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DA MONARQUIA À REPÚBLICA 295
com as mudanças ocorridas na economia e na sociedade, quan-
do os escravos passaram a contar com o apoio dos abolicionistas
e a complacência da população urbana.
Insurreições, crimes, fugas, trabalhos mal executados, ordens
não cumpridas, pachorra e negligência eram a maneira de o es-
cravo protestar. Essas formas de comportamento compunham o
quadro usual da escravidão.
Capitães-do-mato
Os jornais da época encontram-se cheios de anúncios, al-
guns extremamente pitorescos sobre os escravos fugidos. Recom-
pensava-se largamente quem os apanhasse. Em 1855 ofereciam-se
até trinta mil-réis. Vinte anos mais tarde, quando os preços de
escravos subiram a dois contos e mais, havia quem pagasse até
quatrocentos mil-réis pela captura de um negro fugido.
A profissão de capitão-do-mato existiu desde a época colo-
nial. Foi até legalizada por um regimento em 1724. No século
XIX, os capitães-do-mato não hesitavam em publicar nos jornais
anúncios oferecendo seus serviços. Perderam prestígio à medida
que progrediram as idéias abolicionistas. Passaram a ser alvo da
sátira popular e alguns foram até agredidos. O capitão-do-mato,
caçador de negro fugido, tornou-se uma figura impopular à me-
dida que o sistema escravista se desagregou.
Estimulados e protegidos pelos abolicionistas, contando com
o apoio dos libertos e a proteção dos colonos, os cativos passa-
ram a abandonar em massa as fazendas de café e os engenhos de
açúcar. Esse fato foi decisivo para a desorganização do trabalho
servil e para o aceleramento do processo abolicionista.
A senzala esteve, enquanto existiu, dividida por rivalidades
e antipatias. Nas zonas rurais o negro da Casa Grande tinha
melhor sorte que seu parceiro do campo. Mucamas, babás, cozi-
nheiros, amas, costureiras, cocheiros, pajens, lavadeiras, mobili-
zados no serviço direto ao senhor, eram mais bem tratados e
encontravam maiores oportunidades para obter alforria do que
os negros do eito. Viviam mais ou menos segregados dos seus
parceiros que labutavam no campo de sol a sol. “Negro do eito,
vira copeiro, não oia mais pro seu parceiro”, dizia-se nessa épo-
ca. Constituíam um mundo a parte, distante dos negros da roça.
296 EMÍLIA VIOTTI DA COSTA
Eram invejados e, às vezes, odiados. Sua aparente superioridade
segregava-os de seu grupo natural e lhes impunha todo um cor-
tejo de interdições. Não pertenciam à senzala. Não chegavam a
ser aceitos no mundo dos senhores. Alguns se ligavam por laços
afetivos aos patrões, outros os odiavam de tal forma que não
hesitavam em eliminá-los. As notícias de crimes cometidos por
escravos mantiveram apreensiva e cautelosa a classe senhorial,
enquanto perdurou a escravidão.
Rivalidades entre nações
Outras formas de rivalidade dividiam os escravos. Nas cida-
des os negros isolavam-se por nações: os minas, os cassangues,
os moçambiques ou os congos. Mantinham-se, às vezes, antigas
hierarquias. Conta-se que alguns príncipes africanos conserva-
vam no cativeiro o respeito de seus súditos. Às posições hierár-
quicas tradicionais somavam-se novas distinções estabelecidas
com base na superioridade de ofício e de posição dentro do regi-
me escravista. “Uma escrava de categoria – bem vestida e bem
apresentada – não experimenta compaixão nem simpatia pelo
parceiro maltrapilho e sujo”, notava um viajante que visitou o
Brasil nos meados do século. A posição do senhor refletia-se na
do escravo e o negro que pertencia a um fazendeiro sentia-se
superior ao que trabalhava para um modesto oficial, embora fos-
se talvez mais infeliz e mais do que o outro sujeito à rigorosa
disciplina. A consciência de solidariedade formou-se tardiamente
entre os escravos. A ação abolicionista foi fator importante para
isso, instigou-os a unirem-se para a conquista da liberdade e lhes
fornecer os meios.
Mescla de tradições
A conservação das tradições culturais africanas foi mais fá-
cil nas cidades do que no campo. Nos núcleos urbanos a possibi-
lidade de encontrar companheiros favorecia os agrupamentos de
negros da mesma proveniência. Nas fazendas onde se tinha por
norma evitar a formação de grupos homogêneos, essa aproxima-
ção tornava-se mais difícil. A escravidão constituía um empeci-
DA MONARQUIA À REPÚBLICA 297
lho à conservação das tradições africanas. Rompiam-se as anti-
gas estruturas sociais e impedia-se a perpetuação dos cultos. Mis-
turavam-se povos de origens diversas e tradições culturais
diferentes. O núcleo familiar que nas províncias africanas cons-
tituía, em geral, a base de estrutura cultural se desarticulava. O
meio, a paisagem, as condições de trabalho eram diversas. Os
cultos transportados da África, as antigas tradições sofriam um
processo de reinterpretação baseado em novos quadros. Impri-
mia-se nova orientação às representações coletivas tradicionais
e a seus significados mais profundos. Algumas das tradições per-
sistiram, embora profundamente modificadas. Entre elas, a mú-
sica que acompanhou o escravo em todas as suas atividades.
Cantavam os barqueiros nos rios e no mar, os carregadores nos
cais e nas ruas da cidade, os negros no eito. Nas toadas mistura-
vam palavras portuguesas e africanas. A música possuía, muitas
vezes, um caráter mágico. Os jongos que os negros costumavam
entoar no eito, (improvisos sobre cenas quotidianas) tinham, ao
que parece, caráter propiciatório. Dizia-se que quando o jongo
não era bom, o trabalho não rendia. Música, religião e magia
estavam intimamente ligadas e atuavam imensamente na vida
do escravo.
Festas e práticas religiosas
Alguns senhores permitiam que os negros dançassem e can-
tassem aos sábados, domingos ou dias de festas. Já nas cidades, os
batuques e cangerês eram proibidos. Temia-se que os agrupa-
mentos de escravos degenerassem em movimentos subversivos.
As únicas festas autorizadas eram as de cunho cristão: a de Nos-
sa Senhora do Rosário, padroeira dos pretos, as congadas e ou-
tras do mesmo gênero.
O cristianismo, entretanto, não passava de uma capa exterior
a recobrir tradições e práticas africanas. Foram poucos os senho-
res que se empenharam em cristianizar seus escravos. Embora
existissem capelas na maioria das fazendas, as missas eram raras.
Faltavam sacerdotes e os padres que apareciam de tempos em
tempos não tinham ocasião de iniciar os escravos nas verdadei-
ras práticas do cristianismo. Nas zonas rurais prevaleciam o cul-
to doméstico, as práticas familiares. O senhor puxava a reza
298 EMÍLIA VIOTTI DA COSTA
ajudado pelos escravos. O negro aprendia as preces cujo sentido
lhe escapava, repetindo-as mecanicamente. Submetia-se aparen-
temente passivo. A aceitação do cristianismo era, em geral, pu-
ramente exterior. O escravo assistia à missa e adorava ao mesmo
tempo a Xangô e Ogum. Confundiam-se na prática as tradições
africanas e cristãs.
No cativeiro, certas divindades africanas adquiriram um ca-
ráter sinistro. As divindades guerreiras passaram a ser as preferi-
das. O feiticeiro, temido por todos, gozava de grande prestígio e
respeito.
A intromissão de elementos culturais africanos no catolicis-
mo possibilitou a sua preservação sob uma aparência cristã. Só
raramente conseguiram os negros manter mais ou menos intactas
suas tradições. Isso foi possível nos núcleos urbanos, onde eles se
agrupavam em confrarias. Os maometanos foram os que mais
resistiram à penetração do cristianismo. Concentraram-se, na
sua grande maioria, no Nordeste, onde chegaram a manter al-
guns templos. Mas as condições que a escravidão criava impos-
sibilitavam obediência às prescrições do culto e mesmo os cultos
idôneos sofreram um processo de sincretismo acentuado.
A vida dos escravos nas cidades era mais amena do que no
campo. Nos núcleos urbanos, eles encontravam maiores possi-
bilidade de emancipação e convívio. No campo, o arbítrio do
senhor era lei, e as condições de trabalho mais penosas.
A sorte do cativo dependeu sempre da riqueza e prosperida-
de do senhor, da sua maior ou menor benevolência e humanida-
de. Variava de região para região e de fazenda para fazenda.
Dizia-seque era melhor no Rio de Janeiro do que no Maranhão
e que em Campinas encontravam-se os piores senhores. No Oeste
Paulista, dizia o senhor ao negro rebelde ou mandrião: “Vendo-o
para Campinas”. Na Bahia, ameaçava-se o negro indisciplinado
de mandá-lo para o sul. Em Pernambuco, falava-se em vendê-lo
para o Maranhão. Havia nessas insinuações muita mistificação,
mas é de supor que o tratamento dado ao escravo tenha variado
de acordo com a produtividade das várias regiões. Nas áreas can-
sadas e em vias de esgotamento do Vale do Paraíba, a partir de
1870 o fazendeiro era obrigado a exigir do escravo um maior
número de horas de trabalho e confiar-lhe um número maior de
pés de café, para compensar o declínio da produção dos cafezais.
 
 
a) O Estado favoreceu amplamente as classes ricas, não apenas pelo incentivo econômico que 
prestava à classe empresarial, mas também pela repressão aos movimentos populares que 
questionavam as injustiças sociais e os privilégios da elite. 
 
b) A resistência do movimento operário autêntico à repressão aos críticos do regime favoreceu a 
criação de uma legislação trabalhista que ordenou as relações de trabalho e colocou os 
sindicatos como árbitros das disputas entre o capital e o trabalho. 
c) A criação das leis de proteção ao trabalhador pelo governo brasileiro, por meio de uma ampla 
redistribuição de renda, favoreceu igualmente todas as classes sociais, permitindo o 
desenvolvimento econômico industrial dos grandes centros urbanos. 
 
d) Apesar do endurecimento em relação à luta operária, o regime não fez qualquer restrição aos 
trabalhadores, o governo abriu entendimento com a classe e criou leis trabalhistas que 
permitiram o surgimento de organizações sindicais autônomas. 
 
e) A orientação política do governo na tarefa de construção do bem comum contribuiu para que a 
sociedade brasileira experimentasse uma completa ausência de luta de classes: os vários 
segmentos sociais viviam em harmoniosa cooperação. 
 
 
118 - (UNEB BA) 
 
Com base nos conhecimentos sobre a industrialização brasileira, pode-se afirmar: 
 
 
 
01. A internacionalização da indústria brasileira durante a década de 30 do século passado está 
relacionada à prática do tripé: capital estatal, capital privado nacional e capital estrangeiro e à 
política de abertura econômica. 
 
02. A segunda etapa do processo de industrialização brasileira, iniciada com a implantação do Plano 
de Metas, privilegiou obras, objetivando ampliar o transporte ferroviário no país. 
03. O momento da Segunda Guerra Mundial favoreceu o aumento da produção interna do país, em 
decorrência da dificuldade de comercializar com os países europeus, o que levou o governo 
brasileiro a intensificar a política de substituição das importações. 
 
04. Os governos militares neoliberais foram responsáveis pela criação, infraestrutura e privatização 
das indústrias de base no país, a exemplo da Companhia Vale do Rio Doce. 
05. A década de 80 do século XX foi marcada pela globalização da economia mundial, pela política 
neoliberal, fatores que contribuíram para que a economia brasileira vivesse seu apogeu e 
conquistasse novos mercados. 
 
 
 
 
119 - (UFMG) 
 
Leia estes versos: 
 
 
 
Mataram-nos à traição quando dormiam, 
E foram companheiros que os mataram 
Não foi a guerra, foi o crime que os matou 
Dormiam no quartel, de madrugada, 
Mas a seu lado, 
Em sinistra vigília, 
Companheiros sem alma conspiravam, 
Sem alma porque a tinham vendido 
Ao estrangeiro de vestes vermelhas.... 
Eram os filhos malditos de Caim. 
 
MAUL, Carlos. “Toque de Silêncio”. 
 
 
 
É CORRETO afirmar que, nesses versos, o autor faz referência 
 
 
 
a) à insurreição de novembro de 1935. 
 
b) à Revolução Constitucionalista de 1932. 
 
c) à Revolução de Outubro de 1930. 
 
d) ao golpe civil-militar de 1964. 
 
 
 
120 - (UFRN) 
 
 
As imagens abaixo fazem referência a duas das mais ativas agremiações políticas brasileiras da 
década de 1930. 
 
 
 
 
Disponível em: Acesso em: 28 ago. 2009. 
 
 
 
 
Disponível em: Acesso em: 10 ago. 2009. 
 
 
 
Sobre as agremiações políticas às quais essas imagens estão vinculadas, é correto afirmar: 
 
 
 
a) Eram profundamente influenciadas pelos ideais anarquistas e comunistas, que, a partir da 
Europa, se difundiram para o Brasil. 
 
b) Estavam em posições ideológicas antagônicas, que refletiam o contexto de polarização existente 
na Europa. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/integralista_Brasileira
 
 
c) Participaram de um governo de coalizão com Vargas, após o golpe de 1937, que instituiu o 
Estado Novo no Brasil. 
d) Difundiram o ideário nazifascista, proposto pelos comunistas e integralistas, base ideológica do 
Estado Novo. 
 
 
121 - (UNIR RO) 
 
Em 1937, o Governo Vargas implantou o Estado Novo. Sobre esse período, é correto afirmar: 
 
 
 
a) Foi um período de intenso combate ao crime organizado, no qual as quadrilhas de tráfico 
internacional de armas e drogas estiveram desarticuladas. 
b) Foi um período de intenso avanço das liberdades democráticas, no qual o Partido Comunista 
Brasileiro lançou a candidatura de Luis Carlos Prestes a uma vaga na Câmara dos Deputados. 
c) Foi marcado por uma ditadura política violenta na qual os direitos e liberdades democráticos 
foram severamente limitados e os opositores presos, tendo sido alguns deportados. 
 
d) Foi um período marcado por rigorosa política de segurança nas ruas do Rio de Janeiro, 
protegendo os cidadãos da ação de assaltantes e inibindo a prostituição. 
e) Foi um período de grandes avanços na política externa, notadamente pelo estreitamento de 
relações entre o Brasil e os países do Leste Europeu. 
 
 
122 - (UESPI) 
 
A primeira emissora de rádio do Piauí foi, segundo o historiador Alcides Nascimento, a Rádio 
Educadora de Parnaíba, inaugurada na década de 1940, cerca de dezoito anos após ter surgido a 
primeira estação de rádio do Brasil. Como se sabe, o rádio foi fortemente utilizado como 
instrumento de propaganda política por alguns governos “populistas” no Brasil, entre os quais se 
destaca o do presidente: 
 
 
a) Humberto Castelo Branco. 
 
b) Getúlio Vargas. 
 
c) Prudente de Morais.

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