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<p>Módulo 1 - Licenciamento Ambiental</p><p>Impacto Ambiental</p><p>O art. 1º da Resolução CONAMA nº 001 considera como impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:</p><p>I - A saúde, a segurança e o bem-estar da população.</p><p>II - As atividades sociais e econômicas.</p><p>III - A biota.</p><p>IV - As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente.</p><p>V - A qualidade dos recursos ambientais.</p><p>As principais consequências dos impactos ambientais são: alterações climáticas; extinção de espécies e habitats; desaparecimento de rios; poluição atmosférica; dentre outras.</p><p>A Lei nº 12.305/2010 estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que dá ênfase às responsabilidades das empresas pela correta gestão dos resíduos. Essa lei tem como principal característica a conhecida “logística reversa”, que consiste na devolução dos produtos para os seus respectivos fabricantes, para que estes possam fazer a correta destinação final. Em geral, em aterros sanitários ou até mesmo reintroduzi-los em novos ciclos de produção.</p><p>Os aspectos ambientais são todas as atividades, serviços ou produtos da empresa que possuem algum tipo de interação com o meio ambiente. Já os impactos são as modificações no meio ambiente. Resumindo, o aspecto ambiental é a causa e o impacto ambiental é o efeito</p><p>Assim, aspecto + meio (físico, biótico, socioeconômico) = impacto (positivo ou negativo).</p><p>A primeira grande manifestação de forma institucionalizada e de ação política referente ao tema impacto ambiental ocorreu com a criação do NEPA (National Environmental Policy Act) em 1969, nos Estados Unidos da América.</p><p>A Avaliação de Impacto Ambiental – AIA, entende-se um instrumento de gestão preventivo que, embasado em procedimentos legais, institucionais e técnico-científicos, tem por objetivo identificar os impactos potenciais das futuras instalações de um empreendimento, ou seja, instrumento de gestão ambiental preventivo que visa prever impactos ambientais na fase de planejamento e concepção do projeto, usualmente associado a alguma forma de processo decisório, como o licenciamento ambiental.</p><p>Esse instrumento legal dispunha sobre os objetivos e os princípios da política ambiental norte-americana, exigindo para todos os empreendimentos com potencial de impactar o meio ambiente, a observação de alguns pontos, como:</p><p>· Identificação dos impactos ambientais.</p><p>· Efeitos ambientais negativos.</p><p>· Alternativas da ação.</p><p>· Relação dos recursos ambientais negativos no curto prazo.</p><p>· Manutenção ou mesmo melhoria do seu padrão no longo prazo.</p><p>· Definição clara quanto a possíveis comprometimentos dos recursos ambientais para o caso de implantação da proposta.</p><p>Em 1972, foi realizada, em Estocolmo, a I Conferência Mundial de Meio Ambiente, cujo objetivo era estabelecer uma visão global e princípios comuns, que iriam servir de inspiração e orientação à humanidade para preservação e melhoria do ambiente.</p><p>Em 1981, quase duas décadas passadas de uma preocupação cada vez mais crescente com as questões ambientais, o Brasil publicou a primeira lei de âmbito federal sobre o assunto, a Política Nacional do Meio Ambiente − Lei 6.938/81.</p><p>Por meio dessa lei, a avaliação de impactos ambientais e o licenciamento ambiental foram criados como instrumentos para que fossem atingidos os objetivos de preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar no país condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade humana.</p><p>O licenciamento ambiental constitui-se, portanto, em um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente e tem como finalidade promover o controle prévio à construção, à instalação, à ampliação e ao funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetivamente poluidoras e causadoras de impactos ambientais.</p><p>A mitigação dos impactos ambientais depende do esforço coletivo do poder público, sociedade e empresas. São necessárias desde medidas mais simples até ações mais complexas</p><p>O impacto somente será considerado adverso ou negativo nos casos em que a ação resultar em algum dano à qualidade ou parâmetro ambiental. Além disso, é interessante saber que os impactos ambientais podem ser classificados de diferentes formas, sendo estas:</p><p>Impacto direto</p><p>Quando resulta de uma simples relação de causa e efeito.</p><p>Impacto indireto</p><p>Quando é uma reação secundária em relação à ação ou quando é parte de uma cadeia de reações.</p><p>Impacto local</p><p>Quando a ação afeta apenas o próprio sítio e suas imediações.</p><p>Impacto regional</p><p>Quando o efeito se propaga por uma área e suas imediações.</p><p>Impacto estratégico</p><p>Quando um componente ou recurso ambiental de importância coletiva ou nacional é afetado.</p><p>Impacto imediato</p><p>Quando o efeito surge no instante em que se realiza a ação.</p><p>Impacto em médio e longo prazo</p><p>Quando o efeito se manifesta depois de certo tempo após a ação.</p><p>Impacto temporário</p><p>Quando o efeito permanece por tempo determinado.</p><p>Impacto permanente</p><p>Quando os efeitos não param de se manifestar em um horizonte temporal conhecido.</p><p>Impactos locais</p><p>São aqueles cuja ação afeta apenas o próprio sítio e suas imediações, como a poluição do ar, por exemplo, causada pela queima de combustíveis fósseis.</p><p>Impactos regionais</p><p>São aqueles cujo efeito se propaga por uma área maior que vai além das imediações do local onde a atividade está sendo desenvolvida, como a chuva ácida.</p><p>Módulo 2 – Elegibilidade e aplicabilidade do Licenciamento Ambiental</p><p>Resolução Conama Nº001, de 23 de janeiro de 1986</p><p>Por meio dessa resolução, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), no uso das suas atribuições e considerando a necessidade de se estabelecerem as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, resolveu especificar alguns pontos importantes relacionados ao assunto e que serão brevemente expostos a seguir:</p><p>· Artigo 3º da Resolução</p><p>Fica determinado que dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental (EIA) e respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA), a serem submetidos à aprovação do IBAMA, o licenciamento de todas as atividades que, pela lei, sejam de competência federal. Em outras palavras, a partir da publicação da resolução, qualquer atividade modificadora do meio ambiente passou a ser obrigada a elaborar o EIA/RIMA para conseguir o licenciamento estar de acordo com a legislação ambiental.</p><p>· Artigo 4º da Resolução</p><p>Fica estabelecido que os órgãos ambientais competentes e os órgãos setoriais do SISNAMA deverão compatibilizar os processos de licenciamento com as etapas de planejamento e implantação das atividades consideradas modificadoras do meio ambiente, respeitados os critérios e diretrizes estabelecidos por essa Resolução e tendo por base a natureza, o porte e as peculiaridades de cada atividade. Isso quer dizer, que dependendo do potencial do impacto a ser causado pela atividade, serão determinados procedimentos específicos pelo órgão ambiental, que deverá acompanhar o cumprimento dessas exigências em todas as fases do processo.</p><p>· Artigo 5º da Resolução</p><p>Fica determinado que o EIA, além de atender à legislação, em especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá também às seguintes diretrizes gerais:</p><p>I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto.</p><p>II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da atividade.</p><p>III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica</p><p>na qual se localiza.</p><p>lV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade.</p><p>· Artigo 7º da Resolução</p><p>Determina que o estudo de impacto ambiental será realizado por uma equipe multidisciplinar devidamente habilitada, não dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto e que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados.</p><p>· Artigo 8º da Resolução</p><p>Fica estabelecido que correrão por conta do proponente do projeto todas as despesas e custos referentes à realização do estudo de impacto ambiental, tais como: coleta e aquisição dos dados e informações, trabalhos e inspeções de campo, análises de laboratório, estudos técnicos e científicos e acompanhamento e monitoramento dos impactos, elaboração do RIMA e fornecimento de pelo menos 5 (cinco) cópias. Em outras palavras, todas à custa da elaboração do EIA/RIMA serão da responsabilidade de quem estiver solicitando o licenciamento, ficando os órgãos ambientais isentos de qualquer despesa.</p><p>· Artigo 9º da Resolução</p><p>Determina que o relatório de impacto ambiental – RIMA, refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental e conterá, no mínimo:</p><p>I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais.</p><p>II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias-primas, e mão de obra, as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados.</p><p>III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambientais da área de influência do projeto.</p><p>IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação.</p><p>V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização.</p><p>VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de alteração esperado;</p><p>VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos.</p><p>VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral).</p><p>· Artigo 10º da Resolução</p><p>Determina que o órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o município terá um prazo para se manifestar de forma conclusiva sobre o RIMA apresentado. Por meio do parágrafo único, fica estabelecido que o prazo para a manifestação a que se refere o artigo terá o seu termo inicial na data do recebimento pelo órgão estadual competente ou pela SEMA do estudo do impacto ambiental e seu respectivo RIMA.</p><p>· Artigo 11º da Resolução</p><p>Fica determinado que respeitado o sigilo industrial, assim solicitando e demonstrando pelo interessado, o RIMA será acessível ao público. Suas cópias permanecerão à disposição dos interessados, nos centros de documentação ou bibliotecas da SEMA e do estadual de controle ambiental correspondente, inclusive o período de análise técnica.</p><p>O que é o EIA?</p><p>A norma prevê distintas espécies de avaliação de impactos ambientais, dentre eles, cabe mencionar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), plano de manejo, plano de recuperação de área degradada (PRAD), plano e projeto de controle ambiental, dentre outros. Como uma espécie de avaliação de impacto ambiental, o EIA materializa o princípio da prevenção do dano ambiental e constitui um dos principais instrumentos de proteção do ambiente</p><p>Essas diretrizes são apresentadas a seguir e estão de acordo com a Resolução CONAMA 001/86:</p><p>I. Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto.</p><p>II. Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação.</p><p>III. Definir limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localize.</p><p>IV. Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação, na área de influência do projeto e sua compatibilidade.</p><p>Medidas mitigatórias</p><p>São aquelas estabelecidas antes da instalação do empreendimento, e visam à redução dos efeitos provenientes dos impactos ambientais negativos gerados por tal ação. Os planos de mitigação buscam reverter danos parciais e reduzir situações de risco e de impactos ambientais, por meio da intervenção em áreas vulneráveis e da implementação de programas operacionais que permitam, em curto prazo, mitigar situações críticas com base na definição de prioridades.</p><p>RIMA, o que significa?</p><p>Entende-se por Relatório de Impacto Ambiental ou, simplesmente, RIMA, o relatório resumo dos estudos do EIA, em linguagem objetiva e acessível para não técnicos. Os estudos realizados pelo EIA terão a sua conclusão prescrita no RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) de forma clara para explicar ao público as vantagens e as desvantagens do projeto. Além disso, deve demonstrar também de forma clara e objetiva as consequências que ele irá provocar.</p><p>O RIMA deve obedecer aos requisitos mínimos previstos no art. 9º da Resolução CONAMA 01/86 e, quando aferida a falsidade das informações previstas, essa conduta configura crime ambiental de acordo com o art. 69-A, Lei 9.605/98.</p><p>O Relatório de Impacto Ambiental deverá conter, no mínimo:</p><p>· Objetivos e justificativas do empreendimento.</p><p>· Descrição do empreendimento e das alternativas locacionais e tecnológicas existentes.</p><p>· Síntese dos resultados do diagnóstico ambiental.</p><p>· Descrição dos impactos prováveis.</p><p>· Caracterização da qualidade ambiental futura.</p><p>· Efeitos esperados das medidas mitigadoras.</p><p>· Programa de acompanhamento e monitoramento.</p><p>· Conclusões e recomendações da alternativa mais favorável.</p><p>O artigo 2º da Resolução CONAMA nº 001 determina que “Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental − RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do Ibama em caráter supletivo”, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:</p><p>I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento.</p><p>II – Ferrovias.</p><p>III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos.</p><p>IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18 de novembro de 1966.</p><p>V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários.</p><p>VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV.</p><p>VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques.</p><p>VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão).</p><p>IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração.</p><p>X - Aterros sanitários, processamento e “destino final” de resíduos tóxicos ou perigosos.</p><p>Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW.</p><p>XII - Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloro, químicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos).</p><p>XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais – ZEI.</p><p>XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais</p><p>ou de importância do ponto de vista ambiental.</p><p>XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes.</p><p>XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia.</p><p>Módulo 3 – Tipos de licenças</p><p>O sistema de licenciamento brasileiro trabalha com a chamada “tríplice licença”, que contempla:</p><p>· Licença Prévia (LP)</p><p>· Licença de Instalação (LI)</p><p>· Licença de Operação (LO)</p><p>No que se refere à Licença Prévia (LP), a sua concessão ocorre na fase inicial do empreendimento. Nessa fase, deve ficar atestada a viabilidade ambiental, assim como a aprovação da localização e da concepção. É na Licença Prévia que ficam estabelecidos os requisitos básicos e as condições a serem atendidos nas etapas seguintes, isto é, na Licença de Instalação e Licença de Operação.</p><p>· Licença de Instalação (LI)</p><p>Autoriza a instalação do empreendimento, atividade ou obra. Para sua concessão, é essencial a elaboração do Projeto Executivo que deverá detalhar o projeto inicial, sendo repleto de detalhes técnicos. Nessa etapa do licenciamento, o realizador da obra é obrigado a implementar condições que minimizem os impactos ambientais, no processo de instalação do empreendimento.</p><p>· Licença de Operação (LO)</p><p>Autoriza a operação da atividade, obra ou empreendimento, devendo o órgão ambiental responsável realizar a fiscalização da obra para verificar o cumprimento das</p><p>Licença de Instalação e de Operação (LIO)</p><p>Por meio da LIO o órgão ambiental autoriza, em uma única fase, a instalação e a operação de atividade ou empreendimento.</p><p>Licença Prévia e de Instalação (LPI)</p><p>Em uma única fase, o órgão ambiental atesta a viabilidade ambiental e autoriza a instalação da atividade ou empreendimento, estabelecendo as condições e medidas de controle ambiental necessárias.</p><p>Licença Ambiental Simplificada (LAS)</p><p>Em uma única fase, atesta a viabilidade ambiental, aprova a localização e autoriza a implantação e a operação de empreendimento ou atividade, estabelecendo as condições e medidas de controle ambiental que deverão ser atendidas.</p><p>Licença de Operação e Recuperação (LOR)</p><p>Autoriza a operação de empreendimento ou atividade concomitante à recuperação ambiental de áreas contaminadas. A LOR tem o prazo de, no mínimo, o determinado pelo cronograma de recuperação ambiental da área e, no máximo, de 6 (seis) anos.</p><p>Licença Ambiental de Recuperação (LAR)</p><p>De acordo com os critérios técnicos estabelecidos em leis e regulamentos, a LAR autoriza a recuperação de áreas contaminadas em atividades ou empreendimento fechados, desativados ou abandonados ou de áreas degradadas. O prazo de validade é, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de recuperação ambiental do local e, no máximo, de 6 (seis) anos.</p><p>Licença Única (LU)</p><p>Substitui os procedimentos administrativos ordinários do licenciamento prévio, de instalação e operação do empreendimento ou atividade, unificando-os na emissão de uma única licença.</p><p>Licença de Alteração</p><p>Geralmente, está condicionada à existência de Licença de Instalação (LI) ou Licença de Operação (LO), concedida quando porventura ocorrer modificação no contrato social do empreendimento, atividade ou obra, ou qualificação de pessoa física.</p><p>Licença de Ampliação</p><p>Concedida para a realização de ampliações ou ajustes em empreendimento ou atividade já implantados e licenciados.</p><p>O artigo 10 da Resolução 237/97 do Conama define os procedimentos para a obtenção da licença ambiental, estabelecendo algumas etapas básicas para a concessão das licenças ambientais:</p><p>I – Definição dos documentos, projetos e estudos ambientais necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida.</p><p>II – Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais.</p><p>III – Análise pelo órgão ambiental dos documentos apresentados e a realização de vistorias técnicas.</p><p>IV – Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental; V – Audiência pública, quando couber.</p><p>VI – Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental competente, decorrentes de audiências públicas, quando couber.</p><p>VII – Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico.</p><p>VIII – Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade.</p>