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<p>FACULDADE DA CIDADE DE MACEIÓ - FACIMA</p><p>FACULDADE DE DIREITO</p><p>Ana Célia</p><p>Ivaci Oliveira</p><p>Micael Ferreira</p><p>Ronaldo José</p><p>Viviane dos Anjos</p><p>Guerra: como garantir os direitos humanos nessa situação?</p><p>MACEIÓ, ALAGOAS.</p><p>2024</p><p>FACULDADE DA CIDADE DE MACEIÓ - FACIMA</p><p>Ana Célia</p><p>Ivaci Oliveira</p><p>Micael Ferreira</p><p>Ronaldo José</p><p>Viviane dos Anjos</p><p>Guerra: como garantir os direitos humanos nessa situação?</p><p>Trabalho apresentado a Faculdade da Cidade Maceió - FACIMA</p><p>Orientador: Profª (NOME DO PROFESSOR)</p><p>MACEIÓ, 2024</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>2. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)</p><p>3. SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939- 1945)</p><p>4. GUERRA FRIA E OS DIREITOS HUMANOS</p><p>5. DIREITOS INTERNACIONAIS E DIREITOS HUMANOS</p><p>6. GUERRA AO TERROR</p><p>7. GUERRA NA UCRÂNIA</p><p>8. GUERRA ISRAEL X HAMAS</p><p>9. TRIBUNAL DE HAIA</p><p>10. TRIBUNAL DE NUREMBERG</p><p>11. CONCLUSÃO</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Direitos humanos São os direitos que todos os indivíduos possuem pelo simples fato de serem humanos. Os Direitos Humanos são baseados no respeito à individualidade e à liberdade, independente da condição social e financeira, da cor, do gênero, da etnia ou da religião da pessoa.</p><p>Há quem considere que a noção de direitos do homem e a ideia de respeito à vontade geral estejam presentes desde a Antiguidade, mas foi na Revolução Francesa que ambas foram postas em prática. Os Direitos Humanos servem para garantir que toda pessoa humana tenha sua vida e suas escolhas respeitadas. Igualmente, asseguram um tratamento igualitário para todos os seres humanos.</p><p>Estes princípios de igualdade foram expressos em 30 artigos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Declaração foi lançada em 10 de dezembro de 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os Direitos Humanos são o reconhecimento que toda pessoa é livre para fazer suas escolhas. Desta forma, garantem que um ser humano possa eleger sua religião, ideologia, local de residência, sem a interferência de um poder maior ou da sociedade.</p><p>O reconhecimento universal da igualdade e da liberdade, contudo, nem sempre foi entendido assim. Nas sociedades escravistas, as pessoas escravizadas eram vistas como mercadoria e inferiores àqueles que eram livres. Mesmo hoje, não são todas as nações que garantem a igualdade de direitos aos cidadãos.</p><p>2. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)</p><p>A Primeira Guerra Mundial foi o conflito ocorrido entre 1914 e 1918 e que deixou aproximadamente 20 milhões de mortos, entre militares e civis, principalmente no continente europeu.</p><p>O imperialismo, a política de alianças, a corrida armamentista, o revanchismo francês e o nacionalismo exacerbado são apontados como as principais causas da Primeira Guerra Mundial. O atentado de Sarajevo, em que o herdeiro da Áustria-Hungria foi assassinado por um militante sérvio, é considerado o estopim da guerra.</p><p>De um lado do conflito lutaram as Potências Centrais, da qual faziam parte o Império Alemão, a Áustria-Hungria, o Império Turco-Otomano e a Bulgária; do outro lutaram os países da Entente, formada por França, Inglaterra, Rússia, Itália, entre diversos outros países. Em 1917, após uma revolução socialista, a Rússia saiu do conflito e, no mesmo ano, os Estados Unidos entraram na guerra do lado da Entente.</p><p>A guerra foi a primeira a utilizar em grande escala novas tecnologias bélicas, como metralhadoras, lança-chamas, aviões, artilharia de longo alcance e outras que deixaram um número de mortos até então nunca visto na história humana. A guerra terminou em 1918, com a derrota das Potências Centrais.</p><p>3. SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939- 1945)</p><p>A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é considerada o maior conflito militar do século XX. Marcada pela destruição sem precedentes na história da humanidade, o conflito mobilizou nações em todos os continentes, entre os quais estão Grã-Bretanha, Estados Unidos e União Soviética (os "Aliados"), combatendo a Alemanha, Itália e Japão (conhecido como "Eixo").</p><p>Estima-se que o custo total da Segunda Guerra Mundial tenha chegado a 1 trilhão e 385 bilhões de dólares. No entanto, mais alarmante do que os custos materiais são as perdas humanas causadas pelo conflito: cerca de 45 milhões de mortos, 35 milhões de feridos e três milhões de desaparecidos.</p><p>Entre os fatores que levaram à 2ª Guerra Mundial está o descontentamento da Alemanha com o desfecho da Primeira Guerra (1914-1918). A Alemanha foi declarada a principal culpada deste conflito, teve suas Forças Armadas reduzidas e foi obrigada a pagar indenizações aos vencedores. Isto provocou fragilidade econômica, alta inflação e acúmulo de problemas sociais. Na década de 20, surgem movimentos radicais como o nazismo, liderado por Adolf Hitler, que conquistam parte da população.</p><p>Hitler defendia o nacionalismo, a ideia que os arianos eram uma raça superior e as demais deveriam ser submetidas ou eliminadas, especialmente, os judeus, considerados culpados de todos os males. Isto gerou o chamado Holocausto, que foi o assassinato em escala industrial deste povo. Igualmente foram condenados e assassinados descapacitados mentais e físicos, comunistas, homossexuais, religiosos e ciganos.</p><p>4. GUERRA FRIA E OS DIREITOS HUMANOS</p><p>A Guerra Fria foi um período da história contemporânea desde o final da II Guerra Mundial até a dissolução da União Soviética (URSS), em 1991. Foi um conflito global que iniciou no final do século XIX no confronto entre os Estados Unidos, que defendia o capitalismo, e a URSS, que defendia o comunismo. Jurgen Osterhammel apud Mariano Aguirre (2023) considerou que, foi neste século que houve grandes transformações tecnológicas, científicas, políticos e bélicos, que se manifestaram a partir de 1900.</p><p>A guerra do Vietname, bem como as lutas anticoloniais na Argélia, a criação dos mísseis em Cuba, a construção e queda do muro de Berlim, as ocupações militares da URSS nos países aliados do pacto de Varsóvia e a invasão soviética no Afeganistão, são fatos que marcaram a consciência política de várias gerações, e muitas consequências daquele período seguem até hoje.</p><p>A Guerra Fria trouxe forte distanciamento entre os Estados Unidos e a URSS, e favoreceu a confrontos entre os seus aliados nos países do Terceiro Mundo, e coincidiu com as revoluções para descolonizar esses países do Terceiro Mundo, desvirtuando essas revoluções, enfrentando governos e guerrilhas no confronto do capitalismo x comunismo. Durante a Guerra Fria houve grande crescimento da capacidade militar no que tange a armamentos nucleares, que inclusive, foi usada pelos Estados Unidos em 1945 contra as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui, virando um símbolo da época, com desenvolvimento também pela URSS, França, Grã-Bretanha e da China, e depois a Índia, o Paquistão, Israel, e a Coréia do Norte.</p><p>Ambas as potências investiram em operações de inteligência e campanhas de propaganda com discursos políticos, bem como os meios culturais, e o jornalismo como instrumentos de luta política. Houve perseguição e repressão contra o Partido Comunista e a seus membros nos Estados Unidos, criando campanhas para processar e marginalizar os comunistas.</p><p>Nesse período da Guerra Fria, a Alemanha foi dividida em duas: República Federal da Alemanha e República Democrática da Alemanha, bem como Berlim foi bipartida sendo metade capitalista e metade socialista, e dividida por um muro, o de Berlim, que foi construído em 1961 pelo lado socialista, que era a República Democrática da Alemanha, para conter o fluxo de imigrantes, protegido por um aparato militar de segurança com alto grau de letalidade, como minas terrestres e sistemas automatizados de projéteis, monitorados pelos guardas de fronteira com autonomia para prender e/ou eliminar quem tentasse ultrapassar essa fronteira. (JÚNIOR, 2020).</p><p>5. DIREITOS INTERNACIONAIS E DIREITOS HUMANOS</p><p>Segundo Júnior (2020), durante a Idade Média, a organização política da Europa se baseava nos dogmas sagrados da Igreja Católica, e após séculos seguintes, a colonização das Américas se deu na conquista violenta de territórios sob a concepção de guerra justa</p><p>apoiada pela Igreja Católica contra os pagãos.</p><p>Surgiu uma série de tratados pondo fim à guerra dos Trinta Anos chamada Paz de Vestfália, dividindo o continente europeu em dois grupos de países através de acordos políticos, trazendo o direito internacional para consolidar o poder territorial dos Estados, onde a Paz de Vestfália criou linhas para o sistema internacional e conferiu ao Direito Internacional as funções básicas de regular as relações diplomáticas entre entidades independentes.</p><p>O direito não era um balizador da paz, mas um instrumento de decisões políticas dos estados. A partir do século XVII surgiram elementos do sistema internacional moderno: o Estado soberano e a anarquia do sistema.</p><p>Contudo não se baseava nos direitos e deveres dos Estados, mas no jusnaturalismo, trazendo algumas semelhanças com o Direito Internacional após a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, e esta, fortemente influenciada para a promulgação do Direitos Humanos, em 1948. Após catástrofe de duas grandes guerras, o direito internacional passa a regular o uso da força, determinando as ocasiões e os atores legítimos para usá-la, usando o direito como promoção à paz.</p><p>Segundo Júnior (2020), a Convenção Europeia dos Direitos Humanos entrou em vigor em 1953 com a finalidade de diferenciar, por meio da formação de determinados direitos e valores, os países capitalistas dos Estados Socialistas, trazendo em seu conteúdo direitos materiais e aspectos processuais, direitos civis e políticos, monitorados pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos que tinha a função de zelar pelas normas da Convenção.</p><p>Os direitos socias, econômicos e culturais, por estarem ligados com os regimes socialistas, foram desprezados, ao primeiro momento, às políticas nacionais dos Estados. A Convenção foi composta por 59 artigos, divididos em títulos I, II e III, e posteriormente, extinta a sua comissão e mudando alguns termos dos Artigos, trazendo acesso direto do indivíduo à Corte como mecanismo de aceleração das reformas dos antigos Estados socialistas, que agora poderiam ser demandados por indivíduos no que concerne à violação dos direitos humanos.</p><p>O princípio da soberania, um dos pilares do direito internacional, permite que os órgãos judiciais e organismos internacionais sejam superiores às leis dos estados, prevalecendo o princípio da subsidiariedade na relação entre tribunais internacionais e Poder Judiciário nacional. E a competência dos tribunais internacionais é restrita à interpretação de determinados documentos internacionais, especificados nos acordos dos órgãos judiciais.</p><p>Durante a Guerra Fria, as duas instituições estratégicas, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o Pacto de Varsóvia, lideradas pelos EUA e URSS, criadas sob a forma de alianças militares, determinaram a coexistência precária entre os membros de dois blocos opostos.</p><p>Com isso, o direito internacional ficou subordinado aos interesses estratégicos das superpotências, adquirindo função acessória. Contudo, despertou os países subdesenvolvidos a cobrarem posicionamento do direito internacional no que tange o comércio internacional, uma atenção aos problemas econômicos e sociais, formando coalizões políticas não alinhadas às superpotências, se baseando no direito universal na busca do desenvolvimento autônomo, independente de orientação ideológica ou política.</p><p>A consequência do pós-guerra fria é a ascensão do ser humano como sujeito de direito internacional, trazendo consolidação da normativas dos direitos humanos como destinatário final das normas internacionais, independente da mediação do Estado, com princípios democráticos e liberais para orientar a conduta correta do Estado no cenário nacional e internacional, conforme explica Anne Peters apud Júnior (2020).</p><p>6. GUERRA AO TERROR</p><p>O início do século XXI ficou marcado com as imagens veiculadas ao vivo pelas emissoras de TV do mundo todo retratando o choque dos aviões contra as duas torres do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. O próprio quartel-general do exército dos Estados Unidos, o Pentágono, também foi atingido por um desses aviões de carreira, levando o governo recém-empossado de George W. Bush a declarar a Guerra ao Terror.</p><p>Essa guerra não estava direcionada a um país específico, mas a uma prática de ação política pautada em atentados terroristas. Foi ela que fomentou a política bélica do governo norte-americano na primeira década do século XXI, levando o país a declarar unilateralmente guerras ao Afeganistão e ao Iraque.</p><p>A Doutrina Bush (uma série de medidas adotadas pelos dois governos de George W. Bush na Guerra ao Terror) caracterizou-se, internamente, por medidas policiais de controle sobre a população do país e, externamente, pela ação agressiva contra alguns países, alinhados ao que foi chamado de Eixo do Mal, formado por Coreia do Norte, Irã e Iraque.</p><p>A primeira invasão promovida pelos EUA após o 11 de Setembro de 2001 ocorreu no Afeganistão, país comandado pelo grupo fundamentalista islâmico Talibã e acusado de abrigar as tropas da Al-Qaeda, responsável pela organização dos atentados em território americano. A ação militar dos EUA conseguiu derrubar o governo dos mulás do Talibã e constituir um governo mais próximo aos seus interesses.</p><p>Em 2003, em ação conjunta à Inglaterra, o governo de Bush afirmou que o Iraque, comandado por Saddam Hussein desde o final da década de 1970, detinha um grande arsenal de armas de destruição em massa e representava um perigo à população mundial. Este foi o argumento para depor o antigo ditador iraquiano, que foi perseguido enquanto as tropas anglo-americanas bombardeavam fortemente o país. Encontrado em um esconderijo e condenado à morte, Saddam Hussein foi enforcado em 2006.</p><p>A Guerra ao Terror adotou ações unilaterais pelos EUA, já que não foi aprovada pelos demais países-membros do Conselho de Segurança da ONU. A recusa da invasão pelo Conselho não impediu que os EUA e a Grã-Bretanha invadissem o país árabe, afirmando que havia armas de destruição em massa, o que nunca foi comprovado.</p><p>Além disso, os EUA passaram a prender os supostos acusados de terrorismo que capturaram pelo mundo na prisão localizada na base militar de Guantánamo, na Ilha de Cuba. Situada fora das fronteiras norte-americanas, a prisão não se submete às leis de país algum, ficando os prisioneiros sujeitos às regras e julgamentos apenas do exército dos EUA. Essas medidas são duramente criticadas, tanto dentro como fora do país, pois não garantem direitos mínimos de defesa aos prisioneiros, o que é agravado pelo fato de ao longo da História os sucessivos governos dos EUA terem sempre se apresentado como defensores da liberdade dos indivíduos.</p><p>7. GUERRA NA UCRÂNIA</p><p>A Guerra entre a Rússia e a Ucrânia é um conflito que acontece no Leste do continente europeu. Após um longo período marcado pelo acirramento das tensões entre os dois países, as tropas russas invadiram o país vizinho em 24 de fevereiro de 2022, promovendo ataques a cidades situadas próximo da capital da Ucrânia, Kyiv, e outros pontos estratégicos do território ucraniano.</p><p>Os contra-ataques realizados pela Ucrânia em meados de 2022 e em 2023 fizeram com que a Rússia recuasse em alguns pontos, mas o país ainda mantém domínio sobre grandes áreas no leste e ao sul da Ucrânia. Ao mesmo tempo, a Ucrânia começou a desferir ataques a drone na capital russa, ampliando as tensões na região.</p><p>Mais de dois anos após o início da guerra, os ataques continuam. O saldo até então é de dezenas de milhares de mortos e feridos, além de 6,5 milhões de refugiados ucranianos que buscam proteção em outros países europeus e quase 4 milhões de pessoas deslocadas dentro do território da Ucrânia. As consequências da guerra são, também, econômicas e políticas. Em um contexto global, o conflito interfere na geopolítica, nos acordos diplomáticos e no comércio internacional.</p><p>8. GUERRA ISRAEL X HAMAS</p><p>9. TRIBUNAL DE HAIA</p><p>O Tribunal de Haia, conhecido formalmente por Tribunal Penal Internacional (TPI), é uma</p><p>corte que entrou em funcionamento em julho de 2002. Foi criado após a elaboração do Estatuto de Roma, documento emitido em 1998 que tratava especificamente da criação de um tribunal internacional permanente para atuar de independente.</p><p>O Tribunal de Haia tem suas origens no Estatuto de Roma, e surge num momento histórico de busca por justiça internacional, impulsionada pela necessidade de responsabilizar indivíduos por crimes de guerra, genocídio, rimes contra a humanidade, e agressão, independentemente de sua posição oficial ou nacionalidade, representando um marco na história do direito internacional.</p><p>E o Estatuto de Roma delineou as bases pra a criação da (TPI), onde estabeleceu a jurisdição do tribunal, definiu os principais crimes de competência da corte e estabeleceu os procedimentos para a investigação e julgamento dos indivíduos acusados de cometer tais crimes.</p><p>Com a ratificação deste Estatuto por um número de países, o TPI foi oficialmente criado em 2002, em Haia, nos países baixos, composto por quatro órgãos: Presidência, Seções Judiciais, Promotoria e Secretariado. A promotoria é um órgão independente que investiga e exerce a ação penal. Só julgam pessoas que são formalmente denunciadas e entregues à sua custódia, e quando há evidências claras de que a justiça de um determinado país falhou.</p><p>O documento que norteia o TPI é o Estatuto de Roma, que estabelece diretrizes para o julgamento, dialogando com o Direito Internacional e as legislações dos países envolvidos. Esse tribunal conta com o apoio e a jurisdição de todos os países signatários, e cabe a esta corte julgar e punir casos de repercussão e impacto internacional e Relações Governamentais.</p><p>10. TRIBUNAL DE NUREMBERG</p><p>O Tribunal de Nuremberg foi um tribunal penal militar internacional criado com a finalidade de julgar os crimes cometidos por altos oficiais nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Os julgamentos ocorreram entre 20 de novembro de 1945 e 01 de outubro de 1946, na cidade alemã de Nuremberg, situada na região de Baviera.</p><p>Os principais objetivos desse tribunal era processar, julgar, e aplicar sentenças a 24 destacados líderes do regime nazista. O início dos julgamentos ocorreu em 20 de novembro de 1945, e em 02 de setembro de 1946, quando os juízes anunciaram as decisões. Dentre os 24 acusados, apenas três foram absolvidos. As sentenças incluíram 12 condenações à pena de morte por enforcamento, três prisões perpétuas, duas penas de 20 anos de prisão, e uma de 15 anos.</p><p>A relevância do Tribunal de Nuremberg reside em seu papel fundamental na promoção de debates jurídicos internacionais e na punição de figuras-chave em crimes de guerra. No entanto, esse fórum também enfrentou críticas substanciais de juristas ao redor do mundo, que consideraram o tribunal uma instância de exceção e argumentaram que violava o direito ao juiz natural.</p><p>O Tribunal de Nuremberg foi oficialmente criado em 08 de agosto de 1945, por meio de um documento denominado Tratado do Tribunal Internacional Militar, fruto da Conferência de Londres. Nela, representantes dos Estados Unidos, União soviética, Inglaterra e França organizaram o Tribunal Militar Internacional, estabelecendo seus estatutos que definiam a estrutura dos sistemas de acusação e defesa, todos voltados para os criminosos de guerra do regime nazista, que havia recentemente sido derrotado.</p><p>Tinha como objetivo julgar e executar a sentença de 24 líderes nazista do alto escalão, e reparar os crimes de guerra cometidos, entre eles os campos de concentração e Holocausto. Para iniciar os processos militares criminais, era necessário indiciá-los e, posteriormente serem aceitos pelo tribunal, julgando os processos individualmente. Esses indiciamentos foram elaborados pelas delegações nacionais dos países aliados.</p><p>11. CONCLUSÃO</p><p>13. REFERÊNCIAS</p><p>BLANC, Claudio. Primeira Guerra mundial: a guerra que acabaria com todas as guerras. Camelot Editora, São Paulo, 2020.</p><p>SONDHAUS, Lawrence. A Primeira Guerra mundial: história completa. Editora Contexto, São Paulo, 2013.</p><p>STEVENSON, David. 1914-1918, História da Primeira Guerra mundial. Editora Novo Século, São Paulo, 2016.</p><p>HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.</p><p>MAGNOLI, Demétrio (org). História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2006.</p><p>VAINFAS, Ronaldo [et al.] História - Volume Único. São Paulo: Saraiva, 2014..</p><p>ANDREOPOULOS, G. J. “Universal Declaration of Human Rights” In ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA. Publicação de 2 Ago. 2024.</p><p>ARAUJO, M. T. M. (2019).” O império persa e o pensamento político clássico: um panorama”. Archai 25, pp. 1-24.</p><p>BRASIL. Ministério dos Direitos Humanos. “O que são Direitos Humanos?”. In BRASIL. Ministério dos Direitos Humanos. Educação em Direitos Humanos. Contribuição de Danilo Vergani Machado e Thais Maria de Machado L. Ribeiro. Publicação de Jun. 2018.</p><p>CAMPELLO, L. G. B.; SILVEIRA, V. O. “Cidadania e Direitos Humanos”. Revista Interdisciplinar Do Direito - Faculdade De Direito De Valença, v. 8, n. 1, 2011, pp. 87–104.</p><p>DALLARI, D. A. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998.</p><p>GUIMARÃES, E. F. “A Construção Histórico-Sociológica dos Direitos Humanos”, ORG & DEMO. Marília, v.11, n.2, jul./dez., 2010, pp.95-112.</p><p>OLIVEIRA, J. A. A.; BOEIRA, A. “A Evolução da História do Direito Romano”. Diálogos e Interfaces do Direito - Revista Científica do Curso de Direito, v. 2, n. 2, p. 40-55, 2019.</p><p>ONU. “Declaração Universal dos Direitos Humanos”. 1948, In UNICEF BRASIL. Publicação online, acessado em 24 de Set. 2024.</p><p>ONU. “Declaração Universal dos Direitos Humanos”. BRASIL. Senado Federal. Direitos Humanos: atos internacionais e normas correlatas. 4ª ed. Brasília: Coordenação de Edições Técnicas, 2013.</p><p>PINTO, Tales dos Santos. "Os EUA e a Guerra ao Terror"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/os-eua-guerra-ao-terror.htm. Acesso em 21 de outubro de 2024.</p><p>6</p>