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<p>CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL</p><p>CURSO DE ENFERMAGEM</p><p>ELESSANDRO FERREIRA DE LIMA UL 19100390</p><p>CASO CLÍNICO – Diabetes Mellitus gestacional</p><p>Altamira - PA</p><p>2022</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A Diabetes gestacional é uma condição metabólica exclusiva da gestação e que se deve ao aumento da resistência insulínica causada pelos hormônios gestacionais. Essa resistência pode gerar hiperglicemia, aumento do açúcar no sangue. Todas as necessidades nutricionais e metabólicas do feto são supridas pela placenta. As alterações no metabolismo materno que impactem nas necessidades do feto precisam ser diagnosticadas o quanto antes para evitar riscos para a mãe e para o bebê.</p><p>Alguns hormônios produzidos pela placenta diminuem a efetividade da insulina em reduzir a glicose do sangue, visando aumentar a oferta de nutrientes para o feto. Por isso as gestantes precisam produzir mais insulina que o habitual para controlar seus níveis de açúcar no sangue. Algumas mulheres, por fatores individuais, podem não conseguir atingir o equilíbrio entre a necessidade de insulina e seus níveis de glicemia, podendo se tornar diabéticas durante a gestação.</p><p>Existem alguns fatores de risco que predispõem o desenvolvimento de diabetes gestacional. Os principais são:</p><p>· Sobrepeso/obesidade antes da gestação;</p><p>· Elevação do peso durante a gestação além do considerado normal;</p><p>· Síndrome dos ovários policísticos (SOP);</p><p>· Uso de medicamentos hiperglicemiantes;</p><p>· Hipertensão arterial sistêmica;</p><p>· Hipertrigliceridemia;</p><p>· Acidentes obstétricos, como perdas gestacionais prévias, história de Diabetes gestacional prévio, recém-nascido anterior com peso ≥ 4.000 g.(Guia da gestante com diabetes gestacional. 2019)</p><p>ESTUDO DE CASO</p><p>QUESTÕES NORTEADORAS</p><p>· Quais as complicações fetais decorrentes da diabetes mellitus gestacional?</p><p>· Qual a fisiopatologia do diabetes mellitus gestacional?</p><p>· A mãe continua diabética após a gravidez?</p><p>· O diabetes mellitus gestacional é investigado no pré-natal?</p><p>IDENTIFICAÇÃO (LOCAL E PACIENTE)</p><p>O local deste referente estudo de caso foi no hospital H.G.A, 28 semanas, quando identificado sexo feminino, 40 anos, brasileira, natural e residente de altamira – Pará, dona de casa, solteira, negra, católica, segundo grau completo.</p><p>RESUMO DOS PROBLEMAS E ALTERAÇÕES IDENTIFICADAS.</p><p>A paciente veio até o hospital com queixa principal de cansaço e aumento da sede. Ela relata que a cerca de duas semanas apresenta sede excessiva (polidipsia), maior frequência de idas ao banheiro para urinar (poliúria) e aumento da fome (polifagia). Ela relata está com medo, dizendo que procurou a ajuda da enfermeira porque teme que algo ocorra ao seu bebê. Os casos diagnosticados no presente estudo estão sendo resolvidos no tópico discussão.</p><p>FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA</p><p>A metodologia utilizada será do tipo Pesquisa teórica por apresentar os variados aspectos e posicionamentos dos estudiosos do assunto, buscando um embasamento dos pontos levantados e discutidos. Para tanto, serão consultados trabalhos acadêmicos, artigos científicos, leis, sites da internet e livros diversos: Scielo, LILACS, MEDLINE e Portal de Revistas Científicas da BVS, além de busca em ferramentas jurídicas como Código Penal Brasileiro e legislações, selecionados entre os anos de 2015e 2021.</p><p>ALTERNATIVAS OU PROPOSTAS</p><p>A enfermeira então encaminha a gestante pata a consultar médica e a mesma solicita, então, teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com sobrecarga de 75g. Três medidas de glicose são analisadas: em jejum, 1hora e 2 horas. A paciente apresenta glicose de jejum 100 mg/dL, 1hora 190 mg/dL e 2 horas 156 mg/dL. Como mais de duas medidas estão alteradas, é fechado o diagnóstico de diabetes mellitus gestacional.</p><p>2.6 AÇÕES IMPLEMENTADAS OU RECOMENDADAS</p><p>Diante do diagnóstico de diabetes mellitus gestacional, a enfermeira da unidade básica de saúde em que G. R. F. deve iniciar o controle de glicemia. Inicialmente é recomendada a mudança de estilo de vida e o monitoramento da glicose pré e pós prandiais de quatro a sete vezes por dia. A paciente deve iniciar dieta específica com três refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e dois a três lanches durante o dia. É incentivado o consumo de verduras e legumes. Também é orientado que a gestante realize exercícios físicos de quatro a cinco vezes por semana, com duração de 30 minutos. Nova consulta foi marcada passadas duas semanas de tratamento não farmacológico, a fim de avaliar o controle glicêmico, sendo que a terapia insulínica seria o próximo passo a ser tomado caso as metas glicêmicas não forem atingidas.</p><p>2.7 DISCUSSÃO</p><p>A diabetes mellitus gestacional ocorre porque a glicose sanguínea materna ultrapassa a placenta por difusão facilitada e entra no organismo do feto. Assim, quando a mãe apresenta hiperglicemia, o feto também apresentará. Surgem, então, complicações do aumento da glicose no sangue fetal. Como a partir da 10ª semana de gestação o pâncreas fetal já está desenvolvido, há um aumento da produção de insulina, com consequente quadro de hiperinsulinemia fetal.</p><p>A insulina é um hormônio anabolizante, a principal complicação fetal é a macrossomia. Ela está associada ao risco aumentado de obesidade infantil e síndrome metabólica na vida adulta.</p><p>Como a síndrome metabólica e o diabetes mellitus do tipo 2 tem base fisiológica semelhante, o risco do desenvolvimento de DM 2 também é elevado. Outra consequência da hiperglicemia fetal é o aumento da diurese fetal, levando ao polidrâmnio.</p><p>Dessa maneira, essa complicação favorece a rotura prematura das membranas e prematuridade. A hiperglicemia induz a formação de radicais livres que aumentam as chances de malformações fetais. Ainda, acarreta a produção deficiente de surfactante pulmonar, gerando um risco aumentado do desenvolvimento da síndrome de desconforto respiratório (SDR).</p><p>Já ao nascimento, o recém-nascido metaboliza rapidamente a glicose devido ao excesso de insulina produzido no período intraútero. Com isso, ele desenvolve hipoglicemia neonatal. Há um aumento da morbimortalidade dos recém-nascidos de mães com DMG e o óbito intrauterino nas últimas quatro semanas de gestação é característico de diabetes mellitus gestacional mal controlado.</p><p>A gestação é uma condição que propicia o desenvolvimento de diabetes nas mulheres. A placenta produz hormônios hiperglicemiantes e enzimas que degradam a insulina. Para compensar essa perda de insulina, há o aumento da sua produção e consequente estado de resistência insulínica.</p><p>As diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020 trazem os fatores de risco associados a essa condição:</p><p>Fonte:SociedadeBrasileiradeDiabetes,2019</p><p>A diabetes mellitus gestacional é um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus do tipo 2 após a gravidez. Mas nem sempre a gestante vai desenvolver DM 2 quando ela inicia medidas terapêuticas como o cuidado com sua dieta e prática de atividades físicas. Decorridas seis semanas após o parto, a mulher deve realizar novamente o teste oral de tolerância à glicose para verificar se sua condição diabética persiste. Nesse caso, ela não deve estar sendo tratada com medicamentos antidiabéticos para que o exame seja confiável. É importante destacar que uma vez que a mulher apresente diabetes mellitus gestacional, deve-se atentar às próximas gestações, pois o risco é aumentado para a ocorrência de um novo diabetes mellitus gestacional</p><p>A American Diabetes Association (ADA) traz a temática que o rastreamento para diabetes mellitus em gestantes venha ser realizada na primeira consulta de pré-natal. E que seja realizada um novo rastreamento no período de 26 e 28 semanas pois a diabetes mellitus gestacional (DMG) se desenvolve com maior frequência nesse período</p><p>3. CONCLUSÃO</p><p>O pré-natal tem o objetivo de monitorar a gestante, uma vez que ela passará a ter demandas fisiológicas relacionadas a gestação</p><p>como por exemplo, a pressão arterial, o ganho de peso, a alimentação, o crescimento do bebê intrauterino, sua movimentação, ou seja, tudo que pode acontecer e trazer algum agravo no período.</p><p>É pertinente lembrar que os contatos frequentes nas consultas entre enfermeiros e gestantes possibilitam melhor monitoramento do bem-estar da gestante, o desenvolvimento do feto e a detecção precoce de quaisquer problemas. Assim, a consulta de enfermagem juntamente com atividades educativas pode preencher, muitas vezes, as lacunas de conhecimento, tornando-se um espaço de discussão e orientação e cuidado integral</p><p>Para uma melhor qualificação do enfermeiro gestor do local da unidade de saúde básica da região, deve-se haver uma proposta de manutenção em relação as políticas ambientes referentes as normativas proveniente em cada unidade. Conclui-se assim que através da aplicação do processo de enfermagem a paciente conseguiu entender a diabetes mellitus gestacional e equipe da unidade básico conseguiu concluir o processo sem grandes complicações</p><p>REFERÊNCIA</p><p>1. GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4˚ed. São Paulo: Atlas, 2002.</p><p>2. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 6 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2003.</p><p>3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes Melitus. Brasilia, 2016.</p><p>4. https://www.diabetesatlas.org/en/ Buse, J.B., Caprio, S., Cefalu, W.T., Ceriello, A., Del Prato, S., Inzucchi, S.E., Mclaughlin, S., Phillips, G.L., Robertson, R.P., Rubino, F.,</p><p>Kahn, R., Kirkman, M.S., 2009. How Do We Define Cure of Diabetes?. Diabetes Care 32, 2133–2135.. doi:10.2337/dc09-903</p><p>5. MENDES, Fernanda Savoi et al. Guia da gestante com diabetes gestacional. 2019. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/EBOOK_GUIA_DA_GESTANTE_COM_DMG.pdf. Acesso em: 29 outubro. 2022.</p><p>image1.jpg</p>

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