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O Banquete: Sócrates e o amor filosófico- QUAL A RELEVANCIA? O Banquete é uma das obras mais importantes de Platão, que retrata um memorável jantar na casa do poeta Agatão, com a presença de diversos filósofos e intelectuais da Atenas do século V a.C. Neste diálogo, Sócrates expõe sua visão profunda e poética sobre o amor, tema central da celebração. Segundo Sócrates, o amor não é apenas um sentimento inerente aos seres humanos, mas uma força fundamental do universo, que impulsiona a busca pela beleza, pela virtude e pelo conhecimento. O filósofo argumenta que o amor não se limita ao desejo físico, mas se eleva à contemplação do belo e do sublime, levando o indivíduo a transcender sua própria natureza em direção ao divino. Para Sócrates, o amor filosófico é o mais nobre de todos, pois ele permite ao ser humano alcançar a sabedoria e a perfeição moral. Através do diálogo e da maiêutica, o filósofo convida seus interlocutores a refletir sobre a verdadeira natureza do amor, desafiando-os a buscar a excelência espiritual e a superação de suas limitações. O Cármides: Sócrates e a Sabedoria- QUAL A RELEVANCIA? No Diálogo O Cármides, Platão retrata Sócrates em uma conversa com um jovem chamado Cármides, trazendo à tona a questão da verdadeira sabedoria. Sócrates, em sua incessante busca pela compreensão do que é a virtude, questiona Cármides sobre a natureza da sophrosyne, termo grego que pode ser traduzido como sabedoria, moderação ou temperança. Através de um método socrático de perguntas e respostas, Sócrates leva Cármides a refletir sobre o significado dessa virtude tão valorizada na Grécia Antiga. Ele desafia as noções pré-concebidas de Cármides, mostrando que a verdadeira sabedoria não é uma mera questão de aparência ou reputação, mas sim uma condição interna do indivíduo. Ao longo do diálogo, Sócrates e Cármides exploram diversas definições e perspectivas sobre a sophrosyne, sempre buscando chegar a uma compreensão mais profunda e abrangente desse conceito fundamental. O Cármides destaca a habilidade de Sócrates em conduzir um diálogo de forma hábil e instigante, levando seus interlocutores a questionarem suas próprias crenças e a se aproximarem da verdade. Esse diálogo é uma importante contribuição de Platão para o legado socrático, demonstrando como Sócrates utilizava sua metodologia de questionamento para investigar temas centrais da ética e da filosofia, sempre com o objetivo de incentivar a reflexão e o autoconhecimento em seus alunos e seguidores.