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<p>Biossegurança - UNIDADE 1</p><p>Aula 1</p><p>· Conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana</p><p>· Anvisa – agência nacional de vigilância sanitária - conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa produção, ensino, desenvolvimento tecnológico etc.</p><p>· Existem quatro níveis</p><p>· NB-1</p><p>· Agentes biológicos de classe de risco 1 - não descritos como causadores de doenças, baixo risco individual, coletivo ou ambiental - laboratórios de ensino</p><p>· Barreira primária (EPI)</p><p>· Barreira secundária: cabines de segurança biológica</p><p>· Estrutura física: não separada, pias, lava-olhos, chuveiro de emergência, sem ventilação.</p><p>· NB-2</p><p>· Agentes biológicos associados a doenças humanas – risco moderado - laboratórios clínicos e de diagnóstico</p><p>· Barreira primária: EPI</p><p>· Barreira Secundária: obrigatoriedade da capela de segurança - agentes infecciosos com possibilidade de formação de aerossóis e respingos.</p><p>· Estrutura física: bancadas impermeáveis, cantos devem ser arredondados, superfícies facilmente laváveis, localização separada, ventilação direcionada, ar filtrado e descartado longe de casas e circulação de pessoas.</p><p>· NB-3</p><p>· Agentes biológicos associados a doenças humanas com possibilidade de graves enfermidades – risco individual alto e baixo risco para a comunidade</p><p>· EPI (nesse caso, máscara de proteção PFF2 N95)</p><p>· Barreira secundária: capela; requisitos de controle e segurança mais rígidos</p><p>· Necessidade de funcionários com experiência em NB-2 – equipe treinada para o manejo de agentes patogênico</p><p>· Estrutura: prédio separado ou em área isolada, ventilação e sistema de gerenciamento de lixo, sistemas de ar-condicionado com pressão negativa dentro do prédio.</p><p>· Esgoto tratado antes de ser lançado no sistema público, sistema antirrefluxos, janelas herméticas.</p><p>· NB-4</p><p>· Agentes biológicos com classe de risco 4 – causam graves doenças - risco individual e coletivo elevado - difícil tratamento em caso de contágio</p><p>· Obrigatoriedade de cabine de segurança, macacão suprido com pressão de ar positivo.</p><p>Aula 2</p><p>· Perigo – tudo que gera dano a integridade física</p><p>· Risco – refere-se à probabilidade da ocorrência do perigo</p><p>· Mapa de riscos:</p><p>· Riscos Físicos - aqueles provocados por algum tipo de energia – relacionados com equipamentos ou ambiente</p><p>· Temperaturas extremas</p><p>· Radiação</p><p>· Umidade</p><p>· Ruídos</p><p>· Perfurocortantes</p><p>· Riscos Químicos - relacionados a manipulação de substâncias químicas com características tóxicas, cancerígenas, voláteis</p><p>· substância com capacidade de penetrar no organismo ou que apresente risco de explosão e incêndios</p><p>· Toxicidade</p><p>· Ecotoxicidade</p><p>· Inflamabilidade</p><p>· Difusidade do ar</p><p>· Biológicos</p><p>· Invasão e multiplicação de organismos indesejáveis</p><p>· Patogenicidade do agente</p><p>· Dose infecciosa</p><p>· Via de exposição</p><p>· Concentração do agente</p><p>· Tipo de atividade executada</p><p>· Disponibilidade de profilaxia</p><p>· Riscos ergonômicos</p><p>· Lesões por esforço repetitivo e doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho</p><p>· Excesso de horas trabalhadas, mobiliários baixos ou altos</p><p>· Notificação obrigatória</p><p>Aula 3</p><p>· Obrigatoriedade do empregador fornecer gratuitamente aos funcionários, instruir e treinar/fiscalizar o uso</p><p>· Função do EPI – neutralizar ou atenuar um possível agente agressivo contra o corpo; evitar lesões ou minimizar sua gravidade em casos de acidente ou exposição ao risco.</p><p>· EPI’s - Touca descartável, óculos, máscara, protetor facial, máscara filtrante (produtos com risco de geração de aerossóis deve-se utilizar máscara do tipo N95, N100, PFF2 ou PFF3, aventais, proibição do uso de jaleco fora do ambiente de trabalho sob MULTA.</p><p>· EPC’s - extintores de incêndio, capela, coletores de resíduos, chuveiro, lava olhos e saída de emergência, capela de fluxo laminar; cabine de segurança biológica.</p><p>Aula 4</p><p>· Fundamento básico da biossegurança; assegurar o avanço dos processos tecnológicos e proteger a saúde animal, humana e do meio ambiente</p><p>· Nos anos 1990: seminário em Paris – inclusão de temas como ética em pesquisa, meio ambiente, animais e processos envolvendo tecnologia de DNA recombinante</p><p>· Lei n. 11.105/2005: estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) e seus derivados</p><p>· Criação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio)</p><p>· Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS): analisa a pedido da CNTBio, os pedidos de liberação para uso comercial de OGM</p><p>· BPL: Boas práticas laboratoriais – objetivo de minimizar acidentes graves, lesões e contaminações</p><p>· POP: Procedimento Operacional Padrão - documento de planejamento de trabalho; padronizar e minimizar a ocorrência de erros (listagem de equipamentos, roteiro do procedimento, roteiro de inspeção periódica dos equipamentos e semelhantes.</p><p>UNIDADE 2</p><p>Aula 1</p><p>· Isótopos são átomos com o mesmo número atômico e diferente número de massa.</p><p>· Radioisótopos: propriedade de emitir radiação - absorção por células ou pequenos organismos.</p><p>· Pode ser prejudicial ou não</p><p>· Pode ser utilizado como terapia para algumas doenças; tratamento paliativo</p><p>· Respondem à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)</p><p>· Radiação - danos biológicos e seu uso deve ser feito de forma criteriosa</p><p>· 1987 acidente com Césio-137</p><p>· Fatores considerados: dose absorvida, taxa e forma de exposição. Toda dose, até a proveniente de radiação natural apresenta potencial para introduzir alterações celulares e câncer ou matar células;</p><p>· A curto prazo: náusea, vômito, diarreia, perda de peso, queda de cabelo, morte</p><p>· A longo prazo: mutações em células reprodutoras, câncer, anormalidades no desenvolvimento embrionário.</p><p>· CNEN e a eliminação de rejeitos;</p><p>· Atividades técnicas e administrativas envolvidas no seu manuseio até seu destino</p><p>· Tem como objetivo garantir a proteção do homem e a preservação do meio ambiente</p><p>· Bioterismo</p><p>· Utilização de animais em laboratório - pesquisa, ensino e atividades relacionadas ao desenvolvimento tecnológico, produção e controle de qualidade de vacinas e medicamentos</p><p>· Condutas:</p><p>· Garantir que a utilização dos animais seja justificada, considerando os benefícios científicos ou educacionais e os potenciais efeitos sobre o bem-estar</p><p>· Garantir o bem-estar dos animais</p><p>· Promover o desenvolvimento e uso de técnicas que substituam a utilização de animais</p><p>· Minimizar o número de animais utilizados</p><p>· Refinar métodos e procedimentos a fim de evitar dor ou estresse de animais.</p><p>· Necessidades básicas;</p><p>· Planejamento e construção devem obedecer a critérios rígidos, distribuindo as áreas em</p><p>· Áreas para animais de quarentena</p><p>· Circulação (corredores)</p><p>· Depósitos (materiais)</p><p>· Higienização e esterilização</p><p>· Laboratórios</p><p>· Administração</p><p>· Três elementos básicos: sala de animais, corredor de distribuição e corredor de recolhimento</p><p>· Necessidade de pessoal qualificado e bem treinado – que goste de animais;</p><p>· Saúde - não passar doenças aos animais</p><p>· Zoonoses evitadas por monitoramento e uso de</p><p>· Higiene pessoal, lavar as mãos antes e depois do manuseio dos animais</p><p>· Evitar comer, beber, fumar</p><p>· Roupas autoclavadas antes e depois</p><p>· Sapatos descartados ou com protetor</p><p>· Luvas de borracha</p><p>· Autocontrole – evitar estresse</p><p>· Responsabilidade – respeito com o animal</p><p>· Cuidado com o material - preservação</p><p>· O fluxo de animais é unidirecional</p><p>· Uso de autoclaves específicas para esterilização de maravalhas, bebedouros e mini isoladores.</p><p>Aula 2</p><p>· Avaliações são importantes para fins de laudos técnicos, periciais, caracterização de insalubridade e identificação da concentração ou exposição do trabalhador ao risco</p><p>· Quando o limite para determinada exposição deixa de ser seguro aos trabalhadores, ele passa a ser chamado de limite de tolerância (“concentração</p><p>ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral”)</p><p>· Mapa de risco</p><p>· Representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes</p><p>· Conscientizar os trabalhadores e visitantes dos riscos</p><p>· Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) - responsável pela elaboração</p><p>Tipo de agente</p><p>Cor</p><p>Exemplo</p><p>Químicos</p><p>vermelho</p><p>Gazes, vapor, névoas</p><p>Físicos</p><p>verde</p><p>Ruído, calor, frio</p><p>Biológicos</p><p>marrom</p><p>Fungos, vírus, bactérias</p><p>Ergonômicos</p><p>amarelo</p><p>Movimento repetitivo</p><p>Mecânicos ou acidentes</p><p>azul</p><p>Incêndio, explosão, eletricidade</p><p>· Risco ocupacional – acidentes com perfurocortantes - exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados</p><p>· Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial - recomendações</p><p>Aula 3</p><p>· Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde</p><p>· Fiscalizado pelo Conama e Anvisa</p><p>· Classificação</p><p>· Grupo A: componentes com possível presença de agentes biológicos (como placas de laboratório, bolsas de transfusão)</p><p>· Grupo B: substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente (identificados pela caveira e a frase de risco)</p><p>· Grupo C: resíduos radioativos – materiais provenientes de laboratórios de análise clínica, serviços de medicina (radioterapia)</p><p>· Segregados de acordo com a natureza física do material</p><p>· Sólidos vão para recipientes rígidos e líquidos para com capacidade de 2L</p><p>· Grupo D: sem risco biológico, químico, radiológico, podendo ser comparado com lixo domiciliar – reciclagem ou reutilização</p><p>· Grupo E: perfurocortantes – devem ser descartados separadamente e imediatamente após o uso – recipientes rígidos, PROIBIDO O REAPROVEITAMENTO</p><p>· Utilizam o símbolo de substância infectante, com rótulo de fundo branco, inscrição de resíduo perfurocortante</p><p>Aula 4</p><p>· Descontaminação - processo que envolve redução ou eliminação do risco biológico por meio da remoção de microrganismos patogênicos de objetos e superfícies</p><p>· Pode ser química - uso de soluções germicidas ou físico (lavagem, autoclave ou incineração)</p><p>· Material não contaminado – pode ser reutilizado, reciclado ou descartado como lixo municipal geral;</p><p>· Objetos perfurocortantes contaminados – devem ser coletados em recipientes à prova de perfurações, equipados com tampas e tratados como infecciosos</p><p>· Material contaminado para reutilização ou reciclagem – deve ser primeiro descontaminado e lavado; depois disso, pode ser tratado como material não contaminado (não infeccioso);</p><p>· Material contaminado para descarte – descontaminar no local ou armazenar com segurança antes do transporte para outro local para descontaminação e descarte;</p><p>· Material contaminado para incineração – incinerar no local ou armazenar com segurança antes do transporte para outro local para incineração;</p><p>· Resíduos líquidos (contaminados ou não) para descarte no sistema de esgoto sanitário – descontaminar antes do descarte no esgoto sanitário</p><p>· Limpeza é o primeiro passo para o processo de descontaminação - remoção mecânica de sujidades</p><p>· Processos físicos</p><p>· Aumento da temperatura</p><p>· Após a exposição à alta temperatura, um recurso muito utilizado é a redução da temperatura, para que os microrganismos sobreviventes não voltem a se multiplicar em um processo conhecido como choque térmico.</p><p>· A desinfecção é dividida em três níveis</p><p>· 1. nível baixo - eliminação de bactérias, amônias - vantagem de ser pouco tóxico - limpeza de superfícies</p><p>· 2. nível médio - eliminação de microbactérias como o bacilo da tuberculose, fungos e vírus com exceção de esporos – álcool 70 por exemplo</p><p>· 3. nível alto - micobactérias, esporos, fungos, vírus, esporos - glutaraldeído a 2%</p><p>· Esterilização</p><p>· Destruição de todos os microrganismos, utilizando de processos químicos ou físicos. Elimina todas as bactérias, vírus, esporos e fungos</p><p>· Considera-se estéril quando a chance de sobrevivência do microrganismo contaminante é menor do que 1:1.000.000</p><p>· Física:</p><p>· Autoclave, estufa, flambagem</p><p>· Química:</p><p>· Por meio de aldeídos</p><p>· Com produtos líquidos – meio da imersão do utensílio num banho contendo o produto. Os esterilizantes mais utilizados nesse processo são o glutaraldeído a 2%, o ácido peracético a 0,2% e o peróxido de hidrogênio a 6%.</p><p>· Com produtos gasosos – muito usado em hospitais, é o óxido de etileno</p><p>· Monitoramento:</p><p>· Tiras indicadoras – muda de coloração quando exposta à temperatura – colocada sobre todos os produtos a serem esterilizados</p><p>· Teste de Bowie e Dick</p><p>· Indicadores biológicos: culturas padronizadas de microrganismos comprovadamente resistentes</p><p>· Classificação de artigos de hospital</p><p>· 1. artigos não críticos: não entram em contato com o paciente, ou interagem apenas com pele íntegra - baixo risco de transmissão - recebem apenas limpeza</p><p>· 2. semicríticos: entram em contato com mucosas que revestem órgãos internos ou com pele não íntegra - devem receber limpeza e posteriormente desinfecção</p><p>· 3. críticos - penetram em tecidos, contato com sangue, secreções, alto risco de infecção.</p><p>· Prevenção de incêndios</p><p>· Ponto de fulgor – temperatura em que um combustível desprende vapores suficientes para ser inflamado por uma fonte de calor</p><p>· Ponto de Combustão - temperatura do combustível acima da qual ele desprende vapores em quantidades suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor e continuem queimando</p><p>· Ponto de ignição - temperatura necessária para inflamar os vapores que estejam se desprendendo de um combustível</p><p>· Tipos de extintor</p><p>· Classe A – extintores de água ou espuma – usado em combustíveis que quando queimam deixam resíduos (borracha, madeira, papel)</p><p>· Classe B – usado em incêndios que não deixam resíduos - CO2, espuma ou pó químico</p><p>· Classe C - incêndios com eletricidade - pó químico seco ou CO2</p><p>· Classe D - incêndios em metais – base de cloreto de sódio</p><p>· Classe E - incêndios que envolvem produtos para cozinhar, como gorduras vegetais ou óleos</p>