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<p>Aula 10 - Profa. Ana</p><p>Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos -</p><p>Curso Regular</p><p>Autor:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits</p><p>de Oliveira</p><p>28 de Janeiro de 2023</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>Apresentação Pessoal ......................................................................................................................................... 3</p><p>Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos – PNSCO ................................................................. 4</p><p>Scrapie ............................................................................................................................................................ 4</p><p>Maedi Visna .................................................................................................................................................... 6</p><p>Língua Azul ...................................................................................................................................................... 8</p><p>Instrução Normativa nº 87, de 10 de dezembro 2004 ................................................................................ 13</p><p>Instrução Normativa Mapa nº 15, de 2 de abril de 2008 ........................................................................... 20</p><p>Questões Comentadas - Multibancas ................................................................................................................ 26</p><p>Referências ....................................................................................................................................................... 30</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2</p><p>APRESENTAÇÃO DO CURSO</p><p>Olá, coruja! É com muita satisfação que iniciaremos nossa aula de Programa Nacional de Sanidade dos</p><p>Caprinos e Ovinos - PNSCO.</p><p>Nosso curso será fundamentado em teoria e questões. Traremos questões de todos os níveis, inclusive</p><p>questões cobradas em concursos diversos dentro da medicina veterinária, para nos prepararmos em relação</p><p>às diferentes possibilidades de cobrança.</p><p>Além do material em PDF, também teremos videoaulas! Essas aulas destinam-se a complementar a</p><p>preparação. Nas videoaulas focaremos em abordar os pontos principais das matérias.</p><p>É importante ressaltar que, ao contrário do PDF, AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS QUE</p><p>VAMOS ANALISAR NOS PDFS, NOSSOS MANUAIS ELETRÔNICOS. Por vezes, haverá aulas com vários vídeos;</p><p>outras que terão videoaulas apenas em parte do conteúdo; e outras, ainda, que não conterão vídeos.</p><p>Nosso objetivo é, sempre, o estudo ativo!</p><p>Essas observações são importantes pois permitirão que possamos organizar o curso de maneira focada para</p><p>as questões e temas mais cobrados em prova. Esta é a nossa proposta! E aí, estão prontos para começar?</p><p>Em caso de dúvidas ou sugestões fiquem à vontade para me contatar e adicionar nas redes sociais. Estamos</p><p>juntos nessa caminhada e será um prazer orientá-los da melhor maneira possível! Vamos nessa!</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3</p><p>APRESENTAÇÃO PESSOAL</p><p>Olá, coruja! Sou Ana Paula Salim, professora de Medicina</p><p>Veterinária e estaremos juntos nessa jornada de preparação, rumo à</p><p>aprovação nos concursos públicos!</p><p>Antes de começarmos, vou me apresentar:</p><p>Sou médica veterinária formada pela Universidade Federal</p><p>Fluminense (UFF), mestre em Medicina Veterinária pela mesma</p><p>Universidade (UFF) e Doutora em Ciência de Alimentos pela</p><p>Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente faço pós-</p><p>doutorado em Animal & Food Sciences na University of Kentucky –</p><p>USA.</p><p>Minha jornada no mundo dos concursos começou em 2013, como</p><p>aluna de cursos preparatórios presenciais. Em 2014 fui classificada</p><p>em segundo lugar para concurso do Ministério da Agricultura</p><p>Pecuária e Abastecimento – MAPA, lotação Bagé- RS.</p><p>Em 2019 iniciei minha trajetória como professora de curso</p><p>preparatórios e de pós-graduação e, desde então, venho auxiliando diversos</p><p>alunos a conquistarem seus objetivos e aprovações nos concursos públicos</p><p>e no meio acadêmico.</p><p>É uma satisfação estar aqui com você! Conte comigo nessa caminhada!</p><p>Bons estudos!</p><p>Prof. Ana Paula Salim</p><p>Instagram: @ana.paula.salim</p><p>Telegram: t.me/profanapaulasalim</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4</p><p>PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE DOS CAPRINOS E</p><p>OVINOS – PNSCO</p><p>Olá, alunos! Bem-vindos ao módulo de Sanidade dos Caprinos e Ovinos.</p><p>O Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos (PNSCO) foi regulado através da Instrução</p><p>Normativa nº 87, de 10 de dezembro 2004 que aprovou o Regulamento Técnico do Programa Nacional de</p><p>Sanidade dos Caprinos e Ovinos.</p><p>Mas, antes de começarmos, vamos relembrar um pouquinho sobre as características de uma das principais</p><p>doenças-alvo do PNSCO, o Scrapie.</p><p>Scrapie</p><p>Scrapie é uma doença neurodegenerativa fatal do grupo das encefalopatias espongiformes transmissíveis</p><p>– EET, que pode se manifestar com: irritação na pele (prurido), mudanças de comportamento, postura e</p><p>movimentação, perda de peso, déficit proprioceptivo, bruxismo, tetraparesia, perda do reflexo de ameaça,</p><p>nistagmos, vômitos, disfonia e timpanismo ruminal.</p><p>Os sinais clínicos podem durar de duas semanas a seis meses. Períodos de estresse podem coincidir com o</p><p>início dos sinais clínicos ou exacerbar a sua severidade.</p><p>Agente: Príon PrPSc da scrapie</p><p>Formas: clássica e atípica (Nor98)</p><p>Espécies suscetíveis: ovinos e caprinos.</p><p>Atenção! A forma atípica do Scrapie apresenta sinais como ataxia, porém sem prurido, sendo</p><p>majoritariamente reportada em ovinos acima de 5 anos. Sua distribuição geográfica sugere se tratar de uma</p><p>doença esporádica e espontânea, não correlacionada à forma clássica.</p><p>São objetivos da vigilância do Scrapie:</p><p>- Determinar a frequência ou distribuição de ocorrência de infecção.</p><p>- Detecção e controle da doença.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5</p><p>População-alvo da vigilância: pequenos ruminantes com idade > 12 meses (conforme categorias da vigilância</p><p>definidas na Instrução Normativa n° 18, de 15 de fevereiro de 2002).</p><p>Transmissão</p><p>a) Direta: via oral, a partir de tecidos como placenta e fluidos fetais. Há relato de transmissão pelo leite de</p><p>animais clinicamente afetados.</p><p>b) Indireta: água, alimentos, fômites ou locais contaminados com fluídos placentários (baias de nascimento</p><p>e instalações). Também pode ocorrer por transferência de embriões contaminados ou contato oro-nasal</p><p>com secreções ou tecidos que possam conter o agente (leite, sebo, carne, pele e pelos).</p><p>Período de Incubação: O período de incubação é bastante variável, de um a quatro anos experimentalmente</p><p>e de um a sete anos a campo. Está diretamente relacionado ao genótipo do animal acometido, podendo</p><p>variar de 174 dias para os animais com alta suscetibilidade genética ao desenvolvimento da doença a 2.150</p><p>dias em animais com genótipo mais resistente ao agente (ARR/AHQ).</p><p>Critério de notificação: A scrapie está classificada, pela IN n° 50/2013, na categoria 2, que requer</p><p>notificação imediata de qualquer caso suspeito.</p><p>Diagnóstico laboratorial: Imunodetecção do PrPSC por:</p><p>- ELISA para triagem (amostras de SNC)</p><p>- Imunohistoquímica (IHQ) para confirmação (amostras de SNC e tecido linfoide)</p><p>Amostras de SNC, incluindo o tronco encefálico na altura do óbex (material de eleição), resfriadas ou</p><p>congeladas.</p><p>In vivo: Amostras de tecido linfoide da terceira pálpebra e do tecido linfoide associado à mucosa reto-anal,</p><p>resfriadas ou congeladas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6</p><p>Maedi Visna</p><p>A Maedi Visna é causada por um lentivirus e caracteriza-se por uma pneumonia crônica de ovinos, com</p><p>tosse, dispneia, debilidade física e em alguns casos pode levar a morte.</p><p>• Sinais clínicos</p><p>Os animais apresentam respiração rápida e superficial, que se torna difícil pelo aumento da tosse e secreção</p><p>à medida que a enfermidade evolui. É observada também perda da condição corporal, apesar da presença</p><p>de apetite.</p><p>Fêmeas prenhes dão à luz cordeiros fracos e pequenos, podendo ocorrer infecção bacteriana secundária</p><p>nas crias, com o desenvolvimento de febre, tosse e descargas nasais purulentas. Essa enfermidade pertence</p><p>à categoria 1 da lista de doenças de notificação obrigatória e que requerem notificação imediata de caso</p><p>suspeito ou diagnóstico laboratorial, de acordo com a Instrução Normativa Nº 50/13 do Ministério da</p><p>Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).</p><p>A forma nervosa ocorre ocasionalmente em ovinos adultos e geralmente como complicação da forma</p><p>respiratória, com gradual anomalia de movimentos e fraqueza dos membros pélvicos, evoluindo para</p><p>paraplegia e tetraplegia, perda de condição corporal, cegueira e contrações involuntárias dos músculos</p><p>faciais.</p><p>A enfermidade tem grande importância econômica, uma vez que leva à perda de peso, afetando o</p><p>desenvolvimento ponderal e redução da produtividade dos animais acometidos. Destaca-se que a utilização</p><p>de antibióticos no tratamento, além de ser inadequado, leva a custos desnecessários havendo a</p><p>possibilidade da perda do animal por morte. A implantação de programas de controle é laboriosa e de custo</p><p>elevado.</p><p>O vírus da Maedi Visna pode ser transmitido por meio de secreções diversas como corrimentos nasais,</p><p>leite/colostro e saliva.</p><p>• Transmissão</p><p>A principal via de transmissão é o colostro e leite contaminados. Deve-se considerar também a importância</p><p>da via aerógena. Pode ocorrer ainda por contato direto, por mãos, toalhas, agulhas, tatuadores,</p><p>equipamento de descorna contaminados e pela inseminação artificial. A transmissão intrauterina também</p><p>é uma possibilidade.</p><p>• Diagnóstico clínico</p><p>O diagnóstico deve ser realizado por meio da avaliação clínica, principalmente dos animais com sintomas</p><p>respiratórios, associada aos testes sorológicos como o Imunodifusão em Gel de Agarose (IDGA) e Enzyme-</p><p>linked immunosorbent assay (ELISA).</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7</p><p>A associação destes é a ferramenta usada para o diagnóstico em rebanhos que apresentem animais com</p><p>sinais clínicos e achados de necropsia característicos da enfermidade.</p><p>No Brasil, a presença de anticorpos contra MV foi detectada no soro de ovinos criados em várias unidades</p><p>da Federação. O vírus foi constatado em ovinos com sintomas da doença nos estados do Paraná,</p><p>Pernambuco e Rio Grande do Sul.</p><p>• Manejo preventivo e controle</p><p>O controle da MV é baseado na identificação e eliminação de animais com sorologia positiva. O uso de</p><p>vacinas e o tratamento não existem.</p><p>Como a principal via de transmissão da doença é o colostro, recomenda-se isolamento e alimentação</p><p>artificial do cordeiro nascido de mãe positiva. Para cada propriedade deve-se implantar estratégias</p><p>específicas de controle e prevenção da doença.</p><p>A importação de animais deve ocorrer apenas de áreas livres, com a exigência de testes sorológicos e/ou</p><p>reação em cadeia de polimerase negativos do rebanho, para impedir a introdução do agente.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>8</p><p>Língua Azul</p><p>A língua azul é uma enfermidade causada pelo BTV (Bluetongue virus), vírus RNA, do gênero Orbivirus</p><p>Já foram identificados 28 sorotipos. No Brasil foram identificados os sorotipos BTV-1, 3, 4, 9, 10, 12, 13, 14,</p><p>17, 18, 19, 20, 22 e 24, sendo alguns detectados apenas em cervídeos. Estudos sorológicos, realizados desde</p><p>1980, indicam circulação de outros sorotipos no país.</p><p>Situação epidemiológica: Doença de ocorrência esporádica no Brasil</p><p>Espécies suscetíveis: ovinos são os principais hospedeiros do BTV, que também pode infectar outros</p><p>ruminantes domésticos e silvestres, como caprinos, bovinos, bubalinos, cervídeos, antílopes africanos e</p><p>outros artiodáctilos.</p><p>A LA encontra-se amplamente dispersa pelo mundo, especialmente na área tropical, sendo sua distribuição</p><p>determinada pela presença de espécies de vetores competentes. A ocorrência pode ter caráter sazonal,</p><p>variando de acordo com a flutuação da população de vetores, influenciada por fatores climáticos.</p><p>Grande parte da América do Sul pode ser considerada área endêmica da doença, apresentando condições</p><p>de temperatura e umidade favoráveis ao desenvolvimento de vetores competentes. Inúmeras evidências</p><p>sorológicas indicam a ocorrência do vírus na região. Em áreas onde a doença é comum, podem ser</p><p>encontrados diferentes sorotipos em um mesmo foco de LA.</p><p>Geralmente espécies locais são mais resistentes à infecção e a doença clínica ocorre principalmente em</p><p>animais suscetíveis introduzidos em áreas endêmicas. No Brasil, a ocorrência de casos clínicos é esporádica,</p><p>tendo sido detectada apenas em ovinos e cervídeos.</p><p>A infecção pelo BTV é inaparente, na grande maioria dos animais, mas pode causar doença fatal em ovinos,</p><p>cervídeos e ruminantes selvagens infectados. Em bovinos, a infecção normalmente apresenta forma</p><p>subclínica, com exceção da infecção por BTV-8, associada a registros de casos clínicos graves na Europa.</p><p>A transmissão da doença ocorre, principalmente, por meio de vetores da espécie Culicoides (mosquitos</p><p>pólvora ou maruim), que agem como vetores biológicos e podem permanecer infectantes por toda sua vida</p><p>(3 meses).</p><p>Outras rotas de transmissão já foram documentadas, incluindo transmissão vertical direta, oral e venérea,</p><p>além de transmissão iatrogênica por meio de agulhas reutilizadas, mas a importância epidemiológica dessas</p><p>vias de transmissão parece ser insignificante.</p><p>Estudos experimentais e de campo indicam que o BTV-8 é passível de transmissão vertical e oral em bovinos</p><p>e ovinos, e por sêmen bovino contaminado. Os sorotipos mais recentemente reconhecidos, BTV-25, BTV-</p><p>26, BTV-27 e BTV-28, parecem ser transmitidos por rotas independentes de vetores e podem resultar em</p><p>infecção persistente em caprinos.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>9</p><p>Período de Incubação: 5 a 10 dias.</p><p>Período de Infecciosidade: 60 dias (período mais longo durante o qual um animal infectado pode ser fonte</p><p>de infecção).</p><p>Sinais clínicos e lesões:</p><p>Casos clínicos de língua azul (LA) ocorrem principalmente em ovinos. Em outras espécies predominam</p><p>infecções subclínicas.</p><p>Em focos de BTV-8, na Europa, em 2006-2008, sinais clínicos severos foram observados em bovinos.</p><p>A manifestação clínica da LA normalmente ocorre quando espécies suscetíveis são introduzidas em áreas</p><p>com circulação viral ou quando o vírus é introduzido em populações de ruminantes não expostas</p><p>previamente.</p><p>A severidade da doença está relacionada a raça, condição imunológica, cepa do vírus e fatores ambientais,</p><p>como clima e população de vetores.</p><p>Os sinais clínicos são característicos de doença vascular hemorrágica, causados por aumento da</p><p>permeabilidade vascular e incluem</p><p>febre, hiperemia e congestão, edema facial, hemorragia e erosão das</p><p>membranas mucosas.</p><p>Lábios e língua podem apresentar edema e cianose, além de petéquias e equimoses que evoluem para</p><p>erosões e ulcerações, causando sialorreia e anorexia. As lesões em bandas coronárias levam à claudicação.</p><p>Em casos severos observa-se edema pulmonar e dispneia, com progressão rápida para a morte.</p><p>Podem ser observadas desordens reprodutivas em bovinos, e abortos, natimortos ou malformações fetais</p><p>em ovinos.</p><p>Lesões no exame post-mortem incluem hemorragias em órgãos internos, congestão, edema, hemorragias e</p><p>ulcerações nas mucosas digestórias (cavidade oral, esôfago e estômago) e respiratórias, pneumonia severa,</p><p>hemorragia na base da artéria coronária e acúmulo de líquido em saco pericárdico e cavidade torácica.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>10</p><p>Vigilância</p><p>A detecção de casos/focos de LA tem por objetivo:</p><p>- descrição da distribuição de focos da doença e dos sorotipos presentes no país</p><p>- detecção precoce do BTV-8, que tem potencial epidêmico, para permitir seu controle ou erradicação OBS:</p><p>A LA pode, eventulamente, apresentar algumas lesões semelhantes às da febre aftosa, mas não é</p><p>considerada alvo da vigilância de síndrome vesicular (SV).</p><p>A maior parte das suspeitas de LA notificadas e investigadas no Brasil apresenta sinais clínicos característicos</p><p>decorrentes de aumento da permeabilidade vascular. Somente é requerida classificação como SV quando o</p><p>quadro clínico apresentado for indistinguível das doenças vesiculares clássicas.</p><p>Critério de notificação</p><p>Notificação imediata ao SVO de qualquer caso suspeito (categoria 2 da lista de doenças de notificação</p><p>obrigatória da IN MAPA nº 50/2013).</p><p>Diagnóstico diferencial</p><p>Sinais clínicos podem ser similares a doença hemorrágica epizoótica (orbivírus), ectima contagioso, febre</p><p>aftosa, estomatite vesicular, febre catarral maligna, pneumonia, intoxicações e fotossensilbilização.</p><p>Provas para diagnóstico laboratorial</p><p>- Detecção de anticorpos por ELISA, IDGA e virus neutralização</p><p>- Detecção do RNA viral por RT-PCR em tempo real</p><p>- Detecção do agente por isolamento, identificação e sequenciamento viral</p><p>Para confirmação laboratorial de caso de LA deve-se colher as amostras apenas em animais com sinais</p><p>clínicos ou lesões compatíveis.</p><p>Animais mortos ou eutanasiados: amostras de baço, fígado, medula óssea, sangue do coração e linfonodos.</p><p>Animais vivos: amostras de soro e sangue total em tubos com heparina. Alternativamente, tubos com EDTA</p><p>podem ser utilizados.</p><p>Abortos ou natimortos: soro e demais amostras para animais mortos, citadas acima.</p><p>As amostras devem ser enviadas ao laboratório sob refrigeração (2 a 8 ºC), nunca congeladas, em até 24h.</p><p>Definição de caso</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>11</p><p>Caso suspeito de LA: animais suscetíveis com sinais clínicos compatíveis com LA; ou animais com resultados</p><p>laboratoriais positivos para detecção de anticorpos ou ácido ribonucleico (RNA) de LA; ou vínculo com caso</p><p>suspeito ou confirmado de LA;</p><p>Caso provável de LA: casos suspeitos com comprovação pelo SVO de quadro clínico compatível com LA;</p><p>Caso confirmado de LA: caso provável que atenda a um ou mais dos seguintes critérios:</p><p>1. isolamento e identificação do vírus em um animal suscetível; ou</p><p>2. detecção do antígeno ou ácido ribonucleico (RNA) viral específico do vírus da LA em amostras de animais</p><p>suscetíveis com sinais clínicos compatíveis com a doença, ou com vínculo epidemiológico com um caso</p><p>confirmado ou suspeito; ou</p><p>3. detecção de anticorpos contra proteínas estruturais ou não estruturais do vírus da LA, que não seja</p><p>consequência de vacinação, em animais suscetíveis com sinais clínicos compatíveis com a doença, ou com</p><p>vínculo epidemiológico com caso confirmado ou suspeito.</p><p>Obs.: Necessário isolamento e identificação do agente para confirmação de foco de sorotipo nunca</p><p>registrado. Em uma unidade epidemiológica já confirmada como foco de LA, novos casos prováveis podem</p><p>ser considerados como casos confirmados por vínculo epidemiológico, até o foco ser encerrado.</p><p>Foco de LA: unidade epidemiológica com um caso confirmado de um sorotipo específico.</p><p>Suspeita descartada de LA: caso suspeito de LA em cuja investigação pelo SVO descartou a existência de</p><p>animais com sinais clínicos compatíveis.</p><p>Caso descartado de LA: caso provável de LA que não atendeu aos critérios para confirmação de caso</p><p>confirmado.</p><p>Medidas a serem aplicadas</p><p>Medidas aplicáveis em investigação de casos prováveis de LA: colheita de amostras para diagnóstico</p><p>laboratorial, isolamento dos animais doentes, investigação de vínculos por movimentação de animais nos</p><p>últimos 60 dias.</p><p>Medidas aplicáveis em focos de LA: a propriedade não deverá ser interditada. Os animais doentes devem</p><p>ser isolados e impedidos de movimentação até a completa remissão dos sinais clínicos.</p><p>Obs.: Em se tratando de animais em quarentena para exportação, o trânsito para retorno à propriedade de</p><p>origem poderá ser autorizado, após avaliação pelo SVO.</p><p>As informações disponíveis indicam que existe circulação de vários sorotipos de BTV no país, com ocorrência</p><p>clínica delimitada e esporádica, não configurando surto ou epidemia, nem situação sanitária que justifique a</p><p>aplicação de medidas de prevenção, controle ou erradicação.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>12</p><p>A introdução de cepa exótica como o BTV-8 caracteriza a ocorrência de doença emergente, podendo</p><p>desencadear a adoção de medidas emergenciais para contenção e erradicação pelo SVO.</p><p>Vacinação: NÃO RECOMENDADA NO BRASIL. Não existem vacinas produzidas com cepas nacionais e vacinas</p><p>importadas, específicas para sorotipos que ocorrem em outros países, não apresentam garantias de</p><p>imunização adequada, considerando que a imunidade para a um determinado sorotipo não garante proteção</p><p>contra outros sorotipos.</p><p>Prazo para encerramento de foco / conclusão das investigações:</p><p>Nas suspeitas descartadas, a investigação pode ser concluída imediatamente.</p><p>Nos casos prováveis, a investigação somente pode ser encerrada como descartada após diagnóstico</p><p>laboratorial negativo conclusivo.</p><p>Um foco de LA poderá ser encerrado, na ausência de novos casos, 60 dias após a cura do último animal</p><p>doente.</p><p>Obs.: Casos novos registrados após decorrido o período de 60 dias após a cura do último animal doente</p><p>deverão ser investigados e registrados como nova ocorrência.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>13</p><p>Instrução Normativa nº 87, de 10 de dezembro 2004</p><p>Aprova o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos - PNSCO. Esse</p><p>regulamento se aplica às atividades de produção e comercialização de caprinos e ovinos, seus materiais</p><p>genéticos, em todo o Território Nacional, em relação à vigilância e defesa zoossanitária.</p><p>Quais são as competências do PNSCO?</p><p>De acordo com a IN 87/04, cabe ao DDA/SDA/MAPA a normatização, coordenação e supervisão das</p><p>atividades do PNSCO. Às Secretarias Estaduais de Agricultura ou seus órgãos de Defesa Sanitária Animal</p><p>compete a execução das atividades delegadas.</p><p>Para assessorar o DDA, será criado um Comitê Nacional Técnico Consultivo do PNSCO e Comitês Estaduais</p><p>de Sanidade de Caprinos e Ovinos.</p><p>Em cada Unidade da Federação, deverá ser constituído Comitê Estadual</p><p>de Sanidade dos Caprinos e Ovinos,</p><p>por ato do Delegado Federal de Agricultura, que será composto por representantes da Defesa Sanitária</p><p>Animal da Delegacia Federal de Agricultura (DFA), dos Serviços de Defesa Estaduais, das instituições de</p><p>pesquisa e ensino, bem como do setor produtivo.</p><p>No contexto da sanidade animal, a IN 87/04 determina a proibição da entrada, em todo o Território Nacional,</p><p>de caprinos e ovinos portadores de doenças transmissíveis e parasitos, cuja disseminação possa constituir</p><p>ameaça aos rebanhos nacionais.</p><p>É igualmente proibido o ingresso de produtos de origem animal e quaisquer outros materiais que</p><p>representem risco de introdução de doenças para os caprinos e ovinos.</p><p>Qual é o objetivo do Regulamento Técnico do PNSCO?</p><p>O objetivo do Regulamento Técnico do PNSC é realizar vigilância epidemiológica e sanitária para as doenças</p><p>de caprinos e ovinos no Brasil, por meio de ações definidas pelo DDA e executadas pelos Serviços Oficiais e</p><p>médicos veterinários privados.</p><p>DDA: Departamento de Defesa Animal</p><p>SDA: Secretaria de Defesa Agropecuária;</p><p>MAPA: Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>14</p><p>Qual é a diferença entre vigilância epidemiológica e sanitária?</p><p>Vigilância epidemiológica é investigação contínua e sistemática sobre os dados de saúde de uma</p><p>população (coleta, análise e interpretação), com o objetivo de caracterizar a ocorrência de doença. A</p><p>vigilância epidemiológica é essencial ao planejamento, implementação e avaliação das medidas sanitárias</p><p>para o seu controle ou erradicação.</p><p>Já a vigilância sanitária é um conjunto de medidas que visam a eliminar, diminuir ou prevenir os riscos à</p><p>saúde de uma população, bem como controlar e fiscalizar o cumprimento de normas e padrões de interesse</p><p>sanitário.</p><p>Em relação à vigilância epidemiológica, são fontes de informação do sistema de vigilância epidemiológica</p><p>para doenças dos caprinos e ovinos o Serviço Veterinário Oficial (Federal, Estadual ou Municipal) e a</p><p>comunidade.</p><p>A comunidade pode ser representada por proprietários de animais, médicos veterinários, transportadores</p><p>de animais e prestadores de serviço agropecuário, profissionais que atuam em laboratórios de diagnóstico</p><p>veterinário, instituições de ensino ou pesquisa agropecuária e, enfim, qualquer outro cidadão.</p><p>Já o Serviço Veterinário Oficial (Federal, Estadual ou Municipal), obtém as informações do sistema de</p><p>vigilância epidemiológica por meio das atividades de:</p><p>a) inspeção em matadouros;</p><p>b) fiscalização de estabelecimentos;</p><p>c) fiscalização de eventos pecuários;</p><p>d) fiscalização do trânsito de animais; e</p><p>e) monitoramentos soroepidemiológicos.</p><p>Além disso, faz parte da estratégia do PNSCO a realização de uma série de atividades com o objetivo de</p><p>manter a sanidade dos rebanhos caprinos e ovinos do Brasil. Vamos estudar quais são elas?</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>15</p><p>Quais são as estratégias do PNSCO?</p><p>A fim de prevenir, controlar ou erradicar doenças que possam comprometer o rebanho caprino e ovino do</p><p>país o PNSCO promoverá as seguintes atividades (Brasil, 2017b):</p><p>I - educação sanitária;</p><p>II - estudos epidemiológicos;</p><p>III - fiscalização e controle do trânsito de caprinos e ovinos;</p><p>IV - cadastramento, fiscalização e certificação sanitária de estabelecimentos; e</p><p>V - intervenção imediata quando da suspeita ou ocorrência de doença de notificação obrigatória.</p><p>Podemos perceber que uma das estratégias do PNSCO é a intervenção dos estabelecimentos e</p><p>propriedades frente a suspeita ou ocorrência de doença de notificação obrigatória.</p><p>É importante ressaltar que sempre que comentarmos sobre doenças de notificação obrigatória devemos</p><p>pensar nas doenças constantes da lista da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), além de outras que</p><p>possam comprometer os rebanhos nacionais, a economia, a saúde pública ou o meio ambiente.</p><p>Portanto, qualquer cidadão que tenha suspeita ou conhecimento da ocorrência de doenças de notificação</p><p>obrigatória deve comunicar o fato imediatamente ao órgão executor das atividades de Defesa Sanitária</p><p>Animal.</p><p>Nesse sentido, a IN 87/04 (Capítulo VII, art. 10) estabelece que:</p><p>Art. 10. Na forma da legislação em vigor, médicos veterinários, públicos ou privados,</p><p>proprietários ou seus prepostos obrigam-se a informar, imediatamente, ao Serviço Oficial,</p><p>qualquer suspeita de doenças de caprinos e ovinos de notificação compulsória.</p><p>Após a notificação, o Serviço Oficial adotará as medidas de atenção veterinária e vigilância, ditadas pelo DDA,</p><p>para cada doença específica.</p><p>Estudaremos, em nosso último módulo, algumas das doenças de notificação obrigatória de acordo com a</p><p>Instrução Normativa no 50, de 24 de setembro de 2013 do Ministério da Agricultura Pecuária e</p><p>Abastecimento.</p><p>Pessoal, antes de prosseguirmos, uma pausa. Vocês sabem a diferença entre médico veterinário oficial,</p><p>médico veterinário privado e serviço oficial? Vamos aos conceitos!</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>16</p><p>• Médico veterinário oficial: é o médico veterinário do Serviço Oficial federal ou estadual;</p><p>• Médico veterinário privado: médico veterinário que atua no setor privado, para executar</p><p>tarefas de acompanhamento de estabelecimentos cadastrados, sem ônus para o Estado;</p><p>• Serviço oficial: trata-se do serviço de defesa sanitária animal nos níveis federal e estadual.</p><p>Qual é o papel dos médicos veterinários, do setor privado, no PNSCO?</p><p>De acordo com Brasil (2017b) os médicos veterinários do setor privado poderão prestar serviços no âmbito</p><p>do PNSCO, relacionados à colheita de amostras, requisição de exames e procedimentos necessários à</p><p>certificação de estabelecimentos para doenças contempladas no PNSCO.</p><p>Em relação aos médicos veterinários privados, a IN 87/04 (art. 8º) determina que todo estabelecimento em</p><p>processo de certificação ou certificado deverá ter acompanhamento de médico veterinário privado,</p><p>responsável pela manutenção dos registros e de realização de atividades necessárias à obtenção e</p><p>manutenção do status de Certificação.</p><p>Os Serviços Oficiais federal e estaduais poderão, a qualquer momento, auditar a atuação dos médicos</p><p>veterinários, responsáveis pela execução das atividades previstas nos estabelecimentos em certificação ou</p><p>certificados.</p><p>Além disso, a IN 87/04 (art. 9º) também determina que o médico veterinário, responsável pelo</p><p>estabelecimento em processo de certificação ou certificado, fica obrigado a participar de reuniões e</p><p>encontros, promovidos em sua região pelo DDA/MAPA ou Serviço Oficial, com assuntos pertinentes ao</p><p>PNSCO.</p><p>E aí, pessoal, tudo bem? Continuando nosso estudo, vamos para outra importante estratégia, muito</p><p>importante, do PNSCO que é o cadastramento, fiscalização e certificação sanitária de estabelecimentos.</p><p>Em relação ao cadastro dos estabelecimentos de criação, a IN 87/04 (art. 7º) determina que todos os</p><p>estabelecimentos deverão ser cadastrados pelos Serviços Oficiais estaduais, e cuja atualização deverá</p><p>ocorrer anualmente.</p><p>Acerca da fiscalização e controle sanitário de estabelecimentos a IN 87/04 (art. 11) estabelece que todo o</p><p>estabelecimento estará sujeito à fiscalização do Serviço Oficial.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>17</p><p>Por fim, o DDA fará uso da estratégia</p><p>de certificação de estabelecimentos (art. 13) que atenderem a</p><p>requisitos sanitários específicos, desde que obedeçam às normas de saneamento, vigilância e controle de</p><p>enfermidades definidas pelo PNSCO.</p><p>Nesse sentido, pessoal, outro ponto muito importante para pensarmos é no papel dos proprietários de</p><p>caprinos e ovinos na manutenção da sanidade dos rebanhos e sua contribuição para o sucesso no PNSCO.</p><p>A compreensão e cumprimento das normas sanitárias e o correto manejo dos animais, é fundamental para</p><p>a efetivação dos propósitos do PNSCO (Brasil, 2017a).</p><p>Nesse contexto, quais ações os proprietários devem executar?</p><p>1. Observar o estabelecido nas normas sanitárias, especialmente em relação ao trânsito de animais e</p><p>participação em exposições e demais eventos de aglomeração (Guia de Trânsito Animal (GTA) e exames</p><p>sanitários);</p><p>2. Manter atualizado o cadastro junto ao Serviço Veterinário Oficial;</p><p>3. Comunicar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial qualquer alteração significativa da condição</p><p>sanitária dos animais;</p><p>4. Utilizar somente insumos agropecuários registrados no MAPA, respeitando as indicações de uso;</p><p>5. Manter o registro do trânsito de animais, da ocorrência de doenças, dos medicamentos, produtos</p><p>veterinários e demais insumos agropecuários utilizados na criação.</p><p>Comentamos acima que uma das ações preconizadas aos proprietários de rebanhos caprinos e ovinos é a</p><p>atenção e o cumprimento das normas sanitárias de trânsito de animais e participação em exposições e</p><p>eventos de aglomeração.</p><p>Nesse sentido, a IN 87/04 (art. 16) determina que os caprinos e ovinos só poderão transitar quando</p><p>acompanhados da Guia de Trânsito Animal (GTA) e devem ser transportados em veículos apropriados,</p><p>limpos e desinfectados antes do embarque (art. 17).</p><p>Em relação à participação em exposições, feiras, leilões e outras aglomerações, deverão ser observadas as</p><p>normas e legislações vigentes.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>18</p><p>Outra importante medida que deve ser adotada pelos proprietários é a utilização de insumos agropecuários</p><p>registrados no MAPA. Essa medida, por sua vez, inclui a produção, comercialização e importação de material</p><p>genético.</p><p>De acordo com a IN 87/04 (art. 14) para a produção e comercialização de material genético, os</p><p>estabelecimentos deverão atender as normas sanitárias do DDA. Com relação à importação de caprinos e</p><p>ovinos e seus materiais genéticos (art.15), o interessado deverá solicitar autorização prévia junto à DFA do</p><p>Estado onde se localiza o estabelecimento.</p><p>Após autorização de desembarque no território nacional, os caprinos e ovinos importados serão</p><p>obrigatoriamente mantidos na unidade de quarentena, até a sua liberação pelo Serviço Oficial. Caso haja a</p><p>ocorrência de doenças durante a quarentena, o Serviço Oficial adotará as medidas sanitárias cabíveis a cada</p><p>situação.</p><p>E aí, pessoal, compreendido? Por fim, estudaremos as medidas adotadas pelo Serviço Oficial, caso não sejam</p><p>cumpridas as determinações estabelecidas no PNSCO. Vamos nessa?</p><p>Caso não sejam cumpridas as determinações do PNSCO, o que acontece?</p><p>No caso de não cumprimento das exigências constantes da legislação do PNSCO, a critério do Serviço Oficial</p><p>poderão ser adotadas as seguintes medidas:</p><p>I - suspensão da autorização de importação, exportação e da emissão da GTA;</p><p>II - interdição do estabelecimento;</p><p>III - destruição;</p><p>IV - sacrifício sanitário;</p><p>V - aplicação de outras medidas sanitárias estabelecidas pelo DDA.</p><p>Por interdição entende-se a proibição, em um estabelecimento, para qualquer finalidade, do ingresso e</p><p>egresso de animais, seus produtos e subprodutos, bem como qualquer outro material que venha a ser</p><p>veículo de transmissão ou propagação de doença a critério do Serviço Oficial.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>19</p><p>Qual é a diferença entre destruição e sacrifício sanitário?</p><p>Por destruição entende-se procedimento de eliminação de animais, sem aproveitamento para consumo,</p><p>realizado no próprio estabelecimento de criação ou local aprovado pelo Serviço Oficial. Já o sacrifício</p><p>sanitário é o abate de animais, devido à ação de controle de enfermidades, em abatedouros com regime</p><p>de Inspeção Federal, Estadual ou Municipal.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>20</p><p>Instrução Normativa Mapa nº 15, de 2 de abril de 2008</p><p>Olá, pessoal, tudo bem?</p><p>Iniciaremos, agora, o estudo sobre a Instrução Normativa nº 15, de 2 de abril de 2008 que aprova os</p><p>Procedimentos para a Atuação em Caso de Suspeita ou Ocorrência de Paraplexia Enzoótica dos Ovinos</p><p>(scrapie).</p><p>Vamos nessa?</p><p>• Dos objetivos e das disposições gerais</p><p>Quais são os objetivos da IN 15/08?</p><p>Art. 1º Estabelecer os procedimentos para a atuação em caso de suspeita ou ocorrência de Paraplexia</p><p>Enzoótica dos Ovinos (scrapie) nas espécies ovina e caprina.</p><p>O que é scrapie?</p><p>Art. 2º Considera-se scrapie uma enfermidade neurodegenerativa, transmissível e fatal que acomete</p><p>ovinos e caprinos, pertencente ao grupo das encefalopatias espongiformes transmissíveis EET.</p><p>Art. 3º A scrapie é de notificação compulsória e sua suspeita ou ocorrência devem ser imediatamente</p><p>informadas à autoridade de defesa sanitária animal de quaisquer das instâncias (Central e Superior,</p><p>Intermediárias e Locais) do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.</p><p>Art. 4º São considerados animais com suspeita clínica de scrapie os ovinos e caprinos, maiores de 12 (doze)</p><p>meses de idade, que apresentam ou apresentaram sinais clínicos nervosos tais como mudanças no</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>21</p><p>comportamento, na locomoção e na postura, com apresentação isolada ou conjunta, persistentes por mais</p><p>de 15 (quinze) dias.</p><p>Parágrafo único. Considera-se como suspeita clínica fundamentada de scrapie aquela que persiste após</p><p>investigação clínica, epidemiológica e diferencial para outras doenças, tais como sarna e outros</p><p>ectoparasitos, cenurose, raiva, pseudo-raiva, pneumonia ovina progressiva (maedi-visna), listeriose</p><p>encefálica, polioencefalomalacia, toxemia da prenhez, fotossensibilização, hipomagnesemia, intoxicação</p><p>por substâncias químicas ou por plantas, entre outras.</p><p>Art. 5º São considerados animais com diagnóstico para scrapie os ovinos e caprinos com resultado positivo</p><p>à prova de imunoistoquímica (IHQ) em amostras de tecido nervoso ou linfóide, ou por meio de outras</p><p>técnicas diagnósticas e metodologias aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -</p><p>MAPA.</p><p>Parágrafo único. As amostras colhidas para o diagnóstico da scrapie deverão ser encaminhadas aos</p><p>laboratórios de diagnóstico das EET pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do</p><p>Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, acompanhadas do Formulário Único de Requisição</p><p>de Exame para Síndrome Neurológica de que trata a Portaria SDA nº 168, de 27 de setembro de 2005 -</p><p>Aprova o Manual Técnico para o Controle da Raiva dos Hebívoros - Edição 2005.</p><p>Art. 6º Todos os proprietários ou detentores de ovinos e caprinos suspeitos, positivos, de alto risco ou</p><p>expostos à scrapie são responsáveis por sua guarda, devendo assinar o Termo de Responsabilidade.</p><p>Art. 7º A Comissão de Avaliação dos animais sujeitos à indenização será designada pela Superintendência</p><p>Federal de Agricultura,</p><p>Pecuária e Abastecimento - SFA da Unidade Federativa, na forma da Lei nº 569, de</p><p>21 de dezembro de 1948.</p><p>Parágrafo único. NÃO CABERÁ QUALQUER INDENIZAÇÃO por animais sacrificados e que venham a se</p><p>confirmar, laboratorialmente, casos de scrapie.</p><p>• Da atuação em caso de suspeita clínica de scrapie</p><p>Art. 8º Diante da suspeita clínica de scrapie, as seguintes medidas deverão ser adotadas pelas Instâncias</p><p>Intermediárias ou Locais do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>22</p><p>I - visita ao estabelecimento e fundamentação da suspeita, a partir da investigação clínica-epidemiológica</p><p>do rebanho;</p><p>II - em caso de suspeita clínica fundamentada, deverão ser realizadas as seguintes ações:</p><p>a) interdição do estabelecimento, que consiste na proibição do ingresso e egresso de ovinos e caprinos, bem</p><p>como produtos, subprodutos e materiais que venham a constituir via de transmissão ou propagação da</p><p>scrapie;</p><p>b) aplicação do Questionário de Investigação Epidemiológica, segundo o Anexo III desta Instrução</p><p>Normativa;</p><p>c) colheita de amostras de animais suspeitos e notificação à Instância Central e Superior do Sistema</p><p>Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária competente pela Unidade Federativa de origem da suspeita,</p><p>por meio do formulário de atendimento inicial estipulado pelo Departamento de Saúde Animal -</p><p>DSA/SDA/MAPA.</p><p>1. no caso de animal suspeito vivo, deve-se proceder à colheita de terceira pálpebra e de outro tecido</p><p>linfóide julgado necessário;</p><p>2. no caso de animal suspeito morto, ou quando o proprietário optar pelo sacrifício sanitário do animal</p><p>enfermo, deve-se proceder à colheita de tecido nervoso, incluindo o tronco encefálico, de tecido linfóide,</p><p>incluindo a terceira pálpebra, e de outros tecidos julgados necessários durante a necropsia;</p><p>Art. 9º Os animais suspeitos submetidos ao teste em tecido linfóide deverão permanecer em observação,</p><p>e em isolamento no caso de fêmeas, até a conclusão dos resultados laboratoriais.</p><p>Art. 10 No caso de resultados laboratoriais negativos em testes realizados apenas em tecido linfóide, os</p><p>animais suspeitos deverão ser mantidos em observação, e em isolamento no caso de fêmeas, por mais 15</p><p>dias.</p><p>§ 1º Ao fim do período, não havendo regressão dos sinais clínicos, os animais suspeitos deverão ser</p><p>avaliados pela Comissão de Avaliação e submetidos ao sacrifício sanitário para colheita de amostras de</p><p>tecido nervoso.</p><p>§ 2º Em caso de regressão dos sintomas ao fim do período citado, o estabelecimento deverá ser</p><p>imediatamente desinterditado, sendo a suspeita encerrada por meio do formulário de atendimento</p><p>complementar, estipulado pelo Departamento de Saúde Animal - DSA/SDA/MAPA.</p><p>Art. 11 No caso de resultados laboratoriais negativos em testes realizados em amostras de tecido nervoso,</p><p>o estabelecimento deverá ser imediatamente desinterditado, sendo a suspeita encerrada por meio do</p><p>formulário de atendimento complementar.</p><p>Art.12 No caso de não haver condições técnicas de colheita de amostras em animal suspeito morto,</p><p>registros adequados e auditáveis sobre o atendimento deverão ser mantidos pela competente Instância do</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>23</p><p>Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e, a critério desta, o estabelecimento poderá ser</p><p>desinterditado e ser alvo de vigilância rotineira.</p><p>Art. 13 Caberá ao proprietário ou detentor a aplicação de identificação individual nos animais suspeitos</p><p>submetidos ao teste em tecido linfóide.</p><p>Parágrafo único. O dispositivo para a identificação individual será proposto pela Instância Intermediária do</p><p>Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e aprovado pela competente SFA.</p><p>Art. 14 Os animais suspeitos mortos ou submetidos ao sacrifício sanitário deverão ser destruídos sob a</p><p>supervisão da competente Instância do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.</p><p>• Da atuação em caso de ocorrência de scrapie</p><p>Art. 15 Diante de resultados laboratoriais positivos para scrapie, o estabelecimento será considerado como</p><p>Propriedade Foco e as seguintes medidas deverão ser adotadas pelas Instâncias Intermediárias ou Locais do</p><p>Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária:</p><p>I - interdição do estabelecimento;</p><p>II - aplicação do Questionário de Investigação Epidemiológica;</p><p>III - notificação à Instância Central e Superior do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária</p><p>competente pela Unidade Federativa de origem da ocorrência;</p><p>IV - no caso dos animais positivos estarem vivos, estes devem ser submetidos ao processo de sacrifício</p><p>sanitário:</p><p>a) o sacrifício sanitário consiste na eliminação dos animais seguida da destruição das carcaças por</p><p>incineração, enterramento ou qualquer outro procedimento aprovado pelo MAPA, realizado sob supervisão</p><p>da competente Instância do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária no próprio</p><p>estabelecimento de criação ou em outro estabelecimento por ela indicado;</p><p>V - identificação individual e isolamento dos animais de alto risco, que são: a avó, a mãe, as irmãs maternas</p><p>e as fêmeas descendentes de uma fêmea com resultado laboratorial positivo para scrapie; a avó, a mãe e</p><p>as irmãs maternas de um macho com resultado laboratorial positivo para scrapie; e outros animais, a</p><p>critério da competente Instância do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária;</p><p>VI - avaliação pela Comissão de Avaliação, sacrifício sanitário e colheita de amostras dos animais de alto</p><p>risco;</p><p>VII - identificação individual e isolamento, a critério da competente Instância do Sistema Unificado de</p><p>Atenção à Sanidade Agropecuária, dos animais expostos, que são todos aqueles que possam ter entrado em</p><p>contato com os materiais expelidos pelo parto quando do nascimento, na parição ou no aborto de animal</p><p>positivo para scrapie, de acordo com o manejo reprodutivo da propriedade;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>24</p><p>VIII - colheita de amostra de tecido linfóide dos animais expostos com mais de 12 (doze) meses de idade;</p><p>IX - avaliação pela Comissão de Avaliação e sacrifício sanitário dos animais expostos com menos de 12</p><p>(doze) meses de idade.</p><p>§ 1º A pedido do proprietário ou detentor e a critério da competente Instância do Sistema Unificado de</p><p>Atenção à Sanidade Agropecuária, os animais expostos com menos de 12 (doze) meses de idade poderão</p><p>ser mantidos no estabelecimento em que se encontram até que essa idade seja alcançada, quando deverão</p><p>ser submetidos ao procedimento estabelecido no inciso VIII (colheita de amostra de tecido linfóide).</p><p>§ 2º Os animais expostos que resultarem positivos ao exame de tecido linfóide serão submetidos aos</p><p>procedimentos descritos no inciso IV (sacrifício sanitário).</p><p>§ 3º Os animais expostos que resultarem negativos ao exame de tecido linfóide deverão ser alvo de</p><p>vigilância pela competente Instância do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.</p><p>§ 4º Caberá ao proprietário ou detentor a aplicação de identificação individual nos animais citados nos</p><p>incisos V (alto risco) e VII (expostos), mediante dispositivo de identificação proposto pela Instância</p><p>Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e aprovado pela competente SFA.</p><p>Art. 16 Durante a interdição do estabelecimento somente será permitido o trânsito de egresso de animais</p><p>destinados ao abate sanitário, desde que esses animais não estejam envolvidos na investigação</p><p>epidemiológica como positivos, de alto risco ou expostos.</p><p>Parágrafo único. O abate sanitário será realizado em estabelecimento inspecionado e devidamente</p><p>registrado no órgão competente municipal, estadual ou federal, com aproveitamento de carcaça e com</p><p>remoção e destruição dos materiais de risco específico (cérebro, medula espinhal, olhos, tonsilas, baço e</p><p>intestino desde o duodeno até o reto).</p><p>Art. 17 Após a conclusão das ações estabelecidas no art. 15 e a critério da competente Instância do Sistema</p><p>Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, o estabelecimento poderá ser desinterditado e o foco</p><p>encerrado por meio do formulário de atendimento complementar.</p><p>• Das propriedades expostas</p><p>Art. 18 Propriedades expostas são aquelas que possuem animais de alto risco ou expostos, e que, em caso</p><p>de confirmação laboratorial de scrapie, passam a ser consideradas Propriedades Foco.</p><p>§ 1º As propriedades expostas devem ser interditadas e submetidas ao Questionário de Investigação</p><p>Epidemiológica, segundo o Anexo III desta Instrução Normativa.</p><p>§ 2º Os animais de alto risco ou expostos que se encontram nas propriedades expostas deverão ser</p><p>submetidos aos procedimentos estabelecidos nos incisos V a IX do art. 15.</p><p>ANEXO II</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>25</p><p>TERMO DE RESPONSABILIDADE</p><p>Declaro que possuo sob minha responsabilidade ovinos ou caprinos considerados</p><p>suspeitos, positivos, de alto risco ou expostos à paraplexia enzoótica dos ovinos - scrapie</p><p>e, visando evitar a difusão da doença no País, comprometo-me a não comercializar ou</p><p>transferir da propriedade os animais em questão, bem como informar à competente</p><p>Instância do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, qualquer alteração na</p><p>situação dos mesmos, tais como:</p><p>- Doença;</p><p>- Morte;</p><p>- Fuga;</p><p>- Roubo ou furto.</p><p>Declaro, ainda, que tenho ciência de que o descumprimento parcial ou integral do presente</p><p>termo,</p><p>acarretará sanções conforme legislação vigente.</p><p>Proprietário: ______________________ CPF/CGC: ______________ Propriedade:</p><p>________________________ Telefone (___)_________ Município:</p><p>_________________________</p><p>Estado: _______________ Número total de animais:</p><p>_______(___________________________).</p><p>Identificação dos animais:</p><p>Espécie Identificação</p><p>individual (*)</p><p>Nome Sexo Data de nascimento Raça</p><p>(*) Aprovado pela competente Instância do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade</p><p>Agropecuária.</p><p>________________________</p><p>Local e data Assinatura do proprietário</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>26</p><p>QUESTÕES COMENTADAS - MULTIBANCAS</p><p>1. (IBFC / Prefeitura de Cuiabá - MT - 2023) O médico veterinário do Serviço de Vigilância de Cuiabá-</p><p>MT investigou um caso suspeito de Scrapie (Paraplexia Enzoótica dos Ovinos), doença neurodegenerativa</p><p>fatal do grupo das encefalopatias espongiformes transmissíveis – EET, em um animal da raça Santa Inês</p><p>de uma propriedade de ovinocultura do munícipio. O ovino, de 1 ano e meio de idade, macho, não</p><p>castrado, apresentou mudança no comportamento, na locomoção e na postura, com apresentação</p><p>persistente por mais de 15 dias; além de perda de peso, bruxismo, perda do reflexo de ameaça, nistagmos,</p><p>vômitos, disfonia e timpanismo ruminal. Com base nos conhecimentos de clínica médica de ovinos,</p><p>assinale a alternativa correta quanto ao teste de triagem indicado para imunodetecção do Príon PrPSC no</p><p>Brasil.</p><p>a) RT-PCR</p><p>b) Fixação de Complemento (FC)</p><p>c) ELISA</p><p>d) Western Blotting (WB)</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O diagnóstico laboratorial do Scrapie é através da</p><p>imunodetecção do PrPSC por ELISA para triagem (amostras de SNC).</p><p>2. (FGV / SEMSA Manaus - 2022) Sobre a Maedi-Visna, enfermidade causada por um lentivírus que</p><p>acomete ovinos, é correto afirmar que</p><p>a) é uma doença que pode ser prevenida por vacinação.</p><p>b) afeta apenas o sistema respiratório.</p><p>c) requer notificação imediata de caso suspeito ou diagnóstico laboratorial, de acordo com a legislação</p><p>federal.</p><p>d) é transmitida por meio de secreções como leite e saliva, mas não é transmitida via uterina.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>27</p><p>e) é recomendado o tratamento por administração de antibióticos.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. O controle da MV é baseado na identificação e eliminação de animais com</p><p>sorologia positiva. O uso de vacinas e o tratamento não existem.</p><p>A alternativa B está incorreta. A MV afeta o sistema respiratório, locomotor e nervoso.</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A Maedi-Visna pertence à categoria 1 da IN 50/13 e,</p><p>portanto, requer notificação imediata de caso suspeito ou diagnóstico laboratorial.</p><p>A alternativa D está incorreta. A principal via de transmissão é o colostro e leite contaminados. Deve-se</p><p>considerar também a importância da via aerógena. Pode ocorrer ainda por contato direto, por mãos, toalhas,</p><p>agulhas, tatuadores, equipamento de descorna contaminados e pela inseminação artificial. A transmissão</p><p>intrauterina também é uma possibilidade.</p><p>A alternativa E está incorreta. A utilização de antibióticos no tratamento, além de ser inadequado, leva a</p><p>custos desnecessários havendo a possibilidade da perda do animal por morte.</p><p>3. (IBFC / INDEA-MT – 2022) A Paraplexia Enzoótica dos Ovinos (scrapie) é considerada uma</p><p>enfermidade neurodegenerativa, transmissível e fatal que acomete ovinos e caprinos, pertencente ao</p><p>grupo das encefalopatias espongiformes transmissíveis EET. De acordo com a Instrução Normativa n° 15,</p><p>de 2 de abril de 2008, sobre a atuação em caso de suspeita clínica de scrapie, analise os itens a seguir:</p><p>I. Em caso de suspeita clínica fundamentada deverá ocorrer a ______, que consiste na proibição do ingresso</p><p>e egresso de ovinos e caprinos, bem como produtos, subprodutos e materiais que venham a constituir via</p><p>de transmissão ou propagação da scrapie.</p><p>II. No caso de animal suspeito ______, deve-se proceder à colheita de terceira pálpebra e de outro tecido</p><p>linfoide julgado necessário.</p><p>III. No caso de animal suspeito ______, ou quando o proprietário optar pelo sacrifício sanitário do animal</p><p>enfermo, deve-se proceder à colheita de tecido nervoso, incluindo o tronco encefálico, de tecido linfóide,</p><p>incluindo a terceira pálpebra, e de outros tecidos julgados necessários durante a necropsia.</p><p>Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas.</p><p>a) a interdição do estabelecimento / vivo / morto</p><p>b) a suspenção de atividades / vivo / morto</p><p>c) a interdição do estabelecimento / morto / vivo</p><p>d) a suspenção de atividades / morto / vivo</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>==1365fc==</p><p>28</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Art. 8º Diante da suspeita clínica de scrapie, as</p><p>seguintes medidas deverão ser adotadas pelas Instâncias Intermediárias ou Locais do Sistema Unificado de</p><p>Atenção à Sanidade Agropecuária:</p><p>I - visita ao estabelecimento e fundamentação da suspeita, a partir da investigação clínica-epidemiológica</p><p>do rebanho;</p><p>II - em caso de suspeita clínica fundamentada, deverão ser realizadas as seguintes ações:</p><p>a) interdição do estabelecimento, que consiste na proibição do ingresso e egresso de ovinos e caprinos, bem</p><p>como produtos, subprodutos e materiais que venham a constituir via de transmissão ou propagação da</p><p>scrapie;</p><p>b) aplicação do Questionário de Investigação Epidemiológica;</p><p>c) colheita de amostras de animais suspeitos e notificação à Instância Central e Superior do Sistema</p><p>Unificado de Atenção à Sanidade.</p><p>1. no caso de animal suspeito vivo, deve-se proceder à colheita de terceira pálpebra e de outro tecido</p><p>linfóide julgado necessário;</p><p>2. no caso de animal suspeito morto, ou quando o proprietário optar pelo sacrifício sanitário do animal</p><p>enfermo, deve-se proceder à colheita de tecido nervoso, incluindo o tronco encefálico, de tecido linfóide,</p><p>incluindo a terceira pálpebra, e de outros tecidos julgados necessários durante a necropsia;</p><p>4. (FCC / SEGEP-MA – 2018) O Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos − PNSCO,</p><p>visando prevenir, controlar ou erradicar doenças que possam comprometer o rebanho caprino e ovino</p><p>nacional, promove, dentre outras, as seguintes atividades:</p><p>a) intervenção imediata quando da suspeita ou ocorrência de doença de notificação facultativa; fiscalização</p><p>da gestão da propriedade sendo visitada.</p><p>b) cadastramento, fiscalização e certificação ambiental de estabelecimentos; fiscalização e controle do</p><p>falecimento de bovinos.</p><p>c) educação sanitária; estudos epidemiológicos; fiscalização e controle do trânsito de caprinos e ovinos.</p><p>d) intervenção facultativa, apenas por precaução quando da suspeita de doença de notificação; notificação</p><p>de todas as propriedades com animais em tratamento orgânico.</p><p>e) educação para prevenção de moléstias dos bovinos; estudos genéticos; prevenção de parasitose em</p><p>mamíferos.</p><p>Comentários</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>29</p><p>De acordo com Brasil (2017), para prevenir, controlar ou erradicar doenças que possam comprometer o</p><p>rebanho caprino e ovino nacional, o PNSCO promoverá as seguintes atividades:</p><p>I - educação sanitária;</p><p>II - estudos epidemiológicos;</p><p>III - fiscalização e controle do trânsito de caprinos e ovinos;</p><p>IV - cadastramento, fiscalização e certificação sanitária de estabelecimentos; e</p><p>V - intervenção imediata quando da suspeita ou ocorrência de doença de notificação obrigatória.</p><p>Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>30</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Brasil. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 47, de 18 de junho de</p><p>2004a. Aprova o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos (PNSCO).</p><p>Brasil. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n° 15, de 2 de abril de 2008,</p><p>que aprova os procedimentos para atuação em caso de suspeita ou ocorrência de paraplexia enzoótica dos</p><p>ovinos (scrapie).</p><p>Brasil. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Sanidade de caprinos e ovinos. 2017. Disponível</p><p>em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-</p><p>saude-animal/sanidade-de-caprinos-e-ovinos.</p><p>EMBRAPA CAPRINOS E OVINOS. Centro de Inteligência e Mercado de Caprinos e Ovinos. Maedi Visna (MV).</p><p>Disponível em: https://www.embrapa.br/cim-inteligencia-e-mercado-de-caprinos-e-ovinos/zoossanitario-</p><p>maedi-visna. Acesso em: 30 jan. 2022.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 10 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p>

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