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Contabilidade de Custos
Sistemas e Métodos
Desenvolvimento do material
Joébeo Ramos de Oliveira
1ª Edição
Copyright © 2023, Afya.
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mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia 
autorização, por escrito, da Afya.
Sumário
Sistemas e Métodos
Para Início de Conversa... ............................................................................... 4
Objetivo ......................................................................................................... 4
1. Sistemas de Custeamento ......................................................................... 5
1.1 Tipos de Sistemas de Custeamentos .............................................. 5
1.1.1 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas de Custeamento 6
1.1.2 Contabilização dos Métodos de Custeamento ......................... 7
2. Métodos de Custeio .................................................................................... 11
2.1 Custeio Variável ...................................................................................... 12
2.1.1 Margem de Contribuição ................................................................. 13
2.1.2 Ponto de Equilíbrio ............................................................................ 15
2.1.3 Tipos de Ponto de Equilíbrio ......................................................... 16
2.1.4 Pontos de Equilíbrio com Produtos com Margens de 
Contribuição Diferentes ....................................................................... 19
2.1.5 Margem de Segurança e Alavancagem Operacional ............. 21
2.2 RKW ou Custeio Pleno ......................................................................... 24
2.3 Custeio ABC .............................................................................................. 24
2.3.1 Etapas do Custeio ABC ..................................................................... 25
Referências ......................................................................................................... 31
Contabilidade de Custos 3
Para Início de Conversa...
Nesta unidade de aprendizagem, você conhecerá os principais sistemas 
de custeamento: produção por encomenda e produção contínua, que 
também são conhecidos como sistemas de acumulação de custos. 
Com base no sistema produtivo, a empresa deve definir primeiro o 
sistema de custeamento para então escolher qual o sistema de custeio 
a ser adotado. Abordaremos ainda, os principais sistemas de custeio 
(Absorção, Variável, RKW e ABC) que também serão apresentados de 
forma exemplificativa. 
Ao final deste conteúdo, você compreenderá a lógica de acumulação dos 
sistemas de custeamento, assim como entenderá o funcionamento de 
cada um dos principais métodos de custeio e como são feitos os cálculos 
de apuração de custos em cada metodologia.
Objetivo
 ▪ Descrever os principais sistemas de custeamento e suas lógicas de 
acumulação de custos; 
 ▪ Apresentar os principais métodos de custeio e suas sistemáticas de 
cálculo do custeio, incluindo o custeio pelo método marginal.
Contabilidade de Custos 4
1. Sistemas de Custeamento
Iniciamos este conteúdo definindo o sistema de custeamento, que 
também pode serchamado de acumulação de custos. Seu objetivo é 
identificar, coletar, processar, armazenar e produzir informações para 
a gestão de custos. Em outras palavras, é a forma como os custos são 
acumulados e apropriados aos produtos (CREPALDI, 2018).
Diante disso, as empresas devem escolher primeiro o seu sistema de 
custeamento (sistema de acumulação de custos) para então decidirem, 
de maneira coerente, o método de custeio a ser adotado, a fim de apurar 
o custo dos seus produtos.
Agora que entendemos o que é sistema de custeamento, vamos conhecer 
os seus tipos.
1.1 Tipos de Sistemas de Custeamentos
Para Crepaldi (2018), existem dois tipos de sistemas de custeamento. 
São eles:
 ▪ Produção por ordem ou encomenda
É o tipo de fabricação, geralmente, em pequena quantidade de produtos 
diversificados, caracterizando-se pelo processo de produção descontínua(
Alguns exemplos para esse tipo de produção são: navios, aviões, 
helicópteros etc. Neste tipo de produção, para cada encomenda recebida 
pelo fabricante, abre-se uma ordem de produção (com um número ou 
código específico), que recebe o registro de todos os custos diretos 
incorridos de material e mão de obra relacionados à fabricação do 
produto encomendado. Já os custos indiretos de fabricação (energia 
elétrica, aluguel, seguro etc.) são aplicados à essa ordem por uma taxa 
predeterminada, tendo como base um critério de rateio (usualmente, a 
mão de obra direta).
O sistema de custeamento por ordem ou por encomendas deve ser 
adotado por empresas que programam sua produção, a partir de 
encomendas de produtos específicos (não padronizados) de cada cliente.
 ▪ Produção contínua ou em série
É o tipo de fabricação contínua, normalmente em grande volume, de 
produtos padronizados (iguais), sem que haja a identificação de produtos 
individuais (SANTOS, 2015). Alguns exemplos para esse tipo de produção 
são: a energia elétrica, a produção de aço, os produtos farmacêuticos etc
Segundo Crepaldi (2018), o objetivo da contabilidade de custos, 
neste método, é determinar e controlar os custos pelas áreas e fases 
de produção e, em seguida, dividi-los pela quantidade de produtos 
fabricados no período.
Contabilidade de Custos 5
Como já mencionamos, o sistema de custeamento de produção contínua 
ou em série, deve ser adotado por aquelas empresas que produzem 
várias unidades iguais (padronizadas), cuja produção é normalmente 
destinada para estoque, e não para encomendas específicas de clientes.
O processo produtivo de cada empresa é o que determina qual sistema 
de custeamento deve ser usado, lembrando que, uma mesma empresa 
pode combinar os dois sistemas de custeamento ao mesmo tempo.
1.1.1 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas de Custeamento
O sistema de custeamento apresenta também algumas vantagens e 
desvantagens. Para Leone e Leone (2010), os sistemas de custeamento 
destinam-se a custear produtos e serviços, podendo tomar várias formas, 
dependendo da informação que desejam produzir. A principal diferença 
entre os dois sistemas está no objeto do custeio. Veja mais detalhes 
sobre os pontos destacados no Quadro 1:
Sistemas de 
Custeamento Vantagens Desvantagens
Produção por 
ordem ou 
encomenda
 ▪ Permite a identificação imediata 
da lucratividade de cada 
produto. 
As informações de ordens de 
produção anteriores ajudam 
a orçar os custos de pedidos 
futuros;
 ▪ Permite controlar os custos de 
produção sem a necessidade de 
fazer inventários dispendiosos e 
demorados;
 ▪ Fornece informações para 
que o fabricante possa obter 
financiamento dos clientes para 
cada uma das determinadas 
fases da produção;
 ▪ Obriga as empresas a terem um 
razoável nível de organização 
interna e disciplina para 
identificar operações, recursos 
e custos com cada um dos 
produtos que está sendo 
fabricado.
 ▪ O trabalho burocrático para 
registro do alto volume de 
informações sobre as ordens 
de produção gera despesas 
burocráticas elevadas;
 ▪ Necessidade de emprego de 
instrumentos especiais para 
atualização dos custos antigos, em 
caso de inflação alta;
 ▪ A empresa somente conhecerá 
os custos reais de produção das 
encomendas quando estas ficarem 
prontas.
Contabilidade de Custos 6
Produção 
contínua ou
em série
 ▪ O sistema é menos 
burocratizado que o sistema de 
ordens de produção;
 ▪ As informações de custos podem 
ser conhecidas imediatamente 
ao final do mês;
 ▪ Passa a dispor de mais 
conhecimento sobre as 
operações e seus produtos;
 ▪ Os documentos que se 
relacionam com o consumo dos 
fatores de produção podem ser 
mais facilmente padronizados.
 ▪ Se existirem flutuações de preços, 
eficiências e ineficiências, e 
capacidadenão utilizada, tudo isso 
fica diluído nos custos unitários 
médios;
 ▪ Os custos baseiam-se na estimativa 
dos níveis de fabricação dos 
produtos em processamento 
ao final do período. Isso pode 
acarretar em informações 
enganosas, uma vez que os 
métodos de estimativa são 
arbitrários;
 ▪ Uma grande parte dos dados 
é estimada, como as perdas, 
a evaporação, as sobras, os 
desperdícios, as consequências 
das adições de materiais e outros 
fenômenos.
Quadro 1: Principais vantagens e desvantagens dos sistemas de custeamento.
Fonte: Adaptado de Leone e Leone (2010, p.213-214).
1.1.2 Contabilização dos Métodos de Custeamento
Como já apresentado anteriormente, existem dois sistemas básicos de 
custeamento (sistema de acumulação de custos), e o que determina qual 
deles vai ser usado é o processo produtivo da empresa. Cada sistema 
tem suas particularidades, em relação à contabilização dos custos de 
produção. Vamos conhecer tais custos a seguir.
Produção por ordem ou encomenda
Nacontabilização dométodo de custeamento por ordemou encomenda, 
os custos incorridos são registrados em folhas (ou fichas) chamadas de 
ordem de produção (ou ordem de fabricação). À medida que os produtos 
são concluídos, as ordens de produção são encerradas e os custos de 
produção são transferidos para o estoque de produtos acabados.
Segundo Crepaldi (2018), durante a fabricação do produto encomendado, 
os custos são registrados da seguinte forma:
 ▪ Os materiais são registrados pelo consumo real, com base nas suas 
requisições do almoxarifado; 
 ▪ A mão de obra direta é apropriada com base no tempo gasto na 
execução de cada ordem de produção, multiplicado pela taxa horária 
do custo da mão de obra direta; 
 ▪ Os custos indiretos de fabricação são rateados às ordens de produção, 
com base em algum critério definido pela empresa. 
Vejamos, a seguir, um exemplo de contabilização do método de 
custeamento por ordem ou encomenda. Primeiramente, na Tabela 1, 
temos as requisições de matéria-prima do almoxarifado.
Contabilidade de Custos 7
Data Requisição nº Ordem de Produção nº Quantidade Custo (R$)
13/03 6.250 1.232 30 kg 1.300
13/03 6.260 1.233 70 mt 1.700
 TOTAL 3.000
Tabela 1: Resumo das requisições de matéria-prima do almoxarifado.
Fonte: Crepaldi (2018, p.126).
Já a Tabela 2 demonstra a mão de obra apropriada em cada ordem de 
produção.
Data Ordem de 
Produção nº Horas Custo (R$) Taxa de aplicação 
dos CIFs (R$) CIF aplicado (R$)
13/03 1.232 300 1.800 3 900
13/03 1.233 700 4.200 3 2.100
 TOTAL 6.000 3.000
Tabela 2: Resumo dos boletins de mão de obra e apropriação dos CIFs.
Fonte: Crepaldi (2018, p.126).
Após as requisições apresentadas, as folhas (fichas) das ordens de 
produção são apresentadas na Tabela 3. Assim, podemos concluir 
que, quando a ordem de produção nº 1.232 estiver encerrada, o custo 
unitário apurado do produto A será de R$ 50,00 (R$ 4.000 dividido 
por 80 unidades); já o custo unitário apurado do produto B, na ordem 
de produção nº 1.233, será de aproximadamente R$ 66,67 (R$ 8.000 
dividido por R$ 120 unidades).
OP nº 1.232 – Produto A – Quantidade: 80 unidades
Data
Matéria-prima MOD CIF aplicado
Custo 
TotalRequisição 
nº Quantidade Custo 
(R$) Horas Custo 
(R$)
Taxa 
(R$)
Custos 
(R$)
13/3 6.250 30 kg 1.300 300 1.800 3 900 4.000
OP nº 1.233 – Produto B – Quantidade: 120 unidades
Data
Matéria-prima MOD CIF aplicado
Custo 
TotalRequisição 
nº Quantidade Custo 
(R$) Horas Custo 
(R$)
Taxa 
(R$)
Custos 
(R$)
13/03 6.260 70 m 1.700 700 4.200 3 2.100 8.000
Tabela 3: Ordens de Produção (OP). Fonte: Adaptado de Crepaldi (2018, p.127).
Para concluirmos esta etapa, apresentamos a seguir, os lançamentos 
contábeis pelo método de custeamento por ordem de produção. Quando 
ocorre a apropriação dos custos à ordem de produção, os custos de 
produção são transferidos para a conta de Estoque de Produtos em 
Contabilidade de Custos 8
Elaboração (lançamentos “a”, “b” e “c”). Após o encerramento das ordens 
de produção, os custos são transferidos do Estoque de Produtos em 
Elaboração para a conta de Estoque de Produtos Acabados (lançamento 
“d”) (CREPALDI, 2018). Observe a Figura 1:
Transferência do Custo da Produção para Estoque de Produtos Acabados.
Estoque de matéria-prima Estoque de produtos em fabricação
R$ XXXXXXXXXXX R$3.000,00 (a) (a) R$3.000,00 R$12.000,00 (d)
(b) R$6.000,00
Mão de obra direta (c) R$3.000,00
R$ XXXXXXXXXXX R$6.000,00 (b)
Custos indiretos de fabricação Estoque de produtos acabados
R$ XXXXXXXXXXX R$3.000,00 (c) (d) R$12.000,00
Figura 1: Lançamentos contábeis pelo método de custeamento por ordem de produção.
Fonte: Do autor.
Produção contínua ou em série
No sistema de custeamento de produção contínua ou em série, os custos 
são registrados inicialmente por tipo de gasto (natureza contábil) e, 
em seguida, todos os custos são agrupados por processos específicos. 
Por isso, o sistema de custos procura refletir todo o processo físico 
de produção. Ou seja, consiste em acumular os custos em uma conta 
contábil representativa de uma fase da produção (processo), que serão 
transferidos para as fases seguintes, até chegar à fase final, de conclusão 
do produto acabado (CREPALDI, 2018).
Neste método, o estoque de produtos em elaboração é composto pelo 
somatório das contas contábeis das fases de produção, tendo como 
característica específica, a apuração do custo pelo método do custo 
médio ponderado.
O custo médio ponderado do método mais usado no Brasil consiste 
em avaliar o estoque pelo custo médio de aquisição apurado em cada 
entrada de material, ponderado pelas quantidades adicionadas e pelas 
anteriormente existentes. Segundo a Resolução CFC nº 1.170, pelo 
critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado 
a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo 
de um período, e do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos 
durante o período (CREPALDI, 2018).
Contabilidade de Custos 9
Veja,aseguir, umexemplo de contabilização dométodo de custeamento 
de produção contínua ou em série, em que não existem estoques iniciais 
e finais no período, e que 5.000 unidades sejam iniciadas e concluídas 
em cada fase do processo produtivo. Na Tabela 4, apresentamos as 
informações contábeis sobre os custos de produção.
Itens Moagem Forno Ensacamento
Matéria-prima R$15.000 R$20.000 R$15.000
MOD R$20.000 R$8.000 R$15.000
CIFs aplicados R$12.000 R$10.000 R$18.000
Tabela 4: Custos de produção. Fonte: Adaptado de Crepaldi (2018, p.129).
Para organização do processo, após entendermos o processo produtivo, 
é necessária a construção de um mapa de produção, apresentado na 
Tabela 5, com as três fases de produção: moagem, forno e ensacamento.
Custos Moagem Forno Ensacamento
Custo de departamento 
anterior
Custo 
total 
(R$)
Custo 
unitário 
(R$)
Custo 
total 
(R$)
Custo 
unitário 
(R$)
Custo 
total (R$)
Custo 
unitário 
(R$)
– – 47.000 9,40 85.000 17,00
Custo neste departamento:
Matéria-prima 15.000 3,00 20.000 4,00 – –
Mão de obra 20.000 4,00 8.000 1,60 15.000 3,00
CIFs aplicados 12.000 2,40 10.000 2,00 18.000 3,60
Custo total no departamento 47.000 9,40 38.000 7,60 33.000 6,60
Custo total acumulado 47.000 9,40 85.000 17,00 118.000 23,60
Custo transferido para 
produtos acabados 118.000 23,60
Tabela 5: Mapa de Produção. Fonte: Crepaldi (2018, p.130).
Agora, apresentaremos a contabilização do sistema de custeamento da 
produção por encomenda. Os lançamentos “a”, “b” e “c” representam a 
apropriação dos custos de produção às respectivas fases de produção. 
A transferência dos custos totais da fase de moagem para a fase do 
forno é representada pelo lançamento “d”, no valor de R$ 47.000,00. 
O lançamento “e” registra a transferência dos custos totais da fase do 
forno, no valor de R$ 85.000,00, para a fase de ensacamento. Por fim, 
o lançamento “f ” contabiliza a transferência do custo total da fase de 
Contabilidade de Custos 10
ensacamento (última fase do processo produtivo)para o estoque de 
produtos acabados, no valor de R$ 118.000,00 (CREPALDI, 2018).
Transferência dos Custos entre as Fases de Produção
Transferência dos Custos entre as Fases de Produção 
Estoque de matéria-prima Moagem
R$ XXXXXXXXXXX R$15.000,00 (a) (a) R$47.000,00 R$47.000,00 (d)
R$20.000,00 (b)
Mão de obra direta Forno
R$ XXXXXXXXXXX R$20.000,00 (a) (b) R$38.000,00 R$85.000,00 (e)
R$8.000,00 (b) (d) R$47.000,00
R$15.000,00 (c)
Mão de obra direta Forno
R$ XXXXXXXXXXX R$20.000,00 (a) (b) R$38.000,00 R$85.000,00 (e)
R$8.000,00 (b) (d) R$47.000,00
R$15.000,00 (c)
Estoque de produtos acabados
R$118.000,00 
Figura 2: Contabilização do sistema de custeamento da produção por encomenda.
Fonte: Crepaldi (2018, p.130-131).
2. Métodos de Custeio 
Para Silva e Lins (2017), método de custeio é a maneira pela qual 
a empresa calcula e apropria os custos aos seus produtos e serviços. 
Segundo Martins (2010), os principais métodos de custeio são:
a. Absorção: custeio integral; 
b. Variável: custeio direto ou custeio marginal; 
c. RKW: custeio pleno; 
d. ABC: custeio baseado em atividades.
Vejamos mais detalhes sobre cada um dos métodos de custeio 
apresentados.
Contabilidade de Custos 11
Custeio por Absorção
No custeio pora bsorção,todos os custos (fixos,variáveis,diretoseindiretos) 
incorridos no período são absorvidos pelos produtos fabricados. 
Previamente, é necessário segregarcusto de despesa, poisas despesassão 
classificadas diretamente no resultado do período, sem compor o custo 
dos produtos fabricados. Essas características fazem com que o custeio 
por absorção seja o método aceito pela legislação fiscal brasileira, pois é 
derivado dos princípios contábeis. A seguir, apresentaremos um exemplo 
de apuração de custo pelo método do custeio por absorção.
Determinada empresa, que produziu e comercializou um único produto 
em 2015, apresentou, na Tabela 6, as informações da produção e das 
despesas incorridas no ano de 2015.
Informações
Estoque no início de 2015………………………………. . . ........................................................... Zero
Unidades produzidas e acabadas em 2015……………………................................................ 200 unidades
Custos variáveis de fabricação………………………….…........................................................... R$ 30 por unidade
Custos fixos de fabricação………………………………................................................................. R$ 600,00
Despesas operacionais de administração e venda………………. . ........................................ R$ 400,00
Unidades vendidas em 2015………………………………............................................................ 200 unidades
Preço líquido de venda....………………………………….............................................................. R$ 40 por unidade
Tabela 6: Informações de produção e despesas. Fonte: Adaptado de Crepaldi (2018, p.152).
Veja, a seguir, o resultado apurado pelo método do custeio por absorção, 
com base nas informações fornecidas na Tabela 6. (CREPALDI, 2018).
Demonstração do Resultado 2015
Vendas (200 unid. x R$40) R$8.000,00
(-) Custo dos produtos vendidos:
 Custos variáveis (200 unid. x R$30) (R$6.000,00)
 Custos fixos (R$600,00)
(=) Lucro bruto R$ 1.400,00
 (-) Despesas administrativas e de vendas (R$400,00)
(=) Lucro líquido R$1.000,00
Figura 3: Resultado apurado pelo método do custeio por absorção. Fonte: Crepaldi (2018, p.152).
2.1 Custeio Variável
O método do custeio variável fundamenta-se na segregação dos gastos 
em variáveis e fixos, pois o custo de produção do período é composto 
somente pelos custos variáveis incorridos. Neste método, os custos fixos 
são tratados como despesas do período, sendo apropriados diretamente 
ao resultado do exercício sem transitar pelo estoque (CREPALDI, 2018).
Contabilidade de Custos 12
Para Santos (2015), o custeio variável, também denominado “custeio 
direto” ou “custeio marginal”, é aquele sistema de custeio que elimina 
completamente os custos fixos do custo do produto. Este método 
considera os custos variáveis como os únicos custos realmente 
imputáveis ao produto.
Com base nas mesmas informações fornecidas na Tabela 6, apresentamos 
um exemplo de apuração pelo método do custeio variável (CREPALDI, 
2018).
Demonstração do Resultado 2015
Vendas (200 unid. x R$40) R$ 8.000,00
(-) Custo dos produtor vendidos:
Custos variáveis (200 unid. x R$ 30) (R$ 6.000,00)
(=) Margem de contribuição R$ 2.000,00
(-) Custos fixos (R$ 600,00)
(-) Despesas administrativas e de vendas (R$ 400,00)
(=) Lucro líquido R$ 1.000,00
Figura 4: Exemplo de apuração pelo método do custeio variável. Fonte: Crepaldi (2018, p.152).
É importante destacar que, segundo Crepaldi (2018), caso parte da 
produção iniciada e acabada em determinado período permaneça em 
estoque, o lucro bruto nesse período será maior pelo custeio variável 
e pela falta dos custos fixos na composição do custo dos produtos 
vendidos. Entretanto, o lucro líquido será maior pelo custeio por 
absorção, uma vez que o custo fixo é deduzido integralmente no sistema 
de custeio variável e, no sistema por absorção, a dedução é proporcional 
à quantidade vendida.
2.1.1 Margem de Contribuição
Segundo Crepaldi (2018), a margem de contribuição significa o valor 
com o qual cada produto contribuirá para cobrir despesas e custos 
fixos, e para proporcionar o lucro. Com isso, temos, portanto, a margem 
de contribuição unitária e a margem de contribuição total. Veja as 
explicações abaixo:
Margem de contribuição unitária: É a diferença entre a receita bruta 
obtida na venda de uma unidade de produto e o total das despesas 
e custos variáveis incorridos nessa mesma unidade. Segundo Ribeiro 
(2015) e Santos (2015), a margem de contribuição unitária (MCU) é 
calculada por meio da fórmula (1) apresentada:
MCU = PVu - CVu -DVu (1) 
Contabilidade de Custos 13
Onde: 
MCU = Margem de Contribuição Unitária; 
PVu = Preço de Venda unitário; 
CVu = Custo Variável unitário; 
DVu = Despesa Variável unitária.
Margem de contribuição total: É a diferença entre a receita bruta 
total obtida na venda de produtos e o total dos custos e despesas 
variáveis incorridos em um determinado período. A margem de 
contribuição total é calculada por meio da fórmula (2) apresentada:
CT = RT - CVT- DVT (2)
Onde:
MCT = Margem de Contribuição Total; 
RT = Receita Total; 
CVT = Custo Variável Total; 
DVT = Despesa Variável Total.
Agora, por meio dos exemplos apresentados abaixo, entenda melhor 
como as fórmulas são utilizadas. Considere os dados informados na 
Tabela 7, da seguinte situação hipotética de uma empresa do ramo de 
treinamento, sem inadimplência dos alunos.
Informações do mês de dezembro de 2017
Quantidade de alunos 50
Receita total (R$ 160 x 50 alunos) R$ 8.000,00
Custos fixos totais R$ 2.000,00
Custos variáveis totais (R$ 80 x 50 alunos) R$ 4.000,00
Despesas fixas totais R$ 800,00
Despesas variáveis totais (R$ 10 x 50 alunos) R$ 500,00
Tabela 7: Informações de custos de uma empresa de treinamento. Fonte: Do autor.
Considerando as informações da Tabela 7, observe como seria o cálculo 
da margem de contribuição unitária (MCU) dessa empresa:
MCU = PVu - CVu – DVu
MCU = R$ 160,00 – R$ 80,00 – R$ 10,00
Logo, a margem de contribuição unitária seria de R$ 70,00.
E a margem de contribuição total (MCT) seria de:
Contabilidade de Custos 14
MCT = RT - CVT- DVT
MCT = Receita Total – Custo Variável Total - Despesa Variável Total 
MCT = R$ 8.000,00 – R$4.000,00 - R$500,00
Logo, a margem de contribuição total seria de R$ 3.500,00.
O conceito de margem de contribuição é de extrema importância para 
o método de custeio variável e para a tomada de decisões gerenciais. 
Na situação hipotética apresentada, cada aluno contribui efetivamente 
com R$ 70,00 para cobrir as despesas e custos fixos e formar o lucro da 
empresade 
equilíbrio pela margem de contribuição média ponderada pelo mix de 
vendas, conforme exemplo a seguir
Considere os seguintes dados hipotéticos, apresentados na Tabela 12, de 
uma determinada empresa, com um total de custos e despesas fixos de 
R$ 45.300,00.
Produtos Quantidade vendida 
em unidades
Preço 
unitário R$
Custos + Despesas 
variáveis unitários 
(R$)
Margem de 
contribuição unitária 
(R$)
A 50 655,00 495,00 160,00
Contabilidade de Custos 19
B 30 800,00 550,00 250,00
C 120 1.100,00 600,00 500,00
Tabela 12: Informações para cálculo do ponto de equilíbrio de produtos com margens 
diferentes. Fonte: Adaptado de Crepaldi (2018, p.189).
A participação de cada produto no mix de vendas é obtida por meio 
do cálculo da análise vertical em percentual da quantidade vendida de 
cada produto, apresentado na Tabela 13
Produtos Quantidade vendida em unidades Análise vertical %
A 50 25%
B 30 15%
C 120 60%
TOTAL 200 100%
Tabela 13: Participação nas vendas. Fonte: Adaptado de Crepaldi (2018, p.189).
O cálculo da margem de contribuição média ponderada está apresentado 
na Tabela 14.
Produtos Margem de contribuição 
unitária (R$)
Análise 
vertical %
Margem de contribuição 
média ponderada (R$)
A 160,00 25% 40,00
B 250,00 15% 37,50
C 500,00 60% 300,00
TOTAL 100% 377,50
Tabela 14: Cálculo da margem de contribuição média ponderada.
Fonte: Adaptado de Crepaldi (2018, p.189).
Agora, o cálculo do ponto de equilíbrio pode ser realizado dividindo o 
total de custos e despesas fixos (R$ 45.300,00) pelo total das margens 
de contribuição média ponderada (R$ 377,50), obtendo um ponto de 
equilibrio total de 120 unidades. Logo, é possível calcular a quantidade 
de cada produto a ser vendido, conforme demonstrado na Tabela 15.
Produtos Ponto de equilíbrio 
total
Análise vertical 
% Ponto de equilíbrio por 
produto
A 120 unidades X 25% = 30 unidades
B 120 unidades X 15% = 18 unidades
C 120 unidades X 60% = 72 unidades
TOTAL 100% 120 unidades
Tabela 15: Participação nas vendas. Fonte: Adaptado de Crepaldi (2018, p.189).
O lucro zero alcançado com esta estrutura de ponto de equilíbrio 
calculada pode ser comprovada por meio da Tabela 16.
Contabilidade de Custos 20
Receita de Venda
Produtos Preço unitário Quantidade Valor
Produto A R$ 655,00 X 30 unidades R$ 19.650,00
Produto B R$ 800,00 X 18 unidades R$ 14.400,00
Produto C R$ 1.100,00 X 72 unidades R$ 79.200,00
(+) Receita total R$ 113.150,00
Custos e Despesas Variáveis
Produtos Custo unitário Quantidade Valor
Produto A R$ 495,00 X 30 unidades R$ 14.850,00
Produto B R$ 550,00 X 18 unidades R$ 9.900,00
Produto C R$ 600,00 X 72 unidades R$ 43.200,00
(-) Custos e despesas variáveis R$ 67.950,00
(=) Margem de contribuição R$ 45.300,00
(-) Custo fixo R$ 45.300,00
(=) Lucro R$ 0,00
Tabela 16: Cálculo do Ponto de Equilíbrio com margens de contribuições diferentes.
Fonte: Adaptado de Crepaldi (2018, p.190).
2.1.5 Margem de Segurança e Alavancagem Operacional
Segundo Crepaldi (2018), margem de segurança é a diferença entre 
a receita total auferida pela empresa e a receita total no ponto de 
equilíbrio. Em outras palavras, é quando as vendas podem cair antes de 
se ter prejuízo, podendo ser expressa em valor, unidade ou percentual.
A margem de segurança Operacional (MS) equivale às unidades 
produzidas e vendidas acima do ponto de equilíbrio. A margem de 
segurança, quando expressa em volume, corresponderá à quantidade 
produzida e vendida pela empresa acima das quantidades do ponto de 
equilíbrio, podendo ser calculada por meio da fórmula (6):
MS (unidade) = Qv - PEC (6)
Onde:
Qv = Quantidade vendida; 
PEC = Ponto de equilíbrio contábil em quantidade.
Segundo Ribeiro (2015), a margem de segurança, quando expressa 
em unidade monetária, corresponde à diferença entre a receita total 
auferida na venda dos produtos e a receita no ponto de equilíbrio. Pode 
ser calculada pela fórmula (7):
Contabilidade de Custos 21
MS (valor) = MS (unidade) x PVu (7)
Onde: 
MS (unidade) = Margem de segurança em quantidade; 
PVu = Preço de venda unitário.
Para entender melhor o conteúdo apresentado, veja o exemplo 
apresentado.
Cálculo da Margem de Segurança e Alavancagem Operacional 
Observe o exemplo prático apresentado por Crepaldi (2018, p.192) para 
facilitar o entendimento do cálculo da margem de segurança.
A empresa Divinópolis Ltda vendia, nos últimos meses, 30.000 pacotes 
de produtos/mês, por um preço unitário de R$ 35,00 por pacote. Seus 
custos e despesas fixos têm sido de R$ 472.500,00 ao mês e os custos e 
despesas variáveis, de R$ 15,00 por pacote.
Cálculo da margem de contribuição unitária (MCU): 
MCU = Preço de Venda Unitário – Custos e Despesas Variáveis unitários
MCU = R$ 35,00 – R$ 15,00
MCU = R$ 20,00. 
Cálculo do ponto de equilíbrio:
PEC = (custos e despesas fixos totais) / (margem de contribuição unitária)
PEC = 472.500,00
PEC = 23.625 unidades. 
Cálculo da margem de segurança (MS) em quantidade:
MS em quantidade = Quantidade vendida – Ponto de Equilíbrio em 
Quantidade 
MS em quantidade = 30.000 – 23.625 
MS em quantidade = 6.375 unidades.
Ou seja, as vendas podem cair em 6.375 unidades sem que a empresa 
passe a operar com prejuízo.
Para calcular a margem de segurança (MS) em percentual, teríamos:
MS em percentual = 30.000 – 23.625
MS em percentual = 0,2125 ou 21,25%. 
20,00
30.000
Contabilidade de Custos 22
Ou seja, as vendas podem cair 21,25% sem que a empresa tenha prejuízo.
Para calcular a margem de segurança (MS) em valor, temos:
MS em valor = Margem de segurança em unidades – Preço de venda 
unitário
MS em valor = 6.375 unidades x 35,00
MS em valor = R$ 223.125,00.
Ou seja, o faturamento da empresa pode cair R$ 223.135,00 sem que a 
empresa opere com prejuízo.
Para Ribeiro (2015), alavancagem operacional é um indicador que mostra 
quantas vezes o percentual de aumento promovido na quantidade 
vendida gerou de percentual de aumento no resultado. O grau de 
alavancagem operacional (GAO) pode ser apurado da seguinte maneira:
GAO = % de Aumento no Volume
 
Suponhamos que nesse exemplo, a empresa decida aumentar sua 
produção e venda em 10%, passando de 30.000 unidades vendidas para 
33.000 unidades, mantendo-se inalteradas as demais ocorrências. O 
resultado com as duas situações está apresentado na Tabela 17.
% de Aumento no Resultado
Apuração do Resultado %
Quantidade vendida 30.000 unid. 33.000 unid. 10%
Receita bruta de venda: (volume x R$35) R$ 1.050.000 R$ 1.155.000 10%
(-) Custos e despesas variáveis: (volume x R$15) R$ 450.000 R$ 495.000 10%
= Margem de contribuição R$ 600.000 R$ 660.000 10%
(-) Custos e despesas fixos R$ 472.500 R$ 472.500 -
= Resultado (lucro líquido) R$127.500 R$ 187.500 47,06%
Margem de segurança (volume atual – 23.625) 6.375 unid. 9.375 unid. 47,06%
Tabela 17: Apuração do resultado. Fonte: Adaptado de Crepaldi (2018, p.193).
De acordo com a Tabela 17, a porcentagem de acréscimo no lucro é de 
47,06%, sendo calculado da seguinte maneira:
Variação % do Lucro = Aumento no lucro
Variação % do Lucro = (187.500,00 – 127.500,000)
Variação % do Lucro = 0,4706; ou seja, 47,06%.
Então, o cálculo do Grau de Alavancagem Operacional (GAO) seria:
Lucro
127.500,00
Contabilidade de Custos 23
GAO = % de Aumento no Volume
GAO = 47,06%
GAO = 4,7 vezes.
Isso significa que, cada 1% de aumento sobre o volume atual de 30.000 
unidades por mês corresponderá a um aumento de 4,7% sobre o 
resultado mensal.
Após apresentarmos os cálculos e processos do custeio variável, vejamos 
mais um método de custeio: o RKW.
2.2 RKW ou Custeio Pleno
O RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit), também chamado 
de custeio pleno, é um método alemão de custeio que consiste em 
alocar todos os custos e despesas aos produtos. Para Crepaldi (2018), 
as aplicações do método RKW são eminentemente gerenciais, sendo 
recomendável para decisões de definição de preços. Este método não é 
aceito para fins fiscaise societários para avaliação do estoque por incluir 
gastos que não estão vinculados ao processo de fabricação.
% de Aumento no Resultado
10%
2.3 Custeio ABC
Outro método existente é o custeio ABC. Seu surgimento se deu em 
virtude do avanço tecnológico e à complexidade dos sistemas de 
produção.
Os custos indiretos têm aumentado significativamente em relação aos 
custos diretos, surgindo a necessidade de que esses custos indiretos 
tenham um tratamento adequado, evitando distorções ocorridas com a 
arbitrariedade e a subjetividade dos rateios tradicionais.
A partir disso, surgiu a metodologia de custeio baseada em atividades, ou 
simplesmente Custeio ABC (Activity Based Costing). Martins (2010, p.87) 
define o termo como sendo “uma metodologia de custeio que procura 
reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário 
dos custos indiretos”.
Esse custeio parte do pressuposto que os fatores produtivos (recursos) 
são consumidos pelas suas atividades e não pelos produtos fabricados. 
Para Crepaldi (2018), os produtos são uma mera consequência das 
atividades efetuadas pela empresa para fabricá-los e comercializá-los. 
Para Martins (2010), o Custeio ABC é um método que procura reduzir 
as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. O 
método de custeio ABC apresenta algumas etapas. Vejamos as principais.
Contabilidade de Custos 24
A partir disso, surgiu a metodologia de custeio baseada em atividades, ou 
simplesmente Custeio ABC (Activity Based Costing). Martins (2010, p.87) 
define o termo como sendo “uma metodologia de custeio que procura 
reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário 
dos custos indiretos”.
Esse custeio parte do pressuposto que os fatores produtivos (recursos) 
são consumidos pelas suas atividades e não pelos produtos fabricados. 
Para Crepaldi (2018), os produtos são uma mera consequência das 
atividades efetuadas pela empresa para fabricá-los e comercializá-los. 
Para Martins (2010), o Custeio ABC é um método que procura reduzir 
as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. O 
método de custeio ABC apresenta algumas etapas. Vejamos as principais.
2.3.1 Etapas do Custeio ABC
Para Martins (2010), as principais etapas de implantação do Custeio ABC 
são:
1. Identificação das atividades relevantes executadas; 
2. Atribuição de custos às atividades; 
3. Identificação e seleção dos direcionadores de custos; 
4. Atribuição do custo das atividades aos produtos ou serviços.
Para facilitar a compreensão do funcionamento do custeio ABC, 
utilizaremos o exemplo de uma empresa de confecções que produz três 
tipos de produtos: camisetas, vestidos e calças. As principais informações 
de custos da empresa estão apresentadas na Tabela 18.
Produtos Volume de produção mensal 
(unidades)
Custos diretos (tecidos, 
aviamentos e mão de obra direta)
Camisetas 18.000 $ 3,75
Vestidos 4.200 $ 5,75
Calças 13.000 $ 4,25
Tabela 18: Informações de produção e custos da empresa de confecções.
Fonte: Adaptado de Martins (2010, p.88).
A empresa mencionada possui dois departamentos produtivos (corte e 
costura e acabamento). Os custos indiretos mensais da confecção estão 
listados na Tabela 19.
Custos Indiretos $
Aluguel 24.000,00
Energia elétrica 42.000,00
Salários pessoal supervisão 25.000,00
Mão de obra indireta 35.000,00
Contabilidade de Custos 25
Depreciação 32.000,00
Material de consumo 12.000,00
Seguro 20.000,00
Total 190.000,00
Tabela 19: Custos indiretos da empresa de confecções. Fonte: Adaptado de Martins (2010, p.89).
A seguir, serão apresentados, detalhadamente, os quatro passos básicos 
para implantação do Custeio ABC em uma empresa de confecções.
Passo 1 - Identificação das Atividades Relevantes Executadas
Martins (2010) destaca as principais características de uma atividade:
 ▪ É uma ação que consome recursos humanos, materiais, tecnológicos e 
financeiros para produzir bens e serviços;
 ▪ É composta de um conjunto de tarefas necessárias para seu 
desempenho; 
 ▪ É necessária para concretização de um processo, que é uma cadeia de 
atividades correlatas e inter-relacionadas.
A identificação das atividades relevantes dentro de cada departamento é 
o primeiro passo para o custeio ABC. O Quadro 2 apresenta um exemplo 
de um levantamento de atividades relevantes dos departamentos de 
uma empresa.
Departamentos Atividades
Compras Comprar materiais
Desenvolver fornecedores
Almoxarifado Receber materiais
Movimentar materiais
Administração da produção Programar a produção
Controlar a produção
Corte e costura Cortar
Costurar
Acabamento Acabar
Despachar produtos
Quadro 2: Levantamento das atividades relevantes dos departamentos.
Fonte: Martins (2010, p.93).
Passo 2- Atribuição de Custos às Atividades
O custo de uma atividade compreende todos os sacrifícios de recursos 
necessários para seu desempenho (salários, encargos sociais, aluguel, 
telefone etc.). Para Martins (2010), a atribuição de custos às atividades 
deve ser feita da forma mais criteriosa possível, com base na seguinte 
ordem de prioridades:
Contabilidade de Custos 26
1. Alocação direta: Quando há uma identificação direta do custo com a 
atividade (exemplo: salário).
2. Rastreamento: Quando a alocação ocorre com base na 
relação causa e efeito entre a ocorrência da atividade e a 
geração do custo, por meio dos direcionadores de custos 
(exemplo: aluguel versus área ocupada). 
3. Rateio: Quando não há a possibilidade de utilizar nem a alocação 
direta nem o rastreamento.
A Tabela 20 apresenta um exemplo de um levantamento do custo das 
atividades de uma empresa, que representa o segundo passo no custeio 
ABC.
Departamentos Atividades Custos
Compras
Comprar materiais
Desenvolver fornecedores
Total
16.000,00
12.000,00
28.000,00
Almoxarifado
Receber materiais
Movimentar materiais
Total
12.350,00
16.000,00
28.350,00
Administração da produção
Programar a produção
Controlar a produção
Total
16.000,00
13.850,00
29.850,00
Corte e costura
Cortar
Costurar
Total
29.000,00
28.600,00
57.600,00
Acabamento
Acabar
Despachar produtos
Total
14.000.00
32.200,00
46.200,00
Total dos custos indiretos 190.000,00
Tabela 20: Levantamento do custo das atividades relevantes dos departamentos.
Fonte: Adaptado de Martins (2010, p.98).
Passo 3 - Identificação e Seleção dos Direcionadores de Custos
Primeiramente, devemos esclarecer que o direcionador de custo é uma 
transação, sendo ele, o fator que determina o custo de uma atividade.
No custeio ABC, o direcionador de custo é a base utilizada para 
atribuir os custos das atividades aos produtos. Para Crepaldi (2018), os 
direcionadores de custos mais utilizados no custeio ABC são:
 ▪ Homem-hora; 
 ▪ Hora-máquina; 
 ▪ Quantidade de energia; 
 ▪ Área ocupada; 
 ▪ Número de empregados.
Contabilidade de Custos 27
O terceiro passo no custeio contempla a identificação e seleção dos 
direcionadores de custos, conforme podemos observar no Quadro 3.
Departamentos Atividades Direcionadores
Compras Comprar materiais
Desenvolver fornecedores
Nº de pedidos
Nº de fornecedores
Almoxarifado Receber materiais
Movimentar materiais
Nº de recebimentos
Nº de requisições
Administração da 
produção
Programar a produção
Controlar a produção
Nº de produtos
Nº de lotes
Corte e costura Cortar
Costurar
Tempo de corte
Tempo de costura
Acabamento Acabar
Despachar produtos
Tempo de acabamento
Tempo de despacho
Quadro 3: Levantamento dos direcionadores de custos das atividades.
Fonte: Martins (2010, p.99).
Em seguida, deve ser feito o levantamento da quantidade de ocorrência 
dos direcionadores de custos das atividades por período e por produto, 
conforme vemos na Tabela 21.
Direcionadores Camisetas Vestidos Calças Total
Nº de pedidos de compra 150 400 200 750
Nº de fornecedores 2 6 3 11
Nº de recebimentos 150 400 200 750
Nº de requisições 400 1.500 800 2.700
Nº de produtos 1 1 1 3
Nº de lotes 10 40 20 70
Horas utilizadas para cortar 2.160 h 882 h 2.600 h 5.642 hHoras utilizadas para costurar 3.240 h 2.058 h 7.800 h 13.098 h
Horas utilizadas para acabar 2.700 h 2.520 h 3.900 h 9.120 h
Horas utilizadas para despachar 25 h 50 h 25 h 100 h
Tabela 21: Levantamento da quantidade dos direcionadores de custos das atividades.
Fonte: Martins (2010, p.100).
Passo 4 - Atribuição do Custo das Atividades aos Produtos (ou Serviços)
O quarto passo consiste em atribuir o custo dasatividadesaos produtos. 
Para calcular o custo do produto, Martins (2010) recomenda a utilização 
das fórmulas (8, 9 e 10), apresentadas a seguir:
Custo Unitário do direcionador = Custo da Atividade
 nº total do direcionador (8)
Contabilidade de Custos 28
Custo da atividade atribuído ao produto =
custo unitário do direcionador X nº de direcionadores do produto (9)
Custo daatividade por unidade de produto = Custo da Atividade atribuído ao produto
Para exemplificar, a atribuição do custo da atividade “comprar materiais” 
ao produto “camiseta” seria calculado da seguinte maneira:
Custo Unitário do direcionador =$16.000/750 = $ 21,333 por pedido.
Custo da atividade atribuído ao produto=$ 21,3333 x 150 pedidos= $ 
3.200.
Custo da atividade por unidade de produto=($ 3.200)/(18.000 unidades) 
= $ 0,1778 por camiseta.
O custo unitário de cada atividade por cada produto está demonstrado 
na Tabela 22.
Atividades Camisetas Vestidos Calças
Comprar materiais $0,1778 $2,0317 $0,3282
Desenvolver fornecedores $0,1212 $1,5584 $0,2517
quantidade produzida
Receber materiais $0,1372 $1,5683 $0,2533
Movimentar materiais $0,1317 $2,1164 $0,3647
Programar produção $0,2963 $1,2698 $0,4103
Controlar produção $0,1099 $1,8844 $0,3044
Cortar $0,6168 $1,0794 $1,0280
Costurar $0,3930 $1,0699 $1,3101
Acabar produtos $0,2303 $0,9211 $0,4605
Despachar produtos $0,4472 $3,8333 $0,6192
Total $2,6614 $17,3328 $5,3305
Tabela 22: Custo unitário das atividades por produto. Fonte: Martins (2010, p.100).
Para Martins (2010), o custeio ABC permite uma melhor visualização dos 
custos por meio da análise das atividades executadas dentro de uma 
empresa. O custo total de cada produto, utilizando o custeio ABC, está 
apresentado na Tabela 23.
Contabilidade de Custos 29
Custos Camisetas Vestidos Calças
Diretos $ 3,75 $ 5,75 $ 4,25
Indiretos $ 2,66 $17,33 $ 5,33
Custos totais $ 6,41 $ 23,08 $ 9,58
Tabela 23: Custo unitário de cada produto. Fonte: Adaptado de Martins (2010, p.101).
Martins (2010) destaca que, nessas circunstâncias, os produtos mais 
complexos produzidos em baixos volumes, com o custeio ABC, tornar-
se-ão menos lucrativos do que se pensava que fossem. Por outro lado, 
os produtos mais simples, fabricados em altos volumes, apresentarão 
margens maiores. De acordo com o autor, isso ocorre quando, nos chamados 
sistemas tradicionais de custeio, as bases de rateio (geralmente medidas 
de volume) não refletem o real consumo de recursos pelos produtos. 
Nesta unidade de aprendizagem, verificamos que a escolha do método 
depende do tipo de informação necessária aos gestores. Contudo, 
cabe destacar que cada método, apesar de apresentar vantagens e 
desvantagens, gera informações complementares. A escolha do método 
mais adequado deve levar em consideração o tipo de organização e 
o tipo de informação que se busca obter da Contabilidade de Custos 
(CREPALDI, 2018).
Aprendemos, portanto, que é o processo produtivo que define qual 
sistema de custeamento cada empresa deve adotar. Vimos também que 
esta escolha deve ser feita antes de a empresa decidir quanto ao sistema 
de custeio a ser adotado.
O método de custeio utilizado pela empresa tem grande influência na 
gestão de custo, tendo em vista que é por meio deste método, que o 
custo unitário do produto ou do serviço prestado é apurado. Por fim, 
vimos o conceito, as principais características e o metodologia de cálculo 
dos principais sistemas de custeio: Absorção, Variável (também chamado 
de custeio direto ou custeio marginal), RKW e ABC, sendo este último 
muito importante para o sistema de custeamento.
Contabilidade de Custos 30
Referências
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 6 
ed. São Paulo: Atlas, 2018. [Minha Biblioteca]
LEONE, George Sebastião Guerra; LEONE, Rodrigo José Guerra. Curso de 
contabilidade de custos. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2010. [Minha Biblioteca]
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
[Minha Biblioteca]
PADOVEZE, Clóvis Luís; TAKAKURA JUNIOR, Franco Kaolu. Custo e preços 
de serviços: logística, hospitais, transporte, hotelaria, mão de obra, 
serviços em geral. São Paulo: GEN, 2013. [Minha Biblioteca]
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 
2015. [Minha Biblioteca
SANTOS,JoséLuiz dos etal.Manual de contabilidade de custos: Atualizado 
pela Lei nº 12.973/2014 e pelas Normas do CPC até o Documento de 
Revisão de Pronunciamentos Técnicos nº 03/2013. São Paulo: Atlas, 
2015. [Minha Biblioteca]
SILVA, Raimundo Nonato Sousa; LINS, Luiz dos Santos. Gestão de custos: 
Contabilidade,controle e análise. 4 ed. São Paulo:Atlas, 2017.[Minha 
Biblioteca]
Contabilidade de Custos 31
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	1. Sistemas de Custeamento
	1.1 Tipos de Sistemas de Custeamentos
	1.1.1 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas de Custeamento
	1.1.2 Contabilização dos Métodos de Custeamento
	2. Métodos de Custeio 
	2.1 Custeio Variável
	2.1.1 Margem de Contribuição
	2.1.2 Ponto de Equilíbrio
	2.1.3 Tipos de Ponto de Equilíbrio
	2.1.4 Pontos de Equilíbrio com Produtos com Margens de Contribuição Diferentes
	2.1.5 Margem de Segurança e Alavancagem Operacional
	2.2 RKW ou Custeio Pleno
	2.3 Custeio ABC
	2.3.1 Etapas do Custeio ABC
	ReferênciasHoras utilizadas para costurar 3.240 h 2.058 h 7.800 h 13.098 h
Horas utilizadas para acabar 2.700 h 2.520 h 3.900 h 9.120 h
Horas utilizadas para despachar 25 h 50 h 25 h 100 h
Tabela 21: Levantamento da quantidade dos direcionadores de custos das atividades.
Fonte: Martins (2010, p.100).
Passo 4 - Atribuição do Custo das Atividades aos Produtos (ou Serviços)
O quarto passo consiste em atribuir o custo dasatividadesaos produtos. 
Para calcular o custo do produto, Martins (2010) recomenda a utilização 
das fórmulas (8, 9 e 10), apresentadas a seguir:
Custo Unitário do direcionador = Custo da Atividade
 nº total do direcionador (8)
Contabilidade de Custos 28
Custo da atividade atribuído ao produto =
custo unitário do direcionador X nº de direcionadores do produto (9)
Custo daatividade por unidade de produto = Custo da Atividade atribuído ao produto
Para exemplificar, a atribuição do custo da atividade “comprar materiais” 
ao produto “camiseta” seria calculado da seguinte maneira:
Custo Unitário do direcionador =$16.000/750 = $ 21,333 por pedido.
Custo da atividade atribuído ao produto=$ 21,3333 x 150 pedidos= $ 
3.200.
Custo da atividade por unidade de produto=($ 3.200)/(18.000 unidades) 
= $ 0,1778 por camiseta.
O custo unitário de cada atividade por cada produto está demonstrado 
na Tabela 22.
Atividades Camisetas Vestidos Calças
Comprar materiais $0,1778 $2,0317 $0,3282
Desenvolver fornecedores $0,1212 $1,5584 $0,2517
quantidade produzida
Receber materiais $0,1372 $1,5683 $0,2533
Movimentar materiais $0,1317 $2,1164 $0,3647
Programar produção $0,2963 $1,2698 $0,4103
Controlar produção $0,1099 $1,8844 $0,3044
Cortar $0,6168 $1,0794 $1,0280
Costurar $0,3930 $1,0699 $1,3101
Acabar produtos $0,2303 $0,9211 $0,4605
Despachar produtos $0,4472 $3,8333 $0,6192
Total $2,6614 $17,3328 $5,3305
Tabela 22: Custo unitário das atividades por produto. Fonte: Martins (2010, p.100).
Para Martins (2010), o custeio ABC permite uma melhor visualização dos 
custos por meio da análise das atividades executadas dentro de uma 
empresa. O custo total de cada produto, utilizando o custeio ABC, está 
apresentado na Tabela 23.
Contabilidade de Custos 29
Custos Camisetas Vestidos Calças
Diretos $ 3,75 $ 5,75 $ 4,25
Indiretos $ 2,66 $17,33 $ 5,33
Custos totais $ 6,41 $ 23,08 $ 9,58
Tabela 23: Custo unitário de cada produto. Fonte: Adaptado de Martins (2010, p.101).
Martins (2010) destaca que, nessas circunstâncias, os produtos mais 
complexos produzidos em baixos volumes, com o custeio ABC, tornar-
se-ão menos lucrativos do que se pensava que fossem. Por outro lado, 
os produtos mais simples, fabricados em altos volumes, apresentarão 
margens maiores. De acordo com o autor, isso ocorre quando, nos chamados 
sistemas tradicionais de custeio, as bases de rateio (geralmente medidas 
de volume) não refletem o real consumo de recursos pelos produtos. 
Nesta unidade de aprendizagem, verificamos que a escolha do método 
depende do tipo de informação necessária aos gestores. Contudo, 
cabe destacar que cada método, apesar de apresentar vantagens e 
desvantagens, gera informações complementares. A escolha do método 
mais adequado deve levar em consideração o tipo de organização e 
o tipo de informação que se busca obter da Contabilidade de Custos 
(CREPALDI, 2018).
Aprendemos, portanto, que é o processo produtivo que define qual 
sistema de custeamento cada empresa deve adotar. Vimos também que 
esta escolha deve ser feita antes de a empresa decidir quanto ao sistema 
de custeio a ser adotado.
O método de custeio utilizado pela empresa tem grande influência na 
gestão de custo, tendo em vista que é por meio deste método, que o 
custo unitário do produto ou do serviço prestado é apurado. Por fim, 
vimos o conceito, as principais características e o metodologia de cálculo 
dos principais sistemas de custeio: Absorção, Variável (também chamado 
de custeio direto ou custeio marginal), RKW e ABC, sendo este último 
muito importante para o sistema de custeamento.
Contabilidade de Custos 30
Referências
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 6 
ed. São Paulo: Atlas, 2018. [Minha Biblioteca]
LEONE, George Sebastião Guerra; LEONE, Rodrigo José Guerra. Curso de 
contabilidade de custos. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2010. [Minha Biblioteca]
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
[Minha Biblioteca]
PADOVEZE, Clóvis Luís; TAKAKURA JUNIOR, Franco Kaolu. Custo e preços 
de serviços: logística, hospitais, transporte, hotelaria, mão de obra, 
serviços em geral. São Paulo: GEN, 2013. [Minha Biblioteca]
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 
2015. [Minha Biblioteca
SANTOS,JoséLuiz dos etal.Manual de contabilidade de custos: Atualizado 
pela Lei nº 12.973/2014 e pelas Normas do CPC até o Documento de 
Revisão de Pronunciamentos Técnicos nº 03/2013. São Paulo: Atlas, 
2015. [Minha Biblioteca]
SILVA, Raimundo Nonato Sousa; LINS, Luiz dos Santos. Gestão de custos: 
Contabilidade,controle e análise. 4 ed. São Paulo:Atlas, 2017.[Minha 
Biblioteca]
Contabilidade de Custos 31
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	Objetivo
	1. Sistemas de Custeamento
	1.1 Tipos de Sistemas de Custeamentos
	1.1.1 Vantagens e Desvantagens dos Sistemas de Custeamento
	1.1.2 Contabilização dos Métodos de Custeamento
	2. Métodos de Custeio 
	2.1 Custeio Variável
	2.1.1 Margem de Contribuição
	2.1.2 Ponto de Equilíbrio
	2.1.3 Tipos de Ponto de Equilíbrio
	2.1.4 Pontos de Equilíbrio com Produtos com Margens de Contribuição Diferentes
	2.1.5 Margem de Segurança e Alavancagem Operacional
	2.2 RKW ou Custeio Pleno
	2.3 Custeio ABC
	2.3.1 Etapas do Custeio ABC
	Referências

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