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Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Conheça as Etapas do Projeto Elétrico As Instalações Elétricas são uma etapa fundamental na construção, reforma ou adequação de qualquer ambiente. Um projeto de qualidade impede que haja falta de energia e previne contra curtos-circuitos, que poderiam colocar em risco a segurança dos usuários. Inicialmente, é preciso ter a Planta Baixa da casa ou estabelecimento, que é utilizada como base para a alocação dos componentes elétricos. 1) Pontos de luz Em qualquer tipo de ambiente, a falta ou insuficiência de iluminação é prejudicial. Por esse motivo, é importante escolher a quantidade de pontos de luz que será instalada e onde eles ficarão posicionados, o que depende muito da função e do tamanho do espaço. Um grande estabelecimento comercial, por exemplo, terá uma necessidade maior do que o cômodo de uma residência. 2) Tomadas e interruptores Após o posicionamento da iluminação, é hora de acrescentar também as tomadas. Além da quantidade e da localização das mesmas, também é importante avaliar quais aparelhos ficarão ligados a cada uma. Alguns equipamentos, como microondas e ar condicionado, precisam receber potências mais altas, o que deve ser considerado no momento do projeto. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Quando os pontos de luz e as tomadas estiverem devidamente alocados, é preciso distribuir os interruptores, que controlam o funcionamento da iluminação. Durante a execução do projeto, é possível escolher, por exemplo, se haverá dois pontos diferentes para acender uma mesma lâmpada – ou mais de uma lâmpada para ser acendida por um mesmo ponto. 3) Quadros e Circuitos Com a energia fornecida pela concessionária até que chegue em nossas residências. Antes de se alocar nos aparelhos elétricos contidos em nossa casa, ela passa pela pelo quadro de medição, que está associado ao quadro de distribuição. Este quadro de medição é onde é medido o consumo mensal, que é ligado através de um ramal de entrada ao painel de distribuição do circuito geral denominado QDG . Por vez, este quadro é o responsável pelo ponto de partida para a alimentação de pontos elétricos espelhada pela casa, em que são divididos em circuitos. Podem ser divididos em circuitos de iluminação, de tomada de uso geral, tomadas de uso especifico, etc. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Em algum momento, pode ser necessário fazer reparos na parte elétrica do ambiente, o que possivelmente requer o desligamento da mesma. Para que não seja preciso desligar todos os aparelhos e pontos de luz ao mesmo tempo, as instalações são divididas em circuitos, que permitem a desativação de suas partes isoladamente. Isso é feito na instalação no quadro de distribuição, que abrigam os disjuntores dos diferentes circuitos. Por meio deles, é possível desligar determinadas partes da instalação, sem que haja prejuízo às demais. Depois que os quadros já foram posicionados, faz-se necessário dividir os circuitos, formados por diferentes elementos que utilizam uma fiação em comum. Tomadas e pontos de luz, por exemplo, devem ser alocados separadamente. A divisão em circuitos de forma correta evita que haja sobrecarga de algum deles, o que poderia levar a um curto-circuito. Veja aqui algumas formas de identificá-los e evitá-los. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 4) Eletrodutos Para que a fiação não fique exposta, utiliza-se eletrodutos a fim de agrupá-los e protegê-los do meio externo. Eles ligam o quadro de cargas aos pontos de utilização e, geralmente, são feitos de materiais flexíveis – motivo pelo qual são representados por linhas curvas, não retas. 5) Outros Pavimentos No caso de uma edificação com mais de um pavimento tipo, inicialmente, aloca-se na planta uma caixa de passagem, por onde passa a fiação que conectará os diferentes andares da construção. Depois, é possível lançar automaticamente os demais pavimentos e renumerar os elementos que os compõem, gerando tabelas referentes a todos os circuitos da edificação. 6) Dimensionamento Para que seja possível dimensionar os componentes do circuito, é necessário alocar a fiação nos eletrodutos correspondentes. Como a seção de cada um permite a colocação de uma quantidade limitada de fios, é necessário que o processo seja feito com muita atenção, para evitar problemas no momento da execução da obra. Com base nas informações da planta e os cálculos que já foram realizados pelo engenheiro eletricista é hora de passar a fiação pelos eletrodutos. Lembrando que todo o projeto elétrico já equilibra as diferentes fases e dimensiona tanto a fiação, quanto os condutos. Dessa forma, o projeto fica muito menos sujeito ao erro humano, pois é só seguir a Planta Baixa. 7) Finalização No projeto de instalações elétricas, há outros componentes além da Planta Baixa. O Quadro de Cargas indica a divisão dos circuitos e das fases, bem como as características de cada um, como a corrente e a potência. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Os Diagramas Unifilar e Trifilar representam esquematicamente as instalações, de forma a facilitar a compreensão delas e do próprio Quadro. A Lista de Materiais, por sua vez, apresenta quais serão os componentes necessários para a execução da obra, o que facilita também na montagem de um orçamento. Diagrama Unifilar Após a realização desses passos, o Projeto de Instalações Elétricas está concluído, de forma segura e rápida. A curto prazo, ele diminui possíveis gastos com material desnecessário e, a médio e longo prazo, diminui a necessidade de serviços de manutenção. Montagem do Quadro de Distribuição Monofásico De acordo com a norma NBR-5410 todas as instalações elétricas devem conter no mínimo um Quadro de Distribuição de Circuitos (QDC), mas infelizmente nem os eletricistas sabem como fazer ou por onde começar a montagem de um QDC, pensando nisso resolvemos ensinar como realizar a montagem de um quadro de distribuição. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Caixa de distribuição: A caixa de distribuição, mais conhecido como quadro de distribuição de circuitos (QDC) é sem dúvidas uma das partes mais importantes em uma instalação elétrica, pois é pelo quadro de distribuição que passa toda a energia da instalação. O quadro de distribuição é responsável por conter todos os dispositivos de proteção necessários, e como o próprio nome diz ele tem o objetivo de distribuir todos os circuitos para os pontos de utilização da instalação, para garantir a segurança e o bom funcionamento, além disso a caixa de distribuição evita defeitos e acidentes dentro da instalação. Os circuitos contidos na caixa de distribuição são devidamente separados, como por exemplo circuito de iluminação, circuito para tomadas de uso geral (TUG), e circuitos individuais para tomadas de uso específico, de forma que todos os circuitos possuam uma potência máxima a ser dissipada. Todos os circuitos que se encontram dentro da caixa de distribuição devem estar todos devidamente identificados, para garantir a segurança do profissional que irá realizar manutenção, ensaios e inspeções no QDC e dos usuários da instalação. Não importa quais os serviços que iremos desenvolver nas instalações elétrica, todos estes serviços devem sempre estarde acordo com as normas, como por exemplo a NBR 5410 – Instalações elétrica em baixa tensão – e NR-10 – Segurança em instalações e serviços com eletricidade. Seguir as normas e executar corretamente as instalações elétricas Como foi mencionado anteriormente, o quadro de distribuição é onde está contido todos os dispositivos de proteção, tanto para os circuitos quanto para as pessoas, como por exemplo os disjuntores, dispositivos de proteção contra surtos (DPS) e interruptor diferencial residual (IDR), portanto é fundamental que todos eles estejam devidamente dimensionados e instalados conforme a norma NBR-5410 para instalações elétricas em baixa tensão. Montagem do quadro de distribuição: Antes de realizar a montagem é preciso saber qual será a caixa de distribuição a ser utilizada, para isso deverá ser feito a divisão de circuitos, e o dimensionamento dos componentes de proteção, como por exemplo o dimensionamento dos disjuntores e cabos elétricos. Local de instalação do QDC: De acordo com a norma NBR-5410 não existem muitas restrições em relação ao local de instalação da caixa de distribuição, sendo assim a única exigência para o QDC é que ele não seja instalado em locais que o quadro de distribuição de força (QDF) fique trancado, ou seja, de difícil acesso, fora estas situações o quadro de distribuição pode ser instalado em qualquer local, de acordo como a norma. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Abaixo mostramos a imagem de uma planta baixa com as devidas indicações dos locais que podem ou não ser instalado o quadro de distribuição de circuitos. Observem que a imagem acima não indica se pode ou não instalar a caixa de distribuição na sala, mas devido a questões de estética não recomendamos que se feita a instalação do QDC na sala. Recomendamos que a instalação do quadro de distribuição seja feita o mais próximo possível do medidor, pois os cabos que são levados até a caixa de distribuição são os que conduzem maior corrente e são de maior espessura, dessa forma a distância interfere diretamente no dimensionamento dos cabos elétricos. Disjuntor DR: O que é, como instalar Para quem não conhece, o disjuntor DR, também conhecido como Disjuntor Diferencial Residual é o responsável por desarmar o sistema e pode também abrir os contatos em caso de sobrecarga, curto circuito ou em caso de fuga de corrente. Utilizar o Disjuntor Diferencial Residual é uma obrigação, afinal ele protege a sua casa e é recomendado que seu uso seja especialmente na cozinha, no banheiro se puder, também na área externa. Disjuntor DR O disjuntor, como já dissemos trata-se de um objeto que age quando acaba percebendo que há fugas de corrente e nesse caso acontece os vazamentos de energia de condutores, e é justamente nesse momento que o disjuntor entra em ação, fazendo o desarmamento, afastando assim a possibilidade de alguém acabar se machucando ou sendo atingido por uma descarga elétrica, ou melhor dizendo, levando um choque. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Fica evidente que o disjuntor DR é um dispositivo que aumenta a proteção tanto para as pessoas como também em animais, para que os mesmos não venham a tomar um choque elétrico devido ao contato que pode ser direto ou também indiretamente, gerando uma fuga de corrente. A função do disjuntor DR é justamente desligar o circuito completamente para não ocasionar um acidente que muitas vezes pode ser fatal. Para quem tem filhos, o disjuntor DR é um dispositivo excelente, principalmente por que as crianças não tem noção do perigo e são muito curiosas com qualquer coisa e sendo assim, pode mexer em tomadas ou outros locais que possuem uma descarga elétrica e com isso ocasionar um acidente. O acidente acontece geralmente em contato direto ou indireto. No contato direto a pessoa encosta em um condutor que está carregado eletricamente. No contato indireto, a pessoa acaba tocando alguma coisa que está carregada eletricamente, porém se tornou um condutor de forma acidental, como em um possível erro no isolamento. Como instalar um disjuntor DR? Como já dissemos, a presença de um disjuntor DR é obrigatória em todas as instalações, principalmente em ambientes como cozinhas, banheiros e áreas reservadas a atividades na parte externa a residencial. Por se tratar de algo que exige muito cuidado, só o profissional especializado no assunto é quem poderá realizar os processos de instalação e com isso, garantir que o disjuntor será instalador de forma correta. Se estiver acrescentando o DR em um quadro de distribuição de circuitos (QDC), verifique o posicionamento dos demais dispositivos, onde é entrada e saída, para manter um padrão de organização, reduzindo as chances de erros. O mesmo deverá acontecer caso seja feita uma nova instalação no QDC. Faça a fixação dos dispositivos de acordo com o seu modelo, de forma que o dispositivo diferencial residual seja alimentado por cima e suas saídas por baixo, mantendo a padronização e respeitando determinada ordem. O mesmo deve ocorrer se for instalado mais dispositivos DR. Com o auxílio de um alicate decapador, desencape os condutores e faça a alimentação do dispositivo, não existe polaridade correta para o DR, a única especificação é onde será conectado o cabo neutro, mas sempre recomendamos manter um padrão de alimentação dos componentes. O esquema abaixo mostra a montagem de um quadro de distribuição de circuitos com um dispositivo de proteção contra surto (DPS) e um DR. De forma que o Diferencial residual é ligado logo após o disjuntor geral, com a mesma fase sendo ligado no DPS e derivada para o DR. Os cabos que saem do IDR são derivados nos disjuntores dos demais circuitos. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Montando o quadro de distribuição: Iremos montar um quadro de distribuição para um circuito bifásico (fase, fase e neutro) que contém um dispositivo diferencial residual, três dispositivos de proteção contra surto e seis disjuntores, sendo que cinco deles são monofásicos de o disjuntor geral que é bipolar. Alertamos para que você se certifique de que os condutores que estão vindo do medidor não estejam energizados, portanto desligue o disjuntor do padrão de entrada antes de realizar qualquer serviço. Passo 1: Faça primeiro a fixação dos componentes, de forma que a montagem fique a mais organizada possível, em seguida faça a alimentação do disjuntor geral. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Neste caso iremos alimentar o disjuntor geral por baixo, como mostra a imagem abaixo. O disjuntor está sendo alimentado por baixo devido a uma questão de estética e organização, mas não existe uma polaridade correta para os disjuntores de corrente alternada, eles irão funcionar de qualquer maneira. Passo 2: O condutor de neutro que vem diretamente do medidor é ligado diretamente na entrada de um DPS e logo em seguida derivamos para a entrada do DR, neste caso alimentamos o diferencial residual por cima, como mostra abaixo: É importante destacar que única restrição do interruptor diferencial residual são os polos de fase e de neutro, ou seja só pode ligar os cabos de fase e neutro nos bornes especificados no dispositivo. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Passo 3: Após os condutores de fase serem seccionados pelo disjuntor geral, os dois dispositivos de proteção contra surto (DPS) que restaram e o diferencial residual (DR) serão alimentados, ou seja, os cabos são ligados da saída do disjuntorgeral e derivados para as entradas dos DPS´s e do DR, como mostra a imagem abaixo: Passo 4: Após ter feito a alimentação dos DPS´s e do DR iremos ligar as saídas dos DPS´s no barramento de terra e neste mesmo barramento ligamos o condutor de aterramento, de forma que cada circuito tenha um condutor de aterramento separadamente, como o indicado no esquema abaixo: Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Passo 5: Agora iremos realizar as ligações para alimentar os disjuntores monopolares. Para isso iremos utilizar um barramento pente para derivar as saídas do interruptor diferencial residual. Neste caso, recomendamos a utilização do barramento pente, pois ele oferece uma melhor fixação nos bornes, é mais seguro e ainda economiza espaço. Passo 6: Assim que o barramento pente é conectado nas entradas dos disjuntores é conectado o cabo de fase nos bornes de saída de cada um dos disjuntores, que serão o condutor fase de cada circuito. O esquema abaixo demonstra como devem ser conectados os cabos fase de cada circuito. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Passo 7: Cada circuito tem que ter um cabo de neutro separado, portanto iremos conectar um cabo da saída do DR e ligar diretamente no barramento de neutro. A partir de então iremos conectar os demais cabos de neutro do circuito no barramento de neutro, como mostra o esquema abaixo. Como podemos observar as ligações feitas, é um quadro de distribuição para cinco circuitos, portanto cada um dos circuitos, possuem um disjuntor e seus respectivos condutores de aterramento e condutores de neutro, que estão protegidos pelo disjuntor geral, DPS e DR. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Erros para evitar no projeto elétrico da sua casa Erros na parte elétrica podem aumentar o risco de acidentes, prejudicar o bom funcionamento da casa e gerar gastos com reparos e manutenção, causar incêndios, dentre outros prejuízos. Para que isso não aconteça com você, jamais deixe de dar a devida importância ao projeto elétrico do seu imóvel. Veja alguns eros. 1. Não pensar na altura das tomadas e demais componentes A altura correta de tomadas e interruptores faz total diferença na vida do morador. Afinal, atualmente somos dependentes de energia. Outros componentes elétricos, como quadros de distribuição, passagem de cabos e demais equipamentos, também devem ser devidamente localizados. O projeto elétrico precisa ser funcional e estar alinhado com as necessidades dos moradores. Além disso, a ABNT contém normas com as medidas-padrão para alturas baixas, médias e altas. Saiba a altura ideal das tomadas e interruptores para aplicar no projeto elétrico de sua casa. 2. Não considerar as necessidades do imóvel em relação às cargas elétricas Cometer esse erro no projeto elétrico pode não apenas gerar dificuldades no cotidiano do morador como problemas mais sérios na parte elétrica da casa. Para Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 evitar que isso ocorra, é fundamental planejar as cargas elétricas da instalação, tais como ar-condicionado, chuveiros, iluminação e eletrodomésticos. Além disso, também é preciso dimensionar a instalação de acordo com as normas da ABNT. Para isso, deve-se considerar, por exemplo, o número de condutores, número e capacidade de disjuntores e demais dispositivos de proteção elétrica como os DRs. Lembre-se também de que não é recomendável realocar cargas na instalação sem o suporte de um profissional especialista. 3. Não contratar um profissional qualificado Para garantir todos os requisitos técnicos, é fundamental contratar um profissional especializado e qualificado. Engenheiro eletricista, engenheiro civil e arquiteto são os profissionais mais capacitados para a elaboração do projeto elétrico. Cada um destes profissionais está habilitado a elaborar tipos específicos de projetos elétricos. 4. Utilizar materiais elétricos inadequados Outro erro em projeto elétrico é não investir em materiais adequados e de qualidade. Se a instalação estiver incorreta ou se o produto não for bom, pode ocorrer um fenômeno chamado fuga de corrente. Com isso, os pontos de contato direto ou indireto podem causar choque elétrico e incêndios. Lembre-se também de que a norma da ABNT exige o uso do dispositivo DR (diferencial residual) para evitar choques elétricos. 5. Gerar sobrecarga na instalação elétrica A sobrecarga dos aparelhos elétricos conectados à tomada pode gerar graves impactos. Isso acontece porque o equipamento pode consumir uma corrente de Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 energia maior do que deveria. Além disso, o dimensionamento do disjuntor e do condutor pode estar incorreto. 6. Não fazer o aterramento Outro erro é deixar de fazer o aterramento, um procedimento que evita a ocorrência de choques. Com ele, a descarga elétrica é conduzida corretamente pela instalação elétrica até se dissipar no solo. Além disso, instalar o fio terra nos circuitos elétricos é importante também para impedir que os equipamentos eletrônicos sejam sobrecarregados e, conseqüentemente, queimem. Dicas sobre tomadas Conheça a diferença entre tomadas de 10 A e 20 A O novo padrão de tomadas do país, em vigor desde 2011, foi criado para oferecer mais segurança no uso de equipamentos elétricos em ambientes residenciais, comerciais e industriais. A seguir, vamos falar das diferenças entre tomadas de 10 A e 20 A. Além do terceiro pino, que funciona como aterramento, o novo padrão de tomadas do Brasil inclui dois modelos de tomadas. Para correntes de 10 A, os conectores são menores e mais finos. Apesar da tomada de 20 A ter o diâmetro apenas um pouco maior, a diferença é suficiente para impedir o encaixe de um plugue maior. Tomadas de 10 A Esse padrão é mais fino: os plugues e tomadas possuem 4 mm de diâmetro, e são utilizados para alimentar equipamentos como eletrodomésticos, computadores de Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 baixo e médio desempenho, carregadores de celular e televisores. Nessas tomadas, a potência máxima permitida em 127 V é de 1270 W, e para 220 V a potência máxima permitida é de 2200 W. Tomadas de 20 A Quando o equipamento precisa de uma carga mais reforçada para funcionar de mais de 1000 W, como é o caso de aparelhos de ar-condicionado, secadores de cabelo profissionais e secadoras de roupa, entra em cena a tomada de 20 A, com plugues mais grossos e capacidade maior de transmitir energia com segurança. Os plugues e orifícios têm 4,8 mm de espessura e precisam ter um circuito elétrico específico. Nessas tomadas, a potência máxima permitida em 127 V é de 2540 W, e para 220 V, a potência máxima é de 4400 W. Todo projeto, seja de construção ou reforma, possui padrões de medidas e distâncias que precisam ser seguidas para tornar-se um ambiente minimamente funcional e confortável. Com tomadas e interruptores, esta regra também se aplica. Qual é a altura ideal das tomadas e interruptores? Somos reféns absolutos da energia elétrica e, em um mundo cada vez mais conectado, a instalação das tomadas e interruptores é um detalhe que não pode ser negligenciado. Afinal, a ausência de um número apropriado de pontos de energia ou a instalação em locais inadequados poderender aborrecimentos no dia a dia de uma residência. Atualmente, arquitetos e designers contam com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para direcionar as medidas corretas em um padrão. Segundo a norma NBR 5410, as tomadas e interruptores podem ser instaladas em 3 alturas: – Baixas: 30 cm a partir do chão; – Médias: 1,20 m (ou 120 cm) até 1,30 m (ou 130 cm) a partir do chão; Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 – Altas: 2 m até 2,25 m (ou 225 cm) a partir do chão. As tomadas e interruptores devem acompanhar as medidas de altura média e, para que haja harmonia na decoração, é importante seguir a mesma orientação na casa toda. As quantidades de tomadas em cada cômodo costumam gerar dúvidas – o número ideal depende de quantos eletrônicos ou eletrodomésticos são utilizados em cada área da residência. O total de moradores também influencia. A ABNT orienta no mínimo uma tomada a cada 3,5 m de parede. Na cozinha, elas devem ser instaladas na altura média, para que fiquem acima das bancadas. Fogão, geladeira, coifa, torneira elétrica, micro-ondas e forno precisam de pontos de energia permanentes, portanto, é uma boa idéia instalar modelos com entrada dupla. Em relação a quantidade orientamos no mínimo uma tomada a cada 5m. Os quartos precisam de tomadas próximas a cama (é bacana ter uma em cada lado para os carregadores de bateria e luminárias). Um interruptor próximo à cabeceira é uma ótima pedida. Na sala, é preciso pensar nos pontos de energia para TV, home theather, videogames e receptores de sinais de internet e TV à cabo. Entradas para alimentar eventuais luminárias também devem ser lembradas. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Em alguns imóveis, as varandas e quintais acabam esquecidos, mas eles necessitam de pontos para abastecer equipamentos como lavadoras, cortadores de grama e aspiradores. Para não errar, o ideal é realizar o planejamento de um projeto elétrico eficiente e adotar essas dicas para escolher os melhores modelos de tomadas e interruptores. Distância Aqui, é importante ressaltar: a quantidade de interruptores e tomadas deve ser definida sempre conforme a necessidade dos moradores, a partir da correta elaboração do projeto. Entretanto, assim como na altura, há também uma orientação estabelecida por norma técnica. De acordo com a NBR5410, recomenda-se a instalação de uma tomada a cada 8m². Na vertical ou horizontal? Esta é uma dúvida recorrente. Saiba que, o sentido ideal para a instalação da sua tomada ou interruptor é na vertical. Contudo, nada impede que você o faça também na horizontal. A única recomendação é que, por uma questão estética, mantenha-se o padrão da posição adotada. Dicas complementares Para tomadas de uso especial, recomenda-se um circuito elétrico único pra ela Aparelhos como microondas, geladeiras, fornos elétricos e máquinas de lavar, normalmente, necessitam de tomadas de 20A. Ares-condicionados exigem tomadas de grande potência. Para correta instalação, fale com um eletricista de sua confiança A quantidade de tomadas em cada ambiente deve ser sempre sutilmente maior que o mínimo calculado Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Não são os eletrodomésticos que devem ser colocados onde existem tomadas, mas sim, tomadas que devem ser instaladas conforme o projeto definido pelo morador. Onde colocar tomadas e interruptores para torná-los mais funcionais Agora é hora de falarmos sobre onde colocar tomadas e interruptores em cada um dos ambientes de uma casa. Listamos acima algumas opções de uso das tomadas na sala de estar, entretanto, é importante que você se concentre para pensar quais os equipamentos que você deseja ter no ambiente. Por exemplo, o videogame ficará na sala? Existem um aparelho de home theater? Não se esqueça do telefone fixo! Coloque tomadas perto do sofá e de poltronas para que você possa carregar o celular e o notebook, enquanto continua usando. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Próximo a TV também é um lugar estratégico. Lembre-se dos itens que pretende colocar ao redor da televisão. Em média, 3 a 4 tomadas resolvem as necessidades desse espaço. Você também pode usar adaptadores de tomada com mais de uma entrada para diminuir o número de tomadas, mas cuidado para o ambiente não ficar confuso. Lembre-se que sua sala é a porta de entrada da sua casa. Em relação ao interruptor ele pode e deve estar alinhado com o modelo de porta para sala escolhido, afinal ficará próximo a ela, compondo a decoração. Dependendo do uso que você faz do seu quarto, você pode precisar do mesmo número de tomadas do que na sala. Alguns dos itens que precisam de tomada são: – televisão; – computador; – videogame; – luminária; – carregador de celular. No quarto é importante ter um interruptor próximo a cama, além do interruptor próximo a porta. Imagine não precisar levantar para apagar a luz do quarto! Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Caso você pretenda instalar ar condicionado, fique atento para a necessidade de tomadas com circuitos diferentes. Esse é, provavelmente, o cômodo que mais precisa de tomadas, afinal, são muitos equipamentos como: – geladeira; – fornos; – máquina de lavar louça; – microondas; – liquidificador; – cafeteira e por aí vai! Alguns desses equipamentos precisam de circuitos diferentes para aguentar a demanda de energia. Além de saber o número de tomadas é importante saber onde colocar tomadas e interruptores para que eles atendam suas necessidades. Por isso, tente imaginar onde vai ficar cada eletrodoméstico e garanta que você terá como ligá-lo. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 A atenção principal sobre onde colocar tomadas e interruptores é a distância que deve ter entre o box e a torneira para banheiro. Deve haver, no mínimo, 60 centímetros entre eles. É interessante ter ao menos um ponto de energia neste cômodo, para ligar barbeador, secador de cabelo e outros aparelhos que você ache úteis. O que comprar para instalar tomadas e interruptores modulares de embutir? Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Além do tamanho você deve ficar de olho na compatibilidade entre o suporte, os módulos e o espelho, pois variam de acordo com o fabricante e os modelos disponíveis no mercado. Tomadas e interruptores modulares de embutir: Você já deve ter reparado que alguns deles possuem um único comando e outros possuem vários, ou até mesmo uma combinação entre tomadas e interruptores. É importante que você saiba como essas estruturas se organizam para não comprar itens incompatíveis e nem esquecer algum deles. Os itens necessários para a instalação das tomadas e interruptores modulares são basicamente quatro: a caixa de passagem, o suporte, os módulos e o espelho. A caixa de passagem é embutida na parede e é onde se aparafusa o suporte. Os módulos são encaixados no suporte e por cima desse conjunto, encaixa-se o espelho ou placa para suporte, que é o acabamento externo. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes17 No entanto, existem conjuntos em que os módulos são encaixados no próprio acabamento externo, nesse caso, o suporte e o espelho para suporte são substituídos pelo espelho sem suporte. Nesse caso, também temos a caixa de passagem embutida na parede, mas os módulos são encaixados no espelho sem suporte e ele é aparafusado na caixa de passagem. A diferença entre os conjuntos que usam espelho para suporte (esquerda) e os conjuntos que usam espelhos sem suporte (direita) é que no sem suporte, o parafuso fica visível no acabamento. Dependendo da quantidade e da forma como os pontos serão organizados, podemos optar por caixas de passagem, suportes e espelhos no tamanho 2×4 ou 4×4 polegadas. Também existe o tamanho 2×2, mas é pouco utilizado. Além do tamanho, como citado anteriormente, você também deve ficar de olho na compatibilidade entre o suporte, os módulos e o espelho, pois variam de acordo com o fabricante e muitas vezes entre modelos de um mesmo fabricante também. No exemplo anterior, possivelmente o módulo do primeiro interruptor não serviria para o segundo apesar de serem bem parecidos. No entanto, conforme podemos observar abaixo, essa diferença pode ser bem mais evidente, reforçando que devemos ter atenção à compatibilidade entre os itens: Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Observe o espelho de qualquer modelo acima, com certeza, não servirá para o módulo de nenhum outro. Você só vai precisar comprar os suportes, módulos e espelhos na fase de acabamento da obra, mas é importante considerá-los bem mais cedo, na compra e instalação das caixas de passagem, que é o primeiro item desse jogo de encaixe. Ela fica embutida na parede e os conduítes com os fios elétricos chegarão nela. Esse item é sempre adquirido separadamente, não compondo nenhum kit pronto e devemos ficar atentos ao seu tamanho na hora da compra, se é de 2×4 ou 4×4 polegadas, em função de quantos módulos serão instalados nelas. A caixa 2×4 comporta até três módulos e caixa 4×4 comporta até 6 módulos. Caixa de passagem Como e por que instalar tomadas e interruptores de embutir? Vamos falar como e por que incluir tomadas e interruptores de embutir nos seus projetos. Já sabemos que quantidade de tomadas de um cômodo faz parte de uma das etapas do projeto elétrico. Mas é sempre bom lembrar que com o número cada vez maior de eletrodomésticos e aparelhos elétricos, é muito importante listar a quantidade de tomadas e interruptores que serão necessários em cada ambiente para não ter problemas futuros. Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Como instalar? Primeiro, lembre-se de verificar a amperagem da tomada. Os módulos de 10 Amperes são para aparelhos de baixa potência, como televisão. E os de 20 Amperes são para aparelhos a partir de 1000 watts, como secador de cabelo e micro-ondas. Quais as vantagens Funcionais e versáteis, as tomadas e interruptores de embutir garantem flexibilidade e praticidade na instalação. Os contatos dos interruptores, produzidos com liga de cobre e prata, proporcionam durabilidade e vida útil mais longa ao produto. Além disso, existem outras vantagens em usar tomadas e interruptores de embutir: – Encaixe sem parafusos; – Segurança e simplicidade na fixação e retirada dos módulos; – Superfície lisa de fácil limpeza e manutenção; – 5 anos de garantia no mecanismo eletromecânico; – Facilidade de instalação. Sem transtorno nos ambientes Aula 17 - Etapas do Projeto Elétrico Curso: Noções de Eletricidade com Segurança – Professor Walter Luis Gonçalves Nunes 17 Existem linhas de tomadas que foram desenvolvidas para oferecer soluções únicas e inovadoras, para você ter mais rapidez e flexibilidade para reformar a casa sem fazer quebra-quebra. As tomadas e interruptores de sobrepor no mercado tem uma grande variedade de cores, que combinam com qualquer projeto, se encaixam em formatos quadrados ou redondos, conforme a sua necessidade.