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2024 RESUMO UNIFICADO https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Após se adquirir uma doença, caso não seja feita uma intervenção terapêutica ele segue um curso definido: − O período anterior à doença é o período pré- patogênico. Primeiramente, foi estudado por Leavell e Clark. − A única ação que age nesse período é a prevenção primária. ANTES DA DOENÇA Interação do: AGENTE HOSPEDEIRO AMBIENTE Estímulo → → CURSO DA DOENÇA NO HOMEM → Interação – Estímulo → Hospedeiro → Reação do Hospedeiro PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO PERÍODO PATOGÊNICO Promoção à Saúde Proteção Específica Diagnóstico Precoce e Tratamento Imediato Limitação do Dano Reabilitação PREVENÇÃO PRIMÁRIA PREVENÇÃO SECUNDÁRIA PREVENÇÃO TERCIÁRIA NÍVEIS DE PREVENÇÃO Figura 1 – História da doença. Fonte: ttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/ publicacoes/modulo_principios_epidemiologia_2.pdf • Feita durante o período pré-patogênico. • Prevenção primordial: políticas públicas principalmente para prevenir DCNT; focada em facilitar a adoção de estilos de vida saudáveis para coletividade. • Promoção à Saúde: Alimentação saudável, além de incentivo a atividades físicas: − Ações mais gerais que evitam diversas doenças. • Proteção Específica: Uso de EPI, vacinas, uso de capacetes. − Previne uma doença específica. ✓ Ex.: uso de capacete previne TCE (caso haja acidente). • Já é o período patogênico, ou seja, a doença já se instalou. Deve-se tentar conter o seu desenvolvimento. • Diagnóstico Precoce: Screening para neoplasias. • Tratamento Precoce: Ex.: diagnóstico e tratamento precoce de diabético previne desenvolvimento de retinopatia/nefropatia. • Limitação de dano. • Doença se instalou e ocorreram sequelas: − Ex.: paciente sofre hemiparesia após AVE e realizada fisioterapia como reabilitação. • Tratar a sequela • Voltada para evitar complicações e reabilitação • Evitar Iatrogenias (exames e tratamentos desnecessários). • Evitar supermedicalização/medicamentos sem respaldo na literatura. • Proteger pacientes ao prevenir doenças em profissionais de saúde (Anos 2010). • Transição demográfica = mudança no perfil da população: − A tendência é o envelhecimento populacional. • 1ª FASE: antes da revolução industrial (primitiva): − Alta taxa de natalidade acompanhada de alta taxa de mortalidade. Baixo saneamento básico/muitas doenças infectoparasitárias. Baixa expectativa de vida. • 2ª FASE: fase intermediária ou de divergência dos coeficientes. 1° FASE 2° FASE 3° FASE 4° FASE TEMPO Taxa de natalidad e Taxa de mortalidade Período de Latência Mudança Tissular Sinais e Sintomas Defeito ou Dano Estado Crônico ÓBITO HORIZONTE CLÍNICO https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Há queda da taxa da mortalidade após revolução industrial. − Ainda há alta taxa de natalidade. • 3ª FASE: convergência de coeficientes. − Taxa de natalidade começa a cair. • 4ª FASE (Fase moderna) − As duas taxas permanecem baixas. − Aumento do número de idosos. − Aumento da expectativa de vida. • DATASUS: expectativa de vida no BR: 76,74 anos − Determinantes científicos: vacinas e antibióticos − Determinantes sociais: redução da pobreza. • Taxa de natalidade brasileira: 14,16 • Taxa de fecundidade brasileira: 1,65 (2020) • Transição epidemiológica = mudança no perfil da morbimortalidade. O Brasil não segue o modelo clássico e possui tripla carga de doenças: − ↓Doenças infectoparasitárias − ↑Doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) − Causas externas (relacionado ao aumento da violência) • PERFIL DEMOGRÁFICO BRASILEIRO: − Queda da mortalidade infantil. ✓ Melhora de políticas de saneamento, campanhas de vacinação, aleitamento materno etc. − Queda da taxa de fecundidade. − Aumento da expectativa de vida. − Homens morrem mais que mulheres e de forma mais precoce, por maior exposição a causas externas. • PERFIL DE MORTALIDADE NO BRASIL. − Queda dos óbitos infantis. − Relativa redução de óbitos por doenças infecciosas. − Aumento das mortes por doenças crônico- degenerativas, neoplasias e causas externas − Mortalidade por causa: ✓ 1º: Doenças do aparelho circulatório ✓ 2º: Neoplasias ✓ 3º: Doenças do aparelho respiratório ✓ 4º: Causas externas Transição Nutricional: − ↓Prevalência de desnutrição e ↑Prevalência de obesidade, associada ao consumo de alimentos ultraprocessados. A persistência da insegurança alimentar, com milhões de pessoas passando fome, torna a transição nutricional no Brasil não clássica e com dupla carga. • SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A SAÚDE NO BRASIL: − SINASC: Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. (1990) ✓ Alimentado pelas Declarações de Nascido Vivo (DNV); − e-SUS Atenção Primária: Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica ✓ Substituiu o SIAB e o SISAB ✓ Incluem dados de consumo alimentar ✓ Informações territorializadas − SIM: Sistema de Informação sobre Mortalidade: ✓ Antigo (1975); ✓ Alimentado pelas Declarações de Óbito (uma via vai para o SIM). − SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação: ✓ Existem doenças que devem ser rapidamente notificadas para a Vigilância para serem tomadas providências; ✓ Alimentado pelas fichas de notificação compulsória. − SIH: Sistema de Internações Hospitalares: ✓ Registra as Autorizações de Internação Hospitalar (AIH); ✓ Traz informações sobre internações, como duração do internamento e doenças relacionadas. • PREVALÊNCIA: número total de casos em um local/período em uma população: − É um número bruto/estático (100.000 pessoas apresentam tal doença). Leva em consideração os casos antigos e os novos; − Dita o risco de se apresentar doença; − Coeficiente de prevalência = número total de casos em um período dividido por população exposta nesse período: ✓ É quando o valor da prevalência é relativizado. • INCIDÊNCIA: número de casos novos na população em um período específico; − Coeficiente de incidência = número de casos novos em um período dividido por população exposta nesse período. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ A questão pode pedir para calcular coeficiente de prevalência ou de incidência, mas devemos nos atentar a quem é a população exposta. Ex.: Neoplasia de Próstata: dividir pelo total de homens; Neoplasia de Colo Uterino: dividir pelo total de mulheres. • PREVALÊNCIA = INCIDÊNCIA X DURAÇÃO: − Ou seja, aumentando a duração/incidência de uma doença, proporcionalmente se aumenta a sua prevalência. Elevam o coeficiente de prevalência: ✓ ↑ do número de casos; ✓ ↓Mortalidade de pessoas com doença (o que aumenta a duração dela). Reduz o coeficiente de prevalência: ✓ Mais pacientes curados. ✓ ↑Mortalidade das pessoas com a doença (pois diminui a quantidade de vivos com a doença...). ✓ Emigração de doentes. • COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA: − Aumenta: ✓ Aumento do número de casos ✓ Aumento de testes diagnósticos − Reduz: ✓ Diminuição do número de casos. ✓ Diminuição de testes diagnósticos. Ex.: no início da pandemia alguns estados ficaram sem testes diagnósticos e isso não quis dizer que se reduziu a circulação de COVID-19, mas reduziu a incidência. Letalidade Chance de uma doença matar uma pessoa (casos fatais) Virulência Chance de uma doença causar casos graves ou fatais Patogenicidade Capacidade de um agente causar uma doença em indivíduo infectado (uma vez que adentrou no organismo). Infectividade Capacidade de um agente se alojar e multiplicar dentro de um hospedeiro (de invadir). Imunogenicidade Habilidadepode causar? Ideias? Traz prejuízo nas atividades diárias? Qual sua expectativa de cura? (câncer ou dor de garganta) e do papel do médico? ✓ SIFE: Sentimento, Ideias, Função, Expectativas. B. Entendendo a pessoa como um todo ✓ O paciente; ✓ A família; ✓ Lazer, crenças, religião; ✓ Relações, rotina, comunidade; ✓ Entender o contexto; C. Elaborando um projeto comum de manejo de problemas ✓ Avaliando os problemas e prioridades, estabelecer objetivos e metas para o manejo dos problemas, identificar papeis de cada um; ✓ O que vamos resolver primeiro? ✓ Decisões em conjunto. Entende e concorda? Precisa de tempo? ✓ Negociar os papeis do paciente, família e integrantes da equipe de saúde. D. Intensificando o relacionamento entre a pessoa e o profissional de saúde ✓ Compaixão, poder/liderança, cura (efeito terapêutico da relação médico/paciente) Obs.: esse era o antigo passo 5. Antes, o método tinha 6 passos, mas após revisão da literatura foi estabelecido 4. Assim, antigamente o passo 4 era incorporar a prevenção e promoção à saúde e o passo 6 era ser realista. Hoje, o passo 4 engloba esses 3 passos antigos. Figura 12 - UNA-SUS • É um método estruturado de documentação de informações médicas em prontuários eletrônicos: − S: SUBJETIVO: Queixa, anamnese, sintomas − O: OBJETIVO: Exame físico, laboratorial − A: AVALIAÇÃO: Diagnósticos − P: PLANO: Planejamento, conduta, tratamento A Política Nacional de Humanização busca humanizar o sistema de saúde, tornando-o mais acolhedor, ético, eficiente e centrado nas necessidades e na dignidade das pessoas. • Acolhimento − Escuta qualificada, perpassando da entrada do paciente até a sua saída de todo serviço de saúde • Gestão participativa e co-gestão − Gestão compartilhada entre profissional de saúde, usuários e gestores • Ambiência − Ambiente deve ser minimamente acolhedor • Clínica ampliada e compartilhada − Discutir com outros profissionais e com o paciente o plano terapêutico • Valorização do trabalhador − Ser ativo na gestão • Defesa do direito dos usuários − Devemos reforçar o direito dos usuários • Definir hipóteses diagnósticas: − Avaliação orgânica, psicológica e social; − Procurar vulnerabilidades; − Entender como o sujeito se comporta diante da doença; − Discutir as hipóteses com a equipe. • Definição de metas: − Propostas de curto, médio e longo prazo; − Negociadas com o paciente. • Divisão de responsabilidades: − Definir tarefas de cada um; − Profissional de referência: procura estar informado do andamento de todas as ações planejadas no PTS; − Pode ser qualquer componente da equipe, independente da formação. Geralmente se escolhe aquele com modo de vinculação mais estratégico no caso em discussão. • Reavaliação: − Discutirá a evolução e se farão as devidas correções de rumo; − Escolha de casos novos para reuniões de PTS; − As reuniões para discussão de PTS; − Tempo das reuniões. 4. INTENSIFICANDO A RELAÇÃO ENTRE A PESSOA E O MÉDICO 1. EXPLORANDO A SAÚDE, A DOENÇA E A EXPERIÊNCIA DA DOENÇA: 2. ENTENDENDO A PESSOA COMO UM TODO 3. ELABORANDO UM PLANO CONJUNTO DE MANEJO DOS PROBLEMAS https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ É um processo contínuo e sistemático de COLETA, CONSOLIDAÇÃO, ANÁLISE DE DADOS E DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÕES sobre eventos relacionados à saúde, visando o PLANEJAMENTO E A IMPEMENTAÇÃO DE MEDIDAS DE SAÚDE PÚBLICA, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças • Regulamentada pela Lei 8080/90 e é dividida em quatro tipos de vigilância: − Epidemiológica (CME): conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. ✓ É responsável por fiscalizar a ocorrência de doenças, tomando medidas para contê-las e verificando ocorrência de surtos (avalia, por exemplo, a existência de endemias, epidemias e pandemias). − Sanitária (SNVS): conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. ✓ É ela que, por exemplo, fiscaliza restaurantes e aprova/libera a venda de novos medicamentos. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é o órgão responsável por isso no Brasil. − Ambiental (SINVSA): consiste em um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais. ✓ Em outras palavras, é responsável por fiscalizar tudo o que está acontecendo em um ambiente que possa estar atrelado à transmissão de doenças. Sendo assim, fiscaliza água, ar, contaminantes e locais de depósito de resíduos e locais onde há transmissão de doença por vetores. Por exemplo, a vigilância ambiental foi muito discutida no contexto de rompimento da barragem de Brumadinho, um desastre ambiental que gerou doença para a população inteira através da contaminação do solo, intoxicação por metais pesados etc. − Do trabalhador: conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. • Na prova, as bancas costumam cobrar a diferenciação dos tipos de vigilâncias através das palavras-chaves abaixo: − Vigilância epidemiológica: doenças, notificação (SINAN), surtos, epidemias; − Vigilância sanitária: bens, produtos, serviços; − Vigilância ambiental: vetores, hospedeiros, reservatórios (FR biológicos); água, ar, solo, contaminantes e desastres (FR não biológicos); − Vigilância do trabalhador: trabalho. • Faixa endêmica: − A faixa endêmica avalia a quantidade de casos de determinada doença nos últimos 10 anos; − A linha do meio representa os valores médios nos últimos 10 anos denotando uma curva epidemiológica esperada para essa doença; − A linha de cima (limite superior) possui 1,96 de desvio padrão para cima e a de baixo (limite inferior), 1,96 para baixo; − Dessa forma, entre a primeira linha e a terceira há a chamada faixa endêmica e, se a curva de casos ficar nessa faixa, considera-se a doença como endêmica. Caso a quantidade de casos extrapole o limite superior, estamos diante de uma epidemia. Figura 13 – Fonte: https://blog.bjcvs.org/single-post/2020/04/09/as- doencas-cardiovasculares-matam-uma-pessoa-a-cada-90- segundos-no-brasil-por-que-nao-sao-consideradas-uma- epidemia/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Curva epidêmica: − É uma representação gráfica do número de casos de doença pela sua data de início ✓ ↓ limiar epidêmico, há o nível endêmico; ✓ ↑Nº de casos acima do nível endêmico até a incidência máxima é chamado de progressão; ✓ ↓Nº de casos até voltar ao nível endêmico é chamada regressão. Casos em nível epidêmico (↑limiar) são chamados de egressão. Figura 14 – Fonte: http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/ Mostrar Arquivo.aspx?C=xIkfn7hD3KI%3D • Endemia: − Incidência relativamente constante (dentro do esperado, da faixa endêmica), com variações cíclicas e sazonais; − Espaço delimitado ao longo de período de tempo (temporalmente ilimitada); • Surtoepidêmico: − Presença de ≥2 casos epidemiologicamente relacionados, restrito a um espaço extremamente limitado; − Em área específica ou entre grupos específicos (MS, 20180. Ex.: escolas, creches, quartéis, academias... • Epidemia: − Aumento rápido da incidência da doença, acima do limiar epidêmico ou acima do limite superior da faixa endêmica. − Envolve grande número de pessoas e larga área geográfica (MS, 2018); − O surgimento de um único caso autóctone em uma região onde nunca ocorreu determinada doença pode caracterizar uma epidemia. • Pandemia: − Epidemia com localização geográfica ampla, atingindo mais de um país ou continente. • Caso Autóctone x Caso Alóctone − Autóctone: caso que surgiu no local onde foi feito o diagnóstico. Ex.: Paciente com covid-19 recebe o diagnóstico, na localidade, ou seja, ele adquiriu a doença no local em que foi diagnosticado. ✓ Obs.: Na epidemia, é necessário ao menos um caso autóctone. − Alóctone: caso que surgiu em localidade diferente da qual onde foi feito o diagnóstico. Ex.: paciente com covid-19 que retornou de viagem da Itália para o Brasil; provavelmente, esse paciente foi infectado na Itália, mas recebeu o diagnóstico no Brasil. • Temporalidade: − Pode ser classificada em explosiva ou lenta. • Distribuição: − Regular; − Aleatória (irregular); − Focal; − Aglomerados (clusterizada): multifocal. • Transmissibilidade: − Fonte comum: veiculação por vetor ou veículo. Pode permitir progressão explosiva (fonte pontual) ou lenta (fonte continua). Ex.: maionese contaminada que é compartilhada por membros de uma família; − Progressiva (propagada): transmissão pessoa-a- pessoa. Em geral, a progressão é lenta. ● Direta: doença passada de pessoa a pessoa. − Imediata: doença passa imediatamente, por contato direto. Ex.: beijo e relação sexual (ISTs). − Mediata: passa de pessoa para pessoa, porém, não há contato direto. Ex.: transmissão por gotículas, na tuberculose. ● Indireta: precisa de um veículo. − Animado (vivo): transmissão por meio de vetores. Ex.: dengue, Doença de Chagas; − Inanimado (morto): transmissão por meio de objetos ou algo do ambiente. Ex.: transmissão pela roupa, pela água etc. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • DOENÇA: enfermidade ou estado clínico que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos. • AGRAVO: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por causas externas (violências, acidentes, abusos de drogas etc.). • EVENTO DE SAÚDE PÚBLICA (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública. Ex.: reação adversa grave de uma vacina. • Sistema de Informações de Agravos de Notificação: a quem se faz a notificação de toda doença presente na lista de agravos de notificação compulsória. − Notificar a suspeita da doença: ✓ Não se deve esperar a confirmação para realizar a notificação. Se esperar confirmação laboratorial e ela levar dias, perde-se o controle da doença. − Quem deve notificar? ✓ Qualquer cidadão pode fazer essa notificação por meio de canais abertos (ex.: E-notifica), porém, é obrigatório ao profissional de saúde notificar! ✓ O fato de profissional de saúde suspeitar de doença de notificação compulsória e não notificar é crime. ✓ Responsáveis, como representantes ou diretores, por estabelecimentos de saúde públicos e privados também devem notificar. − A notificação pode ser semanal (a cada 7 dias) ou imediata (24h), a depender da doença; − Portaria GM/MS Nº 3.148, de 6 de fevereiro de 2024 − Notificação negativa: ✓ A Vigilância Epidemiológica também inclui a notificação negativa, isto é, o registro de que não houve determinada doença ou agravo, no período específico e no local. ✓ A notificação negativa deve ser feita para todas as doenças que constam na lista de notificação compulsória. ✓ Indica que os profissionais e o sistema de vigilância da área estão alertas para a ocorrência de tais eventos. É importante adicionar também que existe a notificação negativa para nascidos vivos ao SINASC quando não nascido vivo na localidade. − Portaria em vigência é a GM/MS Nº 3.148, de 6 de fevereiro de 2024; ✓ Estados e municípios podem incluir outros problemas (ex.: esporotricose). ✓ Acrescentou para notificação SEMANAL: Infecção pelo Vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV), infecção pelo HTLV em gestantes, parturiente, puérpera e criança exposta ao risco de transmissão vertical do HTLV. • CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO DE DOENÇAS NA LISTA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA − Magnitude: é igual a prevalência! Se a doença apresenta prevalência/incidência muito elevada, deve ser considerada. − Transcendência: é a relevância social e econômica. É uma doença que causa alta morbidade/mortalidade. Ex.: sequelas, perda de anos de vida produtivos. − Compromissos internacionais: compromisso de erradicar doença em nível internacional. Ex.: varíola − Potencial de disseminação: se a doença pode se disseminar rapidamente, também deve ser considerada para notificação. − Vulnerabilidade: a doença é vulnerável ou passível de controle? Se sim, é um critério para entrar na lista de notificação. − Ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos: eventos inesperados. • Para lembrar das doenças de notificação imediata, é só lembrar da música ‘’tacaca’’ de Joelma: através do mnemônico T-O-M-E T-A-C-A-C-A − T: Temerosas ✓ Doenças graves − A: Acidentes − C: Criança (sarampo e rubéola) − A: Agressão – violência sexual e suicídio − C: COVID e influenza por novo sorotipo − A − T − O: Óbitos − M: Mundiais – doenças internacionais − E: Estranhas: doenças estranhas • T – Temerosas (doenças graves agudas): − Cólera; − Doença de Chagas Aguda; ✓ Doença de Chagas Crônica é de notificação semanal! − Varicela – caso grave internado ou óbito; − Difteria; − Leptospirose; https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Tétano; − Coqueluche; − Doença invasiva por Haemophilus influenza; − Raiva; − Poliomielite por poliovírus selvagem; − Botulismo; − Meningite; − Febre amarela; − Síndrome Respiratória Aguda/Grave associada a Coronavírus / SARS-CoV, MERS-CoV; − Síndrome da Paralisia Flácida Aguda. • A - Acidentes (animais peçonhentos, de trabalho, transmissor de raiva): − Acidentes de trabalho (exceto o acidente com material biológico): ✓ Acidente com material biológico é de notificação semanal! Ex.: profissional de saúde que se fura ao realizar sutura. − Acidentes por animais potencialmente transmissores de raiva; − Acidentes por animais peçonhentos. • C – Crianças (sarampo e rubéola): − Doenças exantemáticas: sarampo, rubéola; − Síndrome da Rubéola Congênita. • A – Agressão: − Violência sexual ✓ Violência doméstica é de notificação semanal! − Tentativa de suicídio • C – COVID e INFLUENZA novo − Influenza humana produzida por novo subtipo viral. • O – Óbitos (Chikungunya, dengue, zika, pós-vacina): − Dengue em casos de óbitos; − Chikungunya em áreas sem transmissão e óbitos; − Eventos adversos graves ou óbitos pós vacinação; − Varicela – caso grave internado ou óbito; − Doença aguda pelo vírus Zika em gestante ou óbito pelo Zika em qualquer pessoa. • M – Mundiais (doenças com suspeita de disseminação internacional) − Antraz pneumônico; − Tularemia; − Varíola. • E – Estranhas (doenças estranhas): − Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes: ✓ Arenavírus; ✓ Ebola; ✓ Marbug; ✓ Lassa; ✓ Febre purpúrica brasileira. − Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em saúde pública; − Malária na região extra-amazônica; − Hantavirose.• Acidente de trabalho com material biológico; • Dengue em caso de não óbito; • Doença de Chagas crônica; • Doença de Creutzfeld-Jakob (DCJ); • Doença aguda ou congênita por Zika (não gestante e não óbito); • Esquistossomose; • Febre Chikungunya (em áreas de transmissão e não óbito); • Hanseníase; • Hepatites virais; • HIV/AIDS (inclusive em gestantes ou transmissão vertical); • Intoxicação exógena; • Leishmaniose (tegumentar ou visceral); • Malária (na região amazônica); • Óbito infantil ou materno; • Sífilis (inclusive congênita ou em gestantes); • Toxoplasmose (gestacional ou congênita); • Tuberculose; • Violência doméstica e/ou outras violências (exceção de violência sexual e tentativa de suicídio). • Em caso de violência, além de notificarmos ao SINAN, precisamos contatar algumas autoridades: − Violência contra criança/adolescente: notificar e acionar conselho tutelar; − Violência contra pessoas com deficiência: notificar no SINAN e chamar autoridade policial e MP, além dos Conselhos dos Direitos da Pessoa com Deficiência; − Violência contra idosos: notificar no SINAN e chamar autoridade policial, Ministério Público (MP) e/ou Conselho da Pessoa Idosa; − Violência contra mulher adulta (não é idosa ou deficiente): em casos de violência sexual, devemos acionar autoridade policial em até 24h e notificar para o SINAN (Portaria GM/MS 78, de 18/01/21). É uma lei polêmica e que entra em confronto com a bioética, uma vez que há mulheres que não desejam chamar a polícia. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Definição: Compreende uma rede de serviços de assistência e vigilância em saúde do trabalhador no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem por objetivos ampliar o acesso e executar ações de promoção, proteção, prevenção e de vigilância em saúde, bem como na assistência especializada em saúde do trabalhador; estimular a articulação e a integração com as demais Redes do SUS, qualificando as ações de saúde do trabalhador nos territórios • A RENAST possui como principal componente o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) Figura 15 – Fonte: https://renastonline.ensp.fiocruz.br/sites/default/files/ arquivos/recursos/2021_09_mar_apresentacao_para_renast.pdf • A CEREST é um dos principais serviços da RENAST • Definição: Os CERESTs são serviços especializados, que articulados à Rede de Atenção à Saúde (RAS), desenvolvem ações de assistência especializada e vigilância em saúde do trabalhador, com o objetivo de reduzir a morbimortalidade entre os trabalhares (as), provenientes dos ambientes e processos de trabalho • Poderão ser implantados CERESTs, de abrangência estadual, regional e municipal − A implantação de CERESTs de abrangência municipal está condicionada a uma população superior a 500 mil habitantes • De acordo com o Artigo 200 da Constituição Federal de 1988 (CF/88), ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: − II: Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador. − VIII: colaborar na proteção do meio ambiente, neste compreendido o do trabalho. O SUS proporciona cobertura a todos os trabalhadores, tanto os formais quanto os informais. • Lei 8.080 de 1990/Art. 6º. Inclui entre as atribuições do SUS − VII: Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho − Até 1999, não havia lista de doenças relacionadas ao trabalho, mas lista de 27 agentes patogênicos − Por isso, foi criada a Lista de doenças relacionadas ao trabalho (LDRT), de Portaria GM/MS 2309, de 28/08/20) • “Aquele que é decorrente do exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. Pode ser dividido em: − Acidente típico: ocorre durante a execução do trabalho. ✓ Ex.: Chef de cozinha que se corta com faca durante trabalho; eletricista que leva choque durante trabalho. − Acidente grave: o que envolve morte, mutilação ou indivíduo menor de 18 anos. ✓ Se o trabalhador for internado devido ao acidente de trabalho, este também é considerado grave! − Acidente de trajeto: ✓ Durante trajeto casa → trabalho ✓ Viagens a serviço da empresa ✓ Se houve desvio de trajeto (indivíduo parou em shopping, por exemplo, antes de ir para casa), não foi acidente de trabalho. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://renastonline.ensp.fiocruz.br/sites/default/files/%20arquivos/recursos/2021_09_mar_apresentacao_para_renast.pdf https://renastonline.ensp.fiocruz.br/sites/default/files/%20arquivos/recursos/2021_09_mar_apresentacao_para_renast.pdf • Produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade constante da respectiva relação elaborada pelo ministério do trabalho e da previdência social. − Ex.: Soldador e catarata/ saturnismo/ digitador e tendinite/ atletas e lesões físicas. • Comum aos integrantes de determinada categoria profissional; ou seja, relacionada à função do profissional. • Adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. − Ex.: Surdez em trabalhador de fábrica (devido ao local ser barulhento). • Está associada ao ambiente em que o indivíduo trabalha, não à categoria • Doença profissional → função! • Doença do trabalho → local!! • Exceções − Doenças degenerativas: bursite, artrose − Doença sem incapacidade laborativa − Doença inerente ao grupo etário − Doenças endêmicas (salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho) • A classificação de Schilling ajuda a identificar se há relação entre a doença e o ambiente de trabalho; • Essa classificação se divide em três tipos: − Tipo I: O trabalho é uma causa necessária para a doença; ✓ Ex.: Silicose, intoxicação por chumbo → Prescinde o nexo causal. Ou seja, o indivíduo, adquire a doença apenas se exposto ao agente durante o trabalho. − Tipo II: O trabalho é contributivo, mas não é causa necessária; o trabalho é fator de risco; ✓ DORT: distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho ✓ Varizes: por exemplo, um cirurgião, devido ao caráter do seu trabalho, tem risco aumentado de desenvolver varizes de membros inferiores; ✓ Doença coronária ✓ Doenças “comuns” mais frequentes ou precoces em grupos ocupacionais − Tipo III: O trabalho agravou a doença pré- existente ou condição pré-estabelecida. ✓ Ex.: asma, dermatite de contato. Ou seja, o trabalho é a concausa • 1ª → Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN): Ficha de notificação compulsória • 2ª → Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): Comunicação de acidente de trabalho (CAT) • 3ª → Unidade Sentinela: Alguns agravos específicos • Após o preenchimento do CAT, algumas doenças precisam ser notificadas às unidades sentinelas relacionadas à saúde do trabalhador. • Lista das doenças que devem ser notificadas à unidade sentinela: − Câncer relacionado ao trabalho; − Lesões por esforço repetitivo / Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/DORT); − Pneumoconioses; − Dermatoses ocupacionais; − Perda auditiva induzida por ruído (PAIR), relacionada a trabalho − Transtornos mentais, relacionados ao trabalho https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ Devem ser notificados ao SINAN e não às unidades sentinelas: • Acidentes graves, fatais ou em crianças e adolescentes → notificação imediata • Acidentes commateriais biológicos → notificação semanal • O objetivo das notificações sentinelas é buscar a identificação de casos e investigação epidemiológicas • A CAT deve ser preenchida diante de acidentes de trabalho ou de doenças relacionadas ao trabalho • A CAT somente é preenchida para trabalhadores formais ou informais que contribuem para o INSS. − Se o trabalhador informal não contribui para o INSS, a CAT não deve ser preenchida, tendo em vista que a mesma é uma comunicação para o INSS • Quem deve emitir? A empresa − Caso a empresa não emita, paga-se uma multa. − A CAT pode ser preenchida por qualquer cidadão, seja o próprio acidentado, o dependente, o profissional de saúde, o médico, alguma autoridade pública • Até quando a CAT deve ser preenchida pela empresa? − Até o primeiro dia útil seguinte à ocorrência. − Caso óbito, a notificação deve ser imediata. • A CAT deve ser preenchida em quatro vias: − INSS; − Trabalhador; − Sindicato; − Empresa. • Pneumoconiose: − Silicose: É a pneumoconiose originada da deposição de sílica no pulmão ✓ Quem está em risco? Indivíduos com exposição ocupacional a jateamento de areia, polimento de pedras, mineradores ✓ Quadro clínico: Tosse + dispneia progressiva ✓ Diagnóstico (tríade): Imagem compatível (radiografia de tórax) + sintomatologia pulmonar progressiva + história de exposição ocupacional ✓ Doença associada? Tuberculose → A silicose causa uma reação inflamatória no pulmão que, uma vez entrando em contato com o bacilo da tuberculose, gera uma maior predisposição ao desenvolvimento da tuberculose (TB). Sendo assim, para todo paciente diagnosticado com silicose, deve-se investigar a possibilidade de TB ✓ Tratamento: Não há tratamento curativo, mas é possível amenizar os sintomas do paciente através do uso de broncodilatadores, corticoide e oxigênio; − Asbestose: É a pneumoconiose originada do asbesto/amianto ✓ Quem está em risco? trabalhadores da construção civil e os indivíduos que tinham como ocupação a construção de telhas e caixas d’água (antigamente produzidas com amianto, sendo proibido atualmente) ✓ Quadro clínico: Dispneia + mesotelioma de pleura/pericárdio → A asbestose possui relação com o comprometimento de pleura, incluindo câncer ✓ Diagnóstico (tríade): Imagem compatível (radiografia de tórax) + sintomatologia pulmonar progressiva + história de exposição ocupacional ✓ Tratamento: Não há tratamento curativo, mas é possível amenizar os sintomas do paciente através do uso de broncodilatadores, corticoide e oxigênio; − Exames de imagem da Asbestose Figura 16 – Fonte: https://cdn.publisher.gn1.link/jornaldepneumologia.com.br/ pdf/Suple_52_17_12capitulo%2012.pdf ✓ Imagem A: Placas pleurais parietal (seta branca) e diafragmática (seta tracejada) na radiografia de tórax ✓ Imagem B: Radiografia de tórax demonstrando placas parietais em projeção frontal (setas brancas) − Exames de imagem da Silicose. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://cdn.publisher.gn1.link/jornaldepneumologia.com.br/%20pdf/Suple_52_17_12capitulo%2012.pdf https://cdn.publisher.gn1.link/jornaldepneumologia.com.br/%20pdf/Suple_52_17_12capitulo%2012.pdf Figura 17 – Imagem 1| Imagem 2 | Imagem 3. Fonte: https://cdn.publisher.gn1.link/jornaldepneumologia.com.br/pdf/S uple_52_17_12capitulo%2012.pdf ✓ Imagem 1: Radiografia simples de tórax de indivíduo exposto à sílica, demonstrando múltiplos nódulos menores que 0,5 cm no campo pulmonar superior direito ✓ Imagem 2: Silicose crônica com grande opacidade na projeção do lobo superior direito (seta) ✓ Imagem 3: Radiografia de tórax em perfil, apresentando linfonodos mediastinais com calcificações “em casca de ovo” (setas) • Asbestose: Tuberculose → Acomete a base do pulmão • Silicose: Pleura → Acomete a região superior do pulmão − Resumo das pneumoconioses: Tríade diagnóstica ✓ Radiografia de tórax compatível (padrão OIT) + sintomatologia pulmonar (tosse, dispneia) progressiva + história de exposição compatível por anos SILICOSE (mais comum) ASBESTOSE Jateamento, mineração, pedreira Caixa d´água, telhas, construção civil Fibrose pulmonar nodular, em ápice! Fibrose pulmonar difusa, em bases! Linfonodos hilares/mediastinais calcificados em “casca de ovo” Placas pleurais, derrame pleural Tuberculose pulmonar Mesotelioma de pleura / câncer de pulmão Não tem tratamento definitivo! Broncodilatadores, corticoide, O2 para tratar sintomas Relação com doenças auto- imunes: LES, AR, esclerose sistêmica Proibido no Brasil desde 2017 (ainda há doentes) • BURNOUT: − Associada a profissões com envolvimento interpessoal direto e intenso (Ex.: profissionais da saúde, professores, RH, motoristas de ônibus) − Há sensação de exaustão emocional + diminuição da realização pessoal + despersonalização (“perda” da empatia) − A compreensão dos sintomas de forma isolada do contexto sociocultural dificulta o estabelecimento do chamado nexo causal entre trabalho e adoecimento − Associada a consumo excessivo de café, álcool e drogas − Diagnóstico: clínico − Tratamento: antidepressivos, psicoterapia, atividade física e social • LER (lesão por esforço repetitivo) / DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) − Decorrente de movimentos repetitivos − Causa dor crônica, dormência nos membros e fadiga muscular − Diagnóstico: anamnese + exame físico − Tratamento: anti-inflamatório (AINE) não esteroidal + fisioterapia • Perda auditiva induzida por ruído (PAIR) − Geralmente, acomete indivíduos que trabalham em ambientes ruidosos, como no caso daqueles que trabalham com aviação − Há perda auditiva neurossensorial, bilateral e irreversível − Não progride na ausência de exposição − Quadro clínico: Perda da audição − Quem está em risco? Indivíduos que trabalham em obras, aeroportos, locais barulhentos − Diagnóstico: História ocupacional + padrão em gota (perda nas frequências 3, 4 e 6 KHz) • Saturnismo Figura 18 – Linha gengival de Burton. Fonte: https://www.facebook.com/ mundodamedicina/posts/970994616431148/ − É a intoxicação por chumbo; − Quem está em risco? indivíduos que trabalham em fábrica de tintas e baterias de automóveis; https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://cdn.publisher.gn1.link/jornaldepneumologia.com.br/pdf/Suple_52_17_12capitulo%2012.pdf https://cdn.publisher.gn1.link/jornaldepneumologia.com.br/pdf/Suple_52_17_12capitulo%2012.pdf https://www.facebook.com/%20mundodamedicina/posts/970994616431148/ https://www.facebook.com/%20mundodamedicina/posts/970994616431148/ − Quadro clínico: dor abdominal, alterações de comportamento, parestesias, náuseas, vômitos, linha gengival de Burton (linha azulada na gengiva). − Diagnóstico: História ocupacional e dosagem do chumbo sanguíneo e urinário • Como cai em prova: Dor abdominal refratária a analgésicos + sintomas neurológicos ou linha de Burton • Agrotóxicos Figura 19 – Fonte: https://carbamatosorganofo.wixsite.com/home/blank-8 − Os principais são: organofosforados e carbamatos. − Quem tem risco? indivíduo que se expõe rotineiramente a agrotóxicos, como agricultores e pecuaristas − Mecanismo de ação: bloqueio da acetilcolinesterase, gerando uma síndrome colinérgica (náuseas, hipotensão, bradicardia, miose) pelo aumento da acetilcolina, que estimula o receptor muscarínico − Antídoto: Atropina (bloqueia receptores muscarínicos) • Como cai em prova: síndrome colinérgica (salivação, miose, vômitos...) → Faz: atropina • Silicose: expostos à sílica, sintomatologia pulmonar, tuberculose. • Asbestose: Pleura!!! • BURNOUT: Fadiga, exaustão emocional,estresse. • LER/DORT: Movimento repetitivo ou postura inadequada, dor crônica, fadiga. • PAIR: Surdez progressiva e irreversível, ambiente com muito barulho • Saturnismo: Dor abdominal refratária a analgésicos + sintomas neurológicos ou linha de Burton • Agrotóxicos: Trabalhador rural, salivação, miose, vômitos → ATROPINA. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://carbamatosorganofo.wixsite.com/home/blank-8 • O preenchimento da declaração de óbito (DO) é um ato médico. • 3 vias: Uma via para o familiar do paciente; uma via permanece retida em prontuário e uma via é encaminhada para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para informar ao Serviço de informação de mortalidade (SIM) • Declaração x Certidão − Declaração de óbito = atestado de óbito − Certidão de óbito = documento do cartório (certifica o óbito) ✓ Procedimento realizado por profissionais não médicos. • O médico não pode cobrar para emitir uma DO! − Pode-se cobrar para examinar paciente desde que não prestasse assistência previamente • Para quem se dá a Declaração de óbito? − Para quem estava vivo • Caso não haja médico algum na localidade, quem preenche a DO são duas testemunhas + familiar do indivíduo falecido → seguem ao cartório para emitir a certidão • Qualquer óbito, seja por causa natural, por causa acidental ou violenta • Para todos os nascidos vivos que venham a falecer após o nascimento, independente da duração da gestação, do peso do recém-nascido e do tempo que tenha permanecido vivo. Nesse caso: − A Declaração de Nascido Vivo (DNV) também será emitida − Não é necessário exigir a Certidão de Nascimento para emitir a DO dos que venham a falecer logo após o nascimento • Óbito fetal, de acordo com os seguintes critérios: Gestação com duração > 20 semanas OU feto com peso corporal > 500 g OU estatura > 25 cm • Morte natural − Com assistência médica: o médico que vinha prestando assistência ao paciente, sempre que possível, em todas as situações ✓ O médico-assistente e, na sua falta, o médico substituto ou plantonista, para óbitos de pacientes internados sob regime hospitalar ✓ O médico designado pela instituição que prestava assistência, para óbitos de pacientes sob regime ambulatorial ✓ O médico da Estratégia Saúde da Família (ESF), do Programa de Internação Domiciliar e outros assemelhados, para óbitos de pacientes em tratamento sob regime domiciliar − Sem assistência médica ✓ O médico do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), nas localidades desse serviço ✓ O médico da ESF da área de abrangência do falecido; o médico de outro serviço público de saúde mais próximo do local onde ocorreu o evento; ou, na sua ausência, qualquer médico, nas localidades sem SVO • Morte não natural (causas externas) − Em localidade com o Instituto Médico legal (IML): O médico legista, qualquer que tenha sido o tempo entre o evento violento e a morte − Em localidade sem IML: Qualquer médico da localidade ou outro profissional investido pela autoridade judicial ou policial na função de perito legista eventual (ad hoc), qualquer que tenha sido o tempo decorrido entre o evento violento e a morte Figura 1 - Fonte: http://plataforma.saude.gov.br • PARTE 1: cascata de evento que desencadeou o óbito → Causas diretamente relacionadas ao óbito − Linha A: causa imediata da morte − Ex1.: Choque hipovolêmico, hematêmese, etc. − Ex.2: Choque cardiogênico − Não preencher com causas genéricas, como parada cardíaca, falência de múltiplos órgãos − Linha B: causa intermediária ✓ Ex.1: Rotura de varizes esofagianas ✓ Ex.2: Infarto agudo do miocárdio (IAM) https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Linha C: causa intermediária ✓ Ex1.: Hipertensão portal ✓ Ex.2: --------- − Linha D: causa básica ✓ A causa que inicia a cadeia de eventos que leva ao óbito é chamada de causa básica. ✓ Ex1.: Cirrose hepática ✓ Ex.2: --------- ✓ Não é obrigatório que haja 4 linhas, mas a última linha sempre é a causa básica. ✓ A causa mais imediata é a primeira linha. • De acordo com a nova cartilha de declaração de óbito do Ministério da Saúde não se deve pular linhas se não houver 4 eventos! • PARTE 2: Condições que podem contribuir, mas não entraram na cadeia de eventos do óbito. • A reponsabilidade do médico que atua em serviço de transporte, remoção, emergência, quando ele mesmo realiza o primeiro atendimento ao paciente, equipara-se à do médico em ambiente hospitalar; portanto, se a pessoa vier a falecer, caberá ao médico da ambulância a emissão da DO, se a causa for natural e se existirem informações suficientes para tal. Se a causa dor externa, chegando ao hospital, o corpo deverá ser encaminhado ao IML • Gestante falece e não houve expulsão do feto, que permaneceu no útero. Quantas Dos devem ser emitidas? − Por não ter havido separação do feto do útero da mãe, apenas uma DO será emitida e será a da mulher gestante • Avalição inicial: Deve-se iniciar procedimentos de morte encefálica (ME) − Coma aperceptivo. − Ausência de reatividade supraespinhal. − Apneia persistente. • Precisa preencher esses pré-requisitos − A: Presença de lesão encefálica de causa conhecida, irreversível e capaz de causar ME − B: Ausência de fatores tratáveis que possam confundir o diagnóstico de ME. ✓ Há causas que podem simular ME, como por exemplo uma intoxicação − C: Tratamento e observação em hospital pelo período de no mínimo 6 horas. ✓ Quando a causa primária do quadro for encefalopatia hipóxico-isquêmica, esse período de tratamento e observação deverá ser de, no mínimo, 24 horas. − D: Temperatura corporal (esofagiana, vesical ou retal) superior a 35°C, saturação arterial de oxigênio acima de 94% e pressão arterial sistólica (PAS) ≥ 100mmHg ou pressão arterial média (PAM) ≥ 65mmHg para adultos Pressão Arterial Idade Sistólica (mmHg) PAM (mmHg) Até 5 meses incompletos 60 43 De 5 meses a 2 anos incompletos 80 60 De 2 anos a 7 anos incompletos 85 62 De 7 a 15 anos 90 65 • A equipe de doação de órgãos não pode participar do protocolo de ME! • Como faço para determinar a morte encefálica? − 3 passos: ✓ 2 exames clínicos que confirmem coma + ausência de função de tronco encefálico. ✓ Teste de apneia (apenas 1 teste) ➔ ausência de movimentos respiratórios com PCO2 > 55mmHg. ✓ Exame complementar que comprove ausência de atividade encefálica. Faixa Etária Intervalo Mínimo (horas) 7 dias (recém-nato à termo) até 2 meses incompletos 24 De 2 a 24 meses incompletos 12 Mais de 24 meses 1 • Quais Médicos Podem Realizar o Protocolo de ME? − Médico com no mínimo 1 ano de experiência no atendimento de pacientes em coma. − O médico ter acompanhado ou realizado pelo menos 10 determinações de ME. − Ter curso de capacitação para determinação de ME. − Preferencialmente, um dos exames clínicos deve ser realizado por especialista em: medicina intensiva, medicina intensiva pediátrica, neurologia, neurologia pediátrica, neurocirurgia ou medicina de emergência. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Coma Aperceptivo: Estímulo doloroso em região supraorbitária, trapézio e leito ungueal dos quatro membros. − A presença da atitude de descerebração ou decorticação, durante a estimulação, invalida o diagnóstico de ME. • Funções do Tronco. − Ausência do reflexo fotomotor. − Ausência de reflexo córneo-palpebral. − Ausência de reflexo oculocefálico − Ausência do reflexo vestíbulo-calórico.✓ Fazer otoscopia antes, esperar 3 minutos entre cada um dos lados − Ausência do reflexo de tosse. Figura 20 – Ausência do reflexo fotomotor e córneo-palpebral. Fonte: http://www.ibtpic.com.br/ArtigosDetalhes.aspx?idArtigo=48 Figura 21 – Ausência do reflexo oculoencefálico. Fonte: https://www.quizlet.com/348945460/patho-neuro-flash-cards/ Figura 22 - Ausência do reflexo da tosse. Fonte: https://www.slideshares.net/SreevidyaVS/brain-death-73786417 Figura 23 – Ausência do reflexo vestículo-calórico. Fonte: https://line.17qq.com/articles/pnfnkkfsy_p3.html • Lembrar que realização do teste de apneia é obrigatória. • Objetivo: evidenciar ausência de atividade elétrica ou fluxo sanguíneo ou de atividade metabólica. − Somente é necessário escolher um exame complementar ✓ Angiografia cerebral: ausência de fluxo sanguíneo intracraniano. ✓ Doppler transcraniano: ausência de fluxo sanguíneo intracraniano. ✓ Eletroencefalograma (EEG): presença de inatividade elétrica ✓ Cintilografia, PET - TC: ausência de atividade metabólica. • As drogas sedativas devem ser suspensas pelo período mínimo de 3 meia-vidas, quando em dose única ou intermitente e 5 meia-vidas, quando em infusão contínua. • Medicamentos potencialmente depressores do sistema nervoso central (SNC) utilizados em doses terapêuticas usuais (ex.: fenobarbital enteral, fenitoína, clonidina, dexmedetomidina, morfina) não contraindicam a abertura do protocolo de morte encefálica. − Ex.: paciente sobre TCE após acidente de moto, mas já fazia uso prévio de fenobarbital. • Beneficência − Busca maximizar o benefício ao paciente. • Não maleficência − Estabelece que a ação do médico sempre deve causar o menor prejuízo ao paciente • Autonomia − O indivíduo deve deliberar sobre suas escolhas e elas devem ser respeitada, conforme o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) • Justiça − Dever de agir com equidade: Tratar todas as pessoas de maneira igual, mas prioriza os que mais precisam. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.quizlet.com/348945460/patho-neuro-flash-cards/ • É vedado ao médico: − Art. 26 ✓ Deixar de respeitar a vontade de qualquer pessoa considerada capaz física e mentalmente, em greve de fome, ou alimentá-la compulsoriamente, devendo cientificá-la das prováveis complicações do jejum prolongado 🡪 respeito à autonomia; ✓ Deixar de respeitar a vontade de qualquer pessoa considerada capaz física e mentalmente, em greve de fome, ou alimentá-la compulsoriamente, devendo cientificá-la das prováveis complicações do jejum prolongado e, na hipótese de risco iminente de morte, tratá-la. ↑ respeito à beneficência. − Art. 74 ✓ Revelar sigilo profissional relacionado a paciente criança ou adolescente, desde que tenham capacidade de discernimento, inclusive a seus pais ou representantes legais, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente → respeito à autonomia; ✓ Quando o sigilo promover um dano ao paciente, o princípio da beneficência deve se sobressair! Exemplo.: adolescente gestante pede que ginecologista não conte à mãe, sendo necessário essa troca de informação para que a mesma possa realizar um pré-natal adequado − É vedado ao médico: causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência → princípio da não maleficência. • Manual da Medicina, lançado em 2023 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), mas entrou em vigor em 2024 • II. A demonstração de resultados de técnicas e procedimentos, respeitados os seguintes princípios: − A) Qualquer uso de imagem deve ser acompanhado de texto educativo contendo as indicações terapêuticas, fatores que influenciam possíveis resultados e as complicações descritas em literatura científica − B) Demonstrações de antes e depois devem ser apresentadas em um conjunto de imagens contendo indicações, evoluções satisfatórias, insatisfatórias e complicações decorrentes da intervenção, sendo vedada a demonstração e ensino de técnicas que devem limitar-se ao ambiente médico − C) É vedado o uso de imagens de procedimentos que identifiquem o paciente − D) É vedada qualquer edição, manipulando ou melhoramento das imagens • III. A publicação nas redes sociais de autorretrato (selfie), imagens e/ou áudios estão permitida, desde que não tenham características de sensacionalismo ou concorrência desleal, conforme definição nesta resolução − 1° Para efeito de aplicação desta resolução, são consideradas redes sociais próprias: sites, blogs, Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, WhatsApp, Telegram, Signal, TikTok, LinkedIn, Threads e quaisquer outros meios similares que vierem a ser criados − 3° Publicações e postagens de terceiros e/ou pacientes que venham a ser compartilhadas ou postadas pelo médico em suas próprias redes sociais passam a ser consideradas como publicações suas para fins de aplicação das regras previstas nesta resolução • VI. Divulgar qualificação técnica − Diploma médico − Diploma médico revalidado − Especialista: a especialidade, devidamente registrada no Conselho Regional de Medicina (CRM), acompanhada do número de Registro de Qualificação de Especialidade (RQE) − VII – Informar sobre valores de consultas, meios e formas de pagamento − VIII – Anunciar abatimentos e descontos em campanhas promocionais, sendo proibido vincular as promoções a vendas casadas, premiações e outros que desvirtuem o objetivo final da medicina como atividade-meio, conforme definido no manual da Codame • Art 11 - É vedado ao médico e, naquilo que couber, às pessoas jurídicas, entre sindicais e associativos de natureza médica: − II – Atribuir capacidade privilegiada a aparelhagens − V – Conferir selo de qualidade, ou qualquer outra • Definição: É a vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico ➔ VIGITEL. − Iniciou em 2006 − São realizadas correlações entre variáveis demográficas e socioeconômicas ✓ Idade, sexo, estado civil, etnicidade, nível de escolaridade, número de pessoas e cômodos no domicílio, número de adultos e número de linhas telefônicas. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Os indicadores avaliados pelo Vigitel estão dispostos nos seguintes temas: ✓ Tabagismo; ✓ Excesso de peso e obesidade; ✓ Consumo alimentar; ✓ Atividade física; ✓ Consumo de bebidas alcoólicas; ✓ Condução de veículo motorizado após consumo de qualquer quantidade de bebidas alcoólicas; ✓ Autoavaliação do estado de saúde; ✓ Prevenção de câncer; ✓ Morbidade referida. Atividade Física 36,8% das pessoas realizam atividade física (no tempo livre) Pelo menos 150 min de atividade moderada/semana Aumentou no período entre 2009 e 2020, variando de 30,3%, em 2009, a 36,8% em 2020 Excesso de Peso e Obesidade Excesso de peso: 57,2% (Homens > Mulheres). Entre 2006 e 2021, variou de 42,6%, em 2006, a 57,2% em 2021 (aumento médio de 1,0 ponto percentual/ano) Obesidade: 22,4% Diabetes Mellitus Diagnóstico médico de DM variou entre 6,4 em Rio Branco e 11,3% em Belo Horizonte Hipertensão Arterial Sistêmica Diagnóstico médico de HAS variou entre 19,3% em São Luís e 32% no Rio de Janeiro Tabagismo Entre 2006 e 2020 a taxa de tabagismo variou de 15,7%, em 2006, a 9,5% em 2020 (redução média de 0.47 pp/ano). https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • O grupo dos transtornos depressivos inclui: − Transtorno disruptivo da desregulação do humor − Transtorno depressivo maior ✓É o enfoque deste material de estudo, visto que é o mais prevalente e cobrado em provas! − Transtorno depressivo persistente (distimia) − Transtorno disfórico pré-menstrual − Transtorno depressivo induzido por substância/medicamento − Transtorno depressivo devido a outra condição médica • Semelhante (em comum nos transtornos do grupo): humor triste, vazio ou irritável • Difere: duração, momento e/ou etiologia • Epidemiologia − Risco de depressão ao longo da vida está entre 15- 18% − Prevalência aumentada entre pacientes com doenças clínicas crônicas e quadros dolorosos. − Início entre 20 e 50 anos é o mais comum. − Mais comum em mulheres (1,5 - 3x mais comum). • Fisiopatologia − Multifatorial: fatores genéticos e ambientais − Hiperativação eixo hipotálamo-hipófise-adrenal: relação com estresse crônico. − Teoria das monoaminas: era uma das principais teorias, que dizia a depressão seria relacionada a redução de monoaminas, em especial a serotonina ✓ De fato, há uma disfunção de monoaminas, mas essa teoria não se consolidou, pois não há essa correlação tão precisa de causa e efeito. ✓ O glutamato e certas neurotrofinas também possuem um papel na patogênese − Processo inflamatório: o componente neuroinflamatório no quadro de depressão é muito significativo. • Fatores de risco − História familiar. − História de abuso/negligência na infância − Adoecimentos clínicos e psiquiátricos prévios − Fatores estressores diversos • Principal representante dos transtornos depressivos. • Episódios de pelo menos 2 semanas de duração, na maior parte do tempo • Excluir mania/hipomania. − Estados de euforia patológica que sugerem outro diagnóstico. • Excluir doenças clínicas e neurológicas – não psiquiátrica. • Quadro clínico − Obrigatório 1 desses 2 sintomas: humor deprimido ou perda de interesse ou prazer (anedonia)! − No total final, no mínimo, 5 dos sintomas: Humor deprimido Perda de interesse ou prazer (anedonia) Alteração de peso ou apetite → lembrar que pode ser tanto aumento quanto redução de peso ou apetite. Insônia ou hipersonia Agitação ou retardo psicomotor Fadiga/perda de energia Culpa/inutilidade Dificuldade para se concentrar e tomar decisões Comportamento suicida • Escala de depressão geriátrica: atenção para diferenciar depressão e demência − Normal é• Não atua nos níveis de serotonina • Aumenta dopamina e noradrenalina • Útil no tabagismo • Reduz apetite • Sem efeito sexual − Pode ser inclusive adicionado a uma prescrição quando um paciente apresentar algum efeito adverso sexual por outro antidepressivo (‘’antídoto’’). • Aumenta risco de convulsão • Costuma ser cobrado em provas: a mirtazapina tem efeitos como ganho de peso, sonolência e não tem efeito adverso sexual. • Indicado para sono • Manejo de alteração comportamental em demência • Priapismo • Multimodal • Poucas interações medicamentosas • Sem efeito adverso sexual • Náusea e prurido no começo https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Os tricíclicos foram considerados por muito tempo como primeira opção para o tratamento em pacientes deprimidos, por sua potente ação antidepressiva. Em virtude dos efeitos colaterais e maior risco de intoxicação, são considerados de segunda linha. − Amitriptilina − Nortriptilina ✓ Da família dos tricíclicos, é o fármaco com menos efeitos colaterais − Imipramina − Clomipramina − Doxepina • Bloqueio de recaptação de norepinefrina e serotonina (em menor proporção dopamina) • Efeitos (especialmente em idosos): Hiperprolactinemia, constipação, boca seca, etc. • Bloqueios de receptores: − Bloqueio de receptores muscarínicos: efeitos anticolinérgicos: prejuízo cognitivo, constipação intestinal, boca seca... − Bloqueio de receptores histamínicos H1: sedação → risco de queda! − Inibição do receptor alfa 1: hipotensão postural → risco de queda! • Intoxicação por tricíclico: faixa terapêutica estreita; risco de suicídio. − Alterações cardiológicas (cuidado no paciente pós- IAM). − Sonolência. − Hipotensão. − Coma. − Convulsão. Lembrar dos 3 C’s da intoxicação por tricíclicos Cardiotoxicidade Coma Convulsão. • Quadro grave associado ao uso de medicações serotoninérgicas (ISRS, IRSN, tricíclicos). • Pode ser precipitada pela associação com substâncias que também aumentam a serotonina, como a erva- de-São-João (Hypericum perforatum), sibutramina etc. • Quadro: − Hipertermia − Diarreia − Dor abdominal − Rabdomiólise • Antidepressivos de segunda linha → não são utilizados inicialmente devido aos efeitos colaterais. − → não é primeira linha para depressão, mas possui utilidade em outras situações, como insônia. Fatores do paciente Fatores da medicação Dimensões clínicas Eficácia Comorbidades Segurança e tolerabilidade (efeitos colaterais) Resposta prévia Interação medicamentosa Preferência do paciente Facilidade de uso Medicações em uso Custo e acesso • Perfil de efeitos colaterais: − Ganho de peso: paroxetina (maior ganho de peso da classe de ISRS), mirtazapina, tricíclicos e trazodona − Redução de peso: bupropiona e fluoxetina − Sonolência: paroxetina, mirtazapina, tricíclicos e agomelatina. ✓ Ou seja, são úteis para pacientes que sofrem de insônia − Insônia: fluoxetina, bupropiona. − Redução de desejo sexual e anorgasmia: todos causam esse efeito, exceto bupropiona, mirtazapina, trazodona, agomelatina e vortioxetina. • Gestação − Tudo é uma questão de risco e benefício e o risco da doença. − Nenhum antidepressivo é totalmente proibido (uso criterioso). HIPOTENSÃO POSTURAL EFEITOS ANTICOLINÉRGICOS SEDAÇÃO RECEPTOR ALFA1 RECEPTOR MUSCARÍNICO RECEPTOR HISTAMÍNICO H1 TRICÍCLICOS (“os inimigos dos idosos”) https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Importância de tratamentos não medicamentosos − Ácido valproico: contraindicado na gestação! ✓ Não prescrever para mulheres em idade fértil. • Interações medicamentosas − Paroxetina, fluvoxamina, bupropiona: diversas interações medicamentosas − Escitalopram e desvenlafaxina: poucas interações • Outras terapias − Úteis em casos mais graves ou refratários: ✓ Inibidores da monoamina oxidase (IMAO); ✓ Eletroconvulsoterapia (ECT): segura e eficaz, mesmo para idosos e gestantes; feita em bloco cirúrgico; ✓ Estimulação magnética transcraniana (EMT); ✓ Esquetamina → opção para casos refratários. − Psicoterapia → pode ser utilizada em casos leves. • Eletroconvulsoterapia (ECT) é uma opção segura e eficaz, mesmo para idosos e gestantes, em casos graves/refratários. • Contraindicações − Bupropiona: convulsão − Mirtazapina: insuficiência renal (clearancede familiar e mobilização precoce. − Essas medidas auxiliam no quadro, pois os pacientes se encontram desorientados e confusos, muitas vezes, com rebaixamento do nível de consciência. • Medicamentoso: antipsicótico, preferencialmente via oral ou IM (haloperidol, quetiapina). • Indicados para quadros de psicose: delírios, alucinações auditivas, surto depois de pródromo, quebra na curva de vida • Podem ser utilizados no transtorno bipolar, depressão, insônia, etc. • Manejo de diversas causas de agitação psicomotora. Ex.: delirium – haloperidol ou quetiapina. • Efeitos colaterais dos antipsicóticos − Distonia aguda (biperideno) − Síndrome neuroléptica maligna (aumento de CPK, febre, rigidez, disautonomia) − Parkinsonismo − Aumento de prolactina − Risco cardiovascular/ganho de peso: olanzapina, quetiapina e clozapina − Clozapina: agranulocitose. • Introdução − Atinge até 30% dos adultos em algum momento de suas vidas. − São causados por uma combinação de fatores genéticos, ambientais, sociais (multifatorial). − Diversos neurotransmissores estão envolvidos na fisiopatologia e tratamento da ansiedade (entre eles a noradrenalina, serotonina e GABA). − Grande grupo de transtornos distintos ✓ Tratamento, em geral, é o mesmo. O que difere é o contexto e a situação disparadora ✓ Costuma haver concomitância com depressão • Grupos heterogêneo de condições associadas a ansiedade: − Transtorno de ansiedade generalizada. − Transtorno do pânico. − Fobia social. − Transtornos relacionados ao estresse (transtorno estresse agudo, TEPT). − Transtornos somatoformes. • OBS.: Não são efeitos de substâncias, de outra condição clínica não psiquiátrica e/ou outro transtorno mental • Características − Medo e ansiedade excessivos e desproporcionais. − Alteração do comportamento associadas (esquiva, evitação situações que geram ansiedade). − Ataques de pânico – tipo particular de resposta ao medo. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ ✓ Não é exclusivo de transtorno do pânico. ✓ Sudorese ✓ Tremores ou abalos ✓ Taquicardia ou palpitação ✓ Falta de ar ou sufocamento ✓ Dor ou desconforto torácico ✓ Náusea ou vômitos ✓ Calafrios ou ondas de calor ✓ Parestesias ✓ Medo de perder o controle ✓ Medo de morrer − Sintomas persistentes (aproximadamente 6 meses). ✓ Não é necessário aguardar todo esse tempo para iniciar intervenção. − Super estimação de perigo. − Mais comum no sexo feminino (2:1). • Ataques de pânico recorrentes e inesperados. • Medo ou desconforto intensos. • Tem seu pico rápido. • Sinais/sintomas físicos e/ou cognitivos. − Cognitivos → exemplo: desorientação e esquecimento do que está acontecendo. − Físicos → falta de ar, sudorese, taquicardia, etc. • Medo intenso de novos ataques − Muitas vezes as crises são imotivadas, levando pacientes a desenvolverem medo intenso e debilitante de novos ataques. • Comportamentos desadaptativos para evitar os ataques (comportamentos de evitação): − Paciente evita situações que imagina que levarão a novos ataques. − As crises de pânico/ansiedade podem ocorrer em outros transtornos. No caso do transtorno do pânico, ocorre essa alteração comportamental para evitar novas crises • Diagnóstico diferencial: Hipertireoidismo Hiperparatireoidismo Feocromocitoma Distúrbios vestibulares Transtornos epilépticos Transtornos cardiopulmonares Intoxicação por substâncias estimulantes Abstinências de substâncias depressoras • Características − Sensação de nervosismo persistente. − Medo e preocupação frequentes. − Sintomas físicos variados ✓ Tremores ✓ Sudorese ✓ Tonturas ✓ Tensão e dor muscular ✓ Palpitações ✓ Desconforto epigástrico • Transtorno de fobia social − Medo de situações em que há exposição e avaliação. ✓ Ex.: interações sociais, encontrar pessoas novas, medo de falar em público e situações de desempenho. − Evitação → paciente começa evitar encontrar pessoas novas, pelo medo de ter avaliação negativa. − Sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo funcional. • Agorafobia − Comportamento de evitação. ✓ Receio de situações nas quais se apresentar crise de ansiedade não terá suporte − Medo de sair de casa. − Multidões, locais públicos e de difícil acesso. − Muitas vezes, paciente necessita sair acompanhado para se sentir seguro. − Comum associação com transtorno do pânico • Resumo dos transtornos ansiosos. Preocupações e sintomas físicos frequentes Ansiedade generalizada Crises intensas e inesperadas Transtorno de pânico Medo desproporcional de objeto específico Fobia específica Medo de crise e não para onde ir ou como receber ajuda Agorafobia Medo de avaliação, exposição Fobia social https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Resposta exacerbada associada à evento traumático inesperado, fora do curso habitual da vida. − Podem ser transitórias/transtorno do estresse agudo que duram em torno de 30 dias, ou persistirem/transtorno do estresse pós-traumático (TEPT). • Sintomas ansiosos e de evitação podem estar presentes • Sintomas de revivescência repetida do evento traumático. − São necessários para o diagnóstico de TEPT − Exemplos: pesadelos, flashbacks, etc. − Exemplos: guerras, profissionais de saúde na linha de frente na pandemia, assalto, etc. • Não é mais um transtorno ansioso. • Transtorno caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões (a maioria dos pacientes têm os dois, mas não é obrigatório). • Obsessão − Pensamentos recorrentes, intrusivos e indesejados. Paciente sabe que não reais (diferenciando do delírio). − Acompanham-se de ansiedade. • Compulsão − Ações para reduzir ansiedade da obsessão. − Rituais (comportamentais ou até mentais). − Impactam na vida do indivíduo. • Esgotamento profissional • Baixo senso de realização pessoal • Exaustão emocional • Indiferença • Despersonalização • Sentimento de inadequação • Muito associada a médicos e professores • Consequências: − Redução da disposição − Aumento de erros e desatenção − Menos adesão dos pacientes • Frequentes sintomas físicos. • Busca persistente de assistência médica. • Sintomas físicos não se explicam ou não são proporcionais aos achados clínicos. − Isso não significa que são intencionais/simulação. • Transtorno somatoformes não é simulação ou fingimento! Isso pode ser cobrado em provas. • Transtornos: − Transtorno de sintomas somáticos (somatização). − Transtorno de ansiedade de doença (hipocondria). − Transtorno conversivo (transtorno de sintomas neurológicos funcionais) → manifestações neurológicas, como paralisia, cegueira, etc. − Transtorno factício: paciente simula quadro clínico para ter a atenção médica. ✓ É a Síndrome de Munchausen ✓ Pode ocorrer a síndrome por procuração, principalmente, na pediatria • Crise de pânico: benzodiazepínicos. Em especial, clonazepam, alprazolam e diazepam. • TAG: pregabalina (anticonvulsivante), também é uma opção • Antidepressivos: também podem ser utilizados (frequentemente, são a primeira linha de tratamento) − Iniciar com doses baixas para o transtorno do pânico • Psicoterapia • Uso em crise de pânico, abstinência alcóolica, convulsão • Desmame deve ser lento e gradual (50% da dose em 2 semanas) − A suspensão súbita, no caso de pacientes que usam cronicamente, pode levar à síndrome de abstinência, podendo cursar até com crise convulsiva. • Meia-vida maior: mais fácil de retirar − Exemplo: é mais fácil retirar Diazepam/clonazepam, do que alprazolam (meia-vida curta). https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Intoxicação por benzodiazepínicos− Sonolência. − Hipotonia. − Depressão respiratória → doses bastante elevadas. − Disartria. − Bradicardia. − Hipotensão. − Pupilas frequentemente normais. − Coma. − Crianças: reação paradoxal, mesmo em doses baixas, podendo chegar bastante agitadas à emergência. • Antídoto: flumazenil. − Em geral, medidas de suporte são suficientes. − Reservar para uso se sintomas clínicos evidentes de intoxicação • Pode estar associada a outros transtornos ou não • Seu tratamento é baseado em higiene do sono e terapia cognitiva comportamental para insônia (TCCi) • Divide-se em: inicial, de manutenção e terminal • Prejuízo e sonolência durante o dia • Indutores do sono (drogas Z e agonista MT): zolpidem, eszolpiclona, ramelteona − Antigamente as drogas Z eram receitadas através de receituário branco controlado. Com o aumento da dependência, foi alterado para a necessidade de receita azul. − As drogas Z estão associadas ao risco de sonambulismo. • Antidepressivos: trazodona, doxepina, mirtazapina • Antipsicóticos (quetiapina) • Valeriana: doses altas e eficácia ainda baixa • Melatonina: não é opção para insônia e sim para atraso de fase. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Mais comum em homens. • Impacto negativo em saúde e nas esferas social e econômica. • Comorbidade com outros transtornos psiquiátricos • Substâncias com potencial de abuso → capazes desencadear autoadministração repetida: − Por exemplo: álcool, cafeína, nicotina, cocaína, anfetaminas, inalantes, opioides, benzodiazepínicos, drogas Z, maconha, etc. • Favoritos das provas: álcool e nicotina. • Área tegmentar ventral / Núcleo accumbens / Córtex pré-frontal. − Regiões cerebrais associadas ao prazer que pode ser induzido pelo uso de algumas substâncias. • Neurotransmissores envolvidos na sensação de recompensa: − Dopamina: principal; − Opioides endógenos, ação em GABA, etc. • Tendência de tolerância: doses cada vez mais altas são necessárias para o efeito apresentado inicialmente. • Uso contínuo para evitar sintomas de abstinência. Comportamento de busca Sensação prazerosa Normal/neutro Elevada Elevado Elevada/neutra Elevado Reduzida • No começo: comportamento de busca normal/neutro, mas com sensação prazerosa elevada − Com o passar do tempo: comportamento de busca elevado / sensação prazerosa elevada/neutra − Por fim (após alguns meses): comportamento de busca elevado/sensação prazerosa reduzida ✓ Às vezes o uso da substância é mais relacionado ao próprio alívio do desconforto da abstinência. • Baixo Risco → Uso Nocivo → Dependência (Tolerância + Abstinência) − Importante ressaltar que usos pontuais também podem ser nocivos, se em grandes quantidades. Figura 24 - Fonte: CRAFFT (acrônimo de Car; Relax; Alone; Forget; Family/Friends; Trouble) • Escala de Craft: triagem em relação ao risco de desenvolvimento de comportamento perigoso relacionado ao uso de substância • Tratar sintomas existentes e síndromes associadas (ex.: depressão associada) • Prevenção de recaídas • Reabilitação • Evitar progressão para complicações clínicas e formas graves de abstinência • Promover vinculação ao tratamento • Entrevista motivacional: trabalhar com o paciente o como ele está se sentindo em relação a interromper o uso e tentar engajar o paciente no tratamento. • Tratamento individualizado. Entrevista motivacional Tratamento individualizado – plano terapêutico singular Frequentemente – objetivo é a abstinência Tratar comorbidades (psiquiátricas e clínicas). https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Muitas vezes o objetivo do tratamento é a abstinência, mas não sempre, necessariamente. − Importante tratar comorbidades (psiquiátricas e clínicas). • Pré-contemplação − Paciente não manifesta intenção de parar. • Contemplação − Ponderação sobre prejuízos; − Reconhecimento de uso prejudicial; − Ainda sem decisão concreta de parar. • Preparação/planejamento − Marca consulta para se programar; − Reconhecimento de uso prejudicial; − Decisão concreta de parar em breve. • Ação − Modificação significativa no estilo de vida; − Interrupção do uso ou redução importante por um período maior. • Manutenção − Prevenção de recaída. • ‘’Paciente decidiu parar de beber após acidente de carro. Ele conseguiu reduzir há 3 dias a quantidade (de 5 doses de vodka ao dia para 4 doses) e marcou psiquiatra para essa semana para programar interrupção dentro dos próximos meses.’’ Qual é a fase do estado motivacional do paciente acima? − Há decisão concreta de parar; − Programação nesse sentido; − Ainda sem mudança significativa ou duradoura no hábito de uso; − Estado motivacional de preparação/planejamento! • Pode cair em preventiva! • Não há ainda planejamento de interromper uso de substância • Medidas para evitar ISTs, outras infecções, desnutrição, risco social e outros agravos em saúde da população que faz uso de substâncias. − Lembrar do plano terapêutico singular! • Substância psicoativa amplamente utilizada desde os primórdios da civilização • Importantes riscos sociais, econômicos e agravos em saúde • Uso nocivo e/ou dependência por 9,5% da população brasileira • Associação com outros transtornos psiquiátricos e risco de suicídio Neurotransmissor Efeito agudo Efeito crônico Consequências Glutamato Antagonismo e redução na liberação Aumento de receptores e hiperexcitação compensatória (abstinência) Toxicidade cerebral, redução de memória, abstinência GABA Agonismo – hiperpolarização Redução de funcionamento de GABA Tolerância, hiperexcitação na abstinência (tremor, risco de convulsão) Dopamina Aumento da liberação Redução da liberação, produção e metabolismo Reforço, desanimo e apatia na abstinência Opioides Aumento da liberação Redução de endorfinas endógenas Reforço, irritação na abstinência • O álcool é um depressor do SNC − Antagoniza o glutamato que é o principal neurotransmissor excitatório. SISTEMA: COMPLICAÇÃO Cardiovascular: • Cardiologia Alcoólica; • Arritmias; • Aumento de Risco Cerebrovascular. Trato Gastrointestinal: • Esteatose Hepática; • Hepatite Alcoólica; • Fibrose-Cirrose; • Pancreatite; • Neoplasias da Cavidade Oral, Esôfago e Fígado. Sistema Nervoso Central: • Transtorno Amnésico Persistente induzido pelo Álcool. Na Gestante: • Síndrome Alcóolica Fetal: complicações da exposição do feto ao álcool intraútero; • Retardo Mental, hipotonia, microcefalia e malformações craniofaciais, defeitos nos membros e coração. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Distúrbio amnéstico associado ao uso do álcool. − Deficiência de vitamina B1 (hábitos alimentares ruins, má absorção). Diante do internamento de paciente devido a uso crônico de álcool, a administração de tiamina deve anteceder a glicose para evitar o agravamento do quadro. Característica: Síndrome de Wernicke (SW): Síndrome de Korsakoff (SK): Instalação: AGUDA: CRÔNICA: Quadro Clássico: Ataxia de Marcha (acometimento cerebelar) + confusão mental + alteração da motilidade ocular extrínseca (ex.: nistagmo). Amnésia Anterógrada Predominante (não fixa fatos) + confabulação (achado comum). Tratamento: Tiamina (B1) 100mg 2- 3x/dia, por 2-3 semanas, parenteral e antes da glicose. Fase Inicial: Igual a SW; Manutenção: Manter Tiamina por 3 meses a 1 ano. Reversibilidade: Mais provável.de um microrganismo induzir imunidade específica Poder invasivo Capacidade de se difundir no corpo do hospedeiro. Ex.: germe de pele conseguir se espalhar pelo corpo (maior poder invasivo do que um microrganismo que age de forma local). Todo coeficiente mede um risco. Nesse caso, mede o risco de morte, servindo como medida de gravidade. • Coeficiente de Letalidade = nº óbitos por uma doença / nº total de casos da doença − Ao se adquirir uma doença, é o cálculo do risco de morrer por causa dela. − Ex.: 80%: de cada 100 que se contaminam, 80 morrem. • Coeficiente de Mortalidade Geral = nº de óbitos em uma área/ população dessa área. − Risco de morrer ao fazer parte de determinada população. • Coeficiente de Mortalidade Materna = nº óbitos por causas maternas/nº nascidos vivos: − Morte materna: gestante morre durante gravidez, parto ou puerpério (42 dias) devido à causa obstétrica direta ou indireta. − Morte materna tardia: após 42 dias até 1 ano pós- parto (causa relacionada à gestação). ✓ Ex.: infecção de sítio cirúrgico após cesariana que causou sepse e internamento durante 50 dias, culminando em óbito. − Causas obstétricas diretas: doenças que só ocorrem porque há uma gravidez. ✓ Também chamada de causa obstétrica evitável. − Causas obstétricas indiretas: doenças de base que são agravadas pela gravidez ✓ Ex.: Valvopatia reumática que piorou devido à gestação. − Morte materna não obstétrica: gestante ou puérpera que morreu por causa não relacionada à gestação. ✓ Só existe um documento do MS que apresenta esse termo, que pode cair em prova! ✓ Ex.: puérpera levou tiro e morreu; gestação sofreu acidente ao atravessar a rua. − Principais causas de mortalidade materna. 1º: Doenças hipertensivas da Gestação (eclâmpsia/pré-eclâmpsia). 2º: Causas hemorrágicas. 3º: Infecção. • Coeficiente de mortalidade infantil = nº óbitos em 50 anos / nº total de óbitos: − Indicador de mortalidade proporcional à idade. − Quanto maior o nível do índice melhor, visto que significa que quem morre mais são os idosos, ou seja, há uma boa expectativa de vida. Há 4 níveis: ✓ 1º nível: > 75% ✓ 2º nível: 50-74% ✓ 3º nível: 25-49% ✓ 4º nível: 50 anos. − Há 4 níveis de saúde relacionados (4 curvas). − Curva N (Tipo I): a maioria das pessoas morre de forma proporcional antes de completar 1 ano e entre 20-49 anos (população economicamente ativa). ✓ Nível de saúde muito baixo ✓ Não é possível manter um bom PIB/previdência de um país − Curva L (Tipo II): proporcionalmente, quem morre mais são as crianças antes de completar 1 ano de idade, mas começa o aumento da mortalidade de idosos. ✓ A expectativa de vida é melhor; ✓ Nível de saúde baixo. − Curva U ou V (Tipo III): mais gente idosa morre; maior expectativa de vida. ✓ A proporção de morte de criançasMenos provável (dano estabelecido). • Amnésia anterógrada: paciente não fixa fatos • Confabulação: a produção de história (de forma não consciente) pelo paciente para o preenchimento de uma lacuna de memória • Achados clássicos de neuroimagem: − Hipersinal de região talâmica; − Dilatação compensatória do ventrículo devido à atrofia cerebral global; − Hipersinal em corpos mamilares. • Os primeiros episódios de intoxicação costumam ocorrer na adolescência • Interação medicamentosa - aumenta o risco • Complicações − Sexo desprotegido, broncoaspiração de vômito, acidente de trânsito, quedas/traumas cranioencefálicos, etc • Tratamento da intoxicação − Medidas de suporte geral à vida ✓ Hidratação ✓ Vitamina B1 • Quadro clínico varia de acordo com alcoolemia − 1 unidade de álcool ou dose padrão: 10-12g de álcool puro ✓ Ex.: 1 dose de whisky, 1 taça de vinho, etc. − Dose máxima por semana: varia conforme o sexo devido a questões metabólicas/enzimáticas/massa do paciente. ✓ Mulher:14 unidades ✓ Homem: 21 unidades • Uso frequente e repetitivo – maior chance de gerar dependência • São necessárias doses cada vez mais elevadas para obter o mesmo efeito – tolerância • Pode levar a diversos prejuízos clínicos • Paciente passa a fazer uso para evitar sintomas de abstinência • Níveis reduzidos de endorfinas • Como identificar pacientes dependentes ou em risco de dependência? Questionário CAGE − “Cut down (já tentou diminuir/parar a bebida?)” − “Annoyed (irritado por críticas ao seu jeito de beber?)” − “Guilty (culpado por seu jeito de beber?)” − “Eye opener (bebe para conseguir iniciar o dia- aliviar os efeitos da abstinência ou ressaca?)” Duas respostas positivas caracterizam maior risco. • Grupos de Mútua Ajuda (AA) • Psicoterapia individual • Redução de Danos (infecções, estado nutricional, etc) • Naltrexona − Antagonista opioide − Redução do prazer ao beber • Acamprosato − Antagonista parcial de glutamato. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Redução da compulsão − Não disponível no Brasil. • Baclofeno: − Pode ser utilizado − Se disponível, a naltrexona deve ser optada. • Efeito antabuse: − Dissulfiram ✓ Em geral, não costuma estar disponível no Brasil − Inibição da acetaldeído desidrogenase: aumento na concentração de acetaldeído ✓ Acetaldeído: metabólito do álcool que provoca sintomas desagradáveis, sendo produzido se consumida bebida alcoólica − Curiosidade: metronidazol também possui efeito antabuse • Redução de sintomas de abstinência − Benzodiazepínicos de longa duração (diazepam) • Prevenção de quadros amnésicos − Vitamina B1 • Sintomas costumam iniciar após poucas horas sem beber ou com redução da quantidade; • Podem ter gravidade variável. − Sintomas leves: ✓ Ansiedade, depressão, fadiga, irritabilidade, insônia e tremor (primeira e principal manifestação). − Outros: palpitações, pupilas midriáticas, sudorese, pele úmida, vômitos. − Sintomas graves (em geral, 3-4 dias após interrupção): ✓ Convulsões (comum tônico-clônica generalizada, em 3%), delirium tremens, morte (1%). • Quadro clínico grave associado à abstinência de álcool. • Potencialmente fatal. • Sintomas Principais: − Atividade autonômica exacerbada; − Redução do nível de consciência/confusão mental; − Tremores; − Alucinações visuais (zoopsias). • Identificar precocemente (atenção para pacientes internados) • Tratamento: benzodiazepínico de meia-vida longa − Diazepam, clonazepam, lorazepam* – preferencialmente via oral. ✓ Úteis para agitação psicomotora Lorazepam não tem uma vida tão longa, mas é utilizado preferencialmente se houver uma hepatopatia/insuficiência hepática associada. • Se agitação psicomotora intensa/ não melhorou com uso de benzodiazepínicos: antipsicóticos (sintomáticos). • Identificação e manejo de abstinência • Reconhecimento de estado motivacional • Tratamento medicamentoso do etilismo – Fissura. • Aproximadamente 10% dos brasileiros com mais de 18 anos são tabagistas • Redução na expectativa de vida • O componente psicoativo é a nicotina − Agonismo de receptor nicotínico de acetilcolina − Estimulante do SNC: aumenta liberação de dopamina no núcleo aaccumbens indiretamente − Apresenta tolerância, dependência e sintomas de abstinência • Pior qualidade de sono • Aumento de ansiedade basal • Disfunção sexual • Estado trombogênico • DPOC • Humor disfórico • Irritabilidade • Inquietação • Diminuição da FC. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Insônia • Ansiedade • Déficit atencional • Aumento do apetite Avalia o grau de dependência • Tempo depois de acordar você fuma o primeiro cigarro? − Dentro de 5 minutos (3) − 6-30 minutos (2) − 31-60 minutos (1) − Depois de 60 minutos (0) • Acha difícil ficar sem fumar em lugares onde é proibido? − Sim (1) − Não (0) • Qual o cigarro do dia que traz mais satisfação? − O primeiro da manhã (1) − Outros (0) • Quantos cigarros você fuma por dia? − Menos de 10 (0) − De 11 a 20 (1) − De 21 a 30 (2) − Mais de 31 (3) • Você fuma mais frequentemente pela manhã? − Sim (1) − Não (0) • Você fuma mesmo doente quando precisa ficar na cama a maior parte do tempo? − Sim (1) − Não (0) • Grau de dependência (soma dos pontos): − 0-2: muito baixa − 3-4: baixa − 5: média − 6-7: elevada − 8-10: muito elevada • Grupos de mútua ajuda • Psicoterapia (Terapia cognitivo-comportamental) • Número de cigarros consumidos por dia/20 x número de anos de tabagismo. • Dispositivos eletrônicos para fumar cigarros eletrônicos: vape, pod, e-cigarrete, e-ciggy, e-pipe, e- cigar, etc. • Comercialização no Brasil é proibida; • Sistema pods, que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, entre outros; • Esses equipamentos geram o aquecimento de um líquido para criar aerossóis inaláveis. Os líquidos podem conter ou não nicotina em diferentes concentrações, além de aditivos, sabores e substâncias tóxicas à saúde (maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes). • Primeira linha − Reposição de nicotina; − Bupropiona: é um antidepressivo; ✓ Reposição de nicotina + bupropiona é uma combinação possível. − Vareniclina: ✓ Extremamente eficaz para sintomas de fissura; ✓ Cara; ✓ É uma medicação que pode ser usada em monoterapia. • Segunda linha: quando pacientes possuem contraindicação. ✓ Clonidina; ✓ Nortriptilina. • No Brasil, utiliza-se principalmente adesivo e goma de mascar • Adesivos: − Liberação lenta, doses fixas (redução mais lenta), redução de fissura, risco de insônia, reação local. • Goma: − Absorção rápida, doses variáveis, formigamento e dor local. Uma vez iniciada a reposição, interromper cigarro para não causar intoxicação por nicotina! • Contraindicações (relativas): − Gestação − Lesões de pele − IAM imediato? https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Inibidor da recaptação de noradrenalina e dopamina; • Bloqueio fraco de receptores nicotínicos; • Risco de convulsão − Etilismo associada? Cuidado! • Aumento de ansiedade! • Agonismo parcial e alta afinidade por receptores de acetilcolina (α4β2) • Redução da fissura e dos sintomas de abstinência • Difícil acesso: custo. • Contraindicações: − Insuficiência renal grave − Gestação/lactação • Opções de tratamento medicamentoso (1° e 2° linha); • Identificar o estado motivacional. • Droga ilícita mais utilizada no Brasil • Principais canabinoides: THC e CBD: − THC – psicoativo, sintomas psicóticos, sensação de euforia; −CBD – antiemético, anticonvulsivante, redução da dor. • Potencial de dependência e uso nocivo • Risco de indução de psicose • Potencial terapêutico (CBD) • Sintomas duram até 4h após o uso • Quadro eufórico • Comprometimento de coordenação motora e lentificação • Boca seca • Hiperemia conjuntival • Despersonalização/desrealização • Sintomas psicóticos • Aumento do apetite • Tontura • Sem risco significativo cardiorrespiratório • Risco respiratório (quando fumada) • Prejuízo cognitivo • Associação com psicose • Síndrome amotivacional: estado de baixa iniciativa • Em geral, maioria dos jovens interrompe o uso espontaneamente • Psicoeducação • Riscos existem • Psicoterapia • Se psicose − Antipsicóticos • Síndrome amotivacional − Antidepressivos • Tratar comorbidades • Uso menor que 0,5% da população mundial • Risco elevado de adição • Ação estimulante – dopamina • Subprodutos da erythroxylum coca • Diversas vias de administração • Irritabilidade • Euforia, aumento de energia • Agitação psicomotora • Desinibição • Sintomas psicóticos • Ação simpaticomimética − Hipertermia, espasmos, vasoconstrição, taquicardia, aumento da PA, sudorese, tremor, midríase. • Início de ação mais rápido e menor duração − Maior fissura • Elevado risco social − Em especial no uso de crack • Comprometimento isquêmico cerebral https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Risco aumentado de convulsão • Irritação • Anedonia • Sonolência − Decorrente da retirada da substância excitatória • Ansiedade • Lentificação • Intensa fissura • A abstinência dura em média um dia (a fissura pode permanecer mais tempo) • Grupos de mútua ajuda • Agitação − Benzodiazepínicos e antipsicóticos de alta potência e atípicos. • Pouca eficácia medicamentosa para fissura (é feito uso off-label de algumas medicações) • Manejo sintomático (psicose, ansiedade, etc) • Atenção clínica − Convulsões − Risco cardiovascular − Overdose etc. Substância Intoxicação Uso crônico Abstinência Álcool (depressor) Sonolência, incoordenação, lentificação, desinibição, coma Complicações clínicas, sind. Amnéstica, Aumento de FC, FR e PA, tremor, ansiedade, inquietude, delirium, convulsão Benzodiazepínico (depressor) Sonolência, lentificação, coma Amnesia, prejuízo atencional (reversível) Irritação, tremor, ansiedade, convulsão Crack/cocaína (estimulante) Euforia, tremor, psicose, midríase Desenvolve fissura intensa, risco social Sonolência, lentificação, depressão Nicotina (estimulante) Energia, concentração, vígil Risco cardiovascular Ansiedade, fissura, irritabilidade Opioides Euforia, náuseas, constipação intestinal, hipotensão, broncoconstrição, bradicardia, miose Venoso – risco tromboembólico Sudorese, lacrimejamento, rinorreia, agitação, ansiedade, insônia Maconha (THC; CBD) Hiperemia conjuntiva, redução de concentração Sind. Amotivacional Irritação, poucos sintomas • Lembrar que, no geral, o efeito da intoxicação tem efeito oposto aos sintomas de abstinência. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Todos os adultos (≥ 18 anos) devem ter a PA no consultório medida e registrada (Grau A), nas seguintes periodicidades: − 3-5 anos entre 18-39 anos sem fator de risco − Anualmente se cor negra ou PA não ótima ou sobrepeso/obesidade • Está recomendado o rastreamento da hipertensão arterial nos adultos (acima de 18 anos) sem o conhecimento de que sejam hipertensos − Alguns documentos indicam rastreamento anual e outros indicam a cada 2 anos. • Rastreamento a partir dos 35 anos no homem e 45 anos nas mulheres. − Com lipidograma – colesterol total e fração + triglicerídeos. • Homens com idade entre 20 e 35 anos e mulheres com idade entre 20 e 45 anos que apresentem um único dos fatores de risco abaixo descritos para doença coronariana também devem ser rastreados: − Diabetes, tabagismo, hipertensão e obesidade; − História prévia de doença coronariana ou doença aterosclerótica não coronariana (ex.: aneurisma de aorta abdominal, doença arterial periférica, estenose de artéria carótida); − História familiar de doença cardiovascular em homens abaixo dos 50 e mulheres abaixo dos 60 anos. Figura 25 - Fonte: https://clinicadotempo.com/bom-e-mau-colesterol/ • Rastreamento em homens: − 35 anos ou mais (grau A) − 20-35 anos se alto risco para DAC (grau B) • Rastreamento em mulheres: − 45 anos ou mais se alto risco para DAC (grau A) − 20-45 anos se alto risco para DAC (grau B) • Critérios para rastreamento do DM2 em adultos assintomáticos: − Todos os indivíduos com 35 anos ou mais, mesmo sem fatores de risco, e indivíduos com sobrepeso/obesidade com pelo menos um fator de risco adicional ou FINDRISC alto ou muito alto. São critérios adicionais: Pré diabético em exame prévio, Diabetes gestacional prévio ou recém-nascido GIG. − Utilizar como critério diagnóstico a glicemia plasmática em jejum ≥ 126mg/dL; a glicemia duas horas após uma sobrecarga de 75g de glicose ≥ 200 mg/dL OU a HbA1c ≥ 6,5%. − É necessário que dois exames estejam alterados. Se somente um exame estiver alterado, este deve ser repetido para confirmação. − Repetir o rastreamento em intervalos mínimos de 3 anos em adultos sem fator de risco. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://clinicadotempo.com/bom-e-mau-colesterol/ − Repetir o rastreamento anualmente em adultos com fator de risco. − FINDRISC: Escore Finlandês de risco de Diabetes • O macete abaixo irá ajudá-lo a lembrar das especificidades dos rastreamentos: • Rastreio X diagnóstico precoce (segundo algumas fontes) − Rastreio – pacientes assintomáticos − Diagnóstico precoce – pacientes sintomáticos População Recomendação Grau Adultos de 50 a 75 anos Rastreio recomendado A Adultos de 45 a 49 anos Rastreio recomendado B Adultos de 76 a 85 anos Rastreio seletivo a partir de individualização da conduta. Benefício é pequeno C • Resumindo: faz rastreio entre 45 e 75 anos. Exame Intervalo Hemoglobina humana fecal (FIT) 1/1 ano Sangue oculto fecal (guaiaco) 1/1 ano Colonoscopia virtual 5/5 anos Retossigmoidoscopia flexível (RS) 5/5 anos RS + FIT 10/10 anos Colonoscopia 10/10 anos • Recomendações: − Recomenda-se o rastreamento para o câncer de cólon e reto usando pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia ou sigmoidoscopia, em adultos entre 50 e 75 anos. Os riscos e os benefícios variam conforme o exame de rastreamento. Grau de recomendação A. − Recomenda-se contra o rastreamento de rotina para câncer de cólon e reto em adultos entre 76 e 85 anos. Pode haver considerações que suportem o rastreamento desse câncer individualmente. Grau de recomendação C. − Recomenda-se contra o rastreamento de câncer de cólon e reto em pacientes de 85 ou mais. Grau de recomendação D. HAS DISLIPIDEMI A DM 2 Todo mundo ≥ 18 anos 35 anos no homem e 45 anos nas mulheres SE ALTO RISCO PARA DAC 20 e 35 anos no homem e 20 e 45 anos na mulher COM RISCO PARA DAC Todo mundo ≥ 35 anos OU sobrepeso ou obesidade + fator de risco OU FINDRISC alto ou muito alto https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia: − A recomendação também é para o rastreamento anual emhomens com mais de 50 anos; − Homens de raça negra, com parentes de primeiro grau (pai e irmão) com câncer de próstata e obesos devem começar o rastreamento com 45 anos; − Após os 75 anos, deverá ser realizado, quando não há sintomas, apenas naqueles com expectativa de vida acima de 10 anos. • Não realizar rastreio (Sociedade Brasileira de Urologia), se: − Sobrevida 70 anos • Ministério da Saúde e OMS − NÃO REALIZAR, EM NENHUMA FAIXA ETÁRIA!!! • Quem rastrear? − 50-80 anos E carga ≥ 20 maços/ano; interrupçãosaúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde II. Necessitam de cuidados de menor complexidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência, com menor necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimento das UBS III. Não se enquadram nos critérios previstos para as modalidades AD2 e AD3 descritos nesta Portaria − AD1: são pacientes compensados, necessitando, assim, de cuidados de menor complexidade AD2 Pessoas com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS com maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo, definidas em um rol de procedimentos domiciliares EMADs apoiadas pelas EMAPs AD3 Pessoas com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBSA com maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo e uso de equipamentos ou agregação de procedimentos de maior complexidade: Ventilação mecânica, paracentese de repetição, nutrição parental, transfusão sanguínea EMADs apoiadas pelas EMAPs − AD2/AD3: exigem cuidado mais contínuo Cuidado domiciliar Atendimento domiciliar Visita domiciliar Internação domiciliar https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.flaticon.com/br/buscar?word-doente&type-sticker https://www.flaticon.com/br/buscar?word-doente&type-sticker ✓ São necessárias as equipes multiprofissionais de atendimento domiciliar (EMADs), que são apoiadas pelas equipes multiprofissionais de apoio (EMAPs) ✓ AD2: necessita de maior frequência de cuidado ✓ AD3: necessita de procedimento complexo • Rol de procedimentos − AD2 ✓ Procedimento (curativos complexos, drenagem de abscesso, uso de aspirador etc.) ✓ Dependência de monitoramento de sinais vitais ✓ Exames de laboratório frequentes ✓ Adaptação para uso de traqueostomia, sondas ou órteses/próteses ✓ Cuidados paliativos ✓ Cuidados pós-operatórios ✓ Reabilitação de pessoas com deficiência permanente ou transitória que necessitem de atendimento contínuo ✓ Atenção nutricional ou aplicação de medicação EV ou SC − AD3: ✓ Incluem os requisitos de AD2 + necessidade de suporte ventilatório não invasivo; CPAP; BIPAP; diálise peritoneal ou paracentese • Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) − EMAD Tipo 1 (população igual ou superior a 40.000) ✓ Médicos com carga horária somada mínima de 40h semanais ✓ Fisioterapeuta e/ou assistente social com carga horária somada mínima de 30h semanais ✓ Enfermeiros com carga horária somada mínima de 40h semanais ✓ Auxiliares/técnicos de enfermagem com carga horária somada mínima de 120h semanais ✓ Nenhum profissional com carga horária semanal (CHS) menor do que 20h. Se o médico atuar por 20h, deve-se haver pelo menos 2 médicos na equipe − EMAD Tipo 2 (população entre 20.000 e 40.000 habitantes) ✓ Médico com CHS de 20h semanais ✓ Enfermeiro com CHS de 30h semanais ✓ Auxiliares/técnicos de enfermagem com carga horária somada mínima de 120h semanais ✓ Fisioterapeuta e/ou assistente social com CHS de 30h semanais ✓ Nenhum profissional com CHS menor do que 20h • Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP) − 3 profissionais com somatório de CHS de 90h, entre ✓ Assistente social ✓ Nutricionista ✓ Farmacêutico ✓ Fisioterapeuta ✓ Odontólogo ✓ Fonoaudiólogo ✓ Psicólogo ✓ Terapeuta ocupacional • Promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados, da gestação aos 9 (nove) anos de vida, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento • Esta política é orientada pelos seguintes princípios: − Direito à vida e à saúde − Prioridade absoluta da criança ✓ Incluindo para a preferência de atendimento médico e nas políticas sociais. − Acesso universal à saúde − Integralidade do cuidado − Equidade em saúde − Ambiente facilitador á vida − Humanização da atenção − Gestão participativa e controle social • Gestão interfederativa das ações de saúde da criança (municipal, estadual e federal) • Organização das ações e dos serviços na rede de atenção • Promoção da saúde https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Fomento à autonomia do cuidado e da corresponsabilidade da família • Qualificação da força de trabalho do SUS • Planejamento e desenvolvimento de ações • Incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento • Monitoramento e avaliação das ações • Intersetorialidade • Intersetorialidade − Trata-se da integração de ações de setores diferentes para fortalecer a saúde da criança • Há 7 eixos estratégicos − 1) Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém- nascido − 2) Aleitamento materno e alimentação complementar saudável − 3) Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral − 4) Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas − 5) Atenção Integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz − 6) Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade − 7) Vigilância e prevenção do óbito infantil. Figura 28 – Redes de atenção à saúde. − Todas as redes de atenção à saúde estão integradas entre si, permitindo, assim, resolubilidade • Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos e ampliação do acesso à saúde integral • Reduzir a morbimortalidade feminina • Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no SUS Figura 29 – Rede cegonha. Fonte: saúde.gov.br • Surge em 2011 como desdobramento da PNAISM • Pacote de ações para atendimento integral da saúde da mulher com qualidade • Há 04 componentes − Pré-natal − Parto e nascimento − Puerpério e atenção integral à saúde da criança − Sistema logístico (transporte e regulação) • Diretrizes − Acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, ampliação do acesso do pré- natal − Vinculação da gestante à unidade de referência para o parto e ao transporte seguro − Boas práticas na atenção ao parto e nascimento − Atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses com resolutividade − Acesso às ações de planejamento reprodutivo • Lei 10.741/2003: Estatuto da Pessoa Idosa (>60 anos) − Garantia de prioridade de acesso à rede de serviços de saúde (maiores de 80 anos, preferência especial) https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Direto a acompanhante em tempo integral na internação − Unidades geriátricas de referência − Cobrança de valores diferenciados pelos planos de saúde − Não discriminação no trabalho (ex. demissão) 3.4.1.1 Geral • Promover a saúde integral da população LGBT, eliminando a discriminação e o preconceito institucional e contribuindo para a redução das desigualdades e para consolidação do SUS como sistema universal, integral e equitativo 3.4.1.2 Específicos (destaques) • Monitorar, avaliar e difundir indicadores de saúde e serviços para a população LGBT • Reduzir danos por uso excessivo de medicamentos, especialmente por travestis e transexuais • Garantir acesso ao processor transexualizador no SUS • Prevenir cânceres ginecológicos (cérvico uterino e de mamas) entre lésbicas e mulheres bissexuais • Prevenir câncer de próstata e ampliar o tratamento entre gays, homensbissexuais, travestis e transexuais • Incluir ações educativas de rotina nos serviços de saúde para promoção da autoestima da população LGBT • Reduzir os problemas relacionados à saúde mental, drogadição, alcoolismo, depressão e suicídio entre a população LGBT • Garantir o uso do nome social de travestis e transexuais • Aprovada pela portaria 254/2002 • A SESAI/MS (Secretaria Especial de Saúde Indígena) coordena e executa a PNASPI e a gestão do SASI-SUS (Subsistema de Atenção à Saúde Indígena) • 5 subtipos de Unidades de Atenção à Saúde Indígena − Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) − Polo Base Tipo I (dentro da aldeia) − Polo Base Tipo II (no município) − Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) − Casa de Saúde Indígena (CASAI) 3.5.1.1 Distrito Sanitário especial Indígena (DSEI) • O conceito utilizado nesta proposta define o Distrito Sanitário Indígena como um modelo de organização de serviços – orientado para um espaço etnocultural dinâmico, geográfico, populacional e administrativo bem delimitado -, que contempla um conjunto de atividades técnicas, visando medidas racionalizadas e qualificadas de atenção à saúde, promovendo a reordenação da rede de saúde e das práticas sanitárias e desenvolvendo atividades administrativo- gerenciais necessárias à prestação da assistência, com controle social 3.5.1.2 Polos-Base • Os polos são a primeira referência para os agentes indígenas de saúde que atuam nas aldeias. Podem estar localizados numa comunidade indígena ou num município de referência. Neste último caso, correspondem a uma unidade básica de saúde, já existente na rede de serviços daquele município. A maioria dos agravos à saúde deverão ser resolvidas nesse nível 3.5.1.3 casas de saúde indígena (CASAI) • Localizadas em municípios de referência dos distritos a partir da readequação das Casas do Índio. Essas Casas de Saúde deverão estar em condições de receber, alojar e alimentar pacientes encaminhados e acompanhantes, prestar assistência de enfermagem 24 horas por dia, marcar consultas, exames complementares ou internação hospitalar, providenciar o acompanhamento dos pacientes nessas ocasiões e o seu retorno às comunidades de origem, acompanhados das informações sobre o caso Figura 30 – Organização do Distrito Sanitário Indígena e modelo assistencial. Fonte: https://www.gov.br/saude/pt- br/assuntos/noticias/2017/agosto/unidades-da-saude- indigena-contam-com-nova-classificacao-para-subtipos- de-estabelecimentos-no-cnes https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ instagram.com/eumedicoresidente/ youtube.com/@eumedicoresidente linkedin.com/company/eu-medico-residente/about/ WhatsApp: 55 (81) 98276-3620 t.me/eumedicoresidente contato@eumedicoresidente.com.br www.eumedicoresidente.com.br/ É terminantemente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem a expressa autorização do autor e das edições criadas pelo EMR - Eu Médico Residente ©. A violação dos direitos autorais dessa obra caracteriza crime descrito na legislação em vigor, sem prejuízo das sanções civis cabíveis. https://www.instagram.com/eumedicoresidente/ https://www.youtube.com/@eumedicoresidente https://www.linkedin.com/company/eu-medico-residente/about/ https://t.me/eumedicoresidente mailto:contato@eumedicoresidente.com.br https://www.eumedicoresidente.com.br/ http://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/• VALOR PREDITIVO NEGATIVO Especificidade x (1-prevalência) (especificidade x 1- prevalência) + (1-sensibilidade) (especificidade) • RV Positiva: quantas vezes mais um teste positivo ocorre em doentes do que em não doentes. − Sensibilidade / (1 – Especificidade) • RV Negativa: quantas vezes mais um teste negativo ocorre em não doentes do que em doentes. − (1- Sensibilidade) / Especificidade • Relação sensibilidade (ordenadas) x 1 - especificidade (abscissas). • Acurácia = a + d/ a + b + c +d Figura 3 - Curva ROC. Fonte: https://www.scielosp.org/article/ rbepid/2004.v7n3/259-269/ − Valores mais altos no gráfico indicam maior sensibilidade; − Valores mais à esquerda no gráfico denotam maior especificidade: ✓ Isso ocorre porque o eixo x é 1 – especificidade − A acurácia é representada pela área abaixo da curva. − TESTE DOENÇA + DOENÇA - + - VP FP FN VN TESTE DOENÇA + DOENÇA - + - VP (a) FP (b) FN (c) VN (d) https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • GRANDES GRUPOS: − Descritivos: Realizam a descrição de algo; − Analíticos: Faz uma análise de algo de interesse para o estudo. • Quando se analisa o seguimento do grupo de pacientes, podemos não realizar este seguimento e avaliá-los em apenas uma situação, ou realizar um acompanhamento mais contínuo. Assim, pode ser: − Transversal: Análise única do paciente estudado. − Longitudinal: Análise ao longo do tempo. Podendo ser PROSPECTIVO X RESTROSPECTIVO. • Por fim, é importante avaliar como as variáveis foram analisadas: − Agregadas: Variáveis avaliadas juntas; − Individuais: Variáveis avaliadas em separado. Prospectivo: é o estudo que inicia do presente e continua para o futuro. Retrospectivo: é o estudo que inicia do presente e volta para avaliações de fatos já ocorridos. • Como já explicado, os estudos observacionais são os que não fazem intervenção: − ESTUDOS DESCRITIVOS: Relato e séries de caso. ✓ São a descrição do caso, procedimentos e conclusão. Caso haja 3-10 casos descritos, passa a se chamar Série de Casos. − ESTUDOS TRANSVERSAIS (ou seccional): ✓ Prevalência: É observacional (não faz intervenção), transversal (em um único momento) e individual (avalia cada um dos pacientes e variáveis em separado). ✓ Ecológico: É observacional, transversal e AGREGADO (população como um todo). • Os estudos, em geral, apresentam uma medida de associação. Que neste caso é a RAZÃO DE PREVALÊNCIA. • Aqueles que fazem o acompanhamento do paciente ao longo do tempo. • TIPOS DE ESTUDO: − COORTE: Analítico, observacional, longitudinal e individual. Parte do FATOR DE RISCO → DOENÇA − E essa coorte pode ser de duas formas: ✓ Prospectiva, clássica (Inicia pelo FATOR DE RISCO hoje e continua até a possível apresentação futura da doença). ✓ Retrospectiva (Inicia pelo Fator DE RISCO no passado e continua até a possível doença, com conclusão ainda no passado – EX: início em 1980 e conclusão 1990). − Lembrando que, quando se fala em exposição, está havendo referência a ser exposto ao fator de risco. ✓ Vantagens: é adequado para EXPOSIÇÕES RARAS; Avalia vários desfechos. Descreve incidência e história natural ✓ Desvantagens: Longa duração, alto custo, perda de pacientes durante o seguimento. • CASO-CONTROLE: Analítico, observacional, longitudinal, individual e RETROSPECTIVO. − Parte da DOENÇA: FATOR DE RISCO. − É adequado para DOENÇAS RARAS! Mas não para identificar fatores de risco raros − Medidas de associação: ODDS RATIO (razão de chances ou razão de produtos cruzados). ✓ Vantagens: Rápido e barato. Avalia vários fatores de risco. ✓ Desvantagens: Viés de seleção (quando o grupo que tem a doença e o grupo que não tem a doença são muito heterogêneos), Viés de memória (quando o paciente não lembra de fatores relacionados à exposição que ocorreu no passado). Avalia apenas 1 doença. • ENSAIO CLÍNICO: Analítico, intervencionista, longitudinal, prospectivo e individual. Medida de associação Razão de prevalência Prevalência expostos ---------------------- Prevalência não expostos https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Apresenta divisão em fases, sendo uma “pré- clínica” e quatro fases “clínicas”. − Tipos de intervenção: vacina, medicação, procedimento. Normalmente comparados ao placebo, de modo a observar se há desenvolvimento de um desfecho ou não. • Além da divisão, é importante saber as medidas de associação dos ensaios clínicos. − Vantagens: Randomizar. Cegar − Desvantagens: problemas legais e éticos, caro, difícil de realizar e concluir. Efeito Hawthorne (comportamental) e efeito placebo. É importante entender que, no Ensaio clínico, quando se fala em exposição, há referência a exposição ao tratamento/ intervenção propostos no estudo!!! Nível Tipo de estudo 1A Revisão Sistemática (com homogeneidade) de Ensaios Clínicos Controlados e Randomizados. 1B Ensaio Clínico Controlado e Randomizado com intervalo de Confiança Estreito. 1C Resultados Terapêuticos do Tipo “tudo ou nada”. 2A Revisão Sistemática (com homogeneidade) com Estudos de Coorte. 2B Estudo de Coorte (incluindo Ensaio Clínico Randomizado de Menor Qualidade). 2C Observação de Resultados Terapêuticos (outcomes research); Estudo Ecológico. 3A Revisão Sistemática (com homogeneidade) de Estudos de Caso-Controle. 3B Estudo de Caso-Controle. 4 Relato de Casos (incluindo Coorte ou Caso-Controle de Menor Qualidade). 5 Opiniões desprovidas de avaliação crítica ou baseada em matérias básicas (estudos fisiológicos ou estudos com animais). • Erros Sistemáticos: Erro do pesquisador: − Viés de seleção: quando grupos de comparação são heterogêneos: resolve fazendo a randomização − Viés de memória: acontece no caso-controle quando paciente pode não lembrar se foi ou não exposto a determinados fatores de risco − Viés de aferição: quando os métodos de coleta dos dados diferem entre os grupos (p.ex. laboratórios com métodos diferentes de testagem; tensiômetro não calibrado) − Viés de publicação: maioria dos estudos não são publicados porque muitas vezes o achado do estudo não interessa aos pesquisadores (p.ex. medicação nova A do estudo não se mostrou superior à medicação B que já estava no mercado). − Viés de confusão: quando há algum fator de confusão entre os grupos, o que pode resultar na impossibilidade de comparação. ✓ Ex. Estudo avaliou a ingestão de café e IAM viu que as pessoas que mais ingeriam café eram as que tinham mais IAM. Depois observaram que não era o café, mas o cigarro: geralmente as pessoas que tomavam café eram pessoas que fumavam mais, logo o café foi um fator de confusão. • Erro ao Acaso: São erros imprevisíveis e que não podem ser controlados, mesmo com uma boa execução de todas as etapas do estudo. Podem ser estimados por testes estatísticos: − P 1, o valor do IC sempre deve estar acima de 1; já se RR(se droga funciona) e segurança (doses terapêuticas) em DOENTES DOENTES FASE II Animais não-humanos (problema translacional) FASE PRÉ- CLÍNICA Idem em coorte maior (milhares FASE III Farmacovigilância na comercialização FASE IV https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Exemplo: ✓ RR = 1,7 - (IC95: 1,2-2,3) → Há significância estatística. ✓ Ao estudar 2 medicações (A e B), podemos dizer que a medicação A é um fator de risco para desenvolver a doença (RR>1) e ela tem um risco de 1,7 a mais do que a medicação B. E, ao repetir o estudo 100x, o RR sempre ficou entre 1,2 e 2,3, ou seja, sempre foi um fator de risco. ✓ RR = 1,7 – (IC95: 0,5-2,3) → Não há significância estatística. ✓ Aqui, a droga mostrou ser um fator de risco também (RR 1,7). Entretanto, ao observar o intervalo de confiança, teve estudo que mostrou ser fator de risco (2,3) e teve vezes que ela era fator protetor (0,5). Assim, não tem significância estatística. OBS.: Sempre que o RR estiver 1 é fator de risco. • Hipótese Nula: Em um estudo clínico sobre o efeito de um medicamento, por exemplo, a hipótese nula costuma ser contrária à hipótese de investigação. Se a hipótese de investigação é de que o tratamento é eficaz para o controle de uma doença, a hipótese nula será ́ contrária (ela dirá ́ que o medicamento não é eficaz): − Erro tipo alfa ou erro tipo 1: falso-positivo ✓ Ocorre quando rejeitamos a hipótese nula, sendo ela verdadeira. Ou seja: quando afirmamos que a intervenção nova funciona quando, na verdade, não funciona. − Erro tipo beta ou erro tipo 2: falso-negativo. • Ocorre quando não rejeitamos (ou seja, aceitamos) a hipótese nula, sendo ela falsa. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Frequência: − Incidência: coeficiente de caso novo. Para utilizar essa medida tem que ser um estudo prospectivo e longitudinal. Ex.: coorte, ensaio clínico; − Prevalência: pode ser extraído através de estudos transversais. • Associação: − Razão de prevalência: transversal; − Odds ratio: caso controle; − Risco relativo: coorte, ensaio clínico; − Redução do risco relativo: ensaio clínico; − Redução absoluta do risco: ensaio clínico; − Número necessário para tratar: ensaio clínico. • Estatística: − Erros sistemáticos; − Erro aleatório. • Mais utilizado em estudo transversal; • Razão de prevalência = Prevalência do evento nos expostos / prevalência do evento nos não expostos; • Ex.: você trabalha em uma UBS e decidiu fazer o seguinte estudo: − Avaliar, na sua área, as pessoas hipertensas e não hipertensas e se elas fumam; − Em um único dia, você aplicou um questionário para 200 pessoas: − Desse modo, o resultado quer dizer que a prevalência da hipertensão nas pessoas que fumam é 2x maior do que nas que não fumam. OBS.: Não posso dizer que o fumo é um fator de risco para hipertensão, apenas posso dizer que a prevalência da hipertensão em pessoas que fumam é 2x maior. • Relação da incidência do desfecho entre expostos e não expostos a um fator de risco; − Pode acontecer em qualquer estudo de associação, sendo mais comum em coorte e ensaio clínico. • Cálculo: Incidência expostos / Incidência não expostos; − Incidência expostos = A/A + B; − Incidência não expostos = C/ C + D; − Assim: • Avalia o risco de desenvolver a doença: − RR = 1 → o estudo não apresentou relação de associação entre fator e efeito; − RR > 1 → possibilidade de o fator ser de risco, já que a exposição aumenta o risco de surgimento do efeito → quem está mais exposto, irá ter mais desfecho do que quem não está exposto. − RRmenos; Figura 4 – Fonte: https://www.inf.ufsc.br/~andre.zibetti/ probabilidade/normal.html • Desvios-padrão (DP): − 1DP = 68%; − 2DP = 95%; − 3DP = 99,7%. • Temporalidade: é o critério mais importante; leva em conta que o fator de risco só está associado à doença, se ele vem antes da doença; isso é obrigatório, para que determinada exposição seja risco para doença. Se a exposição acontece após doença, não pode ser fator de risco; − Ex.: Foi observado que o tabagismo é fator de risco para neoplasia de pulmão. • Força de Associação: Pessoas expostas possuem mais chance de desenvolver determinada doença do que pessoas não expostas, assim a incidência deve ser maior nos expostos. Está intimamente relacionada a risco relativo do estudo de coorte ou à parte da odds ratio do estudo de um caso controle; − Ex.: Relação entre tabagismo e câncer de pulmão; fumantes têm maior chance de desenvolver câncer de pulmão do que não fumantes. • Consistência: A relação deve ser condizente com os achados de outros estudos, ou seja, há outras pesquisas com os mesmos resultados. − Ex.: Fisiopatologicamente é comprovado que o paciente tabagista desenvolve neoplasia de pulmão pelo uso do cigarro. • Plausibilidade Biológica: Relação plausível segundo história natural • Gradiente Biológico (efeito dose-resposta): Incidência maior quanto maior a exposição: − Ex.: Quem fuma 20 cigarros ao dia tem mais chance de desenvolver câncer, comparado a quem fuma 10. • Especificidade: Aquele fator causa aquela doença. − Ex.: A cólera é causada pelo V. cholerae. • Analogia: Mesmo evento bem explicado na literatura; existe correlação com outras condições já estudadas − Ex.: Tabagismo pode causar câncer de bexiga? Sabe- se que pode causar câncer de pulmão; então, possivelmente, pode causar neoplasias em outros sítios, como a bexiga. • Coerência: O que se busca provar não entra em conflito com o já conhecido; • Evidência de Estudos Experimentais: Poder de experimentação; estudos experimentais evidenciaram a relação proposta. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Definição: São os vários tipos de organizações de saúde espalhas mundo à fora → o Sistema Único de Saúde (SUS) é a organização de saúde brasileira • Bismarckiano: Alemanha → saúde restrita a quem contribui (quem trabalha com carteira assinada) − Semelhanças Brasil: IAPS, INPS, INAMPS • Beverigdiano: Inglaterra → saúde para todos − Semelhanças no Brasil: SUS • Assistência à saúde: − O Estado oferece saúde apenas às pessoas que não podem cuidar da própria assistência (p.ex. pessoas que não têm acesso financeiro ao plano de saúde) − Ações limitadas Ex: Estados Unidos da América (EUA) • Seguro Social → modelo Bismarckiano − Financiamento por empregadores e empregados; − Cobertura aos contribuintes e seus familiares; − Ex: Alemanha (modelo bismarckiano) − Brasil antes do SUS. • Seguridade Social → modelo Beverigdiano − Acesso universal ao sistema de saúde; − Modelo do SUS; − 3 pilares → políticas públicas que protegem a população ✓ Saúde: acesso para todos; ✓ Previdência: aposentadoria; ✓ Assistência social: Bolsa Família; Minha Casa, minha Vida etc. • Brasil colônia − Não havia preocupação com a saúde, pelos portugueses − A população era tratada por pajés, curandeiros ou boticários (intinerantes) • Brasil Império − 1822 ✓ Em 1808, a família Real chegou ao Brasil − Início da construção das escolas de Medicina, com o intuito de atender a Corte ✓ A 1ª Faculdade de Medicina do país foi fundada na Bahia: Faculdade de Medicina da Bahia (FAMEB) − Na época, havia diversas doenças transmissíveis no país, principalmente as pestes, que dificultavam o comércio → trazidas pelos portugueses da Europa • República Velha (1989-1930) − Doenças transmissíveis (peste bubônica, febre amarela, varíola) − Modelo assistencial sanitarista: famosas campanhas sanitárias − Assistência privada: pessoas com dinheiro − Modelo capitalista → Lei Elói Chaves: Caixa de aposentadorias e pensões (CAPs) – 1923 ✓ Trabalhadores iniciaram a busca por melhora dos direitos trabalhistas, através de greves, cuja Lei em questão fomentou a criação de caixas de aposentadorias e pensões vinculadas à trabalhadores assalariados • Era Vargas (1930-1964): − IAPs: instituto de aposentadorias e pensões → As diversas CAPs eram unificadas em um IAP − Santas Casas: Filantropia (forneciam saúde como caridade) − Ministério da Educação e Saúde − Ministério da Saúde (1953): apenas com o modelo assistencial sanitarista • Governo Militar: − Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) - 1966: unificação das IAPs; − Compra de serviços privados: os serviços privados cobravam de forma exorbitante, sem conlcuir completamente a demanda cobrada − Quem não contribuiu: pagamento direto ou recorriam a instituições filantrópicas − Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS): desmembramento do INPS − Reforma sanitária brasileira: ✓ Movimento civil com participação de políticos que pretendia mudar o sistema de saúde ✓ Buscava o fim do sistema de seguro social. ✓ “Saúde, direito de todos e dever do estado” ✓ Princípios defendidos: universalidade, integralidade, participação popular e descentralização ✓ 8ª conferência nacional de saúde (1986): Início da criação do Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS) • Nova República − 1990: INPS + IAPAS = Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) → resolução de processos relacionados a benefícios e providência − 1993: INAMPS integrado ao SUS. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ ✓ 1970 – Reforma Sanitária Brasileira. ✓ 1986 – 8ª Conferência Nacional de Saúde: pontapé inicial para o surgimento do SUDS (em 1987) ✓ 1988 – Constituição Federal (Artigo 196 a 200): SUS ✓ 1990 – Lei 8080/90 ou Lei Orgânica do SUS: Regulamenta os princípios-chaves do SUS ✓ 1990 – Lei 8142/90 Lei Orgânica do SUS: participação social e transferência de recursos regular e automática NOB 91 • Centraliza gestão no nível federal; • Cobra criação dos Conselhos Municipais de Saúde, do Fundo Municipal de Saúde e do Plano Municipal de Saúde. → centralizou os serviços a nível federal. NOB 92 • Reafirma os preceitos da NOB 91. NOB 93 • Regulamenta o processo de descentralização e de financiamento. • Institui transferência regular e automática (fundo a fundo); • Institui as Comissões Intergestores (bipartite: Estados e municípios; e tripartite: Estado, município e União) NOB 96 • Cria o PAB (piso da atenção básica): A atenção Básica (AB) ganha força • Modelos de gestão: − Municipal (Plena da Atenção Básica ou Pleno do Sistema Municipal) − Estadual: Avançada ou Plena. • NOAS 2001 − Plano Diretor de Regionalização; − Instituiu o PAB ampliado. • NOAS 2002 − Gestão plena da Atenção Básica Ampliada. • Portaria 399/2006. • Dividido em 3 grandes eixos: − Pacto pela Vida: olhar voltado às prioridades da saúde ✓ Saúde do idoso ✓ Prevenção específica e tratamento precoce de Câncer de colo de útero e mama ✓ Combate à mortalidade infantil e materna. ✓ Combate as doenças emergentes e endêmicas (tuberculose, dengue, influenza, malária e hanseníase) ✓ Solidificar ações de promoção da saúde e atenção básica − Pacto em Defesa do SUS: reforça e defende o SUS − Pacto de Gestão do SUS: organiza a gestão do SUS • Decreto 7508/2011: − Contrato Organizativo de Ações Públicas de Saúde (COAP) − Regiões de Saúde − Redes de Atenção à Saúde − Comissão intergestores ✓ Comissão Intergestores Bipartite (CIB): Municípios e Estados; ✓ Comissão Intergestores Tripartite (CIT): Municípios, Estados e União. • Agrupamento de municípios limítrofescom aspectos semelhantes em relação à cultura, economia, via de transporte etc. que decidem se unir para fornecer o máximo de serviços de saúde para aquela população. Eles se complementam. • EX: município A tem serviço de neurologia e o B não possui. Já o B possui serviço de cardiologia e o A não possui. Com a região de saúde, os municípios A e B terão ambos os serviços. “Espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.” • Deve conter, no mínimo, ações e serviços de: − Atenção primária − Urgência e emergência − Atenção psicossocial − Atenção ambulatorial especializada e hospitalar − Vigilância em saúde • Contrato Organizativo da Ações Públicas de Saúde • Nome do acordo firmado entre os municípios das Regiões de Saúde. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ “Acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde”. • Quem pactua normas, diretrizes dessa região compartilhada. • Nome da lista de serviços e ações de saúde de uma Região de Saúde. “Conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde”. • São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços − De Atenção primária − De Atenção de urgência e emergência (UPA, SAMU) − De Atenção psicossocial − Especiais de acesso aberto • Artigo 4°: Conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS) • Princípios Éticos/Doutrinários: A essência do SUS – Como eu trato o paciente → dica: começam com vogais − Universalidade: ✓ Todos têm acesso à saúde − Integralidade: ✓ O paciente é um ser integral. Deve englobar um conjunto de ações de prevenção, cura e reabilitação. − Equidade: ✓ É preciso tratar diferente os desiguais, de acordo com a especificidade de cada indivíduo → São dessas ideias que nascem as políticas públicas de saúde para grupos específicos • Artigo 198: As ações e serviços públicos de (...) constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: − II – Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais • Saúde da população LGBT − Promover a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, eliminando a discriminação e o preconceito institucional, bem como contribuindo para a redução das desigualdades e a consolidação do SUS como sistema universal, integral e equitativo − Suas diretrizes e seus objetivos estão, portanto, voltados para mudanças na determinação social da saúde, com vistas à redução das desigualdades relacionadas à saúde destes grupos sociais − Esta política reafirma o compromisso do SUS com a universalidade, a integralidade e com a efetiva participação da comunidade. Por isso, ela contempla ações voltadas para a promoção, recuperação e reabilitação da saúde, além do incentivo à produção de conhecimentos e o fortalecimento da representação do segmento nas instâncias de participação popular • Princípios Organizacionais/Operativos: “Como eu faço a gestão do SUS” → Dica: começam com consoante. − Descentralização: Dividir poder/direção única em cada esfera − Regionalização ✓ Recortes espaciais para fins de planejamento, organização e gestão de redes. − Hierarquização: ✓ Níveis de complexidade organizados − Participação social: ✓ Participação da população através de Conferências e Conselhos de saúde. − Complementariedade do setor privado: ✓ Se precisar, contrata o setor privado. ✓ Art. 199: a assistência à saúde é livre à iniciativa privada. (CF 1988) → As instituições privadas poderão participar de forma complementar do SUS, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Outros princípios do SUS (da Lei 8.080/90) − Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie − Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integralidade − Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde − Divulgação de informações sobre os serviços de saúde quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário − Utilização da epidemiologia para estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programada − Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico − Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população − Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência − Organização dos serviços públicos de saúde de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos − Serviços especializados para mulheres • No Artigo 6: Estão incluídas ainda no campo de atuação do SUS, a execução de ações: de Vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica, de saúde do trabalhador e de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica − Estão incluídas ainda no campo de atuação do SUS: Figura 1 – Fonte: EMR • VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA − “Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. • VIGILÂNCIA SANITÁRIA − “Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo”: − O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e − O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. • Conferências de Saúde • Conselhos de Saúde − Nível municipal, estadual e federal. − Acompanhar e fiscalizar as ações e utilização dos recursos, inclusive a financeira − São deliberativos: têm poder de decisão (autonomia) − São permanentes: outros poderes não podem extingui-los − Reuniões: no mínimo, 1 por mês. − Organização paritária: 50% usuários; 25% trabalhadores de saúde; 25% representantes de entidades ou instituições prestadoras de serviço − A participação dos membros eleitos do poder legislativo, representação do poder judiciário e do Ministério Público, como conselheiros, NÃO é permitida no Conselhos de Saúde • O conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação do Conselho Nacional de Saúde• Nível municipal, estadual e federal; • Devem ser convocadas pelos conselhos de saúde, por ela mesma ou pelo poder executivo, a cada 4 anos • Avalia situações de saúde e propõe diretrizes de políticas de saúde • Composição paritária para os usuários (50% de usuários do SUS) https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • O financiamento do SUS é proveniente do: − Orçamento da seguridade social + orçamento da união, estados e municípios. − Percentual mínimo de investimento em saúde (Emenda Constitucional de 95 – 2016): ✓ Municípios: 15%; ✓ Estados: 12%; ✓ União: ano anterior + IPCA (inflação). OBS.: Distrito Federal pode se comportar como município ou estado. • Transferência de recursos federais: Portaria 3992/2017: − Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de saúde: Manutenção das ações e serviços públicos − Bloco de Investimento da Rede de Serviços Públicos de Saúde: Estruturação da Rede de serviços públicos • Objetivo: Redistribuição dos recursos federais aos municípios • Extinção PAB fixo e variável • 4 braços de pagamento: − Capitação ponderada − Pagamento por desempenho − Incentivo para ações estratégicas − Incentivo por critério populacional • Captação ponderada: − Depende de: ✓ Número de pessoas cadastradas ✓ Vulnerabilidade socioeconômica ✓ Perfil de idade ✓ Classificação rural-urbana do município • Pagamento por desempenho: − Quanto mais propostas, maior será o recebido: ✓ Proporção de gestantes com pelo menos 6 consultas pré-natal realizadas ✓ Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV ✓ Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado ✓ Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS ✓ Proporção de crianças de 1 ano de idade vacinadas na APS contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, infecções causadas por Hib e poliomielite inativada ✓ Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial (PA) aferida no semestre ✓ Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada solicitada no semestre • Incentivo para ações estratégicas: 17 ações e programas − Programa Saúde na Hora − Equipe de Saúde Bucal (eSB) − Unidade Odontológica Móvel (UOM) − Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) − Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD) − Equipe de Consultório na Rua (eCR) − Unidade Básica de Saúde Fluvial (EBSF) − Equipe de Saúde da família ribeirinha (Esfr) − Microscopista − Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP) − Custeio para o ente federativo responsável pela gestão das ações de Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes em Situação de Privação de Liberdade − Programa Saúde na Escola (PSE) − Programa Academia da Saúde − Programas de apoio à informatização da APS − Incentivo aos municípios com residência médica e multiprofissional − Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e outros que venham a ser instituídos por meio de ato normativo específico • Incentivo por critério populacional − Momento da pandemia − Valor recebido para o combate à pandemia − Atualmente: valor por pessoa • Dividido em 3 eixos − Eixo provimento emergencial (passa de 3 para 4 anos): Formação → Especialização lato sensu de dois anos mais um mestrado profissional, completando quatro anos de ciclo formativo. Após esse período, o profissional estará preparado e apto para prestar prova de título de Médico de Família e Comunidade − Quem pode participar (ordem de prioridade) ✓ Médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no Brasil (CRM Brasil). https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ ✓ Médicos brasileiros formados em instituições estrangeiras com habilitação para exercício da medicina no exterior (intercambista brasileiro) ✓ Médicos estrangeiros com habilitação para exercício da Medicina no exterior (intercambista estrangeiro) − Carga horária: Carga horária semanal de 44 horas, sendo 36 horas para atividades nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 8 horas para interação na plataforma do curso de especialização e nas atividades de aperfeiçoamento técnico-científico • Benefícios para os médicos − Bolsa-formação: valor mensal bruto de R$ 12.386,50 − Ajuda de custo de deslocamento − Contrapartidas municipais: auxílio moradia e alimentação → os valores variam de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.200 (três mil e duzentos reais) no total − Indenização por exercício das atividades em áreas de difícil fixação − Indenização diferenciada para profissional que teve a graduação em medicina financiada pelo FIES − Licença maternidade / paternidade. • PFPS criado em 2004 • Proposta de extinção (2020) • Aqui tem Farmácia popular (2017) • Medicamentos para hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM) e asma são gratuitos • Medicamentos para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma, anticoncepcionais, fraldas geriátricas possuem até 90% de desconto • As receitas possuem validade de 180 dias → anticoncepcionais orais (ACO), de 365 dias • Medicamentos para Glaucoma podem ser adquiridos a cada 25 dias • Medicamentos para HAS, DM, dislipidemia, asma, rinite, doença de Parkinson e osteoporose podem ser adquiridos a cada 30 dias • 40 Fraldas podem ser adquiridas a cada 10 dias • ACO: a dispensação depende do tipo (25-90 dias). • Horário ampliado de atendimento nas unidades de atenção básica − 60 horas por semana: 3 ou + equipes de estratégia saúde da família (eSF) na unidade − 75 horas por semana: 6 ou + eSF na unidade • Profissionais de nível superior: 20-40 horas por semana https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • CONTEXTO DA SAÚDE ANTES DO SUS: saúde extremamente hospitalocêntrica − Enormes filas; − Pessoas carentes demoravam para ter atendimento; ✓ Santas Casas: geridas por freiras que cuidavam da população carente. − Saúde estava mais estruturada para conter epidemias, ou seja, as chamadas ‘’campanhas sanitárias’’; ✓ Revolta da vacina: contexto de epidemia de varíola. Polícia sanitária invadia casas para vacinar pessoas de forma compulsória. − Saúde pública: 1% de verba federal; − Seguro social: tinha acesso à saúde quem era contribuinte de carteira assinada. ✓ Governo Vargas: Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs); ✓ Militares pegaram recursos do IAPs e construíram grandes hospitais. • Em 1988 (Constituição de 88) nasceu o SUS, mas existiam muitos problemas: − Problema principal: como fazer todo mundo ter acesso ao sistema de saúde? − Como evitar as enormes filas? − Como fazer cada paciente ter o atendimento que precisa (hospitalar, cirúrgico, curativo, fisioterapia etc.)? − Quem vai organizar o paciente na rede? • Dessa forma, ficou claro que: − Precisamos organizar uma rede de sáude toda conectada; − Colocar os serviços de saúde perto das pessoas; − Mas não pode custar muito – cofrinho brasileiro e seus problemas; − Então: vamos focar em PREVENÇÃO, uma vez que ‘’previnir é mais barato que remediar’’. • Definição: − É a mesma coisa que ATENÇÃO BÁSICA. Estratégia para universalização da atenção à saúde. − Atenção ambulatorial de primeiro nível de atenção à saúde (atendimento não especializado) ✓ Médico generalista ou especialista em saúde da família e comunidade − Está direcionada para cobrir as afecções e condições mais comuns e a resolver a maioria dos problemas de saúde de uma população ✓ Resolve80-90% dos problemas da população • Princípios da APS (Starfield): − Essenciais: fácil (Acesso, Coordenação, Integralidade, Longitudinalidade) ✓ Primeiro contato (porta de entrada): facilitar acesso. ✓ Integralidade: individual e coletiva ✓ Longitudinalidade: continuidade do cuidado (vínculo) ✓ Coordenação: referência e contrarreferência − Derivados: ✓ Abordagem familiar: observa o indivíduo e todas as suas interações familiares; ✓ Enfoque comunitário: sabe os principais problemas, surtos etc. da comunidade ✓ Competência cultural: leva em consideração os aspectos culturais da comunidade. • A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA é a forma que consegue operacionalizar a atenção primária/básica. • Princípios: dica das vogais − Universalidade; − Equidade; − Integralidade. • Diretrizes: − Regionalização e Hierarquização; − Territorialização; − População adscrita; − Resolutividade; − Longitudinalidade do cuidado; − Coordenação do cuidado; − Ordenação da rede; − Participação da comunidade. • Pilares: • Territorialização: https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ ''O processo de territorialização na APS pode ser entendido como uma técnica de planejamento e gestão que objetiva propor intervenções a partir da realidade. Para isto, a PNAB de 22012 estabelece, enquaanto atribuição comum a todos os profissionais, a participação no processo de territorialização para atuar na identificação de grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades'' - Melina Alves de Camargos − Diagnóstico da comunidade (adscrição da clientela) − Como é feito a territorialização? ✓ Georreferenciamento: processo pelo qual informações textuais descritivas de uma localidade são traduzidsa em representações gráficas, tornando possível relacionar dados de um determinado contexto a um possicionamento geográfico ✓ Estimativa rápida participativa: técnica que possibilita (em pouco tempo e com baixo custo) conhecer a situação de saúde vivenciada pela população em um determinado território, identificando e selecionando problemas considerados necessidades declaradas por atores sociais que pretendam transformar esses problemsa, bem como potenciais que requerem investimentos para sua manutenção e/ou fortalecimento (DI VILLAROSA, 1993). • É uma estratégia que trabalha com alta complexidade e baixa densidade tecnológica. • eSF: − Obrigatório: equipe mínima ✓ Médico (de preferência, um médico de família e comunidade ou generalista); ✓ Enfermeiro (de preferência, com formação em medicina de família e comunidade); ✓ Auxiliar/técnico de enfermagem; ✓ Agentes comunitários de saúde. − Equipe ampliada: ✓ Agentes de combate a endemias (ACE); ✓ Cirurgião-dentista; ✓ Auxiliar ou técnico em saúde bucal. • eAB: − Médico; − Enfermeiro; − Auxiliar/técnico de enfermagem. • eAP: − Médico; − Enfermeiro; • Unidade Básica de Saúde (UBS): estabelecimento que não possui equipe de Saúde da Família; • Unidade de Saúde da Família (USF): estabelecimento com pelo menos 1 equipe de Saúde da Família, que possui funcionamento com carga horária mínima de 40 horas semanais, no mínimo 5 dias da semana e nos 12 meses do ano, possibilitando acesso facilitado à população. • População adscrita por ESF: 2.000-3.500 pessoas. • No máximo 750 pessoas por cada ACS • Cobertura de 100% da população • Não existe número máximo ou mínimo de ACS • 40 horas semanais, no mínimo • 5 dias por semana, no mínimo • 12 meses por ano • eSF: todos com 40h por semana e cada profissional em uma única equipe • Médico: − Realização de pequenas cirurgias − Indicar internação hospitalar ou domiciliar − Encaminhamento a serviços de média e alta complexidade − Preenchimento de DO • Enfermeiro − Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS − Supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e da equipe de enfermagem • ACS − Trabalhar com adscrição de familiares em base geográfica definida, a microárea − Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados − Orientar famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis − Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade, de acordo com as necessidades definidas pela equipe • Auxiliar de enfermagem − Realizar procedimentos regulamentados com a profissão • Gerente de Atenção Básica − Conhecer e divulgar, junto aos demais profissionais, as diretrizes e normas que incidem sobre a AB em âmbito nacional, estadual, municipal e Distrito Federal, com ênfase na Política Nacional de Atenção Básica, de modo a orientar a organização do processo de trabalho na UBS; − Estimular o vínculo entre os profissionais favorecendo o trabalho em equipe; https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Representar o serviço sob sua gerência em todas as instâncias necessárias e articular com demais atores da gestão e do território com vistas à qualificação do trabalho e da atenção à saúde realizada na UBS; − Qualificar a gestão da infraestrutura e dos insumos (manutenção, logística dos materiais, ambiência da UBS), zelando pelo bom uso dos recursos e evitando o desabastecimento. • TERRITÓRIO-DISTRITO: Delimitação de um território administrativo assistencial que congrega diferentes pontos da Rede de Atenção à Saúde Figura 5 - Fonte: https://www.saude.sc.gov.br/index.php/ informacoes-gerais- documentos/atencao-basica/nucleos/ • TERRITÓRIO-ÁREA: É a área de abrangência de uma unidade básica de saúde. É formada por microáreas contendo algo em torno de 2000 a 3500 pessoas • TERRITÓRIO-MICROÁREA: É a subdivisão do Território-área. O objetivo é facilitar a implantação de programas e desenvolver a vigilância em saúde; cada microárea deve contar no máximo 750 habitantes, que será a unidade operacional do Agente de Saúde Figura 6 - Fonte: https://www.saude.sc.gov.br/index.php/ informacoes-gerais- documentos/atencao-basica/nucleos/ • TERRITÓRIO-MORADIA: Espaço de existência de uma unidade familiar. • Referência a ESF. • Não é porta de entrada • Multiprofissional: especialistas mais ‘’gerais’’ − Médico acupunturista, assistente social, profissional/professor de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, ginecologista, nutricionista, pediatra etc. • Não tem local físico de funcionamento O Programa Previne Brasil – Portaria nº 2.979, de 12/11/2019, que estabelece novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no âmbito do SUS, deixou de transferir recursos para o NASF, sendo agora apenas para as Unidades de Saúde. Houve um desestimulo a formação de novos NASFs, ou seja, as equipes deixam de ser cadastradas. • Se o paciente precisar de uma oferta de serviço em saúde mais especializada, recorremos ao eMULTI • O eMULTI é o ‘’antigo NASF’’ • 3 modalidades = carga horária − Ex.: Emulti com carga horária de 300h dando suporte a 10 a 12 equipes de saúde da família. Existem outros Emultis com carga horária menor e que darão suporte à equipes menores • Novas especialidades: − O NASF contava com especialistas mais ‘’gerais’’: gineco, geriatra, pediatra, psiquiatra; − As eMULTIs possuem alguns especialistas mais focais: cardiologista, dermatologista, endocrinologista, hansenologista, infectologista etc. ‘’Telemedicina, em sentido amplo, pode ser definida como o uso das tecnologias de informação e comunicação na saúde, viabilizando a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde (ampliação da atenção e da cobertura), especialmente nos casos em que a distância é um fator crítico’’ - José Manuel Santos de Varge Maldonado • Art. 5º: a telemedicinapode ser exercidaa nas seguintes modalidades de teleatendimentos médicos: − Teleconsulta: é a consulta médica não presencial, mediada por TDICs, com médico e paciente localizados em diferentes espaços; https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ − Telediagnóstico: é o ato médico distância, geográfica e/ou temporal, com a transmissão de gráficos, imagens e dados para emissão de laudo ou parecer por médico com registro de qualificação de especialista (RQE) na área relacionada ao procedimento, em atenção à solicitação do médico assistente; − Teleinterconsulta: é a troca de informações e opiniões entre médicos, com auxílio de TDICs, com ou sem a presença do paciente, para auxílio diagnóstico ou terapêutico, clínico ou cirúrgico; − Telecirurgia: é a realização de procedimento cirúrgico a distância, com utilização de equipamento robótico e mediada por tecnologias interativas seguras − Telemonitoramento ou televigilância médica: é o ato realizado sob coordenação, indicação, orientação e supervisão por médico para monitoramento ou vigilância a distância de parâmetros de saúde e/ou doença, por meio de avaliação clínica e/ou aquisição direta de imagens, sinais e dados de quipamentos e/ou dispositivos agregados ou implantáveis nos pacientes em domicílio, em clínica médica especializada em dependência química, em instituição de longa permanência de idosos, em regime de internação clínica ou domiciliar ou no translado de paciente até sua chegada ao estabelecimento de saúde; − Teletriagem médica: é o ato realizado por um médico, com avaliação dos sintomas do paciente, a distância, para regulação ambulatorial ou hospitalar, com definição e direcionamento do paciente ao tipo adequado de assistência que necessita ou a um especialista; − Teleconsultoria médica: é o ato de consultoria mediado por TDICs entre médicos, gestores e outros profissionais, coma finalidade de prestar esclarecimentos sobre procedimentos administrativos e ações em saúde. https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Representação gráfica de uma família • Representa os membros e a qualidade das relações dentro da família • Deve representar no mínimo 3 gerações (3 linhas). Figura 7 - Exemplo de um genograma simples. Cada linha representa uma geração. Fonte: https://edisciplinas.usp.br/ mod/folder/view.php?id=264742 Figura 8 - Legenda do genograma. Dois traços dentro do quadrado também representam morte. Fonte: https:// edisciplinas.usp.br/mod/folder/view.php?id=264742 • Representação da relação da família com a comunidade − Família fica no centro • Principalmente utilizado quando se busca reforçar a interação da família com a comunidade Figura 9 – Exemplo de Ecomapa. Fonte: https://edisciplinas. Usp.br/pluginfile.php/5464546/mod_resource/content/0/ Abordagem%20Familiar_Dias%20RB_Guimaraes%20FG%2 0%282%29.pdf • Classificação das etapas da vida • Infância, adolescência, vida adulta e terceira idade • Facilita entender a evolução da família e prever as mudanças e problemas que podem ocorrer • Ferramenta de avaliação e intervenção familiar • Risco de morte ou incapacidade, doença terminal, tratamento complexo • Utilizado para entendimento da dinâmica familiar e de seus problemas Abreviações Inglês (original) Português (tradução) P Presenting problem Problema apresentado R Roles and structure Papéis e estrutura A Affect Afeto C Communication Comunicação T Time in life cycle Tempo no ciclo de vida I Illness in Family Doenças na família C Coping with stress Enfrentando o estresse E Ecology Ecologia Figura 10 – Fonte: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/ 5464546/mod_resource/content/0/Abordagem%20Famili ar_Dias%20RB_Guimaraes%20FG%20%282%29.pdf 45 M.L.S. Depressão I.B.S. Alcoolista Suicídio M.B.S. Apenado (Agressão) L.B.S. Depressão (Hipótese) U.B.S. Transtorno Bipolar (Hipótese) Abuso de Álcool C.M.S. TDAH (Hipótese) A.M.S. 69 4 2 40 32 28 11 CASAMENTO SEPARAÇÃO ... ADOTADO DIVÓRCIO ... ...... ... NÃO CASADOS VIVEM JUNTOS ..... RELAÇÃO TUMULTUADA RELACIONAMENTO DISTANTE RELACIONAMENTO PRÓXIMO MUITO PRÓXIMO RELACIONAMENTO DOMINANTE ESCOLA Lucas e Ana Vizinhos Clube de Recreio Igreja Creche AA Trabalho Serviços de Saúde Vigilantes do Peso Família de Maria Família de João Lucas 12 anos João 42 anos Maria HAS 40 anos Ana Asma 7 anos Rita 1 ano HOMEM MULHER X X MORTE OU INDIVÍDUO ÍNDICE https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ • Avalia o grau de satisfação de cada membro da família • Classificação das famílias: − Altamente funcional: não necessita de intervenção; − Moderadamente disfuncional: intervenção pela própria equipe; − Severamente disfuncional: intervenção específica de terapeutas familiares; Figura 11 - https://www.scielo.br/j/csc/a/m8c3kMXXQvpWjPZyGnmc P6B/?lang=pt#ModalFiga21qua02 • Um instrumento que auxilia na avaliação do risco de vulnerabilidade familiar, principalmente social e se baseia em sentinelas de risco que podem ser avaliadas na primeira visita pelo agente de saúde (ACS) • Inclui a avaliação de dados sobre pacientes acamados, pessoas com deficiência, desemprego, doenças crônicas, número de crianças e idosos na família, entre outros. • Estágio 1 (pré-contemplação): para o paciente não existe problema (ex.: paciente não vê problema em estar fumando ou estar obeso...); • Estágio 2 (contemplação): quando a ‘’ficha cai’’ e o paciente começa a refletir, por exemplo, que tem vício em cigarro; • Estágio 3 (preparação): a pessoa se prepara para a mudança, definindo metas e planos; • Estágio 4 (ação): a pessoa inicia a mudança de comportamento. • Estágio 5 (manutenção): a pessoa mantém o novo comportamento e evita recaídas. • Estágio 6 (recaída): a pessoa volta ao comportamento anterior, mas pode recomeçar o processo de mudança. • Família nuclear: Pessoa 1 + pessoa 2 + filhos • Família monoparental: pessoa 1 + filhos • Família extensa: pessoa 1 + Pessoa 2 + filhos + avós (tios, primos) • Família anaparental: apenas filhos • Família reconstituída: pessoa 1 + filhos da pessoa 1 + pessoa 2 + filhos da pessoa 2 • Família unipessoal: pessoa sozinha • Família matrimonial: pessoa 1 + pessoa 2 • Família informal: pessoa 1 + pessoa 2 (sem casamento) • Família com constituição funcional: pessoas que moram juntas e desempenham funções parentais em relação à criança ou adolescente A P G A R Adaptation (Adaptação) Partneship (Participação Growth (Crescimento) Affection (Afeição) Resolve (Resolução) 6 5 4 3 1 2 Recaída “interrompi minha ação” Manutenção “continue a agir” Ação “vou agir” Começa aqui Pré- contemplação “que problema?” Contemplaçã o “ok, talvez exista um Preparação “me sinto pronto” https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.eumedicoresidente.com.br/ https://www.scielo.br/j/csc/a/m8c3kMXXQvpWjPZyGnmcP6B/?lang=pt#ModalFiga21qua02 https://www.scielo.br/j/csc/a/m8c3kMXXQvpWjPZyGnmcP6B/?lang=pt#ModalFiga21qua02 • Entender a pessoa e a doença da/na pessoa. Pois o foco não é a doença, mas a pessoa • Avaliação integral da pessoa • Ele otimiza o tempo da consulta, mas não ↑ tempo. • Passos: A. Explorando a saúde e a doença e a experiência da pessoa com a doença. ✓ Avaliando a anamnese, exame físico, exames complementares; ✓ Avaliando a dimensão da doença X adoecimento: quais seus sentimentos? Medos, culpas, tristeza? O que acha que isso