Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Universidade Federal Fluminense
Instituto de Química- Departamento de Química 
Analítica
Análise Instrumental I Experimental
Aluno: Daniel Alves Cabral
Professor: Marco Antônio Martins de Oliveira
Turma: AB
Prática:
Cromatografia líquida de alta eficiência 
(CLAE/HPLC)
1. INTRODUÇÃO
A cromatografia líquida de alta eficiência 
(CLAE) é técnica de análise instrumental baseia-se 
na investigação de uma amostra por meio da 
separação entre seus componentes baseados na 
afinidade entre diferentes fases. Ela se baseia na 
discrepante distribuição dos componentes da 
amostra entre a fase móvel e a fase estacionária[1]. 
Essas fases, estacionária e móvel, devem 
apresentar algumas características. A estacionária, 
geralmente, é feita com material polar de alta pureza 
e inerte, sendo isso importante para a retenção do 
analíto. Já a móvel, geralmente, é feita com material 
apolar, sendo responsável pelo carreamento da 
amostra pela fase estacionária, também feito com 
material de alta pureza e que não reaja/degrade a 
fase estacionária. Essa fase pode ser uma mistura de 
diferentes solventes. Quando temos uma fase móvel 
apolar e uma fase estacionária polar, chamamos essa 
configuração da técnica de normal, ao invertermos 
essa configuração, chamamos a técnica de reversa[1]. 
Essa é uma técnica que possibilita a análise 
de uma diversa quantidade de moléculas em uma 
amostra, tendo boa eficiência e sensibilidade[2]. 
O cromatógrafo apresenta alguns 
componentes em sua estrutura[1]:
Fase móvel: porção que passará pela coluna 
cromatográfica.
Bomba: onde a amostra é contida e aplicada uma 
pressão para ser injetada na coluna.
Injetor: local onde ocorre a injeção da amostra no 
cromatógrafo, geralmente feita com uma seringa.
Pré-coluna: local onde ocorre o primeiro contato da 
coluna com a amostra, serve como proteção da 
coluna.
Coluna cromatográfica: onde fica contida a fase 
estacionária e ocorre a separação dos componentes.
Detector: local que emite um sinal elétrico para a 
análise da composição
Registrador: local que traduz os sinais elétricos em 
sinais gráficos para a interpretação do analista.
2. OBJETIVO
Em teoria, seria apresentado a operação 
básica do cromatógrafo líquido de alta eficiência, a 
criação de um cromatograma e a determinação de 
pratos teóricos de uma coluna cromatográfica e sua 
variação com a força do eluente. Além disso, 
também se plotaria uma curva analítica, avaliação de 
seus parâmetros e a determinação de cafeína em 
algumas amostras a partir disso. No entanto, devido 
a falha no aparelho, esses objetivos não conseguiram 
ser realizados. Para o estudo da prática, ocorreu uma 
apresentação teórica sobre a prática que seria 
desenvolvida e foi solicitado a leitura de um artigo 
sobre o tema para a análise.
3. MATERIAL E MÉTODOS
Vide apostila. O presenta laboratório foi 
escrito pelo aplicativo Libre Office Writer 7.6. Foi 
feita a leitura e análise do artigo “ Monitoring 
Amphotericin B and Fluoconazole concentrations in 
the plasma and cerebrospinal fluid of patients with 
cryptococcal meningitis. Santos et al (2012). Escola 
de Ciência Farmacêuticas. Universidade de São 
Paulo”.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente artigo “ Monitoring 
Amphotericin B and Fluoconazole concentrations in 
the plasma and cerebrospinal fluid of patients with 
cryptococcal meningitis” pretende analisar 21 
usuários HIV positivos de um serviço de saúde a 
partir das concentrações de Amfotericina B e 
Fluconazol, no plasma e no liquor, para o tratamento 
de meningite criptocócica usando o método de 
CLAE. Dessa forma, analisando as concentrações 
desses antifúngicos é possível visualizar se suas 
concentrações estão em níveis terapêuticos para sua 
ação e assim o correto tratamento dessas infecções. 
Sendo a pergunta principal do artigo analisar se a 
concentração dos antifúngicos é inibitória na 
cavidade do sistema nervoso central.
Com isso, pegou-se amostras tratadas de 
sangue e liquor, sendo analisadas pelo método 
CLAE. Houve uma revisão da literatura e obtenção 
da curva de calibração e os parâmetros necessários 
para a análise do material. 
Segundo o artigo, a média de concentração 
desses antifúngicos nos diferentes compartimentos 
biológicos são: 
Anfotericina B Fluconazol
Plasma 2,30 31,7
Liquor 0,30 19,4
É possível visualizar uma queda de quase 
40% na concentração do fluconazol no liquor em 
comparação ao sangue. Sendo esse valor 
questionável devido a variáveis como diferentes 
populações, mas levando em conta que o fato que 
conforme a barreira hematoencefálica é danificada a 
concentração do fluconazol pode ser aumentada pela 
maior difusão. É possível visualizar uma queda 
brusca na concentração da anfotericina B. Assim, 
podemos concluir que o fluconazol é difundido pela 
barreira hematoencefálica mais facilmente que a 
Anfotericina B, sendo importante essa informações 
para que possamos pensar em estratégias 
farmacotécnicas e farmacocinéticas para a melhoria 
desse fármaco em sua ação antifúngica. Além disso, 
apesar da queda brusca ainda é possível visualizar 
uma ação antifúngica do fluconazol, nesses casos 
específicos, no entanto, pacientes com altas 
concentrações de fluconazol no liquor, apresentaram 
um desfecho neutropênico prejudicando o estado de 
saúde dos pacientes nesse contexto.
5. CONCLUSÃO
Apesar do não realização da prática, a 
pesquisa para o entendimento e análise do artigo 
mostrou-se proveitosa. Foi possível entender melhor 
o processo e ter noção de usos para a técnica, sendo 
uma opção viável para a análises de outros 
componentes. 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1].HARRIS, Daniel;LUCY, Charles. Quantitative 
Chemical Analysis 9th. New York.W. H. Freeman 
and Company. (2016)
[2]. Kuchler, I.; Rodrigues, S.; Moreira, S.; Lepri, F. 
G. Apostila de Análise Instrumental. Universidade 
Federal Fluminense. 2023
[3].Monitoring Amphotericin B and Fluoconazole 
concentrations in the plasma and cerebrospinal fluid 
of patients with cryptococcal meningitis. Santos et al 
(2012). Escola de Ciência Farmacêuticas. 
Universidade de São Paulo”. Disponível em: 
https://www.oasisbr.ibict.br/vufind/Record/RCAP_1
5aaba0addae0ddd535000562487a1dd. Acesso em 4 
de dezembro de 2023.

Mais conteúdos dessa disciplina