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FACULDADE NATALENSE DE ENSINO E CULTURA 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E CAPACIDADE FUNCIONAL EM 
ESTUDANTES DO CURSO DE FISIOTERAPIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE 
ENSINO DE SUPERIOR NA CIDADE DO NATAL/RN 
 
 
 
 
LUCAS HENRIQUE AZEVEDO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2018 
 
 
LUCAS HENRIQUE AZEVEDO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E CAPACIDADE FUNCIONAL EM 
ESTUDANTES DO CURSO DE FISIOTERAPIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE 
ENSINO DE SUPERIOR NA CIDADE DO NATAL/RN 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado como pré-requisito para a 
obtenção do grau de bacharel em 
Fisioterapia. 
 
Orientador: Prof. Dr. Rêncio Bento Florêncio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2018
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIP - Catalogação na Publicação 
 
 
Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Fanec com os dados 
fornecidos pelo (a) autor (a) 
 
 
S586a Silva, Lucas Henrique Azevedo da 
 Análise da qualidade de vida e capacidade funcional em 
estudantes do 
 curso de fisioterapia de uma instituição de ensino superior na cidade 
do 
 Natal/RN / Lucas Henrique Azevedo da Silva. - 2018. 
 37 f. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado 
Faculdade Natalense de Ensino e Cultura, Natal/RN, 2018. 
 
 Área de Concentração: Fisioterapia Cardiorrespiratória. 
 Orientador: Prof. Dr. Rêncio Bento Florêncio. 
 
 1. Qualidade de vida. 2. Aptidão física. 3. Saúde do 
estudante.4.Fisioterapia. I. Florêncio, Rêncio Bento (orientador). 
II.Título. Análise da qualidade de vida e capacidade funcional em 
estudantes do curso de fisioterapia de uma instituição de ensino 
superior na cidade do Natal/RN. 
 
 CDU 615.8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Dedico este trabalho aos meus três anjos da 
guarda, meu filho Davi Morais (In Memoriam), 
meu avô José Azevedo (In Memoriam) e ao meu 
melhor amigo Iuri Dantas (In Memoriam), que 
sempre me inspiraram, e ensinaram a sempre 
manter a resiliência, força, coragem, e a nunca 
desistir.” 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço à meu pai, meu irmão, minha cunhada, minha sobrinha e 
principalmente à uma pedagoga que sempre desempenhou um papel incontestável 
na minha formação enquanto ser humano e estudante, sempre me apoiando e 
incentivando a buscar os melhores caminhos: minha mãe, minha base de tudo, com 
quem divido o mérito de todo este caminho percorrido! 
Agradeço à Deus e todas as energias positivas do universo, que me permitem 
viver coisas que a ciência não explica! 
À todos os meus amigos (em especial Iuri Dantas – In Memoriam, Larissa Luz, 
Raissa Amorim e Taline Freitas), e a Juliana Morais, por terem me segurado 
literalmente no colo quando me senti fraquejado, me incentivando à nunca desistir, 
compartilhando alegrias e tristezas, e estarem presentes nos anos mais difíceis da 
minha vida. 
Ao “grupo de cuscuz”, principalmente Jhonny Lima e Alyne Raysa, por se 
mostrarem amigos incondicionais, e a todas as pessoas que contribuíram com este 
estudo, seja nas coletas ou nas avaliações. 
Agradeço a todos os meus professores e preceptores de estágio que me 
acompanharam e se dedicaram em transmitir seus conhecimentos durante estes cinco 
anos e seis meses, que nunca mediram esforços para me incentivar, e mostraram o 
real significado dos termos Equidade e Integralidade. Vocês serão sempre lembrados! 
Ao meu orientador, Rêncio Bento, não tenho palavras para agradecer toda a 
paciência, compreensão, disponibilidade, e por todo o suporte que o senhor forneceu, 
não só pela conclusão desse trabalho, mas por várias outras situações dentro da 
minha graduação. 
Não posso esquecer de mencionar todas as pessoas envolvidas nos 
movimentos Sociais e Estudantis: A Executiva Nacional de Estudantes de Fisioterapia 
– ENEFi, por ter mediado espaços e discussões políticas importantes para minha 
formação; e à todos os Homens Trans, por me incentivarem a mostrar que podemos 
chegar onde quisermos, e vencer qualquer obstáculo que nos impuserem! 
E todos vocês demais qυе participaram de forma direta оυ indireta da minha 
formação, o meu muito obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Mesmo desacreditado e ignorado por todos, 
não posso desistir, pois para mim, vencer é 
nunca desistir.” 
Albert Einstein 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Introdução: Por meio da capacidade funcional (CF) um indivíduo pode realizar suas 
atividades de vida diárias e outras tarefas complexas. Os estudantes do período 
noturno, além de exaustão física e mental, apresentam uma diminuição de tempo livre 
para prática de atividades físicas, o que pode afetar a CF e qualidade de vida, por 
estarem interligados. Objetivo: Analisar a qualidade de vida e a capacidade funcional 
de estudantes do curso de Fisioterapia de uma instituição de ensino superior da cidade 
do Natal/RN. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo do tipo analítico 
observacional de caráter transversal, onde foram avaliados indivíduos maiores de 18 
anos, auto declarados como saudáveis, por meio de coleta de dados de identificação 
e antropometria, avaliação da qualidade de vida (SF-36), nível de atividade física 
(IPAQ) e por último, avaliação da capacidade funcional por meio do teste da 
caminhada dos seis minutos (TC6m), em um único dia de avaliação. Resultados: A 
amostra final foi composta por 38 indivíduos (22 mulheres e 16 homens). De acordo 
com o IPAQ, 47,4% dos indivíduos foram classificados como “muito ativos” e “ativos”, 
39,5% classificam-se em irregularmente ativos e apenas 13,2% foram classificados 
como sedentários, estes quando comparamos com o grupo muito ativo, encontramos 
diferença significativa em relação à porcentagem do predito da distância caminhada 
no TC6m [74,13 (57,2-85,97) versus 99,32 (90,6-105,9), pstudents of the 
Physiotherapy course of a higher education institution in the city of Natal / RN. 
Materials and Methods: A cross-sectional observational study was carried out, where 
individuals over 18 years of age, self-declared as healthy, were evaluated by means 
of identification and anthropometry data, quality of life assessment (SF-36 ), physical 
activity level (IPAQ), and finally, functional capacity assessment by means of the six-
minute walk test (6MWT), in a single evaluation day. Results: The final sample 
consisted of 38 individuals (22 women and 16 men). According to the IPAQ, 47.4% of 
the individuals were classified as "very active" and "active", 39.5% were classified as 
irregularly active and only 13.2% were classified as sedentary. we found a significant 
difference in relation to the predicted percentage of walking distance in the 6MWT 
[74,13 (57,2-85,97) versus 99,32 (90,6-105,9), patividade física – IPAQ (ANEXO 2) e realizaram o Teste da caminhada dos seis 
minutos (TC6m). Os critérios de inclusão adotados foram indivíduos com idade acima 
de 18 anos, auto declarados como saudáveis, sem diagnóstico prévio de patologias 
cardiorrespiratórias e/ou ortopédicas que limitem a marcha, não tabagistas e que não 
utilizassem drogas ilícitas. Foram excluídos do estudo os indivíduos que desistiram ou 
se ausentaram durante os procedimentos de coletas e também aqueles que 
apresentaram picos hipertensivos. 
O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da UNIP e aprovado 
sob o parecer de número 1.731.087 (ANEXO 3). 
 
 
11 
 
 
 
Questionário de Estado de Saúde (SF-36) 
 
O SF-36 é um instrumento de fácil compreensão e administração, que tem 
finalidade de avaliar a qualidade de vida dos indivíduos. O questionário é formado por 
36 itens distribuídos em 8 domínios (capacidade funcional, limitação por aspectos 
físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais 
e saúde mental). Os resultados são mensurados em um escore de zero à cem 
(determinado pelo cálculo do Raw Scale), onde o zero está relacionado ao pior estado 
de qualidade de vida e o 100 corresponde ao melhor estado de qualidade de vida18,19. 
Foi aplicado durante a acolhida e avaliação dos indivíduos, antes da realização 
do TC6m. 
 
Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) 
 
 O questionário IPAQ foi utilizado para avaliar o nível de atividade física dos 
indivíduos. Trata-se de um instrumento de fácil aplicação, boa precisão e baixo custo, 
que tem como objetivo determinar o nível de atividade física de uma população. 
Oferece dados sobre duração da atividade, frequência, intensidade e tipo de atividade, 
sendo possível classificar as atividades em leves, moderadas e vigorosas. 
A versão curta do IPAQ é composta por quatro questões abertas e suas 
informações permitem estimar o tempo despendido, por semana, em diferentes 
dimensões de atividade física (caminhada e esforços físicos de intensidades 
moderada e vigorosa) e de inatividade física (posição sentada)20. 
 
Teste de Caminhada dos Seis Minutos (TC6m) 
 
O teste propõe avaliar capacidade funcional e é um dos instrumentos mais 
utilizados por ser submáximo e oferecer maior segurança aos sujeitos, além de ser de 
baixo custo e fácil aplicação. Para execução do procedimento, foi utilizado como 
referência, as diretrizes da ATS – American Thoracic Society21,22. 
Para aplicação foi utilizada a quadra de esportes da Faculdade Natalense de 
Ensino e Cultura, na qual foi reservado um corredor de 30m, livre da circulação de 
pessoas, delimitados por cone e foi realizada uma marcação a cada 3m. Uma linha 
indicou o ponto de início e fim da volta, totalizando 60 metros. O indivíduo foi orientado 
quanto à execução do teste, inclusive com uma demonstração do avaliador, e foi 
explicado sobre as variáveis que seriam verificadas. Inicialmente, o avaliado teve um 
12 
 
 
 
repouso prévio de 10 minutos, e após isso foram observados Pressão Arterial (PA) – 
aferido com estetoscópio e esfigmomanômetro de modelo Premium Rappaport –, 
Frequência Cardíaca (FC) e Saturação Periférica de Oxigênio (SpO2) – por meio de 
um oxímetro de dedo – e a percepção de esforço (dispneia e fadiga de músculos 
inferiores) verificada por meio da escala modificada de Borg (ANEXO 4). Foi instruído 
a caminhar o mais rápido possível, sem correr, e caso apresentasse fadiga ou dispneia 
elevada, ou qualquer instabilidade hemodinâmica, poderia interromper o teste. A 
duração do teste é de 6 minutos, e a cada minuto, foram utilizadas frases de incentivo 
padronizadas conforme ATS21. Para verificar a recuperação dos sujeitos, foram 
aferidos os sinais vitais no primeiro e segundo minuto após a realização do teste. 
Após finalizado, foi mensurada a distância percorrida pelo avaliado e observado 
os mesmos parâmetros iniciais. Durante o teste, o avaliador não pôde acompanhar o 
indivíduo para que não houvesse interferência no resultado. Ao final do teste a 
distância total percorrida foi anotada e calculada em uma ficha estruturada pelos 
autores (APÊNDICE 3), e os resultados foram comparados com valores de referência 
para adultos utilizando a equação proposta por Iwama et al.23 com base em estudo 
prévio para a população brasileira24. 
Análise Estatística 
Os dados foram apresentados em média e desvio-padrão e porcentagens. O 
teste de Shapiro-wilk foi aplicado para verificar a distribuição dos dados, seguido 
pela correlação de Spearman para verificar o comportamento dos domínios do 
questionário de qualidade de vida com a porcentagem do predito para metros 
caminhados no TC6m e o Teste t de Student para comparação entre os grupos de 
homens e mulheres. Foi utilizado ANOVA de múltiplas comparações para comparar 
a distribuição dos sujeitos quanto ao nível de atividade física pelo IPAQ e TC6m 
(%pred) e ainda ao comparar os domínios de vitalidade e dor do SF-36 entre as 
faixas de atividade física. O valor de p 0,05). Em ambos os grupos, os menores scores concentram-se nos 
domínios de Estado Geral de Saúde e Vitalidade (Homens: 59,6 ± 13,5 e 62,8 ± 14,0; 
Mulheres: 56,1 ± 10,4 e 55,5 ± 14,1 respectivamente). 
 
 
14 
 
 
 
Tabela 2. Resultado por domínios do questionário de qualidade de vida SF-36 
na amostra total e por gênero. 
Variáveis Total (n=38) Homens (n=16) Mulheres (n=22) 
Capacidade 
Funcional 
83,7 ± 13,3 89,7 ± 10,9 79,3 ± 13,4 
Limitação por 
aspectos físicos 
78,3 ± 27,4 79,7 ± 27,7 77,3 ± 27,7 
Dor 67,6 ± 19,0 74,9 ± 15,4 62,3 ± 19,9 
Estado geral de 
saúde 
57,6 ± 11,8 59,6 ± 13,5 56,1 ± 10,4 
Vitalidade 58,6 ± 14,3 62,8 ± 14,0 55,5 ± 14,1 
Aspectos sociais 82,2 ± 17,1 87,5 ± 15,1 78,4 ± 17,8 
Limitação por 
aspectos 
emocionais 
70,2 ± 37,8 75,0 ± 35,5 66,7 ± 39,8 
Saúde mental 72,6 ± 17,5 76,8 ± 17,5 69,6 ± 17,3 
Dados apresentados em média ± desvio-padrão. Teste t de student não pareado. 
 
Ao analisar os achados do TC6m e correlacionar com os domínios do 
questionário SF-36, que avalia qualidade de vida, não foram observadas correlações 
estatisticamente significativas entre os domínios do questionário e a distância 
caminhada no teste em porcentagem do predito, conforme pode ser verificadona 
Figura 1. Contudo, podemos inferir que parece haver uma tendência proporcional 
quando analisados os domínios de capacidade funcional, estado geral de saúde e 
vitalidade, ou seja, quanto maior o score dentro dos domínios, maior a porcentagem 
do predito para distância percorrida durante o TC6m. 
Quanto ao nível de atividade física, avaliado pelo questionário IPAQ e 
exemplificado na figura 2, podemos perceber que 47,4% dos indivíduos foram 
classificados nos níveis “muito ativos” e “ativos”, 39,5% classificam-se em 
irregularmente ativos e apenas 13,2% foram classificados como sedentários de 
acordo com o questionário aplicado. 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
Figura 1. Correlação entre os domínios do questionário SF-36 e a porcentagem 
do predito de metros caminhados no Teste da Caminhada dos seis minutos. 
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Valores expressos em média. TC6m (%pred): porcentagem do predito para os metros caminhados no teste da 
caminhada dos seis minutos. Correlação de Spearman. 
 
16 
 
 
 
Figura 2. Distribuição dos sujeitos quanto ao nível de atividade física. 
 
Irreg. Ativo A: Irregularmente ativo A; Irreg. Ativo B: Irregularmente Ativo B. 
 
De forma geral os sujeitos apresentaram um bom desempenho durante a 
execução do TC6m, com uma distância média de 596,4 ± 35m (90,2 ± 12,5% pred). 
Ao analisar os sujeitos com relação ao nível de atividade física e distância caminhada 
no TC6m podemos observar que o desempenho foi considerado bom para a 
porcentagem do predito caminhado, mas houve diferença estatística significativa 
quando comparado o grupo sedentário com o grupo muito ativo [74.13 (57.2-85.97) 
versus 99.32 (90.6-105.9), pSoares e Pereira 
(2011)32 que encontraram um média de 566m (66 homens) e 538m (66 mulheres). 
Quanto à avaliação da qualidade de vida, cada domínio do SF-36 é calculado 
de forma individualizada. De Freitas et al.33, determinaram alguns valores de 
referência, de forma que atingindo um score de 0 à 24 era considerado ruim, 25 à 60 
regular, 61 à 83 bom, 84 à 99 muito bom, e 100 excelente. Porém os demais estudos 
encontrados consideram apenas o score de 0 a 100, no qual quanto mais próximo de 
100, melhor o estado geral de saúde e a autopercepção sobre a qualidade de vida. 
Os avaliados do nosso estudo obtiveram a média de scores acima de 70 em 5 
domínios, o que caracteriza um bom resultado, porém em 3 domínios pudemos 
observar scores regulares. São eles os domínios de dor (67,6 ± 19), estado geral de 
saúde (57,6 ± 11,8) e vitalidade (58,6 ± 14,3). Percebe-se na literatura que os 
domínios de estado geral de saúde, dor e de vitalidade, resultam predominantemente 
em scores mais baixos, corroborando com o presente estudo33,34,35. 
Ware et al.36 relata que escores baixos dentro do domínio de vitalidade, indicam 
que a pessoa se sente cansada e exausta a maior parte do tempo. Ao associar este 
domínio com o nível de atividade física, vemos que o grupo de pessoas sedentárias 
apresenta um score bem abaixo do que em relação ao grupo de indivíduos muito 
ativos (pdo nível de atividade física de estudantes de graduação das áreas saúde/biológica. 
Rev Bras Med Esporte, v. 13, n.1, p. 39-42, 2007. 
 
26. Ferreira SRG, Zanella MT. Epidemiologia da hipertensão arterial associada à 
obesidade. Rev Bras Hipertens. v.7, n.2, p.128-35, 2000. 
 
27. Brasil. Vigitel Brasil 2009: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças 
crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 
23 
 
 
 
 
28.Lessa I, Araujo MJ, Magalhaes L, Almeida Filho N, Aquino E, Costa MC. 
Simultaneidade de fatores de risco cardiovascular modificáveis na população adulta 
de Salvador (BA), Brasil. Rev Panam Salud Publica, v. 16, p. 131-137, 2004. 
 
29. Ramos de Marins VM, Varnier Almeida RM, Pereira RA, Barros MB. Factors 
associated with overweight and central body fat in the city of Rio de Janeiro: results of 
a two-stage random sampling survey. Public Health. v. 115, n. 3, p. 236-242, 2001. 
 
30. Coelho VG, Loeni FC, Liveratore Júnior RDR, Cordeiro JA, Souza DRS. Perfil 
lipídico e fatores de risco para doenças cardiovasculares em estudantes de medicina. 
Arq Bras Cardiol. v. 85, n. 1, p. 57-62, 2005. 
 
31. Bara Filho MG, Biesek S, Fernandes APT, de Araújo CGS. Comparação do padrão 
de atividade física e peso corporal pregressos e atuais entre graduados e mestres em 
educação física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 21, n. 2, 2000. 
 
32. Soares MR, Pereira CAC. Teste de caminhada de seis minutos: valores de 
referência para adultos saudáveis no Brasil. J Bras Pneumol.v.37, n.5, p.576-583, 
2011. 
 
33. de Freitas VRP, dos Santos CS, Câmara D, Coelho JYAR. Análise da qualidade 
de vida segundo o questionário sf-36 em um grupo de mulheres participantes de um 
programa de hidroginástica: uma pesquisa de campo. Ciência Atual–Revista Científica 
Multidisciplinar das Faculdades São José, v. 5, n. 1, 2015. 
 
34. Louro, SP. O impacto da incapacidade física na qualidade de vida relacionada com 
a saúde nos doentes oncológicos: um estudo exploratório [Tese de mestrado – 
Psicologia]. Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da 
Educação, 2009 
 
35. Brito DMSD, Araújo TLD, Galvão MTG, Moreira TMM, Lopes MVDO. Qualidade 
de vida e percepção da doença entre portadores de hipertensão arterial. Cadernos de 
Saúde Pública, v. 24, p. 933-940, 2008. 
 
36. Ware Jr JE, Sherbourne CD. The MOS 36-item short-form health survey (SF-36): 
I. Conceptual framework and item selection. Medical care, v. 30, n. 6 p. 473-483, 1992. 
 
37. Hallal PC, Dumith SC, Bastos JP, Reichert FF, Siqueira FV, Azevedo MR. 
Evolução da pesquisa epidemiológica em atividade física no Brasil: revisão 
sistemática. Rev Saúde Pública. v.41, n.3, p. 453-60, 2007. 
 
 
 
24 
 
 
 
APÊNDICE 1 
 
25 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
APÊNDICE 2 
FICHA DE AVALIAÇÃO 
Avaliação da qualidade de vida e capacidade funcional em estudantes do curso de 
Fisioterapia de uma instituição de ensino de superior na cidade do Natal/RN 
 
Avaliador: __________________________Data de Avaliação: ___/___/____ 
Protocolo: ______________________________________________________ 
Professor Responsável: Rêncio Bento 
 
Identificação 
Nome:__________________________________________________________ 
Gênero: ___________ Data de Nas. ____/____/____ Idade_______________ 
Telefone: _______________________ 
Dados 
Peso (kg) 
Altura (m) 
IMC (kg/m2) 
PA (mmHg) 
FC (bpm) 
RCQ (C/Q) 
SpO2 (%) 
 
Observações Gerais 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
________________________ 
 
27 
 
 
 
APÊNDICE 3 
 
 
28 
 
 
 
ANEXO 1 
 
 
29 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
ANEXO 2 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
ANEXO 3 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
36 
 
 
 
ANEXO 4 
ESCALA DE BORG 
 
 
0 Nada 
0,5 Extremamente fraco/leve 
1 Muito fraco 
2 Fraco 
3 Moderado 
4 
5 Forte/intenso 
6 
7 Muito forte/intenso 
8 
9 
10 Extremamente forte

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