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Leandri Costa

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185. No Brasil, a utilização da vacina para hepatite B é reco-
mendada para todos os pro�ssionais de saúde. Após expo-
sição ocupacional a material biológico, mesmo para pro�s-
sionais não imunizados, o uso da vacina, associado ou não 
a gamaglobulina hiperimune para hepatite B, é uma medida 
que, comprovadamente, reduz o risco de infecção.
Não existe intervenção especí�ca para prevenir a transmis-
são do vírus da hepatite C após exposição ocupacional.
Os procedimentos recomendados em caso de exposição à 
material biológico incluem cuidados locais na área exposta, 
recomendações especí�cas para imunização contra tétano e, 
medidas de quimiopro�laxia e acompanhamento sorológico 
para hepatite e HIV.
Ocorrido o acidente deverá ser solicitado para o paciente-
-fonte autorização para a realização dos mesmos exames 
orientados para o funcionário exposto (ELISA ANTI-HIV, 
HBsAg, ANTI-HBc Total, ANTI-HBs, ANTI-HCV). 
Caso o paciente se negue a fazer os exames, registrar o fato 
na �cha de noti�cação do acidente e tratar o caso como fonte 
desconhecida. Resposta c.
186. Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF - são 
constituídos por equipes compostas por pro�ssionais de di-
ferentes áreas de conhecimento, para atuar em parceria com 
os pro�ssionais das equipes de Saúde da Família. Embora o 
NASF seja vinculado a mais de uma equipe de Saúde da Fa-
mília, conforme sua classi�cação, ele é cadastrado em uma 
única unidade. É importante ressaltar que os NASF não são 
portas de entrada do sistema e a responsabilização compar-
tilhada entre as equipes de Saúde da Família e a equipe do 
núcleo prevê uma revisão da prática do encaminhamento 
com base nos processos de referência e contrarreferência, 
ampliando-a para um processo de acompanhamento longi-
tudinal de responsabilidade da equipe de Atenção Básica/
Saúde da Família, atuando no fortalecimento dos seus atri-
butos e papel de coordenação do cuidado no SUS.
Existem duas modalidades de Nasf: 
O Nasf 1,composto por no mínimo cinco pro�ssionais com 
formação universitária, entre os seguintes: psicólogo, assis-
tente social, farmacêutico, �sioterapeuta, fonoaudiólogo, 
médico ginecologista, pro�ssional da educação física, médi-
co homeopata, nutricionista, médico acupunturista, médico 
pediatra, médico psiquiatra e terapeuta ocupacional. Cada 
um desses Nasf deve estar vinculado a um mínimo de oito e 
máximo de vinte equipes de SF, exceto nos estados da Região 
Norte, onde o número mínimo passa a ser cinco.
O Nasf 2 deverá ter no mínimo três pro�ssionais, entre os 
seguintes: psicólogo, assistente social, farmacêutico, �siotera-
peuta, fonoaudiólogo, pro�ssional da educação física, nutri
cionista e terapeuta ocupacional; e se vincular a no mínimo 
três equipes de SF. Resposta c.
187. O �nanciamento do SUS é de responsabilidade das três 
esferas de governo e cada uma deve assegurar o aporte re-
gular de recursos ao respectivo fundo de saúde. Conforme 
determina o Artigo 194 da Constituição Federal, a Saúde 
integra a Seguridade Social, juntamente com a Previdência 
e a Assistência Social. Já o Artigo 195 determina que a Segu-
ridade Social seja �nanciada com recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e de Contribuições Sociais.
As principais fontes especí�cas da Seguridade Social incidem 
sobre a Folha de Salários (Fonte 154), o Faturamento (Fonte 
153-COFINS) e o Lucro (Fonte 151-Lucro Líquido).
O Piso da Atenção Básica, implantado em 1997, consiste 
em um montante de recursos �nanceiros destinados, exclu-
sivamente, ao �nanciamento das ações de Atenção Básica à 
saúde. É composto de uma parte �xa de recursos (PAB-Fixo) 
destinados à assistência básica, e de uma parte variável (PAB-
Variável), relativa a incentivos para o desenvolvimento dos 
programas executados nesse nível de atenção. Os recursos 
correspondentes à parte �xa são obtidos pela multiplicação 
de um valor per capita nacional pela população de cada mu-
nicípio e são transferidos direta e automaticamente do Fun-
do Nacional de Saúde para os Fundos Municipais correspon-
dentes. Resposta d.
188. O Sistema de Informação de Agravos de Noti�cação 
(Sinan) é alimentado, principalmente, pela noti�cação e in-
vestigação de casos de doenças e agravos que constam da 
lista nacional de doenças de noti�cação compulsória, mas é 
facultado a estados e municípios incluir outros problemas de 
saúde importantes em sua região. Sua utilização efetiva per-
mite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de 
um evento na população; podendo fornecer subsídios para 
explicações causais dos agravos de noti�cação compulsória, 
além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, 
contribuindo assim, para a identi�cação da realidade epide-
miológica de determinada área geográ�ca. 
A noti�cação pode ser feita por qualquer indivíduo, ainda 
que seja uma obrigação médica e que mais frequentemente 
seja feita por pro�ssional de saúde não médico. 
A noti�cação deve ser feita quando existe a suspeita diagnós-
tica da doença. Para algumas doenças, como, por exemplo, a 
tuberculose e a hanseníase, deve-se noti�car apenas o caso 
con�rmado. A não ocorrência de casos de noti�cação na se-
mana deve gerar o que chamamos de NOTIFICAÇÃO NE-
GATIVA. Resposta b.
189. A causalidade dos eventos adversos à saúde é uma das 
questões centrais da epidemiologia. A epidemiologia em 
seus primórdios foi in�uenciada por conceitos unicausais 
da determinação das doenças, derivados principalmente 
do desenvolvimento da microbiologia no �nal do século 
passado. De acordo com essa concepção, a cada doença in-
fecciosa deveria corresponder um agente etiológico espe-
cí�co. No entanto, já nas primeiras décadas do século XX, 
veri�cava-se que essa teoria não se adequava à compreen-
são da maioria das doenças infecciosas ou não infecciosas. 
Progressivamente, �rmava-se a percepção de que vários 
fatores, e não somente uma única causa, estavam relaciona-
dos com a ocorrência das doenças. Incorporava-se, então, à 
epidemiologia a concepção multicausal da determinação do 
processo saúde-doença.
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Medicina preventiva | volume 2 | Gabarito comentado
SJT Residência Médica – 2016

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