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<p>03</p><p>Comentado</p><p>Dir. Adm. e Proc. Penal (Inéditas)</p><p>POLÍCIA PENAL DO ESPÍRITO SANTO</p><p>MINI SIMULADO</p><p>POLÍCIA E NADA MAIS | WWW.CAVEIRA.COM | @PROJETOCAVEIRA</p><p>“Sucesso é o acúmulo</p><p>de pequenos esforços,</p><p>repetidos dia e noite...”</p><p>Robert Collier</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>Gabarito 3º Mini - PPES (Pós-Edital)</p><p>1 2 3 4 5 6 7 8 9 10</p><p>B A C E D C E A E B</p><p>11 12 13 14 15 16 17 18 19 20</p><p>A E D A D C D E B D</p><p>21 22 23 24 25 26 27 28 29 30</p><p>C E B D E E B C B A</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>1</p><p>Noções de Direito Administrativo</p><p>1. É também chamado de princípio da juridicidade.</p><p>Encontra a sua gênese na ideia da separação dos</p><p>poderes, identificando-se com a submissão da</p><p>administração pública ao comando da lei. É inerente ao</p><p>Estado Democrático de Direito, pois o próprio Estado</p><p>está submetido aos ditames da lei.</p><p>O trecho acima se refere ao:</p><p>A) Princípio da Moralidade.</p><p>B) Princípio da Legalidade.</p><p>C) Princípio da Eficiência.</p><p>D) Princípio da Proporcionalidade.</p><p>E) Princípio da Supremacia do Interesse Público.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata do Princípio da Legalidade, que</p><p>se baseia no pressuposto de que tudo que não é proibido</p><p>é permitido por lei, mas o administrador público deve</p><p>fazer as coisas sob a regência da lei imposta.</p><p>Com a constitucionalização do Direito Administrativo,</p><p>deve-se compreender o princípio da legalidade sob a</p><p>perspectiva da juridicidade, que representa o dever de a</p><p>Administração Pública se vincular ao conjunto de normas</p><p>constitucionais e infraconstitucionais que compõe o</p><p>sistema, ou seja, exige adequação de toda e qualquer</p><p>conduta administrativa a todo o ordenamento jurídico,</p><p>nele estando incluídos todas as normas e todos os</p><p>princípios.</p><p>Enquanto o particular é livre para fazer tudo o que não</p><p>seja proibido, a Administração só pode agir se a lei</p><p>ordenar, nos termos que a lei traz, no condicionamento</p><p>da lei e no tempo que a lei determina. Se a lei não traz</p><p>qualquer comando, a Administração não pode agir.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra B.</p><p>2. São características comuns da Administração Pública</p><p>Indireta, exceto:</p><p>A) Inexistência de personalidade jurídica própria.</p><p>B) Necessidade de lei específica para sua criação ou</p><p>autorização, a depender do caso.</p><p>C) Criação para uma finalidade específica de interesse</p><p>público definida em lei.</p><p>D) Ausência de fins lucrativos, com exceções, pois pode</p><p>ocorrer lucro em algumas entidades, mas não é objetivo</p><p>principal.</p><p>E) Submissão ao controle finalístico exercido pelo ente</p><p>da Administração Direta.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata das características comuns às</p><p>entidades da Administração Pública Indireta, sejam de</p><p>direito público ou privado. Vejamos a análise das</p><p>assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – CORRETA – entre as características</p><p>comuns está a existência de personalidade jurídica</p><p>própria.</p><p>ALTERNATIVA B – INCORRETA – é uma característica</p><p>comum.</p><p>ALTERNATIVA C – INCORRETA – é uma característica</p><p>comum.</p><p>ALTERNATIVA D – INCORRETA – é uma característica</p><p>comum.</p><p>ALTERNATIVA E – INCORRETA – é uma característica</p><p>comum.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra A.</p><p>3. A concessão de licença para assuntos particulares é</p><p>um exemplo de ato:</p><p>A) Vinculado.</p><p>B) Composto.</p><p>C) Discricionário.</p><p>D) Geral.</p><p>E) Complexo.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata dos Atos Administrativos,</p><p>vejamos a análise das assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – INCORRETA – trata-se de um ato</p><p>discricionário.</p><p>ALTERNATIVA B – INCORRETA – trata-se de um ato</p><p>simples.</p><p>ALTERNATIVA C – CORRETA – de fato é um ato</p><p>discricionário, pois a Administração Pública tem margem</p><p>de liberdade para, diante do caso concreto, decidir qual a</p><p>melhor maneira de atingir o interesse público.</p><p>ALTERNATIVA D – INCORRETA – trata-se de um ato</p><p>individual.</p><p>ALTERNATIVA E – INCORRETA – trata-se de um ato</p><p>simples.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra C.</p><p>4. O ato deve corresponder às figuras definidas</p><p>previamente na lei como aptas a produzir determinados</p><p>resultados.</p><p>O trecho acima se refere a qual atributo do Ato</p><p>Administrativo?</p><p>A) Competência.</p><p>B) Autoexecutoriedade.</p><p>C) Presunção de legitimidade.</p><p>D) Imperatividade.</p><p>E) Tipicidade.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>2</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata dos Atos Administrativos.</p><p>Vejamos a análise das assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – INCORRETA – primeiro porque</p><p>competência não é atributo e sim elemento do ato,</p><p>segundo porque a competência consiste em atribuição de</p><p>determinada atividade ao órgão ou agente público</p><p>competente conferida por lei.</p><p>ALTERNATIVA B – INCORRETA – a</p><p>autoexecutoriedade consiste na possibilidade de o Poder</p><p>Público obrigar o administrado a cumprir o ato,</p><p>independentemente de ordem judicial. É um meio de</p><p>coerção direto.</p><p>ALTERNATIVA C – INCORRETA – na presunção de</p><p>legitimidade, os atos se presumem legítimos, legais e</p><p>verdadeiros, até que se prove o contrário (presunção juris</p><p>tantum).</p><p>ALTERNATIVA D – INCORRETA – através da</p><p>Imperatividade, os atos dispõem de força executória e se</p><p>impõem aos particulares, independentemente de sua</p><p>concordância.</p><p>ALTERNATIVA E – CORRETA – de fato, pela tipicidade,</p><p>o ato deve corresponder às figuras definidas previamente</p><p>na lei como aptas a produzir determinados resultados.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra E.</p><p>5. É um exemplo de serviço público coletivo:</p><p>I. Fornecimento domiciliar de água.</p><p>II. Segurança Pública.</p><p>III. Saúde.</p><p>IV. Educação.</p><p>Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):</p><p>A) I e II, apenas.</p><p>B) I, II e III, apenas.</p><p>C) II e III, apenas.</p><p>D) II, III e IV, apenas.</p><p>E) I, III e IV, apenas.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata dos serviços públicos. Vejamos</p><p>a análise das assertivas.</p><p>ASSERTIVA I – INCORRETA – o fornecimento domiciliar</p><p>de água é um serviço singular/individual.</p><p>ASSERTIVA II – CORRETA – a segurança pública é um</p><p>serviço coletivo.</p><p>ALTERNATIVA III – CORRETA – a saúde é um serviço</p><p>coletivo.</p><p>ASSERTIVA IV – CORRETA – a educação é um serviço</p><p>coletivo.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra D.</p><p>6. Acerca da temática dos serviços públicos, assinale a</p><p>opção incorreta.</p><p>A) A distribuição de competências para a prestação de</p><p>serviços públicos foi realizada pela Constituição Federal</p><p>de 1988.</p><p>B) A execução do serviço poderá ser de forma direta ou</p><p>indireta.</p><p>C) De acordo com o Princípio da Modicidade de Tarifas,</p><p>o concessionário deve cobrar tarifa referente ao serviço</p><p>prestado de maneira razoável e os usuários podem ser</p><p>onerados de maneira excessiva.</p><p>D) A concessão, a permissão e a parceria público-privada</p><p>são três das várias formas disponíveis que o Estado</p><p>possui para realizar a delegação.</p><p>E) O Princípio da Continuidade do Serviço Público</p><p>determina que sua prestação deve ocorrer de maneira</p><p>adequada e regular, sendo que os essenciais devem ser</p><p>ininterruptos.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata dos serviços públicos. Vejamos</p><p>a análise das assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – CORRETA – de fato, a distribuição</p><p>de competências foi realizada pela Constituição Federal</p><p>de 1988, adotando o critério da predominância de</p><p>interesses.</p><p>ALTERNATIVA B – CORRETA – de fato, a execução do</p><p>serviço poderá ser de forma direta (pelo próprio Estado)</p><p>ou indireta (por delegatários).</p><p>ALTERNATIVA C – INCORRETA – de acordo com o</p><p>Princípio da Modicidade de Tarifas,</p><p>observar a estrita finalidade da investigação responderá</p><p>pelos excessos praticados.</p><p>B) Correta. Caveira, de acordo com o ensinamento do</p><p>Professor Gabriel Habib, a ação controlada, também</p><p>conhecida como flagrante retardado, flagrante diferido</p><p>ou flagrante postergado, trata-se de permissivo legal</p><p>para que a autoridade policial deixe de efetuar a</p><p>intervenção policial no momento em que o autor do delito</p><p>já está em flagrante da prática da infração penal para</p><p>intervir no momento mais eficaz do ponto de vista da</p><p>formação de provas e fornecimento de informações.</p><p>Assim, embora o agente esteja em flagrante delito, a</p><p>Autoridade policial poderá esperar o momento mais</p><p>oportuno para efetuar as prisões. Não é necessária</p><p>autorização judicial, apenas a prévia comunicação ao</p><p>juiz competente.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>16</p><p>Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a</p><p>intervenção policial ou administrativa relativa à ação</p><p>praticada por organização criminosa ou a ela vinculada,</p><p>desde que mantida sob observação e acompanhamento</p><p>para que a medida legal se concretize no momento mais</p><p>eficaz à formação de provas e obtenção de informações.</p><p>§ 1º O retardamento da intervenção policial ou</p><p>administrativa será previamente comunicado ao juiz</p><p>competente que, se for o caso, estabelecerá os seus</p><p>limites e comunicará ao Ministério Público.</p><p>§ 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de</p><p>forma a não conter informações que possam indicar a</p><p>operação a ser efetuada.</p><p>§ 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos</p><p>será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado</p><p>de polícia, como forma de garantir o êxito das</p><p>investigações.</p><p>§ 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto</p><p>circunstanciado acerca da ação controlada.</p><p>C) Errada. Art. 1º Esta Lei define organização criminosa</p><p>e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de</p><p>obtenção da prova, infrações penais correlatas e o</p><p>procedimento criminal a ser aplicado.</p><p>§ 1º Considera-se organização criminosa a associação</p><p>de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada</p><p>e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que</p><p>informalmente, com objetivo de obter, direta ou</p><p>indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante</p><p>a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam</p><p>superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter</p><p>transnacional.</p><p>D) Errada. Como vimos acima, não é necessária</p><p>autorização judicial para a efetivação da ação</p><p>controlada. Note-se que o dispositivo dispõe que o</p><p>retardamento da intervenção policial será previamente</p><p>comunicado ao juiz competente, sem que haja</p><p>necessidade de autorização.</p><p>Obs: não confunda ação controlada com flagrante</p><p>esperado.</p><p>Na ação controlada, o agente já está em flagrante da</p><p>prática do crime.</p><p>No flagrante esperado, o agente ainda não está em</p><p>flagrante da prática do delito, a autoridade Policial fica na</p><p>expectativa da sua ocorrência para efetuar a prisão.</p><p>E) Errada. Caveira, esse efeito, assim como no crime de</p><p>tortura, é automático, dispensando motivação expressa</p><p>na sentença condenatória.</p><p>Art. 2º. § 6º A condenação com trânsito em julgado</p><p>acarretará ao funcionário público a perda do cargo,</p><p>função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para</p><p>o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8</p><p>(oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena.</p><p>28. Acerca da lei Maria da Penha (Lei n° 11.340 de 2006),</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) É aplicável o princípio da insignificância nos crimes ou</p><p>contravenções penais praticados contra a mulher no</p><p>âmbito das relações domésticas.</p><p>B) Com o objetivo de instruir o boletim de ocorrência, é</p><p>recomendado que a autoridade policial realize</p><p>sucessivas inquirições sobre o mesmo fato, bem como o</p><p>questionamento sobre a vida privada da mulher.</p><p>C) Quando o município não for sede de comarca e não</p><p>houver delegado disponível no momento da denúncia,</p><p>averiguada a existência de risco atual ou imediato à vida</p><p>ou à integridade física ou psicológica da mulher em</p><p>situação de violência doméstica e familiar, ou de seus</p><p>dependentes, o agressor será imediatamente afastado</p><p>do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida</p><p>pelo policial.</p><p>D) O juiz assegurará à mulher em situação de violência</p><p>doméstica e familiar, para preservar sua integridade</p><p>física e psicológica, a manutenção do vínculo trabalhista,</p><p>quando necessário o afastamento do local de trabalho,</p><p>por até doze meses.</p><p>E) A conceituação de violência contra a mulher no âmbito</p><p>da unidade doméstica, da família ou em qualquer relação</p><p>íntima de afeto depende da demonstração de coabitação.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. Súmula 589 do STJ: É inaplicável o princípio</p><p>da insignificância nos crimes ou contravenções penais</p><p>praticados contra a mulher no âmbito das relações</p><p>domésticas.</p><p>B) Errada. Art. 10-A. É direito da mulher em situação de</p><p>violência doméstica e familiar o atendimento policial e</p><p>pericial especializado, ininterrupto e prestado por</p><p>servidores - preferencialmente do sexo feminino -</p><p>previamente capacitados.</p><p>§ 1º A inquirição de mulher em situação de violência</p><p>doméstica e familiar ou de testemunha de violência</p><p>doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher,</p><p>obedecerá às seguintes diretrizes:</p><p>I - salvaguarda da integridade física, psíquica e</p><p>emocional da depoente, considerada a sua condição</p><p>peculiar de pessoa em situação de violência doméstica e</p><p>familiar;</p><p>II - garantia de que, em nenhuma hipótese, a mulher em</p><p>situação de violência doméstica e familiar, familiares e</p><p>testemunhas terão contato direto com investigados ou</p><p>suspeitos e pessoas a eles relacionadas;</p><p>III - não revitimização da depoente, evitando</p><p>sucessivas inquirições sobre o mesmo fato nos</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>17</p><p>âmbitos criminal, cível e administrativo, bem como</p><p>questionamentos sobre a vida privada.</p><p>C) Correta. Caveira, em regra, o afastamento do agressor</p><p>será determinado pelo Juiz. Todavia, caso o município</p><p>onde tenha ocorrido a violência não seja sede de</p><p>comarca, o afastamento do agressor será determinado</p><p>pelo Delegado de Polícia. Ocorre que alguns lugares,</p><p>por falta de efetivo, não têm delegado disponível, nesse</p><p>caso, diante da urgência, a lei autoriza que qualquer</p><p>agente policial determine o afastamento do agressor. O</p><p>afastamento deverá ser comunicado ao juiz no prazo de</p><p>até 24 horas.</p><p>Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou</p><p>iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da</p><p>mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou</p><p>de seus dependentes, o agressor será imediatamente</p><p>afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a</p><p>ofendida:</p><p>I - Pela autoridade judicial;</p><p>II - Pelo delegado de polícia, quando o Município não for</p><p>sede de comarca; ou</p><p>III - Pelo policial, quando o Município não for sede de</p><p>comarca e não houver delegado disponível no momento</p><p>da denúncia.</p><p>§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste</p><p>artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24</p><p>(vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a</p><p>manutenção ou a revogação da medida aplicada,</p><p>devendo dar ciência ao Ministério Público</p><p>concomitantemente.</p><p>§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida</p><p>ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não</p><p>será concedida liberdade provisória ao preso.</p><p>D) Errada. Art. 9°. § 2º O juiz assegurará à mulher em</p><p>situação de violência doméstica e familiar, para</p><p>preservar</p><p>sua integridade física e psicológica:</p><p>II - manutenção do vínculo trabalhista, quando</p><p>necessário o afastamento do local de trabalho, por até</p><p>seis meses.</p><p>E) Errada. Súmula 600-STJ: Para a configuração da</p><p>violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei</p><p>nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a</p><p>coabitação entre autor e vítima.</p><p>29. De acordo com a Lei de Execuções Penais</p><p>(7.210/1984), e com base no entendimento dos Tribunais</p><p>Superiores sobre o trabalho do preso, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e</p><p>poderá ser executado no interior e fora do</p><p>estabelecimento, desde que ocorra uma supervisão e</p><p>vigilância por parte dos policiais penais.</p><p>B) A lei de execuções penais prevê que o condenado à</p><p>pena privativa de liberdade é obrigado a trabalhar, e caso</p><p>o preso se recuse, injustificadamente, a realizar o</p><p>trabalho obrigatório, ele comete falta grave.</p><p>C) É inconstitucional o art. 29, caput, da LEP, que permite</p><p>que o preso que trabalhar receba 3/4 do salário-mínimo.</p><p>D) A jornada normal de trabalho não será inferior a 4</p><p>(quatro) nem superior a 6 (seis) horas, com descanso nos</p><p>domingos e feriados.</p><p>E) O trabalho externo será admissível para os presos em</p><p>regime fechado somente em serviço ou obras públicas</p><p>realizadas por órgãos da Administração Direta ou</p><p>Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as</p><p>cautelas contra a fuga e em favor da disciplina, sendo o</p><p>limite máximo do número de presos de 20% (vinte por</p><p>cento) do total de empregados na obra.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. Art. 31. O condenado à pena privativa de</p><p>liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas</p><p>aptidões e capacidade.</p><p>Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não</p><p>é obrigatório e só poderá ser executado no interior do</p><p>estabelecimento.</p><p>B) Correta. A Lei de Execuções Penais (Lei nº 7.210/84)</p><p>prevê que o condenado à pena privativa de liberdade</p><p>é obrigado a trabalhar (art. 31 e art. 39, V). Caso o preso</p><p>se recuse, injustificadamente, a realizar o trabalho</p><p>obrigatório, ele comete falta grave (art. 50, VI), podendo</p><p>ser punido. Obs.: o dever de trabalho imposto pela LEP</p><p>ao apenado não é considerado como pena de trabalho</p><p>forçado, não sendo incompatível com o art. 5º, XLVII, "c",</p><p>da CF/88. STJ. 6ª Turma. HC 264.989-SP, Rel. Min.</p><p>Ericson Maranho, julgado em 4/8/2015 (Info 567).</p><p>C) Errada. É constitucional o art. 29, caput, da LEP, que</p><p>permite que o preso que trabalhar receba 3/4 do salário-</p><p>mínimo. O patamar mínimo diferenciado de remuneração</p><p>aos presos previsto no art. 29, caput, da Lei nº 7.210/84</p><p>(Lei de Execução Penal - LEP) não representa violação</p><p>aos princípios da dignidade humana e da isonomia,</p><p>sendo inaplicável à hipótese a garantia de salário-mínimo</p><p>prevista no art. 7º, IV, da Constituição Federal. STF.</p><p>Plenário. ADPF 336/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em</p><p>27/2/2021 (Info 1007)</p><p>D) Errada. Art. 33. A jornada normal de trabalho não será</p><p>inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com</p><p>descanso nos domingos e feriados.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>18</p><p>Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de</p><p>trabalho aos presos designados para os serviços de</p><p>conservação e manutenção do estabelecimento penal.</p><p>E) Errada. Art. 36. O trabalho externo será admissível</p><p>para os presos em regime fechado somente em serviço</p><p>ou obras públicas realizadas por órgãos da</p><p>Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas,</p><p>desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor</p><p>da disciplina.</p><p>§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10%</p><p>(dez por cento) do total de empregados na obra.</p><p>30. Acerca das disposições expressamente previstas na</p><p>Lei de Execuções Penais (7.210/1984), assinale a</p><p>alternativa incorreta.</p><p>A) O isolamento na própria cela é medida disciplinar que</p><p>não pode ter duração superior a dez dias, salvo a</p><p>hipótese do regime disciplinar diferenciado.</p><p>B) Os condenados que cumprem pena em regime</p><p>fechado ou semiaberto e os presos provisórios poderão</p><p>obter permissão para sair do estabelecimento, mediante</p><p>escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos:</p><p>falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira,</p><p>ascendente, descendente ou irmão ou necessidade de</p><p>tratamento médico.</p><p>C) São considerados egressos o liberado definitivo, pelo</p><p>prazo de um ano a contar da saída do estabelecimento,</p><p>bem como o liberado condicional, durante o período de</p><p>prova.</p><p>D) A remição por estudo é admissível no direito brasileiro,</p><p>sendo feita a contagem de tempo de um dia de pena a</p><p>cada doze horas de frequência escolar, divididas, no</p><p>mínimo, em três dias.</p><p>E) O regime disciplinar diferenciado pode ser aplicado ao</p><p>preso provisório.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada (Gabarito). Art. 58. O isolamento, a suspensão</p><p>e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta</p><p>dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar</p><p>diferenciado.</p><p>Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado</p><p>ao Juiz da execução.</p><p>B) Correta. Art. 120. Os condenados que cumprem pena</p><p>em regime fechado ou semiaberto e os presos</p><p>provisórios poderão obter permissão para sair do</p><p>estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um</p><p>dos seguintes fatos:</p><p>I - falecimento ou doença grave do cônjuge,</p><p>companheira, ascendente, descendente ou irmão;</p><p>II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único</p><p>do artigo 14).</p><p>Parágrafo único. A permissão de saída será concedida</p><p>pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o</p><p>preso.</p><p>Art. 121. A permanência do preso fora do</p><p>estabelecimento terá a duração necessária à finalidade</p><p>da saída.</p><p>C) Correta. Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos</p><p>desta Lei:</p><p>I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar</p><p>da saída do estabelecimento;</p><p>II - o liberado condicional, durante o período de prova.</p><p>D) Correta. Art. 126. O condenado que cumpre a pena</p><p>em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por</p><p>trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da</p><p>pena.</p><p>§ 1º A contagem de tempo referida no caput será feita à</p><p>razão de:</p><p>I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de</p><p>frequência escolar - atividade de ensino fundamental,</p><p>médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda</p><p>de requalificação profissional - divididas, no mínimo,</p><p>em 3 (três) dias;</p><p>II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.</p><p>E) Correta. Art. 52. A prática de fato previsto como crime</p><p>doloso constitui falta grave e, quando ocasionar</p><p>subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o</p><p>preso provisório, ou condenado, nacional ou</p><p>estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime</p><p>disciplinar diferenciado, com as seguintes características:</p><p>I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de</p><p>repetição da sanção por nova falta grave de mesma</p><p>espécie;</p><p>II - recolhimento em cela individual;</p><p>III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a</p><p>serem realizadas em instalações equipadas para impedir</p><p>o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da</p><p>família ou, no caso de terceiro, autorizado judicialmente,</p><p>com duração de 2 (duas) horas;</p><p>IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas</p><p>diárias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro)</p><p>presos, desde que não haja contato com presos do</p><p>mesmo grupo criminoso;</p><p>V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com</p><p>seu defensor, em instalações equipadas para impedir o</p><p>contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa</p><p>autorização judicial em contrário;</p><p>VI - fiscalização do conteúdo da correspondência;</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>19</p><p>VII - participação em audiências judiciais</p><p>preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a</p><p>participação do defensor no mesmo ambiente do preso.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>o concessionário</p><p>deve cobrar tarifa referente ao serviço prestado de</p><p>maneira razoável, entretanto, os usuários não podem ser</p><p>onerados de maneira excessiva.</p><p>ALTERNATIVA D – CORRETA – de fato, a concessão,</p><p>a permissão e a parceria público-privada são três das</p><p>várias formas disponíveis que o Estado possui para</p><p>realizar a delegação.</p><p>ALTERNATIVA E – CORRETA – de fato, o Princípio da</p><p>Continuidade do Serviço Público determina que sua</p><p>prestação deve ocorrer de maneira adequada e regular,</p><p>sendo que os essenciais devem ser ininterruptos.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra C.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>3</p><p>7. Julgue os itens abaixo de acordo com a temática da</p><p>Responsabilidade Civil do Estado.</p><p>I. Segundo o entendimento do STF, a responsabilidade</p><p>civil do Estado pela morte de detento sob sua custódia é</p><p>objetiva, com base na teoria do risco administrativo, em</p><p>caso de inobservância do seu dever constitucional</p><p>específico de proteção, tanto para as condutas estatais</p><p>comissivas quanto para as omissivas.</p><p>II. Nos casos de atuação de agentes públicos fora de</p><p>serviço, a responsabilidade estatal será objetiva,</p><p>podendo ter como fundamento a má escolha do agente e</p><p>a má fiscalização de seus atos.</p><p>III. A responsabilidade em decorrência de atos praticados</p><p>na direção de veículos oficiais é, em regra, objetiva.</p><p>Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):</p><p>A) I e II, apenas.</p><p>B) II e III, apenas.</p><p>C) I e III, apenas.</p><p>D) I, apenas.</p><p>E) I, II e III.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata da Responsabilidade Civil do</p><p>Estado. Vejamos a análise das assertivas.</p><p>ASSERTIVA I – CORRETA – de fato, o entendimento do</p><p>STF é de que a responsabilidade civil do Estado pela</p><p>morte de detento sob sua custódia é objetiva, com base</p><p>na teoria do risco administrativo, em caso de</p><p>inobservância do seu dever constitucional específico de</p><p>proteção, tanto para as condutas estatais comissivas</p><p>quanto para as omissivas.</p><p>ASSERTIVA II – CORRETA – segundo José dos Santos</p><p>Carvalho Filho:</p><p>“Para configurar-se esse tipo de responsabilidade,</p><p>bastam três pressupostos. O primeiro deles é a</p><p>ocorrência do fato administrativo, assim considerado</p><p>como qualquer forma de conduta, comissiva ou omissiva,</p><p>legítima ou ilegítima, singular ou coletiva, atribuída ao</p><p>Poder Público. Ainda que o agente estatal atue fora de</p><p>suas funções, mas a pretexto de exercê-las, o fato é tido</p><p>como administrativo, no mínimo pela má escolha do</p><p>agente (culpa in eligendo) ou pela má fiscalização de sua</p><p>conduta (culpa in vigilando).”</p><p>(Manual de Direito Administrativo. 22ª edição., Rio de</p><p>Janeiro, 2009).</p><p>ASSERTIVA III – CORRETA – de fato, em regra, a</p><p>responsabilidade em decorrência de atos praticados na</p><p>direção de veículos oficiais é objetiva.</p><p>BIZU: Lembre-se de que na objetiva não se discute culpa</p><p>ou dolo, portanto, mesmo que o motorista dirija de forma</p><p>diligente e prudente, ainda assim, caberá a</p><p>responsabilização.</p><p>No entanto, admite-se as excludentes e atenuantes da</p><p>responsabilidade, portanto, se o motorista servidor</p><p>público ultrapassa o sinal verde e o particular ultrapassa</p><p>o sinal vermelho, vindo a colidir com a viatura, não há</p><p>responsabilidade do Estado, incidindo a excludente de</p><p>culpa exclusiva da vítima.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra E.</p><p>8. Acerca do controle da Administração Pública, assinale</p><p>a alternativa correta.</p><p>A) O controle de mérito é uma espécie de controle</p><p>administrativo no qual se verifica a oportunidade e a</p><p>conveniência de atos discricionários.</p><p>B) O recurso hierárquico próprio é dirigido à autoridade</p><p>de outro órgão não integrado à mesma hierarquia do</p><p>órgão que proferiu o ato.</p><p>C) A forma de controle do Legislativo sobre a</p><p>Administração Pública do Poder Executivo é considerada</p><p>um mecanismo de freio e contrapeso instituído pela</p><p>Constituição, entretanto, os mecanismos desses</p><p>controles não devem estar expressos taxativamente na</p><p>Constituição Federal.</p><p>D) O Tribunal de Contas pode exercer controle dos</p><p>próprios atos, mas não pode exercer controle sobre os</p><p>atos do Poder Legislativo.</p><p>E) Ao Poder Judiciário, em regra, cabe se imiscuir no</p><p>mérito administrativo, podendo revogar atos</p><p>administrativos.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata da temática do Controle dos</p><p>atos da Administração. Vejamos a análise das assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – CORRETA – de fato, o controle de</p><p>mérito é uma espécie de controle administrativo no qual</p><p>se verifica a oportunidade e a conveniência de atos</p><p>discricionários.</p><p>BIZU: Se o ato é inoportuno ou inconveniente, a</p><p>Administração pode revogar o ato.</p><p>ALTERNATIVA B – INCORRETA – a questão trouxe o</p><p>conceito de recurso hierárquico impróprio.</p><p>O recurso hierárquico próprio é enviado para a mesma</p><p>autoridade ou mesmo órgão que praticou o ato, portanto,</p><p>pressupõe-se hierarquia da autoridade que irá apreciar o</p><p>ato, ou seja, acontece dentro da mesma pessoa ou</p><p>órgão.</p><p>ALTERNATIVA C – INCORRETA – A forma de controle</p><p>do Legislativo sobre a Administração Pública do Poder</p><p>Executivo é considerada um mecanismo de freio e</p><p>contrapeso instituído pela Constituição, portanto, os</p><p>mecanismos desses controles devem estar expressos</p><p>taxativamente na CF.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>4</p><p>ALTERNATIVA D – INCORRETA – o Tribunal de Contas</p><p>pode exercer controle dos próprios atos (controle interno)</p><p>e dos atos do Poder Legislativo (controle externo).</p><p>ALTERNATIVA E – INCORRETA – Ao Poder Judiciário,</p><p>em regra, não cabe se imiscuir (se intrometer) no mérito</p><p>administrativo, devendo apenas aferir a legalidade dos</p><p>atos administrativos, não podendo revogar atos</p><p>administrativos.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra A.</p><p>9. São ações judiciais de controle, exceto:</p><p>A) Habeas Corpus.</p><p>B) Mandado de Injunção.</p><p>C) Habeas Data.</p><p>D) Ação Popular.</p><p>E) Revisão Criminal.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata das ações judiciais de controle.</p><p>Vejamos a análise das assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – CORRETA – é uma ação judicial de</p><p>controle. A legitimidade ativa para impetrar HC é</p><p>universal.</p><p>ALTERNATIVA B – CORRETA – é uma ação judicial de</p><p>controle. O mandado de injunção é um remédio</p><p>constitucional contra a omissão do Poder Público em</p><p>editar normas que viabilizem o direito à nacionalidade, à</p><p>soberania e à cidadania.</p><p>ALTERNATIVA C – CORRETA – é uma ação judicial de</p><p>controle. É concedido para assegurar o conhecimento de</p><p>informações relativas à pessoa do impetrante, constantes</p><p>de registros ou bancos de dados de entidades</p><p>governamentais ou de caráter público e para a retificação</p><p>de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo</p><p>sigiloso, judicial ou administrativo.</p><p>ALTERNATIVA D – CORRETA – é uma ação judicial de</p><p>controle. Qualquer cidadão é parte legítima para propor</p><p>ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio</p><p>público ou de entidade de que o Estado participe, à</p><p>moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao</p><p>patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo</p><p>comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus</p><p>de sucumbência.</p><p>ALTERNATIVA E – INCORRETA – a Revisão Criminal é</p><p>uma peça processual e não se trata de uma ação judicial</p><p>de controle.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra E.</p><p>10. De acordo com a Lei de Improbidade Administrativa</p><p>(Lei nº 8.429/1992), o crime de representação por ato de</p><p>improbidade contra agente público ou terceiro</p><p>beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe</p><p>inocente, é punido</p><p>com:</p><p>A) Detenção de 6 meses a 1 ano.</p><p>B) Detenção de 6 a 10 meses, e multa.</p><p>C) Reclusão de 6 meses a 2 anos.</p><p>D) Reclusão de 1 a 4 anos, e multa.</p><p>E) Detenção de 6 meses a 2 anos, e multa.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, para responder à questão, é necessário</p><p>conhecimento do artigo 19 da Lei de Improbidade,</p><p>vejamos:</p><p>Art. 19. Constitui crime a representação por ato de</p><p>improbidade contra agente público ou terceiro</p><p>beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe</p><p>inocente.</p><p>Pena: Detenção de 6 a 10 meses e multa.</p><p>BIZU:</p><p>✓ É uma infração penal de menor potencial ofensivo.</p><p>✓ Competência do JECRIM.</p><p>✓ Cabe transação penal.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra B.</p><p>11. Assinale a alternativa correta de acordo com o</p><p>entendimento sumulado dos Tribunais Superiores.</p><p>A) Desde que devidamente motivada e com amparo em</p><p>investigação ou sindicância, é possível a instauração de</p><p>processo administrativo disciplinar com base em</p><p>denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela</p><p>imposto à Administração.</p><p>B) Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor</p><p>público a pena de demissão em razão da prática de</p><p>improbidade administrativa, desde que haja prévia</p><p>condenação, por autoridade judiciária, à perda da função</p><p>pública.</p><p>C) Pode ocorrer a inscrição do município em cadastros</p><p>restritivos fundada em irregularidades na gestão anterior</p><p>quando, na gestão sucessora, quando são tomadas as</p><p>providências cabíveis à reparação dos danos</p><p>eventualmente cometidos.</p><p>D) Nos processos perante o Tribunal de Contas da União,</p><p>não se asseguram o contraditório e a ampla defesa</p><p>quando da decisão puder resultar anulação ou revogação</p><p>de ato administrativo que beneficie o interessado,</p><p>excetuada a apreciação da legalidade do ato de</p><p>concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.</p><p>E) A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em</p><p>linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau,</p><p>inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da</p><p>mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção,</p><p>chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em</p><p>comissão ou de confiança ou, ainda, de função</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>5</p><p>gratificada na administração pública direta e indireta em</p><p>qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito</p><p>Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste</p><p>mediante designações recíprocas, viola a Constituição</p><p>Federal.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, vejamos a análise das assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – CORRETA – trata-se da Súmula 611</p><p>do STJ:</p><p>Súmula 611-STJ: Desde que devidamente motivada e</p><p>com amparo em investigação ou sindicância, é possível</p><p>a instauração de processo administrativo disciplinar com</p><p>base em denúncia anônima, em face do poder-dever de</p><p>autotutela imposto à Administração.</p><p>ALTERNATIVA B – INCORRETA – de acordo com a</p><p>Súmula 651 do STJ, é independe de prévia condenação:</p><p>Súmula 651-STJ: Compete à autoridade administrativa</p><p>aplicar a servidor público a pena de demissão em razão</p><p>da prática de improbidade administrativa,</p><p>independentemente de prévia condenação, por</p><p>autoridade judiciária, à perda da função pública.</p><p>ALTERNATIVA C – INCORRETA – de acordo com a</p><p>Súmula 615 do STJ, não pode ocorrer:</p><p>Súmula 615-STJ: Não pode ocorrer ou permanecer a</p><p>inscrição do município em cadastros restritivos fundada</p><p>em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão</p><p>sucessora, quando são tomadas as providências</p><p>cabíveis à reparação dos danos eventualmente</p><p>cometidos.</p><p>BIZU: Essa súmula decorre do princípio da</p><p>intranscendência subjetiva das sanções: impede que</p><p>sanções e restrições superem a dimensão estritamente</p><p>pessoal do infrator e atinjam pessoas que não tenham</p><p>sido as causadoras do ato ilícito.</p><p>ALTERNATIVA D – INCORRETA – de acordo com a</p><p>Súmula Vinculante nº 3, se asseguram:</p><p>Súmula Vinculante 03: Nos processos perante o Tribunal</p><p>de Contas da União asseguram-se o contraditório e a</p><p>ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação</p><p>ou revogação de ato administrativo que beneficie o</p><p>interessado, excetuada a apreciação da legalidade do</p><p>ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e</p><p>pensão.</p><p>ALTERNATIVA E – INCORRETA – de acordo com a</p><p>Súmula Vinculante 13, é até terceiro grau:</p><p>Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge,</p><p>companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por</p><p>afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade</p><p>nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica</p><p>investido em cargo de direção, chefia ou</p><p>assessoramento, para o exercício de cargo em comissão</p><p>ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na</p><p>administração pública direta e indireta em qualquer dos</p><p>poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios, compreendido o ajuste mediante</p><p>designações recíprocas, viola a Constituição Federal.</p><p>BIZU: A análise do nepotismo é objetiva, basta o</p><p>parentesco. Não precisa analisar intenção (elemento</p><p>subjetivo).</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra A.</p><p>12. De acordo com o Código de Ética dos servidores civis</p><p>do Espírito Santo, é dever do servidor público, exceto:</p><p>A) Agir com honestidade e integridade no trato dos</p><p>interesses do Estado.</p><p>B) Exercer, com zelo e dedicação, as atribuições do</p><p>cargo ou função.</p><p>C) Tratar com cortesia, urbanidade e atenção os demais</p><p>servidores públicos e os usuários do serviço público.</p><p>D) Ser assíduo e pontual no serviço.</p><p>E) Utilizar pessoal ou recursos materiais do Estado em</p><p>serviços ou atividades particulares.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata do Código de Ética dos</p><p>servidores do Espírito Santo. Vejamos a análise das</p><p>assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – INCORRETA – é um dever do</p><p>servidor, conforme o artigo 2º, I:</p><p>Art. 2º É dever do servidor público:</p><p>I – Agir com honestidade e integridade no trato dos</p><p>interesses do Estado.</p><p>ALTERNATIVA B – INCORRETA – é um dever do</p><p>servidor, conforme o artigo 2º, II:</p><p>Art. 2º É dever do servidor público:</p><p>II – Exercer, com zelo e dedicação, as atribuições do</p><p>cargo ou função.</p><p>ALTERNATIVA C – INCORRETA – é um dever do</p><p>servidor, conforme o artigo 2º, III:</p><p>Art. 2º É dever do servidor público:</p><p>III – Tratar com cortesia, urbanidade e atenção os demais</p><p>servidores públicos e os usuários do serviço público.</p><p>ALTERNATIVA D – INCORRETA – é um dever do</p><p>servidor, conforme o artigo 2º, IV:</p><p>Art. 2º É dever do servidor público:</p><p>IV – Ser assíduo e pontual no serviço.</p><p>ALTERNATIVA E – CORRETA – trata-se de uma</p><p>vedação ao servidor prevista no artigo 4º, II:</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>6</p><p>Art. 4º Ao servidor público é vedado:</p><p>II – Utilizar pessoal ou recursos materiais do Estado em</p><p>serviços ou atividades particulares.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra E.</p><p>13. De acordo com o Código de Ética dos servidores civis</p><p>do Espírito Santo, considera-se conflito de interesses</p><p>qualquer oportunidade de ganho que possa ser obtido</p><p>por meio, ou em consequência das atividades</p><p>desempenhadas pelo servidor em seu cargo, emprego ou</p><p>função, em benefício:</p><p>I. De terceiros com os quais o servidor mantenha relação</p><p>de sociedade.</p><p>II. Do próprio servidor.</p><p>III. De parente até o terceiro grau civil.</p><p>IV. De organização da qual o servidor seja sócio, diretor,</p><p>administrador preposto ou responsável técnico.</p><p>Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):</p><p>A) I e IV apenas.</p><p>B) II, apenas.</p><p>C) II e III, apenas.</p><p>D) I, II e IV, apenas.</p><p>E) I e III, apenas.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata do Código de Ética dos</p><p>servidores do Espírito Santo e, para respondê-la, é</p><p>necessário conhecimento do artigo 8º, §1º, e seus</p><p>incisos, vejamos:</p><p>§ 1º Considera-se conflito de interesses qualquer</p><p>oportunidade de ganho que possa ser obtido por meio,</p><p>ou em consequência das atividades desempenhadas</p><p>pelo servidor em seu cargo, emprego ou função, em</p><p>benefício:</p><p>I – Do próprio servidor;</p><p>II – De parente até o segundo grau civil;</p><p>III – De terceiros com os quais o servidor mantenha</p><p>relação de sociedade;</p><p>IV – De organização da qual o servidor seja sócio, diretor,</p><p>administrador preposto ou responsável técnico.</p><p>Vejamos a análise das assertivas.</p><p>ASSERTIVA I – CORRETA – trata-se da disposição do</p><p>inciso III.</p><p>ASSERTIVA II – CORRETA – trata-se da disposição do</p><p>inciso I.</p><p>ASSERTIVA III – INCORRETA – o grau de parentesco é</p><p>até segundo grau.</p><p>ASSERTIVA IV – CORRETA – trata-se da disposição do</p><p>inciso IV.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra D.</p><p>14. Assinale a alternativa correta de acordo com a Lei</p><p>Complementar nº 46/94 (Estatuto do Servidor do Espírito</p><p>Santo).</p><p>A) Os cargos públicos podem ser de provimento efetivo e</p><p>em comissão.</p><p>B) À pessoa portadora de deficiência é assegurado o</p><p>direito de se inscrever em concurso público para</p><p>provimento de cargo cujas atribuições sejam</p><p>incompatíveis com sua deficiência.</p><p>C) A investidura em cargo público se completará com a</p><p>posse.</p><p>D) É de trinta dias o prazo para o servidor público entrar</p><p>em exercício, contados da data da posse, quando esta</p><p>for exigida, ou da publicação do ato, nos demais casos.</p><p>E) Não poderá haver prorrogação da duração normal do</p><p>trabalho, por necessidade do serviço ou por motivo de</p><p>força maior.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata da LC nº 46/94. Vejamos a</p><p>análise das assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – CORRETA – trata-se da literalidade</p><p>do artigo 4º:</p><p>Art. 4º Os cargos públicos podem ser de provimento</p><p>efetivo e em comissão.</p><p>ALTERNATIVA B – INCORRETA – de acordo com o</p><p>artigo 7º, são compatíveis:</p><p>Art. 7º À pessoa portadora de deficiência é assegurado o</p><p>direito de se inscrever em concurso público para</p><p>provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis</p><p>com sua deficiência.</p><p>ALTERNATIVA C – INCORRETA – de acordo com o</p><p>artigo 10, ocorrerá com a posse, mas se completará com</p><p>o exercício:</p><p>Art. 10. A investidura em cargo público ocorrerá com a</p><p>posse, completando-se com o exercício.</p><p>ALTERNATIVA D – INCORRETA – de acordo com o</p><p>artigo 17, § 1º:</p><p>§ 1º. É de quinze dias o prazo para o servidor público</p><p>entrar em exercício, contados da data da posse, quando</p><p>esta for exigida, ou da publicação do ato, nos demais</p><p>casos.</p><p>ALTERNATIVA E – INCORRETA – de acordo com o</p><p>artigo 21, poderá:</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>7</p><p>Art. 21. Poderá haver prorrogação da duração normal do</p><p>trabalho, por necessidade do serviço ou por motivo de</p><p>força maior.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra A.</p><p>15. Julgue os itens abaixo de acordo com a Lei</p><p>Complementar nº 46/94 (Estatuto do Servidor do Espírito</p><p>Santo).</p><p>I. A frequência do servidor público será apurada através</p><p>de registros a serem definidos pela administração, pelos</p><p>quais se verificarão, diariamente, as entradas e saídas.</p><p>II. A comunicação das faltas será feita antecipadamente,</p><p>salvo motivo relevante devidamente comprovado.</p><p>III. O servidor público estadual já estável não ficará</p><p>sujeito ao estágio probatório, quando nomeado ou</p><p>ascendido para outro cargo.</p><p>Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):</p><p>A) I, apenas.</p><p>B) II, apenas.</p><p>C) III, apenas.</p><p>D) I e II, apenas.</p><p>E) II e III, apenas.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata da LC nº 46/94. Vejamos a</p><p>análise das assertivas.</p><p>ASSERTIVA I – CORRETA – trata-se da literalidade do</p><p>artigo 25:</p><p>Art. 25. A frequência do servidor público será apurada</p><p>através de registros a serem definidos pela</p><p>administração, pelos quais se verificarão, diariamente, as</p><p>entradas e saídas.</p><p>ASSERTIVA II – CORRETA – trata-se da literalidade do</p><p>artigo 32, § 2º:</p><p>§ 2º. A comunicação das faltas será feita</p><p>antecipadamente, salvo motivo relevante devidamente</p><p>comprovado.</p><p>ASSERTIVA III – INCORRETA – de acordo com o artigo</p><p>38, § único, ficará sim sujeito ao estágio probatório:</p><p>Parágrafo único. O servidor público estadual já estável</p><p>ficará sujeito ao estágio probatório, quando nomeado ou</p><p>ascendido para outro cargo, por período de seis meses,</p><p>durante o qual o cargo de origem não poderá ser provido.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra D.</p><p>Noções de Direito Processual Penal</p><p>16. Acerca dos sistemas processuais penais e a</p><p>legislação processual penal brasileira interpretada pelos</p><p>Tribunais Superiores, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) No sistema acusatório, a investigação, acusação e</p><p>julgamento são conduzidos pelo mesmo órgão judicial,</p><p>garantindo maior imparcialidade.</p><p>B) O sistema acusatório é caracterizado, como regra,</p><p>pelo sigilo dos atos processuais.</p><p>C) O código de Processo Penal adota, em regra, o</p><p>modelo acusatório, caracterizado pela separação das</p><p>funções de acusação, defesa e julgamento.</p><p>D) No sistema acusatório, a figura do juiz é central, sendo</p><p>responsável por conduzir a investigação, coletar</p><p>evidências e decidir o caso de forma imparcial.</p><p>E) O sistema acusatório é marcado pela ausência de</p><p>isonomia processual, pois a defesa sempre estará em</p><p>desigualdade na relação processual.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. Negativo, caveira, o sistema acusatório</p><p>caracteriza-se pela distinção absoluta entre as</p><p>funções de acusar (Ministério Público), defender</p><p>(Defensoria Pública ou Advogado particular) e julgar</p><p>(Juiz), que deverão ficar a cargo de pessoas distintas.</p><p>Chama-se “acusatório” porque, à luz desse sistema,</p><p>ninguém poderá ser chamado a juízo sem que haja uma</p><p>acusação, por meio da qual o fato imputado seja narrado</p><p>com todas as suas circunstâncias.</p><p>B) Errada. De acordo com Norberto Avena, a tramitação</p><p>da ação penal ocorrerá em estrita observância do modelo</p><p>(procedimento) consagrado em lei. Como regra, SERÃO</p><p>PÚBLICO OS ATOS PROCESSUAIS, assim, esses atos</p><p>só serão sigilosos em hipóteses expressamente previstas</p><p>em lei.</p><p>C) Correta. Isso mesmo, caveira, de acordo com o</p><p>Doutrinador Nestor Távora, o Sistema Acusatório</p><p>(adotado pelo Brasil): É o Sistema adotado pelo Brasil,</p><p>e tem como características fundamentais a separação</p><p>entre as funções de acusar, defender e julgar, conferidas</p><p>a personagens distintos. O Princípio do contraditório, da</p><p>ampla defesa e da publicidade regem todo o processo. O</p><p>órgão julgador é dotado de imparcialidade, o sistema de</p><p>apreciação das provas é o do livre convencimento</p><p>motivado.</p><p>D) Errada. A assertiva deu o conceito do sistema</p><p>inquisitivo. O sistema inquisitivo é típico dos sistemas</p><p>ditatoriais, contempla um processo judicial em que</p><p>podem estar reunidas na pessoa do juiz as funções de</p><p>acusar, defender e julgar. O acusado, praticamente,</p><p>não possui garantias no decorrer do processo criminal</p><p>(ampla defesa, contraditório, devido processo legal etc.),</p><p>o que dá margem a excessos processuais.</p><p>E) Errada. No sistema acusatório, predomina a</p><p>ISONOMIA PROCESSUAL, significando que acusação e</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>8</p><p>defesa devem estar em posição de equilíbrio no</p><p>processo, sendo-lhes asseguradas idênticas</p><p>oportunidades de intervenção e igual possibilidade de</p><p>acesso aos meios pelos quais poderão demonstrar a</p><p>verdade do que alegam.</p><p>17. Acerca das fontes e da aplicação da lei processual</p><p>penal, assinale a alternativa correta.</p><p>A) No curso de determinada ação penal, foi sancionada</p><p>lei que cria recurso exclusivo para defesa. Nessa</p><p>situação, a nova lei poderá atingir decisões proferidas</p><p>anteriormente na referida ação penal, em razão do</p><p>princípio da retroatividade da lei mais benéfica.</p><p>B) Segundo o Código de Processo Penal, a lei processual</p><p>penal jamais admitirá interpretação extensiva e aplicação</p><p>analógica.</p><p>C) Em casos de lei processual penal híbridas, não serão</p><p>aplicados os princípios que regem a lei penal, de</p><p>ultratividade e retroatividade da lei penal mais benigna.</p><p>D) A subscrição pelo Brasil de tratado ou convenção, ou</p><p>a sua participação em organização internacional</p><p>disciplinada por regras processuais próprias, afasta a</p><p>jurisdição criminal brasileira, fazendo com que</p><p>determinados crimes sejam apreciados por tribunais</p><p>estrangeiros.</p><p>E) Fontes materiais são as formas pelas quais o direito</p><p>se exterioriza. Elas se dividem em fontes materiais</p><p>imediatas ou diretas e fontes materiais mediatas ou</p><p>indiretas.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. Caveira, a lei processual penal, uma vez</p><p>inserida no mundo jurídico, tem aplicação imediata,</p><p>atingindo inclusive os processos que já estão em curso,</p><p>pouco importando se traz ou não situação gravosa ao</p><p>réu. Porém, os atos anteriores já praticados, em</p><p>decorrência do princípio do tempus regit actum,</p><p>continuam válidos. Dessa forma, o sistema processual</p><p>brasileiro adotou o isolamento dos atos processuais.</p><p>CPP: Art. 2º: A lei processual penal aplicar-se-á desde</p><p>logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a</p><p>vigência da lei anterior.</p><p>B) Errada. CPP: Art. 3ºA lei processual penal admitirá</p><p>interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como</p><p>o suplemento dos princípios gerais de direito. Caveira, é</p><p>importante saber que analogia, interpretação analógica e</p><p>interpretação extensiva têm conceitos diferentes. Veja</p><p>abaixo essas diferenças:</p><p>Interpretação extensiva: A lei disse menos do que</p><p>devia, ou seja, o juiz, no caso concreto, irá ampliar o</p><p>significado da norma. Um exemplo é o crime de roubo</p><p>majorado por emprego de arma branca, mas o que seria</p><p>arma branca? Vários objetos podem se enquadrar a esse</p><p>tipo penal: faca, tesoura, madeira, cadeira, pedra.</p><p>Analogia: Nesse caso ocorre uma lacuna, não existindo</p><p>norma regulamentadora para solucionar determinado</p><p>fato, aplica-se uma hipótese, não regulada por lei, à</p><p>legislação de um caso semelhante. OBS.: No direito</p><p>processual penal, a analogia é admitida tanto para</p><p>beneficiar o réu quanto para prejudicar. Já no direito</p><p>penal, a analogia só é possível em benefício do réu.</p><p>Interpretação analógica: Nesse caso não há lacuna,</p><p>existe uma lei para ser aplicada, porém o legislador</p><p>encerra o texto legal de forma genérica. Veja abaixo um</p><p>exemplo desse tipo de norma:</p><p>Art. 121. Matar alguém:</p><p>Homicídio qualificado</p><p>§ 2º Se o homicídio é cometido:</p><p>I - Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por</p><p>Outro motivo torpe.</p><p>C) Errada. Caveira, leis processuais híbridas ou mistas</p><p>são aquelas que apresentam duplicidade de conteúdo,</p><p>vale dizer, incorporam tanto um conteúdo processual</p><p>quanto um conteúdo material. Em regra, a lei processual</p><p>penal não irá retroagir, porém nos casos das normas</p><p>processuais híbridas ou mistas, serão aplicados os</p><p>princípios que regem a lei penal, de ultratividade e</p><p>retroatividade da lei penal mais benigna.</p><p>D) Correta. Caveira, segundo o Doutrinador Nestor</p><p>Távora, a aplicação da lei processual penal é informada</p><p>pelo princípio da territorialidade absoluta. Logo, tem</p><p>aplicação em todos os processos em trâmites no território</p><p>nacional. Excepcionalmente, a lei autoriza a incidência</p><p>de outros diplomas normativos.</p><p>Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território</p><p>brasileiro, por este Código, ressalvados:</p><p>I - Os tratados, as convenções e regras de direito</p><p>internacional.</p><p>É o que ocorre, por exemplo, com os diplomatas que,</p><p>encontrando-se a serviço de seu país de origem,</p><p>cometem delitos em território nacional; e com cônsules,</p><p>no caso de infrações relativas ao exercício de suas</p><p>funções no território de seu consulado. Ambas as</p><p>categorias são imunes à legislação brasileira, inclusive às</p><p>regras do Código de Processo Penal, decorrendo tais</p><p>imunidades da Convenção de Viena sobre relações</p><p>diplomáticas.</p><p>E) Errada. Fontes Formais é a forma pela qual o direito</p><p>se exterioriza. Elas se dividem em fontes formais</p><p>imediatas ou diretas e fontes formais mediatas ou</p><p>indiretas.</p><p>Fontes formais imediatas: Constituição Federal, Leis,</p><p>tratados e convenções internacionais.</p><p>Fonte Mediatas: princípios gerais do direito, analogia,</p><p>costumes, doutrina e jurisprudência.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>9</p><p>18. Acerca do inquérito policial, assinale a alternativa</p><p>incorreta.</p><p>A) Por inquérito policial compreende-se o conjunto de</p><p>diligências realizadas pela autoridade policial para</p><p>obtenção de elementos que apontem a autoria e</p><p>comprovem a materialidade das infrações investigadas.</p><p>B) Tratando-se de um procedimento inquisitorial,</p><p>destinado a angariar informações necessárias à</p><p>elucidação de crimes, não há garantia de ampla defesa</p><p>no seu curso.</p><p>C) O inquérito policial não é imprescindível ao</p><p>oferecimento da ação penal.</p><p>D) Nos crimes de ação pública o inquérito policial será</p><p>iniciado de ofício, ou mediante requisição da autoridade</p><p>judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do</p><p>ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.</p><p>E) Ao contrário do que corre em relação ao processo</p><p>criminal, que se rege pelo princípio do sigilo (salvo</p><p>exceções legais), o inquérito policial é regido pelo</p><p>princípio da publicidade.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Correta. Perfeito, caveira, de acordo com Nestor</p><p>Távora, o inquérito policial vem a ser o procedimento</p><p>administrativo, preliminar, presidido pelo delegado de</p><p>polícia, no intuito de identificar o autor do ilícito e os</p><p>elementos que atestem a sua materialidade (existência),</p><p>contribuindo para a formação da opinião delitiva do titular</p><p>da ação penal, ou seja, fornecendo elementos para</p><p>convencer o titular da ação penal se o processo deve ou</p><p>não ser deflagrado.</p><p>B) Correta. O inquérito é um procedimento inquisitivo,</p><p>voltado à obtenção de elementos que sirvam de suporte</p><p>ao oferecimento da denúncia ou da queixa-crime. Dessa</p><p>forma, não se exige, no âmbito do inquérito, o</p><p>contraditório a ampla defesa.</p><p>C) Correta. Não é imprescindível (não é indispensável).</p><p>O inquérito policial dirige-se exclusivamente a formação</p><p>do convencimento do órgão responsável pela acusação,</p><p>isto é, serve para fornecer elementos necessários para</p><p>que o titular da ação penal possa ingressar em juízo,</p><p>constituindo peça meramente informativa, não sendo</p><p>fase obrigatória da persecução penal. Nesse contexto,</p><p>pode ser DISPENSADO caso o Ministério Público já</p><p>disponha de elementos suficientes para a propositura da</p><p>ação penal.</p><p>D) Correta. Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito</p><p>policial será iniciado:</p><p>I - de ofício;</p><p>II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do</p><p>Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de</p><p>quem tiver qualidade para representá-lo.</p><p>E) Errada (Gabarito). É justamente ao contrário. Vamos</p><p>deixar a assertiva correta. Ao contrário do que ocorre no</p><p>processo criminal, que se rege pelo princípio da</p><p>publicidade (salvo exceções legais), no inquérito é</p><p>possível resguardar sigilo durante sua realização.</p><p>Evidentemente, esse sigilo não alcança o juiz, o</p><p>Ministério Público. O advogado das partes também tem</p><p>direito de examinar os elementos de provas já</p><p>documentados</p><p>no Inquérito Policial.</p><p>19. Após uma longa discussão, João agrediu fisicamente</p><p>José com um soco. O soco causou um pequeno arranhão</p><p>no rosto de José. Após José ser submetido ao exame de</p><p>corpo de delito, foi constatado, pela perícia, o crime de</p><p>lesão corporal leve. O Ministério Público, de ofício,</p><p>decidiu iniciar um processo penal. Com base nesse caso</p><p>hipotético, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O Ministério Público pode oferecer denúncia sem a</p><p>necessidade de representação do ofendido.</p><p>B) O Ministério Público deve aguardar a representação</p><p>do ofendido para oferecer denúncia.</p><p>C) O Ministério Público pode oferecer denúncia, mas o</p><p>Juiz deve aguardar a representação do ofendido antes de</p><p>prosseguir com o processo.</p><p>D) O Ministério Público não pode oferecer denúncia, pois</p><p>a ação penal depende exclusivamente da representação</p><p>do José, não podendo, em nenhuma hipótese ser</p><p>oferecida por outras pessoas.</p><p>E) O Ministério Público deve oferecer denúncia, mas</p><p>apenas se o Juiz autorizar, independentemente da</p><p>representação do ofendido.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. Caveira, para responder essa questão é</p><p>necessário saber que o crime de lesão corporal leve,</p><p>praticado por João, é de ação penal pública condicionada</p><p>à representação. Assim, a atuação do Ministério Público</p><p>dependia da representação de José. A ação penal</p><p>pública é um gênero que se divide em:</p><p>• incondicionada - quando a atuação do Ministério</p><p>Público não depende de nenhuma condição, o MP atua</p><p>de ofício. Ex. crimes de Feminicídio.</p><p>• condicionada à representação do ofendido- nos</p><p>casos em que a atuação do Ministério Público é</p><p>dependente de uma condição normativa. Ex. Art. 147</p><p>- Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou</p><p>qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto</p><p>e grave: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.</p><p>Parágrafo único - Somente se procede mediante</p><p>representação.</p><p>B) Correta. Isso mesmo, por ser um crime que se</p><p>processo mediante ação penal pública condicionada à</p><p>representação, o MP deve aguardar a representação do</p><p>ofendido para oferecer a denúncia.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>10</p><p>Lesão corporal de natureza grave e gravíssima: Ação</p><p>penal pública incondicionada.</p><p>Lesão corporal leve ou culposa: Ação penal pública</p><p>condicionada à representação.</p><p>Atenção: se a lesão ocorrer no âmbito familiar e a vítima</p><p>for mulher, independente da gravidade da lesão, a</p><p>ação será pública incondicionada.</p><p>C) Errada. Negativo, caveira, sem a representação do</p><p>ofendido, o MP não pode oferecer a denúncia.</p><p>Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida</p><p>por denúncia do Ministério Público, mas dependerá,</p><p>quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça,</p><p>ou de representação do ofendido ou de quem tiver</p><p>qualidade para representá-lo.</p><p>D) Errada. Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será</p><p>promovida por denúncia do Ministério Público, mas</p><p>dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do</p><p>Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou</p><p>de quem tiver qualidade para representá-lo.</p><p>§ 1°. No caso de morte do ofendido ou quando</p><p>declarado ausente por decisão judicial, o direito de</p><p>representação passará ao cônjuge, ascendente,</p><p>descendente ou irmão.</p><p>Vamos analisar a diferença entre ação penal</p><p>personalíssima, e ação penal exclusiva:</p><p>Na ação penal privada exclusiva ou propriamente dita,</p><p>caso ocorra a morte da vítima, o direito de ação passa</p><p>para o descendente, ascendente, cônjuge ou irmão</p><p>(CADI). Já na ação privada personalíssima, caso</p><p>ocorra a morte da vítima, ninguém poderá ingressar</p><p>com a ação penal.</p><p>E) Errada. Como já vimos, o Ministério Público não pode</p><p>oferecer denúncia sem a representação do ofendido.</p><p>20. Com base no entendimento da jurisprudência dos</p><p>Tribunais Superiores, assinale a alternativa correta sobre</p><p>as provas no direito processual penal.</p><p>A) A alegação de que houve prévia confissão informal do</p><p>réu – desacompanhada de qualquer registro em vídeo,</p><p>áudio ou por escrito – justifica a busca domiciliar</p><p>desprovida de mandado judicial.</p><p>B) O simples fato de o cão farejador ter sinalizado que</p><p>haveria drogas na residência é suficiente para se</p><p>autorizar o ingresso na casa do suspeito.</p><p>C) São admissíveis as provas digitais sem registro</p><p>documental acerca dos procedimentos adotados pela</p><p>polícia para a preservação da integridade, autenticidade</p><p>e confiabilidade dos elementos informáticos.</p><p>D) O exame de corpo de delito poderá, em determinadas</p><p>situações, ser dispensado para a configuração de lesão</p><p>corporal ocorrida em âmbito doméstico, na hipótese de</p><p>subsistirem outras provas idôneas da materialidade do</p><p>crime.</p><p>E) O simples fato de os policiais terem considerado a</p><p>atitude do morador suspeita justifica o ingresso forçado</p><p>no domicílio.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. A alegação de que houve prévia confissão</p><p>informal do réu – desacompanhada de qualquer registro</p><p>em vídeo, áudio ou por escrito – não justifica a busca</p><p>domiciliar desprovida de mandado judicial. (AgRg no</p><p>AREsp n. 2.223.319/MS, relator Ministro Messod Azulay</p><p>Neto, Quinta Turma, julgado em 9/5/2023, DJe de</p><p>12/5/2023.)</p><p>B) Errada. Na hipótese, a mera sinalização do cão de</p><p>faro, seguida da abordagem de um suposto usuário – que</p><p>não foi ouvido em juízo – saindo do local,</p><p>desacompanhada de qualquer outra diligência</p><p>investigativa ou outro elemento concreto indicando a</p><p>necessidade de imediata ação policial naquele momento,</p><p>não justifica, por si só, a dispensa do mandado judicial</p><p>para o ingresso em domicílio. (AgRg no HC n.</p><p>729.836/MS, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma,</p><p>julgado em 27/4/2023, DJe de 2/5/2023.)</p><p>C) Errada. São inadmissíveis as provas digitais sem</p><p>registro documental acerca dos procedimentos adotados</p><p>pela polícia para a preservação da integridade,</p><p>autenticidade e confiabilidade dos elementos</p><p>informáticos (Informativo STJ: 763).</p><p>D) Correta. O exame de corpo de delito poderá, em</p><p>determinadas situações, ser dispensado para a</p><p>configuração de lesão corporal ocorrida em âmbito</p><p>doméstico, na hipótese de subsistirem outras provas</p><p>idôneas da materialidade do crime acostadas aos autos.</p><p>Precedentes. Todavia, especificamente no caso em</p><p>análise, o exame de corpo de delito deixou de ser</p><p>realizado e os elementos de prova restantes - fotografia</p><p>não periciada, depoimento da vítima e relato de</p><p>informante que não presenciou os fatos - se mostraram</p><p>insuficientes para a manutenção do édito condenatório.</p><p>Súmula 83 afastada. A absolvição é medida que se impõe</p><p>diante da falta de prova técnica exigida por lei, e cuja</p><p>ausência não foi adequadamente suprida, nem</p><p>devidamente justificada. Agravo regimental provido</p><p>(AgRg no AREsp n. 2.078.054/DF, relator Ministro</p><p>Messod Azulay Neto, Quinta Turma, julgado em</p><p>23/5/2023, DJe de 30/5/2023.)</p><p>E) Errada. O simples fato de os policiais terem</p><p>considerado a atitude do morador suspeita não justifica o</p><p>ingresso forçado no domicílio. (AgRg no HC n.</p><p>708.400/RS, relator Ministro Antonio Saldanha Palheiro,</p><p>Sexta Turma, julgado em 12/12/2022, DJe de</p><p>15/12/2022.)</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>11</p><p>21. Considerando as regras expressas no Código de</p><p>Processo Penal atinente à prova e ao corpo de delito,</p><p>assinale a afirmativa correta.</p><p>A) O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da</p><p>prova produzida em contraditório judicial, podendo,</p><p>excepcionalmente, desde que justificado nos autos,</p><p>fundamentar sua decisão exclusivamente</p><p>nos elementos</p><p>informativos colhidos na investigação.</p><p>B) O início da cadeia de custódia dá-se com o</p><p>reconhecimento do local de crime ou com procedimentos</p><p>policiais ou periciais nos quais seja detectada a</p><p>existência de vestígio.</p><p>C) O exame de corpo de delito e outras perícias serão</p><p>realizados por perito oficial, portador de diploma de curso</p><p>superior, ou, na falta de perito oficial, o exame será</p><p>realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de</p><p>diploma de curso superior preferencialmente na área</p><p>específica, dentre as que tiverem habilitação técnica</p><p>relacionada com a natureza do exame.</p><p>D) Em qualquer hipótese, o juiz ou a autoridade policial</p><p>poderá negar a perícia requerida pelas partes, quando</p><p>não for necessária ao esclarecimento da verdade.</p><p>E) A autópsia será feita pelo menos oito horas depois do</p><p>óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de</p><p>morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo,</p><p>o que declararão no auto.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. Art. 155. O juiz formará sua convicção pela</p><p>livre apreciação da prova produzida em contraditório</p><p>judicial, não podendo fundamentar sua decisão</p><p>exclusivamente nos elementos informativos colhidos na</p><p>investigação, ressalvadas as provas cautelares, não</p><p>repetíveis e antecipadas.</p><p>Caveira, vamos fazer uma breve revisão sobre o que são</p><p>provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.</p><p>De acordo com Norberto Avena, provas cautelares são</p><p>aquelas produzidas, como o próprio nome sugere, de</p><p>modo acautelatório, evitando-se o perecimento, quando</p><p>há urgência (periculum) incompatível com a normal</p><p>espera da sua produção no momento oportuno (instrução</p><p>criminal). Há um risco de não se conseguir produzir a</p><p>prova em razão do decurso do tempo. Devido ao risco de</p><p>desaparecimento, autoriza-se o contraditório diferido,</p><p>postergado ou adiado. Ex.: busca e apreensão. Prova</p><p>cautelares depende de autorização judicial.</p><p>Provas antecipadas são aquelas produzidas antes do</p><p>momento oportuno fixado pela lei. Normalmente, as</p><p>provas devem ser produzidas após a citação e</p><p>completude da relação processual, em fase de instrução,</p><p>depois da fase postulatória. Ou seja, é cabível antes da</p><p>propositura da ação principal, quando, em razão da</p><p>demora em se chegar à fase probatória, houver fundado</p><p>receio de que venham a tornar-se impossível ou muito</p><p>difícil a verificação de determinados fatos no curso da</p><p>ação. Provas antecipadas dependem de autorização</p><p>judicial.</p><p>Provas não repetíveis: ante o perigo de que haja</p><p>dispersão dos elementos probatórios em relação aos</p><p>fatos transeuntes, sua produção independe de prévia</p><p>autorização judicial, podendo ser determinada pela</p><p>própria autoridade policial imediatamente após tomar</p><p>conhecimento da prática delituosa (Lima, 2018). Provas</p><p>não repetíveis não dependem de autorização judicial.</p><p>B) Errada. Art.158. § 1º O início da cadeia de custódia dá-</p><p>se com a preservação do local de crime ou com</p><p>procedimentos policiais ou periciais nos quais seja</p><p>detectada a existência de vestígio.</p><p>C) Correta. Art. 159. O exame de corpo de delito e outras</p><p>perícias serão realizados por perito oficial, portador de</p><p>diploma de curso superior.</p><p>§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado</p><p>por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma</p><p>de curso superior preferencialmente na área específica,</p><p>dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada</p><p>com a natureza do exame.</p><p>D) Errada. Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo</p><p>de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia</p><p>requerida pelas partes, quando não for necessária ao</p><p>esclarecimento da verdade.</p><p>E) Errada. Art. 162. A autópsia será feita pelo menos</p><p>SEIS HORAS depois do óbito, salvo se os peritos, pela</p><p>evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser</p><p>feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.</p><p>Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o</p><p>simples exame externo do cadáver, quando não houver</p><p>infração penal que apurar, ou quando as lesões externas</p><p>permitirem precisar a causa da morte e não houver</p><p>necessidade de exame interno para a verificação de</p><p>alguma circunstância relevante.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>12</p><p>22. Acerca das medidas cautelares, da prisão e da</p><p>liberdade provisória, julgue os itens a seguir, com base</p><p>no Código de Processo Penal e no entendimento dos</p><p>Tribunais Superiores.</p><p>I. Admite-se a prisão em flagrante quando, logo após o</p><p>fato delituoso, o ofendido, avistando o autor da infração,</p><p>persegue-o sem interrupção, embora, depois, o perca de</p><p>vista.</p><p>II. Inquéritos policiais e processos penais em andamento</p><p>podem servir como fundamento para a prisão preventiva.</p><p>III. De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal</p><p>Federal, a falta de revisão no prazo de 90 dias não</p><p>justifica a revogação automática da prisão preventiva.</p><p>IV. A prisão preventiva pode ser decretada durante o</p><p>inquérito policial, mas nunca de ofício.</p><p>Assinale a opção correta:</p><p>A) Apenas os itens l e ll estão certos</p><p>B) Apenas os itens l e IV estão certos.</p><p>C) Apenas os itens II e lll estão certos.</p><p>D) Apenas os itens III e IV estão certos.</p><p>E) Todos os itens estão certos.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Item I (Certo). Primeiramente é importante salientar que</p><p>qualquer do povo PODERÁ e as autoridades policiais e</p><p>seus agentes DEVERÃO prender quem quer que seja</p><p>encontrado em flagrante delito. A assertiva deu um</p><p>exemplo de flagrante impróprio, que ocorre quando o</p><p>autor da infração é perseguido, logo após, pela</p><p>autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em</p><p>situação que faça presumir ser autor da infração. Não se</p><p>exige que a perseguição esteja ocorrendo com a</p><p>percepção visual do agente, pois não é este o sentido da</p><p>lei. Assim, como perseguição ininterrupta entende-se as</p><p>constantes diligências, sem intervalos longos, realizadas</p><p>com o intuito de localização e prisão do criminoso.</p><p>Item II (Certo). Caveira, de acordo com o entendimento</p><p>do STF, inquéritos policiais e processos em andamento,</p><p>embora não tenham o condão de exasperar a pena-base</p><p>no momento da dosimetria da pena, são elementos</p><p>aptos a demonstrar eventual reiteração delitiva,</p><p>fundamento suficiente para a decretação da prisão</p><p>preventiva.</p><p>Item III (Certo). Atenção, caveira, esse assunto é muito</p><p>importante e sempre é cobrado em provas. Art. 316:</p><p>Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá</p><p>o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua</p><p>manutenção a cada 90 DIAS, mediante decisão</p><p>fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão</p><p>ilegal.</p><p>STF: A falta de revisão no prazo de 90 dias não</p><p>justifica a revogação automática da prisão</p><p>preventiva.</p><p>Item IV (Certo). Caveira, a prisão preventiva pode ocorrer</p><p>na fase de inquérito e na fase do processo penal. O</p><p>que não pode ocorrer mais é o juiz decretar a prisão</p><p>preventiva de ofício, ele precisa ser sempre provocado.</p><p>Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou</p><p>do processo penal, caberá a prisão preventiva</p><p>decretada pelo juiz, a requerimento do ministério público,</p><p>do querelante ou do assistente, ou por representação da</p><p>autoridade policial.</p><p>23. No que se refere aos prazos processuais e</p><p>procedimentais, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Será computado no prazo o dia do começo, excluindo-</p><p>se, porém, o do vencimento.</p><p>B) No processo penal, os prazos são contados, em regra,</p><p>da data da intimação, e não da juntada aos autos do</p><p>mandado.</p><p>C) Os prazos correrão, normalmente, mesmo se houver</p><p>impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial</p><p>oposto pela parte contrária.</p><p>D) Mesmo declarando motivo justo, não poderá o juiz</p><p>exceder por igual tempo os prazos a ele fixados no</p><p>Código de Processo Penal.</p><p>E) Todos os prazos correrão em cartório e serão</p><p>contínuos e peremptórios, interrompendo-se, todavia, por</p><p>férias, domingo ou dia feriado.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. Art. 798. Todos os prazos correrão em</p><p>cartório e serão contínuos e peremptórios, não se</p><p>interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.</p><p>§ 1º Não se computará no prazo o dia do começo,</p><p>incluindo-se, porém, o do vencimento.</p><p>Caveira, caso uma pessoa seja citada para apresentar</p><p>resposta à acusação em 15.09.2023, uma terça-feira, seu</p><p>prazo começará a correr no dia 16.09.2023, no dia</p><p>seguinte ao da realização do ato (excluiu-se o dia do</p><p>começo).</p><p>B) Correta. Súmula 710. No processo penal, contam-se</p><p>os prazos da data da intimação, e não da juntada aos</p><p>autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.</p><p>Caso uma pessoa seja intimada no dia 15/09/2023, uma</p><p>segunda-feira, mas o mandado só tenha sido juntado aos</p><p>autos no dia 18/09/2023, uma quinta-feira, o prazo</p><p>recursal começará a correr no dia útil seguinte ao dia</p><p>15/09/2023, ou seja, 16/09/1023.</p><p>C) Errada. Art. 798. § 4º Não correrão os prazos, se</p><p>houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo</p><p>judicial oposto pela parte contrária.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>13</p><p>D) Errada. Art. 800. §3° Em qualquer instância,</p><p>declarando motivo justo, poderá o juiz exceder por</p><p>igual tempo os prazos a ele fixados neste Código.</p><p>E) Errada. Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório</p><p>e serão contínuos e peremptórios, não se</p><p>interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.</p><p>24. Acerca da Lei n° 7.960/89 (Prisão temporária),</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) Em regra, o prazo para a prisão temporária é de cinco</p><p>dias, prorrogáveis por mais cinco dias, quando</p><p>necessário. No entanto, em caso de crimes considerados</p><p>hediondos, o prazo da prisão temporária é de quinze dias,</p><p>prorrogáveis por mais quinze dias.</p><p>B) A prisão temporária pode ser decretada para qualquer</p><p>tipo de crime, independentemente da gravidade ou das</p><p>circunstâncias envolvidas.</p><p>C) A prisão temporária tem um prazo de duração de até</p><p>30 dias, prorrogável por mais 30 dias em caso de extrema</p><p>necessidade.</p><p>D) Decorrido o prazo do mandado de prisão temporária</p><p>sem renovação, a autoridade responsável pela custódia</p><p>deverá, independentemente de alvará de soltura, colocar</p><p>imediatamente o preso em liberdade.</p><p>E) A prisão temporária será decretada de ofício pelo juiz</p><p>sempre que ele identificar a necessidade de salvaguardar</p><p>o perigo na reiteração da conduta criminosa.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. Em regra, o prazo para a prisão temporária é</p><p>de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco dias,</p><p>quando necessário. No entanto, em caso de crimes</p><p>considerados hediondos, o prazo da prisão temporária é</p><p>de trinta dias, prorrogáveis por mais trinta dias.</p><p>LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989.</p><p>Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em</p><p>face da representação da autoridade policial ou de</p><p>requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5</p><p>(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de</p><p>extrema e comprovada necessidade.</p><p>LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990.</p><p>Art.2º. § 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei</p><p>no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes</p><p>previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias,</p><p>prorrogável por igual período em caso de extrema e</p><p>comprovada necessidade.</p><p>B) Errada. Caveira, a prisão temporária possui um rol</p><p>taxativo, os crimes que admitem a decretação da prisão</p><p>temporária estão previstos no art. 1º, da Lei nº 7.960/89.</p><p>Art. 1° Caberá prisão temporária:</p><p>I - quando imprescindível para as investigações do</p><p>inquérito policial;</p><p>II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não</p><p>fornecer elementos necessários ao esclarecimento de</p><p>sua identidade;</p><p>III - quando houver fundadas razões, de acordo com</p><p>qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria</p><p>ou participação do indiciado nos seguintes crimes:</p><p>a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);</p><p>b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus</p><p>§§ 1° e 2°);</p><p>c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);</p><p>d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);</p><p>e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus</p><p>§§ 1°, 2° e 3°);</p><p>f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art.</p><p>223, caput, e parágrafo único);</p><p>g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua</p><p>combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);</p><p>h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art.</p><p>223 caput, e parágrafo único);</p><p>i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);</p><p>j) envenenamento de água potável ou substância</p><p>alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270,</p><p>caput, combinado com art. 285);</p><p>l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;</p><p>m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de</p><p>outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;</p><p>n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de</p><p>outubro de 1976);</p><p>o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16</p><p>de junho de 1986).</p><p>p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.</p><p>C) Errada. O prazo será de 30 dias prorrogáveis por mais</p><p>30, quando se tratar de crimes hediondos, e não em</p><p>casos de extrema necessidade.</p><p>D) Correta. § 7º Decorrido o prazo contido no mandado</p><p>de prisão, a autoridade responsável pela custódia</p><p>deverá, independentemente de nova ordem da</p><p>autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em</p><p>liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da</p><p>prorrogação da prisão temporária ou da decretação da</p><p>prisão preventiva.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>14</p><p>E) Errada. Negativo, caveira, o juiz não pode decretar a</p><p>prisão temporária de ofício. A prisão temporária é uma</p><p>medida cautelar que exige a devida fundamentação e um</p><p>pedido específico por parte da autoridade policial ou do</p><p>Ministério Público. Isso significa que a prisão temporária</p><p>só pode ser decretada se houver um requerimento formal</p><p>das autoridades responsáveis pela investigação,</p><p>indicando os motivos que justificam a medida. O juiz, ao</p><p>receber esse pedido, avaliará se os requisitos legais para</p><p>a prisão temporária estão presentes e, se for o caso,</p><p>poderá decretá-la.</p><p>25. Acerca da Lei nº 9.296 de 1996 (Interceptação</p><p>telefônica), assinale a alternativa correta.</p><p>A) A prova obtida por meio de interceptação telefônica</p><p>não pode ser usada em outros processos.</p><p>B) Segundo a jurisprudência do STF, são ilícitas as</p><p>sucessivas renovações de interceptação telefônica,</p><p>mesmo que verificados os requisitos legais e</p><p>demonstradas a necessidade da medida diante de</p><p>elementos concretos e a complexidade da investigação,</p><p>a decisão judicial inicial e as prorrogações sejam</p><p>devidamente motivadas, com justificativa legítima, ainda</p><p>que sucinta, a embasar a continuidade das</p><p>investigações.</p><p>C) Por se tratar de medida que exige cuidadoso controle,</p><p>não se admite o pedido de interceptação feito de forma</p><p>verbal.</p><p>D) A interceptação telefônica não possui cláusula de</p><p>reserva de jurisdição, podendo, excepcionalmente, ser</p><p>autorizada pelo Ministério Público.</p><p>E) Entre os requisitos que devem ser observados para a</p><p>autorização da interceptação telefônica estão a</p><p>necessidade de indícios razoáveis da autoria ou</p><p>participação em infração penal, a prova não puder ser</p><p>feita por outros meios disponíveis e o fato investigado</p><p>constituir infração penal</p><p>punida com pena de reclusão.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. Caveira, com base na jurisprudência do</p><p>Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal</p><p>de Justiça (STJ), a prova obtida por meio de</p><p>interceptação telefônica pode ser utilizada em outros</p><p>processos, não se limitando ao caso original em que foi</p><p>autorizada. Isso significa que, quando a interceptação</p><p>telefônica gera evidências relevantes para outras</p><p>investigações ou processos, essas provas podem ser</p><p>compartilhadas e usadas em diferentes contextos</p><p>jurídicos. Esse conceito é conhecido como "prova</p><p>emprestada" e tem sido aceito inclusive em processos</p><p>administrativos disciplinares, demonstrando a amplitude</p><p>da sua aplicação no sistema jurídico brasileiro.</p><p>B) Errada. “São lícitas as sucessivas renovações de</p><p>interceptação telefônica desde que, verificados os</p><p>requisitos do artigo 2º da Lei 9.296/1996 e demonstrada</p><p>a necessidade da medida diante de elementos concretos</p><p>e a complexidade da investigação, a decisão judicial</p><p>inicial e as prorrogações sejam devidamente motivadas,</p><p>com justificativa legítima, ainda que sucinta, a embasar a</p><p>continuidade das investigações”. (RE) 625263, com</p><p>repercussão geral (Tema 661).</p><p>C) Errada. Art. 4° O pedido de interceptação de</p><p>comunicação telefônica conterá a demonstração de que</p><p>a sua realização é necessária à apuração de infração</p><p>penal, com indicação dos meios a serem empregados.</p><p>§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o</p><p>pedido seja formulado verbalmente, desde que estejam</p><p>presentes os pressupostos que autorizem a</p><p>interceptação, caso em que a concessão será</p><p>condicionada à sua redução a termo.</p><p>D) Errada. Caveira, a interceptação telefônica possui</p><p>cláusula de reserva de jurisdição, ou seja, somente o</p><p>Poder Judiciário pode autorizar a interceptação de</p><p>comunicações telefônicas (nem o MP, nem o Delegado,</p><p>nem CPI´S podem autorizar), apenas o JUIZ competente,</p><p>e de forma fundamentada.</p><p>E) Correta. Caveira, a interceptação telefônica é uma</p><p>medida invasiva e excepcional que deve ser utilizada</p><p>apenas quando não existirem outros meios de prova</p><p>disponíveis ou quando os demais meios forem</p><p>insuficientes para a investigação do crime. Portanto,</p><p>trata-se de uma lei subsidiária, pois só será utilizada se</p><p>não houver outro meio de prova disponível.</p><p>Art. 2° Não será admitida a interceptação de</p><p>comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das</p><p>seguintes hipóteses:</p><p>I - não houver indícios razoáveis da autoria ou</p><p>participação em infração penal;</p><p>II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;</p><p>III - o fato investigado constituir infração penal punida, no</p><p>máximo, com pena de detenção.</p><p>26. Com base na lei de juizados Especiais Criminais (Lei</p><p>n° 9.099/1995), que tratam dos crimes de menor</p><p>potencial ofensivo, assinale a alternativa correta:</p><p>A) Consideram-se infrações penais de menor potencial</p><p>ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções</p><p>penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não</p><p>superior a 3 (três) anos, cumulada ou não com multa.</p><p>B) Nos Juizados Especiais Criminais, não é possível a</p><p>realização de transação penal ou composição dos danos</p><p>civis, somente a imposição de penas privativas de</p><p>liberdade.</p><p>C) Os atos processuais serão privados e poderão</p><p>realizar-se em horário noturno apenas em dias úteis,</p><p>conforme dispuserem as normas de organização</p><p>judiciária.</p><p>D) A aplicação de pena restritiva de direitos ou multa em</p><p>proposta de transação penal importa reincidência pelo</p><p>prazo de cinco anos.</p><p>E) Consoante entendimento do STJ, a existência de</p><p>inquérito policial em curso não basta para impedir a</p><p>proposição de suspensão condicional do processo.</p><p>1119992.12/07/2024</p><p>815.378.917-15.141582</p><p>https://caveira.com/</p><p>PROJETO CAVEIRA 3º Mini – PPES 2023 – Pós-Edital</p><p>15</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. Art. 61. Consideram-se infrações penais de</p><p>menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as</p><p>contravenções penais e os crimes a que a lei comine</p><p>pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou</p><p>não com multa.</p><p>B) Errada. Caveira, a transação penal, no âmbito dos</p><p>Juizados Criminais, é um instituto que permite a</p><p>suspensão condicional do processo mediante o</p><p>cumprimento de determinadas condições estabelecidas</p><p>pela lei. Ela é aplicável a crimes de menor potencial</p><p>ofensivo, ou seja, aqueles com pena máxima não</p><p>superior a dois anos de prisão. Veja abaixo o passo a</p><p>passo:</p><p>1- O Ministério Público propõe ao acusado as condições</p><p>para encerrar o processo.</p><p>2- O acusado, com assistência de advogado, aceita ou</p><p>recusa a proposta.</p><p>3- Se aceitar, o acusado cumpre as condições, como</p><p>pagamento de multa ou serviços à comunidade.</p><p>4- Após o cumprimento, o processo é arquivado, sem</p><p>condenação.</p><p>5- Se o acusado não cumprir as condições, o processo</p><p>criminal segue seu curso normal.</p><p>Art. 72. Na audiência preliminar, presente o</p><p>representante do Ministério Público, o autor do fato e a</p><p>vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados</p><p>por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a</p><p>possibilidade da composição dos danos e da aceitação</p><p>da proposta de aplicação imediata de pena não privativa</p><p>de liberdade.</p><p>C) Errada. Art. 64. Os atos processuais serão públicos e</p><p>poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia</p><p>da semana, conforme dispuserem as normas de</p><p>organização judiciária.</p><p>D) Errada. Art.76. § 4º Acolhendo a proposta do</p><p>Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz</p><p>aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não</p><p>importará em reincidência, sendo registrada apenas</p><p>para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de</p><p>cinco anos.</p><p>E) Correta. Esse é um entendimento muito importante; o</p><p>Superior Tribunal de Justiça entende que a existência de</p><p>inquérito policial em curso não basta para impedir a</p><p>proposição de suspensão condicional do processo.</p><p>27. Com base na Lei n.º 12.850/2013, que trata do crime</p><p>organizado, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O policial não será punido por ter cometido condutas</p><p>criminosas e eventuais excessos durante sua infiltração,</p><p>por haver expressa previsão legal de que não há crime</p><p>nessa situação.</p><p>B) A ação controlada será previamente comunicada, com</p><p>distribuição sigilosa, ao juiz competente, que</p><p>estabelecerá os limites e comunicará ao Ministério</p><p>Público.</p><p>C) Entre os requisitos que definem uma organização</p><p>criminosa, incluem-se a associação de três ou mais</p><p>pessoas e o objetivo de obter vantagem pela prática de</p><p>crimes com pena máxima superior a quatro anos ou de</p><p>caráter transnacional.</p><p>D) A ação controlada, na investigação da organização</p><p>criminosa, depende de prévia autorização judicial.</p><p>E) A perda do cargo público não constitui efeito</p><p>automático extrapenal da condenação transitada em</p><p>julgado por crime de organização criminosa praticado por</p><p>servidor público.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A) Errada. Um agente infiltrado, que trabalha disfarçado</p><p>em organizações criminosas para coletar informações,</p><p>deve agir de forma sensata e proporcional em suas</p><p>ações. No entanto, em circunstâncias excepcionais,</p><p>quando não existem outras alternativas viáveis para obter</p><p>informações cruciais, esse agente pode ser autorizado a</p><p>cometer atos que, sob condições normais, seriam</p><p>considerados crimes. Essa autorização é concedida para</p><p>permitir que o agente continue sua investigação e</p><p>obtenha provas necessárias, mas é estritamente</p><p>controlada e supervisionada pelas autoridades</p><p>competentes. Todavia, caso ele cometa excessos,</p><p>responderá por eles.</p><p>Art. 10-C. Não comete crime o policial que oculta a sua</p><p>identidade para, por meio da internet, colher indícios de</p><p>autoria e materialidade dos crimes previstos no art. 1º</p><p>desta Lei.</p><p>Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de</p>

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