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<p>História da</p><p>Arquitetura</p><p>Cássia Morais Mano</p><p>Arquitetura romana</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p> Analisar os aspectos sociais, políticos e econômicos da Roma Antiga.</p><p> Descrever as características da arquitetura romana.</p><p> Listar as principais obras da arquitetura romana.</p><p>Introdução</p><p>A civilização romana manteve contato com vários povos no mar Medi-</p><p>terrâneo, especialmente durante o período do Império Romano. Nessa</p><p>fase, devido à expansão territorial, Roma acabou englobando elementos</p><p>das culturas gregas e etruscas (ADDIS, 2009). Com a inserção do arco</p><p>em suas construções, permitindo vãos cada vez maiores, os romanos</p><p>inovaram na arquitetura e aplicaram materiais novos que perduraram por</p><p>vários séculos. Ainda hoje, há ruínas e alguns exemplares conservados</p><p>de suas obras. As construções eram executadas em concreto, material</p><p>plástico que permitiu o molde de formas geométricas distintas, segundo</p><p>a necessidade de cada obra.</p><p>Neste capítulo, você vai estudar a Roma Antiga, seus aspectos so-</p><p>ciais, políticos e econômicos. Isso é fundamental para você compreen-</p><p>der as construções realizadas pelos romanos. Posteriormente, você vai</p><p>conhecer as principais construções desse período histórico e os seus</p><p>exemplares-chave.</p><p>Contexto histórico</p><p>A Roma Antiga conta com mais de mil anos de história (753 a.C.–476 d.C.),</p><p>que foram divididos, segundo os aspectos políticos predominantes em cada</p><p>período, em: Monarquia, República e Império (Quadro 1). Devido às poucas</p><p>informações sobre o início do período monárquico da Roma Antiga (753–509</p><p>a.C.), muitas lendas marcam essa fase, como o mito dos irmãos Remo e Rômulo,</p><p>que teriam sido adotados por uma loba. Rômulo seria o fundador da cidade</p><p>de Roma e o seu primeiro rei.</p><p>Sabe-se que Roma estava localizada onde hoje fica a cidade que possui o</p><p>mesmo nome, na Península Itálica, próximo ao Rio Tibre. Os povos de maior</p><p>expressão na região foram os etruscos, os cartagineses, os gregos e os itálicos.</p><p>Nesse local, foram iniciadas algumas obras públicas que perduraram até o</p><p>Império Romano e tiveram como objetivo a melhora das condições urbanas</p><p>para os cidadãos — como as drenagens e esgotos. Além disso, foram criados</p><p>espaços para os deuses (templos). A organização social envolvia: os nobres</p><p>(patrícios), que eram donos das terras, elite social e política; os clientes, que</p><p>trabalhavam para os nobres oferecendo serviços; os plebeus, que possuíam</p><p>pequenas propriedades e trabalhavam com artesanato ou comércio; e os es-</p><p>cravos, que eram, geralmente, prisioneiros de guerra. A economia baseava-se</p><p>na agricultura e na criação de animais.</p><p>O período da República (509–27 a.C.) se inicia com o rei etrusco Tarquínio</p><p>deposto. Assim, o controle político passa a ser detido pelo Senado (cargos</p><p>vitalícios conferidos a cidadãos patrícios) e por dois cônsules (governantes).</p><p>Nesse período, os romanos expandem o seu território pelo Mediterrâneo e</p><p>surge uma nova camada de comerciantes e militares, os cavaleiros ou ho-</p><p>mens novos, enquanto a estrutura da sociedade se mantém essencialmente a</p><p>mesma do período monárquico. Nesse sentido, muitos plebeus mostraram-se</p><p>insatisfeitos e exigiram maior participação nas questões políticas e nos direi-</p><p>tos, o que originou as assembleias e leis que fixavam impostos. Aos poucos,</p><p>a sociedade romana se organizou em dois partidos, popular e aristocrático,</p><p>cujas lutas influenciaram a decadência do sistema político. A economia seguia</p><p>agropastoril, com adição de um setor destinado às construções, à cobrança de</p><p>impostos e à coordenação logística do exército.</p><p>Arquitetura romana2</p><p>Fonte: Adaptado de Os períodos... ([2019]).</p><p>Monarquia República Império</p><p> 753–509 a.C.</p><p> Roma é governada</p><p>por diferentes reis</p><p> Início de obras</p><p>públicas (templos,</p><p>drenagens, esgoto,</p><p>entre outras)</p><p> Sociedade</p><p>organizada em</p><p>nobres, clientes,</p><p>plebeus e escravos</p><p> Último rei etrusco</p><p>no poder, Tarquínio,</p><p>o Soberbo</p><p> 509–27 a.C.</p><p> Nobres (patrícios)</p><p>têm o controle das</p><p>instituições políticas</p><p> Conselho político</p><p>(Senado), formado por</p><p>cidadãos, promulga leis</p><p> Guerras Púnicas (contra</p><p>Cartago, 264–146 a.C.)</p><p> Importante aqueduto</p><p>romano, Pont du Gard,</p><p>é construído no sul da</p><p>França</p><p> 27 a.C.–476 d.C.</p><p> Expansão territorial</p><p>e do cristianismo</p><p> Miscigenação da</p><p>população</p><p> Construções</p><p>monumentais:</p><p>Coliseu, Panteão</p><p>e Arco de</p><p>Constantino</p><p> Extensa rede de</p><p>estradas para</p><p>comunicação entre</p><p>províncias</p><p>Quadro 1. Períodos históricos da Roma Antiga</p><p>Por fim, o período do Império Romano durou aproximadamente 500</p><p>anos e anexou diversas províncias, ilustradas na Figura 1 em seu momento</p><p>de maior extensão territorial.</p><p>Figura 1. Expansão do Império Romano.</p><p>Fonte: Sousa ([2017], documento on-line).</p><p>3Arquitetura romana</p><p>O primeiro imperador romano, Otávio Augusto (27 a.C.), desenvolveu um</p><p>sistema de comunicação eficiente por meio de estradas e criou serviços que se</p><p>assemelham aos policiais e bombeiros para auxiliar na manutenção da ordem</p><p>(FUNARI, 2002). A base econômica manteve-se a agricultura, sendo criada</p><p>a moeda corrente para facilitar a troca em regiões distintas, principalmente</p><p>devido ao comércio marítimo de produtos (cerâmica, artigos exóticos, etc.).</p><p>O Império teve ampla aceitação da plebe porque ampliou a distribuição de</p><p>alimentos e forneceu equipamentos para diversão, como o Coliseu e os te-</p><p>atros, além de melhorias urbanas com uma série de obras públicas: termas,</p><p>aquedutos, templos, etc.</p><p>Contudo, com a dificuldade de controlar as fronteiras devido à grande</p><p>expansão, o Império passa por uma crise econômica, com aumento de impos-</p><p>tos, invasões e acirramento de tensões sociais. Em breve, ocorre a queda do</p><p>Império Romano, considerada pelos historiadores uma desagregação devida</p><p>à dificuldade de controlar e manter a coesão do vasto território.</p><p>É comum a interpretação errônea de que os romanos simplesmente copiaram a</p><p>arquitetura dos etruscos e gregos. Segundo Zevi (1996), houve uma inovação na</p><p>apropriação da linguagem arquitetônica utilizada e na pluralidade de espaços criados</p><p>pelos romanos. Em outras palavras, houve inovações tecnológicas, construtivas e</p><p>compositivas que diferem a arquitetura romana das demais. Contudo, pode-se dizer</p><p>que houve, sim, uma inspiração nos modelos predecessores.</p><p>Aspectos construtivos</p><p>Devido à expansão territorial, os romanos precisaram desenvolver sistemas de</p><p>comunicação efi cientes que permitissem um transporte rápido entre as regiões.</p><p>Dessa forma, criaram uma rede de infraestrutura composta por estradas,</p><p>sistemas de esgoto e abastecimento de água (aquedutos). Uma parte dessa</p><p>infraestrutura perdura até hoje, como o Aqueduto de Segóvia, na Espanha</p><p>(Figura 2).</p><p>Arquitetura romana4</p><p>Figura 2. Aqueduto de Segóvia, na Espanha.</p><p>Fonte: Marmore/Shutterstock.com.</p><p>Destacam-se as construções multifamiliares, como os blocos de apartamen-</p><p>tos (origem dos apartamentos modernos), inicialmente feitos de madeira e tijo-</p><p>los de barro e após, com concreto armado em alturas superiores a oito andares</p><p>(GLANCEY, 2001). Quanto aos materiais construtivos, os romanos utilizaram</p><p>inicialmente pedra, mármore, tijolos e madeira. Com o tempo, inovaram com o</p><p>uso de argamassa de cal, areia e pedaços de calcário — que se assemelhava ao</p><p>cimento —, denominado opus caementicium (Figura 3). Eles também utilizaram</p><p>o concreto em construções monumentais em grande escala (GLANCEY, 2001).</p><p>Figura 3. Opus caementicium em Vila Adriana.</p><p>Fonte: Albuquerque (2017, documento on-line).</p><p>5Arquitetura romana</p><p>Os romanos inovaram na arquitetura na medida em que utilizaram o arco</p><p>(elemento curvado que faz o fechamento ou a abertura de um vão com alvenaria)</p><p>e a abóbada (construção de fechamento interno em formato de arco) como</p><p>elementos estruturadores (ZEVI, 1996). Logo, o uso da coluna e da arquitrave</p><p>foi reduzido a motivos estéticos (decoração das fachadas) e a duplicação da</p><p>ordem estruturou as edificações da época (Figura 4).</p><p>Figura</p><p>4. Duplicação da ordem estrutural — sistema cons-</p><p>trutivo romano.</p><p>Fonte: Pereira (2010, p. 59).</p><p>A civilização romana evoluiu a base arquitetônica grega, ampliando mor-</p><p>fologias e amadurecendo temas de cunho social (palácio e casa, espaços</p><p>privados de distintas camadas da sociedade) e público, além de modificar e</p><p>incrementar as ordens arquitetônicas existentes (Figura 5). As ordens arqui-</p><p>tetônicas romanas são: a toscana, simplificação das proporções encontradas</p><p>na ordem grega dórica, e a compósita, estilo misto entre a ordem jônica grega</p><p>e as folhas de acanto do coríntio grego. Foram sendo incorporadas novas</p><p>arquiteturas à cidade, como “[...] termas e basílicas; teatros, anfiteatros e</p><p>circos; cisternas, aquedutos, pontes e construções utilitárias de todo o tipo”</p><p>(PEREIRA, 2010, p. 71).</p><p>Arquitetura romana6</p><p>Figura 5. Ordens arquitetônicas romanas.</p><p>Fonte: Adaptada de Microstocker.Pro./Shutterstock.com</p><p>Quanto aos aspectos morfológicos, se você observar a planta baixa de uma</p><p>basílica romana (Figura 6), vai verificar a interiorização das colunatas e a</p><p>simetria dupla do retângulo — eixo longitudinal —, que definem um centro</p><p>único com função determinada: as pessoas irão circular nesse espaço e toda</p><p>a ornamentação será dirigida a ele. Os espaços romanos são pensados de</p><p>maneira monumental e com caráter estático, reforçados pelas composições</p><p>geométricas com formato circular e retangular, utilizando a axialidade e a</p><p>simetria (ZEVI, 1996).</p><p>Figura 6. Planta baixa da Basílica Ulpia (século II</p><p>d.C.).</p><p>Fonte: Zevi (1996, p. 68).</p><p>7Arquitetura romana</p><p>A arquitetura romana utiliza uma renovação no repertório de ornamentos,</p><p>alternando colunas retas e curvas, rompendo o frontão e eliminando frisos</p><p>(PEREIRA, 2010). Entre as principais inovações nos sistemas construtivos,</p><p>você pode considerar: cúpula (Figura 7), abóbada (Figura 8), arco de volta</p><p>perfeita (Figura 9) e arcada (Figura 10).</p><p>Figura 7. Panteão, maior cúpula de concreto não refor-</p><p>çado do mundo, construída pelo imperador Augusto.</p><p>Fonte: Pantheon (2005, documento on-line).</p><p>Figura 8. Arco de Tito, construído no século I pelo imperador</p><p>Domiciano, na Itália; estrutura de abóbada de berço.</p><p>Fonte: Yury Dmitrienko/Shutterstock.com.</p><p>Arquitetura romana8</p><p>Figura 9. Ruínas de Volubilis, sítio arqueológico datado do Império</p><p>Romano, localizado no norte do Marrocos.</p><p>Fonte: Anas Lahoui/Shutterstock.com.</p><p>Figura 10. Vila Adriana, sítio arqueológico da residência do imperador</p><p>Adriano, construída no século II, na Itália.</p><p>Fonte: Massimo Salesi/Shutterstock.com.</p><p>Os romanos representaram o seu poder de conquista de outros territórios</p><p>por meio de obras de arte que mostravam, na maior parte das vezes, seus</p><p>imperadores como deuses na Terra. As estátuas e esculturas eram feitas em</p><p>bronze ou pedra, em geral com caráter imponente e distribuídas pela cidade,</p><p>para que as pessoas pudessem reconhecer facilmente os seus governantes, que</p><p>9Arquitetura romana</p><p>eram representados em posturas autoritárias (Figura 11). Pode-se dizer que as</p><p>esculturas complementavam a arquitetura, marcando lugares de importância</p><p>política e pública, como se fossem livros a céu aberto, contando um pouco da</p><p>história para os cidadãos. Considere o seguinte:</p><p>A arquitetura romana exprime uma afirmação de autoridade, é o símbolo que</p><p>domina a multidão dos cidadãos e anuncia que o império existe, e é potência</p><p>e razão para toda a vida. A escala da arquitetura romana é a escala desse</p><p>mito, depois dessa realidade, dessa nostalgia, não é e não quer ser a escala</p><p>do homem (ZEVI, 1996, p. 70).</p><p>Figura 11. Estátua do imperador Augusto.</p><p>Fonte: Asli Karakaya/Shutterstock.com.</p><p>Arquitetura romana10</p><p>Quer saber mais sobre a cidade de Roma? Acesse o link a seguir para conferir uma</p><p>matéria do site Catraca Livre que mostra que Roma é um colírio para os amantes de</p><p>arquitetura. Nela, você vai ver um panorama geral das principais obras e pontos de</p><p>interesse da cidade.</p><p>https://qrgo.page.link/UqXCg</p><p>Principais obras da arquitetura romana</p><p>Entre as principais contribuições romanas, destacam-se aquelas realizadas</p><p>no campo da engenharia e da arquitetura, cuja base teórica foi desenvolvida</p><p>pelo arquiteto romano Marco Vitrúvio Polião (I a.C.), em seu livro Tratado</p><p>de Arquitetura. Vitrúvio refere-se à arquitetura como a ciência de construir,</p><p>elegendo como princípios norteadores a utilidade, a beleza e a solidez; tais</p><p>aspectos estão presentes em todas as construções romanas. Outro fator de</p><p>infl uência na arquitetura são as questões políticas da sociedade, daí a im-</p><p>portância conferida a edifícios públicos, já que os cidadãos valorizavam a</p><p>vida fora de suas casas. Entre as obras mais expressivas da cultura romana,</p><p>destacam-se as listadas a seguir.</p><p> Aquedutos: canais ou galerias, subterrâneos ou construídos na su-</p><p>perfície, que serviam para a distribuição de água. Costumavam ser</p><p>edificados sobre arcadas para o controle do caimento da origem até o</p><p>destino. São construções sofisticadas impulsionadas pela gravidade. Um</p><p>exemplar expressivo é o Aqueduto de Segóvia (Figura 2), construído</p><p>no século I d.C. na Espanha, cuja estrutura é suportada pelo peso das</p><p>pedras até hoje.</p><p>11Arquitetura romana</p><p>Uma das formas de aprender mais sobre as técnicas construtivas dos romanos é ob-</p><p>servando imagens realizadas in loco de ruínas das antigas construções. No link a seguir,</p><p>você pode conferir uma matéria sobre as formas inovadoras de construir dos romanos.</p><p>https://qrgo.page.link/raxuo</p><p> Basílicas: edificações que poderiam ter usos distintos (comercial,</p><p>público, político e social), com posição de destaque na cidade romana,</p><p>funcionando como centros administrativos. Eram inspiradas nas ágoras</p><p>colunadas gregas. Contudo, em Roma, eram cobertas, possibilitando</p><p>a permanência dos cidadãos nos espaços. As basílicas eram edifícios</p><p>longos, com uma nave central, duas naves laterais e a presença de</p><p>absides (recintos semicirculares nas extremidades ou no centro da</p><p>construção). A Basílica de Constantino (Figura 12), do século I d.C.,</p><p>localizada em Roma, era na época a maior estrutura construída, com</p><p>teto curvo sustentado por arcos internos.</p><p>Figura 12. Ruínas da Basílica de Constantino, em Roma.</p><p>Fonte: Viacheslav Lopatin/Shutterstock.com.</p><p>Arquitetura romana12</p><p> Anfiteatros: espaços usados para oferecer espetáculos aos cidadãos.</p><p>Consistiam em uma arena elíptica com bancadas em anel que a contor-</p><p>navam. Os anfiteatros monumentais incluem o Anfiteatro Flaviano e o</p><p>Coliseu (Figura 13), construído em 70 d.C. O Coliseu possui dimensões</p><p>nunca antes vistas:</p><p>[...] uma altura da fachada de 50 m, apoiada em um alicerce de 9 m de profun-</p><p>didade; uma arena de 79,35 m por 47,20 m que era impermeabilizada a fim</p><p>de se poderem realizar batalhas navais; quatro andares; 80 arcadas que faci-</p><p>litavam o acesso dos espectadores (SEPÚLVEDA, 2007, documento on-line).</p><p>Figura 13. Coliseu, em Roma.</p><p>Fonte: Levy/Shutterstock.com.</p><p> Arcos comemorativos: os arcos são estruturas monumentais desti-</p><p>nadas a simbolizar o triunfo dos romanos. A sua estrutura tem uma</p><p>ou mais passagens, geralmente coroadas por entablamentos e com o</p><p>corpo decorado por relevos, dedicatórias e inscrições. Apresentam uma</p><p>simplicidade e uma solidez características do período, gerando uma</p><p>espécie de jogo entre o arco e a ordem utilizada (PEREIRA, 2010). O</p><p>Arco de Tito, datado do século I d.C. (Figura 14), foi edificado como</p><p>lembrança dos feitos do imperador Tito, servindo como referência para</p><p>arcos famosos no mundo inteiro, como o Arco do Triunfo, em Paris.</p><p>13Arquitetura romana</p><p>Figura 14. Arco de Tito, em Roma.</p><p>Fonte: Bernard Barroso/Shutterstock.com.</p><p> Templos: marcos da arquitetura romana, eram construídos para home-</p><p>nagear os deuses, geralmente elevados do solo (em patamar) com esca-</p><p>daria de acesso. O templo romano mais famoso é o Panteão, edificação</p><p>emblemática da arquitetura romana (Figura 15), construída entre 118</p><p>e 128 d.C. Possui uma estrutura simples, de um grande “tambor” com</p><p>fechamento em cúpula</p><p>de concreto aparente, cujo peso foi reduzido</p><p>pelo uso de caixotões (cofres) que embelezam a estrutura e diminuem</p><p>a carga colocada sobre os arcos embutidos nas paredes.</p><p>Figura 15. Panteão, em Roma.</p><p>Fonte: S.Borisov/Shutterstock.com.</p><p>Arquitetura romana14</p><p>A arquitetura romana deixou um legado para a humanidade no tocante ao</p><p>uso de novas técnicas construtivas e materiais, agregando um estilo sóbrio,</p><p>funcional e monumental às edificações. Reside aí a importância de ser com-</p><p>preendida por meio de seus exemplares arquitetônicos e inovações.</p><p>Elementos essenciais na composição das cidades romanas, os obeliscos e monumentos</p><p>contavam histórias de conquistas e recebiam uma posição de destaque no tecido</p><p>urbano. Outra forma de arte bastante utilizada era a escultura, que apresentava uma</p><p>imagem realista de seus modelos, enquanto as esculturas gregas eram dotadas de uma</p><p>beleza idealizada. Alguns exemplos de como a força do Império Romano era retratada:</p><p>obeliscos, arcos (geralmente com o nome do imperador), bustos e monumentos</p><p>diversos (FERNANDES, 2017).</p><p>A ARQUITETURA romana e seu grande legado para o mundo ocidental. In: VIVA DE-</p><p>CORA. [S. l.: s. n., 2019]. Disponível em: https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/</p><p>arquitetura-romana/. Acesso em: 5 ago. 2019.</p><p>ADDIS, B. Edificação: 3000 anos de projeto, engenharia e construção. Porto Alegre:</p><p>Bookman, 2009.</p><p>ALBUQUERQUE, M. Tecnologias de construção e ornamentação romanas. In: HISTÓRIA</p><p>da arte e arquitetura. [S. l.: s. n.], 2017. Disponível em: https://historiaartearquitetura.</p><p>com/2017/04/21/tecnologias-de-construcao-e-ornamentacao/. Acesso em: 4 ago. 2019.</p><p>FERNANDES, G. A história da arte: Roma Antiga. In: CAFÉ CG. [S. l.: s. n.], 2017. Disponível</p><p>em: https://www.cafecg.com.br/historia-da-arte/roma-antiga. Acesso em: 5 ago. 2019.</p><p>FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.</p><p>GLANCEY, J. A história da arquitetura. São Paulo: Loyola, 2001.</p><p>OS PERÍODOS da história de Roma. In: SÓ história. [S. l.: s. n., 2019]. Disponível em: https://</p><p>www.sohistoria.com.br/ef2/roma/p1.php. Acesso em: 4 ago. 2019.</p><p>PANTHEON. In: WIKIPÉDIA. [S. l.: s. n.], 2005. Disponível em: https://commons.wikimedia.</p><p>org/wiki/File:Pantheon.drawing.jpg. Acesso em: 7 ago. 2019.</p><p>15Arquitetura romana</p><p>PEREIRA, J. R. A. Introdução à história da arquitetura: das origens ao século XXI. Porto</p><p>Alegre: Bookman, 2010.</p><p>SEPÚLVEDA, E. Edifícios romanos dedicados ao Otium: os anfiteatros. Revista Pedra</p><p>& Cal, n. 33, fev./mar. 2007. Disponível em: http://www.gecorpa.pt/revista_edicao.</p><p>aspx?idr=16. Acesso em: 4 ago. 2019.</p><p>SOUSA, R. G. Mapa do império romano: história do mapa do império romano. [S. l.: s.</p><p>n., 2017]. Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/romana/mapa-do-</p><p>-imperio-romano.htm. Acesso em: 4 ago. 2019.</p><p>ZEVI, B. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1996.</p><p>Arquitetura romana16</p>