais de uma prova da banca, então, o jeito é ler e treinar o</p><p>quanto puderem.</p><p>Diante de um texto, descubra primeiro do que se trata, depois tente</p><p>compreender cada parágrafo e, por fim, seja capaz de parafrasear o que leu!</p><p>Parece difícil, mas com a prática adquirida com muito estudo ficará moleza!!</p><p>Voltando à questão, a assertiva diz que Depreende-se do texto que o</p><p>“art. 101, n.º 6, da Constituição do Império” tornou-se letra morta em</p><p>decorrência da prática política adotada por D. Pedro II.</p><p>O texto afirma que Dom Pedro exercia a escolha dos Ministros de Estado</p><p>com base no dispositivo constitucional mencionado: “Ou então é porque não</p><p>tem objeções sérias contra o chefe majoritário. Quando nenhum desses casos</p><p>se oferece, discricionariamente exerce a escolha, e sabe que pode exercê-la,</p><p>porque se estriba no art. 101, n.º 6, da Constituição do Império.”. Assim, não</p><p>podemos dizer que esse dispositivo tornou-se “letra morta”, já que ele</p><p>fundamentava a escolha de Dom Pedro II.</p><p>Vale ressaltar que “estriba” vem do verbo “estribar”, que significa</p><p>fundamentar.</p><p>GABARITO: ERRADO</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>02. (MPU – 2015 – Técnico do MPU – CESPE) Depreende-se das</p><p>informações do texto que, nos crimes cibernéticos chamados impuros ou</p><p>impróprios, o resultado extrapola o universo virtual e atinge bens materiais</p><p>alheios à informática.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário: no texto temos: "Os (crimes cibernéticos ou crimes virtuais)</p><p>impuros ou impróprios são aqueles em que o agente se vale do computador</p><p>como meio para produzir resultado que ameaça ou lesa outros bens, diferentes</p><p>daqueles da informática." Portanto, é correto afirmar que: nos crimes</p><p>cibernéticos chamados impuros ou impróprios, o resultado extrapola o</p><p>universo virtual e atinge bens materiais alheios à informática.</p><p>Vale ressaltar: ALHEIO = distante, afastado, longe, impróprio. Logo,</p><p>diferentes daqueles da informática... alheios à informática.</p><p>GABARITO: CERTO</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>03. (MPU – 2015 – Técnico do MPU – CESPE) Ainda com base no texto</p><p>da questão anterior, infere-se dos fatos apresentados que a consideração de</p><p>crime para os delitos cibernéticos foi determinada há várias décadas, desde o</p><p>surgimento da Internet.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário: A questão poderia ser respondida apenas atentando para a</p><p>data da lei: o ano de 2012. Assim sendo, não há como inferir que o delito foi</p><p>determinado HÁ VÁRIAS DÉCADAS! O texto não traz tal informação</p><p>especificada!</p><p>GABARITO: ERRADO</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>04. (CGE-PI – 2014 – Auditor Governamental – CESPE) Infere-se da</p><p>leitura do texto que, para o autor, os baianos não são naturalmente adeptos</p><p>da alimentação natural.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário: precisamos deduzir algo do texto para compreendermos a</p><p>questão. Ao dizer “...Geraldo Sarno, que é baiano E natural – pois neste</p><p>mundo as combinações mais loucas são possíveis” o autor nos mostra um caso</p><p>de exceção marcado pela conjunção “e”, usada como adversativa. Geraldo é</p><p>baiano e, mesmo assim, gosta de comida natural.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Portanto, como Geraldo é uma exceção, podemos inferir que os baianos</p><p>não são naturalmente adeptos da alimentação natural, conforme afirma o</p><p>enunciado.</p><p>GABARITO: CERTO</p><p>05. (FUB – 2015 – Todos os cargos – CESPE) Depreende-se do texto</p><p>que o Brasil vive um momento de grande incerteza econômica, principalmente</p><p>por não haver avançado o suficiente no campo da tecnologia.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário: Não é possível inferir que a incerteza econômica brasileira</p><p>tem relação com o campo da tecnologia. O texto afirma que o campo da</p><p>tecnologia é uma das soluções para aumentar a produtividade em tempos de</p><p>incerteza econômica. Apesar de ter incerteza econômica, os setores estão se</p><p>desenvolvendo, buscando soluções para aumentar a produtividade.</p><p>GABARITO: ERRADO</p><p>Texto base para as quatro questões que seguem.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>06. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) os instrumentos</p><p>legais acerca da legislação eleitoral que surgiram logo após a promulgação da</p><p>Constituição de 1891 tinham os objetivos de ampliar a parcela votante da</p><p>população e diminuir as fraudes ocorridas durante o processo eleitoral, mas</p><p>fracassaram nesses aspectos.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>Comentário: Em nenhum momento no texto há menção de que as leis</p><p>tinham objetivos de ampliar a parcela votante e diminuir as fraudes, observa-</p><p>se no último parágrafo: "As principais alterações promovidas na legislação</p><p>contemplaram o fim do voto censitário e a manutenção do voto direto. Essas</p><p>modificações, embora importantes,</p><p>tiveram pouca repercussão prática, já que</p><p>o voto ainda era restrito — analfabetos e mulheres não votavam — e o</p><p>processo eleitoral continuava permeado por toda sorte de fraudes"</p><p>GABARITO: ERRADO</p><p>07. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) O fim do voto</p><p>censitário e a manutenção do voto direto foram importantes porque denotaram</p><p>a preocupação do governo com o povo e constituíram o início do processo</p><p>democrático no Brasil.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário: O que diz a assertiva não está de acordo com o que diz o</p><p>texto, veja:</p><p>"Em 1894, na primeira eleição para presidente da República, votaram</p><p>2,2% da população. Tudo indica que, apesar de a República ter abolido o</p><p>critério censitário e adotado o voto direto, a participação popular continuou</p><p>sendo muito baixa em virtude, principalmente, da proibição do voto dos</p><p>analfabetos e das mulheres".</p><p>Não é possível afirmar que havia uma "preocupação do governo com o</p><p>povo e o início do processo democrático no Brasil" se apenas 2,2% da</p><p>população votava nas eleições, sendo o voto dos analfabetos e das mulheres</p><p>proibido.</p><p>GABARITO: ERRADO</p><p>08. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) Nos primeiros</p><p>anos após a Proclamação da República, os civis e os militares discordavam</p><p>quanto à autonomia que deveria ser dada pelo governo às unidades regionais.</p><p>( ) Certo</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário: A afirmação do enunciado está correta e pode ser confirmada</p><p>no trecho: "Os civis, representados pelas elites das principais províncias —</p><p>São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul —, queriam uma</p><p>república federativa que desse muita autonomia às unidades regionais.</p><p>Os militares, por outro lado, defendiam um Poder Executivo forte e se</p><p>opunham à autonomia buscada pelos civis. "</p><p>GABARITO: CERTO</p><p>09. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) A instabilidade</p><p>observada nos anos que se seguiram à Proclamação da República deveu-se ao</p><p>súbito ganho de poder dos civis, o que, de acordo com o texto, gerou acirradas</p><p>disputas com os militares, tradicionais detentores do poder.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário: Vejamos no texto: "Os primeiros anos que se seguiram à</p><p>Proclamação da República foram de grandes incertezas quanto aos trilhos que</p><p>a nova forma de governo deveria seguir."</p><p>Podemos analisar que não houve "súbito ganho de poder dos civis" e sim</p><p>"grandes incertezas". Aliás o texto não fala nada sobre tal ganho de poder.</p><p>GABARITO: ERRADO</p><p>Texto base para as duas questões que seguem.</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>10. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) A Constituição</p><p>Federal de 1988 é denominada de Constituição Cidadã por conferir ênfase à</p><p>titularidade do exercício do poder pelo povo, como se pode observar no texto</p><p>do artigo 14 da Carta Magna.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário: A resposta para esta questão está no último parágrafo, que</p><p>contextualiza a elaboração da Constituição Cidadã no período em que o povo</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>buscava recuperar o exercício do poder. A denominação da Carta Magna se</p><p>deve à titularidade do poder pelo povo, conforme dispõe o art. 14.</p><p>GABARITO: CERTO</p><p>11. (TRE-GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) Foi necessária a</p><p>promulgação da Carta Magna de 1988 para que o exercício do poder pelo povo</p><p>virasse realidade.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário: Assertiva errada, pois o texto deixa claro que, antes de 1988,</p><p>em algum momento, o exercício do poder já foi do povo brasileiro. É o que se</p><p>entende pelo trecho da linha vinte: “A nova Carta representava: a</p><p>possibilidade de recuperar o exercício do poder...”. Recuperar é ter</p><p>novamente algo que se teve antes.</p><p>GABARITO: ERRADO</p><p>O tráfico internacional de drogas começou a desenvolver-se em meados</p><p>da década de 70, tendo tido o seu boom na década de 80. Esse</p><p>desenvolvimento está estreitamente ligado à crise econômica mundial. O</p><p>narcotráfico determina as economias dos países produtores de coca e, ao</p><p>mesmo tempo, favorece principalmente o sistema financeiro mundial. O</p><p>dinheiro oriundo da droga corresponde à lógica do sistema financeiro, que é</p><p>eminentemente especulativo. Este necessita, cada vez mais, de capital “livre”</p><p>para girar, e o tráfico de drogas promove o “aparecimento mágico” desse</p><p>capital que se acumula de modo rápido e se move velozmente.</p><p>A América Latina participa do narcotráfico na qualidade de maior</p><p>produtora mundial de cocaína, e um de seus países, a Colômbia, detém o</p><p>controle da maior parte do tráfico internacional. A cocaína gera “dependência”</p><p>em grupos econômicos e até mesmo nas economias de alguns países, como</p><p>nos bancos da Flórida, em algumas ilhas do Caribe ou nos principais países</p><p>produtores — Peru, Bolívia e Colômbia, para citar apenas os casos de maior</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>destaque. Na Bolívia, os lucros com o narcotráfico chegam a US$ 1,5 bilhão</p><p>contra US$ 2,5 bilhões das exportações legais.</p><p>Na Colômbia, o narcotráfico gera de US$ 2 a 4 bilhões, enquanto as</p><p>exportações oficiais geram US$ 5,25 bilhões. Nesses países, a corrupção é</p><p>generalizada. Os narcotraficantes controlam o governo, as forças armadas, o</p><p>corpo diplomático e até as unidades encarregadas do combate ao tráfico. Não</p><p>há setor da sociedade que não tenha ligação com os traficantes e até mesmo a</p><p>Igreja recebe contribuições destes.</p><p>Oswaldo Coggiola</p><p>12. (Polícia Federal – 2014 – Agente – CESPE) Depreende-se do texto</p><p>uma discrepância na ligação do narcotráfico com a Igreja e com unidades de</p><p>combate ao tráfico.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário: Façamos primeiro uma análise das palavras envolvidas que</p><p>talvez causem dúvidas:</p><p>Depreender = concluir</p><p>Discrepância = discordância, desigualdade.</p><p>Agora vamos analisar a questão: Depreende-se do texto uma</p><p>discrepância na ligação do narcotráfico com a Igreja e com unidades de</p><p>combate ao tráfico, ou seja, conclui-se do texto uma discordância na ligação</p><p>do narcotráfico com a Igreja e com unidades de combate ao tráfico. Observem</p><p>os últimos parágrafos: "Os narcotraficantes controlam o governo, as forças</p><p>armadas, o corpo diplomático e até as unidades encarregadas do combate ao</p><p>tráfico. Não há setor da sociedade que não tenha ligação com os</p><p>traficantes e até mesmo a Igreja recebe contribuições destes." (Grifo</p><p>meu). Então, a questão é ERRADA! Pois NÃO existe uma discordância</p><p>(discrepância) na ligação do narcotráfico com a Igreja e com unidades de</p><p>combate ao tráfico. Eles também têm ligação com os traficantes.</p><p>A discordância existe se levarmos em consideração o nosso conhecimento</p><p>de mundo e os nossos valores éticos. Não é normal para a maioria de nós que</p><p>Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 81</p><p>Aula 00</p><p>Profª Rafaela Freitas</p><p>Português p/ iniciantes</p><p>Interpretação textual</p><p>Teoria e Questões Comentadas</p><p>a igreja e os órgãos de combate ao tráfico tenham alguma relação com os</p><p>traficantes, mas devemos ter cuidado para não deixar a nossa avaliação</p><p>pessoal influenciar a nossa escolha do gabarito. Ok? Aí tem uma pegadinha.</p>

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