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MÉTODO RANKINE Apresentação Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar o método de Rankine para definição do cálculo do empuxo lateral de solo. Além disso, verificará as considerações, bem como limitações, deste método simplificado. Por fim, você verá um exemplo de cálculo utilizando o método de Rankine. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer o método de cálculo de empuxos laterais de Rankine.• Verificar as considerações do método de Rankine.• Compreender a importância do surgimento de trincas de tração em solos argilosos.• Desafio Imagine que um trecho de uma rodovia está sendo construído em um local montanhoso e acidentado. Em virtude dos cortes efetuados no terreno, algumas encostas estão muito suscetíveis a acidentes geotécnicos. Como engenheiro projetista, você deve dimensionar e projetar um muro de arrimo de gravidade, capaz de estabilizar um talude instável. Um dos primeiros passos é tomar conhecimento das cargas atuantes sobre a estrutura. Sendo assim, calcule o empuxo ativo atuante no tardoz do muro. Considere peso específico natural do solo igual a 18kN/m3 e nível d'água aflorante na superfície do terreno. Para sua resposta, considere também as informações da imagem a seguir: Infográfico Veja como se desenvolvem os diagramas de pressão horizontal para solos arenosos e coesivos. Conteúdo do livro Acompanhe na obra "Mecânica dos Solos Aplicada", no capítulo Método de Rankine, o método de Rankine para cálculo de empuxos laterais. Boa leitura. MECÂNICA DOS SOLOS APLICADA Cleber Floriano Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 F635m Floriano, Cleber. Mecânica dos solos aplicada / Cleber Floriano. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. 263 p. : il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-064-1 1. Mecânica do solo. 2. Engenharia. I. Título. CDU 624.131 Livro_MecanicaSolo.indb 2Livro_MecanicaSolo.indb 2 13/03/2017 16:48:2313/03/2017 16:48:23 Método de Rankine Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Conhecer o método de cálculo de empuxos laterais de Rankine. Verifi car as considerações do método de empuxos laterais de Rankine. Aplicar um exemplo pelo método de Rankine. Introdução Neste capítulo, vamos estudar o método de Rankine para definição do cálculo do empuxo lateral de solo. Verificaremos as considerações, bem como limitações deste método simplificado. Por fim, faremos um exemplo de cálculo utilizando o método de Rankine. Teoria de Rankine O método de Rankine é um método analítico de cálculo de empuxos laterais ativos e passivos que atuam em uma estrutura de contenção com um tardoz vertical. As hipóteses tomadas para esta teoria são: Resistência ao cisalhamento do solo obedece à lei de Coulomb e estado de tensões bidirecional; A superfície do retroaterro é horizontal; Existindo nível freático no interior do solo, sua superfície é paralela ao terreno da superfície; Quando existir sobrecarga na superfície do terreno, a sua distribuição é uniforme; Não existe atrito entre solo e tardoz do muro; A direção do empuxo é ortogonal à face do muro. Com base nestas hipóteses pode-se estabelecer o Empuxo ativo e Empuxo passivo de Rankine. MecanicaSolos_U4C02.indd 221MecanicaSolos_U4C02.indd 221 13/03/2017 16:23:0513/03/2017 16:23:05 Empuxo ativo de Rankine Como visto, o estado ativo é a condição do solo se movendo contra a estrutura. Segundo as hipóteses estabelecidas, a defi nição do empuxo ativo baseia-se em relações geométricas do círculo de Mohr ativo. A partir deste círculo, pode-se obter uma equação para o cálculo da tensão horizontal ativa para qualquer profundidade do solo ou também junto ao tardoz da estrutura de contenção. Fazemos primeiramente as seguintes correspondências: σ’v = σvertical - a tensão vertical efetiva é a tensão maior no estado crítico ativo. σ’ha = σ(menor ativa) - a tensão horizontal efetiva é a tensão menor no estado crítico ativo. Aplicando-se trigonometria, podemos obter a seguinte expressão: Ou pode ser apresentada da seguinte forma: Onde: Ø’ - é o ângulo de atrito interno efetivo do solo. c’ - é a coesão (intercepto coesivo) efetiva do solo. Sabendo-se que: Tem-se: Sendo esta a equação que define o valor das tensões laterais ativas para um solo qualquer considerando o critério de ruptura de Coulomb. Mecânica dos solos aplicada222 MecanicaSolos_U4C02.indd 222MecanicaSolos_U4C02.indd 222 13/03/2017 16:23:0613/03/2017 16:23:06 Figura 1. Círculo de Mohr ativo. O empuxo de solo é definido a partir da área do diagrama de tensões deter- minado a partir destas tensões horizontais efetivas. Normalmente, divide-se as áreas em triângulos para facilitar o cálculo dos empuxos, como veremos no exemplo a seguir. É importante notar que quanto maior a coesão efetiva e o ângulo de atrito do solo, menor será a tensão horizontal ativa σ’ha. Assim como o valor calculado de σ’ha cresce linearmente com a tensão vertical σ’v numa distribuição triangular ao longo do pa- ramento do muro. Por outro lado, com base em diagrama de vetores podemos definir que o peso (W) da cunha ativa corresponde a seguinte equação: Onde: γ - é o peso específico do solo. H - é a altura da contenção. ϕ’ - é o ângulo de atrito interno do solo. 223Método de Rankine MecanicaSolos_U4C02.indd 223MecanicaSolos_U4C02.indd 223 13/03/2017 16:23:0613/03/2017 16:23:06 Assim, tem-se que o Empuxo ativo (Ea), é definido como: Para o caso particular de solos puramente friccionais, ou seja, que não apresentam coesão, que é o caso dos solos arenosos secos, por exemplo, tem-se a seguinte equação para o cálculo do empuxo: No caso de solos coesivos quando não há sobrecargas, surge uma tensão horizontal negativa na superfície ao resolver a equação, , pois a tensão vertical σ’v passa a ser nula. Essa tensão vertical fisicamente é transformada em coesão aparente. O que podemos notar é que nos solos coesi- vos, a mobilização do empuxo ativo gera trincas de tração com profundidades equivalentes ao valor da σ’ha =0. Assim, a profundidade da trinca de tração (ht) pode ser determinada por: Figura 2. Profundidade de trinca de tração em solos coesivos. Fonte: Adaptada de Azambuja (2010). Você pode considerar a possibilidade da trinca de tração estar saturada com água e ali atuarem pressões hidrostáticas em solos argilosos. Assim, no cálculo dos empuxos assume-se um empuxo de água no topo da contenção. Mecânica dos solos aplicada224 MecanicaSolos_U4C02.indd 224MecanicaSolos_U4C02.indd 224 13/03/2017 16:23:0613/03/2017 16:23:06 Teoria de Rankine – Empuxo passivo Como visto antes, o estado passivo é a condição da estrutura se movendo contra o solo. O empuxo passivo é equacionado de forma similar ao empuxo ativo. Segundo as hipóteses estabelecidas, a defi nição do empuxo passivo baseia-se em relações geométricas do círculo de Mohr passivo. A partir deste círculo, pode-se obter uma equação para o cálculo da tensão horizontal passiva para qualquer profundidade do solo ou também junto à frente da estrutura de contenção, ou seja, a posição onde a estrutura comprime o solo. Considere, primeiramente, as seguintes correspondências: σ’v = σvertical - a tensão vertical efetiva é a tensão maior no estado crítico passivo. σ’hp = σ(maior passiva) - a tensão horizontal efetiva é a tensão maior no estado crítico passivo. Com um pouco de trigonometria, podemos obter a seguinte expressão: Ou pode ser apresentada da seguinte forma: Onde: Ø’ - é o ângulo de atrito interno efetivo do solo. c’ - é a coesão (intercepto coesivo) efetiva do solo. Sabendo que: Tem-se: Sendo esta a equação que define o valor das tensões laterais passivas para um solo qualquer considerando o critério de ruptura de Coulomb. 225Método de Rankine MecanicaSolos_U4C02.indd 225MecanicaSolos_U4C02.indd 225 13/03/2017 16:23:0613/03/201716:23:06 Figura 3. Círculo de Mohr passivo. É importante notar que quanto maior a coesão efetiva e o ângulo de atrito do solo, maior será a tensão horizontal passiva σ’hp. Assim como o valor calculado de σ’hp cresce linearmente com a tensão vertical σ’v numa distribuição triangular ao longo do paramento do muro. No caso particular de solos arenosos não coesivos, a pressão lateral pas- siva é nula para pressões verticais efetivas nulas. Por outro lado, nos solos coesivos (argilosos), existem pressões laterais passivas disponíveis mesmo na superfície do terreno. Assim como no empuxo ativo, o empuxo passivo de solo é definido a partir da área do diagrama de tensões determinado a partir destas tensões horizontais efetivas. Normalmente, divide-se as áreas em triângulos para facilitar o cálculo dos empuxos como veremos no exemplo a seguir. Variações do método de Rakine para empuxo ativo A formulação de Rankine pode também ser deduzida para terrenos inclinados, desde que o talude seja tão extenso que ultrapasse o ponto de interceptação do terreno com a linha de ruptura da cunha ativa e que o ângulo de inclinação Mecânica dos solos aplicada226 MecanicaSolos_U4C02.indd 226MecanicaSolos_U4C02.indd 226 13/03/2017 16:23:0613/03/2017 16:23:06 do terreno (β) seja inferior ao do atrito interno, como pode ser observado na Figura 4. É importante notar nesta situação que a resultante das pressões (empuxo ativo) possui direção paralela ao talude. Figura 4. Empuxo ativo de Rankine - distribuição de tensões em terreno inclinado. Exemplo de cálculo utilizando o método de Rankine O objetivo é defi nir o diagrama de pressões e determinar os Empuxos ativos resultantes e suas posições no espaço (o empuxo passivo é similar). Para isso, é necessário que se tenha em mãos os dados geométricos e também os parâmetros geotécnicos do solo que está promovendo o empuxo. No exemplo que segue não há presença de nível freático, mas se considera a aplicação de uma sobrecarga de 10 kN/m² na superfície do terreno, como demonstra a Figura 5. 227Método de Rankine MecanicaSolos_U4C02.indd 227MecanicaSolos_U4C02.indd 227 13/03/2017 16:23:0613/03/2017 16:23:06 Figura 5. Exemplo de uma parede (corte) vertical de 4 m de profundidade no qual está submetido a tensões ativas (poderia pensar na situação do tardoz de um muro de con- tenção também). a) Determinação dos coeficientes de empuxo pela formulação de Rankine. Definição das pressões verticais efetivas: Verifica-se que esta equação é geral para uma situação com presença de nível freático e sobrecarga no topo. b) Definição das pressões horizontais efetivas: c) Definição do diagrama de pressões horizontais: Mecânica dos solos aplicada228 MecanicaSolos_U4C02.indd 228MecanicaSolos_U4C02.indd 228 13/03/2017 16:23:0613/03/2017 16:23:06 O diagrama de pressões horizontais pode ser observado a seguir: d) Determinação dos empuxos laterais: O empuxo, ortogonal à face do muro, corresponde à área do diagrama de pressões horizontais efetivas. Seu ponto de aplicação corresponde ao centro de massa do diagrama, o que para um diagrama retangular é H/2, e para um diagrama triangular é H/3. Assim tem-se, O diagrama final de empuxos é mostrado a seguir: 229Método de Rankine MecanicaSolos_U4C02.indd 229MecanicaSolos_U4C02.indd 229 13/03/2017 16:23:0613/03/2017 16:23:06 O empuxo de água é apresentado como um diagrama adicional aos empuxos de solo causado pelas tensões efetivas horizontais. Por este motivo é tão importante o efeito da água no tardoz de uma contenção, ou mesmo na escavação. Para calcular o empuxo de água, basta a equação geral: σágua = γw . z. O diagrama de pressão de água (poro-pressões no solo ou pressões neutras) é triangular. Note que na prática, as pressões verticais de água são idênticas às pressões horizontais. 1. Imagine a situação de um solo arenoso com ϕ=35° sendo escavado verticalmente em 10 m. Na sequência, instala-se uma cortina atirantada. Qual o empuxo passivo no topo da cortina? a) -10kN b) 0 c) 10kN d) 3,69kN e) 0,27kN 2. Considere uma escavação vertical de 5 m em um terreno horizontal com solo de c’=10kPa, ϕ=30° e ɤ=17kN/m3. Qual a tensão horizontal ativa a 5 m de profundidade? a) 16,76kPa b) 39,84kPa c) 33,52kPa d) 8,38kPa e) 220,35kPa 3. Considere um maciço de solo argiloso com c’=12kPa, ϕ=27° e ɤ=18kN/m3. Se ele for escavado verticalmente, deverão se formar trincas de tração no seu topo. Qual será a profundidade destas trincas? a) 0,81 m b) 1,17 m c) 2,17 m d) 3,17 m e) 4,34 m 4. Considere uma estrutura enterrada em um terreno que, após sofrer um nível considerável de deslocamento, está mobilizando empuxo passivo em uma de suas faces. Sabendo que o solo é arenoso com ϕ=30° e ɤ=17kN/m3, qual a tensão horizontal passiva a 2 m de profundidade? a) 0kPa b) 11,322kPa c) 102kPa d) -51kPa e) 3kPa 5. Considere o maciço de solo da imagem com c’=0kPa, ϕ=32° e ɤ=18kN/m3. A inclinação do terrapleno é de 15° e o muro Mecânica dos solos aplicada230 MecanicaSolos_U4C02.indd 230MecanicaSolos_U4C02.indd 230 13/03/2017 16:23:0613/03/2017 16:23:06 possui 8 m de altura. Qual o empuxo ativo atuante no muro? a) Ea = 195,9kN/m e yEa = 4 m b) Ea = 97,95kN/m e yEa = 2,66 m c) Ea = 195,9kN/m e yEa = 4 m d) Ea = 97,95kN/m e yEa = 7 m e) Ea = 0 AZAMBUJA, E. Empuxos, muros e cortinas. [S.l.: s.n.], 2010. Notas de Aula. Leituras Recomendadas BROOKS, H.; NIEALSEN, J. P. Basic of retaining wall design: a design for earth retaining structures. 10. ed. Newport Beach: HBA Publications, 1992. CAPUTO, H. P.; CAPUTO, A. N. Mecânica dos solos e suas aplicações. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v. 2. CLAITON, C. R. I.; MILITITSKY, J.; WOODS, R. I. Earth pressure and earth-retaining structures. 2nd ed. Glasgow: CRC, 1993. CRAIG, R.F.; KNAPPETT, J. A. Craig mecânica dos solos. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015. FERNANDES, M. M. Mecânica dos solos: introdução à engenharia geotécnica. São Paulo: Oficina de Textos, 2014. v. 2. FUNDAÇÃO INSTITUTO DE GEOTÉCNICA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. Manual técnico de encostas. Rio de Janeiro: GeoRio, 2000. v. 2. HACHICH, W. et al. (Org.). Fundações: teoria e prática. São Paulo: PINI, 1998. MOLITERNO, A. Caderno de muros de arrimo. São Paulo: Edgard Blücher, 1994. TAYLOR, D. W. Fundamentals of soil mechanics. New York: John Wiley & Sons, 1948. U.S. ARMY CORPS OF ENGINEERS. Retaining and Flood Walls. Engineer Manual EM 1110- 2-2502. Report No. FHWA/RD-81-184, Federal Highway Administration. Washington: FHWA, 1989. 231Método de Rankine MecanicaSolos_U4C02.indd 231MecanicaSolos_U4C02.indd 231 13/03/2017 16:23:0613/03/2017 16:23:06 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Dica do professor Acompanhe neste vídeo, as principais formulações da teoria de Rankine para cálculo dos empuxos ativo e passivo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Exercícios 1) Com relação ao comportamento de solos arenosos, assinale a alternativa correta. A) Os materiais fofos apresentam grande redução de volume por conta do efeito da dilatância. B) Os materiais fofos apresentam uma grande expansão durante o seu cisalhamento, por isso a queda na sua resistência aumenta. C) Os materiais compactos apresentam grande expansão durante o cisalhamento, por isso a queda acentuada na sua resistência. D) Os materiais compactos apresentam unicamente um comportamento expansivo ao longo do ensaio triaxial. E) Os materiais compactos e fofos apresentam comportamento muito similar quando carregados. 2) Sabe-se que a saturação é capaz de promover um comportamento diferenciado entre as areias fofas e compactas quando carregadas. À luz disso, por que uma areia fofa pode se liquefazer? A) Pois ao expandir-se durante o carregamento, a areia fofaaumenta sua sucção, o que pode gerar a liquefação. B) Pois a areia fofa apresenta menor resistência. C) A areia fofa, ao ser carregada, apresenta contração e se torna mais compacta, portanto é impossível que se liquefaça. D) Porque durante o carregamento ela se expande, reduzindo sua tensão efetiva a zero. E) Porque pode ocorrer excesso de poro-pressão, já que a areia precisa se comprimir durante o cisalhamento, reduzindo à sua tensão efetiva a zero. 3) Se fizermos uma analogia entre o comportamento das areias e das argilas, uma areia compacta seria o equivalente a qual tipo de argila? A) De uma argila normalmente adensada, devido à formação de pico de resistência ao ser carregada. B) De uma argila normalmente adensada, devido à expansão durante o carregamento. C) De uma argila pré-adensada. D) De uma argila que não apresenta minerais expansivos. E) De uma argila em qualquer estado 4) Em algumas encostas naturais, rupturas podem ocorrer de forma drenada, ainda que os seus materiais constituintes sejam solos residuais argilosos ou silto-argilosos. Ainda assim, por que ensaios triaxiais não-drenados (CIU) são executados nestas condições? A) Em virtude da baixa permeabilidade desses materiais, pois um ensaiado drenado levaria muito tempo. B) Porque solos residuais apresentam comportamento não-drenado. C) Porque ensaios drenados (CID) são muito caros. D) Em virtude de ensaios drenados (CID) serem destinados unicamente a areias. E) Os ensaios deveriam ser unicamente drenados (CID), portanto é incorreto adotar a modalide não-drenada (CIU) nestas condições. 5) Em relação à trajetória de tensões, um exemplo de extensão axial é: A) Base de uma fundação. B) Talude de escavação sem estrutura de contenção. C) Fundo de escavação de poços . D) O empuxo passivo na frente de um muro. E) A extensão axial está presente em todas as situações. Na prática Em situações de projeto em solos argilosos, é comum que seja considerada a possibilidade de uma trinca de tração estar saturada com água em virtude de precipitações pluviométricas intensas e/ou prolongadas . Portanto, surge uma carga atuante adicional sobre a estrutura que pode exercer um efeito importante na sua estabilidade. Este empuxo hidrostático pode ser calculado por um diagrama de distribuição de tensões triangular, da mesma forma que os empuxos da massa de solo. Na prática, drenos são projetados no sentido de aliviar ou eliminar essas pressões hidrostáticas. Entretanto, esses drenos, muitas vezes, acabam colmatando ("entupindo") por conta da falta de uma manutenção adequada. Por esta razão é que hipóteses mais conservadoras de projetos são adotadas, como a consideração de saturação total das trincas. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Obras de Terra - Empuxo ativo, método de Rankine. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Influence of Stress Paths on Soil Strength Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Empuxos de terra. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Mohr Circles Stress Paths and Geotechnics - Parry Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.