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30/11/2012 1 FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS 1 Salvador, 29 de Novembro de 2012 Disciplina: Fundamentos de físico‐química Código: QUI012 Profa: Rosangela R L Vidal FUNDAMENTOS • Objetivos • Matéria: definição e classificação • Estados da matéria • Propriedades físicas • Força • Trabalho • Energia • Pressão • Temperatura • Equações de estado 22 Objetivos da Físico‐Química Estabelecer a ligação entre as propriedades macroscópias da matéria e o comportamento das partículas: atómos íons 3 comportamento das partículas: atómos, íons e moléculas, que a constituem Definição: Matéria é qualquer coisa que tem massa e ocupa lugar no espaço Na linguagem diária, uma “substância” é apenas outro nome da matéria. Em química: uma substância é uma forma simples e pura da matéria EX: O ar é matéria, mas sendo uma mistura de vários gases não é uma substância simples. 4 O Classificada em três estados denominados estados da matéria SólidoSólido 5 O LíquidoLíquido GásGás Gás: Forma fluida da matéria que preenche completamento o recipiente que ocupa 6 Líquido: Forma fluida da matéria que possui uma superfície bem definida e ocupa a parte inferior do recipiente Sólido: retém a sua forma independente do recipiente que ela ocupa 30/11/2012 2 Sólido ¾ Consiste em partículas que estão em contato. Os átomos são empacotados de modo a ficarem muito perto uns dos outros ¾Formando em geral arranjos ordenados 7 O ¾Formando em geral arranjos ordenados ¾ É uma forma rígida da matéria – os átomos não podem mover‐se facilmente Não ficam imóveis, oscilam em torno de sua posição média e o movimento de oscilação fica mais rigoroso com o aumento da temperatura ¾ Consiste em partículas que estão em contato, mas que são capazes de se mover umas em relação às outras de maneira restrita Líquido 8 O As partículas movimentam‐se continuamente, mas só percorrem uma fração do diâmetro molecular antes de colidirem com uma partícula vizinha ¾ É constituído de partículas muito separadas entre si que se movimentam rápida e continuamente, de forma desordenada. Gasoso 9 O ¾ Estão em constante movimento aleatório e na maior parte do tempo estão tão distantes que a interação entre elas é muito fraca A principal diferença é a liberdade das partículas Se as partículas interagem fortemente entre si, de modo a ficarem presas, de forma rígida, umas as outras, então, a substância é um sólido 10 O Se a separação média entre as partículas for grande, não há restrição de movimento e a substância é um gás Se as partículas tiverem uma mobilidade intermediária entre esses dois extremos, então, a substância é um líquido A principal diferença é a liberdade das partículas Aumento na liberdade de movimento das partícclas ( T) 11 Diminuição na liberdade de movimento das partículas ( T) ¾ É a característica que podemos observar e medir sem mudar a identidade de uma substância ¾ Propriedades físicas: massa, temperatura, volume, pressão e 12 O quantidade de substância ‐ Massa, m, de uma amostra é uma medida de quantidade de matéria que ela contém; ‐ Volume, V, de uma amostra é a quantidade de espaço que ela ocupa 30/11/2012 3 As propriedades físicas também são classificadas segundo sua dependência da massa da amostra, ou seja, da quantidade de matéria contida no sistema. Extensiva Intensiva 13 O Extensiva Depende da quantidade da matéria contida no sistema n, V, massa, capacidade calorífica, energia interna, entalpia, entropia etc Intensiva Independe da quantidade da matéria T, p, densidade, tensão superficial, viscosidade, índice de refração, cte dielétrica etc A massa é uma propriedade extensiva, mas a temperatura é intensiva Ex.: Para abrir uma porta Modifica o estado de movimento de um objeto 14 O Ao acertar uma bola com um chute ¾De acordo com a segunda lei do movimento de Newton, quando um objeto experimenta uma força, ele sofre uma aceleração N Unidade mskgF maF 1s m kg 1 . 2- 2 = = = − É a energia gasta ao mover um objeto contra uma força em oposição 15 O Trabalho = força x distância J w Fw 1m N 1 Unidade m N d x = = = Ex: uma mola completamente comprimida pode realizar mais trabalho que outra parcialmente comprimida Uma medida da capacidade de realizar trabalho 16 O Quando bromo é derramado em fósforo vermelho, ocorre uma reação química, na qual muita energia é liberada como calor e luz comprimida K Energia >K capacidade de realizar trabalho A unidade de energia (SI) é o Joule (J) 1 J = 1kg m2 s‐2 (1 kJ = 103 J)( ) J sKg m sKg m.mKg m s N m w Fw -- 1m N 1 Unidade d x 22 222 == === = − Energia cinética 2mv2 1Ec = Energia dada a um corpo por seu movimento Existem duas contribuições para a energia total: 17 O Energia potencial mghEp = Energia dada a um corpo em função da sua posição Energia potencial de Coulomb ‐ é a energia devida à atração e repulsão entre cargas elétricas r qq o p πε4E 21= εo = permissividade no vácuo εo = 8,854 x 10‐12 J‐1 C2 m 18 o Ep x distância r (de duas cargas opostas): Ep qdo r (as cargas se aproximam) 18 30/11/2012 4 Energia total = Ec + Ep A energia total é cte, se não existem influências externas Lei da conservação de energia De baixo para cima Ec e Ep De cima para baixo Ec e Ep 19 O As energias cinéticas e potencial podem ser trocadas livremente: Ex: uma bola caindo perde energia potencial, mas ganha energia cinética à medida que é acelerada. Lei da conservação de energia Entretanto sua energia total permanece constante, desde que o corpo esteja isolado de influências externas Definida como a força dividida pela área sobre a qual a força atua A Fp = A A e p A e p Para uma mesma massa (mesma F) A unidade de pressão (SI) é o Pascal (Pa) 1 Pa = 1kg m-1 s-2 (1 bar = 105 Pa) 20 A e p Unidade de Pressão Fator de conversão pascal, Pa 1 Pa = 1 N m‐2 bar 1 bar = 105 Pa Atmosfera, atm 1 atm = 101,3 kPa = 1,013 bar Torricelli, Torr 760 Torr = 1 atm; 1 Torr = 133,32 Pa, ; , 21 A Fp =Gás confinado em um cilindro com pistão móvel Equilíbrio mecânico: Pext = Pint Pint: devido às colisões das partículas com as paredes do recipiente e com a superfície do pistão Pext (Patm): devido às colisões das moléculas da atmosfera com a superfície externa do pistão 22 Pressão atmosférica (uma propriedade que varia com a altitude e com as condições meteorológicas) é medida com um barômetro Ph Cálculo da pressão hidrostática exercida por uma coluna de altura h e área da seção reta 23 gh A ghA A Vg A ma A Fp ρρρ ===== )( Pext Manômetro é utilizado para medir a pressão de outros gases não que seja atmosférica Manômetro de tubo fechado: Utilizado para medir pressões abaixo da pressão atmosférica Pgás = Ph (Pgás ≈ diferença de h do Líquido) Manômetro de tubo aberto: Utilizado para medir pressões iguais ou maiores que a pressão atmosférica Pgás = Ph + Patm (Ph < Patm) 24 30/11/2012 5 É a propriedade de um objeto que determina em que direção a energia fluirá quando o objeto entrar em contato com outro objeto O ¾ No Equilíbrio térmico: as T se igualam Não há fluxo de energia entre os corpos 25 •Celsius: • Escala de temperatura relativa, expressa em °C • As temperaturas estão relacionadas ao comprimento da coluna de líquido • Cada líquido expande de maneira diferente e não Escalas de temperatura O q p uniformemente sobre uma determinada faixa de temperatura •Termômetros construídos a partir de materiais diferentes, apresentam medidas de T diferentes entre os pontos fixos •Essa escala tem o ponto zero arbitrário 26 Temperatura relativa: a escala de medição depende das propriedades da substância É possível usar o comprimento da coluna de mercúrio como medida de temperatura •Kelvin: escala de temperatura absoluta, expressa em K. • A escala de temperatura foi construída a partir da pressão de um gás ideal em que a escala de T Escalas de temperatura O p g q independe da natureza do gás •ponto zero absoluto,com significado físico. 27 Temperatura absoluta: a escala de medição independe das propriedades da substância Escalas de temperatura • Celsius: escala de temperatura relativa, expressa em °C. A 1 atm, ponto de congelamento da água corresponde a O °C e o ponto de ebulição a 100 °C • Kelvin: escala de temperatura absoluta, expressa em K. A 1 atm, a água congela a 273,15 K e ferve a 373,15 K O Conversão da temperatura de K para οC 15,273º += CK Zero absoluto de temperatura é a temperatura abaixo da qual é impossível esfriar um objeto (escala Kelvin T = 0) 28 O estado de qualquer amostra de uma substância pode ser especificado através dos valores das seguintes propriedades V, o volume que a amostra ocupa V, o volume que a amostra ocupa E i d d O pp P, a pressão da amostra P, a pressão da amostra T, a temperatura da amostra T, a temperatura da amostra n, a quantidade de moléculas n, a quantidade de moléculas Essas propriedades são dependentes entre si P = f(n, V, T) 29 As equações de estado para a maioria das substâncias não são conhecidas ‐ não é possível escrever uma equação que correlacione a P com as outras variáveis de estado (V, T e n) Entretanto, é conhecida a equação de estado para um gás a baixas pressões ‐ que é muito simples e extremamente útil O 30 Os gases são a forma mais simples da matéria ‐ Fornecem a base para as equações termodinâmicas (primeira lei) Equação de estado para um gás ideal obtida por Boyle e seus sucessores: V RTnpnRTpV =∴= O valor de R (uma constante) é determinada experimentalmente e apresenta o mesmo valor para todos os gases nT pVR = 11... 08206,0 −−= KmolatmLR 11 ..314,8 −−= KmolJR 30/11/2012 6 O valor de R pode ser definido da seguinte forma Experimentalmente: Nas CPTP: 1 mol de um gás ideal ocupa um volume de 22,414 L 31 O (T = 273, 15 K e p = 1 atm) 11... 08206,0 )15,273)(1( )414,22)(1( −−= = = KmolatmLR Kmol LatmR nT pVR Para expressar R em J.mol‐1.K‐1: usar os fatores de conversão 33 25 1011 )11( 1001325,11 mx L N.m Pa Pax atm - - = == 32 O 11 11 3325 ..314,8 .N.m. 314,8 )15,273)(1( 1 101414,22 1 .1001325,11 −− −− −− = = ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ = = KmolJR KmolR Kmol L mxLxx atm mNxatmx R nT pVR 1 J = 1 N.m Constante valores R 0,08206 L.atm.mol‐1.K‐1 0,08315 L.bar.mol‐1.K‐1 1,987 cal.mol‐1.K‐1 8,314 J.mol‐1.K‐1 8 314 L KPa mol‐1 K‐1 Tabela 1: Valores de R, a constante das leis dos gases ideais 33 8,314 L.KPa.mol 1.K 1 62,36 L.torr.mol‐1.K‐1 Gás real (que existe na natureza) comporta‐se com um gás ideal à medida que a sua pressão vai diminuindo Na prática, a Patm ao nível do mar (p = ≈ 100 kPa) já é suficientemente baixa para que a maioria dos gases reais se comportem com um gás ideal O 34 Diferença de comportamento de um gás real em relação ao um ideal: ‐ Atribuída as atrações e repulsões que existem entre as moléculas presentes na natureza e que estão ausentes em um gás ideal. Condições Normais Ambiente de Temperatura e Pressão (CNATP) T = 25 ºC, p = 1bar e Vmolar = 24,79 L/mol Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP) T = 0 ºC, p = 1 atm e Vmolar = 22,41 L/mol O 35 Condições Padrão de Temperatura e Pressão (CPTP) T = 273,25 K, p = 1 atm e Vmolar = 22,41 L/mol n VVVmolar == Ex.: Um bioquímico está investigando a conversão do nitrogênio atmosférico em uma forma que possa ser utilizada pelas bactérias que se localizam nas raízes de certos legumes e, por isso, necessita saber a pressão em kPa exercida por 1,25 g de nitrogênio gasoso (N2(g)) em um frasco de volume igual a 250 mL, a 20 ºC. nRTpV = O 36 ( ) ( ) ( ) kPap mLL KmolkPaLR KCT molgxM mol M mn p N 435 Resposta 1000 1 ./. 31447,8 15,273º / 02,2801,142 2 = = = += == = 30/11/2012 7 Ex.: Calcule a pressão exercida por 1,22 g de dióxido de carbono (CO2) contido em um frasco de volume igual a 500 mL, a 37 ºC. ( ) molgxMmolgM mol M mn nRTpV /32)162(/0112 = = O 37 ( ) kPap mLL KmolkPaLR KCT molgM molgxMmolgM CO OC 143 Resposta 1000 1 ./. 31447,8 15,273º / 01,44 /32)162(,/ 01,12 2 2 = = = += = === Atkins, P.; Paula, J; Físico‐química biológica, 2008. Chang, R., Físico‐química para ciências químicas e biológicas, Vol. 1, McGraw‐Hill, 2009. Nertz, P.A; Ortega, G.G., Fundamentos de Físico‐química, Artmed, 20022002. 38 Atkins, P.; Paula, J; Físico‐química biológica, 2008. Chang, R., Físico‐química para ciências químicas e biológicas, Vol. 1, McGraw‐Hill, 2009. Nertz, P.A; Ortega, G.G., Fundamentos de Físico‐química, Artmed, 20022002. 39
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