Contabilidade e Patrimônio

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<p>CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA</p><p>A contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio das empresas</p><p>através do registro dos fenômenos e movimentações que afetam a sua</p><p>situação patrimonial e financeira. Esses registros geram informações</p><p>econômica, financeira, física e patrimonial das empresas que auxiliam nas</p><p>tomadas de decisões.</p><p>Nessa aula você estudará a definição do patrimônio e as contas que</p><p>compõem o patrimônio líquido no balanço patrimonial. Além disso, aprenderá</p><p>identificar a situação líquida patrimonial.</p><p>AULA – 2</p><p>PATRIMÔNIO E SITUAÇÃO</p><p>LÍQUIDA PATRIMONIAL.</p><p>Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia entenderá</p><p>como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade</p><p>de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e</p><p>Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo.</p><p>▪ Compreender o conceito de psicologia</p><p>▪ Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia</p><p>▪ Conhecer as áreas de atuação do psicólogo.</p><p>➢ Explicar como é composto o patrimônio líquido.</p><p>➢ Definir os componentes patrimoniais.</p><p>➢ Analisar a situação Líquida patrimonial.</p><p>1 PATRIMÔNIO</p><p>Inicialmente, o patrimônio se distingue por individualizar as riquezas de uma</p><p>entidade. “Riqueza é o conjunto de bens e direitos a que o ser humano atribui valor</p><p>econômico, (ou seja, são bens e direitos que podem ser mensurados em unidades</p><p>monetárias (em reais, no caso de nosso país)” (PADOVEZE, p.17, 2016). Assim, o</p><p>patrimônio total de uma entidade é a soma do valor econômico de todas as suas</p><p>riquezas.</p><p>Segundo Padoveze (2016), no início da civilização, o ser humano entendia a</p><p>riqueza como um conjunto de bens tangíveis, isto é, coisas que podiam ser tocadas</p><p>com as mãos. Com o avanço da civilização, os humanos, provavelmente os mais ricos,</p><p>tiveram a oportunidade de trocar seus bens para uma futura devolução, visando um</p><p>ganho adicional. A partir de então, surgiu o direito: se, por um lado, o sujeito entregava</p><p>o bem mediante contrato formal ou informal, por outro, a outra pessoa se comprometia</p><p>a devolver o bem de alguma forma, seja devolvendo bens semelhantes ou diferentes.</p><p>Com o surgimento da moeda, esta passou a ser referência na entrega de bens.</p><p>Como resultado, na entrega de um bem (ou outro direito), o recebedor fazia o</p><p>compromisso de devolver uma certa quantia de dinheiro no futuro. Originando assim</p><p>a obrigação, a dívida para a pessoa recebedora, que se comprometia em devolver</p><p>determinada quantidade, futuramente, em moeda. Dessa maneira pode-se definir o</p><p>patrimônio como conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade</p><p>(PADOVEZE, 2016). (Quadro 1).</p><p>Quadro 1 – Representa do Patrimônio</p><p>Para Viceconti (2017), o patrimônio é dividido em três partes:</p><p>Patrimônio</p><p>Bens</p><p>Direitos</p><p>Obrigações</p><p>1) Ativo (A) – parte positiva, composta de bens e direitos, também</p><p>denominada Patrimônio Bruto.</p><p>2) Passivo (P) – parte negativa, composta das obrigações com terceiros.</p><p>3) Patrimônio Líquido (PL) ou Situação Líquida (SL) – parte diferencial</p><p>(diferença) entre o Ativo e o Passivo. O Patrimônio Líquido representa a</p><p>riqueza líquida da entidade que, em última análise, pertence aos sócios ou</p><p>acionistas (proprietários) e indica a diferença entre o valor dos bens e direitos</p><p>(Ativo) e o valor das obrigações com terceiros (Passivo). Esta parte diferencial</p><p>(PL/SL) é que vai medir ou avaliar a situação ou condição econômica e</p><p>financeira da entidade (VICECONTI, p.6, 2017).</p><p>1.1 Bens</p><p>Bens são objetos que podem satisfazer às necessidades das pessoas sujeitas</p><p>a avaliação econômica. Por exemplo, ao entrar em uma loja, notam-se diversos</p><p>objetos, como, vitrines, máquina emissora de cupons fiscais, balcões, mercadorias</p><p>para vendas, entre outras. Todos esses elementos são os bens que a loja possui.</p><p>Contabilmente, bens são todos os elementos que uma entidade possui para</p><p>uso, troca ou consumo. Para elucidar pense em uma empresa de roupas, possuindo</p><p>apenas os seguintes itens: vitrine, prateleira, máquina emissora de cupom fiscal,</p><p>espelhos, roupas para vendas, material de limpeza para a loja, papel de embalagem,</p><p>um pacote de pó de café e certa quantidade em dinheiro no caixa. Nesse caso será</p><p>dividido na seguinte forma: (Quadro 1.2).</p><p>Quadro 1.2 – Demonstração dos bens de uso, troca e consumo</p><p>BENS DE USO BENS DE TROCA BENS DE CONSUMO</p><p>Vitrine</p><p>Prateleira</p><p>Espelho</p><p>Máquina emissora de</p><p>Nota Fiscal</p><p>Roupas para venda</p><p>Dinheiro</p><p>Material de limpeza</p><p>Pacote de pó de café</p><p>Papel para embalagem</p><p>Pode-se classificar os bens de várias formas, porém, agora, a ênfase será nos</p><p>bens materiais e imateriais.</p><p>Os bens materiais – “corpóreos, tangíveis, ou seja, existem fisicamente,</p><p>podemos vê-los e pegá-los. Exemplo: imóveis, veículos etc” (TRAVASSOS, p.19,</p><p>2022).</p><p>Conforme o autor os bens imateriais são intangíveis, isto é, embora não existam</p><p>“fisicamente” têm valor econômico e reconhecimento legal, por exemplo, marcas,</p><p>patentes entre outros. Para Padoveze (2016), são gastos que a entidade faz, os quais,</p><p>por sua natureza, devem ser considerados parte integrante do patrimônio e, portanto,</p><p>são contabilizados como bens. Como não existem muitas variedades, as mais comuns</p><p>são, fundo de comércio, marcas e patentes.</p><p>1.2 Direitos</p><p>“Os direitos são os valores a serem recebidos de terceiros por vendas a prazo</p><p>ou valores de propriedade da entidade que se encontra em posse de terceiros”</p><p>(VICECONTI, p.5, 2017). Nesse caso, os Terceiros, referem-se aos indivíduos que se</p><p>relacionam com a entidade, por exemplo, os clientes.</p><p>Os direitos decorrem não só da venda de mercadorias a prazo, mas também</p><p>da venda a prazo de outros bens ou serviços, ou como resultado de outras transações,</p><p>por exemplo, empréstimos de dinheiro efetuados a terceiros, aluguel de bens móveis</p><p>ou imóveis, entre outros. Nota-se que nos livros contábeis, os direitos, geralmente,</p><p>aparecem com o nome do elemento representativo, seguido da expressão “a</p><p>Receber”. (Quadro 1.3).</p><p>Quadro 1.3 – Exemplos</p><p>ELEMENTOS EXPRESSÃO</p><p>Aluguéis</p><p>Promissórias</p><p>Duplicadas</p><p>a Receber</p><p>a Receber</p><p>a Receber</p><p>1.3 Obrigações</p><p>“As obrigações são dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza</p><p>assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontram em posse (uso)</p><p>da entidade” (VICECONTI, p.6, 2017).</p><p>A origem das obrigações não é somente das compras de mercadorias a prazo,</p><p>de outros bens ou serviços, ou, ainda, em decorrência de outras transações. São</p><p>exemplos de obrigações, duplicatas a pagar, fornecedores, notas promissórias a</p><p>pagar, impostos a recolher, títulos a pagar, contas a pagar, contribuições a recolher</p><p>entre outras. Geralmente, as obrigações são registradas nos livros contábeis com a</p><p>expressão “a Pagar” (Quadro 1.4).</p><p>Quadro 1.4 - Exemplos</p><p>ELEMENTOS EXPRESSÃO</p><p>Aluguéis</p><p>Promissórias</p><p>Duplicadas</p><p>a Pagar</p><p>a Pagar</p><p>a Pagar</p><p>1.4 Aspectos qualitativo e quantitativo</p><p>O profissional contábil avalia o patrimônio em seus aspectos qualitativo e</p><p>quantitativo, conforme Carvalho, Guimarães e Cruz (2019):</p><p>➢ Qualitativo - é evidenciado segundo a sua espécie, isto é, diz respeito à</p><p>natureza do componente patrimonial; (Quadro 1.5).</p><p>➢ Quantitativo – é referente à expressão dos componentes patrimoniais</p><p>em valores monetários. (Quadro 1.6).</p><p>Quadro 1.5 – Representação do patrimônio sob aspecto qualitativo:</p><p>PATRIMÔNIO</p><p>Bens</p><p>➢ Dinheiro</p><p>➢ Móveis</p><p>➢ Veículos</p><p>Direitos</p><p>➢ Duplicata a Receber</p><p>Quadro 1.6 – Representação do patrimônio sob aspecto quantitativo:</p><p>Por fim, após enfatizar os aspectos qualitativo e quantitativo, facilmente</p><p>pode-</p><p>se avaliar o Patrimônio da empresa e o seu tamanho em termos de bens, direitos e</p><p>obrigações. Os aspectos considerados na apresentação das demonstrações</p><p>elaboradas a contar dos registros contábeis, possibilita a mensuração do patrimônio</p><p>assim como conhecer seus elementos.</p><p>1.5 Representação gráfica</p><p>Ribeiro (2018), expõe que é representado em forma de “T”, no esquerdo,</p><p>constam os bens e os direitos, sendo, portanto, considerado o lado positivo (o que a</p><p>empresa possui de bens e tem a Receber). Já no lado direito estão presentes as</p><p>➢ Aluguéis a Receber</p><p>Obrigações</p><p>➢ Duplicata a Pagar</p><p>➢ Impostos a Pagar</p><p>PATRIMÔNIO</p><p>Bens</p><p>➢ Dinheiro...........................................................10.000,00</p><p>➢ Móveis.............................................................15.000,00</p><p>➢ Veículos...........................................................50.000,00</p><p>Direitos</p><p>➢ Duplicata a Receber..........................................8.000,00</p><p>➢ Aluguéis a Receber...........................................5.000,00</p><p>Obrigações</p><p>➢ Duplicata a Pagar............................................20.000,00</p><p>➢ Impostos a Pagar...............................................5.000,00</p><p>obrigações, sendo considerado o lado negativo (o que a organização tem a Pagar).</p><p>(Figura 1).</p><p>Figura 1 – Representação do Patrimônio</p><p>Fonte: Ribeiro (p. 15, 2018).</p><p>1.6 Patrimônio líquido</p><p>Segundo Carvalho, Guimarães e Cruz (p.208, 2019), “O patrimônio líquido</p><p>retrata os recursos disponibilizados pelos sócios/acionistas na entidade. Este grupo,</p><p>também denominado capital próprio.”</p><p>➢ Capital social: é constituído pela parcela do capital subscrito deduzida da</p><p>parcela do capital que falta ser integralizado, conhecida por capital a realizar</p><p>ou capital a integralizar.</p><p>➢ Ajustes de avaliação patrimonial: abrange o resultado do valor da avaliação dos</p><p>bens em relação ao seu valor justo.</p><p>➢ Reservas de capital: consiste em recursos adquiridos da empresa que não</p><p>estão vinculados à formação de lucro do exercício. Por exemplo: ágio na</p><p>emissão de ações.</p><p>➢ Reservas de lucros: este subgrupo é formado pela apropriação de lucros da</p><p>empresa. Os lucros apurados nos períodos são destinados para esta conta.</p><p>Este subgrupo resume as seguintes contas: reserva estatutária, reserva legal,</p><p>reserva de incentivos fiscais, reserva para contingências, reserva de retenção</p><p>de lucros e reserva de lucros a realizar.</p><p>➢ Valor justo: é o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo</p><p>liquidado, por duas partes dispostas a isso e independentes entre si.</p><p>➢ Ações em tesouraria: conta redutora do patrimônio líquido, porque representa</p><p>as ações de emissão da própria companhia que se encontra em seu poder.</p><p>➢ Prejuízos acumulados: conta redutora do patrimônio líquido por retratar o</p><p>prejuízo apurado no período nas sociedades anônimas e empresas de grande</p><p>porte - Lei no 11.638/2007. Dessa forma, nas sociedades anônimas e</p><p>empresas de grande porte, os prejuízos apurados serão apresentados nessa</p><p>conta no Balanço Patrimonial.</p><p>➢ Lucros ou prejuízos acumulados: registra os resultados apurados da empresa.</p><p>É uma conta híbrida, isto é, apresentará saldo credor quando apurado lucro e</p><p>saldo devedor (redutora de PL) se for apurado prejuízo. É obrigatória a</p><p>destinação total dos lucros apurados nas sociedades anônimas e empresas de</p><p>grande porte. Em outras palavras, esta conta permanece no plano de contas</p><p>dessas empresas, tendo apenas que ter seu saldo zerado ao final do período,</p><p>conforme a Lei no 11.638/2007. As empresas de pequeno e médio porte</p><p>permanecem tendo no patrimônio líquido a conta Lucros ou Prejuízos</p><p>Acumulados.</p><p>Dessa forma, o balanço patrimonial torna-se completo. Para a sua elaboração</p><p>primeiro é preciso que a empresa apure o resultado do período. O balanço patrimonial</p><p>é elaborado com a devida agregação dos saldos das contas patrimoniais de cada</p><p>grupo a partir do balancete depois da Apuração do Resultado (ARE). (Figura 2).</p><p>Figura 2 – Representação do Balanço Patrimonial</p><p>Fonte: Carvalho, Guimarães e Cruz (p. 209, 2017)</p><p>1.7 Aplicações e origens dos recursos</p><p>Conforme Ribeiro (2018), o Capital são os recursos que representam um</p><p>elemento do grupo do Patrimônio Líquido e ao constituir uma entidade, corresponde</p><p>ao total dos valores pelos quais o proprietário inicia sua atividade.</p><p>Contabilmente, quando a palavra capital aparece com o adjetivo “total”, ou seja,</p><p>formando a palavra “capital total” à disposição da entidade, está representando os</p><p>recursos totais à disposição a ela. Quadro (1.7).</p><p>Quadro 1.7 – Representação</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 500</p><p>Estoques de mercadorias 200</p><p>Duplicatas a Receber 50</p><p>Móveis e Utensílios 100</p><p>Veículos 300</p><p>Fornecedores 350</p><p>Capital 800</p><p>Total 1.150 Total 1.150</p><p>Segundo exemplo do autor, nota-se que o Capital Nominal da entidade é de</p><p>$800 e o capital disponível capital total é de $1.150. Também é possível identificar</p><p>que o resultado de ambos os lados é igual e, que o valor do patrimônio diferi ao</p><p>somatório dos dois totais contidos em cada lado do Balanço Patrimonial.</p><p>No Balanço Patrimonial é notório que o Passivo representa a origem de</p><p>capitais, ou seja, onde os recursos foram aplicados pela entidade; já no Ativo está a</p><p>aplicação de capitais, ou seja, onde foi aplicado os recursos originados, segundo</p><p>mostra o lado do Passivo.</p><p>No lado do Passivo, estão presentes a Obrigações e o Patrimônio Líquido.</p><p>As obrigações foram devidamente apresentadas no capítulo anterior, portanto,</p><p>no que se refere ao Patrimônio Líquido vale ressaltar que a parte patrimônio</p><p>pertencente ao proprietário da entidade, isto é, os capitais próprios, originam de duas</p><p>fontes:</p><p>➢ Recursos do proprietário: capital inicial e posteriores aumentos,</p><p>realizados com recursos do proprietário, cuja origem é de fora da</p><p>empresa;</p><p>➢ Evolução normal da empresa: os lucros e, por conseguinte, as reservas.</p><p>Os lucros, decorrem da gestão do patrimônio, já as reservas são partes</p><p>desses lucros que fica retido para investimentos futuros ou para outros</p><p>fins (RIBEIRO, 2018).</p><p>Capitais de terceiros = Obrigações</p><p>Capitais próprios = Patrimônio Líquido</p><p>2 SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL</p><p>“O patrimônio de uma entidade pode apresentar as seguintes situações</p><p>patrimoniais: favorável, plena ou de propriedade, nula ou de equilíbrio, desfavorável</p><p>ou passivo a descoberto” (CARVALHO; GUIMARÃES; CRUZ, p. 39, 2019).</p><p>2.1 Situação favorável</p><p>Conforme os autores, ocorre quando os recursos aplicados no ativo da</p><p>empresa são suficientes para pagar suas obrigações (passivo). (Quadro 2).</p><p>Quadro 2 - Representação de situação patrimonial favorável</p><p>Total 7.000,00 Total 7.000,00</p><p>Sendo:</p><p>A = ATIVO</p><p>P = PASSIVO</p><p>PL= PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Nesse caso, os ativos são financiados por recursos próprios(capital) e de</p><p>terceiros (passivo).</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 3.000,00</p><p>Estoques 4.000,00</p><p>Fornecedores a Pagar 2.000,00</p><p>Patrimônio Líquido 5.000,00</p><p>Capital Social 5.000,00</p><p>A > P, logo PL > 0, isto é, 7.000 > 2.000 e o PL = 5.000</p><p>2.2 Situação plena ou de propriedade</p><p>Ocorre quando a entidade não possui capital de terceiros (passivo) na</p><p>composição do seu patrimônio. Portanto, os recursos aplicados em bens e direitos</p><p>(ativo) são provenientes do capital</p><p>próprio (PL) (Quadro 2.1).</p><p>Quadro 2.1 - Representação de situação plena ou de propriedade</p><p>Total 5.000,00 Total 5.000,00</p><p>Na situação plena ou de propriedade, cujos recursos provenientes do</p><p>investimento realizado pelos sócios/acionistas estão financiando as operações da</p><p>empresa, não há capital de terceiros.</p><p>2.3 Situação nula ou de equilíbrio</p><p>Para Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), ocorre quando o ativo é totalmente</p><p>financiado por recursos de terceiros (passivo), isto é, na composição do patrimônio da</p><p>entidade, o capital próprio é nulo. (Quadro 2.2).</p><p>Quadro 2.2 - Representação de situação nula ou de equilíbrio</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 1.000,00</p><p>Estoques 4.000,00</p><p>Patrimônio Líquido 5.000,00</p><p>Capital Social 5.000,00</p><p>A = PL, logo, P = 0, isto é, 5.000 = 5.000 e o P = 0</p><p>Total 2.000,00 Total 2.000,00</p><p>Implica dizer que o capital próprio é igual a zero, isto é, neste momento, a</p><p>empresa demonstra ter condições de cumprir com as suas obrigações, mas precisa</p><p>trabalhar para gerar resultado positivo e compensar os prejuízos acumulados.</p><p>2.4 Situação desfavorável ou passivo a descoberto</p><p>Para os autores, uma situação desfavorável surge quando as obrigações com</p><p>terceiros excedem o total de bens e direitos que compõem o ativo da entidade. Essa</p><p>situação ocorre quando se verificam prejuízos sucessivos, acumulando um montante</p><p>superior ao capital social, assim, o patrimônio líquido fica negativo. Isto é, os bens e</p><p>direitos não conseguem saldar as obrigações com terceiros. (Quadro 2.3).</p><p>Quadro 2.3 - Representação de situação desfavorável ou passivo a descoberto</p><p>Total 7.000,00 Total 7.000,00</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 1.000,00</p><p>Estoques 1.000,00</p><p>Fornecedores 2.000,00</p><p>Patrimônio Líquido 0,00</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 3.000,00</p><p>Estoques 4.000,00</p><p>Salários a Pagar 3.000,00</p><p>Fornecedores 5.000,00</p><p>Patrimônio Líquido (1.000,00)</p><p>Capital Social 5.000,00</p><p>Prejuízo Acumulado (6.000,00)</p><p>A = P, logo, PL = 0, isto é, 2.000 = 2.000 e o PL = 0</p><p>O termo passivo a descoberto justifica-se pelo fato do ativo ser menor que o</p><p>passivo. Assim sendo, a entidade não tem recursos suficientes para pagar as</p><p>obrigações com terceiros. Portanto, o termo “Passivo a descoberto”, isto é, o passivo</p><p>está descoberto.</p><p>A</p>