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<p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 1/56</p><p>ADMINISTRAÇÃO E</p><p>PLANEJAMENTO E A</p><p>RELAÇÃO COM O</p><p>SERVIÇO SOCIAL</p><p>Aula 1</p><p>METODOLOGIAS DE</p><p>INTERVENÇÃO</p><p>Metodologias de intervenção</p><p>Olá, estudante!</p><p>Não é novidade para você que a cada novo encontro haverá avanços na</p><p>consolidação dos saberes afetos ao tema desta disciplina. Nesta</p><p>videoaula, será consolidada a importância do planejamento estratégico</p><p>para a prática do assistente social, do modo que este é fundamental</p><p>para um agir qualificado. Lembre-se: planejar é organizar uma ação,</p><p>antevendo os riscos, prevendo situações e minimizando vulnerabilidades</p><p>e otimizando resultados. É fundamental que seu pensar esteja imbuído</p><p>de criatividade e resolutividade, focando na intencionalidade e</p><p>baseando-se no projeto ético-político da profissão, propondo-se a</p><p>resolver as demandas impostas pela sociedade.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 2/56</p><p>Ponto de Partida</p><p>Nesta aula, você revisará em que consiste o ato de planejar com</p><p>estratégia e compreenderá a relação do ato de planejar com o projeto</p><p>ético-político do Serviço Social, perceberá que a definição da</p><p>metodologia faz parte de um projeto de intervenção pautada na</p><p>teleologia e entenderá a importância da reunião do acervo teórico,</p><p>técnico e metodológico na construção de um fazer comprometido com a</p><p>transformação social.</p><p>O que compete à categoria profissional de assistente social foge do</p><p>improviso, da prática tarefeira e rotineira, rompe com o conservadorismo</p><p>e permanece caminhando em busca do protagonismo e da</p><p>emancipação do sujeito e de práticas que sejam criativas, interventivas</p><p>e que se aproximem de ações de resolutividade às demandas impostas</p><p>pela sociedade.</p><p>O capitalismo encontra meios de se repaginar, cria mecanismos de</p><p>atenuar seus impactos sobre a questão social e, igualmente, o</p><p>assistente social precisa mais do que nunca pensar em novas</p><p>estratégias de resposta aos novos problemas que surgem. Atender às</p><p>demandas da sociedade requer um profissional que se atualize, busque</p><p>qualificação constante e esteja ciente das suas competências e</p><p>habilidades profissionais, o que é um desafio continuado e</p><p>indispensável.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 3/56</p><p>Assim, venha se desafiar a esse novo momento!</p><p>Vamos Começar!</p><p>Independentemente da área de atuação do assistente social e do seu</p><p>fazer profissional, é possível afirmar que o planejamento se constitui</p><p>como um dos primeiros instrumentos da ação dele.</p><p>Planejar tem relação com o que se quer fazer, religando-se a uma ação</p><p>futura, pois é a partir da definição do que se almeja que se traça uma</p><p>metodologia. Planejamento, assim, tem estreitamento direto com o</p><p>método, o caminho metodológico, que nada mais é que o passo a</p><p>passo, a trilha escolhida para chegar ao objetivo final.</p><p>Se considerado o que a área da administração enquanto ciência relata,</p><p>o que se encontra é o fato de que o ato de planejar é muito antigo e que</p><p>compõe o ato de administrar como um todo. O processo completo da</p><p>administração consiste em planejar, organizar, dirigir e controlar, com a</p><p>finalidade de alcançar um fim proposto (Chiavenato, 2021).</p><p>O planejar, assim, é o ato de prever, ou seja, projetar uma imagem, um</p><p>cálculo futuro, separar provisionamentos, a fim de escolher e delimitar</p><p>recursos e definir o melhor meio de utilizá-los, a fim de maximizar lucros</p><p>e eficiência (Giovanella, 1991).</p><p>Da mesma forma, a estratégia é antiquíssima e já estava presente na</p><p>vida dos homens desde a era das cavernas. Com a necessidade de se</p><p>alimentar, o homem da caverna saía do seu conforto para caçar e daí</p><p>valia-se da estratégia: pensar de que maneira poderia ter sucesso na</p><p>sua empreitada – e o sucesso, neste caso, significaria retornar são e</p><p>salvo e com a comida em mãos de volta para a caverna.</p><p>Strátegos é uma palavra de origem grega que chegou a ser sinônimo do</p><p>posicionamento do general frente a um exército e, posteriormente,</p><p>ganhou outro sentido, como a conotação das competências e</p><p>habilidades disponibilizadas pelo líder e comandante da tropa</p><p>(Chiavenato, 2004). Isto dito, é importante compreender que deste</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 4/56</p><p>contexto precede o pensamento estratégico. Para melhor esclarecer,</p><p>observe o esquema da Figura 1.</p><p>Figura 1 | Pensamento estratégico</p><p>Siga em Frente...</p><p>Voltando para a atuação do assistente social, o planejamento e a</p><p>administração se relacionam diretamente com os instrumentos do</p><p>serviço social, ou seja, o planejamento em serviço social relaciona-se</p><p>com a teleologia, que quer dizer a intencionalidade da profissão, a qual,</p><p>por sua vez, está imbricada com o projeto ético-político (PEP) da</p><p>profissão. O PEP se configura como uma projeção coletiva da categoria</p><p>como um todo e define os anseios da profissão, os princípios</p><p>norteadores e os valores éticos. Assim, a construção dele consiste em</p><p>(...) um conjunto de componentes que necessita se articular: são</p><p>valores, saberes, e escolhas teóricas, práticas, ideológicas,</p><p>políticas, éticas, normatizações acerca de direitos e deveres,</p><p>recursos políticos organizativos, processos de debate,</p><p>investigação, interlocução crítica com o movimento da sociedade,</p><p>da qual a profissão é parte e expressão. (Yazbeck, 2004, p. 12)</p><p>Destrinchando o conceito, o termo “projeto ético-político” se dá pelo</p><p>seguinte fato:</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 5/56</p><p>Projeto: refere-se ao ideário, à construção ideológica da profissão</p><p>e ao que se anseia.</p><p>Político: refere-se no sentido mais amplo a organização da polis,</p><p>portanto diz respeito à dinâmica geral da atividade cotidiana, à sua</p><p>organização e às relações de poder que emergem desta forma de</p><p>estruturação das cidades.</p><p>Ético: refere-se aos valores escolhidos para nortear a ação</p><p>profissional.</p><p>A intencionalidade do assistente social está no compromisso social</p><p>estabelecido com um agir mediante a racionalidade a intenção de</p><p>solucionar os problemas e, a intenção de reduzir riscos e incertezas e</p><p>evitar a todo custo uma prática improvisada e irrefletida.</p><p>A administração no serviço social consiste na organização de recursos</p><p>disponíveis para o fazer profissional, e não deve ser confundida com</p><p>neutralidade, como ressalta Paro (2006), ao afirmar que os recursos são</p><p>elementos conceituais e materiais e que atingem duas dimensões</p><p>distintas: da produção social e da reprodução social. Embora abstrata</p><p>em teoria, a administração, sinônimo de gestão, ao se concretizar,</p><p>estabelece uma relação entre os fins e os meios (Gurgel; Souza Filho,</p><p>2016).</p><p>Planejar, portanto, tem relação com o objetivo e a intencionalidade da</p><p>ação, sendo o objetivo entendido como em que lugar se quer chegar,</p><p>com maior clareza e definição:</p><p>[...] expressar as novas tendências e condições emergentes no</p><p>processo social, subsidiando a construção de respostas</p><p>profissionais sólidas e antecipatórias ante as particularidades da</p><p>“questão social” no atual estágio da acumulação capitalista. Este</p><p>é um dos quesitos para assegurar a atualidade da profissão,</p><p>condição de sua necessidade social, ou seja, da continuidade de</p><p>sua reprodução na esfera do mercado capitalista de trabalho e de</p><p>alargamento de seu espaço ocupacional. (Iamamoto, 2015, p.</p><p>170)</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 6/56</p><p>Ressignificadas as bases</p><p>SOCIAL. O Estudo social em</p><p>perícias, laudos e pareceres técnicos: debates atuais no judiciário, no</p><p>penitenciário e na previdência social. São Paulo: Cortez, 2020.</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597021592/epubcfi/6/26%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter03%5D!/4</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555550344/epubcfi/6/6%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dficha.xhtml%5D!/4</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 42/56</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>ALMEIDA, N. L. T. de. Retomando a temática da “sistematização da</p><p>prática” em Serviço Social. Revista em Pauta, Rio de Janeiro, n. 10,</p><p>1997.</p><p>ALMEIDA, N. L. T. de. Retomando a temática da “sistematização da</p><p>prática” em Serviço Social. In: MOTA, A. E. et al. (orgs). Serviço Social</p><p>e Saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo: OPAS; OMS;</p><p>Ministério da Saúde, 2006. p. 399-408.</p><p>BRASIL. Lei nº 12.318, de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a</p><p>alienação parental e altera o art. 236 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de</p><p>1990. Brasília: Presidência da República, [2024]. Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12318.htm.</p><p>Acesso em: 21 ago. 2023.</p><p>GANDIN, D. A prática do Planejamento Participativo. Petrópolis:</p><p>Vozes, 2010.</p><p>GOMES, L. F. A. M. Princípios e métodos para tomada de decisão:</p><p>enfoque multicritério. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2019.</p><p>HORA, M. M. C. C. A atuação do Assistente Social no Planejamento</p><p>e gestão das políticas de assistência social e saúde no município</p><p>de Aracaju-SE. 2014. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) –</p><p>Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2014. Disponível em:</p><p>https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/6193/1/MICHELLE_MARRY_COSTA_CAM</p><p>POS_HORA.pdf. Acesso em: 20 ago. 2023.</p><p>LIMA, T. C. S.; MIOTO, R. C. T. Procedimentos Metodológicos na</p><p>Construção do Conhecimento Científico: a pesquisa bibliográfica.</p><p>Revista Katálysis, Florianópolis, v. 10, 2007.</p><p>MANGINI, F. N. da R.; SILVA, A. A. Metodologias de planejamento e</p><p>estudos prospectivos: contribuições para o Serviço Social. Sociedade</p><p>em Debate, v. 25, n. 1, p. 108-130, 2019.</p><p>https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/6193/1/MICHELLE_MARRY_COSTA_CAMPOS_HORA.pdf</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 43/56</p><p>MATUS, C. Fundamentos da Planificação Situacional. In: RIVERA, F. J.</p><p>(org.). Planejamento e Programação em Saúde: um enfoque</p><p>estratégico. São Paulo: Cortez, 1989.</p><p>MOTA, Gonçalo; ALBUQUERQUE, Cristina Pinto. O Serviço Social e a</p><p>tomada decisão na jurisdição de menores em Portugal: uma reflexão</p><p>sobre o papel da racionalidade. Revista Temas Sociais, n. 2, p. 69-86,</p><p>2022.</p><p>OLIVEIRA, L. F. F. Gestão de riscos estratégicos: Action Research</p><p>numa empresa de tecnologias de informação. 2013. Dissertação</p><p>(Mestrado em Gestão e Estratégia Industrial) – Universidade de Lisboa,</p><p>Lisboa, 2013.</p><p>Encerramento da Unidade</p><p>ADMINISTRAÇÃO E</p><p>PLANEJAMENTO E A</p><p>RELAÇÃO COM O SERVIÇO</p><p>SOCIAL</p><p>Administração, planejamento e a</p><p>relação com o serviço social</p><p>Olá, estudante!</p><p>Você chegou ao final de mais uma unidade de ensino! Este é o</p><p>momento em que cada conhecimento adquirido na trajetória de seus</p><p>estudos deve fazer sentido. Aqui, ocorre a fusão dos saberes,</p><p>formatados em uma videoaula que deve condensar os conteúdos em</p><p>administração e planejamento e sua relação com o serviço social.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 44/56</p><p>Nesse sentido, você deve resgatar os conceitos de modo a formar uma</p><p>espécie de escada, em que cada degrau representa uma porção de</p><p>conhecimento e, ao adquirir esse saber, você avança um degrau e, por</p><p>isso, estará sempre um passo à frente no processo de chegar ao topo,</p><p>que é a conclusão da disciplina.</p><p>No que diz respeito à relação da administração e do planejamento com</p><p>o serviço social, existem aplicabilidades teleológicas específicas, cujos</p><p>conhecimentos metodológicos lhe capacitarão a compreender sua</p><p>prática e a importância do reconhecimento do território e da garantia da</p><p>participação nos processos do planejamento social.</p><p>Novas ideias e resgate de diversos saberes. Esse momento é para fixar</p><p>conteúdos e refletir conceitos na perspectiva do aperfeiçoamento da</p><p>aprendizagem.</p><p>Esta videoaula de encerramento é pensada para você, então, aproveite!</p><p>Ponto de Chegada</p><p>Olá, estudante!</p><p>Para qualquer atividade que você se proponha a fazer, alguns cuidados</p><p>e observações são necessários. Há etapas importantes entre a</p><p>dimensão do querer e o resultado. Nesse processo, é importante que se</p><p>estabeleçam critérios que identifiquem o alcance dos objetivos</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 45/56</p><p>propostos. Esse processo faz parte da administração geral: planejar,</p><p>gerir, executar e avaliar.</p><p>Por que, no serviço social, o termo conceitual “administração social”</p><p>aparece sempre que se fala em administração? É possível afirmar que</p><p>há uma máxima nesse sentido que não se faz necessária, tendo em</p><p>vista que não é porque se trata da área social que as métricas devem</p><p>ser abandonadas. O serviço social também necessita de análise,</p><p>planejamento, gestão, indicadores, método e ciência.</p><p>O serviço social, após romper com o conservadorismo e o serviço</p><p>caritativo ligado à benevolência, reafirmou seu compromisso com o</p><p>projeto ético-político e com o projeto societário da categoria. Para o</p><p>alcance dos seus objetivos sem perder de vista a mira nesses</p><p>propósitos, faz-se necessário planejar, e pensar de forma planejada é</p><p>prever, imaginar o que está por vir, pensar nos riscos e atuar de forma</p><p>estratégica.</p><p>O planejamento estratégico nasce do entremeio da missão e da visão.</p><p>Planejar consiste em se instrumentalizar. Mais do que a reunião de</p><p>recursos técnicos e metodológicos, de ferramentas, documentos e</p><p>arcabouço teórico, engloba a teleologia, doutrina que se preocupa com a</p><p>intencionalidade. Além do exposto, a instrumentalidade guarda relação</p><p>direta com a capacidade de desvelar o real, com a leitura crítica da</p><p>realidade e com a capacidade de mediação e articulação.</p><p>O assistente social já não trabalha mais apenas no atendimento a</p><p>questões imediatas. Na contemporaneidade, ele é gestor, planejador,</p><p>articulador e mediador. Trabalha em prol da garantia de direitos e da</p><p>elaboração e gestão de políticas públicas. Seu fazer manifesta-se como</p><p>sua intencionalidade, como manifestação de rebeldia por lutar contra as</p><p>injustiças sociais e trabalhar para a minimização dos efeitos da questão</p><p>social.</p><p>A resolutividade no atendimento por equacionar as múltiplas expressões</p><p>da questão social não é imposta, ouve-se a comunidade e abre-se</p><p>espaço para a escuta e participação popular. Não qualquer escuta, e sim</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 46/56</p><p>a escuta qualificada, e, por vezes, em determinados espaços sócio-</p><p>ocupacionais da escuta especializada.</p><p>Os problemas da comunidade precisam ser identificados levando-se em</p><p>consideração os territórios, suas especificidades, seu regionalismo, sua</p><p>história, seus jogos de poder, as relações sociais estabelecidas, sua</p><p>geografia e seu povo. Da raiz, causa do problema, ao problema central e</p><p>à repercussão dos seus efeitos. Só com a identificação do problema real</p><p>é possível criar uma árvore de possibilidades de soluções diversas.</p><p>É distribuição de poder participar da escolha do problema a ser</p><p>resolvido. Como, onde, quando e por quê? Ser estratégico é passar pelo</p><p>processo de refletir e passar pelo momento normativo, estratégico e</p><p>operacional.</p><p>Tomar decisões</p><p>acertadas é a combinação da intencionalidade, da</p><p>instrumentalidade, de um bom planejamento e de uma boa estratégia de</p><p>atingimento de resultados. Faz parte do dia a dia do profissional fazer</p><p>escolhas e tomar decisões: se esse cidadão se enquadra ou não nos</p><p>critérios do programa social ao qual se inscreveu; se esse aluno</p><p>candidato deverá ou não ter direito à bolsa de estudos; se é necessário</p><p>estabelecer denúncia; e assim por diante.</p><p>Em sua vida pessoal, você já precisou optar diversas vezes. A própria</p><p>escolha por estudar, e estudar serviço social e, ainda, a decisão de</p><p>avançar em seus estudos e, assim, chegar até aqui. São muitas</p><p>decisões que você precisará tomar ao longo da vida e, claro, no decorrer</p><p>da sua carreira e prática profissional. Os riscos são muitos, mas poderão</p><p>ser minimizados através da sua qualificação. Portanto, siga se</p><p>qualificando sempre!</p><p>É Hora de Praticar!</p><p>Agora, você conhecerá um estudo de caso baseado em fatos reais.</p><p>Lembre-se: para um melhor aproveitamento é importante ler atentamente,</p><p>refletir, discutir e correlacionar com os conhecimentos adquiridos durante a</p><p>unidade. Articule os conhecimentos, volte à parte teórica, planeje e, acima de</p><p>tudo, proponha uma boa resolução. Mãos à obra!</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 47/56</p><p>Você é assistente social da em uma instituição de ensino superior de</p><p>uma das capitais brasileiras. A equipe de assistentes sociais é composta</p><p>por dez profissionais, já que há vários projetos em andamento no</p><p>campus, por exemplo, o projeto de bolsas de estudo para alunos</p><p>carentes. Você foi convidada para ser gestora de um projeto que se</p><p>tornará campo de estágio para os alunos de Serviço Social a partir do 6º</p><p>semestre.</p><p>A vice-reitoria para assuntos comunitários tem o intuito de cuidar de</p><p>temas que envolvam a comunidade interna do campus, ou seja, alunos,</p><p>servidores, terceirizados, docentes, dirigentes e a comunidade externa,</p><p>que pode ser entendida como os moradores do entorno da comunidade</p><p>que são impactados pela presença da instituição no seu território.</p><p>A instituição propôs a ampliação do quadro de assistentes sociais com a</p><p>inclusão de novos projetos. Você deixará de atuar no programa de</p><p>bolsas de estudo, no qual você ficava responsável pelas visitas</p><p>domiciliares, pelas entrevistas, pela avaliação das condições</p><p>socioeconômicas, pelo estudo social e pela definição do seu parecer,</p><p>contemplando ou não a bolsa auxílio para o aluno, previamente</p><p>solicitada. Agora, você estará com a gestão deste novo projeto.</p><p>A reitoria almeja que o projeto seja construído a quatro mãos e, por isso,</p><p>solicitou que você o planejasse. Ela quer, primeiramente, te ouvir.</p><p>Entretanto, gostaria que, neste prospecto, você contemplasse um</p><p>escopo, um esquema pré-definido. A ideia é que você contemple</p><p>algumas premissas, como:</p><p>A garantia da participação social.</p><p>A questão da territorialidade como uma temática de fundo.</p><p>O projeto poderia envolver a comunidade interna e a comunidade</p><p>externa.</p><p>A multidisciplinariedade – aqui representada pela inclusão de</p><p>estagiários de outros cursos, como as licenciaturas (Português,</p><p>Matemática, Ciências, Geografia, Letras, entre outras) e os</p><p>bacharelados (Nutrição e Psicologia).</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 48/56</p><p>O que você planejaria? Por onde começaria? Já parece uma grande</p><p>decisão a tomar? O que faz sentido para esta comunidade? O que faz</p><p>sentido para os alunos de Serviço Social? Qual projeto tem a relevância</p><p>para a formação destes alunos ao passo que traz benefícios tangíveis</p><p>para a comunidade?</p><p>Reflita</p><p>Agora, considere os seguintes questionamentos como forma de reflexão</p><p>à prática profissional:</p><p>Você já havia considerado que, em se tratando do conhecimento</p><p>científico, algumas vezes não é possível associá-lo ao cotidiano, no</p><p>entanto, no dia a dia da prática profissional do assistente social,</p><p>este se deparará justamente com situações que, por vezes, pode</p><p>ter vivenciado?</p><p>Você já considerou que a participação do sujeito objeto do seu</p><p>atendimento no processo de planejamento das ações e</p><p>perspectivas de resolutividade do problema ou da dificuldade</p><p>apresentada pode garantir efetividade à sua ação, não por uma</p><p>atribuição técnica, mas por uma competência profissional</p><p>desenvolvida pela associação das diversas teorias e dos saberes</p><p>adquiridos, que, no momento em que são administrados na práxis,</p><p>representam sucesso?</p><p>Resolução do estudo de caso</p><p>Estudante, você já sabe, mas é sempre bom lembrar que há mais de</p><p>uma forma de resolver este e qualquer outro desafio. Na prática</p><p>profissional, você deve contar, inclusive, com demais colegas de</p><p>profissão ou de outras categorias profissionais para pensar soluções.</p><p>Dito isso, uma das possibilidades de integrar os conceitos obtidos ao</p><p>longo desta unidade é a roda de conversa. Você, como assistente social</p><p>da vice-reitoria para assuntos comunitários, proporá como projeto a roda</p><p>de conversa com os servidores da instituição, terceirizados ou não. São</p><p>auxiliares administrativos, estagiários, docentes, agentes de portaria e</p><p>limpeza. Sua proposição contemplará dois horários: um no turno da</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 49/56</p><p>manhã e outro no turno pela tarde. A ideia é fazer um cadastro desses</p><p>funcionários e traçar um perfil sociodemográfico, econômico e cultura da</p><p>população.</p><p>A roda de conversa é “um exercício constante de observação e escuta</p><p>do outro e si próprio” (ARBEX, 2019, p. 52). No planejamento por você</p><p>elaborado, foi identificado que a maior parte dos servidores terceirizados</p><p>na instituição são da comunidade do entorno e são pessoas que não</p><p>concluíram o nível fundamental.</p><p>Neste primeiro momento, a roda de conversa pode:</p><p>Permitir uma escuta qualificada.</p><p>Possibilitar a identificação de situação de risco e vulnerabilidade</p><p>social entre os servidores e seus familiares.</p><p>Permitir o encaminhamento em rede das situações nas quais não</p><p>for possível a imediata resolução.</p><p>Garantir um espaço de fala e escuta de questões e temáticas na</p><p>esfera do desejo dos indivíduos.</p><p>Possibilitar a discussão de temáticas que envolvam a organização</p><p>e as relações de poder nela existente. Para citar alguns exemplos:</p><p>assédio moral, segurança no trabalho, carreira, educação, violência</p><p>psicológica, violência doméstica, invisibilidade, reconhecimento,</p><p>depressão, direitos, legislações, mídias sociais, entre outros.</p><p>Permitir pensar sobre a questão territorial, identificando, por</p><p>exemplo, como se estabelece a questão econômica, cultural e</p><p>política da localidade.</p><p>A roda de conversa é uma ferramenta metodológica importante para o</p><p>assistente social e, ainda, possibilitará o fortalecimento de vínculos, a</p><p>promoção do respeito na convivência da diversidade.</p><p>Para envolver as demais graduações e licenciaturas, é possível</p><p>desdobrar esse projeto, por exemplo, com a educação de jovens e</p><p>adultos (EJA) e utilizar o espaço de sala de aula para os estagiários</p><p>dessas licenciaturas e ministrar a formação da educação regular</p><p>fundamental 1 e 2. Para os estagiários de Serviço Social, além da roda</p><p>de conversa, há a possibilidade do desenvolvimento de projetos de</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 50/56</p><p>intervenção social para o atendimento de demandas reais levantadas</p><p>pela própria comunidade, como: projetos que envolvam a geração de</p><p>renda, em parceria com o departamento de Nutrição da faculdade,</p><p>oportunizando cursos rápidos de brownie, doce caseiro de banana,</p><p>marmitas fitness, entre outras opções. Os projetos de geração de renda</p><p>na comunidade podem envolver a participação social</p><p>e a questão da</p><p>territorialidade para contemplar o desejo e as aspirações da sociedade,</p><p>para que seja um tema que traga mudanças concretas. Para além da</p><p>atividade fim, com a técnica da elaboração da receita, é possível</p><p>abordar, ainda, o empreendedorismo e a gestão financeira e</p><p>administrativa de um negócio. Pode parecer pouco, mas essas questões</p><p>podem de fato mudar a vida de uma ou mais famílias, envolvendo a</p><p>garantia de direitos, o acesso à informação, a socialização de saberes e</p><p>a geração de receita.</p><p>É também possível estabelecer parceria com a graduação de Psicologia</p><p>para o atendimento psicológico de funcionários e familiares após</p><p>atendimento pelo serviço social quando e se identificada a questão da</p><p>impossibilidade de investimento particular.</p><p>Você, ainda, garantirá, em parceria com o curso de Letras, a</p><p>sistematização de toda essa prática para que gere relatórios,</p><p>construindo novos saberes, criando história do fazer dessa Instituição de</p><p>Nível Superior (IES) e garantindo a reflexão para novas práticas ainda</p><p>mais resolutivas.</p><p>Dê o play!</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 51/56</p><p>Assimile</p><p>Participação social é uma oportunidade ou um oportunismo? Essa</p><p>reflexão é sempre muito importante quando pensamos a participação da</p><p>comunidade em planos, programas e projetos. É imprescindível ter em</p><p>mente que toda ação deve ser refletida e ter uma intencionalidade, e</p><p>uma questão deve ser feita sempre: em que isto muda ou melhora? Se</p><p>for possível identificar na prática como o seu planejamento alterará</p><p>significativamente a vida do indivíduo ou de sua família, então será</p><p>possível afirmar que o caminho traçado está correto e ruma ao sucesso.</p><p>Caso contrário, sem perceber, as pessoas são usadas apenas para</p><p>justificar o fazer profissional e passam a ser meio e instrumento quando</p><p>deve ser o contrário. Se o projeto societário é a construção de uma nova</p><p>ordem social, o que se almeja é uma grande mudança na ordem social.</p><p>Então o objeto de estudo do serviço social é a questão social e suas</p><p>manifestações, e a sua instrumentalidade em todas as dimensões é o</p><p>meio e a forma de realizar seu trabalho!</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 52/56</p><p>Figura 1 | Participação social</p><p>Referências</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO</p><p>SOCIAL. Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social. Rio de</p><p>Janeiro: ABEPSS, 1996. Disponível em:</p><p>https://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_20160331113816</p><p>6377210.pdf. Acesso em: 28 jul. 2023.</p><p>ABRAMIDES, M. B. C. et al. O projeto ético-político profissional do</p><p>serviço social brasileiro. São Paulo: Cortez, 2021.</p><p>ALMEIDA, N. L. T. de. Retomando a temática da “sistematização da</p><p>prática” em Serviço Social. Revista em Pauta, Rio de Janeiro, n. 10,</p><p>1997.</p><p>ALMEIDA, N. L. T. de. Retomando a temática da “sistematização da</p><p>prática” em Serviço Social. In: MOTA, A. E. et al. (orgs). Serviço Social</p><p>e Saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo: OPAS; OMS;</p><p>Ministério da Saúde, 2006. p. 399-408.</p><p>https://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_201603311138166377210.pdf.%20Acesso%20em:%2028%20jul.%202023</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 53/56</p><p>ALVES, D. C.; VALE, E. S. do; CAMELO, R. A. (orgs.). Instrumentos e</p><p>técnicas do serviço social: desafios cotidianos para uma</p><p>instrumentalidade mediada. Fortaleza: Editora da UECE, 2021.</p><p>ANDRADE FILHO, A. C. F.; ANDRADE, A. de M. Controle Social:</p><p>ferramenta para o exercício da cidadania. Rev. Mult. Psic., v. 13, n. 44,</p><p>p. 962- 977, 2019.</p><p>ARREGUI, C.; KOGA, D. H. U.; DINIZ, R. A. Dinâmicas socioterritoriais e</p><p>práticas profissionais: entre chãos e gestão. Revista de Políticas</p><p>Públicas, v. 22, p. 1407-1430, 2018.</p><p>ATHAYDE, C.; BILL, MV. Falcão – Meninos do tráfico. Rio de Janeiro:</p><p>Objetiva, 2006.</p><p>BARBOSA, M. da C. Planejamento e serviço social. 4. ed. São Paulo:</p><p>Cortez, 1991.</p><p>BRASIL. Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a profissão</p><p>de Assistente Social e dá outras providências. Brasília: Presidência da</p><p>República, [2024]. Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8662.htm. Acesso em: 16 ago.</p><p>2024.</p><p>BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a</p><p>organização da Assistência Social e dá outras providências. Brasília:</p><p>Presidência da República, [2024]. Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm. Acesso em: 16 ago.</p><p>2024.</p><p>BRASIL. Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017. Estabelece o sistema de</p><p>garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha</p><p>de violência e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da</p><p>Criança e do Adolescente). Brasília: Presidência da República, [2024].</p><p>Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-</p><p>2018/2017/lei/l13431.htm. Acesso em: 16 ago. 2024.</p><p>BRASIL. Resolução nº 145, de 15 de outubro de 2004. Aprova a</p><p>Política Nacional de Assistência Social. Brasília: Ministério do</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8662.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13431.htm</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 54/56</p><p>Desenvolvimento Social e Combate à Fome, [2024]. Disponível em:</p><p>https://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/assistencia_social/resolu</p><p>coes/2004/Resolucao%20CNAS%20no%20145-</p><p>%20de%2015%20de%20outubro%20de%202004.pdf. Acesso em: 16</p><p>ago. 2024.</p><p>BRASIL. Norma Operacional Básica do SUAS. Brasília: MDS, 2012.</p><p>BRIGHENTE, M. F.; MESQUIDA, P. Michel Foucault: corpos dóceis e</p><p>disciplinados nas instituições escolares. In: CONGRESSO</p><p>EDUCACIONAL DE EDUCAÇÃO, 10., 2011, Curitiba. Anais [...].</p><p>Curitiba: EDUCERE, 2011.</p><p>CARVALHO, M. do C. B. de. Gestão social e trabalho social: desafios</p><p>e percursos metodológicos. São Paulo: Cortez, 2015.</p><p>CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL. Orientações</p><p>Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social. Brasília:</p><p>Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009.</p><p>CHIAVENATO, I. Administração para todos: ingressando no mundo da</p><p>gestão de negócios. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2021.</p><p>CHIAVENATO, I. Planejamento estratégico. São Paulo: Elsevier Brasil,</p><p>2004.</p><p>CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO</p><p>BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO</p><p>SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.</p><p>Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.</p><p>COSTA, D.; LAVORATTI, C. Instrumentos Técnico-Operativos no</p><p>Serviço Social: um debate necessário. Ponta Grossa: Estúdio Texto,</p><p>2016.</p><p>EUGENIO, A. V. S.; GONZAGA, M. L. de S. A atuação do Assistente</p><p>Social no Centro de Referência da Assistencial Social-CRAS. Revista</p><p>de Psicologia, v. 13, n. 44, p. 962-977, 2019.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 55/56</p><p>FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal,</p><p>2010.</p><p>FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e</p><p>Terra, 1987.</p><p>GANDIN, D. A prática do Planejamento Participativo. Petrópolis:</p><p>Vozes, 2010.</p><p>GIOVANELLA, L. As origens e as correntes atuais do enfoque</p><p>estratégico em planejamento de saúde na América Latina. Cad. Saúde</p><p>Pública, v. 7, n. 1, p. 26-44, 1991.</p><p>GUERRA, Y. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo:</p><p>Cortez, 2022.</p><p>GURGEL, C.; SOUZA FILHO, R. de. Gestão democrática e serviço</p><p>social: princípios e propostas para a intervenção crítica. 7. ed. São</p><p>Paulo: Cortez, 2016.</p><p>IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho</p><p>e formação profissional. 26. ed. São Paulo: Cortez, 2015.</p><p>IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na cena contemporânea. In:</p><p>CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO</p><p>BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO</p><p>SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.</p><p>Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.</p><p>MANGINI, F. N. da R.; SILVA, A. A. Metodologias de planejamento e</p><p>estudos prospectivos: contribuições para o Serviço Social. Sociedade</p><p>em Debate, v. 25, n. 1, p. 108-130, 2019.</p><p>PAIM, J. S. Planejamento em saúde para não especialistas. In:</p><p>CAMPOS, G. W. S. et al. (orgs.) Tratado de saúde coletiva. São Paulo:</p><p>HUCITEC; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006. p. 767-783.</p><p>PFEIFER, P. Planejamento estratégico municipal no Brasil: uma</p><p>nova abordagem. Brasília: ENAP, 2000.</p><p>RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 56/56</p><p>SANTOS, M. Território e sociedade. São Paulo: Perseu Abramo,</p><p>2000.</p><p>SILVA, S. P. Políticas públicas e agricultura familiar: uma abordagem</p><p>territorial do PRONAF no Médio Jequitinhonha. 2008. Dissertação</p><p>(Mestrado em Desenvolvimento Econômico e Políticas Públicas) –</p><p>Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2008.</p><p>SILVA, S. P. A abordagem territorial no planejamento de políticas</p><p>públicas e os desafios para uma nova relação entre estado e sociedade</p><p>no Brasil. Cadernos Gestão Pública e Cidadania, São Paulo, v. 17, n.</p><p>60, 2012.</p><p>SOARES, P. Comunicação e a prática do/a assistente social: a</p><p>consolidação do projeto ético-político. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,</p><p>2022.</p><p>YAZBEK, M. C. A assistência social na prática profissional: história e</p><p>perspectivas. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 85, ano</p><p>XXVII, 2006.</p><p>YAZBEK, M. C. A Assistência Social na cidade de São Paulo. São</p><p>Paulo: Instituto Polis; PUCSP, 2004.</p><p>teóricas e metodológicas do sérico social,</p><p>passam a ser a reflexão-ação, buscando a visão crítica da realidade. O</p><p>novo currículo de serviço social passa a exigir pesquisas e uma</p><p>sustentação teórica e metodológica que suporte o engajamento com a</p><p>transformação social desejada.</p><p>Há marcos políticos que delimitaram e fortaleceram o PEP do assistente</p><p>social. Para Abramides et al. (2006), são eles:</p><p>A luta contra a ditadura.</p><p>A amplitude dos movimentos sociais a partir de 1980.</p><p>A mudança do perfil socioeconômico dos alunos dos cursos de</p><p>serviço social, que passou a ser não mais de mulheres abastadas,</p><p>incluindo a população de classe média e de classes mais</p><p>empobrecidas.</p><p>A participação de militantes políticos e sociais.</p><p>Sendo assim, a formação se posiciona por três dimensões distintas:</p><p>teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa.</p><p>Faz-se necessário esclarecer que, para intervir na sociedade, é</p><p>necessário entender a realidade. Esse entendimento da realidade</p><p>enquanto totalidade e a compreensão crítica sobre ela representam a</p><p>apreensão da totalidade de modo a possibilitar o enfrentamento das</p><p>situações cotidianas e o embate das expressões da questão social.</p><p>Como referência, vale afirmar que há uma dualidade de dimensões do</p><p>planejamento do serviço social, uma sendo relativa aos instrumentos e</p><p>às técnicas e à apreensão do arcabouço teórico e metodológico, e a</p><p>outra dimensão de caráter estratégico, relacionada à capacidade de</p><p>mediação, de articulação, de contornar dissensos e facilitá-los.</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>Você é convidado a imaginar que é assistente social do Centro de</p><p>Atendimento Socioeducativo (CASE) da unidade Camaçari/BA. Ele</p><p>recebe adolescentes dentro da faixa compreendida entre 12 e 18 anos.</p><p>Localizado no Bairro de Tancredo Neves, em Salvador, tem como</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 7/56</p><p>medida aplicada a internação provisória e a internação de sentenciados</p><p>de jovens que cometeram ato infracional.</p><p>As unidades de atendimento socioeducativo devem receber os jovens</p><p>que cumprem medida socioeducativa, objetivando a garantia dos seus</p><p>direitos e a sua integridade física. Como assistente social, você deverá</p><p>assegurar que o adolescente cumpra a medida socioeducativa com</p><p>integridade e respeito.</p><p>O seu fazer profissional será voltado ao atendimento diretamente ao</p><p>adolescente e à sua família. O que seria a aplicação do planejamento</p><p>estratégico e participativo no seu dia a dia de trabalho? Analisando os</p><p>conteúdos aprendidos, como o projeto ético-político, a intencionalidade e</p><p>o planejamento estratégico, que tipo de resolutividade você poderia</p><p>desenvolver?</p><p>A intencionalidade tem relação direta com a teleologia, que se configura</p><p>enquanto objetivo do agir profissional. Teleologia, para Guerra (2022, p.</p><p>24), é “a capacidade que os homens e as mulheres detêm de</p><p>projetarem, pelo movimento da sua consciência, a sua intenção, antes</p><p>mesmo de a realizarem”. Neste caso, ela é um trabalho que, muitas</p><p>vezes, vai na contramão do senso comum, o qual acredita que “bandido</p><p>bom é bandido morto”. A intenção do assistente social é, principalmente,</p><p>possibilitar ao adolescente a reconstrução de sua vida longe dos delitos,</p><p>fortalecer a identidade do indivíduo e orientá-lo quanto à possibilidade</p><p>de uma vida concreta na perspectiva cidadã.</p><p>Para o planejamento, o assistente social precisa se antecipar e escolher</p><p>as ferramentas pensando na intencionalidade. Para Athayde (2005), se</p><p>queremos possibilitar uma vida longe do crime, precisamos proporcionar</p><p>aos jovens: atividades educativas, fortalecimento de sua autoestima,</p><p>estímulo ao seu desenvolvimento, afastamento do passado e auxílio</p><p>para vislumbrar um futuro diferente.</p><p>Planejar também é se instrumentalizar, reunindo, lendo e dominando</p><p>toda a legislação pertinente à área de atuação. Neste contexto, o</p><p>principal documento jurídico é o Estatuto da Criança e do Adolescente –</p><p>Lei nº 8.069/90 – e o Código de Ética do Assistente Social.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 8/56</p><p>Comprometido com o projeto ético-político da profissão, seu agir</p><p>profissional deve pensar em trabalhar a autonomia do adolescente e</p><p>fornecer meios para que ele possa trilhar passos rumo à criação de</p><p>oportunidade e possibilidades. Fuja das atividades tarefeiras, como</p><p>preencher formulários, marcações, agendamentos etc.</p><p>Assim, para desenvolver um projeto de intervenção personalizado de</p><p>ação socioeducativa e de forma interventiva, criativa e resolutiva, você</p><p>pensou em uma ciranda de leitura, baseada em livros que discutam</p><p>valores éticos, mas que, ao mesmo tempo, trabalha as questões do</p><p>racismo, do empreendedorismo, da superação e, principalmente, do</p><p>empoderamento. Seu projeto ainda contempla a participação de</p><p>egressos que estão reinseridos atualmente e que superaram as</p><p>condições do passado.</p><p>Saiba Mais</p><p>Yolanda Guerra, em seu livro A Instrumentalidade do Serviço Social,</p><p>apresenta a comemoração à maioridade da instrumentalidade do serviço</p><p>social. O primeiro texto foi escrito em 1995 e, 18 anos depois, a 10ª</p><p>edição faz uma reflexão sobre o aspecto inacabado do discurso e a</p><p>necessidade de mantê-lo dinâmico e renovável. Disponível na Biblioteca</p><p>Virtual.</p><p>GUERRA, Y. A instrumentalidade do serviço social. São Paulo:</p><p>Cortez, 2022.</p><p>A partir de 1989, o capital busca se reestruturar. É a implantação do</p><p>neoliberalismo no Brasil e suas investidas. Confira o livro O projeto</p><p>ético-político do serviço social brasileiro: ruptura com o conservadorismo</p><p>e aprofunde seu conhecimento. Disponível na Biblioteca Virtual.</p><p>ABRAMIDES, M. B. C. et al. O projeto ético-político profissional do</p><p>serviço social brasileiro. São Paulo: Cortez, 2021.</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555552676/epubcfi/6/6%5B%3Bvnd.vst.idref%3Dficha.xhtml%5D!/4/2/6/2/1:13%5Blan%2Cda%5D</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555552317/epubcfi/6/28[%3Bvnd.vst.idref%3Dcap-04.xhtml]!/4</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 9/56</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO</p><p>SOCIAL. Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social. Rio de</p><p>Janeiro: ABEPSS, 1996. Disponível em:</p><p>https://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_20160331113816</p><p>6377210.pdf. Acesso em: 28 jul. 2023.</p><p>ABRAMIDES, M. B. C. et al. O projeto ético-político profissional do</p><p>serviço social brasileiro. São Paulo: Cortez, 2021.</p><p>ATHAYDE, C.; BILL, MV. Falcão – Meninos do tráfico. Rio de Janeiro:</p><p>Objetiva, 2006.</p><p>CHIAVENATO, I. Planejamento estratégico. São Paulo: Elsevier Brasil,</p><p>2004.</p><p>CHIAVENATO, I. Administração para todos: ingressando no mundo da</p><p>gestão de negócios. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2021.</p><p>GIOVANELLA, L. As origens e as correntes atuais do enfoque</p><p>estratégico em planejamento de saúde na América Latina. Cad. Saúde</p><p>Pública, v. 7, n. 1, p. 26-44, 1991.</p><p>GUERRA, Y. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo:</p><p>Cortez, 2022.</p><p>GURGEL, C.; SOUZA FILHO, R. de. Gestão democrática e serviço</p><p>social: princípios e propostas para a intervenção crítica. 7. ed. São</p><p>Paulo: Cortez, 2016.</p><p>IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho</p><p>e formação profissional. 26. ed. São Paulo: Cortez, 2015.</p><p>YAZBEK, M. C. A Assistência Social na cidade de São Paulo. São</p><p>Paulo: Instituto Polis; PUCSP, 2004.</p><p>Aula 2</p><p>https://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_201603311138166377210.pdf.%20Acesso%20em:%2028%20jul.%202023</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 10/56</p><p>PLANEJAMENTO</p><p>PARTICIPATIVO</p><p>Planejamento participativo</p><p>Começaremos,</p><p>agora, mais uma videoaula! Ela tem a intenção de</p><p>despertar em você o entendimento acerca da importância do uso das</p><p>metodologias no planejamento da prática profissional do assistente</p><p>social e de como se dá a participação da sociedade nos processos de</p><p>ações direcionadas a ela.</p><p>Também, você conhecerá sobre a escuta no serviço social e sobre a</p><p>ferramenta Árvore de Problemas, afinal, quanto mais você se apropria</p><p>dos conhecimentos, mais poder de decisão você terá e maior será a</p><p>assertividade de suas ações. Entretanto, não se esqueça de que a</p><p>experiência é igualmente importante à teoria, e não é possível</p><p>desconsiderar que os conhecimentos em administração e planejamento</p><p>são imprescindíveis ao cotidiano em uma perspectiva da garantia de</p><p>participação.</p><p>Assim, siga nos conhecimentos que validarão sua práxis!</p><p>Ponto de Partida</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 11/56</p><p>Esta videoaula apresenta o planejamento dentro do serviço social como</p><p>o locus da garantia da participação da sociedade nos processos de</p><p>construção dela mesma. Compreender as demandas de forma</p><p>generalizada, como expressões das mais diversas, bem como conhecer</p><p>a escuta enquanto método e técnica na atuação do assistente social</p><p>fazem parte da percepção do conceito da participação na perspectiva do</p><p>planejamento na atuação profissional do assistente social.</p><p>É preciso que você reconheça como a escuta auxilia na identificação da</p><p>situação-problema trazida pelo usuário da ação do assistente social,</p><p>assim como a análise pelo método da Árvore de Problemas promoverá o</p><p>objetivo de identificar não só a raiz mas também os efeitos do problema</p><p>em questão.</p><p>Se você está preparado, então vá ao conteúdo!</p><p>Vamos Começar!</p><p>O planejamento e os instrumentos metodológicos em serviço social</p><p>precisam ser pensados de forma a envolver a sociedade. O seminário</p><p>de Araxá (1967), em Teresópolis (1971), evidenciou a construção de um</p><p>serviço social mais técnico, legitimando uma preocupação em não só</p><p>executar políticas públicas mas também pensar no planejamento e na</p><p>elaboração dessas políticas.</p><p>É importante destacar que os assistentes sociais atuam com as mais</p><p>variadas expressões da questão social na vida cotidiana, seja na família,</p><p>no trabalho ou na assistência. Para Iamamoto (2009), a questão social é</p><p>desigualdade e rebeldia ao mesmo tempo, já que, apesar de vivenciar</p><p>as dificuldades, ainda é possível lutar e se rebelar.</p><p>O uso das técnicas pelo assistente social é, de certa forma,</p><p>manifestação também dessa rebeldia, e as configura como instrumentos</p><p>e meio de trabalho na perspectiva tanto individual quanto do</p><p>atendimento coletivo.</p><p>Na escolha do instrumento a ser utilizado pelo assistente social, é muito</p><p>importante haver um planejamento, evitando improvisos ou</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 12/56</p><p>esquecimentos. No caso de uma entrevista, por exemplo, é importante</p><p>ter em mente qual é o objetivo enquanto profissional, qual é o objetivo</p><p>da instituição vinculada e quais são as necessidades do usuário do</p><p>serviço (Costa; Lavorati, 2016).</p><p>Um dos instrumentos mais utilizados para a identificação do problema é</p><p>a escuta, a qual é realizada pelo profissional quase sempre no ato do</p><p>acolhimento, que é o locus da exposição do problema.</p><p>São vários os instrumentos e técnicas utilizadas para desenvolver</p><p>as ações pertinentes ao cotidiano do Assistente Social entre elas</p><p>são: prontuários, plantão social, planejamento, ficha de avaliação,</p><p>visitas domiciliares, busca ativa, escuta qualificada,</p><p>encaminhamento, entrevistas, organização sistemática,</p><p>monitoramento, referenciamento e avaliação das ações dos</p><p>serviços ofertados no CRAS/PAIF. (BRASIL, 2009, p. 29)</p><p>Cabe acrescentar que nem toda escuta de fato diz respeito ao ato direto</p><p>relacionado à fala, e que não existe uma percepção ou escuta</p><p>despretensiosa, tendo em vista que toda ação profissional está</p><p>imbricada da intencionalidade técnica do assistente social,</p><p>independentemente da área de atuação. Isto posto, é válido destacar</p><p>que esse assunto está direta e intrinsecamente relacionado à</p><p>comunicação.</p><p>Figura 1 | Dicas para uma comunicação</p><p>assertiva na prática profissional do</p><p>assistente social</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 13/56</p><p>É preciso acolher, ter empatia e intervir minimamente e sem julgamentos</p><p>ou questionamentos sugestivos ou invasivos. A intervenção do</p><p>assistente social durante a escuta deve se valer do fluxo de rede e</p><p>sempre de forma articulada e planejada, realizando o encaminhamento</p><p>correto dentro da rede de proteção.</p><p>Siga em Frente...</p><p>Considerando a comunicação como parte na escuta e determinante na</p><p>participação dos sujeitos no que produzirá o processo de planejamento</p><p>da ação profissional do assistente social, você precisa ver a Árvore de</p><p>Problemas como um instrumento estratégico para a comunicação e para</p><p>a realização de uma escuta qualificada e especializada.</p><p>A árvore “é um diagrama que tem como objetivo a organização, a</p><p>explicação do problema identificando as suas raízes (determinantes),</p><p>seu tronco (condicionantes) e seus galhos, folhas e frutos (fenômenos)”</p><p>(Silveira, 2010, p. 2). Neste sentido, a escuta se materializa em</p><p>metodologia da identificação do problema, cujo método é a Árvore de</p><p>Problemas. No planejamento para a efetividade de uma metodologia,</p><p>seja ela qual for, e isso inclui a escuta, é necessário que o profissional</p><p>seja qualificado tecnicamente, teoricamente e emocionalmente.</p><p>A metodologia Árvore de Problemas auxilia no diagnóstico e possibilita</p><p>separar os fatores que são causas e os fatores que são consequências,</p><p>mas, em sequência, permite a construção de outro diagrama, que é a</p><p>árvore da solução. Nesta, as raízes dão lugar aos objetivos específicos,</p><p>ou seja, como executar uma ação em prol do objetivo geral, e os frutos</p><p>são os resultados. Essa ferramenta permite transformar um problema</p><p>em um mar de possibilidades, pensando em uma ou mais soluções.</p><p>Elencar as possibilidades pode possibilitar um caminho mais assertivo</p><p>na construção rumo à transformação.</p><p>Observe a sequência diagramal entre as figuras que determinará</p><p>respectivamente a Árvore de Problemas e a Árvore de Soluções, em</p><p>que o problema central passa a ser o objetivo geral, que é exatamente a</p><p>solução para o problema central.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 14/56</p><p>Figura 2 | A Árvores dos</p><p>Problemas</p><p>Figura 3 | A Árvore das</p><p>Soluções</p><p>Com o uso desse instrumento, você verá que as raízes darão lugar aos</p><p>objetivos específicos, ou seja, como executar uma ação em prol do</p><p>objetivo geral, e os frutos serão os resultados, para que, assim, você</p><p>possa identificar meios para transformar um problema em possibilidades</p><p>de resolução a partir de uma ou mais soluções, elencar as</p><p>possibilidades para possibilitar um caminho mais assertivo na</p><p>construção rumo à transformação e subsidiar o planejamento de suas</p><p>ações.</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>Imagine! Imaginar é viajar sem sair do lugar.</p><p>Nesta viagem, você é assistente social de uma unidade de saúde, que é</p><p>um hospital-escola, vinculado a uma Instituição de Ensino Superior (IES)</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 15/56</p><p>em São Luís, no Maranhão.</p><p>Você faz parte de um grupo de sete assistentes sociais que trabalham</p><p>em regime de escala neste hospital em conjunto com uma equipe</p><p>multidisciplinar. Note que “o Serviço Social não é exclusivo da saúde,</p><p>qualifica o profissional a atuar com competência nas diferentes</p><p>dimensões da questão social no âmbito das políticas sociais, inclusive a</p><p>saúde” (CFESS, 1999, [s. p.]).</p><p>Há vários pacientes hospitalizados, e, por ser um hospital-escola, os</p><p>leitos são visitados com frequência pela equipe médica, de psicólogos,</p><p>fisioterapeutas, de nutrição e até mesmo de assistentes sociais.</p><p>Uma das ações desenvolvidas por você no hospital é a roda de</p><p>conversa, que reúne os acompanhantes dos pacientes hospitalizadas.</p><p>Neste momento, o serviço social se propõe a utilizar a escuta como</p><p>instrumento metodológico. A técnica da roda de conversa tem um</p><p>objetivo também pedagógico, com o intuito de orientar e informar o</p><p>paciente em relação às rotinas hospitalares, aos direitos e às obrigações</p><p>dos pacientes e familiares, além de possibilitar a identificação de outras</p><p>demandas oriundas de possíveis situações de vulnerabilidade social e</p><p>risco.</p><p>Neste sentido, a roda de conversa, em seu cunho pedagógico, visa</p><p>captar, conforme Freire (1987, p. 40):</p><p>o desafio como um problema em suas conexões com outros, num</p><p>plano de totalidade e não como algo petrificado, a compreensão</p><p>resultante tende a tornar-se crescentemente crítica [...] A ação</p><p>educativa e política não pode prescindir do conhecimento crítico</p><p>dessa situação, sob pena de se fazer ‘bancário’ ou de pregar no</p><p>deserto.</p><p>Durante o processo de escuta, é exposta uma grande queixa a respeito</p><p>do tratamento desumano que está sendo dado pelo hospital. A queixa do</p><p>familiar se dá pelo fato de o paciente estar sendo demasiadamente</p><p>exposto com excesso de visitas beira-leito. Para dar continuidade em</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 16/56</p><p>relação ao tratamento que será dado a esta fala, você precisará planejar</p><p>e, para tanto,</p><p>[...] inscrevem-se tanto os valores que a profissão determina, o</p><p>conjunto das competências socioprofissionais e políticas quanto a</p><p>direção político-profissional estratégica. Então, Lei de</p><p>Regulamentação, Código de Ética e Diretrizes Curriculares da</p><p>formação profissional não são apenas instrumentos jurídicos,</p><p>contemplam também orientações técnico–operativa e</p><p>ideopolíticas [...]. Traduzindo tais valores e princípios para as</p><p>particularidades do exercício profissional, o projeto ético-político</p><p>explicita-se na exigência de competência; a qual não depende</p><p>somente de uma vontade política e da adesão de valores, mas da</p><p>capacidade de torná-los concretos. (Guerra, 2014, p. 38)</p><p>Você leva o problema para a sua supervisão, e esta encara a fala do</p><p>familiar como absurda, uma vez que o paciente tem ciência que se trata</p><p>de um hospital-escola. Você, contudo, pensa diferente e reflete de que</p><p>maneira pode melhorar o processo. Recorda-se que, segundo Ayres</p><p>(2005), há uma violência institucional muitas vezes velada, uma vez que</p><p>não é esclarecido o direito do paciente à preservação da sua intimidade</p><p>e a possibilidade de não se submeter a ações mais invasivas. A</p><p>autonomia do sujeito fica reduzida se não lhe são prestadas as</p><p>informações de forma completa; também, ela se estabelece à medida</p><p>que se respeita a privacidade do paciente. Para Foucault (2010), os</p><p>corpos são dóceis quando são alienados em relação à própria</p><p>autonomia e acabam se submetendo às rotinas impostas pelas</p><p>instituições.</p><p>Você, enquanto profissional, prefere se munir de conhecimento e, para</p><p>isso, traz as falas de Foucault, por exemplo, e utiliza como ferramentas</p><p>a Árvore de Problemas para identificar a raiz do problema, que é o</p><p>excesso de visitas. Também, identifica os efeitos desses excessos, os</p><p>quais são a imagem negativa do hospital, a impressão de um</p><p>atendimento pouco humanizado, a irritabilidade e o constrangimento de</p><p>alguns pacientes e familiares. Quanto às causas, você descobre que há</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 17/56</p><p>pouca articulação entre as áreas, e é ausente a combinação de horários.</p><p>Ainda, verifica ser possível a composição de visitas multidisciplinares,</p><p>reduzindo, assim, o número de visitas e a importunação desnecessária,</p><p>pois, neste caso em específico, você comprovou ser possível ter mais</p><p>assertividade. Sua argumentação só foi possível mediante seu</p><p>planejamento, o qual se mostrou eficaz, desta forma, a sua sugestão foi</p><p>acolhida pelo hospital.</p><p>Saiba Mais</p><p>Você pode ler o livro Comunicação e a prática do/a assistente social: a</p><p>consolidação do projeto ético-político, que faz uma construção da ação</p><p>profissional considerando os pressupostos da formação e práxis</p><p>voltados ao âmbito da comunicação, na perspectiva de amparo ao</p><p>cotidiano técnico. Tendo em vista que toda e qualquer ação profissional</p><p>do assistente social está pautada na promoção e na garantia do acesso</p><p>ao direito, independentemente do locus de atuação, será necessário que</p><p>sua competência em estabelecer e fortalecer o campo da comunicação</p><p>seja evidente. Para acessar o livro, você deve consultar a Biblioteca</p><p>Virtual ou buscar conforme referência:</p><p>SOARES, P. Comunicação e a prática do/a assistente social: a</p><p>consolidação do projeto ético-político. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,</p><p>2022.</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>ALVES, D. C.; VALE, E. S. do; CAMELO, R. A. (orgs.). Instrumentos e</p><p>técnicas do serviço social: desafios cotidianos para uma</p><p>instrumentalidade mediada. Fortaleza: Editora da UECE, 2021.</p><p>ANDRADE FILHO, A. C. F.; ANDRADE, A. de M. Controle Social:</p><p>ferramenta para o exercício da cidadania. Rev. Mult. Psic., v. 13, n. 44,</p><p>p. 962- 977, 2019.</p><p>BRASIL. Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a profissão</p><p>de Assistente Social e dá outras providências. Brasília: Presidência da</p><p>https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/205796</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 18/56</p><p>República, [2024]. Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8662.htm. Acesso em: 16 ago.</p><p>2024.</p><p>BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a</p><p>organização da Assistência Social e dá outras providências. Brasília:</p><p>Presidência da República, [2024]. Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm. Acesso em: 16 ago.</p><p>2024.</p><p>BRASIL. Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017. Estabelece o sistema de</p><p>garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha</p><p>de violência e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da</p><p>Criança e do Adolescente). Brasília: Presidência da República, [2024].</p><p>Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-</p><p>2018/2017/lei/l13431.htm. Acesso em: 16 ago. 2024.</p><p>BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.</p><p>Secretaria Nacional de Assistência Social. Orientações Técnicas:</p><p>Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. 1. ed. Brasília:</p><p>Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009. 72 p.</p><p>ISBN 978-85-60700-29-5. Disponível em:</p><p>https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cade</p><p>rnos/orientacoes_Cras.pdf. Acesso em: 27 out. 2024.</p><p>BRASIL. Resolução nº 145, de 15 de outubro de 2004. Aprova a</p><p>Política Nacional de Assistência Social. Brasília: Ministério do</p><p>Desenvolvimento Social e Combate à Fome, [2024]. Disponível em:</p><p>https://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/assistencia_social/resolu</p><p>coes/2004/Resolucao%20CNAS%20no%20145-</p><p>%20de%2015%20de%20outubro%20de%202004.pdf. Acesso em: 16</p><p>ago. 2024.</p><p>BRIGHENTE, M. F.; MESQUIDA, P. Michel Foucault: corpos dóceis e</p><p>disciplinados nas instituições escolares. In: CONGRESSO</p><p>EDUCACIONAL DE EDUCAÇÃO, 10., 2011, Curitiba. Anais [...].</p><p>Curitiba: EDUCERE, 2011.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8662.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8662.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13431.htm</p><p>https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_Cras.pdf</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 19/56</p><p>CHIAVENATO, I. Administração para todos: ingressando no mundo da</p><p>gestão de negócios. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2021.</p><p>CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO</p><p>BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO</p><p>SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.</p><p>Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.</p><p>COSTA, D.; LAVORATTI, C. Instrumentos Técnico-Operativos no</p><p>Serviço Social: um debate necessário. Ponta Grossa: Estúdio Texto,</p><p>2016.</p><p>EUGENIO, A. V. S.; GONZAGA, M. L. de S. A atuação do Assistente</p><p>Social no Centro de Referência da Assistencial Social-CRAS. Revista</p><p>de Psicologia, v. 13, n. 44, p. 962-977, 2019.</p><p>FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal,</p><p>2010.</p><p>FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e</p><p>Terra, 1987.</p><p>GUERRA, Y. A instrumentalidade do Serviço Social. 3. ed. São Paulo:</p><p>Cortez, 1995.</p><p>IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na cena contemporânea. In:</p><p>CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; ASSOCIAÇÃO</p><p>BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO</p><p>SOCIAL. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.</p><p>Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.</p><p>SILVEIRA, E. M. C. et al. Plantando a árvore de problemas e de</p><p>objetivos na arquitetura da linha de cuidado no campo do adulto</p><p>crítico. Porto Alegre: Rede Unida, 2010.</p><p>SOARES, P. Comunicação e a prática do/a assistente social: a</p><p>consolidação do projeto ético-político. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,</p><p>2022.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 20/56</p><p>Aula 3</p><p>PLANEJAMENTO SOCIAL</p><p>Planejamento social</p><p>Olá, estudante!</p><p>Agora já avançado em estudos, você começará mais uma videoaula,</p><p>então tenha os conteúdos anteriores em mente e prossiga na</p><p>perspectiva de que o planejamento social na prática da atuação do</p><p>assistente social está diretamente relacionado à escolha, ou à seleção</p><p>de específicas ferramentas e técnicas metodológicas para pensar</p><p>resolutividade os problemas reais do cotidiano.</p><p>A perspectiva de resolutividade associada à prática profissional do</p><p>assistente social não está relacionada à intenção de suprimir com as</p><p>expressões da questão social que se manifestam em problemas trazidos</p><p>nas demandas dos usuários da ação técnica, mas em sobrepujar</p><p>condições segundo possibilidades reais de ao menos driblar tais</p><p>consequências do sistema socioeconômico capitalista.</p><p>Nessa intenção, coloque-se disponível a novos conhecimentos e a</p><p>relacioná-los aos conhecimentos até aqui adquiridos.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 21/56</p><p>Ponto de Partida</p><p>Esta aula tem a finalidade de permitir a você, caro estudante, a</p><p>associação do conceito de território, que não deve ser percebido apenas</p><p>no sentido de espaço, mas conforme os estudos e avanços conceituais</p><p>do século XX. Está incorporado também às questões políticas, às</p><p>relações sociais imbricadas e às questões de jogos de poder.</p><p>A proposta é que você construa uma intersecção que articulará o</p><p>planejamento social e a atuação do assistente social nos territórios</p><p>através dos instrumentos metodológicos desse profissional.</p><p>Se você está preparado, então avance para conhecer este novo</p><p>conteúdo!</p><p>Vamos Começar!</p><p>O planejamento com a ideia de previsão saiu da esfera particular para</p><p>surgir posteriormente na administração pública. Para Paim (2006), o</p><p>planejamento social (PS) existe com o intuito de mobilizar e elevar a</p><p>consciência dos envolvidos diretamente ao problema, com o poder de</p><p>diminuir a alienação, oferecer um significado ao trabalhador e sair da</p><p>superficialidade da vida cotidiana.</p><p>O socialismo soviético, em 1917, na Rússia, foi o grande responsável</p><p>pela implementação do planejamento social. Seu viés autoritário e a sua</p><p>imagem ligada ao seu caráter tido como centralizador dificultaram a sua</p><p>consolidação no capitalismo. Mas, a partir da Segunda Guerra Mundial,</p><p>o planejamento social começa a ser melhor aceito, uma vez que passa</p><p>“[...] a ser visto como um instrumento para o desenvolvimento” (Difrieri</p><p>apud Barbosa, 1991, p. 22). Os direitos sociais ganham assim mais</p><p>expressão e força.</p><p>É no século XX que o planejamento se consolida com o fortalecimento</p><p>do Estado-nação e dos direitos sociais, após anos de governo militar no</p><p>Brasil e de um período de ditadura, o que permitiu a reorganização e até</p><p>a legalização dos movimentos populares e o crescimento da</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 22/56</p><p>participação popular, com a garantia de direitos presentes na</p><p>Constituição Federal do Brasil de 1988. A gestão social, que é a gestão</p><p>dos direitos sociais (Carvalho, 2015), faz alusão direta à atuação do</p><p>profissional do serviço social.</p><p>O planejamento social é técnico, à medida que pressupõe a</p><p>racionalidade, e político, já que se estabelece em uma arena de</p><p>enfrentamento de interesses distintos; é um jogo de forças.</p><p>O quadro 1 a seguir serve para que você fixe a dualidade do</p><p>planejamento estratégico e do estratégico situacional e planejamento</p><p>participativo.</p><p>Quadro 1 | Relação planejamento estratégico</p><p>Neste cenário, a proposta de atuação e planejamento de ação</p><p>profissional está diretamente relacionada ao planejamento participativo,</p><p>que fala de uma construção teórico-metodológica em que não somente</p><p>o “como fazer” é partilhado e constituído com o sujeito da ação</p><p>profissional mas também o “o que fazer” e o “para que fazer”, como</p><p>pode ser visto em Gandin (2001).</p><p>Deste modo, é o território, o lugar das pessoas e de suas demandas,</p><p>que passa a ser compreendido como o local de concepção e</p><p>operacionalização da real ação do assistente social. Mas, se você está</p><p>penando na densidade e na diversidade da realidade em detrimento da</p><p>necessidade de definir as prioridades da ação técnica, é importante que</p><p>considere uma forma de intervir no território a partir de planos,</p><p>programas e projetos, conforme preconizado na Lei nº 8.662, de 7 de</p><p>junho de 1993.</p><p>Planejamento estratégico Instrumento de gerenciamento com um único</p><p>propósito: tornar o trabalho de uma</p><p>organização mais eficiente.</p><p>Planejamento estratégico</p><p>intencional</p><p>Metodologia ágil de articulação entre gestão</p><p>social e política de intervenção profissional.</p><p>Planejamento participativo Distribuição do poder e possibilidade de decidir.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 23/56</p><p>Tais formas de intervenção têm a finalidade de dar visibilidade a</p><p>problemas territorializados que até então não tenham alcançado</p><p>expressão, em especial, pelo fato de serem mantidos na obscuridade</p><p>das realidades cotidianas.</p><p>O território é uma resultante de um agrupamento de situações reais</p><p>sociais, culturais, ambientais e políticas capaz de forjar a construção de</p><p>sujeitos históricos que estão inseridos neste território.</p><p>É neste contexto que ocorre a atuação do assistente social, dentro das</p><p>realidades que, em suas individualidades, têm reflexos coletivos, à</p><p>medida que as expressões da questão social se materializam na</p><p>perspectiva social, e não individual. Assim sendo, é no território, cada</p><p>um com sua peculiaridade, que se manifestam as degradações dos</p><p>padrões de civilidade. Vale ressaltar que o território vai além do espaço</p><p>geográfico, pois contemplam também os múltiplos espaços urbanos e</p><p>intraurbanos.</p><p>Siga em Frente...</p><p>Hoje, estudante, em perspectiva de profissional de serviço social, você</p><p>precisa compreender que há, no território, uma multiplicidade de</p><p>demandas que requerem atuações não somente do assistente social e</p><p>de uma</p><p>política ou serviço. Nisso consiste a intersetorialidade de</p><p>integração e articulação da rede.</p><p>Embora seja comum determinar para a política de assistência social</p><p>e/ou para o profissional de serviço social as funções de gestão territorial,</p><p>é importante destacar que não é possível que apenas esses dois atores</p><p>deem respostas às necessidades que se apropriam na realidade dos</p><p>sujeitos e nos territórios em que estas se materializam. No entanto, há,</p><p>sim, como prerrogativa técnica do assistente social a competência de</p><p>atuação em matéria do serviço social voltada à gestão. Logo, neste</p><p>ponto, repousa também a interseção do planejamento com o serviço</p><p>social.</p><p>Compreender a situação de cada território e dos espaços intraurbanos</p><p>dentro de cada município é responsabilidade da União, do Distrito</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 24/56</p><p>Federal, dos estados e dos municípios, assim como desenvolver,</p><p>participar e apoiar pesquisas e estudos e diagnosticar em cada</p><p>microrregião e território, a fim de subsidiar análises de vulnerabilidade e</p><p>risco social.</p><p>Considere que, segundo previsão da tipificação nacional, o território será</p><p>mapeado para que haja propostas de ofertas de serviços e</p><p>resolutividade dos problemas e riscos de cada comunidade cuja</p><p>participação desta se consolida à medida que</p><p>[...] a consolidação e a democratização dos Conselhos e dos</p><p>mecanismos de participação e controle social; a organização e</p><p>apoio à representação dos usuários; a participação nos debates</p><p>sobre o SUAS, a NOB, os CRAS, os CREAS; a elaboração de</p><p>diagnóstico de vulnerabilidade dos municípios; o monitoramento e</p><p>a avaliação da política; o estabelecimento de indicadores e</p><p>padrões de qualidade e de custeio dos serviços; contribuindo para</p><p>a construção de uma cultura democrática, do direito e da</p><p>cidadania. (Yazbek, 2006, p. 132)</p><p>Este é o território da atuação do assistente social: a construção de</p><p>respostas assertivas para as demandas sociais. Isso dependerá, no</p><p>entanto, da metodologia do processo interventivo do profissional, cujo</p><p>exercício cotidiano deve estar apoiado em intencionalidade, que nega a</p><p>possibilidade de neutralidade e se posiciona de forma a ir ao encontro</p><p>do projeto ético-político da profissão.</p><p>Somente tendo em vista essas premissas e esses pressupostos se fará</p><p>possível ir além do tarefismo e das rotinas institucionais.</p><p>O planejamento social deverá romper também com o engessamento do</p><p>planejamento tradicional de otimização de resultados e redução de custo</p><p>que maximiza a importância econômica, ainda que seja salutar e</p><p>contributiva a gestão social baseada em eficiência, eficácia e</p><p>efetividade, conforme a Figura 1.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 25/56</p><p>Figura 1 | Gestão social</p><p>Na gestão social, efetiva-se o planejamento social, no qual a busca pela</p><p>eficiência, eficácia e efetividade é o ponto-chave, contudo o agir</p><p>profissional do assistente social deve manter o sentido crítico, político e</p><p>intencionado, no qual a cultura deve ser voltada para a elaboração, o</p><p>monitoramento e a avaliação, os quais são temas complementares, que</p><p>você poderá aprofundar em outras videoaulas desta disciplina.</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>Venha exercitar seus conhecimentos!</p><p>Maria, 13 anos, estuda na Escola Estadual Felício dos Santos, no</p><p>Ensino Fundamental II. A instituição atende muitos alunos provenientes</p><p>da zona rural. A diretora percebe a ausência de Maria por um longo</p><p>período e, apesar de várias tentativas, não obtém êxito em sua busca.</p><p>Desta forma, decide entrar em contato com o CRAS da região para</p><p>expor a situação da estudante.</p><p>Você recepciona a ligação do CRAS do Rio Preto e, como assistente</p><p>social, poderá fazer uma busca ativa e verificar se a família de Maria</p><p>está em risco social ou situação de vulnerabilidade. Mesmo após muitos</p><p>anos de escrita e promulgada a Constituição Cidadã de 1988, é</p><p>perceptível que, mesmo os direitos existindo, nem todos têm acesso a</p><p>ela, sendo uma questão, portanto, de efetividade.</p><p>Esta unidade pública do SUAS é referência para o</p><p>desenvolvimento de todos os serviços socioassistenciais de</p><p>proteção básica do Sistema Único de Assistência Social – SUAS,</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 26/56</p><p>no seu território de abrangência. Estes serviços, de caráter</p><p>preventivo, protetivo e proativo, podem ser ofertados diretamente</p><p>no CRAS, desde que disponha de espaço físico e equipe</p><p>compatível. Quando desenvolvidos no território do CRAS, por</p><p>outra unidade pública ou entidade de assistência social privada</p><p>sem fins lucrativos, devem ser obrigatoriamente a ele</p><p>referenciados. (Brasil, 2009, p. 9)</p><p>Maria mora na região de São Gonçalo do Rio Preto, a 25 minutos da</p><p>escola. A busca ativa fez com que você identificasse que Joana, a mãe</p><p>de Maria, é apanhadora de sempre-viva. Na residência, elas moram com</p><p>a avó de Maria, Dona Aparecida, de 76 anos. O CRAS é a única unidade</p><p>de proteção básica que tem a função de ofertar o Programa de Atenção</p><p>Integral à Família - PAIF e de fazer a gestão da proteção básica no</p><p>território de abrangência do CRAS (Brasil, 2009).</p><p>Ao analisarmos uma determinada comunidade, devemos ter o olhar das</p><p>interseccionais, como gênero, raça, classe, geração e religião, pois:</p><p>O CRAS materializa a presença do Estado no território,</p><p>possibilitando a democratização do acesso aos direitos</p><p>socioassistenciais e contribuindo para o fortalecimento da</p><p>cidadania. Ao eleger a territorialização como eixo estruturante do</p><p>SUAS, reconhece-se que a mobilização das forças no território e</p><p>a integração de políticas públicas podem potencializar iniciativas</p><p>e induzir processos de desenvolvimento social. A integração de</p><p>políticas, por sua vez, é potencializada pela clareza de objetivos e</p><p>pela definição de diretrizes governamentais. (Brasil, 2009, p. 13)</p><p>Através da busca ativa, será possível oferecer os serviços do Programa</p><p>de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e o Serviço de</p><p>Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), conforme a Figura 2,</p><p>investigando se há necessidade da utilização dos serviços:</p><p>Do benefício de prestação continuada (BPC).</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 27/56</p><p>Do benefício do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil</p><p>(PET).</p><p>Do benefício do Bolsa Família.</p><p>Figura 2 | CRAS – Gestão da proteção social básica no território. Fonte:</p><p>Brasil (2009, p. 19).</p><p>A visita domiciliar proporciona a identificação das vulnerabilidades e dos</p><p>riscos sociais e possibilita conhecer o território e traçar um diagnóstico</p><p>para identificar os possíveis serviços sociais a que a família ou alguns</p><p>membros dela tem direito.</p><p>Joana, como é apanhadora de sempre-viva, faz parte da comunidade</p><p>tradicional e entra na Lei nº 6.040/2007, a qual institui a Política</p><p>Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades</p><p>Tradicionais.</p><p>Assim, foi possível ser resolutivo com a demanda originalmente não</p><p>espontânea, mas bastante efetiva, na vida da família de Maria, Joana e</p><p>Aparecida. Conhecer as peculiaridades da Serra do Espinhaço,</p><p>conhecer a realidade da rede de assistência que demandou o serviço e,</p><p>acima de tudo, ter conhecimento técnico-operativo e ético-político</p><p>possibilitou o planejamento social e estratégico das ações, a fim de</p><p>garantir os direitos dessa família, a identificação de potencialidades e a</p><p>efetividade do atendimento. Certamente, seu atendimento fez a</p><p>diferença para essa família, primando pela autonomia e pelo</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html</p><p>28/56</p><p>protagonismo da família e coerente com o projeto ético-político da</p><p>categoria profissional.</p><p>Saiba Mais</p><p>Você tem à sua disposição diversos conteúdos digitais em plataformas</p><p>de formação e consulta que lhe permitem assimilar teorias cuja</p><p>associação pode contribuir para sua formação. Neste ponto, você pode</p><p>aprofundar a questão da territorialidade e seu debate no texto de Paul</p><p>Little, intitulado Territórios socias e povos tradicionais no Brasil: por uma</p><p>antropologia da territorialidade, cujo enfoque antropológico reconhece a</p><p>importância da territorialidade na constituição de grupos sociais, à</p><p>medida que analisa que esse tema está na marginalidade dentro da</p><p>antropologia na atualidade. Consulte a obra.</p><p>LITTLE, P. E. Territórios socias e povos tradicionais no Brasil: por uma</p><p>antropologia da territorialidade. Anuário Antropológico, v. 28, n. 1, p.</p><p>251-290, 2018. Disponível em:</p><p>https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/687</p><p>1/7327. Acesso em: 15 ago. 2024.</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>ARREGUI, C.; KOGA, D. H. U.; DINIZ, R. A. Dinâmicas socioterritoriais e</p><p>práticas profissionais: entre chãos e gestão. Revista de Políticas</p><p>Públicas, v. 22, p. 1407-1430, 2018.</p><p>BARBOSA, M. da C. Planejamento e serviço social. 4. ed. São Paulo:</p><p>Cortez, 1991.</p><p>BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a</p><p>organização da Assistência Social e dá outras providências. Brasília:</p><p>Presidência da República, [2024]. Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#:~:text=LEI%20N%C</p><p>2%BA%208.742%2C%20DE%207%20DE%20DEZEMBRO%20DE%20</p><p>1993&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20organiza%C3%A7%C3%</p><p>https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6871/7327</p><p>https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6871/7327</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.742%2C%20DE%207%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201993&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Assist%C3%AAncia%20Social%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.742%2C%20DE%207%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201993&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Assist%C3%AAncia%20Social%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 29/56</p><p>A3o%20da%20Assist%C3%AAncia%20Social%20e%20d%C3%A1%20</p><p>outras%20provid%C3%AAncias. Acesso em: 16 ago. 2024.</p><p>BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.</p><p>Secretaria Nacional de Assistência Social. Orientações Técnicas:</p><p>Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. 1. ed. Brasília:</p><p>Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009. 72 p.</p><p>ISBN 978-85-60700-29-5. Disponível em:</p><p>https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cade</p><p>rnos/orientacoes_Cras.pdf. Acesso em: 27 out. 2024.</p><p>BRASIL. Norma Operacional Básica do SUAS. Brasília: MDS, 2012.</p><p>CARVALHO, M. do C. B. Gestão social e trabalho social: desafios e</p><p>percursos metodológicos. São Paulo: Cortez, 2015.</p><p>CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL. Orientações</p><p>Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social. Brasília:</p><p>Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009.</p><p>GANDIN, D. A posição do planejamento participativo entre as</p><p>ferramentas de intervenção na realidade. Currículo sem Fronteiras, v.</p><p>1, n. 1, p. 81-95, 2001.</p><p>IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na cena contemporânea. In:</p><p>CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Serviço Social: direitos</p><p>sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS, 2009. p. 15-50.</p><p>MANGINI, F. N. da R. Planejamento social. Santa Maria: UFSM; CTE,</p><p>2023.</p><p>PAIM, J. S. Planejamento em saúde para não especialistas. In:</p><p>CAMPOS, G. W. S. et al. (orgs.). Tratado de saúde coletiva. São</p><p>Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006. p. 767-783.</p><p>PFEIFER, P. Planejamento estratégico municipal no Brasil: uma</p><p>nova abordagem. Brasília: ENAP, 2000.</p><p>RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.742%2C%20DE%207%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201993&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Assist%C3%AAncia%20Social%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%208.742%2C%20DE%207%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201993&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20organiza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Assist%C3%AAncia%20Social%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias</p><p>https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_Cras.pdf</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 30/56</p><p>SANTOS, M. Território e sociedade. São Paulo: Perseu Abramo,</p><p>2000.</p><p>SILVA, S. P. Políticas públicas e agricultura familiar: uma abordagem</p><p>territorial do PRONAF no Médio Jequitinhonha. 2008. Dissertação</p><p>(Mestrado em Desenvolvimento Econômico e Políticas Públicas) –</p><p>Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2008.</p><p>SILVA, S. P. A abordagem territorial no planejamento de políticas</p><p>públicas e os desafios para uma nova relação entre estado e sociedade</p><p>no Brasil. Cadernos Gestão Pública e Cidadania, São Paulo, v. 17, n.</p><p>60, 2012.</p><p>YAZBEK, M. C. A assistência social na prática profissional: história e</p><p>perspectivas. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 85, ano</p><p>XXVII, 2006.</p><p>Aula 4</p><p>PLANEJAMENTO SOCIAL E</p><p>PLANIFICAÇÃO DE</p><p>PROCESSOS</p><p>Planejamento Social e planificação</p><p>de processos</p><p>Olá, estudante!</p><p>Você está prestes a iniciar mais uma videoaula. Neste ponto, você</p><p>conclui mais uma etapa do processo de aprendizagem.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 31/56</p><p>Você verá, neste momento, como se dá o processo de tomada de</p><p>decisão no agir do assistente social. Será a oportunidade para analisar</p><p>como a tomada de decisão pode se configurar enquanto resultado de</p><p>um processo de participação social em que se consolida a distribuição</p><p>de poder e, assim, compreender como o processo decisório é</p><p>sistematizado e sua importância para a reflexão da prática profissional.</p><p>Siga o percurso do conhecimento e aventure-se neste aprofundamento</p><p>de saberes.</p><p>Ponto de Partida</p><p>Você já ouviu falar na expressão “ninguém disse que seria fácil!”?</p><p>Possivelmente, você a ouvirá na realidade profissional e, talvez você já</p><p>tenha ouvido nas experiências de convívio com profissionais de serviço</p><p>social. Não diferente de outras profissões, os assistentes sociais, no dia</p><p>a dia de ação, precisarão tomar muitas decisões, cujas responsabilidade</p><p>e consequência estarão diretamente associadas a eles.</p><p>Isso quer dizer que, para o assistente social, essa é uma máxima mais</p><p>que verdadeira. A tomada de decisão é inerente à atuação profissional e</p><p>envolve consequências para si, para vários outros indivíduos e, por</p><p>vezes, para várias famílias e até para toda uma comunidade.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 32/56</p><p>Conhecer como se dá o processo de tomada de decisão no</p><p>planejamento social e a sistematização deste na prática do assistente</p><p>social é o objeto desta aula.</p><p>Sendo assim, siga em frente!</p><p>Vamos Começar!</p><p>Comece este momento refletindo: será que a tomada de decisão é parte</p><p>apenas da ação profissional do assistente social que ocupa posição de</p><p>gestão, ou a atuação técnica direta ao usuário é também uma posição</p><p>de gestão profissional?</p><p>Neste ponto, você já sabe que a resposta a essa questão é que o</p><p>assistente social realiza atos de processo de gestão em seu cotidiano.</p><p>Entretanto, nem todo processo</p><p>de gestão implica uma tomada de</p><p>decisão direta, isso dependerá da sua área de atuação, pois alguns</p><p>espaços sócio-ocupacionais demandarão um pouco mais da tomada de</p><p>decisão do que outros. Note que, quanto mais se toma decisões, melhor</p><p>preparado deve estar o profissional para novas decisões tomar. Para</p><p>Klein (2017 apud Mota; Albuquerque, 2022), a experiência vai se</p><p>acumulando ao longo do tempo, formando um conjunto de padrões</p><p>reconhecidos, o que não significa que os conhecimento teóricos</p><p>acessados no processo de formação podem ser desconsiderados, ainda</p><p>mais porque eles subsidiarão os passos profissionais.</p><p>Se tomar uma decisão envolve um processo consciente de escolha</p><p>entre duas ou mais alternativas de ação, você precisa se apropriar dos</p><p>conceitos associados às dimensões formativas do serviço social, de</p><p>modo que elas influenciem suas decisões de modo racional,</p><p>distanciando sua prática de uma base intuitiva.</p><p>Historicamente, o serviço social utilizava-se do planejamento dentro de</p><p>uma concepção tradicional, com uma visão que se vinculava ao</p><p>funcionalismo, teoria sociológica dominante por um período no Brasil,</p><p>período este coincidente com o serviço social tradicional e arcaico que</p><p>reivindicava a harmonia e a adequação do indivíduo, primando pela</p><p>estabilidade social.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 33/56</p><p>Tanto no planejamento como na gestão, seja nas produções ou nos</p><p>debates, dentro da categoria profissional do serviço social, as</p><p>metodologias mais presentes são o planejamento estratégico e o</p><p>planejamento participativo, e ambos mantêm o foco no materialismo</p><p>histórico-dialético.</p><p>Um instrumento metodológico possível para Matus (1989) dentro do</p><p>planejamento estratégico é o “programa direcional”, que consiste em</p><p>simular operações partindo de uma situação inicial, para chegar a uma</p><p>situação futura desejada, a fim de levantar eventuais falhas e</p><p>estabelecer metas para o atingimento do objetivo. Veja que “a</p><p>metodologia do planejamento estratégico possui afinidade com a</p><p>bagagem formativa do assistente social” (Mangini; Silva, 2019, p. 116).</p><p>A participação social se dá também como uma estratégia. Para Gandin</p><p>(2010), a participação social parte de uma preconcepção conceitual de</p><p>que o mundo é injusto e, na sociedade, esta injustiça se manifesta de</p><p>diversas e diferentes formas e níveis. “O planejamento participativo é um</p><p>tipo de metodologia que demanda maior investimento de tempo e</p><p>recursos, o que colide com a lógica neoliberal, a não ser que aconteça</p><p>nos moldes de uma pseudoparticipação (...)” (Mangini; Silva, 2019, p.</p><p>121).</p><p>Retificar essa injustiça no seio da sociedade se daria, portanto, à</p><p>medida que o poder fosse distribuído, ou melhor, que todos pudessem,</p><p>de alguma forma, participar das decisões importantes que</p><p>determinassem o rumo da nação.</p><p>Quem planeja tem a “batuta” (tipo de bastão utilizado por quem rege</p><p>uma orquestra), ou seja, o poder de decidir. Governar, portanto, é definir</p><p>os rumos sociais (Gandin, 2010) e gerir os meios para que sua</p><p>administração perdure.</p><p>Uma nova ferramenta que se constitui na perspectiva da atualidade e</p><p>com grande potencial são os estudos prospectivos, com o principal</p><p>objetivo de fortalecer o planejamento para a categoria profissional.</p><p>Conforme Gaston Berger (2004, p. 311), “a prospectiva é uma atitude”.</p><p>Os estudos prospectivos vão da causa para os efeitos, enquanto os</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 34/56</p><p>estudos retrospectivos partem dos efeitos para chegar às causas,</p><p>conforme mostra a Figura 1.</p><p>Figura 1 | Estudos prospectivos</p><p>Siga em Frente...</p><p>Para o pesquisador, todo o objeto de pesquisa deve ser considerado a</p><p>partir de seu histórico (Lima; Mioto, 2007) e de suas disposições</p><p>temporais e contextuais. Vale ressaltar que a sistematização da prática</p><p>do serviço social, além de garantir a reunião de um compilado histórico,</p><p>se constitui também como contribuição para a construção do</p><p>conhecimento e possibilita a transformação da sociedade.</p><p>A pesquisa é precursora da ação, e pesquisar é aprender, refletir e até,</p><p>talvez, gerar um novo fazer. Nesta perspectiva, a sistematização, ao</p><p>mesmo tempo em que faz história, permite a ponderação sobre os</p><p>fazeres e constrói a reflexão para o levantamento de alternativas que</p><p>corroborarão para novos fazeres, mais criativos e resolutivos.</p><p>Para diversos autores, a tomada de decisão para o assistente social</p><p>poderá ser realizada levando-se em consideração aspectos qualitativos</p><p>e quantitativos. Além disso, a decisão poderá ser tomada</p><p>individualmente ou coletivamente. Dentro dos aspectos qualitativos,</p><p>estão o processo de decisão baseado em critérios, em valores, entre</p><p>outros, como mostra a Figura 2.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 35/56</p><p>Figura 2 | Fatores da tomada de decisão</p><p>Toda tomada de decisão que aborda um fator de risco tem uma</p><p>tendência a reduzir a possibilidade de racionalização (Oliveira, 2013).</p><p>No nível de detalhe, a proposta metodológica do planejamento social</p><p>dentro da atuação do assistente social deve contemplar a aproximação</p><p>com o ideal participativo. Não perca, contudo, a preocupação quanto ao</p><p>grau dessa participação, tendo em vista que devemos evitar que ela caia</p><p>na superficialidade.</p><p>A metodologia do planejamento envolve a leitura da realidade e,</p><p>enquanto ferramenta analítica, pressupõe: análise de coerência,</p><p>factibilidade, viabilidade e relevância (Figura 3).</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 36/56</p><p>Figura 3 | Ferramentas analíticas do planejamento</p><p>A participação pode ocorrer em três níveis: nível 1 – colaboração, nível 2</p><p>– decisão e nível 3 – participação ou construção conjunta. Quando há</p><p>contribuições para o processo deliberativo ou decisório, podemos</p><p>entender que está ocorrendo o nível de contribuição.</p><p>O nível 1 é o nível que, hoje, para Gandin (2010), é o mais utilizado, pois</p><p>é nele que se estabelece quanto os agentes sociais são “autorizados”,</p><p>mediante “convite”, para opinar sobre deliberações previamente</p><p>definidas. Neste sentido, parece óbvio a limitação desse nível de</p><p>participação, pois a tomada de decisão não parece ter se movido muito</p><p>de mãos.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 37/56</p><p>O nível 2 vai além da colaboração e possui um cunho bem mais</p><p>democrático do que o nível anterior, mas ainda possui limitadores, tendo</p><p>em vista que são decisões tomadas quase sempre em plenária de um</p><p>determinado assunto.</p><p>No nível 3, entende-se que há de fato uma distribuição de poder com</p><p>escolhas e deliberações das ações a serem tomadas.</p><p>O papel da participação no planejamento social inclui:</p><p>· Garantir diversidade de perspectivas.</p><p>Incluir diversos setores da sociedade no poder decisório.</p><p>· Aumentar a eficácia das iniciativas sociais.</p><p>· Promover o senso de responsabilidade e de pertencimento aos</p><p>atores sociais que participaram da tomada de decisão.</p><p>Desta forma, os benefícios da participação incluirão: maior coesão e</p><p>união entre os membros da comunidade em torno de uma temática</p><p>determinada, intervenções sociais mais adequadas, mais transparência</p><p>e processos de tomada de decisão mais democráticos.</p><p>Mas, esse processo não é simples, pois existem muitas barreiras para a</p><p>sua efetividade, e entre elas se destacam a fadiga e a incredulidade da</p><p>população. Por esse motivo, torna-se especialmente imperativo a</p><p>qualificação profissional para superação dessas barreiras e a inclusão</p><p>dos segmentos</p><p>da sociedade de forma consciente, inclusive da dialética</p><p>desse processo e do ir e vir dos avanços e retrocessos.</p><p>É fundamental que o planejamento participativo aprofunde as</p><p>deliberações de forma ainda mais democrática, distribuindo o poder no</p><p>pensar e na resolução das demandas e finalidades sociais, sem perder</p><p>o objetivo de propiciar processo de transformação social.</p><p>Fundamental ainda é que esse arsenal de decisões e práticas</p><p>profissionais sejam sistematizados, gerando novo fazeres, resultantes</p><p>da análise crítica da realidade e do seu desvelar. Apesar de o assistente</p><p>social utilizar vários instrumentos e ferramentas técnicas, os laudos e</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 38/56</p><p>pareceres são os instrumentos mais utilizados quando se trata de</p><p>sistematizar uma decisão do profissional (Figura 4).</p><p>Figura 4 | Principais instrumentos de registro e planificação de</p><p>processos do assistente social</p><p>A sistematização da prática constitui-se como uma dimensão importante,</p><p>e é assim entendida pelo Centro Latino-Americano de Trabalho Social</p><p>(CELATS), conforme o Quadro 1.</p><p>CONCEITO</p><p>A sistematização constitui uma dimensão importante do</p><p>trabalho profissional que favorece uma reflexão contínua de</p><p>suas respostas socioinstitucionais em suas relações de</p><p>determinação com a dinâmica do ser social.</p><p>FERRAMENTA</p><p>Trata-se de um recurso que permite imprimir ao cotidiano,</p><p>assim como a empiria que dele emerge nos procedimentos</p><p>típicos da ação profissional, a possibilidade de serem</p><p>compreendidos a partir das relações sociais que lhes dão</p><p>concretude e significado.</p><p>DIMENSÃO</p><p>A sistematização como dimensão atinge a condição de um</p><p>movimento de apreensão da dinâmica social a partir de uma</p><p>inserção real e efetiva e da necessidade de se construir</p><p>alternativas profissionais.</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 39/56</p><p>Quadro 1 | A sistematização como uma dimensão importante. Fonte:</p><p>adaptado de Almeida (1997, p. 8).</p><p>Por fim, fica uma importante reflexão sobre a dimensão interventiva do</p><p>profissional do serviço social. É preciso discutir, refletir, debater,</p><p>reformular e propor e, neste sentido, o planejamento social, em conjunto</p><p>com a dimensão interventiva, necessita de maior visibilidade, a fim de</p><p>continuar primando por excelência. Somente mediante uma devida</p><p>qualificação teórico-metodológica será possível formular estratégias</p><p>mais adequadas aos desafios impostos pela sociedade; desafios estes</p><p>de desigualdade, cujo histórico é de alinhamento com as mais diversas</p><p>expressões da questão social.</p><p>Por sua vez, o assistente social, ainda que esbarre em relações</p><p>hierarquizadas e autoritárias que possam dificultar ações de</p><p>resolutividade na perspectiva da promoção de transformações sociais,</p><p>deve posicionar-se como mediador do acesso dos sujeitos sociais à</p><p>participação nos processos que envolvam este cenário.</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>Agora, exercite seus conhecimentos!</p><p>Patrícia e Carlos possuem uma filha de 12 anos. As brigas do casal</p><p>sempre foram constantes. Patrícia, contudo, sempre justificava, na sua</p><p>consciência, as atitudes do marido pelo gênio dele e por ser</p><p>extremamente nervoso. Atribuía à personalidade dele. Por vezes,</p><p>acreditava realmente que havia feito algo que o chateasse e que, se</p><p>melhorasse como esposa, a agressividade diminuiria. Chegou a</p><p>suspeitar que sofria de violência psicológica, quando assistiu a uma</p><p>novela sobre o tema e se identificou com a personagem que era</p><p>agredida, vendo-se nesse lugar. A partir de então, desconfiada, muniu-</p><p>se de provas, gravando no celular os momentos mais ríspidos do</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 40/56</p><p>esposo e as ameaças. Em várias dessas gravações, a voz da filha</p><p>aparecia, ora pedindo socorro, ora chorando. Mas, em virtude, da</p><p>dependência financeira e da crença de que o melhor para sua filha seria</p><p>a convivência com o pai e a mãe no mesmo lar, seguiu adiante.</p><p>Contudo, em um determinado momento, a violência tomou um novo</p><p>rumo. Carlos, enfurecido por uma comida que ela havia salgado demais,</p><p>mesmo sem querer, discutiu e a agrediu com um empurrão. Para</p><p>Patrícia, foi a gota d’água, então e foi até a delegacia da mulher,</p><p>procurou seus direitos e denunciou os maus-tratos de Carlos, o que</p><p>gerou uma medida protetiva. Não bastasse isso, o que se sabe é que</p><p>Carlos, no tempo em que convive com a filha, ainda comete alienação</p><p>parental por falar muito mal de Patrícia, alegando que ela destruiu o lar.</p><p>Em virtude do ocorrido, uma separação se estabeleceu como litigiosa.</p><p>Assim sendo, o Juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro solicitou a</p><p>instrução probatória ampla e irrestrita. Conforme previsto na Lei nº</p><p>12.318/2010, havendo prática de alienação parental, o juiz poderá</p><p>solicitar uma avaliação biopsicossocial:</p><p>Artigo 5º — Havendo indício da prática de ato de alienação</p><p>parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário,</p><p>determinará perícia psicológica ou biopsicossocial.</p><p>§1º. O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou</p><p>biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive,</p><p>entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos</p><p>autos, histórico do relacionamento do casal e da separação,</p><p>cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos</p><p>envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se</p><p>manifesta acerca de eventual acusação contra genitor.</p><p>§2º. A perícia será realizada por profissional ou equipe</p><p>multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão</p><p>comprovada por histórico profissional ou acadêmico para</p><p>diagnosticar atos de alienação parental.</p><p>§3º. O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a</p><p>ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 dias para</p><p>apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por</p><p>05/10/24, 11:01 Administração e Planejamento e a relação com o Serviço Social</p><p>https://alexandria-html-published.platosedu.io/5e6ba1d2-8fc1-4aab-b5c3-72703826785c/v1/index.html 41/56</p><p>autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada.</p><p>(Brasil, 2010, [s. p.])</p><p>Você, como assistente social da Vara da Família, fará uma visita</p><p>domiciliar e elaborará o estudo social, para que ele possa subsidiar seu</p><p>parecer social. Este se constitui, portanto, um exemplo da</p><p>sistematização do poder de decisão na prática do assistente social no</p><p>cotidiano de sua atuação.</p><p>Para decidir com quem a criança deverá ficar, você deve analisar a</p><p>procedência ou não das acusações feitas contra Carlos. Para isso, você</p><p>se baseará em multifatores, como as evidências, a escuta, os relatos e a</p><p>sua experiência. Sua intenção também é ouvir a criança, e isso será</p><p>avaliado em conjunto com a psicóloga e a equipe multidisciplinar na</p><p>análise do caso, mas, em virtude da idade, isso já se torna possível.</p><p>Saiba Mais</p><p>Há vários métodos quantitativos para a tomada de decisão, a qual é</p><p>muito utilizada pelas indústrias, pela economia e até pelo serviço militar.</p><p>No livro Princípios e Métodos para a Tomada de Decisão: enfoque</p><p>multicritério, você compreenderá como utilizar os métodos matemáticos</p><p>para identificar o problema e a restrição, especificar objetivos e até</p><p>mesmo criar um modelo de simulação. Disponível na Biblioteca Virtual.</p><p>GOMES, L. F. A. M. Princípios e métodos para tomada de decisão:</p><p>enfoque multicritério. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2019.</p><p>O parecer social é analisado como um instrumento de viabilização de</p><p>direitos no livro O Estudo Social em perícias, laudos e pareceres</p><p>técnicos: debates atuais no judiciário, no penitenciário e na Previdência</p><p>Social. Imperdível para quem quer se apropriar ainda mais da</p><p>experiência como assistente social. Disponível na Biblioteca Virtual.</p><p>CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO</p>

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