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Da Responsabilidade A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil não apenas estabelece normas para o tratamento de dados pessoais, mas também prevê mecanismos de fiscalização e monitoramento para garantir a conformidade. Os artigos 31 e 32 da LGPD abordam especificamente esse aspecto, permitindo que a autoridade nacional atue em casos de infração e estabelecendo diretrizes para aprimorar a proteção de dados no setor público. Neste guia, exploraremos esses artigos de maneira clara e prática. Artigo 31 – Medidas Cabíveis em Caso de Infração Este artigo trata das ações a serem tomadas quando ocorre uma infração à LGPD no tratamento de dados pessoais por órgãos públicos. Vamos analisar as principais implicações e medidas cabíveis. Quando um órgão público coleta e processa informações pessoais de forma inadequada, como coleta excessiva de dados sem consentimento ou uso indevido, a autoridade nacional, responsável pela fiscalização da LGPD, pode tomar medidas corretivas. Medidas Cabíveis Notificação: a autoridade nacional pode notificar o órgão público responsável pela infração e informá-lo sobre a violação da LGPD. Recomendações e Orientações: além da notificação, a autoridade nacional pode fornecer recomendações e orientações para que o órgão público corrija a violação e se ajuste às regras da LGPD. Prazos para Correção: a autoridade nacional pode estabelecer prazos para que o órgão público tome medidas corretivas e interrompa a violação da lei. Sanções: em casos graves e persistentes de infração, a LGPD permite que a autoridade nacional imponha sanções, como multas diárias, ao órgão público infrator. Essas sanções são aplicadas com base na gravidade da infração e podem ser significativas para garantir a conformidade com a lei. Conforme o art. 52, os agentes de tratamento de dados, devido às infrações cometidas, ficam sujeitos às seguintes sanções administrativas aplicáveis pela autoridade nacional: I – advertência, com prazo para adoção de medidas corretivas; II – multa simples, de até 2% do faturamento da pessoa jurídica de direito privado no último exercício, limitada a R$ 50.000.000,00 por infração; III – multa diária, respeitando o limite total mencionado; IV – publicização da infração após apuração; V – bloqueio dos dados pessoais até a regularização; VI – eliminação dos dados pessoais relacionados à infração; VII – (VETADO); VIII – (VETADO); IX – (VETADO); X – suspensão parcial do funcionamento do banco de dados pelo período máximo de 6 meses, prorrogável; XI – suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais pelo mesmo período; XII – proibição parcial ou total do exercício de atividades relacionadas ao tratamento de dados. Artigo 32 – Publicação de Relatórios de Impacto e Padrões de Boas Práticas Este artigo enfoca a importância da transparência e melhoria contínua no tratamento de dados pessoais pelo Poder Público. Ele permite que a autoridade nacional solicite a publicação de relatórios de impacto à proteção de dados pessoais e sugira a adoção de padrões e boas práticas. Relatórios de Impacto à Proteção de Dados (DPIA) Se um órgão público planeja implementar um novo sistema de informações envolvendo o tratamento de dados pessoais, como registros médicos em hospitais públicos, pode ser solicitado a realizar um Relatório de Impacto à Proteção de Dados (DPIA). DPIA: esse relatório avalia como o tratamento de dados afetará a privacidade e a segurança das informações dos cidadãos. Ele identifica riscos, medidas de mitigação e assegura que o tratamento ocorra de forma compatível com a LGPD. Questões de Revisão 1. O que acontece quando um órgão público comete uma infração à LGPD? a) Não há consequências. b) A autoridade nacional pode tomar medidas corretivas. c) O órgão não precisa se justificar. 2. Quais são algumas das sanções que podem ser aplicadas a órgãos públicos que violam a LGPD? a) Advertência e multas. b) Nenhuma sanção é prevista. c) Isenção de qualquer responsabilidade. 3. O que um Relatório de Impacto à Proteção de Dados (DPIA) avalia? a) A lucratividade do sistema. b) O impacto sobre a privacidade e a segurança dos dados. c) A eficiência do serviço público. 4. Quando a autoridade nacional pode notificar um órgão público? a) Quando há solicitação de informações. b) Quando ocorre uma infração à LGPD. c) Quando um cidadão reclama. 5. Quais medidas a autoridade nacional pode recomendar após uma infração? a) Ignorar a situação. b) Orientações para correção da violação. c) Aumento da coleta de dados. Respostas das Questões 1. b 2. a 3. b 4. b 5. b