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A OONVENÇÃO DE ITU - 23 
de Almeida Prado - para não falar no mais culto e 
mais respeitado de todos, Américo Brasiliense, verda­
deiro inspirador do republicanismo paulista, organizador 
ali do Partido Republicano, em janeiro de 1872, e a 
alma, por assim dizer, da Convenção Republicana que 
se reuniu na cidade de Itu, em abril do ano seguinte. 
Tem-se falado muito e ainda mais escrito sôbre essa 
célebre Convenção, quase sempre para exaltar-lhe o signi­
ficado e a suposta grande influência que teria tido na 
evolução da idéia republicana no Brasif. José Maria dos 
Santos chega a dizer que ela foi "a mais considerável 
manifestação que, em gênero, se tenha visto no Brasil"21\ 
. no que há um evidente exagêro. A menos que êle queira 
referir-se, não à disseminação e fortalecimento da idéia 
republicana, mas ao ato mesmo em si, ao fato de se 
reunirem numa cidade do interior paulista, de uma 
importância afinal secundária, cêrca de 133 cidadãos 
vindos de vários Municípios dessa Província e mesmo 
da Capital do Império, para discutirem em congresso 
as bases práticas de uma doutrina que se pode dizer 
não tinha então a menor ressonância no ambiente político 
da época. Mas se essa Convenção teve, no tempo, uma 
certai repercussão, aumentada, naturalmente, com o correr 
dos anos e quase endeusada depois · da proclamação da 
República, cabe ao historiador consciencioso e imparcial 
de hoje, quando ela se aproxima já do centenário, fixar­
lhe o verdadeiro significado e os limites extremos de seu 
alcance. 
Para isso, conviria, antes de tudo, esclarecer que 
uma parte e não pequena da repercussão que ela teve 
em seu tempo se deve ao fato de seus promotores se terem 
lembrado inteligentemente de convocá-la numa cidade 
( e na mesma ocasião) onde se ia efetuar a inauguração 
( 25) O, republicanos paulúta, e a Abollçlo. - As citaçlles, entre aspas, 
feltaa no correr dêste Capítulo, slo tiradas dessa obra. 
24 - IDSTÓRIA DA QUEDA DO IMPÉRIO 
oficial ,do ramal da Estrada de Ferro Soroca:bana, verda­
deiro acontecimento para a época, que atraía, além do 
chamado "mundo oficial'', uma grande quantidade de 
forasteiros, tanto éntre convidados como entre os muitos 
curiosos que aparecem sempre nessas ocasiões. Ora, tal 
circunstância, que os promotores da Convenção não dei­
xaram certamente de pesar para a escolha dessa cidade, 
só podia concorrer pa'l'a dar-lhe uma importância e uma 
resson&ncia que, por certo, não teria num outro local 
e numa outra ocasião26• Porque fora disso nada aconse­
lhava a indicação de !tu, ao contrário, tudo estava a 
mostrar que essa cidade era a menos indicada para uma 
reunião ,dêsse gênero, de vez que se tratava de um dos 
maiores centros escravocratas da Província, onde para 
uma população de apenas 10 821 habitantes contavam-se 
4 425 escravos. Daí o fato de a maioria dos presentes 
à Convenção ser formada de fazendeiros, de lavradores, 
possuidores alguns de grande número de escravos - i8 
lavradores para 55 de outras profissões, inclusive comC'r·­
ciantes de escravos ! "O motivo inicial da grande 
~fluência popular, escreve o citado auto.r, era certamente 
a inauguração do ramal ferroviário; mas, enxertando-se 
na solenidade oficial, a demonstração revolucionária 
enormemente ganhou em volume e alacridade, benefi-
( 26) José Maria dos Santos, op. clt., diz que a escolha de Itu foi 
devida aos esforços em favor dessa cidade feitos por José de Almeida 
Prado e Jorge Tibiriçá, ali residentes ( eram primos), vencendo os que 
se inclinavam, uns por Campinas e outros pela Capital da Província; e 
que só depois de decidido que a Convenção seria em Itu é que se 
tratou de fixar uma data para a sua realização. Foi quando se resolveu 
que a melhor época seria por ocasião da inauguração do ramal ferro­
viário, dadas as facilidades de condução que ia haver de se chegar até 
lá, com a composição de trens especiais e outros meios fáceis de transporte, 
que seriam postos à disposição dos que desejassem assistir à inauguração 
do ramal. useria uma excelente ocasião: haveria trens especiais, muita 
gente viria da Capital e dos Municípios vizinhos, bastando decidir os 
leaders republicanos dos vários clubes existentes, para que a reunião se 
completasse". Mas ainda que se admita como exata essa versão, não é 
menos certo que se não foi a circunstância da inauguração ferroviária em 
Itu que decidiu a escolha dessa cidade pelos republicanos, foi essa circuns­
tância, em todo o caso, que prevaleceu para a fixação ds. data --da 
Convenção, 
A OONVENÇÁO DE lTU - 25 
ciando-se com todos os atrativos que o aconteciment..:> 
ferroviário determinou". Como se sabe, a inauguraçfto 
dêsse ramal teve lugar a 17, e a reunião da Convenção 
no dia seguinte, isto é, a 18 de abril de 1873. 
Presidida por João Tibiriçá, em cuja casa, aliás, ela 
se realizou, foi secretariada por Américo Brasiliense, 
tendo como principal ou mesmo única finalidade "auto­
rizar uma eleição de representantes para um futuro con­
gresso republicano com sede na Capital". Propósito, 
como se vê, bem limitado, para o qual não precisava, 
em rigor, tôda aquela encenação de !tu, promovida, 
evidentemente, num ambiente e numa ocasião propícios 
a causar impressão no espírito público. E tanto os seus 
promotores visavam sobretudo isso, que tiveram o cui­
dado de se reunirem na véspera da sessão inaugural 
( que durou, aliás, um só dia, para não dizer apenas 
algumas horas), em casa também de Tibiriçá, numa 
espécie de sessão preparatória destinada a fixar os limites 
da ordem do dia da sessão do dia seguinte. A essa sessão 
prévia estiveram presentes "apenas as principais figuras 
das várias delegações, quer dizer, de 16 Municípios pau­
listas e do Município Neutro - a Capital do Império, 
sendo esta formada dos irmãos Cremildo e Cândido Barata 
Ribeiro e do jovem Eduardo de Oliveira Amaral. 
Durante a sessão solene "tudo ia correndo como 
previsto", diz-nos José Maria dos Santos, quando apareceu 
um orador propondo que se resolvesse sóbre "os meios 
de manter uma imprensa republicana, visto ser o jornal 
o mais poderoso e eficaz instrumento da ação política, 
indagando-se do que seria melhor, se reservar os recursos 
do Partido à imprensa local, se enviá.Jos à imprensa do 
Rio de Janeiro; ou ainda dividi-los entre as duas". Le­
vantou-se então Cremildo Barata Ribeiro com violentos 
ataques ao A Re-pública, da Côrte, acusando-o de fraqueza 
~ de deserção, o que logo motivou uma série de acusa-
 
 
 
 
03 - (UFC CE) 
Em 29 de maio de 1829, oficiais ingleses abordaram o navio Veloz. “Os diários de bordo e mais 
papéis do capitão foram examinados … estavam em ordem. O número de pessoas transportadas 
obedecia ao que estipulava a lei…” 
GÓES José Roberto Pinto de, Cordeiros de Deus: tráfico, demografia e política no destino dos 
escravos, 
em:Marco. A. Pamplona (org.) Escravidão, exclusão e cidadania, Rio de Janeiro, Access, 2001, p. 23 
 
 
Com base no texto acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre o tráfico de 
escravos, durante o Império. 
a) A Inglaterra vistoriava os navios para impedir o contrabando de produtos que pudessem 
concorrer com as manufaturas inglesas. 
b) Os traficantes de escravos obedeceram aos tratados e leis firmados com a Inglaterra, inclusive 
os compromissos assumidos por Portugal, a partir da transferência da Corte. 
c) Portugal tinha se comprometido a limitar a prática do tráfico ao sul do equador e, desde então, 
a Inglaterra tinha o direito de vigiar pelo cumprimento dos acordos firmados. 
d) Tratados firmados entre o Brasil e a Angola proibiam o tráfico ao sul do equador. 
e) Os tratados assinados, em 1810 e 1831, permitiam aos piratas de Sua Majestade seqüestrar 
carregamentos de escravos e levá-los para as plantações do Caribe. 
 
 
04 - (UEL PR) 
A aprovação da “Lei do Ventre Livre”, em 1871, contribuiu para a desagregação do regime de 
trabalho escravo no Brasil. 
 
 
Examine as seguintes afirmativas sobre essa lei: 
I- Considerou livrestodos os filhos nascidos de mulher escrava a partir da data de promulgação da 
lei. 
II- Determinou a criação de um Fundo de Emancipação para garantir indenização aos proprietários 
de escravos. 
 
 
III- Acelerou a extinção do tráfico interprovincial de escravos para as regiões cafeicultoras. 
IV- Incentivou a aliança política entre fazendeiros do Oeste paulista e abolicionistas, ambos 
favoráveis a novas relações trabalhistas, como a assalariamento de escravos. 
 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. 
d) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. 
e) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras. 
 
 
05 - (PUC RS) 
Com a proibição do tráfico internacional de escravos pela Lei Eusébio de Queiroz (1850), a questão 
da forma de substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre passou a mobilizar a elite política 
brasileira e os grandes proprietários de terras, principalmente os cafeicultores paulistas. Em São 
Paulo, na década de 1850, foi tentada uma forma de transição entre o trabalho escravo e o livre 
com apoio oficial, que estimulou a vinda de trabalhadores imigrantes para trabalhar nas lavouras de 
café. 
 
 
Essa forma de transição era o sistema de: 
a) Assalariamento. 
b) Cooperativas. 
c) Parceria. 
d) Servidão. 
e) Colônias. 
 
 
06 - (UFJF MG) 
 
 
Assinale abaixo o item que NÃO corresponde ao contexto das transformações sócio-políticas e 
econômicas processadas com o declínio do escravismo no Brasil: 
a) Criação de política imigratória com a finalidade primordial de substituição da mão-de-obra 
cativa no campo; 
b) Crescimento dos setores urbano e industrial no Sudeste, com a integração do imigrante ao 
mercado de trabalho; 
c) O mito da superioridade técnica do imigrante europeu relegou o trabalhador nacional a uma 
condição secundária na formação do mercado de trabalho industrial; 
d) Criação de uma política social voltada para integração do negro à sociedade brasileira. 
 
 
07 - (UFJF MG) 
No que diz respeito à abolição da escravatura, o Brasil passou por um lento processo de mudanças 
que culminou com a Lei Áurea, em 1888. 
 
 
Acerca desse processo, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) A Lei do Ventre Livre, defendida majoritariamente por deputados das principais províncias 
cafeeiras, proporcionava a liberdade somente aos filhos dos escravos nascidos no Brasil. 
b) O movimento abolicionista cresceu nas zonas urbanas como também as pressões escravas, 
através de fugas e rebeliões. 
c) A Lei dos Sexagenários, que concedeu liberdade aos escravos com mais de 60 anos, teve um 
alcance pouco significativo, podendo ser avaliada como uma concessão para frear o movimento 
abolicionista. 
d) A lei Eusébio de Queirós, que extinguiu o tráfico negreiro, resultou, sobretudo, das pressões 
inglesas, da necessidade de expansão dos mercados consumidores e da preocupação com a 
defesa dos direitos humanos. 
 
 
08 - (UFLA MG) 
O processo de abolição da escravatura no Brasil se deu pela aprovação de dispositivos legais, 
elaborados ao longo do século XIX (leis abolicionistas). 
26 - HlS'TÓRIA DA QUEDA DO IMPÉRIO 
sões contra o Gabinete Rio-Branco, seguidos de uma 
grande confusão de vozes, de protestos e de gritos dos 
assistentes. 
Vendo as isas malparadas, e sob o pretexto de 
que a questão de imprensa não se enquadrava na ordem 
do dia assentada na véspera, o presidente da Convenção 
teve a feliz idéia de levantar a sessão e dar por findos 
e concluídos os trabalhos. Era já noite, e os convencio­
nais, na falta de melhor, se dirigiram quase todos para 
o Largo da Matriz, a fim de assistirem ali à queima de 
fogos de artifício, que as autoridades monarquistas haviam 
encomendado para festejarem a inauguração do ramal 
ferroviário. 
Na sala dos trabalhos ficaram apenas o secretário e 
uns poucos mais, ocupados a redigirem a Ata da sessão. 
Feito o que, e não havendo mais à mão os convencionais. 
para assinarem o documento, pois a quase totalidade se 
havia dispersado para assistir à queima dos fogos, foram 
dados como presentes todos quantos haviam escrito seus 
nomes na lista de entrada, quando foi do início dos 
trabalhos. Não sem que Américo Brasiliense tivesse tido 
antes o cuidado de riscar dessa lista o nome de um 
conhecido e pouco conceituado negociante de escravos, 
que Bernardino de Campos descobrira ali entre as muitas 
assinaturas27• 
Em compensação, a de Prudente de Morais, que ali 
não figurava porque em 1873 êle não era ainda repu­
blicano e não comparecera por isso à Convenção, seria 
enxertado na Ata uns poucos anos depois quando, con­
vertido ao nôvo credo e tornado um dos corifeus do 
republicanismo paulista, fazia-se necessário, para pres­
tígio seu e do Partido, que êle fôsse dado como parti­
cipante da reunião de Itu. E assim se faz a História ... 
(~7) Jos6 Maria dos Santos, op, cit.

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