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Conhecimentos específicos 
“Camuflar um erro seu é 
anular a busca pelo 
conhecimento. Aprenda 
com eles e faça novamente 
de forma correta.” 
Nara Nubia Alencar 
 A CRIANÇA DEFICIENTE E A FAMÍLIA 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
A Criança Deficiente e a Família 
A família constitui o primeiro universo de relações sociais da criança, podendo proporcionar-lhe um 
ambiente de crescimento e desenvolvimento, especialmente em se tratando das crianças com defici-
ência intelectual, as quais requerem atenção e cuidados específicos. A influência da família no desen-
volvimento de suas crianças se dá, primordialmente, através das relações estabelecidas por meio duma 
via fundamental: a comunicação. 
Considerando a importância da família para a compreensão do processo de desenvolvimento de crian-
ças com deficiência intelectual, este artigo, que foi embasado em uma pesquisa bibliográfica, apresenta 
um panorama geral, destacando: como a família e a sociedade tratavam o deficiente intelectual no 
passado; as mudanças que foram ocorrendo; as resistências que ainda persistem; a importância do 
acompanhamento, da motivação, do respeito à diversidade e do amor constante, bem como, a influên-
cia nas questões da aprendizagem. 
Conhecer as ideias que nortearam a concepção acerca da deficiência mental, em cada período da 
história, nos auxilia a compreender o lugar da criança com necessidades especiais na nossa sociedade 
contemporânea. 
Ao longo dos tempos as pessoas com deficiência foram vistas e tratadas de diferentes maneiras pela 
sociedade, conforme as concepções de homem, de sociedade, seus valores sociais, morais, religiosos 
e éticos. O conceito de deficiência mental tem relação com as concepções sociais e econômicas e os 
ideais que nortearam cada período da história da humanidade. 
Na sociedade antiga, onde a perfeição do indivíduo era muito valorizada, as crianças deficientes eram 
deixadas ao relento para que morressem. Segundo Pessoti, “em Esparta, crianças portadoras de 
deficiências físicas ou mentais eram consideradas sub-humanas, o que legitimava sua eliminação ou 
abandono” (1984, p. 3). 
Na Idade Média, devido influência da Igreja, o deficiente passou a ser visto como possuidor de alma, 
filho de Deus e, portanto, não eram mais abandonados, mas sim, acolhidos por instituições de caridade. 
Ao mesmo tempo, porém, os deficientes mentais eram considerados produtos da união entre mulher e 
demônio, o que justificava a queima de ambos, mãe e criança (SCHWARTZMAN, 1999). Além dessa 
prática, usavam-se também outras mais “amenas” como: punições, torturas e diversos tipos de maus-
tratos no lidar com essas pessoas. 
No século XVI, o deficiente mental já não era considerado criatura tomada pelo diabo e dignas de 
tortura e fogueira, mas sim, doentes ou vítimas de forças sobre-humanas, dignas de tratamento e 
complacência. 
Nos dois séculos seguintes, ampliaram-se as concepções a respeito da deficiência em todas as áreas 
do conhecimento, favorecendo diferentes atitudes frente ao problema, isto é, da institucionalização ao 
ensino especial. Mas, foi somente no século XIX que se observou uma atitude de responsabilidade 
pública frente às necessidades do deficiente. 
Ainda hoje, no sistema capitalista, a produção é exigida igualmente para todos os indivíduos e aqueles 
que não conseguem atingir as expectativas dos detentores da produção são vistos como desviantes, 
sendo o deficiente incluído nesta categoria. Esses valores levam à segregação dos indivíduos deficien-
tes. Estes, por sua vez, são considerados incapazes e fracos, pois não se enquadram nos moldes 
produtivos do sistema vigente. Segundo Glat (1995), a rejeição da sociedade às pessoas deficientes 
mentais reflete a própria fragilidade social, pois tudo que é diferente e anormal chama atenção e pode 
causar variadas reações. 
A “diferença” é parte inerente ao conceito de deficiência e traz em si mesmo a possibilidade do precon-
ceito, caracterizada pela aversão ao diferente. A diferença poderia não traduzir esta forma de precon-
ceito se fosse reconhecida como fazendo parte da essência humana. 
A escola historicamente se caracterizou pela visão da educação que delimita a escolarização como 
privilégio de um grupo, uma exclusão que foi legitimada nas políticas e práticas educacionais reprodu-
toras da ordem social. A partir do processo de democratização da escola, evidencia-se o paradoxo 
inclusão/ exclusão quando os sistemas de ensino universalizam o acesso, mas continuam excluindo 
 A CRIANÇA DEFICIENTE E A FAMÍLIA 
 
2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
indivíduos e grupos considerados fora dos padrões considerados normais. De formas distintas, a ex-
clusão tem apresentado características comuns nos processos de segregação e integração, que pres-
supõem a seleção, naturalizando o fracasso escolar. 
A partir da visão dos direitos humanos e do conceito de cidadania fundamentada no reconhecimento 
das diferenças e na participação dos sujeitos, ocorre uma identificação dos mecanismos e processos 
de hierarquização e produção de desigualdades, que fazem distinção dos alunos em razão de carac-
terísticas intelectuais, físicas, culturais, sociais e linguísticas, entre outras, estruturantes do modelo tra-
dicional de educação escolar. 
Como a Família Agia 
...eu tenho que introduzir ele. Eu não posso chegar, porque meu filho é especial, é uma criança espe-
cial, e botar ele dentro de uma redoma de vidro e andar com ele feito um passarinho preso na gaiola... 
Pelo contrário, eu acho que para o desenvolvimento dele, inclusive, ele tem que ver outras pessoas... 
às vezes ele está vendo uma criança fazer um negócio ali, que ele sente vontade de fazer, e sente 
dificuldade, mas que ele vendo... ele acaba imitando e daqui há pouco acaba fazendo também...(GLAT 
e DUQUE, 2003, p. 97 - 98). 
Para que se possa construir uma sociedade inclusiva é preciso antes de qualquer coisa, haver toda 
uma mudança no pensamento das pessoas e na estruturação da sociedade, isso requer certo tempo, 
mas, é a real aceitação das pessoas com necessidades especiais que irá nortear e desencadear essas 
mudanças e, essa aceitação deve começar pela própria família. 
Antigamente, os pais não colocavam seus filhos “especiais”, cedo na escola, pois acreditavam que 
estes não teriam capacidade de aprender, de se desenvolver e de se relacionar com as demais crianças. 
Viviam no “achismo” de que a criança seria eternamente repleta de limitações. Que o máximo que 
poderiam fazer seria levá-la regularmente a médicos para acompanhar seu estado de saúde. Esses 
filhos que “fugiam do padrão comum” viviam segregados da vida social, eram tidos como anormais, 
sem nenhuma capacidade intelectual, espiritual, física, psíquica, etc. Eram rotulados como incapazes 
de terem uma vida saudável e comum. Quando os pais descobriam que eles precisavam também fre-
quentar escolas, espaços sociáveis de interação, na maioria dos casos já eram um pouco tarde e muitas 
habilidades que poderiam ter sido desenvolvidas se perderam. 
A falta de conhecimento, de informação acerca da deficiência levava muitos pais ao estado de deses-
pero. Ficavam sem saber como agir, sentindo-se culpados, deprimidos desencadeando todo um pro-
cesso depressivo em todos os componentes da família e deixavam, na maioria dos casos, a criança 
especial de lado, sem a atenção devida. Como nos diz ARDORE 1988 (p. 8), a presença de uma 
criança deficiente mental na família afeta não somente os pais como também os outros membros da 
família e, muito especialmente, os irmãos. 
As Mudanças E A Inclusão 
Em todas as culturas, a sociedade apresentou diferentes práticas sociais. Começou praticando a ex-
clusão social, atendimento segregado dentro de instituições, passou para a prática da integração social 
e recentemente adotou a filosofia da inclusão social para modificar os sistemas sociais gerais (SAS-
SAKI, 1997, p.160). 
A partir da Conferência de Jontiem, em 1994, na Espanha, através da “Declaração de Salamanca”,que uma criança de 4 anos está entendendo 
palavras como caracol, cigarra, grilo, formigueiro, ovos coloridos, lavadeiras, lagarto, primavera e etc? 
Primeiro, fui até o computador, no Google Imagens e comecei a mostrar fotos de todas essas coisas. 
Logo, estava com o navegador de internet cheio de abas abertas em sequência, de acordo com o 
poema, lendo o poema e exibindo as imagens correspondentes. Porém, o poema falava do som da 
cigarra. Então, no YouTube, apresentei uma cigarra cantando para o meu pequeno garoto. Ele ficou 
surpreso. Aproveitando que estava no YouTube, apresentei também o caracol. Foi o animal mais sur-
preendente para ele! Meu filho ficou muito animado ao ver o caracol saindo da casinha dele e esticando 
seus olhos compridos. 
 ATIVIDADES GERAIS PARA OS DEFICIENTE 
 
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O que fiz aqui? Fiz um esforço para que as palavras do poema fossem compreendidas, diminuindo o 
grau de abstração (sim, palavras são muito abstratas). Uma vez que conheço meu filho, sei que ele 
com essa idade ainda não conhecia todas essas palavras e nem tinha vivenciado experiências de con-
tato com tantas coisas assim da natureza. Ver um vídeo de uma criatura nova pela primeira vez, sem 
dúvida, gera impacto emocional. Melhor seria se eu tivesse como levá-lo para ver todos esses bichos. 
Níveis de abstração para alunos com deficiência intelectual 
Fazer o aluno compreender o que você fala é primordial! Exemplos concretos são sempre a melhor 
opção. Quanto menor o nível de abstração, melhor. A imagem abaixo ilustra bem o exemplo do caracol 
e dos níveis de abstração. 
 
Lembrando que, antes do desenho de linha da imagem acima, as “palavras” (ditas e/ou escritas) podem 
ser colocadas como ainda mais abstratas. Lembre de quando eu li o poema para meu filho, quando li 
a palavra “caracol”. O som da palavra “caracol” não significava nada naquele momento, ele não com-
preendeu. Só depois de ver fotos e assistir ao vídeo que ele assimilou. 
Seguem as dicas para se comunicar com alunos com deficiência intelectual: 
Fale com as crianças usando palavras simples, mas não palavras infantis. 
Faça pedidos claros e precisos. 
Mantenha-se calmo e esteja pronto para reformular seu pedido de várias maneiras. 
Use exemplos concretos com freqüência, ou seja, diminua a abstração. 
Para confirmar se uma criança entendeu sua mensagem, discretamente peça para que ela repita. 
Atividades para alunos com deficiência intelectual 
Ao criar suas atividades para alunos com deficiência intelectual, todo procedimento deve ser pensado: 
os níveis de estímulo, de ajuda e de complexidade da atividade de acordo com o desempenho do aluno. 
A instrução verbal, o tipo de ajuda motora, o incentivo fornecido pelo professor serão determinantes 
para a realização da atividade. 
Um ponto importante é ter planejado os tipos de ajuda que você irá oferecer, quais instruções verbais 
vai utilizar, os momentos que irá oferecer ajuda motora, os momentos que fará incentivo (reforço posi-
tivo) e etc. 
Qualquer um desses estímulos deve ser planejado para que o professor consiga adequar a frequência 
da utilização de cada uma dessas ações e planejar sua gradual retirada para garantir o máximo de 
independência para o aluno realizar a atividade. 
No brincar e jogar, diversos aspectos são estimulados, desenvolvidos ou aperfeiçoados: a criatividade; 
a memorização; a cooperação e a solidariedade; a concentração; a linguagem; a motivação; a aquisi-
ção de conceitos; a motricidade; a capacidade de discriminar, julgar, analisar, tomar decisões e aceitar 
críticas; a competitividade; a socialização; a confiança em si e em suas possibilidades; o respeito às 
regras e o controle emocional. 
Seguem algumas sugestões de atividades para alunos com deficiência intelectual e o restante da turma: 
1. Vôlei sentado 
https://institutoitard.com.br/wp-content/uploads/2019/07/caracol-niveis-de-abstracao.jpg
 ATIVIDADES GERAIS PARA OS DEFICIENTE 
 
5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
A modalidade foi flexibilizada com o uso de uma bola diferente e a criação de novas regras. Talvez seja 
necessário repetir o jogo mais vezes para que o aluno entenda a dinâmica. 
 
2. Jogo de passes 
Em duplas, os jogadores ficaram de frente um para o outro e trocaram passes deslocando-se para 
frente e para trás, de costas. Essa atividade foi bastante interessante. É frequente nas aulas de educa-
ção física que muitos alunos demonstram medo de pegar uma bola lançada a eles. 
 
3. Montar o robô com formas geométricas 
Utilizando blocos lógicos, o aluno deve organizar as formas de acordo com desenhado na folha. Esti-
mula o raciocínio matemático. Repare que poderia ser outra coisa ao invés de um robô. Aqui estamos 
assumindo que robôs são interessantes para o aluno. Lembre-se de reforçar positivamente os acertos 
e oferecer ajuda se necessário. Interessante usar objetos do interesse e de coleções da criança para 
categorização, classificação, agrupamento, ordenação, noções de conjunto e quantidade; 
 
 ATIVIDADES GERAIS PARA OS DEFICIENTE 
 
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4. Escrever o próprio nome com pregadores 
A foto do aluno atribui um significado especial à atividade. Troque o dinossauro por algo de interesse 
do aluno. Essa atividade trabalha motricidade fina, além do conhecimento do próprio nome e das letras 
que o compõe. Dê preferência para personagens do universo infantil e que desperte interesse na cri-
ança. Isso pode fazer com que ela desenhe e construa tanto o seu silabário quantos jogos temáticos, 
o que favorece a alfabetização; 
 
5. Passe o cordão pelos canudos de macarrão 
Diferente e criativo, esse é um meio de estimular a motricidade fina do seu aluno. O desafio está em 
contextualizar a atividade a algo significativo para o aluno. 
 
6. Canção nos palitos de picolé 
Uma forma de trabalhar com a música preferida do seu aluno, quando esse está na fase de formar 
frases. O objetivo é ordenar os palitos de forma que a canção fique correta. 
 
7. Memorização de letra e imagem 
 ATIVIDADES GERAIS PARA OS DEFICIENTE 
 
7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Mais uma forma de registrar o alfabeto de um jeito interativo. Usando esse recurso como jogo, você 
pode criar um jogo da memória, onde o aluno deve memorizar a palavra correspondente à letra. Quando 
ele acertar, use reforço positivo, nunca esqueça. 
 
 
8. Contar os palitos 
Uma das várias formas de trabalhar com quantidade e ensinar os números. 
 
9. Réguas de Motricidade fina 
Essas réguas podem ajudar muito se o aluno possui problemas de motricidade fina. Caso não consiga 
comprar pronto, faça você mesmo com um papelão duro. 
 
10. Quebra-cabeças adaptado 
Os quebra-cabeças serão sempre uma boa opção. Para alunos com desafios intelectuais, comece com 
apenas duas peças. Os encartes de revistas são excelentes para a criação de quebra-cabeças, além 
 ATIVIDADES GERAIS PARA OS DEFICIENTE 
 
8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
de possibilitar percepções de posições no espaço; Dê preferência para figuras do interesse do aluno. 
Lembre-se que desenhos podem ser muito abstratos ainda. 
 
11. Associação de cores com garrafas e tampinhas 
Usando uma caixa de sapatos e garrafas descartáveis, você pode trabalhar associação, reconheci-
mento de cores e motricidade fina de um jeito bem diferente. 
 
12. Crie brinquedos com material reciclável 
Use sua criatividade e o interesse do seu aluno para criar um dia extremamente agradável e cheio de 
significado. Aproveite os momentos de construção dos brinquedos para fortalecer o vínculo afetivo com 
seu aluno. Nas imagens abaixo, assumimos que o aluno gosta muito de robôs. O objetivo é trabalhar a 
concentração, paciência, criatividade, lógica, formas geométricas, motricidade fina e muito mais. O uso 
de itens como fita crepe, tintas, carrinhos, carimbos e massinha é ideal para estimular a coordenação 
viso-motora; e aprimorar as habilidades de preensão; 
 
2 Atividades de português para alunos com deficiênciaintelectual 
 ATIVIDADES GERAIS PARA OS DEFICIENTE 
 
9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Alfabetizar alunos com deficiência intelectual, ensinar a escrever, trabalhar vocabulário, plural… bom, 
tudo é um desafio. Nessas tarefas, contextualizar e significar é muito importante. Abaixo temos dois 
ótimos exemplos de professoras que usaram desse recurso. 
1. Construir um livro sobre a vida do aluno com deficiência intelectual 
A professora Andréia Cristina Motta Nascimento é titular da sala de recursos da EM Padre Anchieta, 
em Curitiba, onde atende estudantes com deficiência intelectual. Este ano, desenvolve com eles um 
projeto baseado na autoidentificação – forma encontrada para tornar o aprendizado mais significativo. 
A primeira medida foi pedir que trouxessem fotos, certidão de nascimento, registro de identidade e tudo 
que poderia dizer quem eram. “O material vai compor um livro sobre a vida de cada um e, enquanto se 
empolgam com esse objetivo, eu alcanço o meu, que é ensiná-los a escrever”, argumenta a educadora. 
– Fonte: Nova Escola 
2. Use o interesse restrito do aluno com deficiência intelectual a seu favor 
Para a professora Sumaia Ferreira, da EM José de Calazans, em Belo Horizonte, esse canal com 
Vinicius Sander, aluno com autismo do 2º ano do Ensino Fundamental, foi feito pela música. O garoto 
falava poucas palavras e não se aproximava dos demais. Sumaia percebeu que o menino insistia em 
brincar com as capas de DVDs da sala e com um toca-CD, colocando músicas aleatoriamente. Aos 
poucos, viu que poderia unir o útil ao agradável, já que essas atividades aproximavam o menino volun-
tariamente. Como ele passou a se mostrar satisfeito quando os colegas aceitavam bem a música que 
escolheu, ela flexibilizou o uso do aparelho e passou a incluir músicas relacionadas ao conteúdo. “Vi 
que ele tem uma memória muito boa e o vocabulário dele cresceu bastante. Por meio dos sons, entur-
mamos o Vinicius.” 
Meu plano de aula e atividades não estão dando certo com alunos com deficiência intelectual. O que 
fazer? 
Há fatores biológicos e fatores ambientais que podem interferir na estratégia pedagógica para alunos 
com deficiência intelectual. 
Por exemplo, o cansaço do aluno ou do professor, a não aceitação do aluno em realizar atividade, o 
nível de complexidade da atividade (podendo ser de fácil realização, causando desmotivação ou pelo 
contrário, de difícil realização, causando frustração), sono, reações adversas de um provável remédio 
que o aluno faz uso, postura incorreta (ergonomia inclusiva), além de lugares com muita interferência 
sonora. 
Planejar uma aula que não surte o efeito desejado também te revela o que não funciona com o aluno, 
para que da próxima vez você possa tentar algo diferente. Isso é normal. Lembre-se sempre de tentar 
conhecer e se aproximar do seu aluno cada vez mais, pois os gostos, anseios e desejos do seu aluno 
estão sempre mudando. 
Não adianta insistir em falar a mesma coisa várias vezes. Não se trata de reforço. Ele precisa desen-
volver a habilidade de prestar atenção com estratégias diferenciadas para, depois, entender o conte-
údo”, – Maria Tereza Eglér Mantoan. 
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 A PSICOLOGIA NO AUXILIO A EDUCAÇÃO E COMPREENSÃO 
DOS DEFICIENES 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
A Psicologia no Auxilio a Educação e Compreensão dos Deficientes 
Atualmente a escola representa grande diversidade de realidades práticas e funcionais, porém o seu 
foco de atuação é a formação produtiva dos seus educandos. Para contribuir com essa busca, o pro-
fissional psicólogo, deve agregar valores e atuar como um agente de construção do saber, fomentador 
de dúvidas e reflexões sobre o fazer pedagógico. 
A intervenção da atuação do psicólogo dentro da escola mantendo uma visão preventiva, contemplando 
o atendimento aos alunos, pais e professores fazem-se necessária, visto que a relação de ensino e 
aprendizagem pretende-se reafirmar o papel do psicólogo escolar e suas contribuições como profissi-
onal da educação. 
Entre as dificuldades encontradas para a inserção da psicologia escolar, ressalta-se o desconheci-
mento por parte dos pais e da instituição escolar quanto ao papel efetivo deste profissional. Sabem que 
o papel não é clínico, mas ao mesmo tempo não vêem o psicólogo como um facilitador das relações 
de ensino e aprendizagem. 
Assim, a presente pesquisa enfatiza vários pontos relevantes para a prática do psicólogo no contexto 
educacional respondendo algumas questões: Quais as prioridades para a atuação do psicólogo no 
contexto escolar? Qual a visão de outros profissionais da educação em relação à atuação do psicólogo 
dentro da escola? Qual a receptividade da comunidade em relação à atuação do psicólogo dentro da 
instituição escolar? Quais procedimentos a serem adotados pelo psicólogo no que diz respeito à imple-
mentação do seu papel frente às demandas educacionais? 
A psicologia, a cada dia, toma maior visibilidade e conquista seu espaço enquanto campo profissional, 
relativamente nova no Brasil com possibilidades de atuação em diversos campos, saindo da clínica 
tradicional, migrando com grande seriedade para as políticas públicas, áreas jurídica, esportiva, em-
presarial, hospitalar e educacional, a qual terá maior destaque e visibilidade em nosso trabalho. 
O trabalho da psicologia no ambiente escolar é caracterizado por um serviço preventivo e terapêutico. 
Quando se trata de inclusão educacional de pessoas com deficiência, ele tem um papel crucial na 
preparação dos profissionais envolvidos, apoio familiar e suporte a comunidade discente. Sendo assim, 
o objetivo do nosso artigo é discutir as contribuições do psicólogo escolar no processo de inclusão edu-
cacional de pessoas com deficiências. 
O psicólogo deve ter um olhar abrangente, ver o aluno com deficiência como um ser biopsicossocial, e 
não olhando apenas o biológico, mas um ser que apesar das limitações é também dotado de potenci-
alidades. 
O tema foi escolhido a partir do interesse, enquanto estudantes do curso de psicologia ,e por acreditar 
que a educação inclusiva é a principal porta de socialização, inclusão e direito social do utilizando 
como o instrumento uma entrevista estruturada com cinco perguntas de cunho subjetivo. A discussão 
dos resultados foi realizada por meio de análise de conteúdo, relacionando o diálogo da profissional 
com aportes teóricos estudados sobre o tema. 
Assim, o artigo ora exposto se constitui a partir da seguinte ordem: um breve histórico sobre a psicologia 
e o papel do psicólogo no contexto escolar, e a inclusão da pessoa com deficiência. 
Breve Histórico E O Papel Do Psicólogo Escolar 
A psicologia, enquanto profissão no Brasil, foi regulamentada pela Lei n° 4119 27 de agosto do ano de 
1962. A referente lei regulamentou e institucionalizou cursos de graduação em psicologia no país, inici-
almente com um olhar tradicional clínico. O primeiro curso de graduação em psicologia se deu na 
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, ao final da década de 1960 
haviam 78 psicólogos formados, as práticas eram centradas no psicodiagnóstico, nas psicoterapias e 
nas técnicas de exame psicológico (SOUZA, 2009). 
Foi aprovado por unanimidade, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara 
dos Deputados, o Projeto de Lei 3.688/2000, que dispõe sobre a prestaçãode serviços de Psicologia 
e Serviço Social nas redes públicas de Educação Básica. 
 A PSICOLOGIA NO AUXILIO A EDUCAÇÃO E COMPREENSÃO 
DOS DEFICIENES 
 
2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
A história da psicologia escolar e educacional no Brasil pode ser identificada desde os tempos coloniais. 
A psicologia escolar foi uma das áreas a criticar o modelo de atuação que vinha sendo desenvolvida 
pelos psicólogos. De acordo com Andrada (2005), o psicólogo escolar não pode mais compactuar com 
o antigo modelo que até então regia toda a prática. Durante muito tempo, permaneceu a ideia de que 
a prática desse profissional, cujos instrumentos iniciais eram testes para medir a capacidade dos alu-
nos, separando os aptos dos não aptos para a aprendizagem, sendo assim, caracterizando um pensa-
mento excludente. Nesse sentido: 
Psicologia Escolar e Educacional, principalmente aquelas que apontam para busca da relação entre 
saúde/doença, prevenção/tratamento, educação/terapia além do próprio estudo sobre a nova Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação e suas implicações para a atuação psicológica na instituição escolar. 
Igualmente se registra a preocupação em ré avaliar os modos de atuação do psicólogo ou da psicóloga 
frente às queixas escolares, implicando repensar seu papel para além da avaliação e da disciplina, 
considerando assim uma ampliação no olhar e na prática (VIANA, P. 57, 2016). 
No Brasil, as queixas escolares e dificuldades no aprendizado são os principais motivos de procura 
psicológica na rede pública de saúde e nas clínicas de psicologia. São advertidas para as necessidades 
de cuidados de saúde mental as crianças que, além de apresentarem dificuldades de relacionamentos 
interpessoais, possuem famílias em situação desestruturada e não conseguem manter um suporte 
emocional que necessitam. Dessa forma, as crianças se encontram em situações de vulnerabilidade 
social, por que na maioria das vezes acumulam experiências de fracasso em tarefas de desenvolvi-
mento, desempenho acadêmico, ajustamento ao ambiente escolar e capacidade de formar laços de 
amizade (CABRAL E SAWAYA, 2001). 
O psicólogo escolar precisa criar um espaço para escutar as demandas da escola e pensar em manei-
ras de lidar com as situações cotidianas. A atuação do psicólogo escolar se dá através de um olhar 
preventivo, observação e a análise cotidiana. Ao se inserir no ambiente, o psicólogo deve investigar as 
práticas pedagógicas, participar das reuniões de classe, gestores e da elaboração do projeto pedagó-
gico da escola. Uma escuta psicológica poderá ser realizada com o intuito de desenvolver uma meto-
dologia e traçar métodos de intervenções como também acolhimento das angústias, sofrimentos emo-
cionais dos alunos, familiares e profissionais da instituição, possibilitando ao psicólogo uma melhor 
compreensão do cenário educativo (MARINHO E ALMEIDA, 2010). 
A educação vem sofrendo alterações com o decorrer do tempo. Partindo de imposições políticas, com 
base nas necessidades sociais, atualmente é possível afirmar que se conquistaram direitos e restabe-
leceram deveres nesse campo, essa evolução não se deu sem resistências (ÁRIES, 2006). 
Vianna (2016, p- 54), relata que: 
A atuação do profissional de psicologia no ambiente escolar, nos dias atuais permanece marcada por 
dificuldades, em relação ao fazer a prática. Muitos psicólogos/psicólogas ainda sentem certo bloqueio 
ao sair do modelo tradicional clínico, centrado no psicodiagnóstico. 
Faz se necessário o psicólogo escolar ter uma visão de clínica ampliada que seria trabalhar na pro-
moção e prevenção da saúde na escola, muitos profissionais vem a fazer prática erradas em hipótese, 
devido aos roteiros curriculares da graduação que prepara os profissionais com uma visão clínica, com 
isso muitos psicólogos encontram dificuldades na prática. Ao se inserir como psicólogo escolar é de 
grande relevância que esse profissional busque se especializar, fazer cursos que venha a fortalecer a 
sua atuação nesse ambiente. 
A escola tem o papel não apenas na construção intelectual do indivíduo, mas também de proporcionar 
um referencial simbólico a partir de valores e visões que se coadunem com a realidade social. Dessa 
forma, a escola é um espaço de construção e consolidação de valores que farão parte de toda a vida 
do indivíduo. 
A Inclusão Da Pessoa Com Deficiência 
A organização da educação especial vai se configurando como um ramo paralelo ao ensino regular no 
interior do sistema escolar, principalmente sob a responsabilidade de organizações da sociedade civil, 
direcionadas exclusivamente às pessoas com deficiência. Dentre essas organizações, encontra-se a 
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais no Brasil (APAEs), fundada na década de cinquenta 
 A PSICOLOGIA NO AUXILIO A EDUCAÇÃO E COMPREENSÃO 
DOS DEFICIENES 
 
3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
do século XX pelo casal Beatrice e George Bemis, membros da National Association for Retarded Chil-
dren (NARC), organizada nos Estados Unidos em 1950 (JANNUZZI, 2004). 
A associação logo se expandiu para vários Estados e em 1962 foi criada a Federação Nacional das 
APAEs (FENAPAEs). Além da atuação na área de educação, a instituição tem como objetivo desen-
volver ações direcionadas ao atendimento da pessoa com deficiência nas áreas de saúde, assistência 
social, cultura, desportos, dentre outras (Estatuto da FENAPAES). 
O movimento de pessoa com deficiência eclodiu simultaneamente em diversas cidades do Brasil que 
começaram a realizar frequentes encontros de âmbitos locais, regionais e nacionais, para a troca de 
ideias e tomada de decisões em relação às políticas direcionadas às pessoas com deficiência. Naquele 
mesmo ano, foi realizado o 1º Encontro Nacional de Entidades de Pessoas Deficientes, que reuniu, em 
Brasília, mais de 500 participantes. No evento, foram estabelecidos os rumos do movimento nacional, 
culminando com a criação da Coalizão Nacional de Entidades de Pessoas Deficientes (SASSAKI, 2003 
citado em CERIGNONI, 2006 p. 05). 
No Brasil, o movimento teve como principal catalisador o processo de redemocratização e a proclama-
ção do ano internacional das pessoas com deficiência pela ONU, cujos principais objetivos estabeleci-
dos para o ano internacional para as pessoas com deficiência foram: 
Ajudar no ajustamento físico e psicossocial na sociedade; promover esforços, nacional e internacional-
mente, para possibilitar o trabalho compatível e a plena integração à sociedade; encorajar projetos 
de estudo e pesquisa visando à integração às atividades da vida diária, aos transportes e aos 
edifícios públicos (JUNIOR e MARTINS, p. 57). 
As pessoas com deficiência têm direitos e deveres como qualquer ser humano, por muito tempo as 
oportunidades de trabalho, educação foram totalmente negadas, depois de manifestações e lutas das 
próprias pessoas com deficiência, como também dos direitos humanos, podemos observar nos dias 
atuais certo progresso. 
A partir da década de 1990, os documentos legais e normativos do país passaram a enfatizar a neces-
sidade de alterações na escolarização das pessoas com deficiência. Destaca-se a Lei 9394/96, a reso-
lução n 2/2001 e a política de 2008. Na lei 9394/96 no artigo 60, tem anunciado “alternativa preferencial 
a ampliação do atendimento a pessoa com deficiência na própria rede publica de ensino, que ocorrera 
independente do apoio previsto a iniciativa privada” (KASSAR, 1999, p.37). 
Segundo Mantoan (2008) a inclusão escolar é a capacidade de entender e reconhecer o outro e assim 
ter o privilégio de aceitar e conviver com pessoas com deficiência, compartilhando experiências que 
possibilitem seu desenvolvimento social e educacional. Neste sentido, a finalidade da educação inclu-
siva é acolher a todos sem exceção, especialmente os estudantes que têm algum tipo de deficiência 
ou até mesmo aqueles que são discriminados do convívio social. 
A prática de educação inclusiva, de acordo com Meyrelles (2009), só será possível se houver mudanças 
na escola,que viabilizem às pessoas com necessidades educativas especiais condições para que to-
dos tenham acesso e permanência na escola, de forma que sejam respeitadas e trabalhadas suas 
limitações. 
Dentre as atividades relativas ao profissional de psicologia, estão presentes: oferecer suporte aos pro-
fessores de educação regular e inclusiva por meio da coleta e da busca de dados relacionados às cri-
anças e suas dificuldades; investigar as possíveis variáveis que interferem na manutenção dos proble-
mas; analisar condições ambientais e interpessoais; propor e desenvolver estratégias e planos de in-
tervenção, como também avaliar os resultados obtidos (MCNAMARA, 1998). 
A complexidade e a diversidade de relações entre fatores biológicos e psicológicos, envolvidos no 
atendimento às crianças com deficiência, explicam a importância da Psicologia e da atuação do psicó-
logo de estar presente nesse processo. As habilidades desse profissional e seus conhecimentos acerca 
da inclusão de crianças com necessidades especiais nas classes regulares, do desenvolvimento de 
programas de ensino e na orientação a pais, professores e outros especialistas, se constituem como 
elementos essenciais para beneficiar projetos educativos que favoreçam a educação para todos (YS-
SELDYKE E GEENEN,1996; MARTÍNEZ, 2005). 
 A PSICOLOGIA NO AUXILIO A EDUCAÇÃO E COMPREENSÃO 
DOS DEFICIENES 
 
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Por meio de experiências pessoais de suas significações de deficiências, o psicólogo estará apto a 
rever suas emoções, afetos, aprender com suas negações, sendo capaz de “conquistar a percepção 
da deficiência como um objeto compartilhado e de proporcionar ao nosso cliente um ambiente acolhe-
dor e condições facilitadoras para sua aceitação dessa condição, favorecendo e possibilitando seu 
próprio desenvolvimento” (AMIRALIAN 1997, P. 37). 
A família tem um papel fundamental nesse processo de inclusão educacional e é necessária a contri-
buição e aceitação dos membros familiares, quebrando barreiras preconceituosas e lutando pelos seus 
direitos. 
Muitas vezes, por falta de informação, algumas famílias superprotegem seus filhos por medo que sofram 
exclusão pela sociedade, medo que essa exclusão chegue na escola, no trabalho, nas relações inter-
pessoais. Vale ressaltar que, diante de suas limitações, as pessoas com deficiência têm todos os direi-
tos garantidos e assegurados pela constituição. 
Atividades Recreativas Que Incluam Pessoas Com Deficiência 
Não é conveniente falar em "atividades recreativas para a pessoa com deficiência", não apenas porque 
existem diferentes tipos de deficiência (mental, física e sensorial) e diversos níveis de envolvimento, 
mas porque as pessoas são diferentes! É preferível falar em "atividades de recreação que incluam a 
pessoa com deficiência", ou seja, que permitam a sua efetiva participação, pois as atividades de recre-
ação também são as mesmas; o que muda são as condições nas quais essas atividades chegam até 
a criança com deficiência (MUNSTER, 2010). 
O que deve variar são as estratégias e a metodologia de ensino voltadas às necessidades de cada 
indivíduo, sendo necessárias algumas adaptações que tornem possível a inclusão e o efetivo envolvi-
mento da pessoa com deficiência nas atividades propostas (MUNSTER, 2010). 
Dessa forma, se o profissional atuante deseja propor uma atividade de pintura ao seu grupo, e entre as 
crianças existe uma que apresenta deficiência motora, a qual, aparentemente, a impede de realizar 
essa atividade, devem ser utilizadas estratégias de apoio, para tornar essa atividade acessível a ela 
também. Nesse caso, se a criança não consegue se juntar às demais no chão, basta convidar todas 
elas a sentarem-se numa grande mesa (MUNSTER, 2010). 
Talvez, em vez de uma folha de papel sulfite, o recreador possa oferecer a ela um papel maior e mais 
grosso (como a cartolina). Fixar essa cartolina sobre a mesa, com o uso de fita adesiva, pode auxiliar 
bastante a quem não pode contar com o auxílio total das mãos. Pode ser que o profissional precise 
oferecer um pincel mais grosso à referida criança, pois, assim, sua preensão se torna mais fácil, ou, 
ainda, que seja necessário fixar o pincel à mão da criança envolvendo-a com uma faixa. Ou, quem 
sabe, essa criança prefira segurar o pincel com a boca e os dentes... Como se pode perceber, embora 
simples, tais adaptações permitem a participação da criança e, por isso mesmo, fazem a diferença! 
(MUNSTER, 2010). 
Ou se o recreador deseja propor uma atividade de voleibol e entre os participantes existe um cadei-
rante, e que aparentemente, o impede de realizar essa atividade. O que fazer? Deve-se utilizar estra-
tégias de apoio para tornar essa atividade acessível a ele também. Nesse caso, o participante não 
consegue ficar em pé com os demais, logo basta convidar todos para sentarem no chão, baixar a rede 
de vôlei, pegar uma bola mais leve e o jogo se desenvolve. 
Não existe uma "bula" para a indicação ou prescrição das atividades recreativas para pessoas com 
essa ou aquela deficiência. O que temos é um processo contínuo de descobertas, por meio de tentati-
vas e aprimoramento, de qual será a melhor forma de orientação para a atividade, quais serão as 
adaptações necessárias com relação ao material e/ou espaço físico, ou se a mudança de regras, de 
alguma forma, pode colaborar no sentido de garantir o envolvimento dessa criança nas atividades de 
recreação. Estas são algumas etapas do processo de adaptação de atividades de recreação às neces-
sidades e interesses da pessoa com deficiência (MUNSTER, 2010). 
Cuidados E Adaptações Metodológicas 
Alguns cuidados e dicas gerais podem contribuir para o bom andamento do programa, tais como: in-
centivar a autonomia e independência da pessoa com deficiência, evitando superproteção; posicionar 
os participantes com maior e menor nível de comprometimento intercaladamente durante a realização 
 A PSICOLOGIA NO AUXILIO A EDUCAÇÃO E COMPREENSÃO 
DOS DEFICIENES 
 
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das atividades; oferecer quantas chances forem necessárias; elogiar as tentativas que realmente ex-
pressam o esforço do aluno (MUNSTER, 2010). 
Abaixo apresento algumas dicas de trabalho com recreação para pessoas com necessidades especi-
ais: 
Materiais De Apoio 
Brincadeiras Inclusivas 
Vôlei sentado: a modalidade foi flexibilizada com o uso de uma bola diferente e a criação de novas 
regras. Foi observada a necessidade de repetir o jogo mais vezes para que dois alunos com Transtorno 
do Espectro Autista se acostumassem com a participação (SOUZA, SOUZA, ARAÚJO, 2017). 
Futebol de pano: o objetivo era conduzir a bola até o gol adversário, balançando um grande tecido de 
TNT com marcações de um campo de futebol feitas com fita adesiva. Se a bola saísse da “quadra”, era 
colocada de volta, sem penalização. A atividade foi executada em várias versões: na primeira, todos 
jogaram sentados no chão. Como algumas das crianças em cadeiras de rodas tiveram dificuldade para 
se manterem eretas, passamos a realizar as partidas com todos sentados em cadeiras. Nas turmas em 
que não havia alunos cadeirantes, o jogo foi feito em pé. Confeccionamos alças para os jogadores que 
tiveram dificuldade em segurar o pano e realizamos testes com diferentes tipos de bola até encontrar 
a mais adequada (SOUZA, SOUZA, ARAÚJO, 2017). 
Slacklin: a brincadeira nasceu da parceria com a família, já que o equipamento próprio do esporte foi 
doado por uma mãe. Nossa intenção inicial era desenvolver o equilíbrio, mas, a partir da prática, des-
cobrimos que outras habilidades e valores (como coragem, confiança, autoestima, autonomia e solida-
riedade) poderiam ser trabalhados. Na atividade, cada extremidade da fita foi presa a uma árvore do 
pátio da escola, a poucos centímetros do chão. Acima da altura da cabeça, instalamos uma corda. 
Foram criadas três modalidades. No slackline solidário, os estudantes fizeram a travessia segurando-
se nas mãos de colegas. Na versão sem apoio,o único suporte era a corda acima da cabeça. Por fim, 
as crianças encararam o desafio com os olhos vendados, contando com apoio dos amigos (SOUZA, 
SOUZA, ARAÚJO, 2017). 
Jogo de passes: em duplas, os jogadores ficaram de frente um para o outro e trocaram passes deslo-
cando-se para frente e para trás, de costas. Essa atividade foi bastante interessante. É frequente nas 
aulas de educação física que muitos alunos demonstrem medo de pegar uma bola lançada a eles. 
Porém, em equipe, entrou em jogo a valorização e responsabilidade para com o outro, o que fez com 
que eles superassem esse receio (SOUZA, SOUZA, ARAÚJO, 2017). 
Pique sensorial: com todos vendados, um jogador “pegador” deveria encontrar os demais, orientando-
se pelo barulho produzido pelos guizos que foram distribuídos para os estudantes em pulseiras. A 
brincadeira fez com que todos experimentassem a sensação de, sem a visão, usar outros sentidos 
pouco requeridos em atividades motoras. Crianças como a Vitória e o Davi – que têm Síndrome de 
Down e autismo, respectivamente – participaram com muita alegria. O garoto não conseguiu ficar com 
os olhos vendados por muito tempo, mas fez questão de brincar, utilizando a venda na testa (SOUZA, 
SOUZA, ARAÚJO, 2017). 
Corrida sensitiva: em duplas, os alunos realizaram uma corrida com estafeta: um com os olhos venda-
dos e o outro como guia. Depois, os papéis eram invertidos. O objetivo era estabelecer relações de 
confiança, segurança, respeito e responsabilidade. Em um primeiro momento, o caráter competitivo da 
atividade nos atrapalhou, uma vez que os alunos que conduziam, na ânsia de ganhar, correram sem 
se preocupar com as limitações dos parceiros. Depois de uma breve interrupção para reflexão, eles 
perceberam que o equilíbrio do time era fundamental para o sucesso da ação e, então, adequaram a 
velocidade. Joubert, um de nossos estudantes com TEA, demonstrou vontade de participar junto dos 
colegas, o que era raro. Mesmo com dificuldades motoras para correr e insegurança para ficar vendado, 
ele participou o tempo todo da brincadeira nos dois papéis (SOUZA, SOUZA, ARAÚJO, 2017). 
Reaction ball: ou jogo da reação, foi praticado com uma bola diferenciada, que quica de maneira irre-
gular e muda bruscamente de direção, por dois times de seis crianças cada. Os jogadores deveriam 
lançar a bola para o campo adversário. Do outro lado, os alunos só poderiam pegá-la depois que qui-
casse uma vez no chão. Dependendo das características do grupo, a quadra foi dividida por uma rede 
baixa, como no tênis, ou alta, como no vôlei. A proposta era desenvolver habilidades de deslocamento 
 A PSICOLOGIA NO AUXILIO A EDUCAÇÃO E COMPREENSÃO 
DOS DEFICIENES 
 
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e atenção. Eduardo, outro aluno com autismo, que antes evitava estar em destaque nas aulas, foi o 
responsável por sugerir boa parte das regras e orientou seu time nas discussões e execução da ativi-
dade (SOUZA, SOUZA, ARAÚJO, 2017). 
Se essa for sua área de atuação. Maravilha. Seja o melhor nessa área. Seja referência nessa área. 
Seja autoridade nessa área. 
Hoje me dedico a auxiliar e formar recreadores de sucesso. A experiência com recreação em pessoas 
com necessidades especiais, como as tantas outras, me faz ter bagagem suficiente para desenvolver 
com qualidade a minha função de formador de recreadores. 
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 O DEFICIENTE E O TRABALHO 
 
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O Deficiente e o Trabalho 
A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é vista por muitas empresas como pura 
obrigação legal. A Lei nº 8.213/91, também conhecida como Lei das Cotas, determina que pessoas 
com deficiência ocupem de 2% a 5% do quadro de companhias com 100 colaboradores ou mais. 
Entretanto, não se trata de uma imposição. Amparadas por uma lei, as pessoas com deficiência ga-
nham o direito de ingressar no mercado de trabalho. Além disso, conseguem provar que certas limita-
ções físicas não significam baixa capacidade produtiva e que elas são capazes de entregar excelentes 
resultados. 
Diante da importância do tema, é necessário esclarecer as principais dúvidas sobre o tema. Continue 
a leitura deste artigo e saiba mais sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. 
Por que existe a obrigatoriedade da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho? 
Imagine um mundo no qual contrapontos não existissem. Se todos pensassem de maneira igual, não 
haveria estímulo para a criatividade. É na adversidade que o ser humano supera obstáculos e mostra 
sua capacidade de pensar e resolver problemas. 
Isso deveria ser premissa dentro das empresas. E muitas estão colocando em prática programas que 
estimulam a diversidade entre seus colaboradores. Só que existe um grupo que, muitas vezes, acaba 
ficando de fora: o de pessoas com deficiência (PCD). Por terem alguma limitação física, elas são taxa-
das injustamente de pouco produtivas e acabam não tendo oportunidades no mercado de trabalho. 
O fato é que, entre essas pessoas, existem muitos talentos que merecem atenção. Para ajudá-los e 
mostrar às empresas que a contratação de PCD é positiva, o Governo Federal criou a já mencionada 
Lei Nº 8.213/91. 
O que diz a lei brasileira a respeito do assunto? 
A Lei nº 8.213 é uma das mais importantes iniciativas que oferece empregabilidade às pessoas com 
deficiência. Implantada em 1991 e regulamentada somente no fim da mesma década, ela promove a 
inclusão de PCD no mercado de trabalho. 
Também chamada de Lei de Cotas, como já mencionamos, ela estabelece uma fatia de 2% a 5% das 
vagas de emprego ao grupo de PCD. Os reabilitados pela Previdência Social têm direito e podem par-
ticipar desse grupo, preenchendo vagas em empresas com 100 colaboradores ou mais.A seguir, o preenchimento de PCD de acordo com o tamanho das empresas: 
até 200 colaboradores — 2%; 
de 201 a 500 colaboradores — 3%; 
de 501 a 1.000 colaboradores — 4%; 
a partir de 1.001 colaboradores — 5%. 
O cumprimento da Lei de Cotas é fiscalizado por auditores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) 
e do Ministério Público do Trabalho (MPT). Não cumprir a lei é punível com multa. 
Como está o mercado de trabalho para pessoas com deficiência? 
Apesar de haver melhoras no mercado de trabalho, existe um longo caminho para a inclusão. Isso 
porque a qualidade das vagas para esse grupo é baixa, sendo escolhido somente para cumprir a lei. 
Precisa-se de uma mudança de cultural na sociedade, pois os colaboradores do setor de Recursos 
Humanos não têm informações suficientes para escolher as vias adequadas para o trabalho. Então, há 
grandes expectativas para o futuro. Com as alterações no mercado, as empresas estão aprendendo 
que não existe o prejuízo nessas constatações, devido à competência dos contratados. 
 O DEFICIENTE E O TRABALHO 
 
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Com a inclusão de pessoas com deficiência, empresas entendem que podem lucrar, conquistando cli-
entes e desenvolvendo sua responsabilidade social. Logo, as perspectivas para o trabalho dessas pes-
soas são de crescimento, contribuindo com a integração de todos. 
Como adaptar o processo de recrutamento à PCD e suas respectivas funções após a contratação? 
O processo de recrutamento deve estar disponível em formatos alternativos que sejam acessíveis, 
como braille, letras grandes e áudio. As qualificações exigidas e as obrigações da vaga precisam ser 
bem explicadas. Concentre-se no que precisa ser feito e não no modo como o trabalho será realizado. 
Um candidato PCD pode demonstrar sua maneira de realizar as tarefas. 
Preparar a equipe 
Um ponto importante é que sua equipe de recrutamento e seleção deve ser inclusiva, com perspectivas 
diversificadas. O local da entrevista, por exemplo, precisa ser acessível e perguntas com suposições 
negativas não devem ser feitas. 
Além disso, as demais equipes e setores da empresa também devem ser preparados. Para isso, é 
primordial que todos saibam porque está acontecendo a contratação, entendendo o processo de inclu-
são, para que todos participem desse processo. 
Assim, é interessante apresentar informações sobre as deficiências que o novo colaborador possua e, 
em conjunto, podem criar novas rotinas para o trabalho e formas de acessibilidade, considerando as 
suas limitações. A ideia é promover integração no ambiente de trabalho, garantindo um clima organi-
zacional agradável. 
Sensibilizar as pessoas 
As empresas devem implementar uma cultura de empatia, respeito e conhecimento sobre as limitações 
das pessoas com deficiência, sensibilizando seus colaboradores antes de qualquer contratação, por 
meio do princípio do engajamento eficaz. 
Então, gestores e chefes precisam ser os primeiros a aprender a se relacionar com esse grupo, já que 
vão ser os responsáveis por aplicar medidas de inclusão e aconselhar todos os seus liderados sobre o 
tratamento ideal a todos os demais. 
Alterar o cenário da empresa 
É comum que as empresas invistam na capacitação de mão de obra de pessoas que não tenham 
deficiências, ignorando as pessoas com deficiência, por não desejarem assumir os gastos com a pro-
fissionalização. Essa constatação, apesar de óbvia, é ignorada pelos empresários. 
Logo, defende-se que é preciso alterar o cenário da empresa, a mentalidade dos gestores e rotinas de 
trabalho, para promove a inclusão de PCD no mercado de trabalho. 
Promover a diversidade 
Uma empresa com mais diversidade é composta por profissionais com uma visão integral das situações 
e coisas. Dessa forma, vai haver maior criatividade, um bom clima organizacional e relacionamentos 
mais saudáveis entre os colaboradores. 
Cabe ressaltar que as empresas devem integrar pessoas com deficiências ao mercado de trabalho, 
assim como pessoas negras, idosas, com ideologias diferentes, dentre outras. 
Analisar competências 
A fim de proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, a empresa deve 
criar um plano de acompanhamento, ponderando as atividades feitas e as dificuldades que o grupo 
sentiu. 
Esse grupo precisa ser avaliado pelo seu desempenho como todos os outros. Entretanto, é necessário 
que seja analisada constantemente a competência do desenvolvimento do programa de inclusão, como 
métodos de recrutamento, seleção e treinamento. 
 O DEFICIENTE E O TRABALHO 
 
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Diante disso, é fato que a inclusão de PCD no mercado de trabalho ajuda a instruir as empresas em 
relação às adaptações que porventura tenham que ser feitas para que ela tenha acesso à sua mesa 
de trabalho ou realize uma tarefa específica — algo que pode ser pontual. 
Entre os benefícios de realizar a inclusão de PCD no mercado de trabalho estão a gestão humanizada, 
o aumento da diversidade na empresa, o combate ao preconceito e a melhoria da acessibilidade. 
Como você pôde ver, a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho serve como ins-
trumento de conscientização e estimula um ambiente mais inclusivo e democrático. 
Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), praticamente 1 a cada 
4 brasileiros tem algum tipo de deficiência. Isso faz com que sejam 46 milhões de pessoas, e muitas 
delas estão em idade economicamente ativa. Assim, tratar do mercado de trabalho para pessoas com 
deficiência é muito importante. 
A cada dia que passa, as empresas vêm se conscientizando da importância de criar vagas para profis-
sionais nessa situação. Ao mesmo tempo, as pessoas com deficiência também se tornam cada vez 
mais independentes, capacitadas e interessadas em colocações adequadas no mercado de trabalho. 
É necessário ter uma boa ideia do panorama atual, de modo a se preparar corretamente. Continue 
lendo este artigo e veja um pouco mais sobre tudo que permeia esse tema! 
O mercado de trabalho para pessoas com deficiência 
Diante do panorama, o mercado de trabalho vem absorvendo cada vez mais esses profissionais. Em 
2015, houve um aumento de quase 6% em relação ao número de vagas ocupadas por pessoas com 
deficiência. Em cinco anos, o aumento foi de 20%. 
No mesmo ano, esse mercado era formado por mais de 400 mil pessoas, o que corresponde a 0,8% 
do total. Isso mostra uma evolução, já que a média em anos anteriores era de 0,7%. 
Sendo assim, a participação no mercado vem aumentando de maneira considerável e importante para 
toda a sociedade. Para o futuro, a expectativa é que o número continue se elevando. 
Alguns motivos que levam a essa evolução são: 
Leis de incentivo 
Visando a garantir a participação desses profissionais no mercado de trabalho, há dispositivos legais 
que tratam dessa contratação. 
Isso garante o aumento da participação dessas pessoas no mercado de trabalho, incentivando empre-
sas de diversos tamanhos e setores a contar com esses profissionais. Isso estimula a criação de vagas 
diversas e favorece o acesso às diferentes oportunidades que surgem. 
O que dizem as leis 
Por falar nisso, os dispositivos legais merecem especial atenção em relação ao mercado de trabalho 
para pessoas com deficiência. 
Nesse sentido, há duas leis importantes: a que estabelece as cotas para profissionais com essas ca-
racterísticas — e que é antiga — e o Estatuto da Pessoa com Deficiência, mais recente e abrangente 
sobre diversas questões. 
É obrigação dos empregadores conhecer ambas de maneira aprofundada, já que o cumprimento é 
obrigatório. Assim, suas principais características incluem: 
Lei das Cotas 
A Lei n° 8.213/91, também conhecida como a Lei das Cotas, é um dispositivo legal que trata de bene-
fícios sociais e, também, de vagas reservadas para indivíduos, especialmente as pessoas com defici-
ência. 
 O DEFICIENTE E O TRABALHO 
 
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Uma das redações mais importantesdessa lei trata da questão de quantidade de vagas que deve ser 
destinada. Empresas com até 200 empregados precisam preencher, no mínimo, 2% das vagas, ou 
seja, contratar 4 pessoas com deficiência. 
De 201 a 500 empregados, o percentual é de 3%. De 501 a 1 mil, de 4%. A partir de 1 mil, é de 5%. 
Essa redação é importante para determinar que toda empresa, grande ou pequena e de qualquer setor, 
conte com vagas voltadas para esses profissionais. 
Empresas que descumpram essas disposições podem ter suspensos os financiamentos e empréstimos 
junto a órgãos oficiais, além de se tornarem inaptas para a licitação. Os incentivos fiscais são suspen-
sos e há uma multa em dinheiro que é fixada de acordo com a gravidade do problema. 
A fiscalização é realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio de auditores desse 
órgão. A análise de dados do emprego e as visitas aos empregadores garantem que tudo seja cumprido 
como o esperado. 
Para o futuro, é esperado que essa tarefa se torne intensificada, de modo a garantir a criação de todos 
os postos de trabalho propostos por essa lei. 
Estatuto da Pessoa com Deficiência 
A Lei n° 13.416/15 ou Estatuto da Pessoa com Deficiência não é diretamente voltada para o trabalho 
em si, mas é muito importante para garantir dignidade e qualidade de vida para quem tem alguma 
deficiência. 
Dentre outras coisas, ela trata dos direitos e deveres de cidadãos com deficiência e estabelece o que 
pode ser considerado um comportamento discriminatório. 
O capítulo VI trata do direito ao trabalho e, dentre outras coisas, sobre haver um ambiente inclusivo e 
acessível, além da capacitação. Também fala sobre questões como a integração ao ambiente e o au-
xílio para superar barreiras. 
Quanto à discriminação, afirma não ser permitido vetar trabalho ou promoção a uma pessoa com defi-
ciência em razão desse fato. Não é possível, por exemplo, demitir ou deixar de contratar alguém sim-
plesmente por causa de sua deficiência. Em caso de ação contrária, a punição pode ser reclusão de 2 
a 5 anos e multa compatível. 
Seleção especializada 
Para incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho, é necessário realizar um processo sele-
tivo específico. O recrutamento não deve ser igual ao que é realizado tradicionalmente, já que a inclu-
são exige vencer alguns desafios, inclusive logo nessa etapa inicial. 
Para tanto, é fundamental considerar a seleção especializada em todo esse tema. Alguns fatores mais 
importantes são: 
Contratação de empresa especializada 
Tudo começa com a escolha de empresas de recrutamento e seleção de profissionais que sejam es-
pecializadas na contratação de pessoas com deficiência. Hoje, não é difícil encontrar organizações que 
desenhem todo o processo levando em consideração essas necessidades específicas. 
Ainda que a área de seleção da empresa seja adequada, é mais vantajoso fazer essa contratação 
especializada. Mesmo que a empresa apenas atue de maneira consultiva ao setor interno, essa é uma 
forma de melhorar a curva de aprendizado sobre esse tipo de contratação. 
É graças a essa preocupação que é possível, por exemplo, desenhar um processo que demore o tempo 
adequado, considerando as necessidades específicas. Fazer um processo muito longo e com desloca-
mentos em excesso, por exemplo, pode prejudicar quem tem mobilidade comprometida. 
Assim, a empresa especializada consegue elaborar uma seleção que seja consistente, mas sem pre-
judicar os candidatos. 
 O DEFICIENTE E O TRABALHO 
 
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Levantamento de competências 
Durante a entrevista em si, é necessário fazer um levantamento de competências por parte de quem 
deseja se tornar colaborador da empresa. Com as pessoas com deficiência, isso precisa ser feito de 
maneira mais trabalhada e específica, para que o perfil seja correto e leve em consideração o que cada 
um tem de melhor. 
Por meio de testes psicológicos, cases e técnicas desenhadas sob medida, é possível compreender 
com bastante precisão qual é a capacidade e quais são os interesses de cada profissional. 
Essa é uma forma de ir além apenas do currículo, de modo a garantir que a avaliação seja realmente 
adequada e beneficie ambas as partes. 
Identificação de necessidades 
Além disso, a seleção especializada também precisa colaborar para a identificação de necessidades 
desses profissionais. É nesse momento que devem ser conhecidas questões como as necessidades 
de aprimoramento e qualificação, por exemplo. 
Também se pode tratar de uma questão física, como a exigência de mais acessibilidade em um deter-
minado espaço ou de estratégias diferenciadas de integração. 
Essa é uma parte crucial, porque qualquer profissional, com deficiência ou não, tem necessidades que 
devem ser trabalhadas e atendidas. Executando uma seleção especializada e personalizada, é mais 
fácil identificar quais são as questões que devem ser trabalhadas com atenção. 
Emprego da tecnologia 
Dependendo do caso, é possível empregar a tecnologia para essa tarefa de escolha dos profissionais 
que mais se encaixem no perfil desejado. Fazer seleções a distância, como por videoconferência, é 
uma forma de garantir conveniência e menos despesas para todos os envolvidos. 
Realizar testes e avaliações de perfil comportamental com plataformas de análise de dados, por sua 
vez, garante uma visão completa a respeito do profissional, facilitando todo o processo. 
Porém, nada disso substitui a atuação de profissionais especializados no recrutamento, de modo que 
seja possível realizar a melhor escolha para todos os envolvidos. 
A acessibilidade 
Uma das questões importantes para a pessoa com deficiência é a acessibilidade. Poder se deslocar 
corretamente e, principalmente, da maneira mais autônoma possível é fundamental para que o colabo-
rador consiga se manter motivado e engajado, oferecendo o melhor resultado possível para a empresa. 
Na hora de incluir os profissionais no ambiente de trabalho, portanto, é preciso considerar a necessi-
dade de investir corretamente na questão da acessibilidade. Nesse sentido, alguns pontos que mere-
cem destaque são: 
Busca por segurança 
É indispensável que haja uma busca pela segurança da pessoa com deficiência. Não dá para criar 
modificações que se tornem inseguras ou que não levem em consideração as necessidades específi-
cas dessas pessoas. 
O uso de um corrimão adequado para o deslocamento interno de pessoas com deficiência, por exem-
plo, ajuda no senso de direcionamento e evita problemas. 
É necessário pensar em todas as questões que merecem atenção, de modo a evitar que haja algum 
tipo de risco para esses profissionais. 
Mudança de cultura 
 O DEFICIENTE E O TRABALHO 
 
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Uma das questões da acessibilidade no mercado de trabalho para pessoas com deficiência diz respeito 
à questão atitudinal. Ou seja, a forma como as pessoas agem dentro de uma organização pode tornar 
um ambiente acessível ou não. 
Se as pessoas de um negócio não estão preparadas para receber pessoas com deficiência, o resultado 
é uma barreira a mais. 
Para vencê-la, é fundamental implementar uma mudança de cultura e mentalidade. É necessário que 
todos saibam o valor do profissional com deficiência e que compreendam que ele é capaz de realizar 
as ações para as quais foi contratado. 
Ao mesmo tempo, todos devem trabalhar para a integração, especialmente porque se trata de um 
colaborador novo dentro da empresa. No geral, todos devem agir sem preconceitos ou ressalvas, tra-
tando os profissionais com equidade e longe de estereótipos e de estigmatizações. 
A inclusão 
Além de favorecer a acessibilidade em si, também é necessário investir em garantir a total inclusão ao 
ambiente de trabalho e às funções, de maneira geral. 
Isso garante que o profissional se engaje intensamente e ofereça mais resultados. Além de tudo, vai 
favorecer a própria atuação. 
Para conquistar esse tipo de resultado, é necessário levar em consideração os seguintes elementos:Alinhamento de expectativas 
Profissionais que sabem o que é esperado deles tendem a trabalhar melhor — e com as pessoas com 
deficiência isso não é diferente. Por isso, tudo deve começar com um alinhamento das expectativas de 
atuação. 
É necessário que o novo colaborador saiba exatamente quais ações são esperadas da sua atuação, 
quais resultados ele deve alcançar e qual é o seu papel em relação a toda a organização. 
A intenção deve ser sempre mostrar que o trabalho dele é importante para o negócio e para o resultado 
de outras pessoas, de modo que o profissional se sinta estimulado a atuar de maneira cada vez melhor. 
Capacitação e profissionalização 
Outra questão fundamental é oferecer a capacitação e profissionalização para as pessoas contratadas 
nessa situação. Isso não se deve à questão da deficiência em si, mas, sim, pelo fato de que qualquer 
funcionário precisa ser capacitado para atender a necessidades cada vez mais específicas do negócio. 
Sendo assim, oferecer novas possibilidades de buscar conhecimento é importante. Além de realizar 
treinamentos no próprio ambiente de trabalho, é possível investir em capacitações distância, fazendo 
uso da internet.s. 
Realização de avaliações 
A oferta de feedback é fundamental para a atuação de qualquer funcionário. Ela garante um melhor 
direcionamento de atuação, além de também funcionar como ferramenta de reconhecimento e valori-
zação. 
Com os profissionais com deficiência, isso não é diferente. Para garantir a total integração, vale a pena 
realizar avaliações de desempenho e fazer um acompanhamento de resultados. A partir disso, é pos-
sível oferecer direcionamento e, eventualmente, promoções e oportunidades cada vez melhores. 
O caminho para o sucesso 
Para pessoas com deficiência chegarem ao êxito no mercado de trabalho, devem agir segundo algu-
mas questões que podem levar diretamente para os efeitos desejados. 
 O DEFICIENTE E O TRABALHO 
 
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É a partir delas que o caminho até o sucesso fica mais simples de ser seguido, de modo a garantir uma 
atuação positiva e vantajosa. Para tanto, considere colocar em prática as seguintes ações: 
Desenvolva habilidades sociais 
Ter dificuldade de locomoção, por exemplo, não precisa e nem deve significar isolamento — ainda mais 
no ambiente de trabalho. Em vez disso, você deve buscar desenvolver as suas habilidades de relacio-
namento não só com colegas, mas todos. Tornar-se comunicativo, analítico e capaz de transmitir cor-
retamente suas ideias é uma forma de se destacar no ambiente profissional. 
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	Apostila Concurso (Superior)
	01 Quem Somos
	02 Proibido Copia
	04 Especificos
	01 A Criança Deficiente e a Família
	02 O Desenvolvimento Emocional e Afetivo
	03 Atividades Gerais para os Deficiente
	04 A Psicologia no Auxilio a Educação e Compreensão dos Deficientes
	05 O Deficiente e o Trabalho
	05 Referencia
	06 Contra Capasurge a Inclusão Escolar com o objetivo de romper o paradigma educacional existente e com estrutura 
curricular fechada da escola. As pessoas com deficiências são reconhecidas como cidadãos e aceitas 
na escola. 
Esta inclusão no campo educacional envolve um processo de reforma e reestruturação da instituição 
escolar como um todo, para que todos possam ter acesso a todas as oportunidades oferecidas pela 
escola. 
A escola inclusiva pressupõe que todas as crianças possam aprender e fazer parte da vida escolar e 
social. Há a valorização à diversidade, a crença de que as diferenças fortalecem a todos os envolvidos. 
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, em 
defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo 
de discriminação. 
 A CRIANÇA DEFICIENTE E A FAMÍLIA 
 
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Desta forma, a educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola regular, promo-
vendo o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos 
globais de desenvolvimento e altas habilidades. 
A educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às 
necessidades educacionais especiais desses alunos, direcionando suas ações para o atendimento às 
suas especificidades, orientando a organização de redes de apoio, a formação continuada, a identifi-
cação de recursos, serviços e desenvolvimento de práticas colaborativas. 
Considerando que as pessoas se modificam continuamente, transformando o contexto em que estão 
inseridas, torna-se necessário uma atuação pedagógica voltada para alterar a situação de exclusão, 
reforçando a importância da participação de todos os envolvidos na promoção da aprendizagem dos 
alunos. 
Com o passar dos anos, muitos conceitos foram mudando. A deficiência passou a ganhar novo enfoque 
e consequentemente, o deficiente começou a ser visto com mais carinho. As famílias começaram a 
receber maior apoio; no entanto, o preconceito e a discriminação sempre fizeram e ainda fazem parte 
da vida da criança com deficiência. Porém, para que a mudança aconteça é necessário mostrar a im-
portância da família, da escola, da sociedade em geral e do poder público, para a efetivação dessas 
mudanças e para o desenvolvimento pleno das pessoas com necessidades especiais. “As deficiências 
não são fenômenos dos nossos dias. Sempre existiram e existirão” (CARVALHO, 1997, p. 36). 
Resistências Ainda Hoje 
Os pais de crianças com deficiência(s) não se encontram mais preparados para enfrentar esta situação 
do que aqueles que têm filhos ditos normais. No entanto, a sociedade e, em especial, a escola costuma 
cobrar deles um conhecimento e um comportamento muito além do que eles podem apresentar quando 
se deparam com a dor da perda do filho que era esperado. 
Buscaglia (1993) enumera alguns sentimentos próprios de pais que têm um filho com deficiência(s). 
Como a criança perfeita não veio, é comum o sentimento de autopiedade, onde aparecem a lamenta-
ção, a decepção e a descrença. Muitas mães culpam-se pela deficiência da criança, pensando que não 
se cuidaram o suficiente durante a gravidez. 
Também é possível aparecer a vergonha, pois o desejo dos pais quando geram um filho é que 
este seja sua extensão e quando isso não acontece, os pais podem chegar a recusar- se a ver outras 
pessoas. O medo pode acompanhar os pais porque o desconhecido gera esse sentimento e eles po-
dem pensar que não haverá escolas para os filhos e que estes poderão ser rejeitados pela sociedade. 
Outro sentimento que pode acompanhar o medo é a incerteza do futuro da criança e deles próprios. 
Pode acontecer um período de depressão, após o nascimento da criança, que é quando os pais pro-
curam fugir da realidade, apresentando apatia e vazio por causa da profundidade da dor emocional. 
Alguns pais poderão sufocar essa dor demonstrando alegria e tentarão mostrar para toda a família e 
amigos que a vida continuará normalmente. Este também pode ser um comportamento para esconder 
o real sentimento do momento. Sobre estes sentimentos descritos, o autor considera que, “Essa não 
é uma lista completa dos problemas especiais que os pais de uma criança deficiente terão de enfrentar, 
mas foi elaborada para que os pais se conscientizem de que esses sentimentos são naturais, e de 
forma alguma podem ser considerados anormais” (BUSCAGLIA, 1993, p. 112). 
A escola precisa reconhecer esse momento pelo qual os pais passam para poder auxiliá-los a entender 
e superar esta fase, levando-os a aceitar seu filho com otimismo e muito amor. 
Importância Da Família: Presença E Acompanhamento 
A presença e acompanhamento da família, na vida de qualquer criança, é muito importante para o seu 
desenvolvimento pleno. Seu papel é o de oferecer-lhe um lugar onde possam desenvolver-se com 
segurança e aprender a se relacionar em sociedade. Este esforço torna-se, sem dúvida, mais difícil 
para as famílias dos deficientes. Quando isto acontece, se exige de cada membro familiar uma redefi-
nição de papéis, cobrando-se deles mudanças de atitudes e novos estilos de vida. 
Buscaglia considera esse período inicial da vida, como um dos mais importantes para o futuro das 
crianças com deficiência, pois “É nesse momento que receberão ajuda para formar atitudes básicas 
 A CRIANÇA DEFICIENTE E A FAMÍLIA 
 
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em relação à sua ótica futura – otimismo/ pessimismo, amor/ ódio, crescimento/ apatia, segurança/ 
frustração, alegria/ desespero – e ao aprendizado em geral” (1993, p. 36). 
A principal importância da influência da família reside no fato de o lar e a vida familiar proporcionarem, 
através de seu ambiente físico e social, as condições necessárias ao desenvolvimento da criança. 
Cambruzzi em seu trabalho, afirma que: 
é importante notar que as famílias são imprescindíveis no processo educacional dos filhos, pois, as 
crianças demonstravam que estavam desenvolvendo autonomia, conscientização do outro e a convi-
vência em grupo. Lembra que vale salientar que é fator fundamental a parceria escola/família, pois são 
agentes de transformação em termos individuais e, coletivamente, favorecem a mudança de visão, 
ainda distorcida, que a sociedade tem à respeito do deficiente (1998, p.90). 
Aceitação 
O nascimento de uma criança com deficiência confronta toda a expectativa dos pais, e a família é 
acometida por uma situação inesperada. Os planos de futuro para essa criança são abdicados, e a 
experiência de parentalidade deve ser ressignificada. Segundo Silva e Dessen (2001), a família passa 
por um processo de superação até que aceite a criança com deficiência mental e institua um ambiente 
familiar propício para a inclusão dessa criança. 
Buscaglia (1997) destaca que, mesmo depois do impacto inicial, a presença de uma criança deficiente 
exige que o sistema se organize para atender as necessidades excepcionais. Esse processo pode 
durar dias, meses ou anos e mudar o estilo de vida da família, seus valores e papéis. A flexibilidade 
com que a família irá lidar com a situação depende das experiências prévias, aprendizado e personali-
dade dos seus membros. 
Devido ao significado que o relacionamento fraterno adquire ao longo da vida, mudanças fundamentais 
na saúde e comportamento de um irmão irão afetar os outros, e essas mudanças correspondem siste-
maticamente às características da criança, da família, da doença ou deficiência. Segundo Casarin 
(1999), o diagnóstico da Síndrome de Down em um filho desencadeia, na família, um processo seme-
lhante ao luto. Trata-se de um luto pela perda da fantasia do filho perfeito, da criança sadia. Alguns 
projetos e expectativas são desfeitos por conta da nova realidade, e a aceitação de um filho com defi-
ciência exige uma reorganização dos valores e objetivos da família (AMIRALIAN, 1986). Os planos da 
família são geralmente postergados com o nascimento de uma criança, e alguns sacrifíciosdo casal 
são transitórios, mas, quando a criança nasce com deficiência, esse adiamento pode se prolongar. 
Motivação 
Os pais de crianças com deficiência atuam como espelhos, que devolvem determinadas imagens ao 
filho. O afeto é muito parecido com o espelho. Quando demonstro afetividade por alguém, essa pessoa 
torna-se meu espelho e eu me torno o dela; e refletindo um no sentimento de afeto do outro, 
desenvolvemos o forte vínculo do amor, como muito bem escreve Rubem Alves “E é isto que eu 
desejo, que se reinstale (...) a linguagem do amor, para que as crianças redescubram a alegria de 
viver que nós mesmos já perdemos” (1995, p.155 ). Essência humana, em matéria de sentimentos. 
É nesta interação afetiva que desenvolvemos nossos sentimentos positiva ou negativamente e cons-
truímos a nossa autoimagem. Se a família do deficiente não buscar, desde pequenino, a estimulação 
precoce adequada, se não acreditar que pode desenvolver inúmeras habilidades e se o rotular como 
incapaz, irá se formando nele uma imagem "pequena" de seu valor, assim poderemos ter uma pessoa 
com autoestima baixa. 
Quando a criança tem êxito no que faz começa a confiar em suas capacidades. A família do deficiente 
pode ajudá-lo a criar bons sentimentos; é importante elogiá-lo e incentivá-lo quando procura fazer 
alguma coisa, fazendo-o perceber que tem direito de sentir que é importante, que "pode aprender", que 
“consegue” e que é “respeitado”. 
Mas, para que a família desempenhe bem o seu papel, é importante que busque orientação, seja 
do próprio médico, de psicólogos ou em centros de atendimentos a deficientes, para que estabeleça 
metas realistas e adequadas às capacidades de seu filho, dando-lhe oportunidade de desenvolver-se 
sem superprotegê-lo ou sem pressioná-lo, nem compará-lo com outras crianças. 
 A CRIANÇA DEFICIENTE E A FAMÍLIA 
 
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O excesso de cobrança em relação ao desempenho da criança deficiente, também pode gerar obstá-
culos no seu desenvolvimento. Há pais que criam fantasias, e na ânsia de ver seu filho progredir, cau-
sam crises de ansiedade capazes de desencadear problemas e dificuldades em lidar com frustrações. 
Atribui-se aos pais a responsabilidade pela formação da autoestima da pessoa com deficiência vincu-
lando-se, portanto, a sua função quanto a formação emocional. Consequentemente os pais contribuem 
para a superação dos efeitos negativos da deficiência, favorecendo assim, a própria aceitação de sua 
condição (ROSS, 1998, p. 241). 
Respeito À Diversidade 
Permitir-se a construção de uma escola aberta à diversidade é, antes de tudo, resgatar inúmeros pré-
conceitos e pré-concepções que sustentam os argumentos que acabam por fundamentar e legitimar de 
forma inconsciente a prática profissional. 
O trabalho com os alunos com deficiência tem, especialmente, o objetivo de resgatar a sua autoestima 
e sua identidade, partindo da valorização de suas potencialidades e respeitando suas limitações. 
Sendo assim, confirma-se o fato de a família constituir-se como base indispensável para todas as pes-
soas. A criança necessita intensamente do seu grupo familiar, e a criança com deficiência precisa ainda 
mais; dependendo dele intensamente. É nele que a criança irá desenvolver o seu processo de matura-
ção, adquirindo habilidades motoras de que necessita. Necessita também, desenvolver as noções 
psíquicas relativas a tais habilidades, para que possa assim crescer e transformar-se em adulto. 
Os pais têm a função principal de ensinar aos filhos as noções destinadas à defesa da vida, ensinar 
habilidades psicofísicas que vão se formando na criança, no decorrer de seu desenvolvimento evolu-
tivo, até alcançar a maturidade adulta. 
A vida em sociedade é complexa, e caracterizada pela convivência de pessoas diferentes; a inclusão 
sugere a integração de todas as pessoas de maneira a construir um entendimento comum de que a 
unidade e a pluralidade silenciem a existência humana na condição de diferente e anule a exclusão. 
É direito de toda criança com deficiência ser aceita como é, primeiramente no âmbito familiar, seguindo-
se da escola e na sociedade; respeitada como qualquer cidadão, com direitos e deveres, mesmo sendo 
ela diferente. 
Amor Incondicional 
Ninguém nasce irmão de deficiente, é preciso aprender a sê-lo. Bettelheim nos fala da importância do 
coração informado, ou seja, da afetividade cercada de conhecimento para melhores condições de 
sobrevivência e inter-relacionamento com o semelhante. Em relação ao irmão do deficiente isto é 
ainda mais verdadeiro. É necessário, para aceitá-lo afetivamente, compreendê-lo, aprender a conhecê-
lo bem em suas virtudes e defeitos e saber trabalhar afetiva e intelectualmente, essas relações. Isso é 
possível quando há o amor incondicional. 
O amor incondicional é pleno, completo, absoluto, generoso, altruísta e infinito. Este amor não impõe 
condições ou limites para amar. Quem ama de forma incondicional não espera nada em troca. O amor 
está em primeiro lugar. 
O “amor de mãe”, que é dado livremente, independente do que recebe de volta é o típico “amor incon-
dicional”. A relação em uma família que tem amor incondicional há amor sem ter razões ou pré-requi-
sitos. Enquanto que o amor condicional requer algum tipo de troca, é finito, o amor é dado apenas com 
base em determinadas condições (conscientes ou não) satisfeitas. 
Na família em que os pais amam incondicionalmente há amor além, apesar das ilusões, amor sem 
esperar retorno, há condições para que a criança desenvolva sua autoestima e autoconfiança. 
A autoconfiança leva a criança a acreditar em suas capacidades. Para que esta competência seja 
desenvolvida, é fundamental que a família acompanhe e valorize o seu sucesso e a encoraje nos mo-
mentos difíceis, para que os insucessos tornem-se oportunidades de crescimento. Desta forma, a cri-
ança estará aceitando-se a si própria, com suas virtudes e limitações, alimentando a sua autoestima. 
 A CRIANÇA DEFICIENTE E A FAMÍLIA 
 
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Estimulando a criança de forma positiva, capacitando-a a sonhar, atingir metas, ter prazer nos proces-
sos que se envolvem, transmitindo-lhe amor incondicional, a criança sentirá maior motivação, bus-
cando melhorar naquilo que pode sem a pressão de um ideal imposto pelos pais. A criança sabe 
que é aceita e amada incondicionalmente. 
Influência Da Família Na Aprendizagem 
A relação entre a escola e a família dos educando ainda possui muitos mitos. Ocorre muitas vezes um 
descompasso de ideias, apesar de ambas terem um objetivo central: o desenvolvimento das 
crianças. Esse descompasso pode ser causado por falta ou falha na comunicação entre as partes en-
volvidas, por não ser diferenciado os papéis de cada um durante o processo educacional, podendo 
levar ao conflito. 
A escola, depois da família, é o espaço primeiro e fundamental para o processo de socialização da 
criança. A inclusão das crianças e jovens portadores de deficiência na escola regular, com o apoio de 
atendimento educacional especializado, quando necessário, faz parte da atual política educacional bra-
sileira. Contudo, todo o trabalho realizado pela escola terá maior êxito, se acompanhado diretamente 
pelos membros da família dos deficientes. Esse trabalho de acompanhamento dá, primeiramente, se-
gurança à criança e permite a ela desenvolver as suas habilidades de forma mais tranquila. 
Alguns pais ainda não se conscientizaram da importância do apoio deles junto à instituição escolar de 
seus filhos, como também escolas que não incentivam essa parceria dos familiares na instituição. Pa-
rolin (2003) nos lembra que os objetivos da escola e famílias são os mesmos, preparar a criança para 
o mundo. Esse autor enfatiza a importância da participação da família no processo educativo. 
Para a criança com necessidades educacionais especiais essa parceria é fundamental. A escola deve 
estreitar ao máximo essa relação, oportunizando um convívio maior dos pais dentro da escola paraauxiliar no desenvolvimento. 
Davis coloca que "o envolvimento dos pais proporciona benefícios a vários níveis: às crianças, aos 
pais, às escolas e, generalizando, infere melhorias na sociedade democrática". (DAVIS, 1989, p. 37). 
Nesse sentido, essa interação assume algumas funções, destacando-se: demonstração de amizade, 
passando confiança e coragem pra criança; pais cooperantes no processo de ensino-aprendizagem; 
tomada de conhecimento dos pais sobre o desenvolvimento da criança e obtenção de informações do 
ambiente da casa e da rotina diária da criança. 
A oportunidade de convívio com pessoas não portadoras de deficiência torna possível uma vida de 
normalidade para o portador de deficiência, que pode se perceber como uma pessoa capaz e se de-
senvolver em todos os aspectos. 
Escola e família devem caminhar juntas no processo de aprendizagem. Segundo Buscaglia a família e 
a própria pessoa com deficiência(s), quando possível, são as personagens centrais no processo inter-
disciplinar de acompanhamento. 
[...] Estudos relacionados ao desenvolvimento paterno revelam o grande valor de pais bem informados 
como parte da equipe de reabilitação. Contudo, os pais só poderão prestar alguma ajuda se forem 
tratados com a mesma dignidade, consideração e respeito que qualquer outro membro da equipe po-
deria esperar [...] (1993, p. 283). 
Cury destaca a importância do trabalho a ser realizado pela escola de forma conjunta com as famílias, 
quando afirma: “Pais e professores são parceiros na fantástica empreitada da educação” (2003, p.54). 
O autor também salienta a questão de os pais nunca desistirem de seus filhos assim como os profes-
sores nunca devem desistir de seus alunos, bem como, a escola deve aproximar-se a cada dia mais 
das famílias de seus alunos e formar com elas um trabalho de parceria. 
O trabalho com a família e o estímulo ao seu envolvimento constitui um fator decisivo no processo de 
inclusão de pessoas com necessidades especiais, sendo indispensável para a construção da individu-
alidade do sujeito como participante ativo da sociedade. Contudo, esse processo requer, para sua efe-
tivação, a ação de múltiplos esforços e a participação de todos os segmentos da sociedade, de modo 
 A CRIANÇA DEFICIENTE E A FAMÍLIA 
 
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a se promover uma verdadeira mudança cultural em relação à diversidade e às potencialidades huma-
nas. 
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 O DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E AFETIVO 
 
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O Desenvolvimento Emocional e Afetivo 
O afeto e o cuidar são importantes alicerces na educação infantil e essenciais para o desenvolvimento 
de crianças com ou sem deficiência. Assim, a formação dos profissionais desse período inicial da Edu-
cação Básica precisa ser um tema em pauta e foco de discussão. Propiciar essa reflexão na escola 
pode favorecer a inclusão de crianças desde as fases iniciais da vida escolar. Este texto busca discutir 
e propor reflexões sobre ações que podem ser realizadas no contexto escolar da Educação Infantil para 
favorecer um ambiente de aprendizado mais humanizado. 
Ao longo da história da humanidade, as famílias passaram por longos processos de transformação e, 
consequentemente, as crianças se moldaram ao momento vivido. Diante disso, nem sempre o cuidar 
e o afeto foram considerados como essenciais ou necessários na construção e na formação dos as-
pectos cognitivos da criança, seja nas relações familiares, sociais ou escolares. 
Heywood (2004) e Aríes (1981) relatam em seus escritos as alterações significativas que a criança 
sofreu ao longo de sua existência, na sociedade, e, de certa forma, a compreensão desses períodos 
vivenciados por elas revela muito sobre sua situação na atualidade. 
Tratadas de forma superficial e diferenciada devido ao gênero, deixadas nas rodas dos expostos, vistas 
como “cópias” de adultos ou desprezadas e abandonadas devido suas deficiências, a criança foi a 
coadjuvante por longos períodos, tendo alcançado um pouco de atenção a partir do século XV e XVI, 
quando se percebeu que necessitavam de cuidados e atenção especiais antes de se tornarem adultos 
(HEYWOOD, 2004). 
Atualmente, cabe à instituição familiar a responsabilidade de educar a partir de ações no sentido de 
transmitir conhecimentos, hábitos, socialização, afeto, assim como aspectos culturais advindos das 
gerações familiares (SZYMANSKI, 2000; DESSEN; POLONIA, 2007). A família é a base para a forma-
ção da identidade e construção da personalidade da criança, responsável pelo desenvolvimento emo-
cional (MONDIN, 2005). Já a educação proporcionada pela escola é organizada por meio de currículo 
e deve preocupar-se também com os aspectos que envolvem o ensino-aprendizagem (DESSEN; PO-
LONIA, 2007). Ambas as instituições estão implicadas no processo de desenvolvimento, promovendo 
ou impedindo a evolução física, intelectual, emocional e social (DESSEN; POLONIA, 2007). 
Por diferentes razões, a família, muitas vezes, não consegue proporcionar um ambiente saudável ao 
desenvolvimento da criança, o que obstaculiza seu processo de conhecimento, descoberta, aprendiza-
gem, necessitando do apoio e suporte social oferecidos por diversas instituições, dentre elas a escola 
(DESSEN; POLONIA, 2007). Isto significa que o papel da escola ultrapassa a noção de ensino e apren-
dizagem, especialmente quando se trata da Educação Infantil, que acolhe crianças desde a mais tenra 
idade,em pleno processo de desenvolvimento (MONDIN, 2005). 
Nesse sentido, faz-se necessária uma articulação e o trabalho conjunto contínuo entre a família e a 
escola, ou seja, entre o cuidar e o educar, para beneficiar a educação das crianças. Assim, o que se 
pretende com este artigo é discutir sobre o cuidar e o afeto nos anos iniciais da criança, no contexto da 
educação infantil, considerando também aquelas com deficiência. Para isso, buscou-se na literatura da 
educação infantil e da psicologia o aporte teórico, sem recorte temporal, a fim de aproveitar textos e 
autores em sua totalidade. Não há o desejo de esgotar o assunto neste trabalho, ao contrário, o que se 
almeja é que o presente texto possa contribuir com novas discussões a respeito do cuidado e do afeto 
na infância, incluindo as crianças com deficiência, e da necessidade de enfocar as práticas pedagógi-
cas e a formação profissional para essa fase escolar. 
O Cuidado E O Afeto Nas Relações Com A Criança: Efeitos Na Aprendizagem 
A família ou aqueles que exercem as funções parentais são responsáveis pelos cuidados primordiais 
destinados ao bebê, que, mesmo antes de nascer, já está inserido no mundo da linguagem e em um 
campo simbólico pelo fato de ocupar um lugar no psiquismo daqueles que o esperam (BERNARDINO, 
2006). É a partir da relação estabelecida entre os principais cuidadores e a criança que esta irá consti-
tuir sua subjetividade (INFANTE, 2000; JERUSALINSKY, 2002, 2011; CULLERE-CRESPIN, 2010) e 
se apropriar da linguagem (BERNARDINO, 2006). 
Autores como Spiz (1960), Bowlby (1984) e Winnicott (2006) apontam a importância fundamental do 
vínculo inicial estabelecido entre a criança e seus pais para o desenvolvimento e formação do psi-
quismo infantil. Para o primeiro autor, tanto os afetos de prazer quanto de desprazer são decisivos para 
 O DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E AFETIVO 
 
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o desenvolvimento da percepção, do pensamento e da ação. Os afetos de prazer referem-se aos mo-
mentos de troca entre a mãe e o bebê, uma comunicação prazerosa entre ambos, demonstrada logo 
nos três primeiros meses de vida através de sorrisos como resposta por parte do bebê. Já os afetos de 
desprazer iniciam-se após os três meses de vida, em que o bebê reage com manifestações de despra-
zer quando é abandonada pela pessoa que lhe é referência, Essas reações se tornam mais presentes 
entre o sexto e o oitavo mês, quando a criança já distingue as pessoas próximas daquelas que lhe são 
desconhecidas. O autor acrescenta que nesse momento ocorre a primeira manifestação de angústia 
no bebê. 
Bowlby (1984) desenvolveu a Teoria do Apego, que diz respeito ao desenvolvimento de laços afetivos 
entre a criança e o seu progenitor e, posteriormente, nas relações adultas. A criança passa por fases 
para que se estabeleça o comportamento de apego, que tem como objetivo manter a sobrevivência do 
indivíduo, assim como a proteção e o cuidado. A forma como se dá esse comportamento de apego na 
organização da personalidade de cada um depende do tipo de laço afetivo realizado ao longo da vida. 
Winnicott (2006), por sua vez, abordou a díade mãe-bebê, enfatizando os cuidados que envolvem essa 
relação. Afirmou que a mãe, quando se encontra saudável do ponto de vista psíquico, vive um estado 
que ele chamou de preocupação materna primária: as mães se tornam aptas a se colocar na posição 
do bebê, ou seja, uma capacidade de identificação que favorece o reconhecimento das necessidades 
do bebê. O autor valorizou a ideia de que o desenvolvimento emocional de um bebê está intimamente 
ligado ao ambiente facilitador, que conta com a mãe enquanto agente de cuidado. 
Assim como nas relações familiares e sociais, a afetividade deve ser vista como parte da educação do 
sujeito, pois permite que as relações sejam construídas sob pilares do respeito e compreensão. Já os 
cuidados estão presentes desde o nascimento, seja de forma mais intensa ou não, mediada por pais 
ou terceiros, como avós, babás. 
Conforme Gonzales-Mena e Eyer (2014), essas relações precisam estar baseadas nos três Rs: respei-
tosas, (positivamente) reativas e recíprocas, aproveitando os momentos que envolvem os cuidados 
como oportunidades para educar. Com os bebês: a troca de fralda, a hora do banho ou da alimentação 
e o ninar são momentos de cuidar e também propícios para a afetividade e o educar, no sentido de 
iniciar um processo que será desenvolvido posteriormente ao longo da vida. 
Com a criança em fase escolar infantil: valorizar suas ideias, incentivar a leitura, trabalhar a psicomo-
tricidade e a linguagem; com o adolescente: respeitar sua individualidade e suas opiniões, cultivar o 
diálogo e a amizade; com o adulto e com o idoso: cultivar a companhia, respeitar e valorizar sua expe-
riência. Todos precisam de cuidados e afetos, e compreender essa necessidade natural do ser humano 
não requer grandes ações, pois são detalhes que podem ser cultivados desde o início da existência. 
Pode-se considerar a Educação Infantil como a melhor fase para trabalhar tais aspectos, pois, biologi-
camente, é um período de adaptação não só ao meio físico como também ao social, conforme Jean 
Piaget demonstrou em seus estágios do desenvolvimento infantil, que contribuem para a construção 
do conhecimento da criança. Justamente por esse período natural de adaptação, a criança se torna 
suscetível a aprender valores e virtudes que podem ser trabalhadas nessa fase escolar em meio as 
brincadeiras, como a tolerância com os amigos, o respeito à diversidade, a responsabilidade diante da 
natureza, a ajuda ao próximo, entre outros. 
Nesse contexto da Educação Infantil, Friedrich Froebel (1782-1852) teve grande importância, pois foi o 
primeiro educador que considerou os anos iniciais da infância como uma fase decisiva na formação do 
ser humano. Considerado como o fundador do “jardim da infância”, comparava a criança com uma 
planta em fase de formação, que exige cuidados periódicos para que possa crescer saudável. Na 
mesma comparação metafórica, seria possível entender a família (ou aqueles que exercem a função 
materna e paterna) como o jardineiro, que precisa acompanhar o desenvolvimento, cuidar e proporcio-
nar condições para que o amadurecimento aconteça. 
Froebel também está relacionado ao conceito de autoeducação, difundido com o movimento da Escola 
Nova de Maria Montesssori (1870-1952), e Celestin Freinet (1896- 1966), que defendia um ensino livre 
de obrigações e que dependia dos interesses de cada um por meio da prática. Dessa forma, o que se 
vê na Educação Infantil atual, entre as técnicas, jogos e materiais educativos, são heranças desse 
educador pioneiro, que reconhecia nas brincadeiras não só a diversão, mas um recurso ao aprendi-
zado, uma forma de criar representações do mundo. Em uma época cujas mudanças na sociedade 
 O DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E AFETIVO 
 
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refletiam nas novas concepções sobre as crianças, os princípios de Froebel vieram para marcar as 
práticas pedagógicas pela afetividade e pelo o lúdico, alterando o conceito tradicional na educação. 
Historicamente, as instituições de Educação Infantil estabeleceram relações estreitas com a história da 
infância, sociedade e família, no entanto quando se fala em afeto, não se trata de colocar a criança no 
colo e mimá-la, mas sim preocupar-se com sua aprendizagem e suas atitudes, respeitando e traba-
lhando suas particularidades. Para que isso aconteça, é preciso repensar a formação e a atuação desse 
profissional, que precisa entender sua importância na vida das crianças para poder trabalhar consciente 
em meio a tantas dificuldades que a profissão enfrenta. 
Autores como Freire (1999), Snyders (1996), Maturana (2001) e Leite (2006) compartilham a ideia de 
que o cuidado e o afeto são indispensáveis na prática educativa, uma vez que a paixão e a vontade de 
aprender são as motivações necessárias para que a aprendizagem aconteça. 
Piaget, Vigotsky e Wallon compõema base teórica da afetividade e entendem que a cognição está 
associada à afetividade como um fator que impulsiona a vontade de aprender e pode ser utilizada a 
favor da construção do conhecimento (LA TAILLE; OLIVEIRA; DANTAS, 1992). Segundo a teoria pi-
agetiana, o comportamento da criança é modificado em seu aspecto afetivo e intelectual com o surgi-
mento da linguagem, passando a socializar-se com outras pessoas e desenvolvendo sentimentos, afi-
nidades ou gerando conflitos. 
Essa construção de conhecimentos a partir da vivência também é discutida por Vygotski (2001), que 
menciona a linguagem como instrumento fundamental para a socialização e o afeto como determinante 
para a aproximação não só com o professor, mas também com o conteúdo trabalhado. Essas ideias 
são compartilhadas por Wallon, que acredita na afetividade como um auxílio para a criança sair do 
subjetivismo, estabelecendo uma forma de relacionar-se com o mundo, tornando seu pensamento cada 
vez mais complexo. 
O estudo de Carvalho, Rolón e Melo (2018) reitera a ideia de que os vínculos afetivos estão intimamente 
relacionados ao processo de ensino-aprendizagem. Aplicaram questionários aos pais, professores e 
alunos de um município do interior do estado de Pernambuco, com o objetivo de compreender o vínculo 
na construção do processo de ensino- aprendizagem. Constataram que alunos, pais e professores 
consideram significativa a relação entre professor e aluno na construção do conhecimento. 
Mondin (2005) e Dessen e Polonia (2007) ressaltam a interligação entre a escola e a família na consti-
tuição da afetividade. Os resultados apontaram que ambas as instituições são responsáveis pela apren-
dizagem e desenvolvimento e que ações podem ser realizadas no sentido de aproximar esses dois 
contextos. 
Essa busca pela construção do conhecimento é realizada todos os dias na escola, quando a criança 
está diante de momentos em que precisa dividir, conviver, brincar, conversar. Nesse cenário, o profes-
sor ou a equipe da escola encontra o momento de trabalhar e demonstrar o cuidado e o afeto, por meio 
da atenção, dos cuidados com a higiene, da hora da história, do lanchinho...cada momento ali é opor-
tuno ao aprender e ao educar de forma natural, sem desconsiderar as necessidades educacionais que 
o período precisa trabalhar, segundo os documentos oficiais da educação infantil. No entanto, ainda há 
conflitos acerca do cuidar e do educar como funções únicas e interligadas. Estudos mostram a impor-
tância de considerar essas duas funções no trabalho realizado pelos professores da educação infantil. 
O Binarismo: Cuidar E Educar Na Educação Infantil 
Após o ingresso das mulheres ao mercado de trabalho, os bebês deixam de ser cuidados somente 
pelas mães. Após essa conquista, tais cuidados passam a ser compartilhados com a escola, já que 
desde muito precocemente os bebês ingressam nas creches para que a mãe tenha a oportunidade de 
trabalhar (DIDONET, 2001; BRASIL, 2010). Com isso, as instituições escolares tornam-se também 
responsáveis pelos cuidados dessas pequenas crianças: além da educação, tornou-se necessária uma 
articulação entre o cuidar e o educar. 
Diversos estudos apontam que o cuidar está integrado ao educar, portanto é impossível pensá-los 
separadamente, e esse binarismo deve ser superado para que se alcance o desenvolvimento global 
das crianças (SILVA; BOLSANELLO, 2002; MARIOTTO, 2003; 2009; KRAMER, 2005; NONO, 2015; 
ANDRÉ, 2016). 
 O DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E AFETIVO 
 
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O cuidar ainda está associado a uma visão assistencialista do período em que as creches eram apenas 
espaços em que as crianças permaneceriam até que a mãe as buscasse. Não tinham conexão com a 
educação, tampouco com a aprendizagem. Quando a creche, a partir da LDB (1996), passou a compor 
a primeira fase da Educação Básica, a ideia de educar torna-se presente. O educar é transmitir conhe-
cimento a respeito de si mesmo, do outro e de seu ambiente através do brincar; e o cuidar está ligado 
à noção de proteção, afeto, carinho, que atravessam tanto as demandas de ordem biológica quanto as 
outras atividades desenvolvidas na Educação Infantil (KRAMER, 2005). 
O estudo de Vitta e Emmel (2004) verificou os conceitos de profissionais do berçário acerca do cuidar 
e do educar. Concluíram que, por mais que se saiba relacionar o cuidado e a educação, os profissionais 
não conseguem planejar atividades que integrem as duas ações. André (2016) identificou dois cami-
nhos como forma de trabalho de professoras de creches: o primeiro está relacionado ao trabalho me-
diante anonimato dos bebês e a generalização, sem dar lugar aos aspectos da subjetividade de cada 
um; e o outro caminho considera as marcas simbólicas e um olhar para a individualidade dos bebês. 
Acrescenta que a Educação Infantil está avançando no que diz respeito às suas práticas, no entanto a 
formação do professor ainda merece uma atenção especial, principalmente se envolver a inclusão de 
crianças com deficiência, conforme apresentado a seguir. 
O Cuidado, O Afeto E A Deficiência Na Educação Infantil 
A inclusão de crianças com deficiência, desde a creche, é cercada por desafios não só para os pais, 
que veem seus filhos sob cuidado de terceiros, como para os profissionais da instituição, que nem 
sempre estão preparados para recebê-las. Ainda são escassos os estudos que abordam a temática da 
inclusão na Educação Infantil (MONTE, 2006; PEREIRA; MATSUKURA, 2013; OLIVEIRA, 2014). 
Oliveira (2013) defendeu a ideia da valorização da diversidade desde a Educação Infantil. A autora 
apontou que o tema do preconceito deve ser trabalhado desde a base da educação, incluindo o direito 
das crianças público-alvo da Educação Especial de permanecer junto a todos e usufruir de uma edu-
cação de qualidade. 
Um dos objetivos da Educação Infantil é promover a formação da cidadania às pequenas crianças 
através de relações de respeito, reflexões sobre as ações, valorização do convívio coletivo, ou seja, 
promover atitudes condizentes com a ética (OLIVEIRA, 2013). Nessa perspectiva, a aprendizagem co-
letiva e o brincar, tão importantes na Educação Infantil, permitem que a afetividade e as socializações 
sejam mais presentes no cotidiano, por isso o cuidar e a afetividade tanto de professores quanto de 
alunos podem contribuir para a adaptação e o desenvolvimento de crianças com deficiência nessa fase 
escolar. 
É fundamental que todas as crianças tenham o direito de acesso as mesmas garantias, mesmo que de 
diferentes formas, inclusive aquelas com deficiência, para que alcancem “[...] o máximo desenvolvi-
mento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas 
características, interesses e necessidades de aprendizagem” (BRASIL, 2015). 
A educação infantil, proposta nos espaços da creche e pré-escola, possibilitará que a criança com 
deficiência experimente aquilo que outros bebês e crianças da mesma idade estão vivenciando: brin-
cadeiras corporais, sensoriais, músicas, estórias, cores, formas, tempo e espaço e afeto. Buscando 
construir bases e alicerces para o aprendizado, a criança pequena com deficiência também necessita 
experimentar, movimentar-se e deslocar- se (mesmo do seu jeito diferente); necessita tocar, perceber 
e comparar; entrar, sair, compor e desfazer; necessita significar o que percebe com os sentidos, como 
qualquer outra criança de sua idade (BERSCH; MACHADO, 2007, p. 19). 
Para Mazzotta (1982), a infância é a fase ideal para o desenvolvimento e a aprendizagem, assim, a 
criança com deficiência deve ter a oportunidade de aproveitar todos os serviços comuns da pré-escola, 
mesmo que para isso ela precise de recursos e auxílios especiais. Nesse sentido, a tecnologia assistiva 
e a comunicação alternativa precisam estar direcionadas para a superação das dificuldades e a favor 
do desenvolvimento do aluno. 
As crianças com deficiência sensorial, auditiva ou visual necessitam de um ambiente deaprendizagem 
que estimule a construção do sistema de significação e linguagem, a exploração ativa do meio como 
forma de aquisição de experiências, o uso do corpo, do brinquedo e da ação espontânea como instru-
mentos para a compreensão do mundo. Elas necessitam da mediação do professor para a formação 
 O DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E AFETIVO 
 
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de conceitos, o desenvolvimento da autonomia e independência, incentivando-as se comunicarem, in-
teragirem e participarem de todas as atividades em grupo (BRUNO, 2006, p. 20) 
A inclusão de crianças com deficiência no ambiente escolar pode se concretizar mediante investimen-
tos em programas de formação de professores, a fim de prepará-los para receber tais alunos, conforme 
Abramowicz, Rocha e Cunha (2002) explicam. No entanto, mudanças também são necessárias no 
espaço físico escolar para facilitar a inclusão, como: rampas, piso antiderrapante e tátil, portas mais 
largas, banheiro adaptado, corrimão e sinalização, tecnologia assistiva e materiais adaptados, porém 
nada adianta se os professores desconhecem tais recursos. Além disso, são apenas partes de um todo, 
que precisam ser pensadas para receber crianças com deficiência. Também o espaço do parque pre-
cisa favorecer as brincadeiras e oferecer brinquedos que possibilitem o uso para crianças com defici-
ência (DE VITTA; DE VITTA; MONTEIRO, 2010). 
Seja pela dificuldade na relação com ela, ou devido aos preconceitos ou receios advindos pela falta de 
informação sobre a deficiência e suas reais limitações, tanto o professor quanto a comunidade escolar 
precisam estar envolvidos e dispostos a incluir, proporcionando à criança a sensação de pertencimento 
não só à sala de aula, mas a todo seu ambiente. 
Nesse caso, contar com o apoio e a participação da família é de importância singular para a inclusão 
da criança com deficiência em qualquer fase escolar, pois é a responsável pela continuidade de todo o 
trabalho iniciado nas escolas e centros especializados. Nessa perspectiva, é papel da escola encorajar 
e facilitar a participação da família na inclusão da criança com deficiência, a fim de que situações e 
comportamentos específicos possam ser compreendidos e auxiliados. 
Dentro de uma abordagem socioconstrutivista, os educadores precisam desenvolver a empatia e me-
diar as interações da criança, de forma que seus sentimentos e atuações possam servir de exemplo 
para outras crianças, estabelecendo um ambiente saudável e afetivo. Trabalhar com a criança da Edu-
cação Infantil o entendimento e o reconhecimento do outro, sem exceção, é incluir naturalmente, res-
peitando as similaridades e fundamentando a amizade em princípios sólidos de igualdade e equidade 
que irão nortear relações futuras. 
Como mediadores no processo educacional inclusivo, é preciso que alguns aspectos sejam considera-
dos, tais como: a revisão de paradigmas sobre a atuação profissional; proporcionar auxilio às crianças 
diante das metas de desenvolvimento, assegurando que sejam compatíveis com suas características 
e capacidades; eliminar barreiras arquitetônicas; possibilitar a formação de novos grupos infantis (pau-
tados na diversidade, nas relações de respeito mútuo e confiança); além oferecer um acolhimento que 
possibilite aprendizado diferenciado, diferentes canais e sistemas de comunicação e localização espa-
cial, avaliando e valorizando a criança de acordo com suas peculiaridades, habilidades e competências. 
A revisão da proposta pedagógica que contemple, de fato, um currículo que considere e respeite as 
diferenças, além da articulação da pré-escola com centros especializados de atendimento que favore-
cem e auxiliam a criança e sua família, esclarecendo sobre a deficiência (VEIGA, 2008). 
Independente da deficiência, propor educar e cuidar dessas crianças exige mais do que afeto e dispo-
sição, é preciso capacitação, atualização e dedicação. 
A Formação De Professores Na Atualidade 
A formação de professores tem sido alvo de estudos, discussões acadêmicas e de políticas públicas 
(AMORIN; DIAS, 2013; VOLTOLINI, 2017). De acordo com Amorin e Dias (2013), ainda há um longo 
percurso para que haja, de fato, investimento em formação docente, tanto inicial quanto continuada, e 
para que esse tema saia dos documentos, da legislação e das políticas públicas. Já Voltolini (2017) 
alertou a respeito de o incentivo à formação docente estar mais associado a uma burocratização, que 
deve ser cumprida pelo Estado, do que uma preocupação efetiva do trabalho do professor. O autor 
acrescenta que o educador construirá um saber sobre sua prática, que não está pautado somente em 
suas competências, “mas também em conhecimentos, crenças e atitudes que levam a construir sempre 
uma teoria pessoal que pautará sua prática” (VOLTOLINI, 2017, p. 184). 
É preciso pensar e entender que a formação dos professores de Educação Infantil, na atualidade, está 
além de competências e habilidades previstas em editais ou quadros funcionais. Pouco se fala sobre a 
formação de profissionais nos aspectos mais pessoais, não basta apenas gostar de crianças, é preciso 
respeitá-las no sentido de reconhecer nelas alguém em formação, que precisa de atenção, cuidados e 
afeto. Esse tipo de formação que olha para os aspectos pessoais do educador é mais difícil de ser 
 O DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E AFETIVO 
 
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trabalhado, visto que, ao lidar com a subjetividade de cada aluno, pode encontrar situações que relem-
brem fatos de sua própria vivência infantil, que não foram bem elaborados e resolvidos. Isso pode gerar 
certos sentimentos que não necessariamente serão expressados, podendo tornar as relações mais 
complexas (VOLTOLINI, 2017). 
Já na pesquisa de Capelasso (2011), observou-se que, para além da formação, o interesse e o desejo 
de trabalhar com essa faixa-etária (bebês e pequenas crianças) são aspectos facilitadores para a vin-
culação afetiva, considerando a motivação para a realização do trabalho. A autora investigou o vínculo 
afetivo entre a Auxiliar do Desenvolvimento Infantil (ADI) e o bebê, em uma creche da cidade de Presi-
dente Prudente. Observou-se que a ADI é uma figura importante no que diz respeito ao estabelecimento 
de vínculos afetivos com os bebês na Educação Infantil, que se formam no cotidiano, desde a chegada 
dos bebês à creche até o momento em que os responsáveis os buscam. 
Não raramente as queixas de professores a respeito da relação professor-aluno estão associadas às 
dificuldades em lidar com algo desconhecido ou fora de sua vivência habitual, sejam questões de in-
disciplina ou de deficiência, por exemplo. Essa dificuldade do professor, embora seja natural, precisa 
ser trabalhada, a fim de não comprometer sua relação com a criança. Segundo Nóvoa (apud GENTILE, 
2001, não paginado), 
A formação é algo que pertence ao próprio sujeito e se inscreve num processo de ser (nossas vidas e 
experiências, nosso passado, etc.) e num processo de ir sendo (nossos projetos, nossa ideia de futuro). 
Paulo Freire explica-nos que ela nunca se dá por mera acumulação. É uma conquista feita com muitas 
ajudas: dos mestres, dos livros, das aulas, dos computadores. Mas depende sempre de um trabalho 
pessoal. Ninguém forma ninguém. Cada um forma-se a si próprio. 
Nessa perspectiva, Silva e Bolsanello (2002) apontaram a importância da formação do professor e de 
profissionais da Educação Infantil no sentido de ser reflexiva e dar suporte à apropriação do próprio 
trabalho para, consequentemente, ter autonomia para pensar sobre suas práticas e desenvolvê-las. 
O trabalho docente ultrapassa diariamente obstáculos de diversas naturezas. A formalização da emo-
ção em palavras, gestos ou expressões corporais nem sempre é possível para algumas crianças, ca-
bendo ao professor a tarefa de interpretar as situações além doas aparências. Essa sensibilidade do-
cente de interpretação não pode ser esquecida ou ignorada, pois pode ser a prevenção de episódios 
difíceis tanto paraa criança quanto para o próprio professor, além de auxiliar na detecção precoce de 
sinais de risco para o desenvolvimento. 
Estudos mostram que o papel das professoras e profissionais da Educação Infantil é significativo no 
processo de constituição da subjetividade dos bebês e das pequenas crianças, assim como a formação 
deve ser fundamental para que as educadoras se ancorem em um saber que sirva como suporte para 
o exercício de sua função (BERNARDINO, et al, 2008; MARIOTTO, 2009). O trabalho de Kupfer e 
colaboradores (2016) verificou efetividade em um trabalho de formação realizado por professores da 
Educação Infantil. Foi utilizado um protocolo de Indicadores de Risco para o Desenvolvimento Infantil 
(IRDI) para detectar as crianças com atraso e também para auxiliar os professores em suas ações de 
maneira mais especifica e com maior atenção para as crianças selecionadas. O resultado foi positivo 
do ponto de vista do desenvolvimento dessas crianças, demonstrando que o trabalho realizado com 
esses profissionais foi satisfatório. 
Saboia (2015) destacou que o brincar também pode ser uma importante ferramenta para a identificação 
de sinais de risco para sofrimento psíquico, além de ser um meio de aprendizagem para as pequenas 
crianças (COUTINHO, 2013; JOIA, 2014). Estudos apontam que a intermediação do adulto no brincar, 
na Educação Infantil, favorece o desenvolvimento da brincadeira e promove a relação com o outro e 
não somente com o objeto (BONOME- PONTOGLIO; MARTURANO, 2010; COUTINHO, 2013). 
Assim, a ludicidade colabora com o cuidado e a afetividade de forma direta, desde as atividades pro-
postas e desenvolvidas até a decoração do ambiente. Cores e personagens infantis, brinquedos ao 
alcance, parque, tanque de areia, compõem o ambiente infantil despertando a atenção, interesse e 
curiosidade. 
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2001), recomenda-se que entre o professor 
e o aluno se estabeleça uma relação de confiança, respeitando a cultura trazida pelo aluno, além de 
estimulá-lo a ampliar seu universo. Portanto, refletir sobre cada protagonista no cenário educacional é 
 O DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E AFETIVO 
 
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tão importante quanto sua implementação na prática, influenciando de forma fundamental na qualidade 
do ensino, das relações e da própria instituição infantil. 
Dentro de um contexto social, essa interação com o ambiente escolar tem mais importância do que 
aparenta, pois, com a diminuição do convívio familiar devido a longas jornadas de trabalho ou atividades 
sociais que preenchem as rotinas diárias, a virtualização precoce excessiva de crianças no mundo 
digital ou a obrigatoriedade em realizar cursos extras no contra turno da escola podem gerar carência 
afetiva em crianças e adolescentes. E essa é mais uma situação que o professor e a equipe escolar 
precisam lidar no cotidiano, pois tem afetado significativamente o desenvolvimento, a aprendizagem e 
as relações sociais desse público. 
Diante da necessidade da inclusão, crianças e familiares buscam, nas instituições de ensino, apoio, 
compreensão e desenvolvimento associados à dedicação e respeito às limitações. Assim, mais impor-
tante do que adaptar currículos e oferecer tudo o que foi discutido ao longo do texto, o cuidar e a 
afetividade precisam fazer parte desse cenário, a fim de propiciar à criança confiança para que possa 
se desenvolver e se constituir subjetivamente. 
Discutir sobre a formação e suas fragilidades é fundamental. É preciso pensar e agir sobre a realidade 
de cada um, as especificidades, seja nas escolas ou instituições de apoio especializadas. 
Deve-se garantir, precocemente, o acesso da criança com deficiência e trabalhar para que tenha qua-
lidade no processo de aprendizagem e outras aquisições ofertadas pela Educação Infantil. 
Pela proposta da educação inclusiva, modificações e adaptações ambientais, metodológicas e peda-
gógicas são parte de uma série de mudanças que a escola deve oferecer para toda criança. Portanto 
o olhar para a formação profissional precisa ser continuo, pois se trata de um processo construído antes 
da chegada do aluno e durante sua permanência na escola. 
Independente das questões sociais ou culturais, nem sempre as políticas públicas são responsáveis 
por todas as dificuldades dos profissionais. É preciso repensar atuações e sobrepor velhos paradigmas, 
oferecendo atuações mais significativas e que visem o aluno como parte do processo de aprendizado 
e da convivência escolar. A afetividade e o cuidar devem fazer parte de todas as relações pessoais na 
escola. Desde os primeiros anos, o cuidado e o afeto representam não só os laços afetivos, como 
também prevenções para a saúde e o bem-estar da criança, por isso, pais e professores, de maneira 
geral, precisam atentar para essa prática a fim de favorecer o desenvolvimento das crianças com ou 
sem deficiência. 
A Educação Infantil precisa compartilhar dos objetivos da Educação Especial, assegurando a inclusão 
e favorecendo o desenvolvimento de competências e habilidades das crianças, independentemente da 
deficiência ou grau de comprometimento. 
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 ATIVIDADES GERAIS PARA OS DEFICIENTE 
 
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Atividades Gerais para os Deficiente 
Deficiência intelectual, também conhecida como retardo mental, ou deficiência mental (embora esses 
2 últimos termos estejam em desuso atualmente) está relacionada com dificuldade de raciocínio e com-
preensão. 
No geral, crianças com deficiência intelectual apresentam raciocínio e compreensão abaixo da média 
em relação a outras crianças da mesma idade. Isso exige do professor um esforço e dedicação com-
plementar, adicionado de estratégias de ensino altamente eficientes. 
Mas antes de começar a falar em como trabalhar com alunos com deficiência intelectual, fazer a adap-
tação de atividades, criar atividades lúdicas para deficientes intelectuais e elaborar planos de aulas 
adaptados, vamos rever o conceito de deficiência intelectual, através de uma perspectiva médica. 
O médico neuropediatra Dr. Clay Brites, da NeuroSaber, (eu sigo a NeuroSaber e recomendo) gravou 
um vídeo que explica rapidamente o que é Deficiência Intelectual. Mesmo que você já tenha estudado 
sobre esse tema, vale a pena parar agora para assistir: 
Alunos com deficiência intelectual na escola 
Nos últimos anos a matrícula de alunos com deficiência nas escolas tem aumentado exponencialmente. 
Isso quer dizer que, a questão não é se você vai ter um aluno com deficiência na sua sala de aula, 
mas quando. 
Se você ainda não teve contato com alunos com necessidades educacionais especiais e isso te as-
susta, não se sinta uma pessoa má. Infelizmente nossa geração foi criada com uma série de precon-
ceitos e estigmas que nos impedem de ver a realidade como ela é, de fato. 
Todas as crianças podem aprender e se desenvolver. As mais sérias deficiências podem ser compen-
sadas com ensino apropriado – Vygotsky. 
A realidade é que essas crianças, as com deficiência, são como qualquer outra criança, querem brincar, 
falar,abraçar, ouvir histórias, fazer amigos… mas que, como qualquer outra criança, apresentam difi-
culdades escolares e possuem seus próprios desafios. Esses desafios e dificuldades podem ser decor-
rentes da própria deficiência em si, ou ainda das limitações e privações causadas pela deficiência ou 
por crenças limitantes da família da criança em relação a suas possibilidades. 
A infantilização e a subestimação da pessoa com deficiência intelectual podem ser as principais barrei-
ras para sua inclusão. 
Ah, outra coisa, você não está sozinho nessa jornada (ou pelo menos não deveria). Ainda não está 
inscrito para receber nossos e-mails com dicas, cursos, livros e muito mais? Pois bem, definidos alguns 
conceitos, vamos à parte prática! 
Plano de aula para alunos com deficiência intelectual em 4 passos 
Eu amo planos de aula, quando são bem feitos e levam em consideração as características do aluno. 
Você deve me perguntar… como assim levar em consideração as características dos alunos? 
Não estou falando de limitações, de rótulos ou estigmas! 
Estou falando basicamente de conceitos trabalhados por Madeline Hunter em Teoria da Aprendizagem, 
ou ainda Teoria da Aprendizagem Significativa, de David Ausubel. 
Apesar de parecer óbvio, os alunos aprendem melhor quando o que está sendo ensinado tem signifi-
cado para ele. Os alunos com deficiência intelectual não são exceção. 
Você vai me dizer: – Mas Leandro, não tenho tempo de ficar planejando uma aula para cada aluno, 
isso é impossível!!! – Eu digo: Sim, é impossível, concordo com você. Se você tem 30 alunos em uma 
turma não vai poder planejar todas as suas aulas assim. Mas, se você puder, pelo menos uma vez por 
semana, faça isso para esse aluno com dificuldade de aprendizagem. Uma vez por semana é melhor 
 ATIVIDADES GERAIS PARA OS DEFICIENTE 
 
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do que nunca. Um vez por semana pode fazer a diferença daqui a alguns meses. Acredite. (Estou 
supondo aqui que seu aluno não faz AEE na sala de recursos, se ele fizer, melhor ainda) 
O olhar do professor deve ser acolhedor, acreditando na capacidade que cada indivíduo tem de superar 
seus limites. 
Abaixo vou listar quatro dos pontos que mais considero importante para aumentar a expectativa de 
aprendizagem do aluno com deficiência intelectual. 
1º passo: conheça seu aluno 
Uma das maneiras mais fáceis de dar sentido ao aprendizado é relacioná-lo com a própria vida do 
aluno. 
Ou seja, antes de começar a planejar sua aula, entenda o seguinte: 
Quem é o seu aluno? 
Do que ele gosta? 
Do que ele não gosta? 
O que é importante para ele? 
Quais as habilidades que ele possui? 
Quais as dificuldades que ele possui? 
Qual o modelo de aprendizagem do seu aluno? 
Sobre modelo de aprendizagem, é importante ressaltar que as pessoas aprendem de maneiras dife-
rentes. Algumas aprendem melhor vendo, outras ouvindo, algumas até pelo toque. Saber qual o melhor 
modelo de aprendizado do seu aluno com deficiência intelectual é fundamental. 
De posse dessas informações (estou sendo superficial aqui) você terá uma base para começar a pla-
nejar sua aula para esse aluno em específico. 
2º passo: use a emoção 
Lembramos melhor os acontecimentos associados a um sentimento agradável. 
Você se lembra do que aconteceu a exatamente 18 dias atrás? Caso tenha acontecido algo importante, 
você se lembrará, caso contrário será como um dia qualquer e dificilmente você se lembrará. 
Importante quer dizer que tem significado para você. O que tem significado para você pode não ter para 
mim. Por exemplo, o dia do seu primeiro beijo. Você deve se lembrar desse dia, porque tem uma emo-
ção associada a ele. Uma emoção agradável (ou não). 
Com base no que você sabe sobre seu aluno, do que ele gosta e não gosta, do que é importante para 
ele e o que não é importante, escolha algo para trabalhar uma emoção agradável para ele. 
Por exemplo, se você sabe que seu aluno adora ir até a pracinha para brincar no escorrega, adivinha 
qual pode ser o contexto da sua aula: isso mesmo, a pracinha. Independente se você quer ensinar 
matemática, português, motricidade fina ou ciências, use a pracinha como contexto: as cores dos brin-
quedos da pracinha, as formas dos brinquedos, a quantidade de brinquedos, a letra dos nomes dos 
brinquedos e etc. 
Agora, se seu aluno tem uma emoção negativa associada a pracinha, por favor, nunca fale de pracinha 
com ele. 
3º passo: dê significado ao que será ensinado 
Outro ponto importante é dar significado. Alunos com deficiência intelectual irão prestar mais atenção 
em coisas que fazem sentido para eles. 
Quantas vezes você já ouviu isto: “Se ele não compreende, não faz mal; compreenderá depois”. Há 
muito pouco “depois” para o aluno que não compreende alguma coisa, porque a aprendizagem sem 
significação é rapidamente esquecida. 
 ATIVIDADES GERAIS PARA OS DEFICIENTE 
 
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Empregue sempre o máximo de significado na aprendizagem. 
Por exemplo, se você precisa ensinar o aluno a juntar sílabas para formar uma palavra, não use “SAPO” 
ou “PATO”, a menos que o aluno ame sapos e patos. Eu sei que essas sílabas são importantes, mas 
jogadas assim, sem contexto, perdem significação para o aluno. 
Como sugestão, caso seja necessário usar essas palavras, você pode contextualizar a atividade como 
se o aluno estivesse escrevendo uma lista das coisas que a tia tem medo (caso o aluno seja muito 
apegado a você). “Gente, hoje eu estou com muito medo, porque eu vi um SAPO. A tia tem muito medo 
de SAPO. (faça uma reação exagerada ao falar “sapo”) Você sabe mais do que eu tenho medo? Quer 
descobrir? Vamos juntar as sílabas para descobrir do que mais a tia tem medo. SA-PO. BA-RA-TA. FA-
CA … ” 
O exemplo acima, apesar de simples, atribui um significado à palavra SAPO. É a palavra que repre-
senta algo que a tia tem medo. Se o aluno se importa com a tia, em agradá-la, em vê-la feliz, se impor-
tará com o que ela tem medo. 
Se você fizer reações exageradas de medo: “ai, um sapo, que medo!” e o aluno achar isso engraçado, 
você estará associando o aprendizado a uma emoção agradável, o que promoverá a retenção do seu 
aprendizado. 
4º passo: o reforço positivo 
Alunos com deficiência intelectual devem ter reforço positivo mais do que os outros alunos. 
Reforço positivo é, por exemplo, um elogio, um “muito bem, você acertou”, palmas, abraços, uma bala, 
e por aí vai. 
Sempre que as crianças se comportam da maneira que desejamos que continuem a fazê-lo, o reforço 
positivo, imediato, aumenta a probabilidade de que prossigam agindo assim. 
Empregar uma palavra difícil numa frase que mencione o nome do aluno é uma técnica poderosa, 
embora raramente usada: “João, você hoje fez um esforço APRECIÁVEL para ajudar seu time a ven-
cer”. Isso não apenas auxilia João a memorizar a palavra “apreciável”, mas valoriza seu ego também, 
fazendo um reforço positivo. – Madeline Hunter 
A cada acerto, reforce positivamente. Isso manterá seu aluno muito motivado. 
Esses são os 4 pontos que considero mais importantes levar em consideração antes de planejar uma 
aula, para qualquer aluno que seja, mas principalmente para os alunos com deficiência intelectual. 
Existem, claro, muitas outras questões que devem ser levadas em conta, o que tornaria esse post muito 
extenso. 
5 dicas de comunicação para alunos com deficiência intelectual 
Com a aula planejada, você terá uma estratégia de ensino bem definida. Nessa estratégia é importante 
levar em consideração a forma como você se comunica com seu aluno. Eu acredito que comunicação 
é a base de tudo. Se o aluno não entende o que você diz, nada fará sentido. 
Você já leu o poema Leilão de Jardim, de Cecília Meireles? Certa vez fui pego de surpresa para ler 
esse poema a meu filho de 4 anos como atividade para casa. Ao final da leitura, ele (meu filho) deveria 
fazer uma releitura do poema, com desenhos, pinturas, figuras, recortes, materiais de artesanato, tudo 
isso em uma folha. Desafiador não é? Como ter certeza

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