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<p>CADERNO 1.000 QUESTÕES PMPA</p><p>7</p><p>dominação do homem sobre a mulher e criou as</p><p>instituições do patriarcado assentadas sobre</p><p>mecanismos de violência como o Estado, as</p><p>classes, o projeto da tecnociência, os processos</p><p>de produção como objetivação da natureza e sua</p><p>sistemática depredação. Em terceiro lugar, essa</p><p>cultura patriarcal gestou a guerra como forma de</p><p>resolução dos conflitos. Sobre essa vasta base se</p><p>formou a cultura do capital, hoje globalizada; sua</p><p>lógica é a competição, e não a cooperação; por</p><p>isso, gera guerras econômicas e políticas e, com</p><p>isso, desigualdades, injustiças e violências. Todas</p><p>essas forças se articulam estruturalmente para</p><p>consolidar a cultura da violência que nos</p><p>desumaniza a todos. A essa cultura da violência</p><p>há que se opor a cultura da paz. Hoje ela é</p><p>imperativa. É imperativa, porque as forças de</p><p>destruição estão ameaçando, por todas as partes,</p><p>o pacto social mínimo sem o qual regredimos a</p><p>níveis de barbárie. Onde buscar as inspirações</p><p>para a cultura da paz? A singularidade do 1% de</p><p>carga genética que nos separa dos primatas</p><p>superiores reside no fato de que nós, à distinção</p><p>deles, somos seres sociais e cooperativos. Ao</p><p>lado de estruturas de agressividade, temos</p><p>capacidades de afetividade, compaixão,</p><p>solidariedade e amorização. O ser humano é o</p><p>único ser que pode intervir nos processos da</p><p>natureza e copilotar a marcha da evolução. Ele foi</p><p>criado criador. Dispõe de recursos de</p><p>reengenharia da violência mediante processos</p><p>civilizatórios de contenção e uso de racionalidade.</p><p>Há muito que filósofos veem no cuidado a</p><p>essência do ser humano. Tudo precisa de cuidado</p><p>para continuar a existir. Onde vige cuidado de uns</p><p>para com os outros desaparece o medo, origem</p><p>secreta de toda violência, como analisou Freud.</p><p>a) separar termos coordenados.</p><p>b) introduzir uma oração adjetiva explicativa.</p><p>c) indicar a elipse de um termo.</p><p>d) assinalar uma intercalação.</p><p>e) introduzir um aposto</p><p>04 - CEBRASPE (CESPE) - Ag Crim (POLITEC</p><p>RO)/POLITEC RO/2022</p><p>Texto LP-1-A1</p><p>Crescimento econômico geralmente implica</p><p>aumento nas atividades em todos os setores –</p><p>indústria, comércio, serviços, consumo. Em outras</p><p>palavras, significa mais extração de recursos</p><p>naturais, mais produção e mais coisas devolvidas</p><p>à terra na forma de lixo. O crescimento econômico</p><p>deveria ser um meio de valor neutro para atender</p><p>às necessidades básicas de todos e criar</p><p>comunidades mais saudáveis, energia mais limpa,</p><p>infraestrutura mais sólida, cultura mais vibrante</p><p>etc. Durante muito tempo, ele contribuiub para a</p><p>difusão desses objetivos fundamentais em</p><p>algumas partes do planeta, propiciando a abertura</p><p>de estradas, a construção de moradias etc. Agora,</p><p>talvez já tenhamos coisas suficientes para atender</p><p>às necessidades básicas de todos; só que elas</p><p>não são distribuídas de forma justa.</p><p>Uma grande parte do problema é que o sistema</p><p>econômico dominante valoriza o crescimento</p><p>como um objetivo em si mesmo. Por issoc usamos</p><p>o produto interno bruto, ou PIB, como a medida</p><p>padrão do sucesso de uma nação. O PIB</p><p>contabiliza o valor dos bens e serviços produzidos</p><p>a cada ano. Mas deixa de fora facetas importantes,</p><p>ao não considerar a distribuição desigual e injusta</p><p>da riqueza, nem examinar quão saudáveis e</p><p>satisfeitas estão as pessoas. É por isso que o PIB</p><p>de um país pode seguir subindo a ótimos 3% ao</p><p>ano, e a renda dos trabalhadores ficar estagnada,</p><p>caso a riqueza emperre em um determinado ponto</p><p>do sistema. Além disso, os verdadeiros custos</p><p>ecológicos e sociais do crescimento não são</p><p>incluídos no PIB.</p><p>A fé de nossa sociedade no crescimento</p><p>econômico repousa na suposiçãoa de que sua</p><p>continuidade é tão possível quanto benéfica. Mas</p><p>nenhum dos dois pressupostos é verdadeiro.</p><p>Primeiro porque, devido aos limites do planeta, o</p><p>crescimento econômicod infinito é impossível.</p><p>Ultrapassado o patamare em que as necessidades</p><p>humanas básicas são atendidas, ele tampouco se</p><p>revelou uma estratégia para aumentar o bem-estar.</p><p>Registramos, hoje, nas grandes metrópoles, um</p><p>alto nível de estresse, depressão, ansiedade e</p><p>solidão.</p><p>a) “suposição”, no primeiro período do último</p><p>parágrafo.</p><p>b) “contribuiu”, no penúltimo período do primeiro</p><p>parágrafo.</p><p>c) “Por isso”, no segundo período do segundo</p><p>parágrafo.</p><p>d) “econômico”, no primeiro período do último</p><p>parágrafo.</p><p>e) “patamar”, no quarto período do último parágrafo.</p><p>05 - CEBRASPE (CESPE) - Tec Necro (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Texto CG4A1-II</p><p>Em 13 de maio de 1888, o Estado brasileiro aboliu</p><p>oficialmente a escravidão clássica, com</p><p>a assinaturab, pela princesa Isabel, da Lei Áurea.</p><p>Entretanto, tal ato estatal não significou sua</p><p>extinção no mundo dos fatos, poisc, apesar da</p><p>proibição da possibilidade jurídica de se exercer o</p><p>direito de propriedade sobre uma pessoa humana,</p><p>o Estadod deixou de implementar reformas sociais,</p><p>principalmente fundiárias e de inclusão social, que</p><p>viabilizassem a reconstrução do país e, assim, a</p>