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CADERNO LITERATURA ENEM 2009 a 2018 69 novocadernoenem@gmail.com B) Relacionar os sons do mar ao lamento dos derrotados nas batalhas do Atlântico. C) Atribuir as derrotas portuguesas nas batalhas às fortes correntes marítimas. D) Reconhecer as dificuldades técnicas vividas pelos navegadores portugueses. E) Potencializar a importância dos feitos lusita- nos durante as grandes navegações. Questão 182 (2013.2) Grupo escolar Sonhei com um general de ombros largos que fedia e que no sonho me apontava a poesia enquanto um pássaro pensava suas penas e já sem resistência resistia. O general acordou e eu que sonhava face a face deslizei à dura via vi seus olhos que tremiam, ombros largos, vi seu queixo modelado a esquadria vi que o tempo galopando evaporava (deu para ver qual a sua dinastia) mas em tempo fixei no firmamento esta imagem que rebenta em ponta fria: poesia, esta química perversa, este arco que desvela e me repõe nestes tempos de alquimia. (BRITO, A. C. In: HOLLANDA, H. B. (Org.). 26 Poetas Hoje: antologia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 1998) O poema de Antônio Carlos Brito está histori- camente inserido no período da ditadura militar no Brasil. A forma encontrada pelo eu lírico para expressar poeticamente esse momento de- monstra que: A) a possibilidade de resistir está dada na reno- vação e transformação proposta pela poesia, química que desvela e repõe. B) a resistência não seria possível, uma vez que as vítimas, representadas pelos pássaros, pen- savam apenas nas próprias penas. C) a constituição de dinastias ao longo da histó- ria parece não fazer diferença no presente em que o tempo evapora. D) a ênfase na força dos militares não é afetada por aspectos negativos, como o mau cheiro atribuído ao general. E) a descrição quase geométrica da aparência física do general expõe a rigidez e a racionali- dade do governo. Questão 183 (2013.2) TEXTO I Partindo do chão coletivo da comunidade rural ou das cidades, à medida que se impregna de um ethos urbano — seja por migração, seja pela difusão de novos conteúdos midiáticos —, irão surgindo indivíduos que, na área da visualidade, gerarão uma obra de feição original, autoral, única. O indivíduo-sujeito recorre à memória para a construção de uma biografia, a fim de criar seu projeto artístico, a sua identidade soci- al. (FROTA, L. C. Pequeno dicionário da arte do povo brasileiro (século XX). RJ: Aeroplano, 2005) TEXTO II A partir dos textos apresentados, os trabalhos que são pertinentes à criação popular caracteri- zam-se por: A) criação de técnicas e temas comuns a de- terminado grupo ou região, gerando movimen- tos artísticos. B) abordagem peculiar da realidade e do con- texto, seguindo criação pessoal particular. C) ligação estrutural com a arte canônica pela exposição e recepção em museus e galerias. D) produção de obras utilizando materiais e técnicas tradicionais da arte acadêmica. E) temática nacionalista que abrange áreas regionais amplas. Questão 184 (2013.2) História da máquina que faz o mundo rodar Cego, aleijado e moleque, Padre, doutor e soldado, Inspetor, juiz de direito, Comandante e delegado, Tudo, tudo joga o dinheiro Esperando bom resultado. Matuto, senhor de engenho, Praciano e mandioqueiro, Do agreste ao sertão Todos jogam seu dinheiro Se um diz que é mentiroso Outro diz que é verdadeiro. Na opinião do povo Não tem quem possa mandar Faça ou não faça a máquina O povo tem que esperar Por que quem joga dinheiro Só espera mesmo é ganhar.