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GESTÃO ESCOLAR NA 
EDUCAÇÃO BÁSICA
PROF. ROSIMEIRE APARECIDA 
MONTEIRO SILVEIRA
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 1
GESTÃO ESCOLAR NA 
EDUCAÇÃO BÁSICA
PROF. ROSIMEIRE APARECIDA 
MONTEIRO SILVEIRA
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
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EDUCAÇÃO BÁSICA
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SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
AULA 09
AULA 10
AULA 11
AULA 12
AULA 13
AULA 14
AULA 15
AULA 16
 06
11
16
21
26
32
37
43
48
53
59
63
68
74
80
85
FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESCOLAR
A INFLUÊNCIA NEOLIBERAL DA DÉCADA DE 1990 E A 
GESTÃO ESCOLAR
GESTÃO ESCOLAR: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
AS INSTÂNCIAS COLEGIADAS 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
GESTÃO ESCOLAR E A BASE NACIONAL COMUM 
CURRICULAR
GESTÃO ESCOLAR E A ESTRUTURA E 
FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
GESTÃO ESCOLAR: O PAPEL DO PEDAGOGO NA 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
GESTÃO ESCOLAR: O PAPEL DO DIRETOR ESCOLAR
A GESTÃO ESCOLAR NO SISTEMA PÚBLICO DE ENSINO
GESTÃO ESCOLAR E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
GESTÃO DO CONHECIMENTO
GESTÃO DA SALA DE AULA
O FOCO E A FUNÇÃO ESCOLAR NA SOCIEDADE 
CONTEMPORÂNEA
A GESTÃO ESCOLAR NA PANDEMIA COVID-19
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EDUCAÇÃO BÁSICA
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INTRODUÇÃO
Caros (as) alunos (as), vamos iniciar uma nova jornada do conhecimento. A partir 
de agora vamos descobrir os caminhos da gestão escolar como um todo. 
Iniciaremos com a perspectiva do diretor escolar tradicional e das mudanças apoia-
das pelas políticas neoliberais do fim do século XX e início do século XXI, passaremos 
pela trilha de documentos que amparam a nova gestão escolar, a Constituição Fede-
ral, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Plano Nacional de Educação e 
Base Nacional Comum Curricular. 
A gestão escolar do século XXI é baseada nos princípios da Gestão Democrática, e 
conta com a participação de toda comunidade escolar e comunidade local. Todas as 
participações estão ligadas às instâncias colegiadas (conselho de classe, conselho 
escolar, grêmio estudantil e APMF). O conselho escolar é o órgão máximo da institui-
ção escolar, todas as decisões devem ser tomadas com a participação de todos os 
membros deste conselho. 
O projeto político pedagógico é o documento que ampara toda a organização es-
colar, tanto a parte administrativa, como a parte pedagógica. O PPP deve nortear as 
atividades da gestão escolar e da gestão de sala de aula. Como documento político 
e pedagógico ele deve ser aprovado pelo órgão máximo da instituição, o conselho 
escolar. 
É de grande relevância que o Gestor escolar tenha pleno domínio da estrutura e or-
ganização de toda educação básica, mesmo que o profissional atue com apenas uma 
etapa da educação é fundamental que tenha conhecimento de todo o processo, desde 
a educação infantil até o ensino médio. 
Seguimos com a apresentação do foco e da função do coordenador pedagógico e 
do diretor (gestor) escolar, e como a participação destes profissionais é essencial para 
a organização e funcionamento escolar. Também é importante mencionar que estes 
dois profissionais devem trabalhar em harmonia, diálogo e empatia. 
A estrutura e funcionamento da Educação pública serão abordados com o objetivo 
de apontar a atuação da gestão na escola pública. Com a mesma importância de en-
tender a escola pública, também discutiremos o ato de avaliar, e como o processo de 
avaliação é importante para o processo de ensino e aprendizagem. 
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EDUCAÇÃO BÁSICA
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Passaremos pela gestão do conhecimento e sua contribuição educacional, refletin-
do na gestão da sala de aula, que torna o professor um gestor responsável. 
A educação contemporânea tem objetivo de ser inovadora e superar as dificulda-
des da educação tradicional. Nesse sentido, o fim do século XX e o início do século 
XXI trouxe a esperança que a educação seja o instrumento de transformação social. 
Também é importante apresentar o desfecho educacional perante as dificuldades 
impostas pela pandemia Covid-19. A adaptação para esse enfrentamento foi por parte 
dos alunos e dos professores, por mais que a desigualdade social dificultou o acesso 
dos alunos às plataformas digitais, os professores também enfrentaram grandes difi-
culdades para trabalharem com os meios digitais de ensino e aprendizagem. 
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AULA 1
FUNDAMENTOS DA
GESTÃO ESCOLAR
Fonte:https://pixabay.com/photos/books-stack-read-stack-of-books-690219/
1.1 DEFINIÇÃO DE GESTÃO
Caros (as) alunos (as), nesta primeira aula da disciplina Gestão Escolar na Educação 
Básica esclareceremos os fundamentos que amparam a gestão escolar.
Abordaremos a Gestão com foco específico na instituição educacional, desta forma 
entendemos quefaz-se necessário pontuar que a educação aqui discutida é no sentido 
restrito, compreendida como esforço ordenado, sistemático, de uma sociedade sobre 
a infância e a Juventude a fim de formá-la e encaminhá-la em uma dada direção 
(SETOGUTI, 2009, p.21).
Nesta perspectiva, sabendo do conceito de educação aqui discutido, partiremos 
para o nosso ponto principal, a gestão. 
O que significa a palavra gestão? 
De acordo com o dicionário,“a palavra ‘gestão’ é um substantivo feminino; que 
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significa: Ação de gerir, de administrar, de governar ou de dirigir negócios públicos 
ou particulares; administração. Função ou exercício da pessoa responsável pela 
administração; gerência”. (Fonte: https://www.dicio.com.br/gestao/)
Observamos que a palavra “Gestão” nos lembra administração de uma empresa, de 
um governo, mas como será que acontece a Gestão escolar? 
Na perspectiva de Vieira e Bussolotti (2018), o conceito de gestãoda escola 
vem substituir o foco limitado da administração escolar, no momento que há 
compreensão de como os problemas educacionais são complexos e demandam 
ações articuladas na superação das dificuldades do cotidiano escolar, a gestão vem 
contribuir com a organização escolar como um todo
A gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque de 
atuação em educação, que objetiva promover a organização, 
a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e 
humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio 
educacionais dos estabelecimentos de ensino, orientados para a 
promoção efetiva da aprendizagem dos alunos, de modo a torná-
los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade 
complexa, globalizada e da economia centrada no conhecimento 
(LÜCK, 2009, p. 24).
O papel do gestor é articular toda a organização escolar, promovendo transparência 
e flexibilização em sua gestão, cuidar para que a equipe pedagógica esteja sempre 
engajada e trabalhando para promover o processo de ensino e aprendizagem 
articulado com a realidade dos alunos e manter um ambiente de trabalho calmoBásica, a Educação Infantil 
é o início e o fundamento do processo educacional. A entrada na 
creche ou na pré-escola significa, na maioria das vezes, a primeira 
separação das crianças dos seus vínculos afetivos familiares para 
se incorporarem a uma situação de socialização estruturada (BNCC, 
2017).
 Já o ensino Fundamental é a etapa que a criança será devidamente alfabetizada 
em português e matemática, bem como adquirirá conhecimentos em artes, história, 
geografia, ciências, educação física e outros. Sobre esta etapa a Base Nacional 
Comum Curricular afirma que: 
Art. 11. A BNCC dos anos iniciais do Ensino Fundamental aponta para 
a necessária articulação com as experiências vividas na Educação 
Infantil, prevendo progressiva sistematização dessas experiências 
quanto ao desenvolvimento de novas formas de relação com o mundo, 
novas formas de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de 
testá-las, refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa 
na construção de conhecimentos.
Art. 12. Para atender o disposto no inciso I do artigo 32 da LDB, 
no primeiro e no segundo ano do Ensino Fundamental, a ação 
pedagógica deve ter como foco a alfabetização, de modo que se 
garanta aos estudantes a apropriação do sistema de escrita alfabética, 
a compreensão leitora e a escrita de textos com complexidade 
adequada à faixa etária dos estudantes, e o desenvolvimento da 
capacidade de ler e escrever números, compreender suas funções, 
bem como o significado e uso das quatro operações matemáticas. 
Art. 13. Os currículos e propostas pedagógicas devem prever 
medidas que assegurem aos estudantes um percurso contínuo 
de aprendizagens ao longo do Ensino Fundamental, promovendo 
integração nos nove anos desta etapa da Educação Básica, evitando 
a ruptura no processo e garantindo o desenvolvimento integral e 
autonomia. (BNCC, 2017)
O Ensino Médio é a última etapa da Educação Básica, esta etapa é fundamental 
para preparar o aluno para escolha de sua profissão para uma graduação, e para o 
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mercado de trabalho. 
Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e 
objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do 
Conselho Nacional de Educação (LDB, 2017).
Nesta perspectiva, cada etapa da educação básica é importante em sua 
singularidade e a Gestão escolar deve acompanhar se a etapa da educação 
básica que encontra-se na sua responsabilidade está de fato de acordo com as 
orientações da BNCC. 
ANOTE ISSO
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo 
que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais 
que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades 
da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de 
aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano 
Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se exclusivamente 
à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1, e está orientado pelos 
princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à 
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado 
nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica.
Fonte: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#introducao
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AULA 8
GESTÃO ESCOLAR E A 
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO 
DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Fonte: https://pixabay.com/photos/classroom-student-learn-school-732016/
O gestor escolar deve conhecer claramente a estrutura e o funcionamento de toda 
a educação básica, mesmo que atue com apenas uma etapa da educação. 
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação 
básica, por meio de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Redação 
dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio;
Nesta perspectiva, discutiremos nesta aula sobre a organização de todas as etapas 
da educação básica. 
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8.1 Estrutura e funcionamento da Educação Infantil
A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica e muito importante 
para o desenvolvimento da criança. De acordo com a BNCC (2017), nesta primeira 
etapa da Educação Básica devem ser assegurados seis direitos de aprendizagem e 
desenvolvimento, para que as crianças tenham condições de aprender e se desenvolver:
 Conviver
 Brincar
 Participar
 Explorar
 Expressar
 Conhecer-se.
Segundo a LDB,a educação infantil é gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade. 
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, 
tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 
(cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, 
complementando a ação da família e da comunidade. (Redação 
dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos 
de idade;
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as 
seguintes regras comuns: (Redação dada pela Lei nº 12.796, 
de 2013)
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento 
das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao 
ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída 
por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; 
(Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para 
o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; (Incluído 
pela Lei nº 12.796, de 2013)
IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, 
exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de 
horas; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
V - expedição de documentação que permita atestar os processos 
de desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela 
Lei nº 12.796, de 2013).
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A educação infantil é uma etapa muito importante e fundamental para o pleno 
desenvolvimento da criança. É uma preparação essencial para o ensino fundamental. 
8.2 Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental
De acordo com a BNCC (2017), O Ensino Fundamental com nove anos de duração, 
é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. 
Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma 
série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, 
emocionais, entre outros.
Veja a seguir a perspectiva da LDB para o ensino Fundamental: 
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) 
anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de 
idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: 
(Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios 
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, 
da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a 
sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em 
vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de 
atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos defamília, dos laços de solidariedade 
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância 
utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações 
emergenciais.
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo 
menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo 
progressivamente ampliado o período de permanência na escola.
A organização do ensino fundamental é complexa por ser dividida em dois ciclos 
(ensino fundamental 1 e ensino fundamental 2), podendo os dois ciclos acontecerem na 
mesma instituição, ou não. Nesse sentido, o gestor precisa conhecer o funcionamento 
de todo o ensino fundamental para que seus alunos tenham a preparação necessária 
para o ensino médio. 
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ISTO ESTÁ NA REDE
De acordo com texto “Além de escolas fechadas, 2020 significou programas 
parados na educação”, pois a Pandemia ocasionou muitas dificuldades. 
Segundo a organização da sociedade civil Todos pela Educação, 2020 foi o ano 
com menor investimento em educação básica da década, justamente num contexto 
em que havia menor necessidade de recurso por causa da pandemia.
Além disso, o 2º relatório anual de acompanhamento do Educação Já!, iniciativa 
suprapartidária coordenada pelo Todos pela Educação, aponta desaceleração na 
agenda de políticas públicas voltadas ao ensino básico.
Iniciativas em andamento antes da pandemia se paralisaram, caso da 
implementação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e do novo ensino 
médio e medidas voltadas para a profissionalização e atualização de professores.
Fonte:https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/educacao-basica/2021/02/4907687-alem-de-escolas-fechadas-2020-significou-programas-
parados-na-educacao.html
8.3Estrutura e Funcionamento do Ensino Médio
O Ensino Médio passou por mudanças na sua organização em 2017. Essas 
mudanças foram amparadas pela Reforma do Ensino Médio, pela BNCC e pela Lei de 
Diretrizes e Bases. 
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração 
mínima de três anos, terá como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos 
no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, 
para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com 
flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento 
posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo 
a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do 
pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos 
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino 
de cada disciplina.
[...]
§ 5ºA carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional 
Comum Curricular não poderá ser superior a mil e oitocentas horas 
do total da carga horária do ensino médio, de acordo com a definição 
dos sistemas de ensino. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
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O ensino médio está bem organizado, articulando a BNCC e a reforma do ensino 
médio, mas merece uma atenção muito especial do gestor escolar, por ser a última 
etapa da Educação Básica o Gestor precisa garantir que os seus alunos estejam 
preparados para encarar a vida adulta, seguindo uma graduação ou direto para o 
mercado de trabalho. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Previsto no art. 212-A da Constituição Federal e regulamentado pela Lei 14.113 
de 2020, o novo Fundeb continua a ser o principal instrumento de financiamento 
da Educação Básica Pública no Brasil, sendo responsável por mais de 60% da 
totalidade dos recursos de que os estados e os municípios possuem para investir 
na educação básica pública nacional.
[...]
O Manual de Orientação do FNDE apresenta esclarecimentos que vão desde a 
composição do Fundeb até a prestação de contas quanto à aplicação dos recursos, 
passando pelos critérios de distribuição, pelas regras de aplicação, pelas condições 
de criação e aprovação dos indicadores e pelas etapas de operacionalização do 
Fundo.
Fonte: https://www.gov.br/fnde/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/financiamento/fundeb/ManualNovoFundeb2021.pdf
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AULA 9
GESTÃO ESCOLAR: O
PAPEL DO PEDAGOGO NA 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Fonte: Fonte: https://pixabay.com/photos/people-discussion-meeting-discussion-5069845/
É pedagogo o profissional que cursou graduação em Pedagogia. Segundo o 
Dicionário online da Língua Portuguesa:
pedagogia: substantivo feminino
Ciência cujo objeto de análise é a educação, seus métodos e princípios; reunião 
das teorias sobre educação e sobre o ensino. Ciência responsável pela educação 
e pelo direcionamento de crianças e adolescentes com problemas de adaptação 
escolar; processo de tratamento das crianças ou adolescentes que apresentam 
problemas e dificuldades escolares.
Fonte: https://www.dicio.com.br/pedagogia/
https://pixabay.com/photos/people-discussion-meeting-discussion-5069845/
https://www.dicio.com.br/pedagogia/
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9.1 O pedagogo como gestor
O pedagogo tem ocupado diferentes papéis dentro da instituição escolar no 
decorrer da história. Este profissional mantinha a função de supervisão, planejamento 
e inspeção escolar com visão autoritária, na mesma dimensão que nas fábricas. 
A segunda metade do século XX marcou a educação com a característica tecnicista 
de forma para o mercado de trabalho, atendendo a demanda política de produção do 
capital, o que tornou o pedagogo responsável por: inspeção, planejamento e avaliação 
do processo de ensino e aprendizagem, neste período não havia definição do papel do 
gestor na educação. 
O fim do século XX e o início do século XXI foram de muitas modificações nas 
políticas de Estado, e com isso as políticas educacionais também passaram por 
grandes mudanças, incluindo no papel do pedagogo. 
Nos diferentes estados brasileiros e nas diferentes redes escolares, 
este profissional, se existente, recebe denominações variadas e 
exerce atividades também variadas. Tal diversidade descaracteriza a 
real dimensão de seu fazer profissional e estabelece um conflito entre 
os diversos papéis desempenhados pelos diferentes profissionais da 
educação. (PASCHOAL; HONORATO; ALBUQUERQUE, 2008, p.101)
O pedagogo que atua na gestão escolar, na maioria das vezes, assume a função de 
coordenador pedagógico, mas essa nomenclatura pode ser diferente dependendo a 
região do país, em alguns lugares o coordenador pedagógico representa o pedagogo 
unitário. 
Independente da nomenclatura o foco do pedagogo deve ser mediar, propiciar 
melhores condições para os professores conduzirem sua práxis pedagógica e o 
processo de ensino e aprendizagem, lutar juntamente com toda a comunidade para 
melhores condições e educação de qualidade. 
Na sociedade do conhecimento que vivemos hoje, o pedagogo pode atuar com os 
três tipos de educação (formal, não formal e informal). As três formas de educação 
são muito importantes para a formação crítica do ser humano. 
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ISTO ESTÁ NA REDE
Para entender um pouco melhor a atuação do pedagogo como coordenador 
pedagógico vamos ver o texto “Afinal, o que o coordenador pedagógico faz?”
O coordenador pedagógico atua nos processos educacionais e mobiliza o grupo 
para que todos estejam empenhados em oferecer a melhor educação aos seus 
alunos. Existem três atividades fundamentais envolvendo a sua atuação: 
- Planejamento de reuniõespedagógicas.
- Acompanhamento das ações pedagógicas desenvolvidas pelos professores em 
sala de aula.
- Acompanhamento das aprendizagens dos alunos. 
Ou seja, o coordenador auxilia a escola a ter práticas pedagógicas mais eficientes, 
ajuda os professores nas ações realizadas para que os alunos aprendam mais e 
com mais qualidade e articular com as pessoas das escolas para que a escola 
realmente consiga pôr em prática a sua proposta pedagógica.
Fonte:https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/carreira/o-que-faz-um-coordenador-pedagogico
9.2 O pedagogo Unitário
O pedagogo Unitário que também pode ser chamado de coordenador pedagógico 
tem a função de coordenar toda organização do trabalho pedagógico, e também 
administrativo, sem dissociar sua atuação do caráter formativo. Seu papel é amparado 
pela intencionalidade da ação, da transformação do trabalho do professor e da 
realidade do aluno. 
Nesta perspectiva o pedagogo se apoia em algumas dimensões para realizar seu 
trabalho. 
 Conduzir o professor em suas atividades de planejamento, docência e 
avaliação.
 Oferecer subsídios que proporcionem ao professor oportunidade constante 
atualização e aperfeiçoamento. 
 Promover reuniões, discussões e debates com toda comunidade a fim de 
melhorar o processo de ensino e aprendizagem. 
 Apoiar os professores a desenvolverem com entusiasmo suas atividades, 
procurando auxiliá-los na prevenção e na solução dos problemas.
 Resolver os problemas individuais com empatia.
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[...] pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando 
o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as 
formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega 
ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. E 
como o homem só se constitui como tal na medida em que se destaca 
da natureza e ingressa no mundo da cultura, eis como a formação 
cultural vem a coincidir com a formação humana, convertendo-se o 
pedagogo, por sua vez em formador de homens (SAVIANI, 1985, p.27).
Este profissional deve ter domínio de toda legislação da educação, sua atuação 
se difere do diretor escolar, pois a função do diretor é voltada a parte burocrática 
da institução escolar e o pedagogo tem a função de humanizar a instituição escolar, 
atuando juntamente com o corpo docente, funcionários e comunidade, por uma 
educação de qualidade, priorizando o atendimento individual de pais/responsáveis e 
dos alunos. 
.
9.3 O pedagogo em espaços não escolares
O pedagogo deixou aquela perspectiva de uma formação única para ser professor 
e atuar dentro do ambiente escolar. Hoje o pedagogo tem espaço de atuação em 
outros ambientes com educação não formal e informal. 
A educação não formal, por sua vez, aliada aos esforços da escola, visa 
a complementar a formação específica para determinados objetivos 
pessoais. Cada vez mais, ampliam-se os espaços da educação não 
formal. Neles, o pedagogo pode planejar e desenvolver programas 
e projetos educacionais com maior ou menor grau de estrutura e 
sistematização (BENTO, 2016, p. 23).
Nesta perspectiva, o pedagogo também tem espaço de atuação sem estar 
diretamente ligado ao processo de ensino e aprendizagem.
O pedagogo se tornou um dos sujeitos que compõem as equipes 
multidisciplinares que pensam e implementam os projetos destinados 
a incentivar os indivíduos das comunidades em que as ONGs estão 
inseridas a ocupar seu lugar como sujeitos da história, aqueles que 
reconhecem seus pares e, juntos, assumem-se como construtores da 
história, o que é algo vivo, orgânico. Assim, começa-se a vislumbrar 
uma nova via de democratização do conhecimento historicamente 
construído e a tessitura de uma sociedade que vise ao SER em 
detrimento do TER, que tenha uma fraterna solidariedade (SCHMITZ, 
2012, p. 84).
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Veja, Bento (2016) afirma que o pedagogo empresarial tem como objetivo empregar 
o conhecimento, gerando o progresso no desempenho da produção. O pedagogo do 
século XXI é multifacetado, pois atua em diversas perspectivas, sendo elas referentes 
à educação, organização de projetos, ações sociais, administrativas ou gestão.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Os espaços não escolares de atuação do pedagogo são vários, mas vamos 
apresentar melhor a pedagogia hospitalar: 
A pedagogia hospitalar é um modo de ensino da Educação Especial que visa a ação 
do educador no ambiente hospitalar, no qual atende crianças ou adolescentes com 
necessidades educativas especiais transitórias, ou seja, crianças que por motivo 
de doença precisam de atendimento escolar diferenciado e especializado. Cabe ao 
hospital buscar alternativas e métodos qualificados que possibilitem aos pacientes 
usufruírem de abordagens educativas por um determinado espaço de tempo. Este 
novo espaço de educação nos hospitais é desenvolvida pela necessidade de atender 
crianças afastadas da escola e também é um espaço de ajuda nos transtornos 
emocionais, causados pela internação, como a raiva, insegurança, incapacidades 
e frustrações que podem prejudicar na recuperação do paciente. [...] A pedagogia 
hospitalar é um desafio, nesta área o pedagogo desenvolve um trabalho 
solidário ajudando pacientes prejudicados na sua escolarização, proporcionando 
conhecimento e qualidade de vida ao paciente. A educação no hospital tem como 
princípio, o atendimento personalizado ao educando na qual se trabalha uma 
proposta pedagógica com as necessidades, estabelecendo critérios que respeitem 
a patologia do paciente. No hospital a criança está longe do seu cotidiano voltado 
pelos amigos, brincadeiras e escola entrando em contato com integrantes do 
hospital enfermeiras, médicos além da família, por isso e fundamental a atenção do 
educador, em articular atividades para a aceitação do paciente no hospital.
Fonte:https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-papel-pedagogo-hospitalar.htm
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AULA 10
GESTÃO ESCOLAR: O 
PAPEL DO DIRETOR ESCOLAR
Fonte: https://pixabay.com/illustrations/team-silhouettes-corporate-human-1697987/
O Século XXI trouxe grandes mudanças para todas as áreas do conhecimento. 
Uma das mudanças foi a nomeação de gestor para o antigo diretor de empresa. Esse 
termo também ganhou lugar na educação, trocando o termo diretor escolar para 
gestor escolar. 
Mas para entender melhor a figura do gestor (diretor), vamos entender a história 
deste profissional tão importante para a instituição escolar. 
10.1 O Diretor Clássico
A função de diretor escolar é nova, quando comparada à história da educação, pois 
surgiu da necessidade de organização e resolução de problemas dentro da instituição 
escolar, no início do século XX. Esse processo aconteceu ainda com a educação 
tradicional que já apresentava sintomas de que precisava de mudanças. 
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Quando as escolas começam a crescer, na década de 1930, 
coincidindo com o início da industrialização no Brasil e o movimento 
escolanovista (Manifesto dos Pioneiros de 1932), as atribuições 
(atividades, isto é, o dever fazer) e competências (autoridade, isto é, 
o poder fazer) aumentam e se tornam mais complexas, dando origem 
à administração escolar especialmente aplicada à educação básica 
(SANTOS, 2012, p.38).
O Manifesto dos Pioneiros trouxe grandes avanços para a educação no Brasil, o 
movimento escolanovista revolucionou a maneira de pensar a organização escolar, 
e assim nasce o diretor escolar, mas esse profissional, inicialmente trouxe uma 
perspectiva tradicional para o cargo, como autoridade máxima da instituição. 
A figura clássica do diretor de escola surge em uma instituição deporte 
médio, quando um dos professores assume a missão de coordenar 
o trabalho comum e prover os meios para que os docentes exerçam 
melhor suas funções. Portanto, era um coordenador ou diretor 
pedagógico, mais que um funcionário administrativo-burocrático. 
[...] Apesar das críticas à direção de escola, não se pode negar sua 
importância e necessidade. No entanto, as tarefas administrativo-
burocráticas não podem absorver totalmente o tempo do gestor 
escolar em detrimento do utilizado pela parte pedagógica (SANTOS, 
2012, p.38)
No início o papel do diretor era puramente administrativo, de tomada de decisões. 
Tudo que acontecia na instituição escolar era com a autorização exclusiva do diretor, 
ele era o único que detinha o poder de decidir as solicitações dos professores, 
funcionários e alunos. 
Observe a organização da escola com o papel do diretor clássico:
Fonte: Sant´Anna (2014, p.48)
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Com o passar do tempo, outros cargos ganharam força dentro da instituição 
escolar e o diretor que no início era detentor do poder e de todas as decisões escolares 
aprendeu a delegar e dividir as responsabilidades com o coordenador pedagógico, e 
agora divide as responsabilidades com as instâncias colegiadas, principalmente com 
o conselho escolar, que é o órgão máximo dentro da instituição. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O texto “As responsabilidades do diretor” define o diretor como um profissional que, 
na definição clássica conjuga três perfis básicos:
 Administrador escolar: mantém a escola dentro das normas do sistema 
educacional, segue portarias e instruções, é exigente no cumprimento de prazos.
Supervisor pedagógico: valoriza a qualidade do ensino, o projeto pedagógico, a 
supervisão e a orientação pedagógica e cria oportunidades de capacitação docente.
Líder sociocomunitário: preocupa-se com a gestão democrática e com a 
participação da comunidade, está sempre rodeado de pais, alunos e lideranças do 
bairro, abre a escola nos finais de semana e permite trânsito livre em sua sala.
Fonte:https://gestaoescolar.org.br/conteudo/235/as-responsabilidades-do-diretor
10.1.1 O papel do diretor como gestor na educação contemporânea
O papel do diretor continua sendo fundamental para a organização e funcionamento 
da instituição escolar. A nova nomenclatura de gestor deixa claro que acima de tudo, 
este profissional está ali para promover a educação democrática. 
 Nesse sentido, Santos (2012, p.40) afirma que “o gestor escolar (diretor) cabe 
coordenar esse exército de especialistas e não ser apenas um ‘diretor geral’ de ‘diretores 
setoriais’ que só indiretamente conhecem os dados que informam ou apoiam suas 
decisões”.
O gestor escolar (diretor) deve estar perfeitamente integrado ao 
processo, coordenando e aprovando todas as iniciativas para o êxito da 
proposta pedagógica, que deve ser construída por toda a comunidade 
interna e externa à instituição [...] O gestor escolar (diretor) deve estar 
perfeitamente integrado ao processo, coordenando e aprovando 
todas as iniciativas para o êxito da proposta pedagógica, que deve 
ser construída por toda a comunidade interna e externa à instituição 
(SANTOS, 2012, p.39).
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A construção da gestão escolar precisa contar com Diretor disposto a saber 
ouvir, saber fazer e saber orientar, para que a gestão democrática seja símbolo de 
crescimento críticos e cidadão para todos os alunos. 
Ao diretor cabe, indiscutivelmente, uma postura em consonância com 
os fundamentos da proposta de escola, pois de nada adianta pregar 
dogmaticamente uma ideia que não seja de fato vivenciada. É uma 
outra instância de um currículo oculto do qual partem coerência entre 
discurso e prática, consistência de trabalho, além de segurança para 
corpo docente, funcionários, alunos e pais (COLOMBO, 2011, p. 242).
Observamos que os desafios para ser um gestor na educação contemporânea são 
muitos. Na perspectiva de Colombo (2011, p. 242) espera-se do gestor (Diretor):
 Tenha criatividade
 Percebo macro.
 Saiba trabalhar em equipe.
 Seja ágil na resolução de problemas.
 Se comunique com eficiência.
A principal função do administrador escolar é realizar uma liderança 
política, cultural e pedagógica, sem perder de vista a competência 
técnica para administrar a instituição que dirige, demonstra que o 
diretor e a escola contam com possibilidades de, em cumprimento 
com a legislação que rege, usar criatividade e colocar o processo 
administrativo a serviço do pedagógico e assim facilita a elaboração 
de projetos educacionais que sejam resultantes de uma construção 
coletiva dos componentes da escola (HORA, 2014, p.53).
Segundo Colombo (2011, p.242), o ponto central da nova gestão escolar é valorizar 
e investir no capital humano, conferir autonomia e responsabilidade aos profissionais 
envolvidos e conferir autoridade ao líder que atue como organizador, articulador e 
mobilizador dos diversos processos que se desenvolvem na escola. 
De acordo com Oliveira (2020), as principais funções do gestor de escola são:
 Administrativa - Que objetiva o andamento e aperfeiçoamento de todas 
as tarefas burocráticas da escola, acompanhando as partes ou fases dos trabalhos 
escolares que não funcionam a contento e providenciar modificações que as tornem 
mais eficientes.
 Pedagógica – Atua sobre a boa ação didática do magistério que deve estar 
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presente nas cogitações do gestor para que os objetivos sejam atingidos. Seu estímulo 
deve fazer-se sentir junto à coordenação pedagógica, para que os professores se 
atualizem continuamente.
 Social – Quando o gestor realiza melhor o entrosamento entre a escola e 
a comunidade, oferecendo melhores oportunidades de socialização dos educandos.
 Relações Humanas - É considerada a função mais importante, pois o 
gestor dedica-se para transformar a escola numa autêntica comunidade, de ideais e 
de esforços entre direção, corpo docente, corpo discente, família e sociedade.
A função de gestor (diretor) é complexa e fundamental, mas o profissional 
responsável por essa função deve agir com empatia e sabedoria, não apenas com 
os alunos e pais/ responsáveis, mas com os funcionários que trabalham com ele, 
e manter a discrição quando for necessário chamar a atenção ou dispensar algum 
funcionário, jamais fazer algo nesse sentido na frente de outras pessoas. 
Seguindo esta perspectiva, precisamos entender os tipos de liderança segundo 
Toledo (2016, p. 39):
• Liderança transformacional – trata-se de uma liderança assentada 
sobre valores, integridade e confiança compartilhados por todos na 
organização;
• Liderança transacional – focada sobre as interações entre as 
pessoas como maneira de manter a unidade da organização;
• Liderança compartilhada – típica das organizações de 
gestãodemocrática, em que as decisõessão tomadas coletivamente, 
havendo espaço para agir com criatividade em prol dos objetivos da 
organização;
• Coliderança – aqui uma equipe de gestão se responsabiliza pela 
liderança geral;
•Liderança educativa–centrada na formação de organizações de 
aprendizagem, típica da escola, como organização que aprende;
• Liderança holística – considera todos os aspectos da realidade, 
com foco no desenvolvimento global e equilibrado das ações 
desenvolvidas na escola. 
O profissional responsável pela gestão escolar deve ter conhecimento específico 
sobre a gestão escolar e merece respeito e apoio de toda comunidade escolar e local. 
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ISTO ESTÁ NA REDE
Agora que ficou mais claro qual é o objetivo da gestão escolar é importante 
entender melhor quais são as funções do educadorque desempenha o papel 
de gestor. Basicamente, ele é responsável pelo sucesso da escola, desde a 
infraestrutura até a captação de alunos. Ele deve conferir os materiais, determinar 
os conteúdos junto aos professores, atender os estudantes, supervisionar serviços 
internos e auxiliar na seleção de novos profissionais.
[...]
Acima de tudo, um bom gestor precisa ser um bom líder. Dessa forma, ele cria 
um ambiente ideal para que as pessoas desenvolvam suas habilidades. É preciso 
conhecer o propósito da escola, sua missão e dificuldades. 
O gestor escolar também precisa ter um ótimo relacionamento com toda a 
comunidade escolar, desde alunos, responsáveis e diretores até secretários de 
educação e prefeitos.
Fonte: https://jornadaedu.com.br/gestao-escolar/gestao-escolar/
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AULA 11
A GESTÃO ESCOLAR NO 
SISTEMA PÚBLICO DE ENSINO
Fonte: https://pixabay.com/illustrations/businessman-businesswoman-2753324/
A gestão escolar possui perspectivas diferentes no ensino público e no ensino 
privado. Nesse sentido, esta aula apresenta a perspectiva da gestão escolar 
especificamente na escola pública de ensino. 
11.1 A escola pública
A oferta da educação básica na escola pública de ensino está amparada pela Lei 
máxima do país, a Constituição Federal, e pela Lei máxima da Educação, a Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 
Segundo a Constituição Federal de 1988, “Art. 205. A educação, direito de todos 
e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício 
da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Nesse sentido, como sendo dever do 
Estado, a educação deve ser oferecida gratuitamente a toda população. A garantia da 
educação pública está detalhada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
Lei 9.394/96: 
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Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado 
mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 
(dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação 
dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
À luz do conhecimento da LDB podemos entender que a educação pública gratuita 
é obrigatória em todas as etapas da educação básica (educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio). A escola não é responsável pela busca de crianças fora 
da escola pela comunidade, a obrigatoriedade de matricular os filhos na escola é dos 
pais que podem responder judicialmente caso isso não aconteça. 
O acompanhamento da frequência dos alunos é realizado pelo professor, 
com apoio da gestão escolar (coordenação e direção). Assim, o papel da gestão 
escolar para garantir que os alunos matriculados permaneçam na escola é 
fundamental. 
A escola deve ofertar uma educação pública, gratuita, democrática, 
inclusiva e de qualidade para todos.[...] o processo de apropriação e 
reapropriação do conhecimento, a organização coletiva do trabalho 
de sala de aula e o relacionamento interpessoal são elementos 
fundamentais para que a educação desempenhe a sua função e a 
concretize no cotidiano da escola por meio dos processos de gestão 
(PABLO, 2019, p. 32)
Nesta perspectiva é fundamental que os profissionais responsáveis pela gestão da 
escola pública sejam capacitados para a função, conhecedores de toda a estrutura da 
educação básica pública e seus objetivos, devem conhecer a legislação que ampara 
toda a educação e ter bom diálogo com a comunidade escolar e local. 
11.1.1 A Gestão na escola pública
A gestão da escola pública acontece com a coordenação pedagógica, diretor escolar 
(gestor), com apoio e aprovação do conselho escolar (órgão máximo da instituição). 
O Plano Nacional de Educação 2014-2024 estabelece que a gestão na escola 
pública deve acontecer mediante “VI - promoção do princípio da gestão democrática 
da educação pública; de acordo com as estratégias:
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Estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos escolares 
e conselhos municipais de educação, como instrumentos de 
participação e fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive 
por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se 
condições de funcionamento autônomo; [...] Estimular a participação e 
a consulta de profissionais da educação, alunos (as) e seus familiares 
na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, 
planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a 
participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares 
(BRASIL, 2014).
Nesta perspectiva a gestão da escola pública depende não apenas dos profissionais 
responsáveis pela instituição escolar, mas também depende da atuação efetiva da 
comunidade escolar e local, nas instâncias colegiadas e na elaboração do Projeto 
político pedagógico. 
Considerando o atual contexto de trabalho do gestor educacional, 
balizado por uma regulamentação que se apoia sobre a gestão 
participativa, a liderança é uma competência inerente ao cargo. Não 
há como conceber uma prática de gestão na escola, sobretudo na 
escola pública, em que o gestor não seja o líder dos processos que 
viabilizam o projeto pedagógico da escola (TOLEDO, 2016, p.29)
Na perspectiva de Paulo Freire (1992) um dos princípios da gestão escolar 
democrática é ofertar educação de qualidade para todos, envolvendo a participaçãoe 
o compromisso da comunidade e do núcleo gestor com o desenvolvimento de práticas 
democráticas na escola pública.
 Assim, a boa relação entre escola e comunidade é fundamental para a 
efetividade da gestão democrática na educação pública. 
ISTO ESTÁ NA REDE
O texto: Gestão democrática escolar: esferas, funcionamento e legislações,esclarece 
o papel do gestor muito bem “A gestão escolar é um tema bastante estudado na 
comunidade acadêmica, principalmente aquela que gerencia a educação básica. É a 
partir dela que acontece todo o funcionamento da escola. Depois de muitos estudos 
e pesquisas, entendeu-se que a Gestão Democrática é a mais relevante para o 
processo completo de ensino-aprendizagem. [...] A gestão de uma escola pública 
é responsável também por garantir o bom funcionamento da unidade, bem como 
pela preservação e manutenção do espaço público. A análise do que precisa ser 
comprado, melhorado ou descartado é feita pelo gestor ou alguém designado por 
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ele, o que não isenta os demais pares deste processo de participar e contribuir para 
as melhorias da unidade. Cabe ao gestor assegurar que os recursos financeiros 
destinados à manutenção dos espaços da unidade, os materiais necessários para 
o serviço de alimentação escolar, a limpeza de todo o ambiente e os instrumentos 
tecnológicos e pedagógicos sejam investidos integralmente para esses fins. O corpo 
discente e docente precisa funcionar em um espaço bem organizado, limpo e com 
mínima condição de uso. E cabe ao gestor assegurar esse espaço.”
Fonte:https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/5/gestao-democratica-escolar-esferas-funcionamento-e-legislacoes
11.1.1.1 A escola e a comunidade
Para Pablo (2019, p.20), “Hoje, busca-se uma gestão escolar com base na 
democratização e na autonomia, o que requer vínculos mais estreitos com a 
comunidade educativa, os pais, as entidades e as organizações paralelas à escola.” 
Ainda para este autor “as escolas atuais necessitam de gestorescapacitados para 
promover a integração entre todos os membros da escola e a comunidade.”
A participação ativa deve ser uma via de mão dupla, tanto a comunidade deve apoiar 
e participar efetivamente dentro da instituição escolar, como a instituição escolar tem 
o dever que integrar e participar do crescimento da comunidade local. 
A comunidade vai contribuir com a instituição participando das instâncias colegiadas, 
principalmente do conselho escolar, e na construção e aprovação do projeto político 
pedagógico. Já a instituição escolar deve contribuir com a comunidade com apoio, 
lutando por uma educação justa, democrática e de qualidade para a comunidade. A 
gestão também pode promover palestras e gincanas envolvendo toda a comunidade 
local. 
Aescola, como organização social, também pretende ser um 
espaço democrático, de modo que os educadores profissionais, 
os alunos, os pais, os ativistas comunitários e outros cidadãos do 
contexto social imediato tenham o direito de estarem bem 
informados e de terem uma participação crítica na criação e 
execução do Projeto Educativo (HORA, 2014, p. 5).
A integração entre a instituição e a comunidade é fundamental para o processo de 
ensino e aprendizagem, proporcionando aos alunos uma formação crítica, e atuante 
na sociedade, que lutarão por justiça e igualdade, fortalecendo sua comunidade. 
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/5/gestao-democratica-escolar-esferas-funcionamento-e-legislacoes
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AULA 12
GESTÃO ESCOLAR E O 
PROCESSO DE AVALIAÇÃO 
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/coment%c3%a1rios-pesquisa-revis%c3%a3o-melhor-3584509/
O processo de avaliação passou por mudanças no decorrer da história da educação, 
sendo fundamental que o gestor escolar entenda essas mudanças. Para direcionar e 
acompanhar de perto o processo de avaliação da instituição que trabalha. 
Até a década de 1970, o tema avaliação não despertava a atenção 
de educadores, alunos e pais como agora acontece. Ele só começou 
a ser mais discutido depois que foram criados os conselhos de 
classe, embora tais discussões se baseassem muito menos em 
princípios e métodos pedagógicos e muito mais em divergências 
entre professores sobre os méritos ou deméritos dos alunos e dos 
próprios professores, enquanto os pais se concentravam mais nas 
“injustiças” ocorridas durante as avaliações (FALIVENE, 2013, p.04).
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A avaliação acontecia no método tradicional de ensino e, muitas vezes, era vista 
como punição. Há relatos de ex-alunos que afirmam que a avaliação era a justificativa 
para manter a ordem. Ou seja, a avaliação era utilizada como punição para a desordem 
ou falta de comportamento dos alunos na sala de aula. 
Naquela época, a avaliação era um ponto pacífico na Educação, 
porque não era vista como um processo concomitante ao ensino-
aprendizagem e sim como um processo à parte e apenas uma 
verificação do resultado do esforço ou da displicência dos alunos, 
medido no final de determinados períodos (FALIVENE, 2013, p.04).
O processo avaliativo é muito mais do que uma verificação, ela faz parte do 
processo de ensino e aprendizagem, e o tipo de avaliação utilizada pela instituição 
escolar deve estar claro no projeto político pedagógico. A avaliação é o momento de 
entender o processo de ensino e aprendizagem como uma via de “mão dupla”, pois 
o aluno vai demonstrar se o método utilizado é favorável para sua aprendizagem ou 
não. O processo avaliativo deve mostrar caminhos para o aluno, para o professor e 
para a escola como um todo. 
ANOTE ISSO
No Brasil, a reforma da educação com foco no desenvolvimento de competências 
e na avaliação formativa iniciou-se, como já foi visto, antes da pesquisa citada, com 
a LDB/96, embora até hoje ela ainda não se encontre consolidada enquanto prática 
efetiva. Isso é lamentável, pois a avaliação formativa é a forma mais segura de 
acompanhamento e controle dos resultados do ensino-aprendizagem, pois promove 
o aprimoramento da prática pedagógica dos educadores e o autodesenvolvimento 
do aluno.
Fonte: (FALIVENE, 2013,p.79)
12.1 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: Avaliação somativa, avaliação diagnóstica 
e avaliação formativa
Há vários métodos e formas de realizar a avaliação da aprendizagem, desta 
maneira, nesta aula vamos apresentar a avaliação somativa, a avaliação diagnóstica 
e a avaliação formativa. 
A avaliação somativa tem a função de classificar, ela acontece no fim do 
processo. Esta avaliação consiste em classificar os alunos de acordo com o nível de 
aproveitamento já estabelecido, com objetivo de promover de uma série para outra, 
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ou de um grau para outro. É uma avaliação pontual, já que deve acontecer no final 
de um curso, de um bimestre ou de um ciclo de aprendizagem, sempre tratando de 
determinar o grau de domínio de alguns objetivos previamente estabelecidos. 
A avaliação diagnóstica deve ser realizada no início do curso, semestre ou período 
de aprendizagem, tem como objetivo constatar o desempenho do aluno e seu domínio 
de conteúdo para aquisição de novas aprendizagens. O propósito desta avaliação é 
informar o professor sobre o nível de conhecimentos e habilidades de seus alunos, 
antes de iniciar o processo de ensino e aprendizagem de novos conteúdos. 
A avaliação formativa é o processo avaliativo mais discutido na educação 
contemporânea, muitos pesquisadores entendem que esta é a melhor forma de 
avaliar. Esta avaliação tem função orientadora, assegurando que cada novo ciclo de 
ensino e aprendizagem atinja resultados melhores. A finalidade da avaliação formativa 
é proporcionar informações acerca do desenvolvimento de um processo de ensino e 
aprendizagem, com o fim de que o professor possa ajustá-lo, para melhor atender o 
aluno em sua individualidade. 
Como se caracteriza a avaliação formativa? 
1. É qualitativa, pois deve ser feita para orientar e acompanhar a aprendizagem 
dos alunos e as práticas didático-pedagógicas dos professores, ao invés de apenas 
classificar, julgar, atribuir aos primeiros os resultados insatisfatórios e responsabili-
zar os segundos pelos os resultados satisfatórios, como se fazia mais comumente 
na avaliação tradicional. 
2. Está inserida no processo de ensino-aprendizagem o tempo todo – desde antes 
do planejamento do curso até à sua finalização –, abrindo, inclusive, possibilidades 
para a reformulação do plano de curso e de aula elaborados pelo professor, confor-
me forem coletados dados nas diversas atividades avaliadas. 
3. É, portanto, contínua e serve de instrumento de controle tanto do ensino quanto 
da aprendizagem. Como ocorre durante todo o tempo em que o professor e o alu-
no estão juntos, ambos podem perceber desenvolvimentos e dificuldades e dialogar 
sobre tais situações, procurando suas causas e seus resultados possíveis. Essa per-
cepção e os diálogos dela decorrentes aproximam os dois e os tornam parceiros, 
companheiros: uma dupla em busca de um desenvolvimento bem-sucedido.
Fonte: (FALIVENE, 2013,p.76)
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A avaliação, na dimensão pedagógica, está ligada ao processo de ensino e 
aprendizagem com todas as suas características, como: princípios, objetivos, 
conteúdos e metodologia. A avaliação compõe os elementos necessários e coerentes 
que objetivam a aprendizagem do aluno. Nesta perspectiva, assim como todo o 
processo de ensino e aprendizagem, a escolha do processo avaliativo deve estar claro 
no projeto político pedagógico da instituição escolar, aprovado pelo conselho escolar. 
 Além da avaliação da aprendizagem interna da instituição escolar,os alunos 
realizam as avaliações institucionais. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Com a pandemia foi necessário reinventar a educação, aulas mediadas por 
tecnologia, ensino híbrido, tudo para que a aprendizagem não parasse nesse 
momento. No entanto, muitos professores estão procurando caminhos para avaliar 
o processo cognitivo, um processo importante que permite ao educador traçar 
novas rotas e mais do que isso, abordar novas metodologias. Os modelos clássicos 
que quantificam a aprendizagem já vinham sofrendo críticas antes de estarmos 
vivenciando o processo emergencial. Com a educação mediada por tecnologia 
surge a oportunidade de repensar práticas, descobrir o que dá certo e encontrar 
novos caminhos, inclusive para promover uma avaliação que avalie o processo e 
não somente o produto final e no momento oportuno, combiná-las com a retomada 
das aulas presenciais. 
Fonte:https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/debora-garofalo/2020/09/09/como-avaliar-a-aprendizagem-em-tempos-de-pandemia.
htm?cmpid=copiaecola
12.2 AS AVALIAÇÕES EM LARGA ESCALA
Caro(a) aluno (a), você já ouviu falar em avaliação em Larga escala?
As avaliações em larga escala iniciaram na década de 1990, com as políticas 
neoliberais, com apoio dos organismos internacionais. Essas avaliaçõesganharam 
força com a criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), 
organizado para atender as necessidades da nova organização do país e da educação 
como um todo. 
Houve muitas mudanças e evoluções no processo de organização dessas avaliações 
na educação básica e hoje temos o Saeb responsável pelas seguintes avaliações:
Aneb- Avaliação Nacional da Educação Básica (acontece de forma amostral, 
escolas e alunos das redes públicas e privadas do país que não atendem aos critérios 
de participação da Anresc/Prova Brasil, que pertencem às etapas finais dos três 
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últimos ciclos da Educação Básica: em áreas urbanas e rurais, 5º e 9º ano do Ensino 
Fundamental e 3º ano do Ensino Médio regular).
Anresc/ Prova Brasil – Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (aplicada 
aos alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental público, nas redes estaduais, 
municipais e federais, de área rural e urbana, em escolas que tenham no mínimo 20 
alunos matriculados na série avaliada. A Prova Brasil oferece resultados por escola, 
município, Unidade da Federação e país que são utilizados no cálculo do Ideb).
ANA – Avaliação Nacional da Alfabetização (Acontece no 3º ano do Ensino 
Fundamental, conforme orientação da Base Nacional Comum Curricular, com as 
disciplinas: Língua Portuguesa e Matemática).
Há também outras duas avaliações de extrema importância para a educação: ENEM 
(Exame Nacional do Ensino Médio eo ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos 
Estudantes). O Enem e o Enade são avaliações de larga escala, de natureza sistêmica, 
que são realizada por um agente externo à escola, o Inep.
Essas avaliações estão previstas por lei, amparadas pela Constituição Federal e 
pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O que é a Provinha Brasil
A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica que visa investigar as habilidades 
desenvolvidas pelas crianças matriculadas no 2º ano do ensino fundamental 
das escolas públicas brasileiras. Composta pelos testes de Língua Portuguesa e 
de Matemática, a Provinha Brasil permite aos professores e gestores obter mais 
informações que auxiliem o monitoramento e a avaliação dos processos de 
desenvolvimento da alfabetização e do letramento inicial e das habilidades iniciais 
em matemática, oferecidos nas escolas públicas brasileiras, mais especificamente, 
a aquisição de habilidades de Leitura e de Matemática. Aplicada duas vezes ao ano, 
a avaliação é dirigida aos alunos que passaram por, pelo menos, um ano escolar 
dedicado ao processo de alfabetização. Todos os anos os alunos da rede pública de 
ensino, matriculados no 2º ano do ensino fundamental, têm oportunidade de participar 
do ciclo de avaliação da Provinha Brasil. A adesão a essa avaliação é opcional, e a 
aplicação fica a critério de cada secretaria de educação das unidades federadas. A 
aplicação em períodos distintos possibilita a realização de um diagnóstico mais preciso 
que permite conhecer o que foi agregado na aprendizagem das crianças, em termos de 
habilidades de leitura e de matemática. Ressalte-se que a data de aplicação da Provinha 
Brasil segue sendo uma decisão de cada rede de ensino.
Fonte: http://portal.inep.gov.br/provinha-brasil
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AULA 13
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Fonte: https://pixabay.com/pt/vectors/reuni%c3%a3o-neg%c3%b3cios-brainstorming-1453895/
A gestão do conhecimento surgiu das novas perspectivas de gestão na década 
de 1990, juntamente com os termos “era da Informação” e“era do conhecimento”, 
cada qual com sua singularidade. A gestão do conhecimento ganhou força e espaço 
dentro das grandes empresas. Hoje existem cursos de pós-graduação lato-sensu 
(especialização) ou stricto-sensu (Mestrado e doutorado) direcionados especificamente 
para esta formação. 
Gerenciar o conhecimento é algo grande, poderoso e forte, e assim o gestor escolar 
também precisa de conhecimentos sobre a gestão do conhecimento para aplicar o 
que for possível desta perspectiva dentro do ambiente escolar, por isso, caros (as) 
alunos (as), esta aula é dedicada a gestão do conhecimento. 
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13.1 A gestão do conhecimento
Para entender a gestão do conhecimento precisamos entender o conceito que essas 
palavras nos trazem. O conceito de gestão já foi apresentado nas aulas anteriores, 
mas retomaremos para compreender a gestão do conhecimento como um todo. 
Gestão 
um substantivo feminino; 
Ação de gerir, de administrar, de governar 
ou de dirigir negócios públicos ou particu-
lares; administração. Função ou exercício 
da pessoa responsável pela administra-
ção; gerência. (DICIONÁRIO ONLINE)
Conhecimento
substantivo masculino
Entendimento sobre algo; saber: conheci-
mento de leis.
Ação de entender por meio da inteligên-
cia, da razão ou da experiência.
[Por Extensão] Ação de dominar uma 
ciência, uma arte, um método, um pro-
cedimento etc.: ele tinha grande conheci-
mento de história. (DICIONÁRIO ONLINE)
Fonte: https://www.dicio.com.br//
Nesse sentido podemos entender que a gestão do conhecimento é gerenciar/ 
administrar o entendimento, ou seja, é gerenciar o ato de conhecer/ entender algo, 
administrar o conhecimento. 
Esta perspectiva de gestão surgiu no fim do século XX, com as novas políticas de 
Estado, com objetivo de melhorar a comunicação e o desenvolvimento das empresas. 
Desde o início da década de 1990, a administração do conhecimento tornou-se o 
assunto do momento. Os pesquisadores da administração, os consultores e os 
especialistas da mídia de todo o mapa global exortavam as empresas atuais a 
considerar a criação do conhecimento uma fonte de vantagem competitiva, para 
enfocar as necessidades dos trabalhadores do conhecimento (HIROTAKA; IKUJIRO, 
28, p. 118)
Nessa linha de pensamento os funcionários devem trabalhar com ideias inovadoras 
e criativas que impulsionam o crescimento da empresa. Ainda para os autores, o 
conhecimento deve ser gerado, portanto, em um ambiente verdadeiramente empático, 
onde as pessoas importam-se com as experiências individuais genuínas. 
https://www.dicio.com.br/gestao/
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ANOTE ISSO
A promoção do conhecimento inclui facilitar as conversações e as relações, assim 
como compartilhar o conhecimento local através de uma organização ou além 
dos limites geográficos e culturais. No entanto, em um nívelmais aprofundado, 
a promoção do conhecimento depende de um novo sentido de conhecimento 
emocional e cuidado na organização, um sentido que enfatize como as pessoas 
tratam-se entre si e que encoraje a criatividadeaté mesmo a jocosidade (HIROTAKA; 
IKUJIRO, 2008, p.128).
13.1.1 A gestão como promotora do conhecimento
Para que a gestão do conhecimento seja efetiva dentro da empresa, 
os funcionários precisam de integração e o gestor deve proporcionar 
um ambiente agradável para que todos se sintam confortáveis em 
criar, pesquisar e apresentar novas ideias. A criação do conhecimento 
deve ser acompanhada pela promoção do conhecimento, dadas à 
fragilidade característica do conhecimento e as várias barreiras a 
sua criação (HIROTAKA; IKUJIRO, 200, p.119).
No entanto, a criação, a pesquisa e aquisição de novos conhecimentos 
precisam de disposição do indivíduo, ele precisa estar disposto a 
esse processo e sabemos que há certa dificuldade por parte de 
alguns indivíduos em aceitar as mudanças. Manter o que já está em 
andamento é mais fácil e mais seguro. 
Podemos encontrar várias barreiras à criação do conhecimento, tanto 
individuais quanto organizacionais. Iniciaremos com as barreiras 
individuais. A criação do conhecimento no nível individual envolve 
a capacidade de lidar com novas situações, eventos, informação e 
contextos (HIROTAKA; IKUJIRO, 2008, p.121).
Embora alguns indivíduos tenham certa resistência em aceitar as mudanças, novas 
propostas e processo de criação, Santanna (2014, p.69) acredita que as pessoas 
possuem mapas mentais de como planejar, implementar e avaliar suas ações, mesmo 
que sejam processos inconscientes ou, algumas tantas vezes, tenham ações distintas 
do que sentem ou pensam. 
Nesta perspectiva, é essencial a atuação da educação para promover o indivíduo 
a entender a trabalhar a gestão do conhecimento. A educação é o caminho 
para desenvolver a criatividade, o autoconhecimento, a confiança e a conexão, 
características necessárias para o sucesso na gestão do conhecimento. 
Para além da sala de aula, a gestão do conhecimento pode ser utilizada pela gestão 
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escolar com seus funcionários. Lembrando que “Ao estabelecer a gestão democrática 
do ensino, o texto constitucional institui, ao mesmo tempo, o direito e o dever de 
participação a todos os que atuam nos sistemas de ensino” (SANTANNA, 2014, p.21).
Agestão democrática atrelada à gestão do conhecimento pode oferecer excelentes 
resultados dentro deste ambiente de ensino e aprendizagem. 
ISTO ESTÁ NA REDE
O artigo “Gestão do Conhecimento: o que é e por que aplicá-la na sua empresa” 
apresenta os pontos principais desta perspectiva de gestão. O sucesso de uma 
empresa, independentemente do seu porte ou ramo de atuação, está vinculado à 
prática de transformar seu conhecimento em resultados efetivos. Com a gestão 
do conhecimento aplicada no dia a dia, as respostas deixam de ser construídas a 
partir do zero e, com o tempo, começam a acontecer de forma intuitiva sem que 
as pessoas se deem conta disso. Sabe aquela premissa de que devemos aprender 
com os erros? Então, isso é levado em conta na GC, pois erros e acertos são 
gerenciados para serem utilizados em decisões futuras com base no aprendizado 
obtido em experiências anteriores. [...] A gestão do conhecimento consiste na 
administração dos ativos de conhecimento de uma organização. É um processo 
sistemático de identificação, criação, renovação e aplicação dos conhecimentos 
estratégicos na vida de uma companhia. O conceito abrange um conjunto de 
metodologias e tecnologias que visam criar condições para identificar, integrar, 
capturar, recuperar e compartilhar o conhecimento existente nas organizações. 
A soma do conhecimento de todos em uma empresa resulta no seu capital 
intelectual, criado a partir do intercâmbio entre o capital humano, o capital estrutural 
e o capital clientes.
Fonte: https://www.oconhecimento.com.br/gestao-do-conhecimento/
13.1.1.1 As inovações da gestão do conhecimento na era da informação no 
ambiente escolar
O século XXI trouxe com ele uma grande necessidade de mudança na educação. 
A gestão escolar é o ponto a ser discutido com atenção, pois é a partir da gestão que 
a comunidade escolar poderá ser repensada, assim há uma séria discussãosobre a 
atuação da gestão democrática e da gestão do conhecimento dentro da instituição 
escolar. 
https://www.oconhecimento.com.br/gestao-do-conhecimento/
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A escola deve ser um centro de formação humana, cidadã e 
profissional, além de um espaço privilegiado de socialização dos 
jovens, de desenvolvimento de suas aptidões e sonhos. Por isto 
mesmo, a estrutura educacional precisa ser repensada, buscando 
aproximar-se da realidade dos jovens e da cultura juvenil (TEIXEIRA, 
2018, p. 125).
A escola deve abrir caminhos para que o indivíduo esteja preparado a assumir seu 
papel na sociedade atual (era do conhecimento, era digital, era da informação). Ainda 
para o autor “a elaboração de projetos educacionais deve engendrar a oportunidade de 
práticas, construções e investigações colaborativas e sociais em rede, considerando 
para isto a coaprendizagem e a coinvestigação” (TEIXEIRA, 2018, p. 188).
Uma metodologia inovadora educacional deve estar inserida, por 
exemplo, em uma educação híbrida, que mistura o ensino presencial 
e o online, que ocorre tanto nas instituições educacionais, de modo 
formal, como informalmente, por meio de tecnologias digitais. As 
redes são formadas justamente para sustentar essas interações 
que agora ultrapassam espaços (abertos) e se conectam a novos 
interesses, que pertencem a todos aqueles envolvido (TEIXEIRA, 2018, 
p.197).
Com uma gestão preparada para assumir essas mudanças, o sucesso do futuro 
educacional está garantido, pois astransformações e a complexidade do mundo atual 
provocam insegurança e medo nas organizações do modo de produção, pondo 
em cheque o trabalho, fazendo emergir o conhecimento como categoria central 
das novas relações e da vida social. Nesta perspectiva, a escola temcomo função 
social a socialização dos saberes historicamente acumulados para a formação 
integral do indivíduo. Assim,é necessária uma formação continuada para que o 
gestor escolar tenha discernimento ao tomar uma posição ou mesmo implantar 
ações pedagógicas, administrativas, financeiras ou realizar algum investimento no 
capital intelectual da comunidade escolar para a melhoria da qualidade de seus 
processos educativos.
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
A sala de aula éo espaço de encontro entre alunos, professores e 
conhecimento. Vínculos de amizade, cooperação e confiança constroem ese 
consolidam neste espaço dando vida ao processo de ensino aprendizagem. 
Antes mesmode ter acesso a conhecimentos considerados científicos 
o indivíduo, empiricamente, constrói explicações para os fenômenos naturais, 
sociais e culturais. Estessaberes particulares servem de acesso a outros 
novos conhecimentos.Assim sendo,cada aluno é um sujeito repleto de saberes 
individuais, coletivos, múltiplos, oriundos da interação com o meio físico,familiar, da 
experiência com o trabalho, do agir dos papéis sociais que cada um representa 
na vida. Sobeste enfoque, a sala de aula pode ser caracterizada por ser 
pulsante, viva e dinâmica. Porconseguinte, o espaço da sala de aula emana 
vivência, experimentação, ação e construção do conhecimento. A adoção de 
ferramentas e de técnicas inerentes à gestão do conhecimento,num ambiente de 
EJA, pode fortalecer a relação entre alunos, professorese a gestão escolar.Portanto, 
a inovaçãona gestão da escola é um desafio que se está impondo aos 
gestores desta modalidade de ensino.
Fonte: https://periodicos.ufsm.br/regae/article/view/25545/pdf
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AULA 14
GESTÃO DA SALA DE AULA
Fonte: https://pixabay.com/pt/vectors/palestra-professora-forma%c3%a7%c3%a3o-5423877/
Caros (as) alunos (as), já ouviram falar em Gestão da sala de aula? 
A sala de aula é um espaço que precisa de gestão diariamente, mas aquinão estamos 
no referindo da gestão representada pelo gestor (diretor), ou pelo coordenador, a gestão 
da sala de aula deve ser específica do professor, isso mesmo, o professor é gestor 
da sala de aula, pois cabe a ele organizar e realizar o planejamento, acompanhar o 
processo de ensino e aprendizagem de seus alunos e resolver os conflitos existentes. 
14.1. O professor gestor
Caro (a) aluno(a), você pensou no professor como gestor da sala de aula?
Pois essa é a pura realidade, cada professor deve ser gestor da sua sala de aula, e 
isso significa estar disposto a gerenciar conflitos e situações complexas de relações 
com os alunos e com os pais/responsáveis. 
A matéria-prima do trabalho do professor é o conhecimento. Não é conseguir que 
o aluno faça isto ou aquilo, mas conseguir que ele entenda, por reflexão e tomada de 
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consciência, como fez isto ou aquilo (BECKER, 2015, p.82). Nesse sentido, o professor 
precisa saber gerenciar esse processo de ensino e aprendizagem com muito 
cuidado. Assim, otrabalho de gestão da sala de aula deve levar em consideração tais 
apontamentos: 
• As notas devem ser um assunto privado entre você e cada estudante.
• Permita que os alunos apresentem sugestões e opiniões sobre as aulas.
• Tarefas ou decisões em grupo.
• Seja acolhedor com cada aluno.
• Seja sensível ao problema do seu aluno;
• Estabeleça as suas expectativas sobre o comportamento. 
• Seja justo e verdadeiro;
• Conheça seu aluno e a cultura da qual ele faz parte. 
Conhecer os seus alunos significa reconhecer e apreciar as maneiras pelas quais 
cada indivíduo é único, bem como entender as características comuns da adolescência. 
Sem dúvida, sua turma será composta de alunos com uma grande variedade de 
capacidades, habilidades sociais e maturidade emocional. (23)
É fundamental a comunicação com os pais e responsáveis dos seus alunos, embora 
seja de conhecimento de todos, que a maior dificuldade é na maioria das vezes por 
parte dos pais. 
Às vezes, os professores dos anos finais do ensino fundamental 
e do ensino médio argumentam que seus alunos sabem como se 
comportar, uma vez que eles estão na escola há muitos anos. O 
argumento é o seguinte: ‘Meus alunos não são bebês. Nos anos finais 
do ensino fundamental ou no ensino médio, os estudantes sabem 
a importância de chegar na hora à sala de aula, de fazer o dever de 
casa, de respeitar os pertences dos outros e de levantar a mão quando 
quiserem fazer um comentário. Além disso, há tanto conteúdo a ser 
ensinado que eu não posso desperdiçar tempo ensinando regras 
que eles já deveriam conhecer.”Essa argumentação tem um certo 
apelo, particularmente para professores que são entusiastas das suas 
áreas de conhecimento e ávidos por começar. Porém, é importante 
reconhecer que, embora os seus alunos tenham noções gerais a 
respeito do comportamento adequado no ambiente escolar, eles não 
conhecem suas expectativas específicas. Seus alunos, provavelmente, 
têm aula com cinco professores diferentes por dia e as expectativas 
específicas variam de turma para turma (SIMON;INGRID, 2015, p.21).
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Nesta perspectiva, há indícios que indicam que o envolvimento da família na escola 
diminui à medida que os alunos passam dos anos iniciais para os finais do ensino 
fundamental, e que, no ensino médio, o envolvimento praticamente desaparece. Mas 
esse indicador vale para as escolas públicas, nas escolas privadas a comunicação e 
integração dos pais com a instituição escolar é melhor. 
ANOTE ISSO
As teorias críticas sobre o currículo surgem ao lado dos movimentos culturais 
da década de 1960, principalmente na defesa dos grupos minoritários: negros, 
mulheres, homossexuais entre outros. Esses grupos se manifestaram fortemente 
na cultura norte-americana por meio do rock e do movimento hippie. A partir 
dessa época, compreende-se que o currículo escolar se encontra vinculado às 
ideologias dominantes na sociedade e que deve ter espaço para discutir também 
as desigualdades sociais existentes. A teoria crítica dos currículos inspirou-se nas 
obras de Kant, Hegel e Marx (SANTANNA, 2014, p.175).
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/professor-propriedade-3765909/
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14.1.1 Estratégias da gestão dentro da sala de aula no século XXI
As Estratégias utilizadas na gestão da sala de aula no século XXI são ações 
desenvolvidas pelos professores que proporcionam condições apropriadas ao 
processo de ensino e aprendizagem. 
Dessa forma, passamos a inserir nos procedimentos didáticos 
adotados pelo professor algumas outras técnicas que facilitem 
a observação direta, o acompanhamento quase diário do 
desenvolvimento do aluno. Relacionamos aqui alguns caminhos 
que podem ser introduzidos na sala de aula, de maneira natural 
e motivadora, permitindo retirar o aluno da passividade e torná-lo 
participante ativo da aula, processando informações e construindo 
gradativamente o conhecimento dinâmico que poderá mobilizar 
futuramente na resolução de problemas (SANTANA, 2014, p. 76).
O interesse e a participação ativa dos alunos dependem da utilização de estratégias 
adequadas dentro da sala de aula. Nesse sentido, a tecnologia tem muito a contribuir. 
Por sua vez, notebooks, tablets, smartphones e outras tecnologias 
passaram a integrar a sala de aula e a sala de aula passou a estar 
conectada com o planeta. Surgiram livros digitais, ambientes 
virtuais de aprendizagem (AVA); o mundo encontra-se cada vez mais 
midiatizado (SANTANA, 2014, p. 75).
Nesta perspectiva, além da utilização da tecnologia, o professor pode utilizar de 
várias outras estratégias que motivam a participação do aluno no processo de ensino 
e aprendizagem, pois a participação do aluno contribuindo com o desenvolvimento da 
aula coloca em prática a gestão democrática e a gestão do conhecimento dentro da 
sala de aula, no dia a dia do aluno. 
Veja a seguir algumas estratégias para esse processo de gestão de sala de aula. 
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Fonte: Santanna (2014, p.77)
Quando o aluno participa das ações e decisões da sala de aula, até mesmo das 
decisões da instituição escolar por meio das instâncias colegiadas, ele pratica a 
democracia, estabelece relação com as responsabilidades de participação ativa na 
sociedade, concretizando o objetivo do professor gestor da sala de aula. 
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O artigo “O que é gestão de sala de aula e por que todo professor precisa dela” da 
revista digital “Sae Digital” esclarece a necessidade de todo professor entender a 
gestão da sala de aula: 
O que é gestão de sala de aula?
Gestão de sala de aula são todas as ações realizadas pelo professor para promover 
um ambiente de aprendizagem efetivo, em que todos os estudantes se sintam 
seguros e estimulados a aprender.
A gestão é um trabalho diário, em que o professor está sempre percebendo e 
controlando a “temperatura” da sala de aula, identificando osproblemas e traçando 
planos de ação para solucioná-los.
Por que todo professor precisa fazer a gestão de sala de aula?
De acordo com Celso Vasconcellos, doutor em Educação e autor de diversos livros 
na área, uma boa gestão de sala de aula é fundamental para atingir os grandes 
objetivos da escola: a aprendizagem efetiva, a alegria crítica e o desenvolvimento 
humano pleno de todos os alunos.
É por meio da gestão da sala de aula que o professor busca responder as seguintes 
perguntas:
• Como está o engajamento dos alunos? 
• Eles são mais motivados quando utilizamos algum recurso tecnológico?
• Quais práticas tiveram os melhores resultados?
• Todos participam igualmente quando desenvolvemos um trabalho em grupo?
• Qual a melhor forma de lidar com um aluno indisciplinado?
• O que faço se houver uma briga?
Ainda segundo Vasconcellos, a gestão de sala de aula acontece em três dimensões 
distintas: o trabalho com o conhecimento, a organização da coletividade e o 
relacionamento interpessoal.
Fonte: https://sae.digital/gestao-de-sala-de-aula/
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AULA 15
O FOCO E A FUNÇÃO 
ESCOLAR NA SOCIEDADE 
CONTEMPORÂNEA
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/aprenda-escola-estudante-matem%c3%a1tica-1996845/ 
Caros (as) alunos (as), nesta aula estudaremos o foco e a função da escola 
contemporânea, a perspectiva educacional no século XXI e a implicação de uma 
grande pandemia na organização educacional. 
A educação contemporânea tem objetivo de ser inovadora e superar as dificuldades 
da educação tradicional. Nesse sentido, o fim do século XX e o início do século XXI 
trouxe a esperança que a educação seja o instrumento de transformação social. 
15.1 A Educação do século XXI
O fim do século XX foi marcado pelas novas políticas neoliberais no Brasil, que 
impactaram todo setor educacional. 
Nas décadas finais do século XX, vimos e sentimos que não 
conseguimos uma ordem internacional mais justa e solidária. Não 
foram corrigidas as imensas desigualdades sociais, de alcance 
planetário, nem foram reparadas as injustiças históricas. Na 
realidade, observamos como a diferença entre os países foi crescendo 
(ORGANIZADORES,2011, p. 18).
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Ainda para os autores, a virada de século tornou-se para a sociedade ocidental um 
referencial estimulante, composto em partes iguais de ilusão e de receio. 
O século XXI já começa mais documentado do que qualquer um 
dos anteriores, mas também é mais incerto para grande parte da 
humanidade do que o século XX. Embora a incerteza faça parte 
intrínseca do tempo que vivemos, embora seja parte do presente, há 
sociedades e povos inteiros que não estão preparados para enfrentá-
la. (ORGANIZADORES, 2011, p. 19).
O início do século XXI foi um marco para a chamada “era da informação”, a 
tecnologia evoluiu de tal maneira a manter todos conectados a todo momento. E essa 
conexão, embora nos proporciona facilidade e segurança para muitas coisas, nos 
trouxe também o impasse de notícias falsas, ideias copiadas, e uma grande tendência 
de individualismo e falta de socialização, tornando a educação um símbolo de apoio 
para todas essas questões.
Três preocupações orientam nossa reflexão sobre a educação e a escola para o 
século XXI: 
• Preocupação ética. Refletir sobre a classe de pessoa que se quer chegar a 
ser e a sociedade em que se quer viver, bem como a classe de vida que se quer que 
ocorra nela. 
• Preocupação política. Relacionar permanentemente a questão da educação 
com a questão da construção, apropriação, legitimação e distribuição do poder na 
sociedade, bem como a construção de estruturas de poder que estabelecem relações 
de dominação e de subalternidade.
 • Preocupação epistemológica. Elaborar um pensamento de ruptura e 
superação do dado, coerente com a busca ética de gerar pensamento crítico que 
situe o conhecimento como momento dialético da práxis.
Fonte:(ORGANIZADORES, 2011, p. 19).
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ISTO ESTÁ NA REDE
O financiamento da educação foi afetado com a pandemia Covid 19 como todos os 
departamentos da educação. 
O momento atual exige todos os esforços para conter a crise sanitária, econômica 
e social que se instalou no país com a pandemia da Covid-19. Entre suas inúmeras 
consequências, é necessário discutir e refletir sobre os impactos da pandemia no 
financiamento da educação básica pública que, assim como a saúde, é um direito 
fundamental de especial envergadura no nosso ordenamento jurídico.A Constituição 
da República prevê, basicamente, três pilares que sustentam o financiamento 
da educação básica pública no Brasil. Primeiro, temos a vinculação da receita 
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, de, no 
mínimo, 25% para Estados, municípios e Distrito Federal e 18% para a União à 
manutenção e desenvolvimento do ensino (artigo 212). É tamanha a importância 
desse direito que a vinculação para a finalidade prevista no artigo 212 é uma 
exceção ao princípio da não afetação da receita de impostos previsto no artigo 
167, IV, da CR/88. Segundo, o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento 
da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), previsto no 
artigo 60 do ADCT como um fundo de natureza contábil e composto por parte 
dos recursos que os Estados, o Distrito Federal e os municípios devem destinar à 
educação a que se refere o artigo 212. Por último, a contribuição social do salário-
educação recolhida pelas empresas, na forma da lei, prevista no artigo 212, § 5º, 
como fonte adicional de financiamento da educação.
Fonte:https://www.conjur.com.br/2020-jun-11/miola-melo-impactos-covid-19-educacao-basica-publica
15.1.1 A Educação em Home office na Pandemia Covid-19
Com o surgimento da pandemia da covid-19 um sinal de alerta se acendeu sobre 
os problemas educacionais no país. A grande desigualdade que existe entre os 
alunos passou a ocupar mais espaço nos debates, assim como as diferenças no 
que se refere ao acesso à Internet. Os profissionais da educação se viram diante 
de um grande desafio frente às defasagens e dificuldades com maior intensidade, 
os alunos sentiram a necessidade da presença física do professor e tiveram de 
lidar com tecnologias diferentes daquelas com que estavam acostumados (redes 
sociais, games). Plataformas digitais passaram a ser usadas diariamente; alguns já 
dominavam, mas muitos apresentavam grandes dificuldades. A escola se obrigou 
a se reorganizar em função das novas demandas. A discrepância entre o ensino 
privado e o público chamou atenção da mídia e da população; pois algumas escolas 
já contavam com infraestrutura adequada e com professores capacitados, enquanto 
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outras contavam com um modelo totalmentetradicional.
O modelo de trabalho Home Office surgiuhá mais de 50 anos, proporcionando 
mudança na forma de execução do trabalho, no qual as pessoas exercem suas 
atividades em casa, mantendo o vínculo com a organização. No Brasil, teve início nas 
empresas privadas; está sendo implementado no setor público nos últimos 10 anos. 
Ainda assim, há receio por parte dos administradores que o HomeOffice seja uma 
reestruturação radical do ambiente de trabalho.
As novas mídias contribuem na relação ensino-aprendizagem a 
partir do intercâmbio de informações e conceitos, num ambiente 
que é mediatizado pela questão técnica, porém, viabiliza o encontro 
pedagógico de forma natural, além da sala de aula, possibilitando 
relacionamento próximo entre os protagonistas do processo educativo 
(TEIXEIRA, 2018, p. 123).
Embora muitos profissionais e alunos tenham encontrado muitas dificuldadese 
receptivo para todos os alunos e funcionários, ao mesmo tempo que administra toda 
a parte burocrática da escola. 
ISTO ESTÁ NA REDE
O papel do gestor escolar é constantemente questionado, nesse sentido, a leitura do 
texto “Quais competências devem ser desenvolvidas pelos diretores?” publicado pela 
Nova escola é fundamental para todo educador. 
“A reconfiguração da figura do diretor escolar, visando o desenvolvimento de 
competências e habilidades de liderança que sejam capazes de endereçar as 
necessidades do novo século, está em debate há algum tempo. É consenso de que o 
perfil desenhado décadas atrás não atende aos desafios atuais e ao que ainda virão”.
Fonte:https://novaescola.org.br/conteudo/20230/quais-competencias-devem-ser-desenvolvidas-pelos-diretores
GESTÃO ESCOLAR NA 
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1.1.1 A GESTÃO NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Na história da educação brasileira aprendemos que as formas educacionais e as 
formas de organizar a educação estão diretamente relacionadas com os problemas 
sociais da época, assim a educação e sua organização se modifica à medida que esta 
sociedade percebe os seus problemas e tenta solucioná-los. 
O campo da administração escolar, embora tão em voga atualmente 
em virtudedas inúmeras reformas educacionais, nem sempre foi 
alvo de atenção na produção acadêmica dos intelectuais na 
História da Educação. Emuma trajetória educacional de mais 
de 500 anos, a administração escolar estrutura-se como campo 
de estudos acadêmicos há menos de um século. Osprimeiros 
escritos teóricos no Brasil reportam-se à década de 1930. 
Istonão significa dizer que a prática administrativa era inexistente 
na educação.(DRABACH; MOUSQUER, 2009, p. 259-260).
O Gestor tem um papel fundamental na organização educacional, embora a história 
nos mostra que apenas com as ideias escolanovistas a partir de 1930 que o gestor 
ganhou espaço dentro do ambiente escolar propriamente dito. 
Os responsáveis pela gestão também foram se moldando no ambiente escolar, alguns 
lugares são organizados com coordenador pedagógico, diretor escolar e supervisor, 
outros lugares são organizados com o pedagogo Unitário (que ocupa a mesma função do 
coordenador pedagógico), e o Diretor, e outros lugares são organizados com coordenador 
escolar e Gestor. Embora tenham nomenclaturas diferentes que variam de região 
para região, as funções são as mesmas e objetivam manter a instituição educacional 
organizada e funcionando nas melhores condições possíveis. 
As principais mudanças na história da gestão escolar aconteceram já no fim do 
século XX, com a Constituição Federal de 1988 e com a Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (LDB) Lei nº 9.394/96, esses documentos estabelecem uma 
nova organização, novos parâmetros para a gestão escolar, o que conhecemos como 
Gestão Democrática.
A LDB contém normas gerais, de âmbito nacional, revestindo-se de 
características de flexibilidade e garantindo aos sistemas de ensino 
(estadual e municipal) espaços para exercitarem a sua autonomia 
como sistemas. Essa autonomia também garante às escolas 
ampla liberdade para definirem seus projetos político-pedagógicos. 
(PITÁGORAS, 2003, p. 72).
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 Esta lei foi escrita e aprovada para organizar e garantir que as orientações da 
Constituição Federal e dos novos financiadores da educação fossem colocadas em 
prática. Essa nova perspectiva da educação foi baseada na política Neoliberal, esta 
política defende a não participação do Estado na economia, oferecendo liberdade de 
comércio ao mercado, proporcionando crescimento econômico e desenvolvimento 
social. Também conhecemos essa política como “descentralização”, pois ela exime o 
Estado de suas obrigações sociais e responsabiliza a sociedade civil. 
1.1.1.1 GESTÃO NA COMUNIDADE ESCOLAR
De acordo com a Constituição Federal de 1988, e com a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional - LDB, a gestão educacional se expressa por meio da organização 
dos sistemas de ensino federal, estadual e municipal. 
A nova organização trouxe para a gestão escolar a participação de toda a 
comunidade e esse foi um grande marco, pois essa mudança aconteceu da década 
de 1980 para 1990, logo depois do período da Ditadura Militar no Brasil. 
Segundo a LDB - Lei nº 3.394/96 a gestão escolar diz respeito ao estabelecimento 
de ensino e suas responsabilidades são: 
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração 
da sociedade com a escola;
VII - informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos 
alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica;
Observamos que, além de manter toda a organização escolar, com relação 
ao trabalho dos professores, funcionários e materiais utilizados, a comunicação 
e interação com a comunidade onde a instituição de ensino está inserida se faz 
necessária e pertinente à gestão escolar. 
A comunidade escolar está dividida em duas partes, a primeira diz respeito à 
comunidade de professores, funcionários e alunos, ou seja, a todos que frequentam 
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este ambiente escolar, a segunda diz respeito à comunidade em que a instituição está 
inserida, o bairro que ela atende. 
 Seguindo essa perspectiva, a partir da inserção da gestão democrática na 
Gestão educacional, representantes de toda a comunidade escolar deve participar 
das tomadas de decisões, tanto representantes de funcionários, professores, alunos 
e da comunidade que a instituição está inserida. Essa participação da comunidade 
nas tomadas de decisões acontece por meio das Instâncias Colegiadas. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O que realmente faz um gestor? 
O artigo “Gestor: o que é, principais características e desafios” vai nos mostrar na 
prática qual a real função e importância do gestor na prática. 
“Tornar-se gestor é a meta de muitos trabalhadores. Já alguns outros, enxergam a 
posição como desnecessária. Essa concepção, no entanto, não poderia estar mais 
errada: a gestão é fundamental para garantir o bom funcionamento de qualquer 
empresa. 
[...]
Um gestor é, essencialmente, um líder. Por isso, seu papel é extremamente 
importante na motivação, união e eficiência da equipe. No entanto, como todo cargo 
de liderança, ser gestor exige um conjunto de habilidades bem específicas.”
Fonte: https://www.sbcoaching.com.br/gestor/
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AULA 2
A INFLUÊNCIA NEOLIBERAL 
DA DÉCADA DE 1990 
E A GESTÃO ESCOLAR
Fonte: https://pixabay.com/photos/coins-banknotes-money-currency-1726618/ 
2.1 O Neoliberalismo
Os ideais do neoliberalismo são parecidos com os ideais do liberalismo do século 
XVII, mas não é a mesma coisa. Já que o Liberalismo “[...] os princípios do liberalismo 
clássico foram, à sua época, revolucionários. As propostas de liberdade e igualdade, 
delineados pelos defensores de tal doutrina, se colocavam contra o abuso monárquico 
e em defesa da vida”. (OLIVEIRA, 2020, p.2014). Ainda para este autor: 
[...] um aspecto fundamental do liberalismo e que será defendido ao longo 
dos séculos por vários outros pensadores liberais [...] a liberdade dos 
súditos inclui a regulação da vida social através do Estado, permitindo 
a eles comprar e vender através de contratos, trabalhar, assim como 
escolheriniciais em atuar com auxílio da tecnologia, observamos que este apoio é muito bem-
vindo e validado. 
15.1.1.1 O gestor escolar na escola contemporânea 
O gestor escolar na contemporaneidade deve atuar de acordo com os tópicos já 
discutidos nas aulas passadas, sendo eles:
 Gestão Democrática.
 Apoio das instâncias Colegiadas.
 Projeto Político Pedagógico.
 Gestão do Conhecimento.
 Gestão da sala de aula.
O gestor que conta com todo esse apoio na instituição escolar que atua pode 
garantir que atende as necessidades dos seus alunos, oferecendo educação de 
qualidade, com todos os direitos e deveres garantidos por lei. 
Uma concepção contemporânea de direitos humanos incorpora 
os conceitos de cidadania democrática, a qual, por sua vez, denota 
inspiração em valores humanistas e embasada nos princípios da 
liberdade, da igualdade, da equidade e da diversidade (TEIXEIRA, 
2018, p. 21).
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Outro aspecto que deve ser prioridade na gestão contemporânea é a diversidade. Esse 
tema é primordial para todas as áreas do conhecimento no século XXI. A diversidade é 
definida como um mix de pessoas com identidades diferentes interagindo no mesmo 
sistema social. Nestes sistemas coexistem grupos de maioria e de minoria. Os grupos 
de maioria são os grupos cujos membros, historicamente, obtiveram vantagens em 
termos de recursos econômicos e de poder em relação aos outros (FLEURY, 2000, p. 
20).
a diversidade é entendida como tudo aquilo que se afasta de 
uma identidade específica: a do homem branco, heterossexual e 
sem deficiências. Desta maneira, mulheres, não brancos (negros, 
pardos, orientais ou indígenas), não-heterossexuais e pessoas com 
deficiência recaem todos na categoria de diversidade. Revela-se, 
então, um aspecto político da dicotomia normal-diferente, que pode 
ser traduzido pelo questionamento do que é o normal e do que é o 
diferente (BITENCOURT, 2011, p.337).
A diversidade está presente em todas as instituições escolares, sejam elas públicas 
e privadas, e deve ser um tema livre a discussão, defendido e claro por todos os 
envolvidos na gestão escolar. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Considerando-se a Rede Estadual de Educação de São Paulo, a maior do país, 
cerca de 3,8 milhões de estudantes e cerca de 200 mil educadores e educadoras 
tiveram que rapidamente se adaptar, não somente a um novo estilo de vida frente 
à necessidade do afastamento social, mas também a ensinar (e aprender) dentro 
de um novo modelo de educação mediada por tecnologia. Para garantir a oferta de 
aulas e atividades e, ao mesmo tempo, oferecer em tempo real formação aos seus 
educadores, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo criou o Centro de 
Mídias da Educação de São Paulo, em funcionamento até esse momento.
Apesar de todo o suporte, a enorme diversidade de realidades educacionais, 
sociais e econômicas dentro do Estado é, por si só, um grande desafio mesmo em 
períodos não emergenciais. A pandemia trouxe um cenário ainda mais desafiador 
e que precisa ser compreendido de maneira aprofundada, a fim de gerar novos 
conhecimentos e mapear possibilidades de ações para o presente e para o futuro.
Fonte:https://jornal.usp.br/artigos/educacao-e-pandemia-desafios-e-perspectivas/
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AULA 16
A GESTÃO ESCOLAR 
NA PANDEMIA COVID-19
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/escrit%c3%b3rio-em-casa-336377/
A pandemia Covid-19 causou um transtorno mundial em 2020 - 2021. A educação 
foi profundamente afetada pela pandemia. Como é de conhecimento comum o vírus 
covid-19 é altamente transmissível, principalmente em ambientes fechados com 
muitas pessoas no mesmo ambiente, como uma sala de aula. Desta forma, as aulas 
foram suspensas. Nesta perspectiva vamos entender a legislação que amparou a 
suspensão das aulas e reorganizou todo o funcionamento da educação. 
16.1 Legislação para educação na pandemia Covid-19
De acordo com Parecer CNE/CP nº 5/2020, aprovado em 28 de abril de 2020, o 
Conselho Nacional de Educação (CNE) veio a público elucidar aos sistemas e às redes 
de ensino, de todos os níveis, etapas e modalidades, considerando a necessidade de 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=145011-pcp005-20&category_slug=marco-2020-pdf&Itemid=30192
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reorganização [...] Além disso, segundo informações enviadas pelo MEC, outras ações 
estão sendo realizadas pelo Ministério para a mitigação dos impactos da pandemia 
na educação destacando-se entre elas:
 Criação do Comitê Operativo de Emergência (COE).
 Implantação de sistema de monitoramento de casos de coronavírus nas 
instituições de ensino.
 Destinação dos alimentos da merenda escolar diretamente aos pais ou 
responsáveis dos estudantes.
 Disponibilização de cursos formação de professores e profissionais da 
educação por meio da plataforma AVAMEC – Ambiente Virtual de Aprendizagem do 
Ministério da Educação.
 Disponibilização de curso on-line para alfabetizadores dentro do programa 
Tempo de Aprender.
 Reforço em materiais de higiene nas escolas por meio de recursos do 
Programa.
 Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para as escolas públicas a serem utilizados 
na volta às aulas.
 Concessão de bolsas da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior (Capes) para estudos de prevenção e combate a pandemias, 
como o coronavírus.
 Ampliação de recursos tecnológicos para EaD em universidades e institutos 
federais.
 Ampliação das vagas em cursos de educação profissional e tecnológica na 
modalidade EaD pelo programa Novos Caminhos.
 Autorização para que defesas de teses e dissertações de Mestrado e 
Doutorado sejam realizadas por meio virtual.
Todas as medidas indicadas no parecer CNE/CP nº 5/2020 foram pertinentes e 
necessárias, mas não foram suficientes para reorganizar a estrutura da educação, 
assim, o Parecer CNE/CP nº 15/2020, aprovado em 6 de outubro de 2020, trouxe 
diretrizes mais organizadas. 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=145011-pcp005-20&category_slug=marco-2020-pdf&Itemid=30192
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Art. 2º As instituições escolares de Educação Básica, observadas 
as diretrizes nacionais editadas pelo CNE, a Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC) e as normas a serem editadas pelos respectivos 
sistemas de ensino, ficam dispensadas, em caráter excepcional, 
durante o ano letivo afetado pelo estado de calamidade pública 
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6/2020:
I – na Educação Infantil, da obrigatoriedade de observância do mínimo 
de dias de trabalho educacional e do cumprimento da carga horária 
mínima anual previstos no inciso II do art. 31 da Lei nº 9.394/1996; e
II – no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, da obrigatoriedade 
de observância do mínimo de dias de efetivo trabalho escolar, desde 
que cumprida a carga horária mínima anual nos termos do inciso II 
do art. 2º da Lei nº 14.040/2020.
Parágrafo único. O município que optou por manter a rede municipal 
integrada ao sistema estadual de ensino, nos termos do parágrafo 
único do art. 11 da Lei nº 9.394/1996, deverá observar as normas 
educacionais do respectivo Conselho Estadual de Educação.
A reorganização da educação no período da pandemia Covid-19 foi extremamente 
necessária, mudando toda a concepção de educação e a atuação de todos os 
profissionais que trabalham na educação, principalmente o Gestor escolar, este 
precisou se adaptar ao trabalho home-office por um tempo e reorganizar a instituição 
escolar de suas responsabilidades para o rodízio de alunos e funcionários. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
A suspensão das aulas presenciaisem março de 2020 exigia respostas imediatas 
dos setores e profissionais envolvidos na Educação. A grande maioria que afirma 
ter cumprido o calendário escolar o fez por meio de atividades educacionais 
não presenciais, mas com monitoramento pedagógico remoto. 5,5 milhões de 
estudantes no Brasil não tiveram acesso ou tiveram acesso limitado às atividades 
escolares - A falta de internet é uma das principais razões, já que, sem ela, os 
estudantes não conseguem acompanhar as atividades de suas casas. No país, 47 
milhões de pessoas não têm acesso à internet, segundo estudo do Comitê Gestor 
da internet no Brasil. 78,6% foi o grau de dificuldade de acesso à internet registrado 
pelas redes - O grau piora em relação aos mais vulneráveis, com maior entraves 
quanto à conexão, o que contribui para a perda do vínculo escolar e para a evasão.
Fonte: https://gente.globo.com/o-impacto-da-pandemia-na-educacao-brasileira
16.1.1 Organização escolar em Home-office
A organização escolar frente à pandemia Covid-19 foi aderir ao trabalho home 
office, algumas escolas privadas permaneceram por pouco tempo em home office 
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e voltaram o atendimento aos alunos por meio de rodízios. Os rodízios variam, em 
algumas escolas são diários e outras são semanais. No rodízio diário os alunos da 
sala são divididos em duas turmas que frequentam a escola em dias alternados. 
No rodízio semanal os alunos da sala são divididos em duas turmas e frequentam a 
escola em semanas alternadas. 
Também é permitido não frequentar a escola mesmo que esteja matriculado em 
uma instituição com rodízio, pois mesmo com todos os cuidados há um risco de 
contaminação com o Covid-19, e assim o aluno junto com seus pais/ responsáveis 
pode optar por não frequentar as aulas, mas deve se comprometer a acompanhar as 
aulas pela plataforma digital indicada pela instituição escolar. 
A organização de rodízio é amparada pelo órgão máximo da instituição, o conselho 
escolar, com apoio do gestor. 
É importante entender que toda a comunidade escolar permanece conectada 
durante todo o tempo, as reuniões acontecem por meio de plataformas digitais 
como Meet, Zoom, Teams ou Skype Business. A responsabilidade de garantir que tudo 
continue acontecendo para oferecer o melhor processo de ensino e aprendizagem 
possível neste momento é do gestor, cabe a ele orientar e acompanhar as atividades 
online entre professores e alunos. 
O gestor pode aproveitar o momento em que a tecnologia está em 
alta e auxiliando todos os segmentos da sociedade para inserir 
verdadeiramente as novas tecnologias no cotidiano escolar. Lembre-
se que existem muitas ferramentas “free” que podem ser utilizadas 
no cotidiano escolar (MORASTANY, 2020, s/p).
Este momento pode proporcionar aprendizado para todos, a tecnologia está 
facilitando a comunicação e o trabalho de todos neste momento, principalmente o 
trabalho do gestor. 
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ISTO ESTÁ NA REDE
Os impactos negativos causados pela pandemia de Covid-19 na educação brasileira 
podem ser graves e duradouros, segundo relatório do Banco Mundial.
Dois a cada três alunos brasileiros podem não aprender a ler adequadamente um 
texto simples aos 10 anos. Esta informação é de um estudo do Banco Mundial, 
divulgado na última semana, que analisou o impacto da Covid-19 na educação 
dos países da América Latina e Caribe. [...] Segundo o relatório, 70% das crianças 
brasileiras podem não aprender a ler adequadamente. [...] Outro dado destacado 
no estudo do Banco Mundial é em relação ao que chamam de índice da “pobreza 
de aprendizagem”, analisado com base em estatísticas educacionais. Ele indica o 
percentual de crianças com 10 anos incapazes de ler e entender um texto simples. 
A pandemia, segundo o levantamento, aumentaria esse índice para 70% dos alunos 
no Brasil, que já tinha 50% dos alunos em pobreza de aprendizagem. Essas perdas 
correspondem a 1,3 ano de escolaridade, ou seja, o estudante teria o conhecimento 
de mais de uma série anterior a que é correspondente à sua idade. Com um tempo 
maior de escolas fechadas, a defasagem pode subir para 1,7 ano de escolaridade.
Fonte: https://www.futura.org.br/impactos-da-pandemia-na-educacao/
16.1.1.1 A Gestão escolar e o home-office
O papel do gestor escolar é essencial no trabalho home-office, pois ele precisa 
manter o processo de ensino e aprendizagem em andamento, ao mesmo tempo que 
organiza e acompanha todos os funcionários por meio das plataformas digitais. 
A atuação do gestor diante de uma pandemia como a Covid-19 deve ser de 
comprometimento e dedicação, não apenas com os alunos, mas também com cada 
funcionário, que precisa de cuidado e atenção. 
Segundo a cartilha do SEBRAE sobre a atuação da Gestão Escolar na Pandemia, há 
vários apontamentos importantes: 
• Proteger os alunos e funcionários de contaminações, não apenas 
suspendendo as atividades escolares, mas criando canais de comunicação para 
orientá-los sobre medidas preventivas a serem adotadas nas suas casas e após o 
retorno das aulas.
• Fortalecer a resiliência da comunidade escolar face aos riscos demandados 
pela pandemia.
https://www.futura.org.br/impactos-da-pandemia-na-educacao/
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ANOTE ISSO
Entender bem o que é esperado pela empresa durante a temporada em home 
office impacta diretamente nos resultados que podem ser obtidos nesse período. E 
posicionar estrategicamente o mobiliário pode ajudar, e muito, nessa missão.
De acordo com os valores do fengshui, cargos que exigem a tomada de decisões, 
gerenciamento e gestão de equipes vão se beneficiar melhor de um ambiente onde 
a mesa permita que o trabalhador fique de costas para uma parede ou armário 
sólido, e de frente para a porta de entrada.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/decoracao/dicas-para-criar-um-ambiente-para-home-office-mesmo-que-de-ultima-hora/
• Estreitar os canais de comunicação com a comunidade escolar para a 
conjugação de esforços coletivos e coordenados das partes interessadas, tendo 
em vista o levantamento de problemas que podem surgir após o retorno das aulas e 
o estabelecimento de um plano de ação com a participação de todos os envolvidos.
• Planejar a continuidade das ações educacionais e sanitárias, sob o ponto 
de vista administrativo e pedagógico, a partir da análise do cenário atual e as 
perspectivas futuras, como trabalhar o conteúdo de forma flexível, utilizando canais 
de comunicação virtuais e seguindo as orientações emanadas das instâncias 
superiores.
• Comunicar a comunidade escolar sobre as medidas adotadas pela gestão 
escolar para auxiliar estudantes e profissionais da educação nas suas dúvidas em 
relação à rotina escolar interrompida e o que será feito após o retorno das atividades 
da escola.
• Garantir investimentos considerando a revisão da previsão orçamentária 
estabelecida para o atual ano letivo e para os próximos.
• Criar mecanismos de levantamento e registros dos resultados das ações 
planejadas e das boas práticas realizadas para divulgar junto à comunidade escolar 
e compartilhar nas redes de educadores em atividade.
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CONCLUSÃO
Caros (as) alunos (as), finalizamos aqui nossa trajetória sobre os conhecimentos 
da gestão escolar. 
Apresentamos o diretor escolar tradicional, que atuou por muito tempo como 
detentor do poder dentro da instituição escolar. Passamos pelas mudanças apoiadas 
pelas políticas neoliberais do fim do século XX e início do século XXI, apresentando 
os documentos que nortearam a nova gestão escolar, a Constituição Federal, Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Plano Nacional de Educaçãoe Base Nacional 
Comum Curricular. 
A nova gestão escolar do século XXI, impulsionada pelas políticas do fim do 
século XXé baseada nos princípios da Gestão Democrática, com apoio das instâncias 
colegiadas (conselho de classe, conselho escolar, grêmio estudantil e APMF). 
Sendo que, entre elas, o conselho escolar é indispensável, por ser o órgão máximo 
da instituição escolar, todas as decisões devem ser tomadas com a participação de 
todos os membros deste conselho. 
Aprendemos que o projeto político pedagógico é o documento de maior importância 
dentro da instituição escolar, ele planeja e organiza toda a instituição escolar, a parte 
administrativa e a parte pedagógica. O PPP deve nortear as atividades da gestão 
escolar e da gestão de sala de aula. Como documento político e pedagógico ele deve 
ser aprovado pelo órgão máximo da instituição, o conselho escolar. 
A aula sobre a estrutura e organização de toda educação básica foi fundamental 
para entender o papel do gestor, mesmo que o profissional atue com apenas uma 
etapa da educação é fundamental que ele tenha conhecimento de todo o processo, 
desde a educação infantil até o ensino médio. 
Entender o foco e a função do coordenador pedagógico e do diretor (gestor) escolar 
e como a participação destes profissionais foi essencial, pois vai nortear o trabalho 
de vocês alunos (as), isso éessencial para a organização e funcionamento escolar. 
É importante lembrar que estes dois profissionais devem trabalhar em harmonia, 
diálogo e empatia. 
A estrutura e funcionamento da Educação pública foram abordados com o objetivo 
de apontar a atuação da gestão na escola pública. Com a mesma importância de 
entender a escola pública, também aprendemos sobre o ato de avaliar e como o 
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processo de avaliação é importante para o processo de ensino e aprendizagem, e para 
a formação do cidadão crítico. 
Seguimos com a gestão do conhecimento e sua contribuição educacional, refletindo 
na gestão da sala de aula, que torna o professor um gestor responsável. 
Aprender sobre a gestão da escola contemporânea foi fundamental para superar 
as dificuldades da educação tradicional. Nesse sentido, o fim do século XX e o início 
do século XXI trouxeram a esperança de que a educação seja o instrumento de 
transformação social. 
Ainda discutimos sobre o desfecho educacional perante as dificuldades impostas 
pela pandemia Covid-19. A adaptação para esse enfrentamento foi por parte dos alunos 
e dos professores, por mais que a desigualdade social dificultou o acesso dos alunos 
às plataformas digitais, os professores também enfrentaram grandes dificuldades 
para trabalharem com os meios digitais de ensino e aprendizagem. 
Nesse sentido, consideramos que as aulas abordaram assuntos relevantes e 
importantes para a formação acadêmica de cada um de vocês.
Ótimos estudos a todos (as), nos encontramos em uma próxima jornada do 
conhecimento. Grande abraço. 
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ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
Título: Gestão democrática da escola 
pública
Autor: Vitor Henrique Paro
Editora: Cortez
Sinopse: Sempre na perspectiva da gestão 
escolar como mediação para a realização 
de fins educativos, Vitor Henrique Paro 
examina problemas relacionados à efetiva 
participação de alunos, professores, pais, 
e demais sujeitos envolvidos na gestão 
democrática.
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FILME
Título: O Milagre - Mucize
Ano: 2015
Sinopse: Em 1960, um professor é enviado 
a um povoado no interior da Turquia e, 
chegando lá, descobre que não existe uma 
escola para lecionar. Baseado numa história 
real.
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REFERÊNCIAS
ALVES, G., Gonçalves, L. H. do N., & Casulo, A. C. (2020). Democratização e 
Tecnocapitalismo: O Brasil na Era Neoliberal. PerCursos, 21(45), 24 - 49. https://doi.
org/10.5965/1984724621452020024
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	_heading=h.a3ao30d5i39gonde morar e educar os filhos. Notemos que este princípio da 
liberdade, de comprar e vender através de contratos formais e legais, 
está vinculado ao quesito da propriedade privada dos meios de produção 
que estabelecerá a liberdade dos súditos de vender sua força de trabalho 
para quem quiser (OLIVEIRA, 2020, p.2015). 
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Agora que entendemos o conceito do modelo clássico do Liberalismo, vamos 
entender: O que é o Neoliberalismo?
De acordo com Dicionário de direito, a base que ampara o neoliberalismo é uma 
política econômica que surgiu nos anos 1970, construída com o objetivo de originar 
novas políticas com características liberais. Os direitos que amparam a luta neoliberal 
são acompanhados de várias críticas, entre elas estão: 
- O aumento de desigualdade social.
- A precariedade trabalhista.
- A redução da soberania nacional.
- A diminuição de desenvolvimento dos países mais pobres.
- A redução dos desenvolvimentos sociais.
O neoliberalismo é a forma política de globalização que resulta do 
modelo de capitalismo dos Estados Unidos, um modelo que baseia 
competitividade em inovação tecnológica acoplada a baixos níveis 
de proteção social. A agressiva imposição deste modelo no mundo 
todo pelas instituições financeiras internacionais, não apenas impõe 
abruptas mudanças no papel do Estado e nas regras do jogo entre o 
explorador e o explorado; bem como entre o opressor e o oprimido, 
mas também muda as regras do jogo dentro dos outros tipos de 
capitalismo desenvolvidos [...] (GOMES, 2007. p.72)
Quando o neoliberalismo chegou ao Brasil, ele já estava presente na política dos 
Estados Unidos e na Inglaterra, organizados em três aspectos: 
1. Austeridade fiscal.
2. Desoneração do capital, visando a livre circulação.
3. Diminuição do estado por meio da privatização das empresasdos serviços 
públicos. 
Notamos que o Neoliberalismo possui as características do Liberalismo, mas tem 
o objetivo de minimizar a responsabilidade do Estado e impulsionar a economia, com 
o livre comércio. 
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ISTO ESTÁ NA REDE
Neoliberalismo
O que é neoliberalismo? O neoliberalismo é uma teoria econômica que recupera os 
princípios do liberalismo clássico ao defender a mínima intervenção do Estado na 
economia.
De acordo com essa doutrina socioeconômica, o mercado não deve ser regulado 
pelo Estado, mas, sim, pelo próprio mercado, ou seja, a economia, além de se 
autorregular, regula igualmente a ordem econômica.
Dessa maneira, o neoliberalismo defende uma maior autonomia dos cidadãos no 
âmbito econômico e político.
Os governos de diversos países adotaram essa prática econômica na década de 
1970.
Fonte: https://escolaeducacao.com.br/neoliberalismo/
2.1.1 Política neoliberal da década de 1990
O período da Ditadura militar é um marco importante na História do Brasil que 
finalizou em meados da década de 1980, e com o fim do Regime Militar o Brasil gritava 
por socorro democrático. No fim da década de 1980 e no início da década de 1990 o 
Brasil passou por grandes mudanças na sua liderança, mas foi o presidente Itamar 
Franco que iniciou a chamada “Reforma do Estado”, que foi delineada e apoiada com 
a liderança do presidente Fernando Henrique Cardoso. 
A Reforma do Estado marcou a década de 1990por decorrência dos processos 
de reestruturação capitalista, da internacionalização e da globalização da economia, 
persuadida pela política Neoliberal e seu conjunto de propostas ideológicas. Com 
esse processo novos paradigmas exigiram novas perspectivas, como “eficiência” e 
“equidade”. 
No entanto Alves (2020, p.32), nos diz que: 
[...] operíodo da “Nova República” fundada pela Constituição de 
1988, com o surgimento e desenvolvimento, a partir da década 
de 1990, da “sociedade civil neoliberal” (1990-2018). Nanova etapa 
histórica do Estado neoliberal,podemos destacar, no plano social, a 
formação do novo (e precário) mundo do trabalho; e depois, a 
partir da década de 2000, a disseminação do tecnocapitalismo 
na vida cotidiana, alterando de modo qualitativamente novo 
a organização da cultura e o papel dos intelectuais. 
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Ainda para esse autor, “asociedade liberal-democrática no Brasil deu lugar 
à sociedade civil neoliberal. Temos hoje, no país, uma crise dos valores 
liberais-democráticos, incapazes de conter as novas demandas sociais criadas 
contraditoriamente pelo desenvolvimento do capitalismo brasileiro”. (ALVES, 2020, 
p.33).
A revolução tecnológica chamada hoje de “Tecnocapitalismo” proporcionou à 
sociedade civil uma linha de informação sem controle, por meio da internet e das 
redes sociais, com fakenews e opiniões contrárias. 
Nesta perspectiva, Costa e Domiciano (2020, p. 04) afirmam que: 
Desde 2016, no Brasil, cresceu muito rapidamente uma onda de 
reformas neoliberais e neoconservadoras por meio do aprofundamento 
de diferentes formas de privatização dos serviços prestados pelo 
Estado que acabaram por conter o pequeno e breve avanço dos 
direitos sociais brasileiros. 
Desta maneira, é importante lembrar que todas essas mudanças causam grande 
impacto na Instituição escolar e na Gestão escolar como um todo. É de grande 
importância que a equipe Gestora da Instituição tenha habilidade e conhecimento 
para lidar com todas essas mudanças, com relação aos funcionários, alunos e com a 
organização escolar. 
2.1.1.1 A nova organização da Gestão Escolar. 
A partir dessa nova perspectiva neoliberal que amparouas reformas da década 
de 1990, novos direcionamentos surgiram para a área administrativa empresarial e, 
consequentemente, no novo modelo de gestão educacional. Essa nova organização 
teve como fonte a descentralização administrativa, 
O papel centralizador do diretor abriu espaço para a esperada Gestão democrática. 
Fonte: https://www.infoescola.com/educacao/gestao-democratica/
O que é Gestão Democrática? 
A gestão democrática pressupõe a participação efetiva dos vários segmentos da 
comunidade escolar – pais, professores, estudantes e funcionários – em todos os aspectos 
da organização da escola. Esta participação incide diretamente nas mais diferentes etapas 
da gestão escolar (planejamento, implementação e avaliação) seja no que diz respeito à 
construção do projeto e processos pedagógicos quanto às questões de natureza burocrática.
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Para a efetivação da Gestão democrática a Instituição escolar deve contar com as 
Instâncias Colegiadas, com representantes de todas comunidade escolar e represen-
tantes da comunidade local. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
No texto: “O PAPEL DA GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS”, podemos ver como 
a gestão democrática de fato exerce seu papel e atende às necessidades da lei. 
“A gestão democrática coloca em prática o espírito da Lei, por destacar a forma 
democrática com que a gestão dos sistemas e da escola deve ser desenvolvida. É 
um objetivo porque trata de uma meta a ser sempre aprimorada e é um percurso, 
porque se revela como um processo que, a cada dia, se avalia e se reorganiza.
Traz, em si, a necessidade de uma postura democrática. E esta postura revela uma 
forma de perceber a educação e o ensino, onde o Poder Público, o coletivo escolar 
e a comunidade local, juntos, estarão sintonizados para garantir a qualidade do 
processo educativo.”
Fonte:https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-papel-gestao-democratica-nas-escolas.htm
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AULA 3
GESTÃO ESCOLAR: 
PERSPECTIVAS E DESAFIOSFonte: https://pixabay.com/photos/books-library-room-school-study-2596809/ /
3.1 Perspectivas da gestão escolar
Para Lück (2009, p. 23), a gestão escolar constitui uma das áreas de atuação 
profissional na educação destinada a realizar o planejamento, a organização, a 
liderança, a orientação, a mediação, a coordenação, o monitoramento e a avaliação 
dos processos necessários à efetividade das ações educacionais orientadas para a 
promoção da aprendizagem e formação dos alunos.
As perspectivas da Gestão estão ligadas ao perfil do profissional que atua neste 
cargo, o gestor escolar deve, acima de tudo, entender o funcionamento e as bases 
legais da educação como um todo. 
A gestão escolar é uma dimensão do próprio ato educativo. Definir 
objetivos, selecionar estratégias, planejar o trabalho, organizar, 
coordenar, avaliar as atividades e os recursos, em se tratando da 
sala de aula ou da escola no seu conjunto, são tarefas com sentido 
pedagógico e educativo evidentes (SANT’ANNA, 2014, p.43).
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Nesta perspectiva, é justo que o gestor tenha experiência como professor em sala 
de aula pois: 
O professor, como gestor da aprendizagem, redimensiona sua 
atividade profissional transmutando o conceito de “transmissor” 
de conhecimento para aquele que cria condições, a fim de que a 
aprendizagem se efetive. Assim, o docente organiza e disponibiliza 
recursos, de forma coletiva, para a estruturação de um ambiente que 
favoreça o aprendizado. Essa é uma mudança significativa em sua 
atividade profissional (SANT’ANNA, 2014, p.45).
Em alguns lugares a exigência é de no mínimo 5 anos em sala de aula para assumir 
a gestão escolar. Em outros lugares o gestor precisa ser concursado, mas na maioria 
dos lugares o gestor é escolhido por uma votação interna em cada instituição, os 
funcionários que escolhem o seu gestor. 
O profissional que assume a gestão escolar, além de experiência em sala de aula, 
precisa de conhecimento sobre o funcionamento da secretaria e da coordenação 
pedagógica, para que desta forma possa garantir o bom funcionamento, organização 
e relacionamento de todos os departamentos da instituição. 
ISTO ESTÁ NA REDE
O texto “Gestão escolar democrática: desafios e perspectivas“ no aproxima da real 
função do gestor. 
No que se refere às perspectivas, enfatizamos que a gestão democrática pode 
seconstituir numa dimensão mobilizadora das competências dos diversos 
atores que compõem a comunidade educativa, contribuindo para que haja 
sinergia entre eles, tendo em vista a consolidação da educação de qualidade. [...] 
Quanto aos desafios, destacamos a necessidade da consolidação de uma cultura 
escolar pautada pelo diálogo, pela participação e pela corresponsabilidade dos que 
integram uma comunidade educativa.
Fonte: https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/roteiro/article/view/23370/14880
3.1.1 Desafios da Gestão escolar
Os desafios enfrentados pelo profissional que atua na gestão escolar são inúmeros, 
existem os documentos (alunos, funcionários, instituição), as normas que devem ser 
seguidas, o relacionamento com os pais dos alunos e com a comunidade em geral, 
a organização de toda a instituição, garantir que todos os alunos estejam tenham 
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atendimento e professores, e também precisa manter a harmonia e colaboração entre 
todos os funcionários. 
O gestor educacional é fundamental ao apresentar uma gestão 
que favoreça e estimule o compromisso da equipe, bem como que 
proporcione melhorias no ambiente escolar e nas relaçõesinter- 
pessoais. O gestor, na figura de alguém que “dá ordens”, vem dando 
lugar ao líder, ao facilitador ou ao mentor, alguém que “está junto”, 
que orienta, apoia e ensino (SANT’ANNA, 2014, p.46).
A gestão escolar é uma liderança importante, por isso, além de conhecer todos os 
departamentos da instituição, o profissional que atua nesta gestão precisa de ser um 
líder que preza o diálogo, que se importa realmente com os seus alunos e funcionários 
e que tenha facilidade em resolução de problemas sob pressão.
O líder é aquele que observa e analisa o comportamento pessoal e 
profissional de sua equipe, procurando identificar potencialidades 
e fragilidades de cada pessoa, direcionando-as para que possam 
ser despertadas para novos desafios e melhorias; é focado no 
autodesenvolvimento de todos (SANT’ANNA, 2014, p.46).
Nesse sentido, observamos que não basta apenas querer ser um gestor escolar é 
necessário ter conhecimento de toda organização e funcionamento escolar, espírito 
de liderança, bom relacionamento com alunos, funcionários, pais e comunidade, 
e também é essencial a este profissional se capacitar na área de gestão escolar, a 
formação continuada a todos os profissionais que atuam na educação é fundamental. 
3.1.1.1 A Liderança do Gestor escolar
Para compreender a liderança do gestor escolar é preciso entender o significado de 
liderança: 
Significado de Liderança ;substantivo masculino
Algo ou alguém que está ou vem ocupando o primeiro lugar em: 
empresa se mantém na liderança do mercado; o time está na 
liderança do campeonato. Ofício, lugar ocupado ou natureza de 
líder: o presidente está na liderança do país. Autoridade; tendência 
para chefiar ou para demonstrar autoridade: liderança política. [Por 
Extensão] Alguém ou grupo de indivíduos que exerce algum tipo de 
chefia: as lideranças comerciais do município. Etimologia (origem da 
palavra liderança). Liderar + ança.(DICIONÁRIO Online, 2021).
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Nesta perspectiva, a liderança vem com responsabilidades e com poder de tomada 
de decisões importante. Esse pode ser definido de maneiras diferentes, de acordo 
com John Galbraith (2006, p. 4-6), há três tipos de poderes: 
- Poder condigno: esse tipo de poder se fundamenta na punição. Temos 
a tendência de obedecer àquelas pessoas capazes de nos punir. 
Conforme o autor, trata-se da habilidade de “impor às preferências do 
indivíduo ou do grupo, uma alternativa suficientemente desagradável 
ou dolorosa para levá-lo a abandonar essas suas preferências”.
-Poder compensatório: o próprio nome revela a condição. Ocorre 
quando se faz possível realizar o desejo do outro por meio da troca, 
da “barganha”. Por exemplo, você faz o que eu quero e eu te dou 
isso ou aquilo. “O poder condigno obtém a submissão, infligindo 
ou ameaçando consequências adequadamente adversas”. Essa 
submissão pode ser conquistada pelo poder econômico, troca de 
favores ou oferta de cargos.
-Poder condicionado: aqui há uma intervenção nas crenças das 
pessoas. Exige maior habilidade de influência e argumentação. O 
poder condicionado é exercido mediante a convicção e uma crença; 
“[...] a persuasão, a educação ou o compromisso social com o que 
parece natural, apropriado ou correto, leva o indivíduo a submeter-
se à vontade alheia”. Há, então, maior ênfase em ressignificar ideias 
e princípios tendo como objetivo a dominação (SANT’ANNA, 2014, 
p.46-47).
O profissional que atua na gestão escolar deve levar em consideração os tipos de 
poderes que existem, mas sua liderança deve ser pautada na mediação e para isso 
deve aderir à Gestão democrática, esta que está prevista na Constituição Federal e na 
LDB é maneira correta e eficaz para a boa liderança na Educação. 
A gestão democrática visa que a tomada de decisões deve ser compartilhada, entre 
os líderes, funcionários, alunos e comunidade. 
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
 
Aprendemos que o papel do gestor é fundamental para o desenvolvimento e 
organização da instituição escolar. Nesse sentido o artigo “OS DESAFIOS DA 
GESTÃO ESCOLAR” nos esclareceque: 
 [...] um gestor necessita analisar a sua aplicação de práticas administrativas de 
maneira crítica e rigorosa a fim de avaliar a instituição e de propor mudanças 
para melhorar sua qualidade. A Educação é mais que um mero produto é um 
compromisso filosófico e um ideal humanitário, vai além da finalidade de só cumprir 
as exigências burocráticas e honrar os compromissos financeiros é necessário 
organização e administração do espaço escolar; gestão dos recursos físicos, 
materiais e humanos; cumprimento das leis, diretrizes, estatutos e, organização e 
planejamento do sistema educacional, trabalhando na elaboração e na execução 
de projetos pedagógicos para garantir melhoria na qualidade educacional. [...] 
O gestor têm um desafio próprio, tudo o que acontece com a instituição é, de 
certa forma, sua responsabilidade, seu papel é orientar desde a atuação do corpo 
docente garantindo que sejam devidamente capacitados e trabalhem motivados, 
até a Secretaria, departamento financeiro, almoxarifado, limpeza e conservação, 
alimentação, monitoria, inspecionamento, portaria, ou seja, toda a instituição está 
sob seu comando, ele é o principal porta-voz da organização e deve zelar pelo 
interesse de todos os envolvidos.
Fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/os-desafios-da-gestao-escolar
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AULA 4
A GESTÃO ESCOLAR 
DEMOCRÁTICA
Fonte: h https://pixabay.com/photos/hands-teamwork-team-spirit-cheer-up-1939895/ /
4.1 Fundamentos legais da Gestão Democrática
A Gestão democrática na forma da lei está prevista na Constituição Federal DE 
1988 e foi detalhada e organizada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
Lei 9.394/96. 
De acordo com a LDBem seu Art. 3º, “O ensino será ministrado com base nos 
seguintes princípios:
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I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da 
legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas 
sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei 
nº 12.796, de 2013)
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da 
vida (Incluído pela Lei Nº 13.632) (BRASIL, 2018).
Observamos que a LDB já passou por várias atualizações, a mais recente foi em 
2018. Mas o que realmente nos interessa nesta aula é discutir o inciso “VIII - gestão 
democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de 
ensino;”. A gestão democrática está vinculada a toda organização escolar, e acontece 
com a participação de um representante de cada grupo. 
ISTO ESTÁ NA REDE
O artigo “O PAPEL DA GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS” esclarece a gestão 
democrática de maneira clara e que atende às necessidades da lei. 
 A gestão democrática tem se tornando um dos motivos mais frequentes, na área 
educacional de reflexões e iniciativas públicas a fim de dar sequência a um princípio 
constitucionalmente na lei de diretrizes e bases da educação nacional.
O princípio está inscrito na Constituição Federal e na LDB, sendo assim, ele deve 
ser desenvolvido em todos os sistemas de ensino e escolas públicas do país. 
Ocorre, contudo, que como não houve a normatização necessária dessa forma de 
gestão nos sistemas de ensino, ela vem sendo desenvolvida de diversas formas e a 
partir de diferentes denominações: gestão participativa, gestão compartilhada, etc. 
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E é certo que sob cada uma dessas denominações, comportamentos, atitudes e 
concepções diversas são colocados em prática.
A gestão democrática coloca em prática o espírito da Lei, por destacar a forma 
democrática com que a gestão dos sistemas e da escola deve ser desenvolvida. É 
um objetivo porque trata de uma meta a ser sempre aprimorada e é um percurso, 
porque se revela como um processo que, a cada dia, se avalia e se reorganiza.
Fonte:https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-papel-gestaodemocratica-nas-escolas.htm
4.1.1 Elementos Básicos da Gestão Democrática
A base da gestão democrática é a participação de representantes de todos os 
grupos envolvidos com a instituição escolar, professores, funcionários, alunos, pais e 
comunidade. Segundo Sant’Ana (2014, p.43), entendemos como gestão participativa 
quando cada pessoa que integra a organização participa ativamente dos processos 
decisórios, compartilhando méritose responsabilidades.
Paulo Freire, com sua perspicácia e entendimento do ser humano como crítico e 
participativo, defende a gestão democrática como papel fundamental na organização 
escolar. 
A existência humana, porque humana,não pode ser muda, silenciosa, 
nem tampouco pode nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras 
verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. Existir 
humanamente é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo 
pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos 
pronunciantes, a exigir deles novo pronunciar (FREIRE, 1975, p. 93).
A participação de todos os representantes na Gestão escolar torna a Gestão 
democrática essencial para a formação crítica e participativa dos alunos, pois a própria 
instituição representa a importância da voz ativa do cidadão não apenas dentro da 
sua comunidade, mas na sua cidade, no seu país. 
É esse conceito de ensino, como forma fundamental de integração do 
homem na sociedade, que se quer tornar acessível a todos na escola. 
E este é o compromisso e a função da escola eficaz: garantir que os 
alunos aprendam a pensar, a fazer, a ser e a conviver, tendo acesso a 
todo o tipo de informação e conhecimento, no momento certo, com 
prazer e facilidade. Para isso, é preciso rever a dinâmica da escola, de 
sua gestão aos currículos e àspráticaspedagógicas, visando a uma 
escola de qualidade, alegre e democrática (PITAGORAS, 2014, p.06).
Nesta perspectiva, Sant’anna (2014, p.43) nos esclarece que: 
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Nesse processo de mudanças, emerge a Pedagogia Profissional, que, 
conforme Abreu (1996), é um ramo da Pedagogia que estuda e propõe 
caminhos nas instituições escolares e/ou empresas, articulando as 
necessidades técnicas à gestão de conhecimentos, visando provocar 
mudanças comportamentais nas pessoas envolvidas e favorecendo 
a integração e a superação profissional.
A maneira da gestão democrática se estabelecer na instituição escolar é organizar 
o Projeto Político Pedagógico, criar e apoiar as instâncias colegiadas. 
4.1.1.1A Gestão Democrática e as Instâncias Colegiadas
Segundo Sant’Ana (2014), gestão participativa é, sem dúvida, a participação efetiva 
das instâncias colegiadas na tomada de decisões da escola, o que vai de fato, efetivar 
a gestão democrática. 
Nesta perspectiva, Hora (2014, p.56) afirma que “A implantação de práticas participativas 
é importante, pois o processo de discussão nas comunidades escolares implanta a ação 
conjunta com a corresponsabilidade de todos no processo educativo”. Corroborando com:
[...] um modelo de gestão democrático-participativa tem na autonomia 
um dos seus mais importantes princípios, implicando a livre escolha 
de objetivos e processosde trabalho e a construção conjunta do 
ambiente de trabalho. [...] é indispensável a introdução do trabalho 
em equipe (LIBÂNEO, 2004, p.102).
Nesse sentido, Luck (2015) afirma que a ação participativa é orientada pela promoção 
solidária da participação dos integrantes da comunidade escolar, na construção da escola 
como organização dinâmica e competente, tomando decisões em conjunto orientadas 
pelo compromisso com valores, princípios e objetivos educacionais elevados. 
Desta maneira, a forma de colocar essa participação em prática é por meio das 
Instâncias colegiadas, ou seja, os conselhos escolares. 
Há quatro conselhos que pertencem às Instâncias colegiadas: Conselho de classe, 
Grêmio Estudantil, APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários, e o Conselho 
Escolar que é o órgão máximo da instituição escolar. 
Os conselhos de escola oscilam da mesma maneira: ora apenas 
registrados em livro-ata, formalizados e constituídos, mas sem 
atuação, ora outros interagindo com a escola, exercendo suas funções 
e contribuindo para o aprimoramento pedagógico, administrativo 
e financeiro. Algumas escolas adotam o professor conselheiro de 
classe, que atua como ponte entre os alunos e a equipe pedagógica, 
apresentando problemas e soluções, visando otimizar o processo de 
ensino-aprendizagem (SANT’ANA, 2014, p.108).
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Assim, na próxima aula discutiremos todos os conselhos, individualmente, para 
compreenderem a importância e a função de cada uma dentro da Gestão democrática. 
ANOTE ISSO
Na educação, essa organização de espaços colegiados se realiza em diferentes 
instâncias de poder, que vão do Conselho Nacional aos Conselhos Estaduais e 
Municipais, e Escolares. Esses espaços e organizações são fundamentais para a 
definição de políticas educacionais que orientem a prática educativa e os processos 
de participação, segundo diretrizes e princípios definidos nessas várias instâncias. 
A construção de uma escola pública democrática, plural e com qualidade social 
demanda a consolidação e o inter-relacionamento dos diferentes órgãos colegiados.
Há toda uma legislação educacional definida pelos espaços parlamentares 
competentes, influenciados pelos movimentos sociais organizados, que pode ser 
acionada para favorecer a gestão democrática da escola básica e a existência de 
Conselhos Escolares atuantes e participativos.
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_cad1.pdf
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AULA 5
AS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Fonte: https://pixabay.com/photos/business-meeting-meeting-business-5395567/
As instâncias colegiadas colocam em prática a Gestão Democrática, com 
representantes de todos os grupos da comunidade escolar: alunos, professores, 
funcionários e gestores. A representação e participação de todos é fundamental para 
exercer a gestão democrática.
Nesta aula discutiremos as quatro instâncias: Conselho escolar, conselho de classe, 
Associação de pais, Mestres e Funcionários (APMF) e Grêmio estudantil. As instâncias 
colegiadas proporcionam espaçopara que docentes, discentes, funcionários, pais/
responsáveis e comunidade local possam se fazer ouvir. 
5.1 Conselho de escolar
O conselho escolar ou conselho de escola é o órgão máximo da escola, todas as 
tomadas de decisões que dizem respeito à instituição escolar dependem da votação 
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dos participantes deste conselho, que é composto por representantes da comunidade 
escolar e local. Este conselho tem natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e 
fiscalizadora sobre o trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar. 
O estatuto do Conselho escolar (2004) define os termos deliberativo, consultivo 
avaliativo e fiscalizador como: 
 Função deliberativa: refere-se àtomada de decisão relativas às diretrizes 
e linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras, quanto ao 
direcionamento das políticas públicas. 
 Função consultiva: refere-se à emissão de pareceres para dirimir dúvidas e 
tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras. 
 Função avaliativa: refere-se ao acompanhamento sistemático das ações 
educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de 
problemas e alternativas para melhoria do seu desempenho, garantindo o cumprimento 
das normas da escola, bem como a qualidade social da instituição escolar. 
 Função fiscalizadora: refere-se ao acompanhamento e fiscalização da gestão 
pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar, garantindo a legitimidade 
de suas ações. 
O conselho de escola é responsável, entre outras ações, por aprovar 
o projeto político-pedagógico e o regimento escolar da unidade de 
ensino, decidir sobre a organização e o funcionamento da escola, 
propor e excluir cursos, arbitrar sobre problemas administrativos 
e pedagógicos quando assim requerido, avaliar o desempenho da 
escola etc. (SANTANNA, p.109).
Nesse sentido, é importante salientar que o projeto político pedagógico é o 
documento de valor máximo dentro da instituição escolar e sua aprovação ou 
reprovação depende exclusivamente do Conselho escolar. 
[...]o conselho de escola extrapola as reuniões previstas em calendário, 
pois estas circunscrevem a ação de seus membros em um tempo-
espaço definido e com tênue impacto sobre a tomada de decisões. 
Um conselho participante é aquele que interage frequentemente com 
o ambiente escolar, as atividades pedagógicas e tem voz ativa perante 
a gestão administrativa, patrimonial e financeira daquela escola. Deve 
constituir um espaçopermanente de reflexão, discussão, articulação 
e proposição de ações coletivas (SANTANNA, p.109).
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Diante desta informação, compreendemos que o conselho escolar é a instância colegiada 
mais importante dentro da instituição escolar, de maneira que sua formação é essencial 
para organização e funcionamento de toda escola. Sendo que a comunidade escolar e local 
pode/deve cobrar a formação deste conselho e a efetividade da Gestão Democrática. 
5.1.1 Conselho de classe
O conselho de classe é a Instância mais conhecida pela sociedade. Pois eleé 
responsável por definir todo o processo de ensino e aprendizagem escolar, acompanhar 
o desenvolvimento e evolução de cada aluno, em todos os bimestres do ano escolar, 
por meio de reuniões pré-agendadas.
Este conselho é composto por todos os docentes, gestores, pedagogos, coordenador 
pedagógico, alunos e pais/responsáveis. 
A natureza deste conselho é consultiva e deliberativa, sendo que devem deliberar: 
os objetivos almejados, a metodologia e estratégias utilizadas, seleção de conteúdos 
curriculares, projetos coletivos de ensino, forma e critérios de avaliação, maneira 
de acompanhar os alunos, propostas curriculares alternativas para alunos com 
dificuldades, adaptações curriculares para alunos portadores de necessidades 
especiais, e organização de estudos complementares. 
[...] o conselho de classe reveste-se de espaços para reflexão 
pedagógica, amparado por um espírito colaborativo e centrado no 
processo evolutivo da aprendizagem dos alunos. Evidentemente, 
não existe a possibilidade de discutir melhorias da dialética ensino-
aprendizagem sem considerar recursos necessários, ambientes 
de aprendizagem adequados, relações interpessoais e a própria 
formação docente [...] (SANT’TANA, p.108).
Este Conselho está bem definido e organizado na Constituição Federal de 1988:
De acordo com o Art. 20 – “Os conselhos de classe e série, enquanto colegiados 
responsáveis pelo processo coletivo de acompanhamento e avaliação do ensino e da 
aprendizagem, organizar-se-ãode forma a”:
I – possibilitar a inter-relação entre profissionais e alunos, entre turnos 
e entre séries e turmas;
II – propiciar o debate permanente sobre o processo de ensino e de 
aprendizagem; III – favorecer a integração e sequência dos conteúdos 
curriculares de cada série/classe; IV- orientar o processo de gestão 
do ensino.
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O Art. 21 – esclarece que “Os conselhos de classe e série serão constituídos por 
todos os professores da mesma classe ou série e contarão com a participação de 
alunos de cada classe, independentemente de sua idade.”
No art. 22 – “Os conselhos de classe e série deverão se reunir, ordinariamente, uma 
vez por bimestre, ou quando convocados pelo diretor.”
Observamos que este conselho é essencial para toda a organização pedagógica da 
instituição escolar, devendo cumprir no mínimo o calendário pré-estabelecido de se 
reunir uma vez em cada bimestre, para acompanhamento individual dos alunos desta 
instituição. 
Há um modelo de organização comum de conselho de classe, que envolve “pré-
conselho”, “conselho de classe” e o “pós-conselho”. 
Pré-conselho Acontece um mês antes do conselho, os docentes fa-
zem uma prévia, é um espaço de diagnóstico do pro-
cesso de ensino e aprendizagem. 
Conselho de classe Nesse momento acontece a reunião pré-agendada 
com todos os integrantes do conselho de classe para 
discutir todo o processo de ensino e aprendizagem 
daquele bimestre. 
Pós-conselho Aqui se faz uma comunicação, acompanhamento das 
propostas aceitas na reunião do conselho de classe. 
5.1.1.1 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) tem objetivo de integrar os 
segmentos escolares, envolvendo o processo de ensino e aprendizagem, e facilitar a 
integração entre a família, a escola e a comunidade.
É uma instância auxiliar trata-se de associação civil, sem fins lucrativos e com 
personalidade jurídica própria. Deve ser representada pelo seu Diretor-Executivo, mas 
o Diretor da Escola seja seu presidente nato.
art. 37 do Estatuto Padrão da Associação de Pais e Mestres: “O Diretor 
da Escola poderá participar das reuniões da Diretoria Executiva da 
APM, intervindo nos debates, prestando orientação ou esclarecimento 
ou fazendo registrar em atas seus pontos de vista, mas sem direito 
a voto”.
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A APMF deve ser composta por representantes de pais/responsáveis, professores e 
funcionários da instituição escolar, esta instância não permite fins lucrativos, partidá-
rios ou religiosos. Entre suas atribuições estão: 
* Colaborar e discutir as ações para assistência, e aprimoramento do processo 
de ensino e aprendizagem. 
* Contribuir com a conservação da estrutura e ambiente escolar. 
* Contribuir com trabalhos voluntários na comunidade local. 
* Ajudar na integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto 
escolar, visando a realidade dessa comunidade. 
* Promover integração entre pais, alunos, professores, funcionários e 
comunidade local, por meio de atividades sócio-educativas-culturais. 
* Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhe forem 
repassados por meio de convênios. 
5.1.1.1.1 Grêmio Estudantil
O grêmio estudantil é a única instância composta unicamente por alunos, é 
independente da direção escolar e deve ser um mecanismo democrático, constituído 
por meio de uma eleição. 
“[...] os Grêmios Estudantis são organizações colegiadas lideradas pelos alunos. O 
incentivo à criação e à participação do Grêmio Estudantil deve partir do gestor escolar” 
(SANT’TANA, p.109).
As atribuições do Grêmio estão ligadas com organização de eventos culturais, 
formação de grupos de debates sobre desigualdade, organizar palestras de temas 
diversos e a comunicação, esta Instância é responsável pela criação e manutenção 
da rádio e do jornal escolar. 
Muitas instituições escolares não possuem a Instância colegiada “Grêmio 
estudantil”, em alguns casos por falta de incentivo do diretor escolar, em outros casos 
por pura falta de interesse por parte dos alunos. 
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ISTO ESTÁ NA REDE
Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares tem por objetivo 
fomentar a implantação dos conselhos escolares, por meio da elaboração de 
material didático específico e formação continuada, presencial e a distância, para 
técnicos das Secretarias Estaduais e Municipais de educação e para conselheiros 
escolares, de acordo com as necessidades dos sistemas de ensino, das políticas 
educacionais e dos profissionais de educação envolvidos com gestão democrática.
Aos conselhos escolares cabe deliberar sobre as normas internas e o 
funcionamento da escola, além de participar da elaboração do Projeto Político-
Pedagógico; analisar as questões encaminhadas pelos diversos segmentos da 
escola, propondo sugestões; acompanhar a execução das ações pedagógicas, 
administrativas e financeiras da escola e mobilizar a comunidade escolar e local 
para a participação em atividades em prol da melhoria da qualidade da educação, 
como prevê a legislação.
Fonte: http://portal.mec.gov.br/programa-nacional-de-fortalecimento-dos-conselhos-escolares
ANOTE ISSO
Aprendemos que as instâncias colegiadas são organizações compostas por 
representantes da comunidade escolar e local, para efetivação da Gestão 
Democrática. Elas têm por finalidade fazer com que tudo o que acontece dentro do 
ambiente escolar seja pensado e decidido coletivamente. São instâncias colegiadas: 
o Conselho Escolar, conselho de classe, a APMF e o Grêmio Estudantil. 
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AULA 6
PROJETO POLÍTICO 
PEDAGÓGICO
Fonte: https://pixabay.com/photos/meeting-business-architect-office-2284501/
O projeto político pedagógico é o documento mais importante da instituição escolar 
que ampara todos os processos administrativos e de ensino e aprendizagem, bem 
como os conteúdos e metodologia utilizada. 
6.1 Fundamentos do Projeto político pedagógico
O Projeto Político Pedagógico (PPP) foi criado juntamente com a Gestão 
Democrática,após a Constituição de 1988, permitindo que a instituição escolar tenha 
autonomia sobre sua própria identidade. Esse projeto é o referencial de qualquer 
instituição de ensino. Amparado pela LDB, Lei 9.394/96, em seu art. 12 diz: “Os 
estabelecimentos de ensino, respeitando as normas comuns e as do seu sistema 
de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”. E 
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no art. 14 “São definidos os princípios da gestão democrática; o primeiro deles é a 
participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da 
escola.”
Para compreender a dimensão do PPP, se faz necessário compreender o significado 
de cada palavra: projeto - político - pedagógico. 
De acordo com o dicionário online da Língua Portuguesa, o significado de cada 
termo é:
Projeto substantivo masculino
Plano; planejamento que se faz com a intenção de realizar ou de-
senvolver alguma coisa.
Político adjetivo
Relativo ao governo de um Estado.
Direitos políticos, direitos em virtude dos quais um cidadão partici-
pa do governo.
Pedagógico adjetivo
Que se refere à pedagogia, ciência que se dedica ao processo de 
educação dos jovens, estudando os problemas que se relacionam 
com o seu desenvolvimento.
Tabela 1
Fonte: https://www.dicio.com.br/
O PPP constitui-se, portanto, um instrumento não só de organização, mas que 
contribui para a aquisição da autonomia da escola por meio da participação dos 
envolvidos neste processo (MOITA;PEREIRA, 2019, p.59).
Nesta perspectiva, Libâneo (2005, p.345) afirma que “O projeto é um documento 
que propõe uma direção política e pedagógica para o trabalho escolar, formula metas, 
prevê as ações, institui procedimentos e instrumentos de ação.”
O Projeto Político Pedagógico (PPP) deve explicitar, ainda, os 
fundamentos teóricos metodológicos, os objetivos, o tipo de 
organização e as formas de avaliações implementadas pela escola, 
sendo passível de mudanças sempre que as circunstâncias, as 
reflexões, as finalidades sócio-políticas e culturais da escola o exigir. 
Um bom projeto político-pedagógico é a busca da autonomia da 
escola (MOITA; PEREIRA, 2019, p.59).
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Assim, a construção e aprovação do PPP da unidade escolar coloca em prática a 
gestão democrática de acordo com a lei. 
6.1.1 A construção do Projeto político pedagógico 
O Projeto político pedagógico deve ser construído com a participação de 
representantes de toda comunidade escolar e sua aprovação depende do órgão 
máximo da instituição, a instância colegiada: conselho escolar. 
A elaboração do Projeto Político Pedagógico é indispensável a todas 
as escolas e deve ser construído coletivamente, uma vez que existem 
problemas na escola a serem resolvidos, problemas esses que 
envolvem toda a comunidade escolar. Esses problemas são comuns e 
as soluções devem surgir do coletivo, através do diagnóstico preciso, 
de interpor objetivo a serem alcançados, da discussão, da tomada de 
decisão, da execução e das avaliações coletivas (MOITA; PEREIRA, 
2019, p.60).
Nesse sentido, Vasconcellos e Celso (1995) afirmam que o projeto, por ser um plano, 
obedece a alguns princípios e deve conter itens, ordenados e interligados, seguindo 
um roteiro metodológico constituído de cinco partes essenciais:
Justificativa: é a parte que abre o projeto, a história da instituição e da 
comunidade, a trajetória, as questões problematizadoras e a sua realidade.
Marco referencial:esse item é composto por três elementos:
1. Marco situacional: apresentação da realidade do aluno. 
2. Marco filosófico ou conceitual: apresentação do caminho que se deve seguir, 
concepção de ensino e aprendizagem. 
3. Marco operativo: define os conteúdos que serão trabalhados em cada 
disciplina. 
Contexto situacional: inclui o diagnóstico, como o momento em que a instituição 
e os seus agentes são determinados, a partir de dados sistemáticos e retirados da 
realidade que lhes dá o pano de fundo:
Como os pais percebem a escola? • Que deficiência percebem nela? • Que qualidades 
lhe atribuem? • Como percebem o trabalho dos professores? • Como vêem a ação 
da direção e da secretaria? • Os objetivos e as ações têm sido coerentes? • Como 
a comunidade percebe a escola? Os currículos escolares atendem às expectativas 
dos pais? • As atividades extracurriculares são adequadas? • Como a escola tem 
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acompanhado as exigências do mercado de trabalho? • Que língua estrangeira 
gostariam que os filhos estudassem? • Quais matérias sugerem para o currículo?
Programação: é a etapa que encerra o conjunto de ações a serem executadas 
para diminuir a distância entre o que foi diagnosticado e a realidade pretendida. As 
metas são traçadas e constituem o resultado mais relevante que se espera alcançar.
Avaliação: ao interferir no sentido de corrigir falhas, o grupo gestor está 
exercendo a sua responsabilidade e avaliando, ao comparar, ao analisar o que se 
realizou, tomando como parâmetros o que se delineou como desejado, expressos nas 
metas e nos objetivos.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
De acordo com o texto “O que é o Projeto Político Pedagógico?”, podemos entender 
melhor o que consta no PPP. 
 Na prática, o documento estipula quais são os objetivos da instituição e o que 
a escola, em todas as suas dimensões, vai fazer para alcançá-los. Nele, serão 
considerados todos os âmbitos que compõem o ambiente educacional, como:
• A proposta curricular: deve ficar claro o que será ensinado e qual será a 
metodologia adotada. A proposta pedagógica deve trazer, ainda, as diretrizes 
adotadas pela instituição para avaliação da aprendizagem, bem como do próprio 
método de ensino.
• Diretrizes sobre a formação dos professores: o documento deve ser claro sobre 
a forma como a equipe docente vai se organizar para cumprir a proposta curricular. 
Além disso, deve haver um plano para desenvolvimento e capacitação contínuos da 
equipe.
• Diretrizes para a gestão administrativa: para que a proposta curricular e as 
diretrizes sobre o corpo docente sejam cumpridas é necessário que exista um 
suporte administrativo bem organizado. O documento aponta o caminho para que a 
gestão da escola viabilize os outros pontos.
Fonte: https://www.somospar.com.br/saiba-o-que-e-o-projeto-politico-pedagogico/
6.1.1.1 O projeto político pedagógico e a gestão democrática
É importante ressaltar que “o projeto é um instrumento para a construção de uma 
educação de qualidade democrática, um ponto de apoio para todos aqueles que se 
comprometem com esta causa” (VASCONCELLOS, 2002, p.54).
https://www.somospar.com.br/entenda-a-importancia-da-proposta-pedagogica-da-escola/
https://www.somospar.com.br/a-formacao-continuada-e-a-sua-importancia-para-manter-o-corpo-docente-atualizado/
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O regimento escolar, como vimos, é um documento que apresenta 
a escola. Deve, então, buscar expressar de forma clara os seus 
objetivos, sua filosofia, sua estrutura organizacional e pedagógica, 
bem como as demais informações que seja de interesse, como as 
regras disciplinares. Nele deverá estar materializado o projeto político-
pedagógico, construído coletivamente (SANTT’ANA, 2014, p.108).
Ainda para o autor, o projeto político-pedagógiconão deve ser visto apenas como 
a panaceia para todos os problemas institucionais, mas deve amparar todo processo 
coletivo, ele tem o poder de resgatar em cada um dos educadores-participantes a 
capacidade de sonhar, de acreditar, de desejar e de ter esperanças.
Desta forma, o Projeto político pedagógico é indispensável para a organização 
escolar e para garantir a efetividade da gestão democrática. E nesta perspectiva, 
nas próximas aulas discutiremos a organização escolar de cada etapa da educação 
básica. 
ISTO ESTÁ NA REDE
O artigo “PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: A GESTÃO E A FUNÇÃO SOCIAL DA 
ESCOLA PARA A COMUNIDADE” esclarece a perspectiva de um Projeto político 
pedagógico. 
O projeto político pedagógico é um dos pilares mais fortes na construção de 
uma gestão democrática. É através dele que o gestor reconhece e concretiza a 
participação de todos na definição de metas e na implementação de ações e a 
equipe assume a responsabilidade de cumprir as metas projetadas.
[...]
Com um projeto político pedagógico bem estruturado, a escola ganha uma 
identidade clara, e a equipe, segurança para tomar decisões. E, a partir disto, a 
gestão se torna cada vez mais democrática, com a participação efetiva de toda a 
comunidade escolar na sua elaboração e execução.
Fonte:https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_equipeppp_0.pdf
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AULA 7
GESTÃO ESCOLAR E A BASE 
NACIONAL COMUM CURRICULAR
Fonte: https://pixabay.com/photos/meeting-team-workplace-group-1245776/
A Gestão Escolar deve ter conhecimento de todos os documentos que amparam a 
Educação. Nesse sentido é indispensável conhecer detalhadamente a Base Nacional 
Comum Curricular, pois ela foi produzida e aprovada para cumprir objetivos pré-
estabelecidos nos seguintes documentos: 
 Constituição Federal de 1988.
 Lei de Diretrizes e Bases - Lei nº. 9.394/96. 
 Plano Nacionalde Educação 2014-2024.
 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Resolução CNE/CEB 
no 2, de 30 de janeiro de 2012.
 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de 
Nível Médio – Resolução CNE/CEB no 06, de 20 de setembro de 2012.
Para compreender melhor a aplicação dessa Base vamos conhecer os fundamentos 
que nortearam esse documento e sua organização nas etapas da Educação Básica.
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7.1 Fundamentos da Base Nacional Comum Curricular
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi aprovada em 2017, após muitas 
discussões e organização sobre o assunto. O direcionamento na base é a Educação 
Básica Nacional (pública e privada). 
[...] a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar 
orientadas para o desenvolvimento de competências. Por meio da 
indicação clara do que os alunos devem “saber” (considerando a 
constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, 
sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização 
desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver 
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da 
cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências 
oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem 
as aprendizagens essenciais definidas na BNCC (BRASIL, 2017).
O maior objetivo da BNCC é oferecer os mesmos conteúdos para todos os alunos 
do país, indiferente de região ou se está matriculado no setor público ou privado, de 
forma que a metodologia é de escolha da instituição escolar, mas os conteúdos sejam 
da BNCC. 
[...] os currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do 
Ensino Médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, 
em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por 
uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e 
locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos (BNCC, 
2017).
Para melhor compreender os fundamentos desta base, veremos a seguir as 
palavras do documento - Base Nacional Comum Curricular: 
Art. 4º A BNCC, em atendimento à LDB e ao Plano Nacional de 
Educação (PNE), aplica-se à Educação Básica, e fundamenta-se nas 
seguintes competências gerais, expressão dos direitos e objetivos 
de aprendizagem e desenvolvimento, a serem desenvolvidas pelos 
estudantes:
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos 
sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar 
a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de 
uma sociedade justa, democrática e inclusiva (BNCC, 2017).
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Transmitir os conhecimentos historicamente construídos é indispensável e é nesse 
sentido que a BNCC deseja manter um equilíbrio entre todo território nacional, para 
garantir que todos recebam esses conhecimentos, mesmo que seja de diferentes 
maneiras. 
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria 
das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a 
imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar 
hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive 
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas;
3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as 
diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, 
e também para participar de práticas diversificadas da produção 
artístico-cultural;
Mesmo com a Base comum a todas as instituições nacionais há livre escolha de 
acrescentar a cultura local no processo de ensino e aprendizagem, principalmente 
nas atividades artísticas. 
4. Utilizar diferentes linguagens –verbal (oral ou visual-motora, como 
Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como 
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica 
para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e 
sentimentos, em diferentes contextos, e produzir sentidos que levem 
ao entendimento mútuo;
A metodologia deve ser escolhida pela instituição, com base no Projeto-Político 
Pedagógico aprovado pelo Conselho escolar e deve utilizar diferentes linguagens. 
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação 
e comunicação, de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas 
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, 
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver 
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva;
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-
se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as 
relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas 
ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, 
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, 
para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões 
comuns, que respeitem e promovam os direitos humanos, a 
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consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito 
local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao 
cuidado consigo mesmo, com os outros e com o planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, 
compreendendo se na diversidade humana e reconhecendo suas 
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar 
com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, de forma 
harmônica, e a cooperação, fazendo-se respeitar, bem como promover 
o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e 
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus 
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos 
de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, 
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com 
base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e 
solidários (BNCC, 2017).
Todas as orientações da Base Nacional Comum Curricular articulamo pleno 
desenvolvimento do cidadão, pois mesmo que os conteúdos sejam pré-estabelecidos 
pela Base, a forma como ele será repassado será definido pela instituição escolar, se 
deve prezar por princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
ISTO ESTÁ NA REDE
O texto “Tudo o que você precisa saber sobre a BNCC” é muito claro sobre a 
organização da BNCC. 
A BNCC é um documento muito extenso e que trata sobre o desenvolvimento do 
currículo de toda a Educação Básica, compreendida em Educação Infantil, Ensino 
Fundamental (anos iniciais e finais) e Ensino Médio.
A Base Nacional Comum Curricular determina como deve se da o ensino-
aprendizagem de todos os estudantes de sua instituição e, por isso, é preciso 
conhecer bem este documento e saber como aplicá-lo, de fato, em cada etapa da 
educação básica.
[...]
Além disso, a BNCC tem o objetivo de instituir um currículo universal e fazer com 
que todos os estudantes, sejam eles de escolas públicas ou particulares, tenham o 
mesmo nível de conhecimento. 
A Base Nacional Comum Curricular foi pensada durante muitos anos e muitos 
educadores ainda possuem dúvidas sobre o processo histórico que deu origem à BNCC.
Fonte: https://educacao.imaginie.com.br/bncc/
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7.2 A Educação Básica e a Base Nacional Comum curricular
A Educação Básica é composta pela educação Infantil, Ensino Fundamentale 
Ensino Médio. Cada etapa é única e muito importante para a Educação Básica.
Como primeira etapa da Educação