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RESUMOS GEOGRAFIA URCA DO CEARÁ/CARIRI Lucas Carneiro @luc4scarneiro Lucas Carneiro @ocardoso_art Provavelmente você não me conhece. Meu nome é Lucas Carneiro (@luc4scarneiro), mas a galerinha da Salinha de Redação (@salinhaderedacao_) me chama de "o anjo da redação", e dizem que eu "obro milagres" em seus textos. O meu trajeto começou quando, após anos estudando com várias dificuldades no ensino tradicional, no interior do Ceará, resolvi estudar sozinho para o vestibular. O meu esforço valeu a pena, pois fui aprovado aos 17 anos de idade, e aos 18 anos conquistei uma bolsa de estudos de 100% pelo ProUni para o curso de Arquitetura e Urbanismo. Com o intuito de compartilhar conhecimento para outros estudantes e facilitar a educação, deixei a vergonha de lado e comecei a criar conteúdo educacional na internet. Hoje sou idealizador do perfil @salinhaderedacao_ e o @luc4scarneiro, onde ajudo muitos estudantes a conseguirem os seus 900+ e darem continuidade a seus sonhos. L u c a s C a r n e i r o Desejo a todos um ótimo estudo e que usem o Cronograma De Estudo URCA 2022/ 2023/2024 na sua preparação para o vestibular. Inscrevam-se no meu canal do YouTube e sigam o meu perfil @luc4scarneiro! Apresentação Conheça seus resumos Veja a seguir como usar os seus resumos de geografia do Ceará/Cariri. Depois, com calma olhe todos os recursos disponíveis nele. METODOLOGIA Os conteúdos presente nesse arquivo seguem a ordem determinada no Cronograma de Estudos URCA 2022/2023/2024 AULAS Você pode acessar aulas gratuitas que correspondem aos assuntos abordados QR COD Você pode ver aulas disponíveis na internet Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula Selecione o tipo de plataforma e baixe o aplicativo leitor de Qr Code no seu Smartphone. Abra o leitor de QR Code, posicione a imagem à frente da câmera e fotografe o código. Agora você está pronto para aproveitar o que preparamos para você. Todas as aulas presentes nesse arquivo são creditadas devidamente aos autores. Dessa forma, as aulas podem não estar mais presentes nos devidos endereços. Para acessar cada uma delas você pode clicar na opção "Ver aula" ou utilizar o Scanner da câmera/aplicativo seguindo os seguintes passos: 1. 2. 3. VER AULA As 15 Maiores Cidades do Ceará em 2050 - MatGeo https://youtu.be/65pCmT0RGmg https://www.youtube.com/@matgeo5871 GEOGRAFIA ESTADUAL (CEARÁ) A geografia do Ceará está presente em boa parte desse material, focando no conteúdo relevante na prova da URCA. GEOGRAFIA REGIONAL (CARIRI) A geografia do Cariri também está presente em boa parte desse material, focando no conteúdo relevante na prova da URCA e mostrando os fatores culturais dessa região de forma clara e direta. SUMÁRIO A produção do espaço Cearense e Caririense............................................... Escalas econômicas Cearense e Caririense.................................................. Demografia Cearense e Caririense............................................................... Organização do espaço agrário.................................................................... Organização do espaço Urbano e de transformação industrial....................... Geologia...................................................................................................... Geomorfologia.............................................................................................. Clima........................................................................................................... Hidrografia................................................................................................... Vegetação.................................................................................................... Desertificação.............................................................................................. Secas.......................................................................................................... Enchentes.................................................................................................... A bacia sedimentar do Araripe...................................................................... A geologia da bacia do Araripe..................................................................... Hidrologia da bacia do Araripe ..................................................................... Geodiversidade da bacia do Araripe............................................................. Biodiversidade da bacia do Araripe............................................................... Potencial fossilífico...................................................................................... O Soldadinho-do-Araripe.............................................................................. Geografia Humana: Ceará e Cariri Geografia Ambiental: Ceará e Cariri O ambiente natural do Cariri cearense: a bacia sedimentar do Araripe Referência bibliográficas.................................................................................... Organização técnica.......................................................................................... 06 10 13 14 16 20 21 25 27 29 34 36 38 39 40 41 43 46 48 51 54 62 A produção do espaço Cearense e Caririense Extensão territorial: O Estado do Ceará fica na região Nordeste do Brasil e tem uma área total de 148.886,308 km². Ele faz divisa com os estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí. É banhado pelo oceano Atlântico e tem 573 quilômetros de praias. Assim, o Ceará é o quarto maior estado, em tamanho, do Nordeste e é o 17º entre os estados brasileiros. O Estado tem 184 municípios e 20 Microrregiões Administrativas, destacando-se as Regiões Metropolitanas de Fortaleza, com 19 cidades, e do Cariri, com 9 cidades. Estado do Ceará- Localização Global: Região nordeste - Localização estadual: Fonte:https://www.coladaweb.com/wpcontent/uploads/2014/12/ 20170406-regiao-nordeste.jpg Acesso:31/08/2022 Estado do Ceará - Divisão Regionais: Fonte:https://www.researchgate.net/publication/339599803/figur e/fig1/AS:864181641306112@1583048367232/Figura-01Mapa- da-Posicao-Geografica-Dimensoes-e-Limites-do-Estado-do- Ceara.jpg Acesso:31/08/2022 Fonte:https://static.todamateria.com.br/upload/57/4b/574b83ae8 3ea9-estado-do-ceara.jpg Acesso:31/08/2022 06 @ LU C4 SC A RN EI RO Fonte: https://www.brasil-turismo.com/ceara/mapas/imagens/mapa-politico.jpg Acesso: 31/08/2022 Estado do Ceará - macros regiões: A última lei que consolidou os limites intermunicipais do estado do Ceará foi a Lei nº 1.153 de 22 de Novembro de 1951, ou seja, há mais de 65 anos atrás, quando o Ceará somente detinha 95 municípios. Ocorre que, durante esse longo período, foram criados 89 novos municípios, perfazendo assim o total de 184 municípios. 07 @ LU C4 SC A RN EI RO Extensão territorial: Conjunto urbano da Região Metropolitana do Cariri (RMC) está situado a uma distância média de 600 km das duas metrópoles regionais nordestinas mais próximas, Fortaleza e Recife. As três cidades principais (Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha) mantêm vínculos estreitos tanto em termos de proximidade territorial quanto relacional, sobretudo pela relação de complementaridade socioeconômica no Cariri cearense. A Região Metropolitana do Cariri foi criada tanto para reduzir as disparidades econômicas e sociais entre a capital e o interior, como para minimizar o desenvolvimento desigual do triângulo CRAJUBAR em relação aos municípios vizinhos e foi idealizada pelo governo estadual visando a criação de um novo polo de desenvolvimento socioeconômico que pudesse dividir com a Região Metropolitana de Fortaleza a atração de investimentos e ampliar a qualidade de vida de sua população. O Cariri se constituiu como região metropolitana em virtude de ser a segunda região urbana mais expressiva do estado, dada com a conurbação formada pelos municípios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, denominadaáguas subterrâneas do Cariri. Segundo o professor Francisco José de Paula, que coordenou a pesquisa, apesar da qualidade da água ser satisfatória, todos os postos avaliados apresentaram pelo menos um parâmetro de qualidade negativo. “Foi analisado o Ph, a condutividade, a turbidez e coliformes totais. É importante salientar que um parâmetro isolado não fornece muitas informações em relação à qualidade geral dos poços”. O estudo considerou, ainda, que 18,2% dos postos apresentavam uma qualidade de água regular. A água com qualidade considerada regular pode ser consumida. Entretanto, o professor Francisco José de Paula alerta que alguns cuidados especiais no seu tratamento devem ser levados em consideração. “É importante que haja um monitoramento próximo e ações coletivas para minimizar impactos antrópicos, impactos que o ser humano causa ao ambiente, a fim de que a gente possa manter essa condição de qualidade de boa a excelente. @ LU C4 SC A RN EI RO VER AULA Palestra - Geopark Araripe - GEOPEG Geopark Araripe Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula AULA VER AULA APRESENTAÇÃO GEOPARK ARARIPE Geopark Araripe Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula 41 Hidrologia da bacia do Araripe https://youtu.be/OP-e3qpL3Tw https://www.youtube.com/@geoparkararipe9210 https://youtu.be/j_Pzr2Aw0_M https://www.youtube.com/@geoparkararipe9210 @ LU C4 SC A RN EI RO VER AULA 42 VÍDEO 1 - O QUE SÃO BACIAS HIDROGRÁFICAS? - Agência das Bacias PCJ Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula AULA VER AULA O QUE É UMA BACIA HIDROGRÁFICA | CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS | HIDROGRAFIA-Geografia com JeanGrafia Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula Fonte:https://www.sinageo.org.br/2018/trabalhos/5/imagens/5-570-560b005b7b.jpg Acesso: 31/08/2022 Segundo a pesquisa, a qualidade da água imprópria para o consumo é derivada, principalmente, de poços localizados em áreas urbanas ou de intensa atividade agrícola." O estudo realizado pela UFCA resultou na publicação de um artigo científico no periódico Journal of Radiology, uma das revistas científicas de maior renome na área de hidrologia. https://youtu.be/OtUuK6nELGg https://youtu.be/DeLSV9mvSow https://www.youtube.com/@gabaritageo https://www.youtube.com/@gabaritageo https://www.youtube.com/@gabaritageo https://www.youtube.com/@gabaritageo @ LU C4 SC A RN EI RO Geodiversidade da bacia do Araripe 43 Geossítios são locais que apresentam elevado interesse geológico, pelo seu valor singular do ponto de vista científico, pedagógico, econômico, cultural, estético, entre outros. Esses locais também podem apresentar elevado interesse ecológico, arqueológico, histórico e cultural. Essa definição apresentada pelo Geopark Araripe traduz porque o seu território tem importância não só regional, mas mundial. Fonte:https://www.ceara.gov.br/wpcontent/uploads/2021/10/211015_SerieGeoparkCariri_Info01_ChapdaeoGeopark1387x1536. png Acesso: 31/08/2022 @ LU C4 SC A RN EI RO 44 Essa relevância se deve ao fato de o Geopark Araripe compreender a Bacia Sedimentar do Araripe, que acolheu as transformações geológicas da Terra, e testemunhou a formação do oceano Atlântico – após a separação da América do Sul e da África. A bacia tem dois destaques: a Chapada do Araripe e o Vale do Cariri. A Chapada do Araripe fica situada na divisa dos estados de Ceará, Pernambuco e Piauí. A região também abriga a Floresta Nacional (Flona) do Araripe-Apodi, a primeira unidade de conservação criada no Brasil. Imersos nessa paisagem, cada um dos geossítios está ligado a uma formação geológica e, juntos, nos contam a evolução da vida em nosso planeta. “A ideia é o que visitante percorra os geossítios conhecendo cada formação e o que elas têm para nos contar, falando do tempo geológico: o clima que predominava na época, se tem fósseis ou registros de fósseis [icnofósseis]”, explica o geólogo e colaborador do Geopark, Rafael Celestino. Fonte:https://www.ceara.gov.br/wp-content/uploads/2021/10/211015_SerieGeoparkCariri_Info03_Coluna-Estratigrafica.png Acesso: 31/08/2022 @ LU C4 SC A RN EI RO Rafael afirma que quantidade e qualidade dos fósseis descobertos nesses geossítios fazem com que a área seja considerada uma das maiores jazidas fossilíferas do período Cretáceo – de 120 a 100 milhões de anos atrás – do Brasil e do mundo. “Existe uma terminologia alemã que é utilizada para classificar locais onde os fósseis surgem em uma condição muito ímpar e peculiar. E esse local é raro acontecer pelo mundo. Quando você encontra num local, você tem uma condição dessas que eles classificam. Aqui temos duas: o membro Crato (Formação Santana), que é o calcário laminado, a pedra Cariri que o pessoal conhece; e o membro Romualdo (Formação Santana), que é onde a gente encontra as pedras de peixe; bloquinhos que a gente costuma martelar e quando abre tem um peixe dentro, um dinossauro ou qualquer outro grupo fossilizado”, detalha. A Chapada do Araripe também se destaca pelo sistema hidrogeológico que transforma esse recorte territorial em um oásis no semiárido nordestino. “A Formação Exu presente na chapada é responsável pela absorção da água da chuva, que vai ser capeada para dentro da própria Chapada do Araripe, esta funciona como um filtro, e aí vai procurar seus escapes originando as fontes. Ela ainda tem uma leve inclinação que favorece o Ceará, porque toda essa água que ela filtra vem para o Ceará”. A relação das comunidades locais com a água é interligada à Chapada do Araripe, com destaque para os geossítios Cachoeira de Missão Velha, Batateiras (Crato) e Riacho do Meio (Barbalha). A cachoeira é um dos principais elementos de destaque na paisagem desta região, bem como o vale de quase 3 km de extensão do místico Rio Salgado. 45 Fonte:https://www.ceara.gov.br/2021/11/16/geopark-araripe-a-historia-da-vida-na-terra-recontada-no-ceara/ Acesso: 31/08/2022 Fonte:http://3.bp.blogspot.com/-69JKDT4VicM/TcqL54bTFZI/ AAAAAAAAAE8/jGYBx0gEfnw/s400/CHAPADA.jpg Acesso: 31/08/2022 Fonte:http://content.ebird.org/brasil/wpcontent/uploads/sites/64/ soldadinho-1-300x214.jpg Acesso: 31/08/2022 Flora: As formações vegetais presentes nesta unidade de conservação são Caatinga (variações de caatinga arbórea, arbórea- arbustiva e arbustiva, p.ex.), Cerrado (também com variações), Carrasco e Mata Atlântica. São citadas 516 espécies da flora nativa na região, mas sabemos existirem muito mais. Somente samambaias são 39 espécies e licófitas 3 espécies. Existe ainda referência a 56 espécies de fungos micorrízicos arbusculares e 71 fungos basidiomicetos macroscópicos. São citadas 516 espécies da flora nativa na região, mas sabemos existirem muito mais. Somente sama. mbaias são 39 espécies e licófitas 3 espécies. Existe ainda referência a 56 espécies de fungos micorrízicos arbusculares e 71 fungos basidiomicetos macroscópicos. Levantamento recente apontou a existência de 174 espécies com uso comercial de produtos não madeireiros com destaque para Pequi (Caryocar coriaceum) e Fava d'anta (Dimorphandra gardneriana) que são importantes fontes de renda das comunidades fomentando a economia local. Fauna: A APA Chapada do Araripe abriga ainda aproximadamente 483 espécies da fauna vertebrada silvestre, sendo 298 aves, 90 mamíferos, 71 répteis e 24 anfíbios. São 18 espécies ameaçadas de extinção segundo listas oficiais publicadas pelo MMA em 2014. Com destaque para o soldadinho- do-araripe (Antilophia bokermanni), espécie endêmica, restrita a uma pequena faixa de território nos municípios cearenses de Barbalha, Crato e Missão Velha, criticamente @ LU C4 SC A RN EI RO 46 Biodiversidade da bacia do Araripe ameaçada de extinção, para a qual existe esforço conjunto no desenvolvimento de ações de conservação por meio do Plano de Ação Nacional - PAN. A APA desenvolve, com parceiros como a URCA trabalho de pesquisa de animais silvestres atropelados, devido à grande cobertura de seu território por rodoviaspavimentadas e não pavimentadas e o impacto dessas estradas na conservação da fauna local. Além das espécies já reconhecidas em situação de ameaça, recentemente foi descrita uma nova espécie com ocorrência na APA, um caranguejo aquático (Kingsleya attenboroughi) cujo artigo de descrição da espécie publicado em setembro de 2016, já a apresenta como em possível estado de ameaça de extinção. Atualmente se encontra em curso na UC trabalho de prospecção de áreas de ocorrência desta espécie com o objetivo de diminuir a deficiências de dados sobre a espécie e fundamentar a gestão da unidade no desenvolvimento de ações para sua conservação. Ainda são deficientes as informações sobre biodiversidade na chapada do Araripe, apesar dos esforços de pesquisa ao longo dos anos, fazendo-se necessário esforço conjunto entre a UC e as diversas entidades de pesquisa que atuam na região, no sentido de compreender as demandas e atuar no desenvolvimento de pesquisas aplicáveis à gestão, contribuindo assim para melhorias das ações de conservação da biodiversidade local. http://www.urca.br/portal/docs/pdf/noticias/2016/Artigo-Nova-Especie-Caranguejo-Territorio-Geopark-Araripe.pdf @ LU C4 SC A RN EI RO 47 VER AULA [VLOG] Encontramos um oásis na Caatinga - Chapada do Araripe CE - Biomas Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula AULA VER AULA Diário Regional | Especial Floresta Nacional do Araripe-Apodi | (1/3) TV Diário Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula Fonte:https://8bdc1e6adf.cbaulcdnwnd.com/b2d5bf1136c6a3d 030e22e0c4adbc918/20000008382300832b1/700/Frutos%20d e%20Pequi.jpg?ph=8bdc1e6adf Acesso: 31/08/2022 Fonte:https://www.gov.br/icmbio/ptbr/assuntos/biodiversidade /unidade-de-conservacao/unidades-debiomas/caatinga/lista- deucs/apadachapadadoararipe/arquivos/apa_chapada_ararip e.jpg Acesso: 31/08/2022 Fonte:https://8bdc1e6adf.cbaulcdnwnd.com/b2d5bf1136c6a3d 030e22e0c4adbc918/2000000856e12d6f0b8/20170510_2006 11.jpg?ph=8bdc1e6adf Acesso: 31/08/2022 Fonte:https://www.ceara.gov.br/wpcontent/uploads/2021/11/2109 23_RIACHO-DO-MEIO_NIU7393.jpg Acesso: 31/08/2022 https://youtu.be/qcfVITIS5yQ https://youtu.be/b3TJNRO44Q0 https://www.youtube.com/@tvdiario Potencial fossilífico Contexto: Apesar dos fósseis ocorrerem em várias das formações geológicas da Bacia do Araripe, é a Formação Santana reconhecidamente a unidade mais fossilífera. Não por acaso, esta formação é referida internacionalmente como Lagerstätten, termo alemão atribuído às jazidas fossilíferas que possuem uma grande diversidade de material, em condições de excepcional preservação. Por esta razão será enfatizado a Paleontologia da Formação Santana, ressalvando que este é um tema em evolução rápida e permanente. Neste exato momento, em que o estimado leitor debruça-se na leitura deste capítulo, é possível que novas espécies estejam sendo descritas e novas observações sobre espécimes já catalogados estejam sendo inferidas pelos paleontólogos. Os primeiros fósseis da Formação Santana foram registrados por Feijó (1810) e atualmente são incontáveis as obras que versam sobre esta temática. De modo geral, os principais registros acadêmicos são sobre peixes, insetos e vegetais. No Membro Crato ocorrem, com abundância, representantes do peixe Chanidae Dastilbe crandalli Jordan 1910, restos de insetos (muitas vezes inteiramente preservados) pertencentes ao grupo dos ensíferos (grilos), efemerópteros (efêmeras), anisopteros (libélulas), zigopteros (donzelinhas), hemípteros (percevejos), himenópteros (vespas e formigas), neurópteros (formiga-leão), homópteros (cigarrinhas), blatópteros (baratas), isópteros (cupins), dermápteros (tesourinhas), coleópteros (besouros), lepidópteros (borboletas), tricópteros (moscas-de-água), celíferos (gafanhotos) e dípteros (moscas e mosquitos; além de fragmentos vegetais de samambaias do gênero Ruffordia e de coníferas do gênero Brachyphyllum). Ainda há o registro da presença de gnetales (Cratonia, Welwitschophyllum, Welwitschiaprisca e Welwitschiobrus), de angiospermas (gêneros Araripia, Endressinia, Iara e Klitzchophylites), e de algas caráceas. Alguns exemplares de fósseis do Membro Crato podem ser visualizados abaixo. Outros gêneros de peixes foram descritos nesta unidade, ainda que de registro mais raro. É o caso de Vinctifer, Tharrias, Lepidotes, Cladocyclus, Araripelepidotes, Axelrodichthys, Santanichthys, Placidichthys e Cratoamia. Pterossauros também ocorrem nos estratos do Membro Crato, especialmente de dois grupos principais: Os tapejarídeos, caracterizados pela presença de uma crista sagital bem desenvolvida na parte anterior do crânio (Tapejara, Tupuxuara, Thalassodromeus) e os anhanguerídeos, que possuem uma crista sagital sobre o pré-maxilar e outra sob a mandíbula (Anhanguera, Tropeognathus, Arthurdactylus. Outros vertebrados são igualmente registrados, tais como: Anuros, crocodilomorfos, quelônios e penas isoladas, provavelmente pertencentes a aves primitivas. Entre os invertebrados, são conhecidos os registros de aracnídeos (aranhas e escorpiões), decápodos (caranguejos) e miriápodos (lacraias), assim como de biválvios e gastrópodos indeterminados. 48 @ LU C4 SC A RN EI RO No Membro Ipubi, há ocorrência de tapetes algalícos de cianofíceas, restos de vegetais, restos de peixes actinopterígeos e de conchostráceos, todos pouco investigados. No Membro Romualdo, os peixes novamente se destacam fossilizados no interior de concreções calcárias. Predominam as espécies Vinctifer comptoni, Rhacolepis buccalis e Tharrhias araripes. Também são comuns os gêneros Araripelepidotes, Brannerion, Calamopleurus, Cladocyclus, Lepidotes, Notelops e Santanaclupea. Pouco comuns, mas também importantes, são Araripichthys, Beurlenichthys, Iemanjá, Neoproscinetes, Obaichthys, Oshunia, Paraelops, Placidichthys, Santanichthys, o tubarão Tribodus limae, a arraia Iansan beurleni e os celacantos Axelrodichthys araripensis e Mawsonia brasiliensis. Outros grupos de vertebrados têm ocorrência registrada no Membro Romualdo da Formação Santana: quelônios (gêneros Araripemys, Santanachelys, Brasilemys, Cearachelys e Caririemys), dinossauros (Angaturama, Irritator, Mirischia, Santanaraptor), crocodilomorfos (gêneros Caririsuchus e Susisuchus) e pterossauros (gêneros Araripedactylus, Cearadactylus, Santanadactylus e Brasileodactylus). A parte superior do Membro Romualdo apresenta bancos calcários que abrigam fósseis de invertebrados, como equinoides do gênero Pygurus, moluscos gastrópodos (Craginia e Gymnentome), e biválvios (gênero Legumen, Barbatia e Pseudoptera), além de formas indeterminadas de crustáceos (decápodos e copépodos). Entre os vegetais descritos, há formas de coníferas do gênero Brachyphyllum. Alguns espécimes do Membro Romualdo podem ser visualizados a seguir. Microfósseis ocorrem em abundância em todos os membros da Formação Santana, com destaque para os ostracodes e palinomorfos. Dos ostracodes, destacam-se as formas pertencentes aos gêneros Darwinula, Theriosynoecum, Pattersoncypris, Petrobrasia, Pseudocypridina, Reconcavona e Salvadoriella. Os palinomorfos registrados são dos gêneros Araucariacites, Classopolis, Cyathidites, Deltoidospora, Gleicheniidites e Sergipea. Também existem ocorrências de dinoflagelados (Subtilisphaera e Spiriferites) e, mais raramente, de foraminíferos Fonte: http://geoparkararipe.urca.br/wp-content/uploads/2019/09/FOTO-1-768x252.gif Acesso: 31/08/2022 49 @ LU C4 SC A RN EI RO @ LU C4 SC A RN EI RO VER AULA Episódio I - Chapada do Araripe - A formação dos fósseis Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula AULA VER AULA GEOPARK ARARIPE - LUGAR ONDE NASCE O DIA! Geopark Araripe Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula Fonte:https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/image/contentid/policy:1.3136370:1631741784/WhatsApp%20Image%20202 1-09-15%20at%2017.12.09.jpeg?f=default&$p$f=fe64a9d Acesso: 31/08/2022 50 https://youtu.be/uY-9uJNp82o https://youtu.be/k9Y97dEaThohttps://youtu.be/CKSK9lp5lA0 Soldadinho-do-Araripe @ LU C4 SC A RN EI RO O soldadinho-do-araripe é uma ave passeriforme da família Pipridae. O nome bokermanni é uma homenagem ao zoólogo brasileiro Werner Bokermann. Foi descoberto em 1996 na Chapada do Araripe, região Nordeste do Brasil. Segundos os seus descobridores, o soldadinho-do-araripe é encontrado somente nos municípios de Barbalha, Crato e Missão Velha, todos no Ceará. A ONG cearense Aquasis (www.aquasis.org) vem trabalhando desde 2003 para sua preservação, e um Plano e Conservação foi elaborado para evitar a extinção da espécie. Na ausência de um nome vulgar, foi denominado como soldadinho-do-araripe (Coelho e Silva 1998) por ser do mesmo gênero do outro soldadinho. Todavia, diferentes nomes regionais foram descobertos posteriormente, como galo-da-mata, língua-de-tamanduá, lavadeira-da-mata, uirapuru-matreiro e cabeça-vermelha-da- mata, e esta falta de consenso indica que o pássaro era pouco conhecido pelos habitantes da região. O soldadinho-do-araripe é a única ave endêmica (exclusiva) do Ceará (obs. pess. Weber Girão e Ciro Albano), sendo considerada uma das cinco espécies da fauna cearense mais ameaçadas de extinção global na lista oficial brasileira de 2003 (MMA/Ibama), onde é classificada como “Criticamente Em Perigo”, recebendo o mesmo status pela União Internacional para a Conservação da Natureza (BirdLife International 2004) em sua lista de espécies globalmente ameaçadas de extinção. 51 Nome Científico: Características: Seu nome científico significa: do (grego) antios = diferente, e lophos, lophoeis = crista; e de bokermanni = homenagem ao zoólogo brasileiro Professor Werner Carlos Augusto Bokermann (1929-1995). ⇒ Pássaro de Bokermann com crista diferente. O soldadinho-do-araripe é um pássaro com cerca de 15 centímetros de comprimento e 20 gramas de massa, apresentando um dimorfismo sexual acentuado, pois a fêmea é de cor verde- oliva enquanto o macho é branco, com a cauda e as penas de voo das asas negras, além de um manto carmim que se estende do meio do dorso até um imponente topete sobre o bico, um adorno praticamente ausente na fêmea. Os jovens de ambos os sexos têm o mesmo aspecto da fêmea, mas à medida que os machos se tornam adultos, penas carmins surgem na cabeça aumentando progressivamente sua densidade, até que no final deste processo, as penas de voo negras substituem as juvenis e a plumagem branca termina por suprimir totalmente a verde-oliva. Fonte:https://www.passaro.org/wpcontent/uploads/2018/11/sol dadinho-do-araripe.jpg Acesso: 31/08/2022 https://www.wikiaves.com.br/wiki/passeriformes https://www.wikiaves.com.br/wiki/pipridae https://www.wikiaves.com.br/wiki/dicionario_wiki_aves#biologos_zoologos_pesquisadores_e_cientistas http://www.aquasis.org/adm/arquivos/Plano_de_Conservacao.pdf https://www.wikiaves.com.br/wiki/soldadinho https://www.wikiaves.com.br/wiki/nome_cientifico?&#pipridae https://www.wikiaves.com.br/wiki/dicionario_wiki_aves#biologos_zoologos_pesquisadores_e_cientistas https://www.wikiaves.com.br/wiki/dicionario_wiki_aves#d https://www.wikiaves.com.br/wiki/morfologia @ LU C4 SC A RN EI RO Os topetes aumentam de comprimento em função do desenvolvimento dos machos, podendo ultrapassar a ponta do bico em até quatro milímetros, e ocasionalmente alguma fêmea apresenta penas carmins isoladas no dorso. Os machos apresentam as penas de voo um pouco maiores do que as das fêmeas, sendo também ligeiramente mais compridos do que elas, que por sua vez, são um pouco mais pesadas do que eles. A coloração da íris é grená, como as pernas, exceto pelas plantas dos pés amareladas. Alimentação: Reprodução: A dieta do soldadinho-do-araripe é baseada principalmente no consumo de pequenos frutos, como ocorre com os outros representantes de sua família, contudo, também ingere artrópodes, e para isso adota estratégias de captura específicas inclusive para insetos em voo. Estas especializações vão além da ingestão furtiva, sugerindo uma importância nutricional ainda não dimensionada, que pode ajudar a atravessar os períodos com pouca oferta de frutos. A corte elaborada dos piprídeos propicia que os machos com plumagem mais conspícua e com maior destreza nas acrobacias sejam selecionados pelas fêmeas. 52 O soldadinho-do-araripe apresenta uma plumagem tão exuberante quanto a de qualquer piprídeo, contudo, sua exibição consiste em perseguições vigorosas aos intrusos de seu território. Este ritual destaca a capacidade de defesa do território que provê o alimento para a ninhada e para a fêmea. A construção do ninho é uma atividade que cabe somente à fêmea, uma vez que o macho colorido atrairia a atenção de predadores da ninhada. O local escolhido para construção é localizado necessariamente sobre cursos d’água, geralmente a menos de 2 m de altura, salvo raras exceções. A construção do ninho ocorre em menos de quatro dias, com fibras vegetais secas e fungos fixados em uma forquilha com teias de aranha, formando um cesto ornamentado com folhas pendentes. A maioria das plantas onde foram observados ninhos tem seus frutos consumidos pelo soldadinho-do-araripe, exceto as samambaias, que servem apenas para fêmeas inexperientes ou na ausência de um suporte apropriado (p.ex., em áreas degradadas). O desenvolvimento dos ovos de algumas espécies de aves está condicionado a um pequeno intervalo de variação da umidade do ar, existindo a chance de que a postura dos ovos desta espécie sobre a água apresente uma relação de dependência com este micro-clima restrito. Fonte:https://s2.glbimg.com/Jp5Os_6HClYW2OQrDdBQEx_3e 8=/696x390/smart/filters:cover():strip_icc()/s02.video.glbimg.c om/x720/10526653.jpg Acesso: 31/08/2022 https://www.wikiaves.com.br/wiki/cadeia_alimentar https://www.wikiaves.com.br/wiki/comportamento https://www.wikiaves.com.br/wiki/ninhos @ LU C4 SC A RN EI RO VER AULA 25 anos da descoberta do soldadinho-do-araripe-Aquasis Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula AULA VER AULA O fabuloso SOLDADINHO-DO-ARARIPE, ave rara da Caatinga (Ep.3 BRASIL DAS AVES) Planeta Aves Planeta Aves Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula 53 Hábitos: Distribuição Geográfica: Territorialistas, eles não andam em bando e protegem sua companheira e filhotes dentro da faixa de terra conquistada. Espécie endêmica do Brasil. O Soldadinho-do-araripe é encontrado somente nos municípios de Barbalha, Crato e Missão Velha, todos no Ceará. Fonte:https://maisfm.com/wpcontent/uploads/2021/11/211117_Solda dinhoAraripe.png Acesso: 31/08/2022 Em 2000, a população de soldadinhos era estimada em menos de 50 indivíduos, sendo que somente três machos e uma fêmea foram encontrados até essa data. Em 2003 as estimativas foram mais otimistas e a estimativa subiu para 250 indivíduos. Em 2004, essa estimativa foi mantida. Fonte:https://cdn.download.ams.birds.cornell.edu/api/v1/a sset/95144801/1800 Acesso: 31/08/2022 https://youtu.be/LaQ_vz1nM8c https://youtu.be/pxNkt0b9lmY https://www.youtube.com/@PlanetaAves https://www.wikiaves.com.br/wiki/dicionario_wiki_aves#e Referências bibliográficas @ LU C4 SC A RN EI RO SOARES, Rafael Celestino. Geoparkararipe, 2020. Disponível em: . Acesso em: 30 de agosto de 2022. O estado do Ceará. Cearatransparente.ce.gov.br, 2022. Disponível em: . Acesso em: 30 de agosto de 2022. Mapas do Ceará. Mapas Geo, 2015. Disponível em: . Acesso em: 30 de agosto de 2022. PPA PARTICIPATIVO. SEPLAG, 2015. 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Organização Técnica Gerente editorial Editor Assistente editorial Coordenador de revisão Revisores Lucas Carneiro Lucas Carneiro José Eduardo José Felipe José Eduardo José Felipe Lucas Carneiro Pablo Mendes Wytallo Brito Projeto gráfico e capa Assistente de produção Ilustrações Victor Cardoso Lucas Carneiro Victor Cardoso Colaboradores Vitória Hyllari Leticia Oliveira Danielle Marques Eduardo Natallos Casseano Assessoria didática: Professores(as) Alberdan Souza Iraides Sales George Wilton Roberto Silva @ LU C4 SC A RN EI RO 62 Lucas carneiro | @luc4Scarneiro Lucas carneiro LUCAS CARNEIRO #FOCOSOLDADINHOSde CRAJUBAR. Fonte:https://i.pinimg.com/originals/12/8c/57/128c57a495935a6965290849d688e4dc.jpg Acesso:31/08/2022 Número de municípios: São 28 municípios. Municípios componentes: Abaiara, Altaneira, Antonina do Norte, Araripe, Assaré, Aurora, Barbalha, Barro, Brejo Santo, Campos Sales, Caririaçu, Crato, Farias Brito, Granjeiro, Jardim, Jati, Juazeiro do Norte, Mauriti, Milagres, Missão Velha, Nova Olinda, Penaforte, Porteiras, Características geoambientais dominantes: Potengi, Salitre, Santana do Cariri, Tarrafas e Várzea Alegre. Domínios naturais da chapada do Araripe, sertões e serras secas. Área territorial: 16.442,3 km². % da área em relação ao Estado: 11,06%. 08 @ LU C4 SC A RN EI RO @ LU C4 SC A RN EI RO Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula VER AULA POR QUE CARIRI CEARENSE? APRENDENDO HISTÓRIA Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula VER AULA CONHEÇA UM POUCO DA REGIÃO DO CARIRI - Cariri Noticias AULA VER AULA 3º Ano - EM - GEOGRAFIA - Geografia do Ceará - Aspectos Socioeconômicos - Professor: Rafael Gama Antares Sala 30 Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula 09 VER AULA GEOGRAFIA DO CEARÁ Canal do Prof. Roger Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula https://youtu.be/fXD0piRUoQY https://www.youtube.com/@aprendendohistoria7945 https://youtu.be/TU1nuBtAdHw https://youtu.be/80Bj2SLuyPk https://youtu.be/Nn8pQws5sK4 https://www.youtube.com/@user-yu6mu8ix9i 10 @ LU C4 SC A RN EI RO Escalas econômicas Cearense e Caririense Apesar de ter perdido participação do Produto interno Bruto (PIB) do Ceará em 2020, Fortaleza continua detentora da maior fatia, já que tem 39,04%, o equivalente R$ 65,16 bilhões do total do estado, que é de R$ 166,91 bilhões. Em 2010 era de 46,64% (R$ 37,00 bilhões) e em 2019 de 41,21% (R$ 67,40 bilhões). A constatação da perda na participação do PIB Fortaleza em relação ao Estado – o que caracteriza uma desconcentração da renda gerada no estado entre seus municípios – está no trabalho Produto Interno Bruto Municipal (Nº 06 – Dezembro/2022) – Análise dos PIB dos Municípios Cearenses 2010. O estudo, que foi divulgado simultaneamente, na manhã de hoje (16), pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra, detalhadamente, o PIB – inclusive per capita – de cada um dos 184 municípios cearenses. A considerável perda 2,17 pontos percentuais no ano de 2020, comparado com o ano de 2019, é explicada por uma retração mais forte da economia de Fortaleza em relação a economia do interior, decorrente das restrições sanitárias tomadas durante a pandemia da Covid-19. A atividade econômica com o maior valor adicionado no município de Fortaleza é “Demais Serviços” seguido de “Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas” e “Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social”. O segundo município com maior participação é Maracanaú. Em 2002, sua participação na renda estadual era de 5,82%, passando para 5,96% em 2019 e 5,93% no ano de 2020. É um dos poucos municípios cearenses que possui a atividade “Indústria de transformação” dentre as mais importantes para a contribuição do seu PIB. Caucaia encerrou o ano de 2020 em terceiro lugar, com uma participação de 4,35%. “O ponto aqui a ser ressaltado é sua evolução ao longo desses 18 anos: em 2002, o município detinha uma participação de 2,91%. Pode-se também destacar o ganho de 2019 para 2020 de 0,12 ponto percentual (em 2019, sua participação era de 4,23%)”. Juazeiro dor Norte, embora tenha perdido participação de 2019 para 2020, ao variar de uma participação de 2,98% para 2,87%, apresentou participação no PIB do Estado do Ceará próximo ao da série histórica, considerando que sua participação em 2002 era de 2,23% (ganho de apenas 0,64 p.p. ao longo de 18 anos). Já os municípios de Sobral e São Gonçalo do Amarante detinham participação no ano de 2020 de 2,69% e 2,44% ocupando a quinta e a sexta posição, respectivamente. Embora tenham participações próximas, a evolução ao longo da série histórica deles é bem diferente. De fato, Sobral vem perdendo participação desde 2002 (3,42%) e em 2020 (2,69%). Por sua vez, São Gonçalo do Amarante teve um forte ganho de participação ao sair de uma participação de 0,26%, em 2002, para 2,44% em 2020. Destaca-se a produção de energia como a atividade que gera o maior valor adicionado no município, @ LU C4 SC A RN EI RO 11 São Gonçalo tem maior PIB per capita decorrente das termelétricas Pecém I e II situadas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Em sétimo lugar no ano de 2020, com uma participação de 2,04%, o município do Aquiraz apresentou ganho de 0,43 p.p. com relação a 2019, quando registrava uma participação de 1,61%. Com relação aos municípios com menor participação no PIB estadual em 2020, destaca-se: Granjeiro (0,03%), Pacujá (0,03%), Senador Sá (0,04%), Baixio (0,04%) e Umari (0,04%). Observando as participações dos dez municípios com menor participação no PIB do total do Estado no ano de 2020, verificou-se que estes juntos representam apenas 0,38% de tudo que é gerado no Ceará. Individualmente, estes exibem participações menores do que 0,05% no PIB do total do Estado. Entre os municípios com menores participações no PIB, destacam-se de Pires Ferreira e Itaiçaba, que tiveram redução de participação de 2002 a 2020, perdendo posições no ranking do PIB do total do Estado em 2020. Guaramiranga ocupava a 158º posição no ano de 2002, passando a ocupar a 174º. Já Itaiçaba, em 2002 ocupava a 162º posição, e passou a ocupar a 173º, em 2020. De acordo com o trabalho, que tem como autores os analistas de Políticas Públicas Daniel Suliano; Alexsandre Cavalcante; Cleyber Medeiros; Nicolino Trompieri; Paulo Pontes e Witalo Paiva e os assessores Técnicos Ana Cristina Lima Maia e Rogério Soares, os dez municípios cearenses que apresentaram maior PIB per capita em 2020, foram: São Gonçalo do Amarante (R$ 83,4 mil), Eusébio (R$ 58,6 mil), Maracanaú (R$ 43,1 mil), Aquiraz (R$ 42,1 mil), Pereiro (R$ 25,2 mil), Horizonte (R$ 25,07 mil), Fortaleza (R$ 24,2 mil), Itaitinga (R$ 23,3 mil), Sobral (R$ 21,3 mil) e Jijoca de Jericoacoara (R$ 21,1 mil). A estrutura e a dinâmica da economia do município de São Gonçalo do Amarante têm colocado este município em primeiro lugar no ranking do PIB per capita do estado do Ceará desde 2017. Em 2020, as principais atividades econômicas desenvolvidas por ele foram: produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana e indústria de transformação. Entre os fatores que vem contribuindo com o bom desempenho econômico de São Gonçalo do Amarante destaca-se o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) formado por termelétricas, pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP S/A), pela Zona de Processamento e Exportação do Ceará (ZPE), usinas termelétricas além de indústrias de siderurgia e metalurgia, cerâmicas e indústrias extrativas. Fonte:https://www.trendsce.com.br/wpcontent/uploads/2021/03/ pib_ceara_quarto_trimestre_2020_Info_Prancheta_1.jpg Acesso:31/08/2022 @ LU C4 SC A RN EI RO VER AULA COMO O ESTADO DO CEARÁ FAZ DINHEIRO?? Economia Cearense Sabedorez Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula AULA VER AULA AS CIDADES MAIS RICAS DO CEARÁ | PIB NOMINAL E PIB PER CAPITA GeoGrafico Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula 12 Fonte: https://www.anuariodoceara.com.br/pib-ceara/ Acesso: 31/08/2022 No caso de Eusébio, o segundo colocado, indústria de transformação de alimentos e bebidas além comércio, manutenção e reparação de veículos automotores e motocicletas, atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares e construção civil. Já Maracanaú, o terceiro colocado, destaca-se a também a indústria de transformação, comércio, manutenção e reparação de veículos automotorese motocicletas, atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares e a administração pública.A estrutura e a dinâmica da economia do município de São Gonçalo do Amarante têm colocado este município em primeiro lugar no ranking do PIB per capita do estado do Ceará desde 2017. https://youtu.be/eZ5zxGFltzM https://youtu.be/Ibj2EF9HbL0 13 @ LU C4 SC A RN EI RO Demografia Cearense e Caririense A população cearense, em 2019, era de 9.166.913 habitantes, dos quais 45,7%, o equivalente a 4.186.221, estavam localizados na região de planejamento da Grande Fortaleza. Os números estão no Prad Informe (nº 02 – Dezembro/2020) – Perfil demográfico do Estado do Ceará a Partir dos Dados da Pesquisa Regional por Amostras de Domicílio (Prad), do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Outro dado revela que os adultos ou população em idade ativa, 15 a 59 anos, representam a maior parcela, sendo 63,5% da população. Outra região com mais de 1 milhão de habitantes é o Cariri, equivalendo a 11,2% do total.Em seguida, tem-se as regiões do Sertão de Sobral (5,3%), Centro Sul (4,4%), Sertão Central (4,4%), Litoral Norte (4,3%), Vale do Jaguaribe (4,3%) e Litoral Oeste / Vale do Curu (4,1%). As regiões menos populosas são o Sertão dos Inhamuns (1,5%), Litoral Leste (2,2%), Sertão de Canindé (2,3%), Maciço de Baturité (2,7%), Serra da Ibiapaba (3,8%) e Sertão dos Crateús (3,9%). O Ceará possui maior concentração em áreas urbanas, com um quantitativo de 7.093.153 pessoas, representando 77,4% do total. Quanto à população rural, esta também tem uma parcela significativa da população cearense com um índice de 22,6% no ano de 2019. Outro ponto importante diz respeito ao comportamento da estrutura etária da população. Nesse aspecto, os grupos etários tradicionalmente avaliados são os jovens menores de 15 anos, os adultos ou população em idade ativa, 15 a 59 anos, e a população idosa com idade igual ou superior a 60 anos. Para todas as áreas geográficas analisadas, verifica-se que a maior parcela da população possuía idade entre 15 e 59 anos. No Ceará, este percentual correspondeu a 63,5% da população, vindo em seguida o grupo etário dos jovens (20,3%) e o de idosos (16,2%). As regiões com maiores percentuais de população em idade ativa foram o Litoral Leste (66%), Grande Fortaleza (65,4%), Centro Sul (63,9%), Litoral Norte (63,6%), Litoral Oeste / Vale do Curu (62,3%) e Sertão Central (62,3%). Fonte:https://static.tribunadoceara.com.br/wpcontent/uploads/sit es/2/2019/08/arte-vitoria-recuperado-1.jpg Acesso: 31/08/2022 @ LU C4 SC A RN EI RO Organização do espaço agrário 14 O estado do Ceará, não difere do território brasileiro no que se refere a situação agrária, observa-se que o referido estado possui relações no campo que são, em suma, excludentes e complexas, exigindo, para seu entendimento, uma análise do processo histórico de formação de seus territórios rurais. Para a compreensão da estrutura fundiária no estado do Ceará, é salutar entender as condições de desenvolvimento dos espaços agrários, a partir das primeiras atividades econômicas que aqui se estabeleceram. Baseados na produção de algodão, produção de cana-de-açúcar e na criação de gado, as primeiras estruturas foram desenvolvidas, abrangendo grandes porções de terras e absorvendo pouca força de trabalho, muito menor do que a procura, onde existiam muitos camponeses desprovidos de trabalho e terras adequados. A cultura da cana de açúcar chega a terras cariris pelas mãos dos colonizadores, no século XVII, anterior a chegada de tais, a região era celeiro de culturas para o autoconsumo, por possuir ampla disponibilidade hídrica bem como qualidade de solo ideal para a agricultura, sabe-se que essas terras eram utilizadas para tal pelos índios Cariris. A região do Cariri Cearense, nesse sentido, se dá como importante espaço de construção de cultura baseada na produção agrícola, e, não diferente do Brasil como um todo, espaço de concentração fundiária, como já mencionando. Alguns projetos foram desenvolvidos no estado, com vistas a diminuição dos problemas relacionados a concentração fundiária, como por exemplo: Programa de Redistribuição de Terras e de Estímulo à Agroindústria do Norte e Nordeste (Proterra), Projeto de Desenvolvimento Rural Integrado do Ceará (PDRI do Ceará), Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (PAPP). A estrutura agrária caririense abriu precedente para que fosse aqui implementado o projeto piloto de políticas agrárias pensadas em âmbito federal. O Programa Cédula da Terra e o Reforma Agrária Solidária, os órgãos responsáveis encontraram no estado do Ceará, as bases para sua implementação. O programa Reforma Agrária Solidária, desenvolvido no estado do Ceará no final da década de 90, possuía características de acesso a terra bem específicas, especialmente seguindo a lógica do financiamento. Foram alteradas algumas cláusulas do Projeto São José, que até então tratava sobre a questão hídrica. A base de tal política é a democratização do acesso à propriedade a partir da lógica do mercado, utilizando de linha de crédito nos bancos, nesse sentido, as próprias famílias são responsáveis pela logística de compra e venda, onde o estado faz a mediação de todo o processo. Fonte:http://www.canaonline.com.br/uploads/conteudo/conte udo/2018/12/PBo1A/20180611081019afbpgyg47uPOkxT_91 8x474.jpg Acesso: 31/08/2022 @ LU C4 SC A RN EI RO 15 Vale ressaltar que o acesso à política de aquisição de terras nessa modalidade ocorria via associação de moradores, de agricultores, e, a princípio surgiu como mais uma ferramenta de distribuição de terras, como uma política complementar de reforma agrária e não como um modelo único a ser implementado. As experiências desenvolvidas no estado do Ceará foram muitas, os imóveis estão presentes em 113 municípios do estado, e foram adquiridos nos quatro projetos aqui desenvolvidos, porém, um fator foi similar em praticamente todas as políticas aqui desenvolvidas, o fato de tais políticas acontecerem com base em financiamentos, seguindo uma lógica mercadológica. O modelo de reprodução do capital calcado no campo, disfarçado de reforma agrária obteve relativo êxito por muitos motivos, especialmente o fato de integração de interesses, de um lado o Banco Mundial e o estado dispondo de condições “viáveis” ao pequeno agricultor; de outro lado, camponeses na ânsia e urgência em romper de vez com relações coronelistas de trabalho, as quais eram submetidos desde o surgimento da vida no campo, assentados por uma segurança do estado, e em meio às críticas dos movimentos sociais, o projeto consolida-se no Ceará. No Cariri Cearense, os projetos de financiamento foram executados em alguns munícipios, na cidade de Crato alguns assentamentos se destacam, dentre eles, a Fazenda São Silvestre e o Assentamento Jenipapo, que, embora façam parte da mesma lógica de aquisição, tem características muito distintas no que se refere a produtividade e renda obtida pelas famílias. Fonte:https://www.ipece.ce.gov.br/wpcontent/uploads/sites/4 5/2021/01/Img02_PradInformeN022021.jpg Acesso: 31/08/2022 VER AULA Ceará | 20 Cidades Mais Populosas de 1699 a 2020 -CityGlobeTour Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula VER AULA As 15 Maiores Cidades do Ceará em 2050 - MatGeo Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula AULA https://youtu.be/f06bycaSXPE https://youtu.be/65pCmT0RGmg https://www.youtube.com/@matgeo5871 @ LU C4 SC A RN EI RO Organização do espaço Urbano e de transformação industrial 16 A industrialização no Ceará, de acordo com Amora (2005), pode ser entendida mediante uma periodização que identifica três fases distintas, relacionadas à divisão internacional e nacional do trabalho. O primeiro período tem inicio ainda no final do século XIX e estende-se até a década de 1950; o segundo abrange os anos 1960 até meados de 1980, quando começa o terceiro período, ainda em curso. A análiseapresentada a seguir estabelece como marco do processo de industrialização no Ceará, as atividades fabris suscitadas principalmente com a cotonicultura (algodão), que se relacionam, embora de forma marginal, com o desenvolvimento industrial internacional, apresentando também a utilização de meios técnicos mais avançados no processo de produção. Trata-se, sobretudo, do beneficiamento do algodão e da produção de tecidos e redes (AMORA, 2005). É importante ressaltar que esta industrialização possui um caráter rudimentar, bem como o seu desenvolvimento é dependente da produção agrícola. Sendo assim, a origem e desenvolvimento dessa fase inicial se inserem de forma secundária no ciclo hegemônico do algodão e da primazia da atividade primária, que até 1960 representava 45,7% do PIB do Ceará1 (LIMA, 2008). capital local e, embora Fortaleza concentrasse a grande maioria de estabelecimentos industriais, outras cidades como Sobral e Aracati também possuíam indústrias, não existindo um desequilíbrio significativo entre os núcleos urbanos. A localização da maioria das indústrias em Fortaleza se justifica pela lógica de concentração atrelada à exportação do algodão2, relacionada à presença da ferrovia e do porto, do comércio e serviços, além do fato de ser a capital político-administrativa. O perfil da industrialização se fundava basicamente na transformação de matérias- primas com predominância do Fonte:https://www.ceara.gov.br/wpcontent/uploads/2019/05/NU 5034-1.jpg Acesso: 31/08/2022 A indústria do Estado do Ceará é fortemente marcada pela presença de quatro divisões pertencentes à categoria de uso de bens de consumo não duráveis: alimentos e bebidas, têxtil, vestuário e couro e calçados, empregando 74% do pessoal ocupado na indústria estadual e 95% nesta categoria, que é de longe a que mais emprega e a que conta com maior número de unidades locais. As divisões de alimentos e bebidas e de vestuário diferem da têxtil e de couro e calçados na quantidade de unidades que as compõem: as duas primeiras respondem, respectivamente, por 15,3% e 26,6% do total de unidades, enquanto @ LU C4 SC A RN EI RO 17 as duas últimas por apenas 6,7% e 5,4%, respectivamente. A participação no pessoal ocupado, entretanto, situa-se em faixas relativamente próximas, indicando que as grandes empresas das divisões de têxtil e de couro e calçados são responsáveis por grande parte do seu pessoal ocupado. A análise da distribuição espacial da indústria, no Ceará, levou em conta a escassez do número de unidades locais no interior do Estado e por isso utilizou-se um tipo de agrupamento que respeitasse as normas de manutenção do sigilo das informações, selecionando aquelas divisões com alguma representatividade no Estado. Esta distribuição espacial permite que se verifique expressiva concentração de quase todas as divisões na Região Metropolitana de Fortaleza (74% das unidades industriais e 71% de todo o pessoal ocupado na indústria do Estado), com exceção de couro e calçados e de minerais não-metálicos, que têm localização predominante no interior do Estado. A divisão de transformação de minerais não-metálicos está ligada à indústria extrativa, localizando-se, assim, perto de suas matérias-primas, enquanto que a indústria calçadista parece valer-se da existência de mão-de-obra com certa experiência adquirida da tradicional indústria de calçados de couro da região do Cariri, que desenvolveu determinadas habilidades aproveitadas pelas novas indústrias de calçados que ali se instalaram. @ LU C4 SC A RN EI RO A indústria de calçados não se distribui uniformemente pelo interior do Estado, concentrando-se basicamente em Crato e Juazeiro (região do Cariri) e no município de Sobral. As unidades calçadistas parecem situar-se na região do Cariri mais para valer-se da experiência da mão-de-obra da tradicional indústria de calçados de couro do que apropriar-se do curtume da região, uma vez que a maioria delas utilizam matéria plástica como insumo. A Região Metropolitana de Fortaleza abriga três quartos do setor industrial do Estado, com destaque para a categoria de bens de capital e de consumo duráveis (87% das unidades e 90% do pessoal ocupado) e a divisão de vestuário (94% das unidades e 93% do pessoal ocupado). Os dois primeiros indicadores podem ser explicados pela exigência de essa categoria ter de apropriar-se de mão-de-obra qualificada, surpreendendo, no entanto, a localização da quase totalidade da indústria do vestuário, que, de modo geral, apresenta tendência à desconcentração. Neste caso, parecem prevalecer o caráter histórico de centro de abastecimento da região Nordeste que caracteriza a cidade de Fortaleza, e a importância de seu parque têxtil (segundo do país), que criaram as condições para o desenvolvimento deste tipo de indústria. É importante ressaltar que a concentração da atividade industrial na Região Metropolitana de Fortaleza expressa a configuração da indústria estadual, à exceção das divisões de couro e calçados (expressivamente localizadas no interior do Estado) e de minerais não- metálicos. 18 @ LU C4 SC A RN EI RO VER AULA A Indústria Têxtil no Ceará O POVO Online Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula 19 AULA VER AULA Como o Ceará está dominando a economia do Nordeste- Planeta Visionário Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula Fonte:https://www20.opovo.com.br/images/app/noticia_132346504881/2016/02/22/3578232/Historia-da-industria-do-ceara.jpg Acesso: 31/08/2022 Fonte:https://www20.opovo.com.br/images/app/noticia_1323465 04881/2016/02/22/3578232/Historia-da-industria-do-ceara.jpg Acesso: 31/08/2022 O Estado de Mato Grosso deve registrar crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 41% e liderar a retomada da economia brasileira, de acordo com dados da MB Associados, consultoria de análise macroeconômica. O aumento está estimado entre os anos de 2010 e 2022. Mato Grosso também lidera na projeção de crescimento para 2021, com aumento de 4,97%. Conforme a análise, o agronegócio é o principal condutor do crescimento do PIB estadual. O Estado é o principal produtor de grãos do país e deve ser o responsável por quase 30% da safra nacional este ano. https://youtu.be/b3oFgYb8jxs https://www.youtube.com/@opovo https://youtu.be/O7yESEVQz3o Geologia Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/ 7/75/Escala_do_tempo_geologico_em_portugues__Frichter.pn g/320pxEscala_do_tempo_geologico_em_portugues__Frichter. png Acesso: 31/08/2022 FONTE:https://www.researchgate.net/profile/MarceloMouraFe /publication/330245510/figure/fig2/AS:713136143339524@15 47036314485/Figura-2-Compartimentacaotectonicadoestado- do-Ceara-Em-destaque-a-Ibiapaba.jpg Acesso: 31/08/2022 ígneas e Metamórfica - Cristalinas: Rochas Metamórficas: Sedimentar Rochas Magmáticas, Eruptivas ou lgneas - São aquelas resultantes da consolidação do magma (material ígneo que está no interior do globo terrestre), Quando a consolidação do magma ocorre em subsuperfície formam-se rochas plutônicas, Exemplo: (Granito, Quando ocorre em superfície (lava vulcânica) formam-se rochas magmáticas extrusivas, Exemplos; Basalto. Resultam da transformação de outras rochas preexistentes, agora, sob novas condições de temperatura e pressão, Exemplo: Mármore e Gnaisse. Rochas Sedimentares - Resultam da deposição de detritos de outras rochas (magmáticas ou metamórficas), ou do acúmulo de detritos orgânicos ou ainda, da precipitação química. Ex.: Arenito e Calcário. 20 @ LU C4 SC A RN EI RO Geomoforlogia Fonte:https://www.researchgate.net/profile/MarianaMacedo4/publication/281716549/figur e/fig2/AS:614248564670467@1523459678514/Simplified-geomorfological-map-ofCeara- state-Sources-used-to-produce-the-map.png Acesso: 31/082022 O embasamento cristalino do estado ocupa quase toda a região central, onde predominam rochas cristalinas como granito, gnaisse e migmatito. O estado do Ceará possui oito unidades ambientais geológicas, que são subdivididas de acordocom feições geomórficas que são fruto da herança da evolução geológica cronológica (no nosso caso de origem quaternária natural). No Nordeste, o Ceará apresenta uma diversidade mais destacada do que outros estados da região. A topografia cristalina pré- cambriana é superior à topografia sedimentar. No sertão, onde ficam expostas ou elevadas acima do solo como montanhas, lajes e pedregulhos, o clima costuma ser mais semiárido. A estrutura geológica do estado do Ceará é muito diversificada, apresentando uma variedade de tipos de rochas de diferentes épocas. Fonte:https://www.researchgate.net/publication/322274133/fi gure/fig2/AS:579448815538176@1515162771859/Figura-2- Compartimentacao-tectonica-do-estadodoCearaEmdestaque- a-Ibiapaba.png Acesso: 31/08/2022 As bacias sedimentares paleo-mesozóicas aparecem nas fronteiras dos países que a circundam, e também existem depósitos clásticos em áreas costeiras, que foram depositados ao longo da história geológica. 21 @ LU C4 SC A RN EI RO Domínio dos Depósitos Sedimentares Cenozoicos: Planícies fluviais, formas litorâneas e tabuleiros. Domínio das Bacias Sedimentares PaleoMesozoicas: Chapada do Araripe, Chapada do Apodi e Cuesta da Ibiapaba. Domínio dos Escudos e Maciços Cristalinos: Planaltos Residuais e Depressão Sertaneja. Podemos dividir o estado do Ceará em três unidades morfo-estruturais: DOMÍNIO DOS DEPÓSITOS SEDIMENTARES CENOZÓICOS PLANÍCIE COSTEIRA: É uma superfície composta por novas formações, influenciadas pelo mar, vento, rio, chuva. Cobrem uma zona quase contínua entre o mar e o planalto costeiro, interrompida apenas pelos estuários de rios que desaguam no mar, como Jaguaribe, Choró e Acaraú. São estratos quaternários representados por praias e planícies fluviais oceânicas. Fonte:https://guiadoviajante.com/uploads/2012/01/Praia-do- Futuro-11.jpg Acesso: 31/08/2022 PLANÍCIES FLUVIAIS: Essa planície, também conhecida como planície de inundação, é resultado de processos deposicionais fluviais durante o período quaternário da era geológica. São compostos basicamente por sedimentos arenosos, argilosos e siltosos em estreitas faixas ao longo das margens dos rios. Fonte:https://www.researchgate.net/publication/282648252/fi gure/fig6/AS:614083401379846@1523420300490/Figura-12 Planicie-fluvial-do-Rio-Ceara-apresentando-a-mata-ciliar- degradada.png Acesso: 31/08/2022 PLANÍCIES FLUVIO-MARINHAS: São estuários, possivelmente manguezais, com superfícies planas e alagadas. Localizam-se próximo ao curso inferior de rios e estuários, em áreas de contato entre oceanos e continentes. Nestas planícies formam-se manguezais, ecossistema extremamente importante para a manutenção da flora e fauna da região. Os manguezais são o habitat de numerosos animais aquáticos e terrestres. Na planície litorânea, além do ecossistema de manguezais, existem praias e dunas, que constituem uma riquíssima diversidade paisagística. Fonte:https://i.pinimg.com/736x/ff/6c/e4/ff6ce47c1c0eee0c942d 4b303eeddb7b--porto.jpg Acesso: 31/08/2022 22 @ LU C4 SC A RN EI RO PLANALTOS SEDIMENTARES: CHAPADA DO APODI Limite CE/RN: Apresenta altitudes modestas, variando entre 100 e 200m. É constituída por rochas sedimentares dos tipos calcário e arenito do Grupo Apodi (Cretáceo). Não apresenta condições climáticas úmidas e toda sua extensão está inserida no clima semiárido Fonte:https://agorarn.com.br/files/uploads/2022/07/canoa-1.jpg Acesso: 30/08/2022 MACIÇOS RESIDUAIS: São elevações ou conjunto delas (serras) dispersas pelas depressões sertanejas. São rochas cristalinas que variam de 450m a 1154m. Destacam-se entre essas elevações as Serras de Baturité, Uruburetama, Maranguape, Meruoca. Mais ao centro do Estado, a serra das Matas (ponto culminante do estado - Pico da Serra Branca, com 1154m). Serra do Machado e outras. A altitude influencia para uma melhor condição climática em algumas dessas regiões serranas, são verdadeiras ilhas de umidade dentro do contexto de semiaridez do nosso Estado. Fonte:https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/image/cont entid/policy:1.3061858:1616067625/Macico-de-Baturite.jpg? f=16x9&h=720&q=0.8&w=1280&$p$f$h$q$w=e4a64c1 Acesso: 30/08/2022 GLACÍS PRÉ-LITORÂNEOS E TABULEIROS COSTEIROS: São relevos plano com trechos suavemente ondulado que acompanha toda a orla do Estado, localizando-se entre a planície costeira e a depressão sertaneja. Apresentam extensão que podem chegar a atingir 60 Km de largura, sendo mais ampla próximo aos vales do baixo Jaguaribe e do Rio Acaraú. São constituídos por sedimentos areno- argilosos e arenosos da Formação Barreiras (Plio-Quaternário), sobrepostos ao embasamento cristalino e em pequenos trechos sobre rochas do Cretáceo. Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bd/L ajedo_de_Soledade.jpg Acesso: 31/08/2022 Fonte:https://www.ihu.unisinos.br/images/ihu/2016/10/06_10_ mapa_apodi_raphael_lorenzeto_abreu_commons.jpg Acesso: 31/08/2022 23 @ LU C4 SC A RN EI RO @ LU C4 SC A RN EI RO VER AULA (Geografia Física do Ceará) - Prof. Caio Victor -Conceito Play Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula AULA VER AULA DICA SOBRE GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA DO CEARÁ - GGgrafia - Geografia com o GG Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula PLANALTO DA IBIAPABA: Também chamado de Serra Grande ou Serra da Ibiapaba, este relevo apresenta na realidade uma forma de cuesta. O relevo é dissimétrico e os elementos que o compõe são o reverso, inclinado para o oeste; a cornija, no topo; e a frente de declive acentuado, que compõe a vertente voltada para o leste. Suas altitudes giram em torno de 900m registrando alguns poucos pontos com mais de 900m. Fonte:https://agenciaeconordeste.com.br/wpcontent/uploads/20 21/01/parque-nacional-de-ubajara-2019-maristelacrispim.jpg Acesso: 30/08/2022 Fonte:https://www.researchgate.net/publication/343670387/figu re/fig3/AS:924655560970252@1597466473951/Figura-4- Geologia-do-Planalto-da-Ibiapaba-com-indicacao-de-alguns- dos-perfis.png Acesso: 30/08/2022 24 Fonte:http://www.sinageo.org.br/2016/trabalhos/6/imagens/6- 545-ff9f8c28cb.jpg Acesso: 30/08/2022Fonte:http://www.sinageo.org.br/2016/trabalhos/9/imagens/9- 74-5ebe92720b.jpg Acesso: 30/08/2022 https://youtu.be/aZWv06EItJg https://www.youtube.com/@conceitoplay2916 https://youtu.be/6h5qHjbqxzU https://www.youtube.com/@gggrafia-geografiacomogg9516 Clima O Ceará se caracteriza pela presença de dois tipos de clima: tropical úmido e semiárido. Localizado entre 2ºS e 7ºS, o estado se encontra muito próximo à Linha do Equador, sofrendo a ação direta dos ventos alísios, que intensificam o regime eólico na região. Na maior parte de seu território predomina o clima semiárido, registrando-se assim uma grande quantidade de secas periódicas. Já a porção úmida e subúmida do estado concentra-se em parte do litoral e nas áreas que registram maior elevação topográfica. As zonas úmidas do Ceará correspondem a regiões de maior altimetria, além de porções do litoral cearense. O período de chuvas ocorre entre janeiro e julho com uma pré- estação chuvosa no mês de dezembro. Nestas regiões, os índices pluviométricos anuais ultrapassam os 900 mm, garantindo a umidade local durante cerca de seis meses. Dois sistemas meteorológicos predominam para a ocorrência de chuvas no estado: a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que provoca umidade na região durante o máximo de sua oscilação no hemisfério Sul, e a massa Equatorial Atlântica, que transporta os ventos alísios úmidos. Nas porções altas do estado, a orografia é a responsável pela umidade nos diferentes maciços residuais encontrados em meio à Depressão Sertaneja. Mapa climático do Ceará Fonte:https://www.infoescola.com/wpcontent/uploads/2016/09/clima- ceara.jpg Acesso: 31/08/2022 Já o semiárido, clima marcado pela escassez hídrica durante todo o ano, predomina em quase todo o estado, especialmente em sua porção central. Cerca de 92% do território cearense registra tal tipo climático, que afeta ossopés de serras e a região da Depressão Sertaneja com mais intensidade. A amplitude térmica anual na região é baixa, em oposição às taxas de evapotranspiração. Enquanto o período chuvoso dura de três a cinco meses (geralmente de fevereiro a abril), a seca pode se estender por até nove meses no estado. Em condições normais de chuvas, os índices pluviométricos ficam entre 500 e 800 mm, o que acarreta em um déficit hídrico para a agricultura e para a população que reside no semiárido. 25 @ LU C4 SC A RN EI RO https://www.infoescola.com/geografia/clima-tropical/ https://www.infoescola.com/geografia/linha-do-equador/ https://www.infoescola.com/geografia/ventos-alisios/ https://www.infoescola.com/geografia/clima-semiarido/ https://www.infoescola.com/clima/amplitude-termica/ https://www.infoescola.com/ecologia/evapotranspiracao/ https://www.infoescola.com/ecologia/deficit-hidrico/ E é justamente a seca que preocupa a população cearense. Entre 1991 e 2012, foram registrados mais de 1700 casos de estiagem e seca no estado. De todos os municípios do Ceará apenas Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, não registrou nenhuma ocorrência no período. Só no ano de 2012, 178 das 184 cidades cearenses decretaram situação de emergência por causa da falta de chuvas. Os municípios com o maior número de registros de estiagem e seca neste período de 22 anos foram Tauá (19 casos), Mombaça (18 casos), Caridade (17 casos), Acopiara, Catunda, Madalena, Pedra Branca e Penaforte (16 casos), todos localizados no Sertão Cearense. As zonas úmidas do Ceará correspondem a regiões de maior altimetria, além de porções do litoral cearense. O período de chuvas ocorre entre janeiro e julho com uma pré-estação chuvosa no mês de dezembro. Nestas regiões, os índices pluviométricos anuais ultrapassam os 900 mm, garantindo a umidade local durante cerca de seis meses. Dois sistemas meteorológicos predominam para a ocorrência de chuvas no estado: a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que provoca umidade na região durante o máximo de sua oscilação no hemisfério Sul, e a massa Equatorial Atlântica, que transporta os ventos alísios úmidos. Nas porções altas do estado, a orografia é a responsável pela umidade nos diferentes maciços residuais encontrados em meio à Depressão Sertaneja. VER AULA Aula sobre clima do Ceará - Eletiva de Geografia do CE- Eduardo Marques Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula @ LU C4 SC A RN EI RO VER AULA Qual a Influência dos Oceanos do Tempo e Clima do Ceará? Deyved Viana Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula AULA Fonte:https://images.climatedata.org/location/2031/climate- graph.png Acesso: 31/08/2022 26 https://www.infoescola.com/geografia/fortaleza/ https://youtu.be/gJmqoQCt1CE https://www.youtube.com/@Eduardocabj https://youtu.be/4IKS18ivRaM https://www.youtube.com/@Deyvedviana Hidrografia O território cearense é dividido em doze bacias hidrográficas, a hidrografia do Ceará leva em consideração a divisão da grande bacia do rio Jaguaribe em Alto, Médio e Baixo Jaguaribe. A Bacia do Rio Jaguaribe compreende mais de 50% do estado com seus 633 km de extensão. E os dois maiores reservatórios de água do Ceará são barragens que represam o Jaguaribe, o Açude Orós e Açude Castanhão. Mas a hidrografia do Ceará não fica só nisso. Vamos acompanhar o texto que fala sobre os principais rios e açudes. As respectivas capacidades de armazenamento de 2,1 e 6,7 bilhões de metros cúbicos de água. O Açude Castanhão é, ainda, o maior açude do país e que abastece Fortaleza. Os afluentes mais importantes do rio Jaguaribe são os rios Salgado e Banabuiú. A hidrografia do Ceará é composta pela Bacia do Rio Jaguaribe, Bacia do Rio Acaraú, Bacia do Rio Curu, Bacia do Rio Coreaú, Bacia do Rio Parnaíba, Bacia Metropolitana, Bacias do Litoral e Bacia do Rio Jaguaribe. Rios do Ceará: O principal rio do Ceará é o Jaguaribe, cuja bacia que drena todo o sul, o centro e o leste do estado. O norte é banhado por pequenos rios independentes, entre os quais o Coreaú, o Acaraú e o Aracatiaçu. Todos os rios do Ceará são temporários, pois “cortam” na estação das secas, isto é, secam. Há uma predominância de rios intermitentes. Os principais rios perenizados são: Jaguaribe, Acaraú e o Curu. O território cearense é dividido em vários rios, sendo o maior deles o Rio Jaguaribe. Sua bacia hidrográfica compreende mais de 50% do estado. O rio tem 610 km de extensão. Os dois maiores reservatórios de água do Ceará são barragens que represam o Jaguaribe: Açude Orós e Açude Castanhão com as respectivas capacidades de armazenamento 2,1 e 6,7 bilhões de metros cúbicos. Os afluentes mais importantes do rio Jaguaribe são os rios Salgado e Banabuiú Principal rio: Rio Jaguaribe O Jaguaribe é um rio localizado no estado do Ceará. Seu nome tem origem indígena. Em tupi, Jaguaribe significa “no rio das onças”. É o maior e mais importante rio do estado do Ceará. As águas de sua bacia beneficiam 81 municípios. Fonte:https://globalsiasar.org/sites/default/files/styles/hd/public/ photos/extra/AC%CC%A7UDEORO%CC%81S.jpgitok=KkHOK J6w Acesso: 31/08/2022 Fonte:https://marsemfim.com.br/wpcontent/uploads/2022/04/Ri o-Jaguaribe-1.jpg Acesso: 30/08/2022 27 @ LU C4 SC A RN EI RO @ LU C4 SC A RN EI RO VER AULA Geo Física do Ceará - Hidrografia O Crânio Educa Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula O território cearense é dividido em doze bacias hidrográficas, a hidrografia do Ceará leva em consideração a divisão da grande bacia do rio Jaguaribe em Alto, Médio e Baixo Jaguaribe. A Bacia do Rio Jaguaribe compreende mais de 50% do estado com seus 633 km de extensão. E os dois maiores reservatórios de água do Ceará são barragens que represam o Jaguaribe, o Açude Orós e Açude Castanhão. Mas a hidrografia do Ceará não fica só nisso. Vamos acompanhar o texto que fala sobre os principais rios e açudes. As respectivas capacidades de armazenamento de 2,1 e 6,7 bilhões de metros cúbicos de água. O Açude Castanhão é, ainda, o maior açude do país e que abastece Fortaleza. Os afluentes mais importantes do rio Jaguaribe são os rios Salgado e Banabuiú. A hidrografia do Ceará é composta pela Bacia do Rio Jaguaribe, Bacia do Rio Acaraú, Bacia do Rio Curu, Bacia do Rio Coreaú, Bacia do Rio Parnaíba, Bacia Metropolitana, Bacias do Litoral e Bacia do Rio Jaguaribe. VER AULA TD - AULÃO REVISÃO UECE Geografia do Ceará - Professor(a): Rafael Gama- Antares Sala 30 Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula Fonte:http://2.bp.blogspot.com/_mTMs7wy3nto/SqFLJzfX0kI/A AAAAAAAAIQ/oWSrHyZ_0N0/w1200h630pknonu/untitled.bmp Acesso: 31/08/2022 AULA Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f6/Ri o_Jaguaribe_em_Fortim_%281%29.jpgtexto Acesso: 31/08/2022 28 https://youtu.be/JzYczQzaWpM https://youtu.be/2V8btGx1BAI https://www.youtube.com/@antaressala3018 Vegetação A vegetação cearense caracteriza muito bem o estado, seja de forma física, social ou cultural. A maior parte do Ceará apresenta cobertura vegetal da caatinga, típica do sertão, entretanto, outros tipos de vegetação ocorrem em seu território. São elas: Mata úmida, Mata Seca, Carrasco, Cerradão, Mata Ciliar, Vegetação de Mangue e Complexo vegetacional da Zona Litorânea. A caatinga é a cobertura vegetal predominante do Ceará – cerca de 46% do território apresenta tal tipo de vegetação. Sua ocorrência se dá desde Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, até a divisa com o estado do Pernambuco, concentrando-se especialmente na porção central do território. Presente em regiões de clima semiárido, a caatinga tem como principal característica a vegetação xerófita, ou seja, resistente à escassez de recursos hídricos. No Ceará, podem ser encontrados dois tipos de unidades fitoecológicas deste tipo vegetal: caatinga arbórea e caatinga arbustiva. A caatinga arbórea tem como características as árvores altas (que podem atingir 20 metros de altura), os caulesretilíneos e um sub-bosque de espécies menores como arbustos. Entre as principais espécies da caatinga arbórea estão braúnas, aroeiras e angicos-vermelhos, essas últimas marcadas pela baixa densidade em relação às demais. A caatinga arbustiva, por outro lado, é decorrência da degradação humana sobre o meio ambiente. Alguns de seus aspectos são o porte baixo, os caules retorcidos e a densidade, que varia entre tipos vegetais mais densos e outros mais abertos. Juremas, catingueiras, sabiás e mandacarus são algumas das espécies dominantes da caatinga arbustiva. Em regiões serranas, marcadas pela altitude e pela umidade, se distribuem as florestas tropicais do estado, sendo possível dividi-las em matas úmidas e matas secas. As primeiras possuem árvores de grande porte, subperenifólias, inseridas em terrenos com alto índice de pluviosidade. Por outro lado, as matas secas perdem suas folhas na estação seca e não estão necessariamente associadas a cursos d’água. Na costa cearense, a vegetação típica é a litorânea com matas ciliares, matas de tabuleiro e herbáceas higrófilas, distribuídas ao longo dos 573 km da linha de costa. Já em áreas próximas à divisa do Piauí, a cobertura vegetal presente é o carrasco, uma capoeira densa, xerófita, com espécies próprias, mas também de cerrado, de caatinga e de mata, que quase não possui espécies de cactáceas e bromeliáceas. Atualmente, Ceará conta com mais de 60 Unidades de Conservação (UC) sob cuidados federais, estaduais, municipais e particulares. A maioria se volta à preservação da vegetação litorânea como o Parque Estadual do Rio Cocó, o Parque Nacional de Jericoacoara e o Parque Ecológico do Acaraú. 29 @ LU C4 SC A RN EI RO https://www.infoescola.com/biomas/caatinga/ https://www.infoescola.com/geografia/sertao-nordestino/ https://www.infoescola.com/geografia/clima-semiarido/ https://www.infoescola.com/geografia/recursos-hidricos/ https://www.infoescola.com/plantas/caule/ https://www.infoescola.com/plantas/aroeira/ https://www.infoescola.com/ecologia/mata-ciliar/ https://www.infoescola.com/meio-ambiente/unidade-de-conservacao/ Há ainda outras UC’s que têm como finalidade a proteção da caatinga, tais como as Estações Ecológicas de Aiuaba e Castanhão. As Áreas de Proteção Ambiental da Bica do Ipú, da Serra da Aratanha e da Serra do Baturité se destacam pelo intuito de preservação das matas úmidas cearenses, sendo essa última uma das mais antigas criadas pelo estado. Fonte:https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducaca o/2021/04/vegetacao-da-caatinga.jpg Acesso: 30/08/2022 Caatinga A Caatinga apresenta diversas particularidades, principalmente em relação à adaptação climática das plantas e animais. Esse bioma é afetado por secas extremas e períodos de estiagem, característicos do clima semiárido. Por essa razão, a vegetação precisou desenvolver mecanismos de sobrevivência em razão da pouca disponibilidade de água. A fauna é bastante diversificada e também é marcada pelas adaptações ao clima, como as recorrentes migrações nos períodos de estiagem. As principais características da vegetação são árvores baixas, troncos tortuosos e que apresentam espinhos e folhas que caem no período da seca (com exceção de algumas espécies, como o juazeiro). O cair das folhas é um mecanismo para evitar a perda excessiva de água e também diminuir a ocorrência de processos fotossintéticos para que as plantas entrem em estágio de economia de energia. Outra característica marcante é que as raízes das plantas cobrem o solo para que seja possível armazenar água durante o período de chuva. Mata úmida As florestas tropicais são biomas com maior produtividade e variedade de espécies do planeta. Elas também são chamadas de floresta pluvial tropical ou floresta úmida em virtude do elevado índice pluviométrico das regiões onde se encontram. Recebem essa denominação porque estão localizadas entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. As principais características das florestas tropicais são: a presença de árvores altas, o clima quente e a elevada precipitação. A temperatura média atinge 20 ºC e chove cerca de 1.200 milímetros anuais. Apesar de suportar uma enorme variedade de plantas, os solos das florestas tropicais são pobres. A sua produtividade é garantida pela grande disponibilidade de água e temperatura elevada. Além disso, os nutrientes necessários encontram-se em sua maior parte na biomassa das próprias árvores vivas do que no solo. O processo de decomposição da matéria orgânica é extremamente rápido nas florestas tropicais e é isso que garante a ciclagem dos nutrientes. Essa condição é fundamental para manter o funcionamento desse complexo ecossistema. 30 @ LU C4 SC A RN EI RO https://www.infoescola.com/ecologia/area-de-protecao-ambiental-apa/ https://www.todamateria.com.br/biomassa/ https://www.todamateria.com.br/ecossistema/ Mata seca: A Mata Seca é vegetação florestal sem associação com cursos d'água e que apresenta queda das folhas no período seco do ano. Isto acontece em função do tipo de solo e da composição de espécies. Poder ser: Sempre-Verde, Semidecídua (perde parte das folhas na época seca) ou Decídua (perde todas as folhas na época seca) Fonte:https://i0.wp.com/oeco.org.br/wpcontent/uploads/2016/0 9/Mata-Seca.jpg?fit=1152%2C768&ssl=1 Acesso:31/08/2022 Carrasco é uma vegetação xerófila arbustiva densa alta, ainda pouco conhecida, que ocorre no domínio semi- árido do nordeste do Brasil, sobre Areias Quartzosas distróficas profundas, entre 700 e 900 m de altitude, no planalto da Ibiapaba e chapada do Araripe. Carrasco: Fonte:https://agenciaeconordeste.com.br/wpcontent/uploads/ 2021/01/morro-do-gritador-pedro-II-PI-maristela-crispim.jpg Acesso: 30/08/2022 Fonte:https://static.todamateria.com.br/upload/fl/or/florestatro picalinterior.jpg Acesso: 31/08/2022 Desenvolve-se na região da Chapada do Araripe mais alto. é uma vegetação caulinar da floresta Folhas curvas e largas. A faveira, pequi, caju são espécies de plantas dessa vegetação Cerradão: Fonte:https://viajenachapada.files.wordpress.com/2014/01/ch apda.jpg?w=652 Acesso: 31/08/2022 São florestas, ou outros tipos de cobertura vegetal nativa, que ficam às margens de rios, igarapés, lagos, olhos d ´água e represas. O nome “mata ciliar” vem do fato de serem tão importantes para a proteção de rios e lagos como são os cílios para nossos olhos. Matas ciliares: Fonte:https://agenciaeconordeste.com.br/wpcontent/uploads/ 2021/01/morro-do-gritador-pedro-II-PI-maristela-crispim.jpg Acesso: 31/08/2022 31 @ LU C4 SC A RN EI RO @ LU C4 SC A RN EI RO Mangue ou mangal é uma formação vegetal de regiões alagadiças e ocorre apenas em regiões tropicais ou subtropicais no encontro entre o rio e o mar. É facilmente reconhecido pelas árvores com raízes expostas e solo lamacento. 32 Mangue: Fonte:https://www.opovo.com.br/_midias/jpg/2022/07/26/818x 460/1_mangue___rio___coco___5_-19282143.jpg Acesso: 31/08/2022 Avicennia schaueriana Stapft & Leechm (mangue preto); Avicennia germinans (L.) Stearn (mangue preto); Rhizophora mangle L. (mangue vermelho); Laguncularia racemosa (mangue branco); Conocarpus erectus L. (mangue de botão). TIPOS DE MANGUE NO CEARÁ: Carnaubal: A carnaúba (nome científico Copernicia prunifera) um, tipo de vegetação, é a palmeira sertaneja do Nordeste. Seu nome é derivado do tupi e significa árvore que arranha, por conta da camada de espinhos que cobre a parte inferior do caule. A planta nasce em solos arenosos, alagadiços, várzeas ou margens dos rios. O tom das folhas é verde, levemente azulado, em virtude da cobertura de cera. Fonte:https://www.cerratinga.org.br/site/wpcontent/uploads/20 21/09/carnaubas-arvores-dodesign-s.jpg Acesso: 31/08/2022 Angico (Anadenanthera colubrina) Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi) Bromélia (Bromeliaceae) Cacto (Cactaceae) Carnaúba (Copernicia prunifera) Caroá (Neoglasiovia variegata) Catingueira (Caesalpinia pyramidalis) Coroa-de-frade (Melocactus bahiensis) Cumaru (Amburana cearensis) Facheiro (Pilosocereuspachycladus) Faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus) Flor de jitirana Ipê roxo (Tabebuia impetiginosa Mart) Jericó (Selaginella convoluta Sprig) Juazeiro (Ziziphus joazeiro) Jurema branca (Piptadenia stipulacea) Malícia (Mimosa quadrivalvis L.) Malva branca (Sida cordifolia L) Mandacaru (Cereus jamacaru) Palma (Opuntia cochenillifera) Quixaba (Sideroxylon Obtusifolium) Sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia) Umbuzeiro (Spondias tuberosa) Xique-xique (Pilocereus gounellei) A aroeira-pimenteira (Schinus terebinthifolius) Mangabeira (Hancornia speciosa) Pau-Santo (Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc) Lista de plantas comuns na vegetação cearense: @ LU C4 SC A RN EI RO Fonte:https://minio.scielo.br/documentstore/21757860/dq6rXHrrW9prk9vGXzgdcYv/54f1e0418c395c07ea04ce4e9acb9 eef510d1996.jpg Acesso: 31/08/2022 33 VER AULA Vegetação do Ceará Prof. Alyson Santos Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula AULA VER AULA Você conhece a vegetação do Ceará? BIOVEG UFC Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula https://youtu.be/g1lYnpCIIJA https://www.youtube.com/@ProfAlysonSantos https://youtu.be/4IKS18ivRaM https://www.youtube.com/@biovegufc222 Desertificação Desertificação é o processo de degradação dos solos pela seca excessiva e pela rápida perda de nutrientes, resultando na formação de uma paisagem correspondente à dos desertos. É importante destacar que esse fenômeno ocorre em regiões de clima árido, semiárido e subúmido, onde o processo de evaporação é superior ao de precipitação. Em regiões com outros tipos climáticos, com índices de chuvas superiores a 1400mm anuais, não ocorre a desertificação, e sim a arenização dos solos. Entre as causas possíveis para o processo de desertificação, citam-se: uso inapropriado dos solos pelas práticas agropecuárias, esgotando-os; desmatamento e exploração em larga escala de ecossistemas frágeis, uso inadequado e intensivo de agrotóxicos, secas muito prolongadas, ação das queimadas, entre outros. Existem, portanto, causas naturais e humanas relacionadas com o processo de desertificação, que só costuma ocorrer em áreas onde já existe um risco previamente estabelecido. Nesse sentido, a obtenção de informações sobre a susceptibilidade de um terreno à desertificação é extremamente importante para guiar ações de planejamento sobre o seu uso e manejo. Entre as consequências da desertificação, encontram-se fatores naturais, sociais e econômicos, tais como: redução e escassez total de recursos hídricos; perda de áreas agricultáveis, rendendo prejuízos aos seus proprietários agricultáveis, rendendo prejuízos aos seus proprietários; Fonte:https://www.iberdrola.com/documents/20125/42541/Des ertificacion_746x419.jpg/c83c1c045a1fc171733bd132b852f6fb ?t=1631776118778 Acesso: 31/08/2022 seus proprietários; salinização e alcalinização dos solos; aumento dos índices de erosão; eliminação da cobertura vegetal; aumento dos índices de pobreza na região afetada; entre outros problemas. Fonte:https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/i mages/exemploumaareaquesofrecomprocessodesertificacao -565c9df1a5ca7.jpg Acesso: 31/08/2022 CAUSAS DA DESERTIFICAÇÃO: As principais atividades humanas que impulsionam a desertificação são: 1-O desmatamento, cujas causas vão além do mero corte de árvores, que aumenta o risco de incêndios, entre outros. 2-As más práticas agrícolas, desde colheitas sem rotação até solos desprotegidos ou o uso de fertilizantes e pesticidas químicos, etc. 3-A excessiva exploração dos recursos naturais como consequência, por exemplo, de uma gestão irresponsável da vegetação ou da água. 4-As más práticas pecuárias como as pastagens intensivas, que provocam graves erosões na terra e impedem a regeneração da vegetação. 34 @ LU C4 SC A RN EI RO https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/desmatamento-amazonas https://www.iberdrola.com/meio-ambiente/superexploracao-dos-recursos-naturais @ LU C4 SC A RN EI RO O Ceará tem 11,45% de seu território em processo de desertificação, processo de erosão que torna o ambiente árido e o solo infértil, similar à paisagem de um deserto. O dado foi divulgado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) na véspera do Dia Mundial de Combate à Desertificação, celebrado neste domingo (17). Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), a degradação das terras pode ocorrer tanto por alterações climáticas como pelas atividades humanas, conforme a pesquisadora da Funceme Sônia Perdigão. "Aqui no estado do Ceará observamos que a utilização inadequada dos solos, contribuiu bastante para esse quadro atual." Mais de 15% do território brasileiro está suscetível à desertificação, incluindo 100% do Ceará, parte dos outros estados do Nordeste, o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. VER AULA Irauçuba - Uma parte do Ceará que já virou deserto - Émerson Maranhão Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula AULA VER AULA Os impactos da desertificação no Ceará - Prefeitura de Diadema Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula Fonte:https://s2.glbimg.com/tuWlJPzgOTcNPZ4Y9k5U6H75k4 A=/0x0:1700x1065/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.c om/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_ photos/bs/2017/3/B/g3aWhfSseXnzUgEAUDPw/agua.jpg Acesso: 31/08/2022 Fonte:https://p2.trrsf.com/image/fget/cf/648/0/images.terra.com/ 2019/06/21/8477e3db7ca6f0bd19685858832854d0.jpg Acesso: 31/08/2022 35 https://youtu.be/nzX-UwpMtRM https://www.youtube.com/@marajones https://youtu.be/omAPMntoi-c https://www.youtube.com/@prefdiadema Secas Seca meteorológica: refere-se a precipitação abaixo das normais esperadas; Seca hidrológica: refere-se a níveis de rios e reservatórios abaixo do normal; Seca agrícola: refere-se a umidade do solo insuficiente para suprir a demanda das plantas; Seca econômica: ocorre quando o déficit de água induz a falta de bens ou serviços (como energia ou alimentos) devido ao volume inadequado, à má distribuição das chuvas, ao aumento no consumo, ou ainda ao mau gerenciamento dos recursos hídricos. A seca é aquela onde a precipitação é escassa, ou até mesmo nula, por um grande intervalo de tempo, geralmente da ordem de meses ou até mesmo anos, durante o qual a precipitação cai consideravelmente em relação ao climatologicamente esperado ou apropriado. Essa baixa disponibilidade hídrica extrema tende a causar sérios impactos sociais na região afetada, tendo em vista, que muitas atividades são diretamente afetadas pela seca, a exemplo da agricultura. A definição de seca pode ser entendida como uma condição relativa (em termos de disponibilidade hídrica) e ser orientada de acordo perspectivas meteorológicas, hidrológicas, agrícolas ou econômicas: Fonte:http://www.funceme.br/wpcontent/uploads/2022/06/95_ maio2022-768x1086.png Acesso: 31/08/2022 O Ceará registrou 81,13% do território com seca relativa, conforme o mais recente mapa divulgado do Monitor de Secas. Este é o melhor cenário no estado desde o início da série histórica da ferramenta, desde julho de 2014. Até então, o mês com cenário mais positivo foi maio de 2020, com 79,18% dentro da categoria. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (19/04/2022). A seca relativa é categoria de menor intensidade do projeto da Agência Nacional de Águas (ANA) com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). As condições atuais se dão, principalmente, pelas chuvas dos meses de março e abril, que colaboraram para redução dos índices de estiagem, conforme a Funceme. 36 @ LU C4 SC A RN EI RO https://www.infoescola.com/geografia/recursos-hidricos/ https://www.infoescola.com/agricultura/ Considerando a quadra chuvosa, que tem início em fevereiro e segue até maio, as precipitações encontram-se em torno da normal climatológica. O Ceará tem 57 dos 156 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) com volume abaixo dos 30%. O Castanhão,maior açude cearense para múltiplos usos, apresenta 22,59% da capacidade total. @ LU C4 SC A RN EI RO O mais recente mapa do Monitor de Secas indica redução na área afetada pela seca moderada entre novembro e dezembro de 2021. Conforme o estudo, o Estado passou de 60,5% para 32,28% do seu território classificado com tal categoria. De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a variação se deu, principalmente, pelas chuvas acima da média no primeiro mês da Pré-Estação. Na ocasião, o observado foi de 132,2 milímetros, 33,9% acima da normal climatológica. Além da redução da área com seca moderada, manteve-se, conforme o Monitor, 9,84% do território sem seca relativa, que está concentrada no noroeste do Ceará, onde estão localizadas as macrorregiões da Ibiapaba e Litoral Norte. Com 90,16% do Estado com seca moderada e fraca, os impactos são predominantemente de curto e longo prazo, variando entre veranicos de prazo diminuindo plantio, crescimento de culturas ou pastagem, déficits hídricos prolongados e restrições voluntárias de uso de água solicitadas. Atualmente, 18,87% do território apresenta seca fraca, sendo este percentual concentrado na porção central e a oeste do Ceará, onde está situada a macrorregião do Sertão Central e Inhamuns. Segundo a Funceme, as precipitações de março ficaram 30,6% acima da média e, no último mês, dentro da normalidade. AULA VER AULA As Grandes Secas do Ceará Professor Robinson Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula VER AULA A seca e a pobreza no Ceará Thiago Meireles Pessanha Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula 37 https://youtu.be/tRZq2Gpde1o https://youtu.be/mfSidSThR4U https://www.youtube.com/@dakinebra Enchentes @ LU C4 SC A RN EI RO VER AULA Rio transborda no Ceará e crianças enfrentam enchente Band Jornalismo Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula VER AULA ENCHENTE EM ASSARE em 17 de março de 2017 TV PATATIVA Utilize a câmera do seu celular ou o app de Scanner para ver a aula As enchentes são fenômenos naturais, mas podem ser intensificadas pelas práticas humanas no espaço das cidades. O problema das enchentes passou a ser algo comum na vida das populações de algumas cidades. Infelizmente, todo o ano é a mesma coisa: entre os meses de dezembro e fevereiro, os noticiários são tomados por problemas relacionados com a elevação dos cursos d´água e a inundação de casas e ruas, desencadeando uma série de tragédias, que, quase sempre, poderiam ser evitadas. Para fins didáticos, dividimos a ocorrência das enchentes em dois tipos de causas principais: as naturais e as antrópicas, pois estamos falando de um fenômeno comum na natureza, mas que é intensificado pela ação humana. A Região Metropolitana de Fortaleza - CE sofre anualmente no período de chuvas intensas, que ocorrem nos meses fevereiro a maio, com inundações em diversos locais, principalmente, nas bacias dos rios Cocó/Coaçu e Ceará/Maranguape. No cariri a microbacia do rio Granjeiro localiza- se na cidade do Crato, na região sul do Estado do Ceará, com uma área de aproximadamente 20,96 km². O rio Granjeiro possui suas nascentes na encosta da Chapada do Araripe. Durante o seu trajeto apresenta uma série de alterações, como a sua canalização no médio e baixo curso, que acabam por configurar em impactos ambientais, aliados a tais alterações, fatores naturais como a declividade e a altitude, potencializam o risco a eventos de inundações em períodos de grandes chuvas. AULA 38 Fonte:https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/image/cont entid/policy:1.3006691:1604367943/enchente.jpegf=default&$ p$f=c80a789 Acesso: 31/08/2022 https://youtu.be/twkVLBjoZgc https://www.youtube.com/@bandjornalismo https://youtu.be/Msct5xyTJUc A bacia sedimentar do Araripe Fonte:https://journals.openedition.org/confins/docannexe/ima ge/11509/img-1-small480.jpg Acesso: 31/08/2022 @ LU C4 SC A RN EI RO A Bacia do Araripe teve sua origem e evolução como consequência de reflexos de eventos tectônicos responsáveis pela abertura do Oceano Atlântico Sul, sendo iniciada por reativações, no Mesozoico, principalmente, nas Zonas de Fraturas correlacionadas ao Lineamento Pernambuco e ao Lineamento Paraíba/Patos. Contexto: As Bacias Sedimentares são unidades formadas nas áreas, mas deprimidas de um relevo, onde posteriormente se dá a deposição de sedimentos, ou seja, a sedimentação. Assim, conforme as causas envolvidas em sua formação, existem vários tipos de Bacias Sedimentares. A Bacia do Araripe é uma bacia interior, com destaque para as sequências mesozóicas onde se predominam os sedimentos posteriores à formação do Oceano Atlântico Sul, que aconteceu após a separação da América do Sul e África. Ela possui afinidades litológicas e paleontológicas com outras bacias relativamente próximas, a exemplo da Bacia do Parnaíba, Bacia do Grajaú, Bacia do Recôncavo e Bacia Tucano-Jatobá, e isso mostra a magnitude dos processos geológicos envolvidos em gênese. A Bacia Sedimentar do Araripe, possui cerca de 9000 km2, e se inclui nos Estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, estando delimitada pelas coordenadas geográficas 38º30’W e 41º00’W e 7º00’S e 8º00’S, e orientada de modo geral no sentido NE-SW. Fonte:http://geoparkararipe.urca.br/wpcontent/uploads/2019/ 09/Chapada-3-1024x303.png Acesso: 31/08/2022 39 Fonte:http://revistacontinente.com.br/public/uploads/data/files/E dicao_166/CHAPADA-DO-ARARIPE-02.jpg Acesso: 31/08/2022 Geologia da bacia do Araripe @ LU C4 SC A RN EI RO A geologia da Bacia Sedimentar do Araripe é complexa e isso tem a ver diretamente com os processos geológicos envolvidos na sua gênese. Vários geólogos já estudaram a composição das estruturas sedimentares que formam a bacia, e são várias as classificações propostas. Em cada unidade principal identificada, o geólogo reconhece uma Formação Geológica, e a descreve minuciosamente, dentro de uma subárea da Geologia denominada Estratigrafia. À grosso modo, é como se estivéssemos cortando um bolo formado por várias camadas e identificando cada uma dessas camadas. Não existe uma classificação correta, e outra errada. Existem modelos propostos e nos cabe adotar o modelo A, B, ou C a fim de utilizá-lo para o entendimento dessas formações. O nome da formação geológica, em geral, é uma homenagem que o geólogo faz à localidade onde visualizou o afloramento pela primeira vez, ou onde o descreveu, não querendo dizer que ele ocorra apenas naquela localidade, ou cidade. O geólogo Mário Assine (2007), por exemplo, elaborou uma proposta para a Bacia do Araripe contendo os seguintes pacotes sedimentares (Em breve, falaremos sobre cada uma delas e você poderá clicar sobre cada formação para saber mais): Formação Cariri (reconhecida às vezes por Mauriti) – Formação Brejo Santo – Formação Missão Velha – Formação Abaiara – Formação Barbalha (reconhecida às vezes por Rio da Batateira) – Formação Santana (Membro Crato, Membro Ipubi e Membro Romualdo) – Formação Araripina (reconhecida também como Arajara) e Formação Exu. Cada formação geológica tem suas peculiaridades e representa momentos distintos na história geológica. 40 Fonte:http://geoparkararipe.urca.br/wp-content/uploads/2019/09/Geoconserva%C3%A7%C3%A3o-Figura-4--768x356.png Acesso: 31/08/2022 Cerca de 81,8% dos poços presentes na Bacia Sedimentar do Araripe tem água considerada de boa qualidade. É o que diz o estudo realizado pelo programa de pós- graduação em Desenvolvimento Regional Sustentável da Universidade Federal do Cariri (UFCA). De acordo com a pesquisa, a água que abastece a cidade do Cariri não apresenta problemas de salinidade, como em outras regiões do Estado. As análises, no entanto, revelam que alguns poços já apresentam efeitos negativos da ocupação humana. O estudo monitorou 22 postos da região, no período de quatro anos. Os pesquisadores utilizaram parâmetros de qualidade para avaliar os níveis de fósforo, nitrato e coliformes fecais presentes nas