Prévia do material em texto
<p>Roteiro de Aulas Práticas</p><p>Fundamentos</p><p>teóricos e técnicos</p><p>para o cuidar em</p><p>Enfermagem I</p><p>Docentes: Fernanda de Oliveira Souza, Juliana Costa Ribeiro Barbosa e Ramona Garcia Sousa</p><p>Dominguez.</p><p>Monitoras: Fernanda Cardoso e Náila Andrade</p><p>2024.2</p><p>Aula Prática IV - Sinais Vitais (Temperatura, Pressão Arterial,</p><p>Frequência Respiratória, Frequência Cardíaca/Pulso e Dor),</p><p>Glicemia capilar e Antropometria</p><p>➔Aferição de Sinais vitais</p><p>Preparo de materiais:</p><p>1) Esfigmomanômetro;</p><p>2) Estetoscópio;</p><p>3) Termômetro;</p><p>4) Algodão;</p><p>5) Álcool a 70%;</p><p>6) Relógio de pulso com ponteiro de segundos;</p><p>7) Caneta (cor padronizada pela instituição);</p><p>8) Instrumento de registro de enfermagem</p><p>Temperatura: A temperatura corporal é um estado de equilíbrio por meio da produção,</p><p>manutenção e perda de calor. A temperatura difere em várias partes do corpo, sendo as</p><p>temperaturas centrais mais elevadas do que as da superfície do corpo. A temperatura normal</p><p>está entre 36ºC e 37,5ºC.</p><p>- Temperatura oral: Colocar o termômetro na cavidade oral, sob a língua do paciente, e</p><p>solicitar que ele mantenha a boca fechada no momento da aferição. O termômetro deve</p><p>ser de uso individual. Atentar para não aplicar essa mensuração em pacientes</p><p>inconscientes, com problemas respiratórios e com lesões na cavidade oral.</p><p>1</p><p>- Temperatura retal: Colocar luvas de procedimento, posicionar o paciente em decúbito</p><p>lateral esquerdo com a perna direita flexionada. Aplicar lubrificante cerca de 2,5 cm da</p><p>extremidade do termômetro. Inserir a extremidade do termômetro no ânus, cerca de 3,5</p><p>cm nos adultos e 2,5 cm em crianças.</p><p>- Temperatura timpânica e frontal: Utilizam sensores infravermelhos para detecção do</p><p>calor liberado pela membrana timpânica e pela região frontal. O uso é mais frequente em</p><p>crianças.</p><p>- Temperatura axilar: Realizar a desinfecção do termômetro, enxugar a axila do</p><p>paciente, se necessário e colocar o termômetro na região axilar com o bulbo em contato</p><p>2</p><p>direto na pele do paciente. Peça ao paciente para apoiar o braço da axila de aferição no</p><p>ombro do outro lado. Retirar o termômetro após o aviso sonoro e realizar a leitura; 10.</p><p>Realizar a desinfecção do termômetro após uso.</p><p>Classificação da temperatura corporal:</p><p>1.Um enfermeiro está realizando a aferição da temperatura de um paciente internado em um</p><p>hospital. Para isso, ele precisa decidir qual método utilizar para medir a febre e quais</p><p>materiais serão necessários. Com base nos tipos de febre e nos métodos disponíveis para a</p><p>aferição de temperatura. Qual das alternativas a seguir está CORRETA em relação ao tipo de</p><p>febre, método de aferição e materiais necessários?</p><p>a) Febre contínua: A temperatura permanece constantemente acima do normal com variações</p><p>diárias menores que 1°C. Pode ser medida na região axilar, utilizando um termômetro digital ou</p><p>de mercúrio.</p><p>b) Febre intermitente: A temperatura corporal varia durante o dia, retornando a níveis normais</p><p>por períodos. Aferida na região oral com um termômetro infravermelho.</p><p>3</p><p>c) Febre remitente: A temperatura apresenta variações maiores que 1°C, mas sem retornar ao</p><p>normal. Pode ser medida na região retal, utilizando um termômetro digital ou de mercúrio e luvas</p><p>descartáveis.</p><p>d) Febre intermitente: A temperatura apresenta picos durante o dia e retorna ao normal à noite.</p><p>Medida na região frontal, usando um termômetro de mercúrio e álcool 70% para desinfecção.</p><p>Exercício:</p><p>- Treinar aferição de temperatura.</p><p>- Fazer o registro do achado.</p><p>Frequência cardíaca: Número de vezes que o coração bate em 1 minuto. Nos adultos, a</p><p>frequência cardíaca normal varia entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm). Quando a</p><p>frequência cardíaca se encontra abaixo de 60 batimentos por minuto denomina-se bradicardia e,</p><p>quando se encontra acima de 100 batimentos por minuto, taquicardia.</p><p>A FC é geralmente mensurada por meio do estetoscópio posicionado na região apical do tórax</p><p>(no 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda) ou por meio da visualização do</p><p>cardioscópio, naqueles pacientes que se encontram sob monitoração, e é importante a</p><p>comparação entre a frequência e a medida do pulso.</p><p>Exercício:</p><p>- Treinar aferição da frequência cardíaca.</p><p>- Fazer o registro do achado.</p><p>Pulsos: Pulsação sentida como onda, que pode ser palpada em uma artéria periférica, e é</p><p>produzida pelo movimento do sangue durante a sístole, o qual exerce uma força nas paredes</p><p>dos vasos arteriais. O pulso é verificado utilizando-se a polpa dos dedos indicador e médio, por</p><p>meio da palpação de uma artéria, geralmente a artéria radial, contando-se durante 1 minuto o</p><p>número de batimentos e verificando-se suas características: intensidade (pode ser cheio ou</p><p>filiforme), ritmicidade (pode ser regular ou irregular) e simetria (iguais em ambos os membros). A</p><p>frequência cardíaca pode diferenciar-se do pulso devido a arritmias cardíacas. Acima de 100 ppm</p><p>é chamado taquisfigmia e abaixo de 60 ppm é bradisfigmia.</p><p>4</p><p>Classificação do pulso:</p><p>Exercício:</p><p>- Treinar aferição do pulso.</p><p>- Fazer o registro do achado.</p><p>Frequência respiratória: A frequência respiratória é um parâmetro para avaliação da</p><p>ventilação pulmonar e depende do reconhecimento dos movimentos torácicos e abdominais</p><p>normais. A frequência respiratória é o número de ciclos respiratórios completos (uma inspiração</p><p>e uma expiração) no período de 1 minuto.</p><p>OBSERVAÇÃO: ao aferir a frequência respiratória conte o número de incursões respiratórias,</p><p>observando a elevação e o abaixamento da caixa torácica enquanto faz outro procedimento</p><p>como, por exemplo, medição da temperatura. Não informe ao paciente antes de aferir a</p><p>frequência respiratória dele porque pode interferir no processo.</p><p>5</p><p>Tipos de respiração:</p><p>Exercício:</p><p>- Treinar aferição da frequência respiratória.</p><p>- Fazer o registro do achado.</p><p>Pressão Arterial: Pressão exercida pelo sangue contra a parede dos vasos sanguíneos e é</p><p>obtida pelo produto do débito cardíaco e da resistência vascular periférica. Há o método direto</p><p>(invasivo) no qual obtém-se a PA utilizando um cateter introduzido nas artérias radiais, braquiais</p><p>ou femorais e o método indireto (não invasivo) com auxílio de um esfigmomanômetro e um</p><p>estetoscópio.</p><p>6</p><p>Cuidados antes de aferir a pressão arterial:</p><p>1) Explicar o procedimento ao paciente.</p><p>2) Repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo.</p><p>3) Evitar bexiga cheia.</p><p>4) Não praticar exercícios físicos 60 minutos antes.</p><p>5) Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar 30 minutos antes.</p><p>6) Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e</p><p>relaxado.</p><p>7) Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito.</p><p>8) Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto do esterno ou quarto espaço</p><p>intercostal), apoiado com a palma da mão voltada para cima.</p><p>9) Solicitar para que não fale durante a medida.</p><p>Identifique os erros na imagem:</p><p>Procedimentos para aferir a pressão arterial:</p><p>1) Medir a circunferência do braço do paciente, no ponto médio entre o acrômio e o</p><p>olécrano.</p><p>2) Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço.</p><p>3) Colocar o manguito sem deixar folgas acima da fossa cubital, cerca de 2 a 3 cm.</p><p>4) Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial.</p><p>7</p><p>5) Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. Palpar o pulso radial e</p><p>inflar o manguito até seu desaparecimento, desinflar; o seu reaparecimento</p><p>corresponderá à pressão arterial sistólica.</p><p>6) Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula do estetoscópio sem</p><p>compressão excessiva.</p><p>7) Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg do nível estimado da pressão sistólica,</p><p>obtido pela palpação.</p><p>8) Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo).</p><p>9) Determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é um</p><p>som fraco seguido de batidas regulares e, em seguida, aumentar ligeiramente a</p><p>velocidade de deflação.</p><p>10) Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff).</p><p>11) Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg</p><p>abaixo do nível do som, para confirmar seu</p><p>desaparecimento e, depois, proceder à deflação rápida e completa.</p><p>12) Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no</p><p>abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero.</p><p>13) Esperar em torno de 1 minuto antes de novas medidas.</p><p>14) Informar os valores de pressão arterial obtidos para o paciente.</p><p>15) Registrar os valores sem “arredondamentos” e o membro no qual foi aferida a pressão</p><p>arterial.</p><p>Classificação da pressão arterial:</p><p>Exercício:</p><p>- Treinar aferição da pressão arterial;</p><p>- Fazer o registro do achado.</p><p>8</p><p>Avaliação da dor: A dor é um fenômeno subjetivo, multidimensional e complexo. Para</p><p>avaliá-la, o enfermeiro deve ouvir o relato do paciente, investigar as características da dor,</p><p>realizar o exame físico e utilizar escalas com boas propriedades psicométricas. O uso de escalas</p><p>ajuda a padronizar a avaliação, permite dimensionar a intensidade e avaliar o impacto da dor nas</p><p>atividades.</p><p>Etapas de avaliação da dor:</p><p>1) Intensidade da dor (quanto?)</p><p>2) Localização da dor (onde?)</p><p>3) Início da dor (quando?)</p><p>4) Periodicidade (período, duração e frequência)</p><p>5) Duração da dor.</p><p>6) Qualidade da dor (como?)</p><p>7) Fatores de piora ou melhora da dor ou sintomas advindos da dor</p><p>8) Presença de outros sintomas associados.</p><p>Avaliação da dor em pacientes com comunicação preservada:</p><p>9</p><p>Escala comportamental da dor:</p><p>Leia a situação, identifique os critérios de avaliação da dor e, se falta algum(ns), cite qual(is)</p><p>é(são): “Uma paciente de 45 anos, previamente saudável, procura o pronto-socorro</p><p>queixando-se de dor abdominal há 3 dias. Ela descreve a dor como intensa (nota 8/10 na escala</p><p>de dor), localizada na região inferior do abdome, especialmente do lado direito. A dor começou</p><p>de forma súbita e tem apresentado piora progressiva, sendo contínua, mas com picos de</p><p>aumento de intensidade. A paciente descreve a dor como latejante e com sensação de pressão.</p><p>Ela relata que a dor piora ao caminhar, tossir ou realizar movimentos bruscos, e alivia</p><p>parcialmente quando permanece deitada em repouso. Além disso, menciona episódios de febre</p><p>baixa (37,8°C) e náuseas, mas nega vômitos. Não houve alterações no hábito intestinal. Ela</p><p>também apresenta sensação de inchaço e desconforto geral.”</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>Exercício:</p><p>- Estratégias para avaliar a dor;</p><p>- Conhecer os instrumentos de avaliação da dor;</p><p>- Fazer o registro do achado.</p><p>10</p><p>➔ Antropometria</p><p>Preparo de materiais:</p><p>1) Fita métrica;</p><p>2) Balança;</p><p>3) Caneta e papel para registro;</p><p>4) Calculadora.</p><p>Peso Medida mais comum realizada na avaliação nutricional,</p><p>sendo de fácil obtenção, baixo custo e boa</p><p>sensibilidade, além de diagnosticar mudanças recentes</p><p>no estado nutricional. Utilizar balança manual ou</p><p>eletrônica devidamente calibrada e com a tara</p><p>determinada, confirmando se a marca de zero.</p><p>Estatura Modifica-se conforme o crescimento e o</p><p>desenvolvimento do indivíduo no ciclo vital, de</p><p>acordo com sexo, raça e tipo familiar. Com o</p><p>passar do tempo, as pessoas têm sua estatura</p><p>diminuída, devido ao fato de que a postura pode</p><p>se tornar ligeiramente mais curva.</p><p>Altura A pessoa deve ser medida em pé e sem sapatos.</p><p>Deve estar ereta, com os dois pés unidos e todo o</p><p>corpo encostado no antropômetro. Sua cabeça</p><p>deve estar posicionada de modo que seja possível</p><p>olhar horizontalmente. O esquadro deve ficar</p><p>acima da cabeça, fazendo pressão suficiente para</p><p>comprimir o cabelo.</p><p>11</p><p>Comprimento Em pacientes hospitalizados que não deambulam,</p><p>a medição pode ser feita quando estiverem</p><p>deitados em superfície plana, seguindo o mesmo</p><p>procedimento realizado em crianças ( de até 36</p><p>meses), com uma fita métrica posicionada em sua</p><p>lateral.</p><p>Circunferência abdominal A circunferência abdominal é uma medida que</p><p>pode indicar o risco de desenvolver doenças</p><p>cardiovasculares e diabetes. Para medir a</p><p>circunferência abdominal, deve-se posicionar uma</p><p>fita métrica na região do abdômen, de acordo com</p><p>os seguintes passos:</p><p>1) Localizar o ponto médio entre as duas</p><p>últimas costelas e a parte superior do osso</p><p>ilíaco;</p><p>2) Certificar-se de que a fita métrica não está</p><p>torta ou enrolada;</p><p>3) Relaxar e exalar;</p><p>4) Medir a circunferência abdominal.</p><p>Exercício:</p><p>- Coletar os dados antropométricos;</p><p>- Calcular o IMC;</p><p>- Fazer o registro do achado.</p><p>12</p><p>➔ Glicemia capilar</p><p>Preparo de materiais:</p><p>1) Glicosímetro;</p><p>2) Lanceta estéril;</p><p>3) Algodão;</p><p>4) Luvas de procedimento;</p><p>5) Álcool a 70%</p><p>6) Fita reagente para glicose</p><p>Definição: Monitorização da glicemia por meio de uma punção digital e de um glicosímetro. O</p><p>teste é realizado colocando-se uma pequena gota de sangue em uma tira, que está conectada</p><p>ao glicosímetro e, após alguns segundos, o resultado é mostrado no monitor do aparelho.</p><p>Antes da coleta:</p><p>1) Escolha do medidor;</p><p>2) Limpeza do aparelho;</p><p>3) Calibração do aparelho;</p><p>4) Estocagem das tiras (2 a 30º)</p><p>5) Checar a validade do frasco;</p><p>6) Coleta da amostra de sangue (uma gota)</p><p>7) Local de punção (lateral do dedos)</p><p>8) Higienização do local.</p><p>Fonte: Diretriz Da Sociedade Brasileira De Diabetes - Edição 2023</p><p>Exercício:</p><p>- Realizar o teste de glicemia capilar;</p><p>- Fazer o registro do achado.</p><p>13</p><p>Ficha de preenchimento</p><p>Nome completo: _______________________________________________________</p><p>Horário: ____:____ Data:____/____/______ Local: ______________________</p><p>Temperatura axilar: _______ °C FC: _________ bpm FR: __________ ipm</p><p>Pulso:______ Características do pulso:_______________________________________</p><p>Pressão Arterial: ______X______ mmHg Glicemia capilar:__________ mg/dL</p><p>Altura: ______ cm Peso:_______ kg IMC:_______ kg/m²</p><p>Circunferência abdominal: _________ cm Idade:____________ anos</p><p>Avaliação da dor: _______________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>Anotações e observações de enfermagem: ___________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>_____________________________________________________________________</p><p>Assinatura do profissional:______________________ Coren: ____________________</p><p>Data ____/_____/_______ Horário: _____:_______</p><p>14</p>