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1 Departamento de Desenvolvimento Profissional ICMS – Imposto sobre operações de circulações de mercadorias e serviços Samanta Pinheiro da Silva samanta@consultoriainovar.com.br Rio de Janeiro - RJ Outubro - 2020 Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br 2 Sumário Primeira Parte – Conceitos Básicos estabelecidos na Legislação do ICMS Previsão Constitucional e Legislação Complementar Princípios Constitucionais Princípios Gerais do ICMS Hipóteses de Incidência Fatos Geradores do ICMS Sujeitos Passivos Base de Cálculo Alíquotas Imunidade/Não Incid./Susp./Isenção/Diferimento e ST FOT Cálculo e informação do ICMS desonerado Segunda Parte – Aproveitamento de Créditos Técnica de Arrecadação Do direito ao crédito Limitações do direito ao crédito Do estorno de crédito Manutenção do crédito Créditos acumulados Cálculo e transf. de créditos nas aq.de Simples Nacional Terceira parte – Operações usuais do ICMS Devolução de Mercadoria Remessa para Industrialização/Conserto/Reparo Remessas de Material de Uso/Consumo e Ativo Venda de Ativo Imobilizado Venda para Entrega Futura Consignação Nota Fiscal Complementar/Suplementar Importação Anexos ICMS – Imposto sobre operações de circulações de mercadorias e serviços 3 Apresentar ao participante as regras básicas aplicáveis ao ICMS, através da apresentação e interpretação das normas legais vigentes e a sua aplicação prática objetivando informar, preparar e atualizar os profissionais da área fiscal e contábil que buscam exercer as suas atribuições com maior segurança e qualidade. ICMS – Imposto sobre operações de circulações de mercadorias e serviços 4 1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR O Inciso II do Art. 155 da CF, abaixo transcrito, permite aos Estados e ao Distrito Federal instituírem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Intermunicipal e Interestadual e de Comunicação (ICMS). “Art.155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir imposto sobre: ................................................................................................................... ........................... II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;” Já o § 2º e seus incisos, do mesmo Art. 155 da CF, define as regras gerais que regerão este tributo. “§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; PRIMEIRA PARTE – Conceitos Básicos Estabelecidos na Legislação do ICMS 5 V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros; VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015) (Produção de efeito) a) (revogada); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015) b) (revogada); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015) VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual; VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015) (Produção de efeito) 6 a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015) b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015) IX - incidirá também: a) sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo fixo do estabelecimento, assim como sobre serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o estabelecimento destinatário da mercadoria ou do serviço; a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; X - não incidirá: a) sobre operações que destinem ao exterior produtos industrializados, excluídos os semi-elaborados definidos em lei complementar; a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 7 e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportesvigência do Feef, o adicional do FOT deve ser recolhido até o dia 20 do mês seguinte ao mês de apuração, ou seja, em 20 de maio deverá ser recolhida a parcela relativa ao mês de abril/2020. Estão excluídos da obrigação de realizar depósito no FOT os contribuintes optantes pelo Simples Nacional, quanto aos benefícios fiscais concedidos no âmbito: a) da Lei Complementar 123, de 14-12-2006; e b) do regime normal de apuração, inclusive quanto a optante pelo Simples Nacional na condição de contribuinte substituto ou contribuinte substituído. Quanto às operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária em operação interestadual, em que o substituto é estabelecimento localizado em outro Estado por força de Convênio, Protocolo ou Termo de Acordo, o responsável pelo depósito no FOT é o estabelecimento substituído localizado neste Estado. Exemplo: Preço na Nota Fiscal = R$ 5.000,00 Alíquota = ISENTA DE ICMS Valor do ICMS = R$ 0,00 Saída: Preço na Nota Fiscal = R$ 10.000,00 Alíquota = ISENTA DE ICMS Valor do ICMS = R$ 0,00 Apuração do imposto: Débito – R$ 0,00 Crédito – R$ 0,00 45 Valor a recolher com a utilização de benefício fiscal: R$ 0,00, pois no nosso exemplo é uma isenção e consequentemente não resulta em ICMS a recolher. 3º passo: Calcular o ICMS sem a utilização do benefício fiscal: Calcular a entrada e a saída da mercadoria como se não existisse benefício fiscal: Entrada: Preço na Nota Fiscal = R$ 5.000,00 Alíquota = 20%, pois foi uma compra interna de um produto que é isento, mas se fosse tributado a ele seria aplicada a alíquota básica. (18 + 2% FECP) O ICMS tem que ser inserido no valor do produto, em cálculo por dentro, da forma que o vendedor faria para formar o preço do produto caso o produto não possuísse a isenção Fórmula: ICMS Desonerado = (Preço na Nota Fiscal / (1 – Alíquota)) * Alíquota Cálculo do ICMS por dentro = (5000 / (1-0,2)) * 0,2 Cálculo do ICMS por dentro = (5000 / 0,8) * 0,2 Valor do ICMS = R$ 1.250,00 Saída: Preço na Nota Fiscal = R$ 10.000,00 Alíquota = 20% Cálculo do ICMS por dentro = (10000 / (1-0,2)) * 0,2 Cálculo do ICMS por dentro = (10000 / 0,8) * 0,2 Valor do ICMS = R$ 2.500,00 Apuração do imposto: Débito: R$ 2.500,00 – Crédito: R$ 1.250,00 = R$ 1.250,00 Valor do ICMS que a empresa deveria recolher caso não utilizasse o benefício fiscal: R$ 1.250,00 4º passo: Subtrair o ICMS sem benefícios do ICMS com benefícios ICMS sem benefícios – R$ 1.250,00 - ICMS com benefícios – R$ 0,00 Diferença: R$ 1.250,00 (-) R$ 0,00 = R$ 1.250,00 5º passo: Sobre o resultado encontrado, aplicar 10% R$ 1.250,00 x 10% = R$ 125,00 6º passo: Recolhimento do FOT, no valor de R$ 125,00, em DARJ único. 46 11. CÁLCULO E INFORMAÇÃO DO ICMS DESONERADO EM DOCUMENTOS FISCAIS Em razão das exigências impostas pelo Decreto nº 46.536/2018, pela Resolução SEFAZ nº 13/2019 e pela Portaria SUCIEF nº 55/2019 ( essas normas alteraram o Livro VI do Regulamento do ICMS/RJ e a Resolução SEFAZ nº 720/14) , foram estabelecidas regras gerais de preenchimento e escrituração de documentos fiscais para informação do ICMS desonerado objetivando o aprimoramento dos controles fiscais sobre a fruição de incentivos e benefícios de natureza tributária. Seguem exemplos práticos para informação em NF-e ou NFC-e: - ISENÇÃO Vejamos um exemplo da aplicação das regras acima para o benefício fiscal previsto no Convênio ICMS nº 94/2005, que concede isenção nas operações com maçã ou pera. Suponhamos a venda no varejo que totalizou R$ 3,50. Operação: venda de maçãs Produto: maçãs, 1 kg Preço do produto na Nota Fiscal: R$ 3,50 Alíquota: 20%, já incluído o acréscimo de alíquota destinado ao FECP, Lei nº 4.056/02. No Documento Fiscal (NF-e ou NFC-e) CRT: 3 - Regime normal CST: 40 - Isenta Valor do ICMS desonerado, campo vICMSDeson: R$ 0,88 Cálculo: ICMS Desonerado = Preço na Nota Fiscal / (1 - Alíquota) * Alíquota ICMS Desonerado = 3,5 / (1 – 0,20) * 0,20 ICMS Desonerado = R$ 0,88 Motivo da desoneração do ICMS, campo motDesICMS: “9 – Outros” Código de Benefício Fiscal na UF, campo cBenef: RJ801137 ATENÇÃO! O campo vICMSDeson no TOTAL da NF-e não deve ser preenchido se o valor do produto (campo vProd) já estiver desonerado (Nota Técnica 2013.005 - v1.22, regra de validação W16-10). 47 - BASE DE CÁLCULO REDUZIDA Vejamos um exemplo da aplicação das regras do benefício fiscal previsto no Convênio ICMS nº 128/1994 e na Lei nº 4.892/06 – Cesta Básica e no Decreto nº 32.161/02. Suponhamos a venda de um pacote de feijão de um atacadista para o varejista, operação beneficiada pela redução de base de cálculo de forma que a tributação seja 7%. Neste exemplo, o atacadista adquiriu a mercadoria de um industrial localizado no Estado do Rio de Janeiro, que também se beneficia da redução de base de cálculo. Supondo que esta operação gerou um crédito de R$ 0,14. Caso fosse adquirida de outra Unidade Federada, seria tributada a 12%, sendo necessário promover o estorno da diferença entre a tributação interna e externa. Operação: venda de feijão no atacado Produto: feijão, 1 kg Preço na Nota Fiscal: R$ 3,50 Alíquota: 12%, de acordo com art. 14, X, da Lei nº 2.657/96. Não há acréscimo de alíquota no ICMS destinado ao Fundo Estadual de Combate a Pobreza (FECP), conforme o disposto no art. 1º, parágrafo único, II, da Lei nº 4.056/02. Percentual de redução de base de cálculo de forma que tributação seja 7%: 41,67 Cálculo: Percentual de redução = 1 - (Carga Tributária Reduzida ou Alíquota reduzida /Alíquota) Percentual de redução = 1 - (7%/12%) Percentual de redução = 41,67 No Documento Fiscal (NF-e ou NFC-e) CRT: 3 – Regime normal CST: 20 – Com redução da Base de Cálculo Alíquota: 12% (no exemplo em questão, não há adicional de ICMS destinado ao FECP, em obediência ao disposto no art. 2º, I, “a”, da Lei nº 4.056/02, não devendo ser preenchidos os campos relativos a ele.) Percentual da Redução de BC: 41,67% Valor da BC do ICMS, campo vBC: R$ 2,04 ICMS destacado: R$ 0,24 Valor do ICMS desonerado, campo vICMSDeson: R$ 0,20 48 Cálculo: ICMS Desonerado = Preço na Nota Fiscal * (1 - (Alíquota padrão* (1 - Percentual de redução da BC))) / (1 – Alíquota padrão) - Preço na Nota Fiscal ICMS desonerado = 3,50 * (1 - (0,12 * (1 - 0,4167))) / (1 - 0,12) - 3,50 Valor do ICMS desonerado = R$ 0,20 Motivo da desoneração do ICMS, campo motDesICMS: “9 – Outros” Código de Benefício Fiscal na UF, campo cBenef: RJ802164 ATENÇÃO! O campo vICMSDeson no TOTAL da NF-e não deve ser preenchido se o valor do produto (campo vProd) já estiver desonerado (Nota Técnica 2013.005 - v1.22, regra de validação W16-10). - DIFERIMENTO Vejamos um exemplo da aplicação do benefício conferido aos estabelecimentos que beneficiem e/ou industrializem produtos aplicados na construção civil pelo Decreto nº 44.629/14, no que se refere ao diferimento. Suponhamos a importação de um equipamento destinado a compor o ativo fixo do estabelecimento. Operação: importação Produto: equipamento X Preço do produto na Nota Fiscal: R$ 30.000,00 (observando as regras de formação de base de cálculo prevista na Lei 2657/96) Alíquota: 18% (art. 14, IV, da Lei nº 2.657/96, já incluído o percentual do FECP) No Documento Fiscal (NF-e ou NFC-e) Nota Fiscal de Entrada CRT: 3 – Regime normal CST: 51 – Diferimento Valor da BC do ICMS: 30.000,00 Alíquota: 18% Valor do ICMS da Operação, campo vICMSOp: R$ 6.585,36 Cálculo: ICMS diferido = (Preço na Nota Fiscal / (1 - Alíquota)) * Alíquota ICMS diferido = (30.000 / (1 – 0,18)) * 0,18 ICMS diferido = R$ 6.585,36 Percentual do diferimento, campo pDif: 100 Valor do ICMS diferido, campo vICMSDif: R$ 6.585,36 Valor do ICMS, campo vICMS: 0 Código de Benefício Fiscal na UF, campo cBenef: RJ818317 49 SEGUNDA PARTE – APROVEITAMENTO DE CRÉDITOS1. TÉCNICA DE ARRECADAÇÃO ( DA NÃO CUMULATIVIDADE) O Art. 19 da LC. 87/96 confirma a Constituição Federal dizendo que: “O imposto é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.” Basicamente, pode-se afirmar que os valores do ICMS pagos quando da aquisição de mercadorias e serviços prestados, destinados a emprego no processo de industrialização ou comercialização de mercadorias e serviços, cuja saída será sujeita ao imposto, constituem crédito do contribuinte. Esses valores devem constar em destaque nas Notas Fiscais relativas as aquisições dos referidos produtos e serviços. Por outro lado, os valores do ICMS lançados nas notas fiscais correspondentes as mercadorias comercializadas pelo contribuinte constituem débito desta em favor do Fisco. O direito ao crédito de ICMS de mercadorias destinadas ao ativo imobilizado iniciou-se em 01/11/96 (na proporção de 1/48) – Artigo 26, Livro I do RICMS/RJ As entradas para uso e consumo do adquirente darão direito a crédito a partir de 01/01/2033 – Artigo 63 , Livro I do RICMS/RJ 2. DO DIREITO AO CRÉDITO Define o artigo 30 do Livro I do RICMS/RJ que: O direito ao crédito é formalizado pela entrada da mercadoria no estabelecimento e condicionado à idoneidade da documentação e à sua regular escrituração, nos prazos e condições estabelecidos no Livro VI.” § 1º - O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos 5 (cinco) anos contados da data de emissão do documento. § 2º - A data da entrada da mercadoria será anotada no verso do documento fiscal respectivo. 50 § 3º - Na ausência de anotação a que se refere o parágrafo anterior, é considerada como de entrada da mercadoria a data a data de sua saída do estabelecimento remetente, observado o disposto no artigo 28, § 2º, do Livro VI. § 4º - Quando o documento fiscal deixar de ser escriturado no prazo previsto na legislação, o fato será comunicado à repartição fiscal de circunscrição do contribuinte, juntamente com o pedido de aproveitamento do crédito extemporâneo, se for o caso, nos termos em que dispuser a Secretaria de Estado de Fazenda. § 5.º O procedimento previsto no § 4.º aplica-se, ainda, à hipótese em que o documento fiscal tiver sido escriturado sem crédito do ICMS e este for cabível.” Cabe salientar que a Resolução SEFAZ nº 202/2018 dispõe sobre os procedimentos para pedido de aproveitamento de crédito extemporâneo do ICMS. 3. LIMITAÇÕES DO DIREITO AO CRÉDITO Ainda conforme o artigo 34 do RICMS/RJ, são os seguintes os casos que vedam direito ao crédito do imposto: “As entradas de mercadorias ou utilização de serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento. Salvo prova em contrário, presumem-se alheios à atividade do estabelecimento os veículos de transporte pessoal e qualquer mercadoria ou bem que, adquirido para ativo fixo ou consumo do estabelecimento, não seja utilizado diretamente em sua atividade industrial, comercial ou de prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. (parágrafo único) De acordo com o artigo 35 do Livro I RICMS/RJ, é vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou a prestação de serviços a ele feita: I - para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto quando se tratar de saída para o exterior; II - para comercialização ou prestação de serviços, quando a operação ou prestação subseqüente for beneficiada por isenção ou não-incidência, exceto as destinadas ao exterior. 51 O parágrafo 1.º do referido artigo determina que o aproveitamento do crédito mencionado no caput é condicionado à comprovação de que a operação anterior foi tributada. 3.1. Tratamento fiscal nas aquisições de mercadorias para uso e consumo, energia elétrica e serviços de comunicação - Outras situações de limitação ao crédito Conforme artigo 63 do Livro I do RICMS/RJ: I - somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, nele entradas a partir de 1.º de janeiro de 2033; II - somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no estabelecimento: 1. quando for objeto de saída de energia elétrica; 2. quando consumida no processo de industrialização; 3. quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais; 4. a partir de 1.º de janeiro de 2033 nas demais hipóteses; III - somente dará direito a crédito o recebimento de serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento: 1 - ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza; 2. quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais; 3. a partir de 1.º de janeiro de 2033 nas demais hipóteses. 52 4. DO ESTORNO DO CRÉDITO De acordo com os artigos 37 a 40 do RICMS/RJ, deverá ser estornado o imposto que tiver sido creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento: A. For objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço; B. For integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto; C. Vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento; D. Vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se; E. Gozar de redução da base de cálculo na operação ou prestação subseqüente, hipótese em que o estorno será proporcional à redução. Em qualquer período de apuração do imposto, se bens do ativo permanente forem utilizados para produção de mercadorias cuja saída resulte de operações isentas ou não tributadas ou para prestação de serviço isentos ou não tributados, deverá ser feito o estorno dos créditos escriturados. 5. MANUTENÇÃO DO CRÉDITO De acordo com o artigo 40 do Livro I do RICMS/RJ, não serão anulados créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior. 6. CRÉDITOS ACUMULADOS Com base nos artigos 8 a 12 do Livro III do RICMS/RJ, são previstas possibilidades de utilização de saldos credores acumulados, tais como: - Compensação de saldos credores e devedores entre estabelecimentos do mesmo sujeito passivo localizados no estado; 53 - Da transferência de saldos credores acumulados por estabelecimento industrial para pagamento de aquisição de matéria prima, material secundário ou de embalagem, para uso pelo adquirente na fabricação de seus produtos, máquinas, aparelhos ou equipamentos industriais, novos, para integração ao ativo permanente, a serem empregados em seu processo de industrialização, caminhão ou chassi de caminhão com motor, novos, para utilização no transporte das mercadorias produzidas pelo estabelecimento. (limitadas a 40% (quarenta por cento) do valor total da respectiva operação. - Da utilização de saldos credores acumulados decorrentes de exportação para pagamento do ICMS na importação, pagamento na entrada de sucata ( limitada a 40% do valor do ICMS na operação) e pagamento de matéria-prima, material secundário ou de embalagem, para uso pelo adquirente na fabricação de seus produtos, mercadorias destinadas à revenda e bens destinados ao ativo permanente ( limitada a 40% do valor total da operação) 7. CÁLCULO E TRANSFERÊNCIA DECRÉDITO NO SIMPLES NACIONAL O contribuinte que adquirir mercadorias fornecidas por ME/EPP optantes pelo Simples Nacional fará jus a crédito do ICMS, nos termos dos §§ 1.º a 4.º do caput do art. 23 LC n.º 123/06. A ME/EPP optante pelo Simples Nacional, ao emitir documento fiscal consignando o ICMS que poderá ser creditado pelo adquirente, deve observar as normas constantes dos artigos 60 a 62 da Resolução CGSN n.º 140/2018, consignando no campo destinado às informações complementares ou, em sua falta, no corpo da nota fiscal, a expressão: "PERMITE O APROVEITAMENTO DO CRÉDITO DE ICMS NO VALOR DE R$...; CORRESPONDENTE À ALÍQUOTA DE...%, NOS TERMOS DO ART. 23 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 2006". (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 23, §§ 1º, 2º e 6º; art. 26, inciso I e § 4º) A alíquota aplicável ao cálculo do crédito a que se refere o caput, corresponderá ao percentual efetivo calculado com base na faixa de receita bruta no mercado interno a que a ME ou a EPP estiver sujeita no mês anterior ao da operação, mediante aplicação das alíquotas nominais constantes dos Anexos I ou II desta Resolução, da seguinte forma: {[(RBT12 × alíquota nominal) - (menos) Parcela a Deduzir]/RBT12} × Percentual de Distribuição do ICMS. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 23, §§ 1º, 2º, 3º e 6º; art. 26, inciso I e § 4º) 54 Será considerada a média aritmética da receita bruta total dos meses que antecederem o mês anterior ao da operação, multiplicada por 12 (doze), na hipótese de a empresa ter iniciado suas atividades há menos de 13 (treze) meses da operação. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 23, §§ 1º, 2º, 3º e 6º; art. 26, inciso I e § 4º) 55 Informações na EFD/ICMS A legislação tributária do Estado do Rio de Janeiro exige, no item 4.2 da Tabela “Normas Relativas à EFD” do Anexo VII da Parte II da Resolução SEFAZ nº 720/14, que este crédito seja informado como ajuste deste documento fiscal, no registro C197 correspondente: o campo 02 (COD_AJ) deste registro deverá ser preenchido com o código “RJ10000001 – Crédito de ICMS originário de operações com empresas do Simples Nacional”, previsto na Tabela 5.3 (Tabela de Ajustes e Informações de Valores Provenientes de Documento Fiscal), e o valor do crédito apropriado nestes termos deverá ser informado no campo 07 (VL_ICMS) do registro C197. ( vide manual da EFD ) 56 TERCEIRA PARTE – OPERAÇÕES USUAIS DO ICMS 1. DEVOLUÇÃO DE MERCADORIAS Na operação realizada entre contribuintes, o estabelecimento que devolver, total ou parcialmente, ou trocar mercadoria, deverá emitir NF, na qual deverão constar, além dos demais requisitos exigidos: (Principais CFOP´s: 5201/6201/5202/6202/5411/6411) I - a natureza da operação; II - referência à Nota Fiscal emitida quando da remessa. III - mesmo CST ou CSOSN constante da Nota Fiscal relativa à entrada da mercadoria, observada a seguinte correlação, em razão do regime de tributação em que os contribuintes estão enquadrados: a) o contribuinte enquadrado no CRT 2 ou 3 que devolver mercadoria para contribuinte enquadrado no CRT 1 deverá utilizar CST 90, exceto quando a saída original tiver sido enquadrada no CSOSN 300 ou 500, hipótese em que deverá ser utilizado, respectivamente, o CST 41 ou 60; b) o contribuinte enquadrado no CRT 1 que devolver mercadoria para contribuinte enquadrado no CRT 2 ou 3 deverá utilizar CSOSN 900, exceto quando a saída original tiver sido enquadrada no CST 41 ou 60, hipótese em que deverá ser utilizado, respectivamente, o CST 300 ou 500; IV - mesma base de cálculo da retenção e mesmo valor do imposto retido indicados na Nota Fiscal relativa à entrada da mercadoria, quando submetida ao regime de substituição tributária, devendo os valores ser inseridos nos campos próprios destinados a essas informações, observado o disposto no § 3º. Artigos 35 a 40 - Parte II - Anexo XIII – Resolução SEFAZ 720/2014 Resolução SEFAZ 132/2020 57 2. REMESSA PARA INDUSTRIALIZAÇÃO, CONSERTO OU REPARO Goza da suspensão do imposto até o limite de 180 dias contados da data da saída; É admitida duas prorrogações por igual prazo, desde que comunicada a SEF; Deve dispor na NF de saída o dispositivo da suspensão; O retorno deve estar vinculado a NF de origem dos materiais industrializados. Deverá ser enviada NF simbólica de devolução ou fazer-se menção das notas fiscais dos materiais industrializados devolvidos; O serviço de industrialização sofrerá incidência do ICMS, mesmo que não aplicado material, se não incluído na competência municipal. Na operação amparada por suspensão do imposto, o estabelecimento remetente deve emitir Nota Fiscal, na qual mencione a circunstância e o dispositivo legal ou regulamentar respectivo. Por ocasião do retorno de mercadoria, se for o caso, o estabelecimento destinatário deve emitir Nota Fiscal, mencionando o número, a data e o valor da Nota Fiscal correspondente à remessa inicial, com destaque do imposto, na hipótese em que for devido. Esgotado o prazo de suspensão ou não configurada a condição que a autorize, o contribuinte remetente original, deverá efetuar o pagamento do ICMS exigível nos termos do artigo 54 do Livro I do RICMS/RJ, e: I - emitir NF-e, com destaque do imposto, mencionando essa circunstância e lançando no campo destinado a documento fiscal referenciado os dados da NF-e de remessa original, remetendo o respetivo DANFE ao destinatário da mercadoria; II - lançar, no registro próprio destinado à informação do documento fiscal, a NF-e de que trata o inciso I do caput deste artigo e referenciar os dados da NF-e de remessa original; III - lançar, a título de "Estorno de Débitos” e de “Outros ICMS Devidos/Débitos Especiais”, nos arquivos e documentos associados à escrita fiscal, o valor do ICMS destacado, informando, em ambos os lançamentos, o número da NF-e de que trata o inciso I, bem como da NF-e de remessa original. Os procedimentos comentados acima estão estabelecidos nos artigos 52, Livro I e Artigo 44 – Parte II – Anexo XIII – Resolução SEFAZ 720/2014. 58 3. REMESSAS DE MATERIAL DE USO E CONSUMO E ATIVO IMOBILIZADO As transferências de material de uso e consumo e de bens integrados ao ativo imobilizado entre estabelecimentos da mesma empresa, dentro do Estado, são isentas do ICMS nos termos do Convênio 70/90,prorrogado pelo Convênio ICMS 151/1994 por prazo indeterminado, destacado a seguir: Cláusula primeira : Ficam isentas as operações internas de saídas: I - entre estabelecimentos de uma mesma empresa, de bens integrados ao ativo imobilizado e produtos que tenham sido adquiridos de terceiros e não sejam utilizados para comercialização ou para integrar um novo produto ou, ainda, consumidos no respectivo processo de industrialização; II - de bens integrados ao ativo imobilizado, bem como de moldes, matrizes, gabaritos, padrões, chapelonas, modelos e estampos, para fornecimento de serviços fora do estabelecimento, ou, com destino a outro estabelecimento inscrito como contribuinte, para serem utilizados na elaboração de produtos encomendados pelo remetente e desde que devam retornar ao estabelecimento de origem; III - dos bens a que se refere o inciso anterior, em retorno ao estabelecimento de origem. Até o advento da Lei 6.276/2012, havia incidência do ICMS sobre a transferência de bens da matriz para a filial de uma empresa, quando em estados diferentes. A partir de 29/06/2012, a operação passou a não ser mais tributada no tocante ao ICMS de acordo com o artigo 2 da Lei que alterou o artigo 40 da Lei 2.657/1996: Art. 2º Ficam acrescentados à Lei nº 2.657/96, os seguintes dispositivos: “Art.40.(...) XXV – de saída de bem do ativo permanente e de material de uso ou consumo para outro estabelecimento da mesma empresa, ainda que em operação interestadual; 4. VENDA DE ATIVO IMOBILIZADO Éreduzida a 95% a base de cálculo do ICMS, nas saídas de máquinas, aparelhos e veículos usados. (Esse percentual foi alterado para 95% pelo Convênio ICMS 33/93, vigente a partir de 25.05.93. Originalmente, a redução era de 80%). O disposto só se aplica às mercadorias adquiridas na condição de usadas e quando a operação de que houver decorrido a sua entrada não tiver sido onerada pelo Imposto, 59 ou quando sobre a referida operação o imposto tiver sido calculado também sobre base de cálculo reduzida sob o mesmo faturamento. O disposto aplica-se, ainda, à saída de mercadoria desincorporada do ativo fixo ou imobilizado, de estabelecimentos de contribuintes do ICMS, desde que ocorra após uso normal a que se destinarem e decorridos, ao menos, 12 (doze) meses da respectiva entrada, vedado o aproveitamento de crédito do imposto. 5. VENDA PARA ENTREGA FUTURA Na venda para entrega futura, poderá ser emitida Nota Fiscal sem destaque do ICMS, mencionando-se no documento que a emissão se destina a simples faturamento, com o imposto sendo debitado por ocasião da efetiva saída da mercadoria. Por ocasião da efetiva saída global ou parcial da mercadoria, o vendedor deve emitir Nota Fiscal em nome do adquirente, com destaque do valor do ICMS, quando devido, na qual deverá constar, além dos requisitos exigidos: I - como natureza da operação: "Remessa - Entrega Futura"; II - referência à Nota Fiscal relativa ao simples faturamento. § 1.º O aproveitamento do crédito pelo comprador somente pode ser feito quando do recebimento da Nota Fiscal correspondente à entrega efetiva das mercadorias. Se no momento da saída da mercadoria tiver havido alteração no valor da operação, em decorrência de modificação do preço contratado, a Nota Fiscal será emitida com o novo valor, devendo essa circunstância ser consignada no documento fiscal. Sendo desfeita a venda antes da efetiva saída da mercadoria e a Nota Fiscal faturamento já tiver sido emitida, o fato deverá ser consignado no livro RUDFTO. Os procedimentos comentados acima estão estabelecidos nos Artigo 31 a 34 – Parte II - Anexo XIII – Resolução SEFAZ 720/2014. 60 6. CONSIGNAÇÃO Consignante: Emitirá Nota Fiscal contendo, além dos demais requisitos exigidos: 1 - a natureza da operação: “Remessa em consignação”; 2 - o destaque do ICMS e do IPI, quando devidos; 61 Consignatário: Lançará a Nota Fiscal no destinado à informação do documento fiscal, creditando- se do valor do imposto, quando permitido. Reajustamento de Preço I - o consignante emitirá Nota Fiscal complementar, contendo, além dos demais requisitos exigidos: 1 - a natureza da operação: “Reajustamento de preço de mercadoria em consignação”; 2 - a base de cálculo: o valor do reajustamento; 3 - o destaque do ICMS e do IPI, quando devidos; 4 - a expressão: “Reajustamento de preço de mercadoria em consignação - Nota Fiscal nº ........., de ...../...../ ..... ”; 5 - referência à Nota Fiscal emitida nos termos do inciso I do art. 55 deste Anexo; II - o consignatário lançará a Nota Fiscal no registro próprio destinado à informação do documento fiscal, creditando-se do valor do imposto, quando permitido. Na venda da mercadoria remetida a título de consignação mercantil: I - o consignatário deve: a) emitir documento fiscal relativo à venda da mercadoria, com destaque do ICMS, se devido, contendo, além dos demais requisitos, no campo natureza da operação, a expressão “Venda de mercadoria recebida em consignação”; b) emitir Nota Fiscal relativa à devolução simbólica de mercadoria contendo, sem destaque do ICMS, além dos demais requisitos: 1. a natureza da operação: “Devolução simbólica de mercadoria recebida em consignação”; 2. no campo “Informações Complementares”, a expressão: “Nota Fiscal emitida em função de venda de mercadoria recebida em consignação”; 62 3. referência à Nota Fiscal de que trata o inciso I do art. 55 deste Anexo; c) escriturar a Nota Fiscal de que trata o inciso II do caput deste artigo preenchendo os campos relativos a espécie, série e subsérie, número e data do documento fiscal e o de identificação do emitente, anotando-se, no registro destinado a documento fiscal referenciado, o número, a série e a data do documento fiscal emitido nos termos do inciso I do art. 55 deste Anexo. II - o consignante: a) emitirá Nota Fiscal, sem destaque do ICMS e do IPI, contendo, além dos demais requisitos exigidos: 1. a natureza da operação: "Venda"; 2. o valor da operação: o valor correspondente ao preço da mercadoria efetivamente vendida, nele incluído, quando for o caso, o valor relativo ao reajustamento do preço; 3. no campo “Informações Complementares”, a expressão: "Simples faturamento de mercadoria em consignação" e, se for o caso, "Reajustamento de preço"; 4. referência a Nota Fiscal de que trata o inciso I do art. 55 e, se for o caso, à de que trata o art. 56, ambos deste Anexo; b) lançará a Nota Fiscal a que se refere o inciso II do caput deste artigo preenchendo os campos relativos a espécie, série e subsérie, número e data do documento fiscal e o de identificação do emitente, anotando-se, no registro destinado a documento fiscal referenciado, o número, a série e a data do documento fiscal emitido nos termos do inciso I do art. 55 deste Anexo. Os procedimentos comentados acima estão estabelecidos nos artigos 55 a 60 – Parte II – Anexo XIII – Resolução SEFAZ 720/2014. 7. NOTA FISCAL COMPLEMENTAR/SUPLEMENTAR A nota fiscal complementar poderá ser utilizada nos casos em que o imposto foi destacado em valor inferior ao correto. Já a nota fiscal suplementar servirá para os casos em que o documento fiscal foi emitido sem destaque do imposto, numa operação normalmente tributada. Nos casos em que houve o destaque superior ao valor correto, o adquirente poderá alternativamente creditar-se pelo valor da NF e debitando-se pela diferença através de NF emitida contra o remetente ou creditar-se pelo valor correto e posteriormente efetuar o envio do AR dando-lhe conhecimento da irregularidade no prazo de 30 dias. 63 Os procedimentos comentados acima estão estabelecidos no artigo 32, Livro I do RICMS/RJ. 8. IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS Os procedimentos que disciplinam o funcionamento do ICMS na importação encontram-se no Livro XI do RICMS/RJ. CÁLCULO DO ICMS - IMPORTAÇÃO ELEMENTOS INTEGRANTES DA BASE DE CÁLCULO EXEMPLO PRÁTICO 1 - Valor Aduaneiro + II + IPI + PIS + COFINS + Taxa Siscomex + Demais Despesas 2 - O montante do próprio imposto integra sua base do cálculo ( o imposto é embutido na sua respectiva base) 3 - a taxa de utilização do Siscomex (artigo 13 da IN SRF 680/06) também é parte integrante da base de cálculo do ICMS. 4 - para incluir o ICMS, dividir o valor obtido em “a“ por: – 0,92 – para alíquota de 8%; – 0,88 – para alíquota de 12%; – 0,87 – para alíquota de 13%; – 0,86 – para alíquota de 14%; – 0,84 – para alíquota de 16%; – 0,82 – para alíquota de 18%; – 0,81 – para alíquota de 19%; – 0,79 – para alíquota de 21%; – 0,69 – para alíquota de 31%; 5- sobre o valor resultante aplicar a alíquota específica. Vejamos um exemplo: a) R$ 10.000,00 – soma dos valores que formam a base de cálculo, sem o ICMS; b) Inclusão do ICMS na base de cálculo: •• R$ 10.000,00 ¸ 0,82 (alíquota de 18%, já incluso o FECP) = R$ 12.195,13 (Base de cálculo após inclusão do ICMS); c) cálculo do ICMS: •• R$ 12.195,13 x 18% = R$ 2.195,13 •• R$ 2.195,13 é o ICMS a recolher, já incluso o FECP. Observação: Na Nota Fiscal emitida para acobertar a entrada, teríamos os seguintes valores: • Base de Cálculo – R$ 12.195,13 • Valor total da Nota – R$ 12.195,13 CÁLCULO DO FECP O produto que tenha incidência do FECP devemos apurar o adicional de 2% calculadosobre a base de cálculo do ICMS da importação e demonstrar o FECP de forma individualizada na NF-e. 64 ANEXOS Tabela A - Alíquotas UF Produto Aliq. (%) Fundamentação RJ Alíquota básica com produtos/serviços que não estiverem nominalmente listados no quadro de alíquotas específicas 18 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Arrematação de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados 18 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Arroz 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Ave 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Cigarro, charuto, cigarrilha, fumo e artigo correlato 35 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Energia Elétrica: Até o consumo de 300 quilowatts/hora mensais 18 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Energia Elétrica: consumo acima de 300 quilowatts/hora mensais até 450 quilowatts/hora mensais (a partir de 30-3-2017) 27 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Energia Elétrica: consumo acima de 450 quilowatts/hora mensais (a partir de 30-3-2017) 28 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Energia Elétrica: fornecimento para cooperativas de eletrificação rural e sua distribuição para produtor rural, assim entendido aquele que mantenha exploração agrícola ou pastoril e esteja inscrito no CADERJ 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Energia Elétrica: quando utilizada no transporte público eletrificado de passageiros 6 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Entrada Interestadual na hipótese em que a operação ou prestação (originada de qualquer Estado, de qualquer região) destinar mercadoria, bem, serviço de transporte ou de comunicação a estabelecimento contribuinte do ICMS localizado no Estado do Rio de Janeiro. 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Extração de petróleo 18 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Feijão 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Fornecimento de alimentação, incluídos os serviços prestados, promovido por restaurante, lanchonete, bar, café e similares 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Gado 12 Idem Artigo 14 65 UF Produto Aliq. (%) Fundamentação RJ Importação ou prestação de serviço que se inicie no exterior 16 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interestadual com bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro, não tenham sido submetidos a processo de industrialização; e ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40%. 4 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interestadual entre contribuintes nas hipóteses em que as operações e prestações destinarem mercadorias, bens, serviços de transporte ou de comunicação a contribuintes do ICMS localizados nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Espírito Santo 7 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interestadual entre contribuintes nas hipóteses em que as operações e prestações destinarem mercadorias, bens, serviços de transporte ou de comunicação a contribuintes do ICMS localizados nas regiões Sul e Sudeste, exceto para o Espírito Santo 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interestadual nas hipóteses em que as operações e prestações destinarem bens e serviços de transporte ou de comunicação a consumidor final não contribuintes do ICMS localizados nas regiões Norte, Nordeste, Centro- Oeste e no Espírito Santo 7 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interestadual nas hipóteses em que as operações e prestações destinarem bens e serviços de transporte ou de comunicação a consumidor final não contribuintes do ICMS localizados nas regiões Sul e Sudeste, exceto para o Espírito Santo 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interna com aguardente 17 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interna com álcool carburante 30 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interna com cerveja e/ou chope 18 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interna com gasolina 32 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interna com refrigerante 16 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interna ou de importação com arma e munição, suas partes e acessórios 37 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interna ou de importação com bebida alcoólica, exceto cerveja, chope e aguardente de cana e de melaço (***) 37 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interna ou de importação com embarcações de esporte e de recreio (***) 37 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Interna ou de importação com peleteria e suas obras e peleteria artificial 37 Lei 2.657/96, artigo 14 66 UF Produto Aliq. (%) Fundamentação RJ Interna ou de importação com perfume e cosmético (***) 37 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Máquinas, aparelhos, equipamentos e veículos, destinados à implantação, ampliação e modernização de unidades industriais ou agro-industriais, e visem à incorporação de novas tecnologias, à desconcentração industrial, à defesa do meio ambiente, segurança e saúde do trabalhador e à redução das disparidades regionais 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Material ou equipamento especializado para pessoas portadoras de deficiência física e medicamentos para os doentes renais crônicos e transplantados 7 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Óleo diesel nas demais operações internas 12 Lei 2.657/96, artigo 14, alterado pela Lei 7.982/18. RJ Óleo diesel quando consumido no transporte de passageiros por ônibus urbano e no transporte de passageiros do sistema hidroviário (aquaviário).......... 6 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Pão 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Produtos de informática e automação, que estejam beneficiados com redução do IPI e sejam fabricados por estabelecimento industrial que atenda ao disposto no artigo 4º da Lei Federal 8.248/91 7 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Querosene de aviação 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Sal 12 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Serviço interestadual de transporte aéreo de carga e mala postal, quando o tomador e o destinatário forem contribuintes do imposto 4 Lei 2.657/96, artigo 14 RJ Serviço interno de comunicação em geral (a partir de 30-3-2017) 28 Lei 2.657/96, artigo 14 67 Tabela B - Alíquotas do FECP UF Produto Alíquota do Fundo Fundamentação RJ Atividades de extração, moagem e industriais de refino de sal para alimentação e de produção de carbonato de sódio 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ Atividades inerentes a microempresas e empresas de pequeno porte e a cooperativas de pequeno porte 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ Comércio varejista de caráter eventual ou provisório em épocas festivas 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ Consumo de energia elétrica acima de 300 quilowatts/hora mensais 4.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010 e 151/2013 RJ Consumo não residencial de energia elétrica de até 300 quilowatts/hora 2.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010 e 151/2013 RJ Consumo residencial de água até 30 m³ 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ Consumo residencial de energia elétrica de até 300 quilowatts/hora mensais 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010 e 151/2013 RJ Consumo residencial de telefonia fixa até o valor de uma vez e meia a tarifa básica 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ Demais mercadorias e serviços não listados acima 2.00 Fundo de Combateà Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ Fornecimento de alimentação 0.00 (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 68 UF Produto Alíquota do Fundo Fundamentação RJ Fornecimento de energia elétrica residencial até 300 kWh mensais 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ Geração de energia eólica, solar, biomassa, bem como de energia gerada a partir do lixo, pela coleta do gás metano e por incineração, nos termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ GLP (gás de cozinha) 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ Material escolar 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ Medicamentos excepcionais previstos na Portaria nº 1.318/2002 do Ministério da Saúde 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010 e 151/2013 RJ Padarias e confeitarias 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ Produtos dos gêneros que compõem a Cesta Básica, assim definidos aqueles estabelecidos em estudo da Fundação Getúlio Vargas e em Lei estadual específica 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 RJ Refino de sal para alimentação 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013,167/2015 RJ Serviço de comunicação em geral, exceto telefonia fixa residencial até uma vez e meia a tarifa básica 4.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010 e 151/2013 RJ Serviço de transporte aquaviário de passageiro, carga ou veículo e Serviço de transporte rodoviário intermunicipal de passageiro, Óleo Diesel, Telefonia fixa residencial até uma vez e meia a tarifa básica 0.00 Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP); Lei 4.056/2002;Resolução 6.556 SEF/2003; Leis Complementares 139/2010, 151/2013, 167/2015 60 Tabela C. Tributação especial concedida por Convênios autorizativos implementados pelo Estado do Rio de Janeiro. Para outros benefícios concedidos por Convênios de caráter impositivo – consulte o Manual de Diferimento, Ampliação de Prazo de Recolhimento, Suspensão e de Incentivos e Benefícios de Natureza Tributária disponível na página da SEFAZ. Mercadoria/serviço Alíquota ICMS Adicional ICMS destinado ao FECP Areia lavada (Convênio 12% - ICMS 41/05) Artesanato (Convênio Isento - ICM 32/75) Cesta Básica 7% - (Convênio ICMS 128/94 e Decreto nº 32.161/02 (art. 1º) - Material ou 7% - equipamento especializado para pessoas portadoras de deficiência física e medicamentos para os doentes renais crônicos e transplantados (estornando-se o crédito superior a 7% (sete por cento), obtido na operação anterior, seja operação interna ou interestadual) 61 Com arroz, feijão, pão e sal 12% 2% Fornecimento de alimentação, incluídos os serviços prestados, promovido por restaurante, lanchonete, bar, café e similares 12% - Com máquinas, aparelhos, equipamentos e veículos, destinados à implantação, ampliação e modernização de unidades industriais ou agro-industriais, e visem à incorporação de novas tecnologias, à desconcentração industrial, à defesa do meio ambiente, segurança e saúde do trabalhador e à redução das disparidades regionais. (Inciso XV do artigo 14 da Lei 2.657/96) 12% 2% Obs: outras situações favor consultar o portal da SEFAZ/RJ.materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. Notas: Por fim, atente-se ao fato de que essa imunidade musical só é válida quando produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros. ( ver jurisprudência) XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos; XII - cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (Vide Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 8 i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) HIERARQUIA DAS LEIS NO ICMS – ANÁLISE DA PIRÂMIDE DE KELSEN RESOLUÇÕES CONSTITUIÇÃO FEDERAL E EMENDAS À CONSTITUIÇÃO NORMAS COMPLEMENTARES A CONSTITUIÇÃO: LEIS COMPLEMENTARES NORMAS ORDINÁRIAS: LEIS/MEDIDAS PROVISÓRIAS DECRETOS 9 2 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. 2.1 – PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS. 2.1.1 – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. O princípio da legalidade em matéria tributária encontra-se expresso no artigo 150, I da CRFB/88 da seguinte forma: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”. Neste sentido, ensejamos alguns comentários importantes sobre o tema: Primeiro, o presente princípio faz referência à lei em sentido estrito. Assim, o tributo pode ser instituído ou majorado por lei ordinária ou espécie legislativa com a mesma eficácia, como, por exemplo, medida provisória. Segundo, as matérias submetidas à reserva legal estão disciplinadas nos incisos do artigo 97 do CTN. Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. 10 § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. É oportuno destacar que a concessão de benefícios fiscais também só pode ser feita através de lei, e esta deve ser específica por força do §6º do artigo 150 da CRFB/88. 2.1.2 – PRINCÍPIO DA ISONOMIA. O princípio da isonomia tributária está previsto no art. 150, II da CRFB/88, que assim dispõe: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos”. Este princípio é decorrente do princípio da igualdade que determinada que todos são iguais perante à lei. Na prática, o legislador deveria estabelecer critérios de discriminação de acordo com a capacidade contributiva de cada um a fim de alcançar a justiça no plano social. 2.1.3 – PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE. Este princípio encontra-se disposto no artigo 150, III, a da CRFB/88, da seguinte forma: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado”. Não há dúvida sobre a necessidade da lei tributária estar apta a produzir efeitos para incidir sobre situações que se amoldem à previsão do nascimento da obrigação tributária. Exemplo: se uma lei, publicada em 09/09/XX, permite que uma nova situação seja fato gerador do ICMS, ela só alcançará estas situações a partir do período seguinte, ou seja, ano X1, por se tratar de fato gerador periódico simples e estar sujeito ao princípio da irretroatividade. 11 2.1.4 – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DO EXERCÍCIO. Este princípio está previsto no artigo 150, III, b da CRFB/88, da seguinte forma: “sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.” Na mesma linha de raciocínio, este princípio protege o contribuinte de eventuais abusos do poder público na ânsia de arrecadar. Encontra-se como corolário do princípio da não-surpresa, permitindo ao contribuinte se adaptar às mudanças da lei. Ele apresenta as seguintes exceções, dentre elas o II, IE, IPI e IOF. (artigo 150, §1°, da CRFB/88 , finalidade extrafiscal ), Impostos Extraordinários de Guerra , em virtude da própria aplicabilidade de tal imposto, Empréstimos compulsórios, INSS, ICMS monofásico e CIDE- Combustível. 2.1.5 – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL OU NOVENTENA. Este princípio apresenta-se como regra geral, prevista no artigo 150, III, c da CRFB/88, da seguinte forma: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b”. Exemplificando, caso um tributo seja majorado até o dia dois de outubro de determinado ano, poderá ser cobrado no ano seguinte, uma vez que estarão satisfeitas as regras da anterioridade e da noventena. Porém, se esta lei for publicada partir do dia três de outubro, o tributo só poderá ser cobrado em meados de janeiro do ano seguinte, devendo ser respeitado o prazo de 90 dias da publicação da lei que o instituiu ou aumentou. 2.1.6 – PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO. Encontra-se previsto no artigo 150, IV da CRFB/88, que assim dispõe: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - utilizar tributo com efeito de confisco”. Este princípio determina que a tributação deve ser feita de forma coerente com a capacidade contributiva do sujeito, não podendo inviabilizar as atividades lícitas do contribuinte. 12 O problema da aplicação do princípio em tela é que o conceito do que seria confisco é subjetivo, cabendo ao juiz no avaliar a situação, a fim de saber se a tributação configura hipótese de confisco ou não. 3. PRINCÍPIOS GERAIS DO ICMS 3.1. Imposto seletivo O ICMS poderá ser norteado pelo Princípio da Essencialidade, o qual grava os produtos em função de sua essencialidade, ou seja, há diferenças nas alíquotas do imposto em razão do grau de menor ou maior necessidade, por parte da população, em consumir cada produto. 3.2. Imposto não cumulativo O ICMS está sujeito ao princípio constitucional da não cumulatividade. Isto significa que o montante do imposto devido resulta da diferença a maior em determinado período, entre o imposto devido sob os produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele ingressados. 3.3. Princípio da incidência sobre a saída da mercadoria O ICMS têm como momento de incidência o instante da saída da mercadoria, não interessando a natureza da operação realizada. É bem verdade que é exigido do contribuinte que a natureza da operação seja claramente indicada na nota fiscal, contudo, a obrigação de pagar o imposto não decorre do tipo de operação realizada, mas da saída da mercadoria (seja por venda, por doação, por transferência ou por qualquer outro motivo), ou seja, o fato gerador e o momento de incidência do produto independem dos efeitos econômicos da operação. 3.4. Princípio da incidência múltipla O ICMS acompanha a mercadoria em todas as fases de sua circulação, desde sua origem (importação ou produção) até sua entrega ao consumidor final. 13 3.5. Princípio documental Em resposta a: função do sistema orgânico do ICMS, torna-se imprescindível para o controle das operações a emissão de documentos fiscais, nos quais fiquem consignados os respectivos valores. Mesmo para aquelas operações em que, por disposição legal, não ocorra o fato gerador ou não se exija o tributo, a emissão de documentos (notas fiscais) é indispensável. Como regra geral, pode-se afirmar que não pode haver saída de mercadoria sem documento fiscal que a acoberte. Assim como, não pode haver entrada de mercadoria sem que fique em poder do seu recebedor cópia do documento que suportou a saída. 3.6. Princípio da escrituração Em decorrência do princípio da não cumulatividade e da forma como são documentadas as operações realizadas com mercadorias, torna-se necessária a escrituração fiscal, de modo que, a qualquer tempo, se possa conhecer com clareza e precisão a situação do contribuinte, de forma não só a se positivarem as operações gravadas, como também o débito ou crédito do imposto. 4. HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA O ICMS é um imposto indireto, pois existe um contribuinte de direito, que recolhe o tributo ao Fisco e repassa para outrem, no caso o contribuinte de fato, que suporta o ônus econômico do tributo. De acordo com o art. 2º da LC. 87/96, o imposto incide sobre: A. Operações relativas à circulação de Mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; B. Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias e valores; C. Prestações onerosas de serviços de comunicação; D. Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos municípios, ou, quando sujeitos ao ISS, a lei complementar que trata deste imposto, imponha a tributação separada do ICMS sobre as mercadorias empregadas; E. Entrada de mercadoria importada, por pessoa física ou jurídica, ainda quando se tratar de bens destinados a consumo ou ativo permanente do estabelecimento; F. Sobre serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; 14 G. Sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização/industrialização. 5. FATOS GERADORES DO ICMS Com base nos Artigos 3.º a 3.º-I do RICMS-RJ, vejamos os momentos em que ocorre o fato gerador do ICMS: Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre: I - na saída de mercadoria, a qualquer título, do estabelecimento do contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; II - na saída de estabelecimento industrializador, em retorno ao do encomendante, ou para outro por ordem deste, de mercadoria submetida a processo de industrialização que não implique prestação de serviço compreendido na competência tributária municipal, ainda que a industrialização não envolva aplicação ou fornecimento de qualquer insumo; III - no fornecimento de alimentação, bebida ou outra mercadoria por qualquer estabelecimento; IV - no fornecimento de mercadoria com prestação de serviço: 1. não compreendido na competência tributária dos municípios; 2. compreendido na competência tributária dos municípios, e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido em legislação aplicável; V - no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior; VI - na entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria proveniente de outra unidade da Federação, destinada a consumo ou a ativo fixo; VII - na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente alcançada pela incidência do imposto; VIII - na aquisição, em licitação promovida pelo Poder Público, de mercadoria ou bem importados do exterior apreendidos ou abandonados; 15 IX - no início de execução do serviço de transporte interestadual e intermunicipal de qualquer natureza; X - no ato final de transporte iniciado no exterior; XI - na prestação onerosa de serviços de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; XII - no recebimento, pelo destinatário de serviço prestado no exterior; XIII - na transmissão de propriedade de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; XIV - na transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; XV - na entrada em território do Estado de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrente de operações interestaduais. XVI - na falta de comprovação da saída de mercadoria do território do Estado, na forma e no prazo fixado em ato próprio, quando a mesma transitar acompanhada de passe fiscal ou similar ou quando for encontrada mercadoria em trânsito desacompanhada de passe fiscal de uso obrigatório; (redação do Inciso XVI, do caput do Artigo 3.º, do Livro I, alterada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). [redação(ões) anterior(es) ou original] XVII - imediatamente após a extração do petróleo e quando a mercadoria passar pelos Pontos de Medição da Produção; (redação do inciso XVII, do Artigo 3.º, do Livro I, alterada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos a contar de 28.03.2016). [redação(ões) anterior(es) ou original] 16 XVIII - na saída de mercadoria deestabelecimento de contribuinte localizado em outra unidade da Federação, destinada a consumidor final não contribuinte localizado neste Estado; (redação do inciso XVIII, do caput do Artigo 3.º, do Livro I, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). XIX - na prestação de serviço por contribuinte localizado em outra unidade da Federação, para consumidor final não contribuinte localizado neste Estado. (redação do inciso XIX, do caput do Artigo 3.º, do Livro I, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). § 1.º Aplica-se o disposto no inciso I ainda que o estabelecimento extrator, produtor ou gerador, inclusive de energia, se localize em área contígua àquele onde ocorra a industrialização, a utilização ou o consumo da mercadoria, inclusive quando as atividades sejam integradas. § 5.º O disposto no item 2, do inciso IV, aplica-se: 1. ao fornecimento de mercadoria produzida pelo prestador de serviço fora do local de sua prestação, no caso de execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obra de construção civil, hidráulica ou outra semelhante, assim como de serviço auxiliar ou complementar; (redação do Item 1, do § 5.º, do Artigo 3.º, do Livro I, alterada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). [redação(ões) anterior(es) ou original] 2. ao fornecimento de mercadoria produzida pelo prestador de serviço fora do local de sua prestação, no caso de obra de demolição, conservação ou reparação de edifício, inclusive de elevador nele instalado, e de estrada, ponte e congênere; (redação do Item 2, do § 5.º, do Artigo 3.º, do Livro I, alterada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). [redação(ões) anterior(es) ou original] 17 3. ao fornecimento de alimentação e bebida, nos serviços de buffet e organização de festas; 4. ao fornecimento de alimentação, bebida ou outra mercadoria em hotel, pensão e congênere, quando não incluída no preço da diária ou mensalidade; 5. ao fornecimento de peça ou parte, pelo prestador de serviço, em operação de revisão, conserto ou restauração de máquina, aparelho ou equipamento e no recondicionamento de motores; 6. ao fornecimento de material, salvo o aviamento, por alfaiate, modista ou costureiro, em serviço prestado ao usuário final; Nota - Para efeito do disposto neste item, considera-se aviamento forro, linha, botão, fecho, colchete, pressão, fivela, cadarço, elástico, entretela e material similar. 7. à saída, efetuada pelo prestador de serviço, de mercadoria destinada à comercialização ou industrialização, submetida a beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, acondicionamento e operação similar; 8. ao fornecimento de material pelo prestador de serviço, no caso de paisagismo ou decoração; ( obs: conflito de competência com o ISS) 9. ao fornecimento de material, no serviço de instalação ou montagem de aparelho, máquina, equipamento, ou de colocação de tapete, cortina, papel, vidro, lambris etc., prestado a usuário final; 10. à saída de pneu recauchutado ou regenerado, sempre que não efetuada pelo prestador de serviço a consumidor final; ( obs: conflito de competência com o ISS) 11. ao fornecimento de impresso não personalizado, por gráfica ou similar e o destinado à divulgação ou propaganda. § 6.º Caso o transporte iniciado no exterior seja contratado por etapa, a que for prestada em território estadual, na forma do inciso IX, constitui fato gerador. § 7.º Na hipótese do inciso XI, caso o serviço seja prestado mediante ficha, cartão ou assemelhado, mesmo que a disponibilização se faça por meio eletrônico, considera-se ocorrido o fato gerador quando do fornecimento desses instrumentos ao usuário ou ao intermediário. 18 § 8.º Na hipótese do inciso V, após o desembaraço aduaneiro, a entrega pelo depositário, de mercadoria ou bem importado do exterior, deverá ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em contrário. § 9.º Ocorrendo a entrega da mercadoria ou bem importado do exterior antes do ato do despacho aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador, devendo o responsável pela liberação exigir a apresentação do comprovante do pagamento do imposto. (redação do § 9.º, do Artigo 3.º, do Livro I, alterada pelo Decreto Estadual n.º 30.364/2001, vigente a partir de 28.12.2001). § 10. Na hipótese de mercadoria cujo transporte se faça em parcelas e em que o valor da operação se estender ao todo, sem perfeita fixação ou indicação relativamente a cada componente, peça ou parte, considera-se ocorrido o fato gerador na data em que se efetivar a saída do primeiro componente. § 11. Na venda à ordem ou para entrega futura, considera-se ocorrido o fato gerador na data em que se efetivar a saída da mercadoria. § 12. A ocorrência do fato gerador independe da natureza jurídica da operação que o constitua. § 13. O Estado poderá exigir o pagamento antecipado do imposto, com a fixação, se for o caso, do valor da operação ou da prestação subseqüente, observando-se o disposto no Livro II, que regula a substituição tributária. (redação dos §§ 10, 11, 12 e 13, do Artigo 3.º, do Livro I, renumerados, respectivamente, pelo Decreto Estadual n.º 30.364/2001, vigente a partir de 28.12.2001). 19 § 14. Para os fins do disposto no inciso XVII do caput deste artigo, Pontos de Medição da Produção são aqueles pontos definidos no plano de desenvolvimento de cada campo nos termos da legislação em vigor, onde se realiza a medição volumétrica do petróleo produzido nesse campo, expressa nas unidades métricas de volume adotadas pela Agência Nacional do Petróleo - ANP e referida à condição padrão de medição, e onde o concessionário, a cuja expensas ocorrer a extração, assume a propriedade do respectivo volume de produção fiscalizada, sujeitando-se ao pagamento dos tributos incidentes e das participações legais e contratuais correspondentes. (redação do inciso XVII, do Artigo 3.º, do Livro I, alterada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos a contar de 28.03.2016). [ redação(ões) anterior(es) ou original ] § 15. Na hipótese do inciso XVIII, consideram-se destinadas a este Estado as operações nas quais a mercadoria seja entregue pelo remetente ou por sua conta e ordem ao destinatário em território fluminense. Art. 3.º-A. Consideram-se como saída de mercadorias ou prestação de serviços sem emissão de documento fiscal, os valores referentes a: I - suprimentos de caixa que não foram devidamente esclarecidos e comprovados; II - existência de saldo credor de caixa; III - pagamentos efetuados e não escriturados; IV - constatação de ativos ocultos; V - diferença de estoque de mercadorias, quando a quantidade apurada pela fiscalização, com base em livros e documentos fiscais do contribuinte, for maior do que a escriturada no Livro Registro de Inventário ou do que a consubstanciada em auto de constatação decorrente de contagem física; VI - documento fiscal cancelado após a saída da mercadoria ou a prestação de serviço, ou após a sua escrituração nos livros fiscais do contribuinte; 20 VII - diferença entre os valores informados pelas administradoras de cartão de crédito ou débito em conta corrente e demais estabelecimentos similares e aqueles registrados nas escritas fiscal ou contábil do contribuinte ou nos documentos por ele emitidos; VIII - mercadoria entregue a destinatário diverso daquele que constar do documento fiscal,no que tange à operação realizada com o destinatário diverso; IX - existência de valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida em instituição financeira, em relação aos quais o titular, regularmente notificado a prestar informações, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. Parágrafo único. Para os efeitos do inciso III do caput deste artigo, os documentos comprobatórios de pagamento, que não contenham a data de sua quitação, consideram-se pagos: 1. na data do vencimento do respectivo título; 2. na data da emissão do documento fiscal, quando não for emitida duplicata. (redação do Artigo 3.º-A, do Livro I, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). Art. 3.º-B. Consideram-se como decorrente de operação ou prestação tributada realizada pelo contribuinte os valores registrados nos seguintes equipamentos, porventura encontrados em seu estabelecimento e autorizados para terceiros, ainda que para outro estabelecimento da mesma empresa: I - Emissor de Cupom Fiscal (ECF); II - Point of Sale (POS) e demais equipamentos destinados ao registro de operação ou prestação paga com cartão de crédito ou débito. (redação do Artigo 3.º-B, do Livro I, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). Art. 3.º-C. Considera-se como relativa à entrada no estabelecimento, sem documentação fiscal ou sem sua regular escrituração, a diferença de estoque de mercadorias, quando a quantidade apurada pela fiscalização, com base nos livros 21 e documentos fiscais do contribuinte, for menor do que a escriturada no Livro Registro de Inventário ou do que a consubstanciada em auto de constatação decorrente de contagem física. Parágrafo Único - Constatada a ocorrência da hipótese prevista no caput deste artigo, aplica-se o disposto no inciso V do art. 3.º-E deste Decreto. (redação do Artigo 3.º-C, do Livro I, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). Art. 3.º-D. Na falta de escrituração ou apresentação de Livro Registro de Inventário, a fiscalização poderá considerar inexistente o estoque de mercadoria relativamente ao período não escriturado ou não apresentado. Parágrafo Único - O disposto no caput não será aplicado na hipótese de o estoque puder ser apurado pela fiscalização por meio de outros livros fiscais ou dos documentos fiscais de entrada e de saídas de mercadorias. (redação do Artigo 3.º-D, do Livro I, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). Art. 3.º-E. Considera-se posta em circulação a mercadoria: I - em trânsito desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documentação inidônea e a proveniente de outra unidade da federação sem destinatário certo; II - estocada em terminal de carga, armazém geral, depósito ou similares sem estar acompanhada de documentação fiscal ou acompanhada de documentação fiscal inidônea; III - encontrada em estabelecimento não inscrito ou com inscrição inabilitada; IV - constante do estoque final, na data do encerramento da atividade; V - entrada no estabelecimento desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documento fiscal inidôneo ou, ainda, cuja entrada não tenha sido regularmente escriturada. 22 Parágrafo Único - Na hipótese dos incisos IV e V do caput deste artigo, tomar- se- á como base de cálculo o valor do custo de aquisição mais recente acrescido de 50% (cinquenta por cento). (redação do Artigo 3.º-E, do Livro I, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). Art. 3.º-F. Considera-se reutilizado, para fins de ocultar a ocorrência do fato gerador do imposto o documento fiscal ou de controle apreendido pela fiscalização de trânsito de mercadorias em poder do transportador, ou do remetente nessa condição, sem estar acompanhado da respectiva mercadoria, devendo o imposto ser cobrado do detentor daquele documento. (redação do Artigo 3.º-F, do Livro I, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). Art. 3.º-G. Equipara-se à entrada ou à saída de mercadoria a transmissão de sua propriedade ou a sua transferência, quando não transitar pelo estabelecimento do contribuinte. (redação do Artigo 3.º-G, do Livro I, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). Art. 3.º-H. Na hipótese de emissão de documento fiscal, em operação interna, no qual o destinatário esteja com inscrição estadual inabilitada ou não seja inscrito no cadastro estadual, quando obrigado, presume-se ocorrido o fato gerador subsequente, sendo exigido do emitente, na qualidade de responsável, além do imposto da operação própria, quando devido, também o imposto da operação presumida. Parágrafo Único - O imposto da operação presumida a que se refere o caput deste artigo será exigido da seguinte forma: 1. na hipótese de a mercadoria não estar sujeita à substituição tributária: a) tomar-se-á como base de cálculo o valor constante do documento fiscal acrescido de 50% (cinquenta por cento); b) aplicar-se-á a alíquota correspondente à operação ou prestação; 23 c) deduzir-se-á o imposto destacado no documento; 2. na hipótese de a mercadoria estar sujeita à substituição tributária, adotar-se-á a forma prevista no art. 26 da Lei n.º 2.657/1996. (redação do Artigo 3.º-H, do Livro I, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). Art. 3.º-I. As hipóteses relativas a fatos geradores presumidos deste Título não excluem as porventura constantes de outros dispositivos legais ou regulamentares. Parágrafo único. Nas hipóteses de que trata este artigo, tomar-se-á como base de cálculo a que seria aplicável ao fato gerador correspondente, constante do art. 3.º, ressalvado o disposto nos arts. 3.º-E e 3.º-H. (redação do Artigo 3.º-I, do Livro I, acrescentada pelo Decreto Estadual n.º 45.611/2016, vigente a partir de 23.03.2016, com efeitos retroativos a contar de 01.01.2016). 6. SUJEITOS PASSIVOS 6.1 Contribuinte Conforme o artigo 15 - Livro I – RICMS/RJ é considerado contribuinte: Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade: A. Importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo permanente do estabelecimento; B. Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; C. Adquira em licitação de mercadoria apreendidas ou abandonadas; D. Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização. 24 6.2 – Do Responsável No sentido estrito, o responsável é o sujeito passivo indireto da obrigação tributária. Ele não é vinculado diretamente com o fato gerador, mas por imposição legal, é obrigado a responder pelo tributo. A responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos legais não pagos pelo contribuinte ou responsável pode ser atribuída a terceiros, quando os atos ou omissões destes concorrerem para o não recolhimento do tributo. O artigo19 do RICMS/RJ elenca dentre outras hipóteses, o estabelecimento industrial ou comercial que promover a saída de mercadoria sem documentação fiscal ou com documentação fiscal inidônea, em relação ao imposto devido pela operação subseqüente com a mercadoria, qualquer possuidor ou detentor de mercadoria desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documento fiscal inidôneo, dentre outras. Salienta-se que os artigos 20 e 21 do RICMS/RJ tratam dos casos de responsabilidade solidária e elementos que não a excluem. 7. BASE DE CÁLCULO 7.1. Principais Hipóteses - Bases de Cálculo Com base no artigo 4 a 13 , Livro I do RICMS/RJ, abaixo seguem principais hipóteses e suas respetivas bases de cálculo: 25 A) O valor da operação Nas saídas de mercadorias Transmissão de propriedades de mercadorias depositadas; Transmissão de mercadorias sem trânsito pelo transmitente. B) o valor acrescido relativo à Na saída de estabelecimento industrializador, em retorno ao do industrialização, abrangendo a encomendante, ou para outro por ordem deste, de mercadoria submetida mão-de-obra, insumos aplicados e a processo de industrialização que não implique prestação de serviço despesas cobradas ao compreendido na competência tributária municipal, ainda que a Encomendante industrialização não envolva aplicação ou fornecimento de qualquer insumo. C) O valor da operação, incluindo mercadorias e Serviço No fornecimento de alimentação e bebidas D) o valor total da operação (mercadoria + serviço) Fornecimento de mercadoria com prestação de serviço não compreendido na competência tributária dos municípios. E) o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada Fornecimento de mercadoria com prestação de serviço compreendido na competência tributária dos municípios, e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido em lei complementar aplicável. F) O preço de serviço Na prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. G) o somatório considerando- Na entrada de bens importados. se: o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação + Imposto de Importação + Imposto sobre Produtos Industrializados + Imposto sobre Operações de Câmbio + quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras. H) O valor da operação de que Entrada no estabelecimento do contribuinte de mercadoria proveniente decorrer a entrada da mercadoria, de outra unidade da Federação, destinada a consumo ou a ativo fixo. sendo o imposto a pagar resultante da aplicação de percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna e interestadual. I) O valor de que decorreu A entrada Na entrada no território do Estado de destino, de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo. J) O valor, no Estado de origem, do serviço prestado. Na utilização por contribuinte, de serviço iniciado em outro Estado e não esteja vinculado a operação ou prestação subseqüente. L) o valor do custo de aquisição mais recente acrescido de 50% (cinquenta por cento). Mercadoria constante do estoque final, na data do encerramento da atividade. M) o valor do custo de aquisição mais recente acrescido de 50% (cinquenta por cento). Mercadoria que tenha entrado no estabelecimento desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documento fiscal inidôneo ou, ainda, cuja entrada não tenha sido regularmente escriturada. 26 INTEGRA A BASE TRIBUTÁVEL: A. Seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como os descontos sob condição; B. Frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado; C. O IPI, quando a operação for realizada de contribuinte para não contribuinte ou entre contribuintes e o produto não se destinar à industrialização ou comercialização. 7.2 Base de Cálculo Nas Transferências De acordo com o artigo 8 do RICMS/RJ, para efeito de fixação da base de cálculo, na saída de mercadoria para estabelecimento do mesmo titular, localizado neste Estado ou em outra unidade da Federação: A O valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria; B. O custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matéria- prima, material secundário, mão-de-obra e acondicionamento; C. Tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu preço corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente. 7.3 Bases de cálculo reduzidas Através de Convênios ou Decretos, são concedidas reduções de base de cálculo para certas operações e prestações. No estado do Rio de Janeiro, esses benefícios estão relacionados no Manual de Benefícios Fiscais, atual Decreto 27.815/2001. Salienta- se que para esses benefícios o prazo pode ser indeterminado ou determinado. Exemplo de situação com base reduzida: Operações com máquinas, aparelhos e equipamentos industriais relacionados no Anexo I do Convênio ICMS 52/91. 27 8. ALÍQUOTAS As alíquotas vigentes do ICMS são: 8.1. Interna A. Redução de Base de Cálculo – Carga Tributária equivalente a alíquota 7 % Nas operações com mercadorias integrantes da cesta básica; Exemplo: Produto: Açúcar Refinado. Valor da Operação: R$ 10.000,00 Fator de redução: 7/18 = 38,8888% Redução da Base de Cálculo: R$ 10.000,00 x 38,8888% = R$ 3.888,88 Apuração do ICMS: R$ 3.888,88 x 18% = R$ 700,00 Atenção: Itens acrescentados na relação da cesta básica: Obs: aguardando regulamentação da Lei 8824/2020 quanto à isenção 28 - Álcool etílico hidratado 70º INPM; (Item acrescentado pela Lei Nº 8771 DE 23/03/2020). 29 - Pote com panos umedecidos de álcool etílico hidratado 70º INPM". (Item acrescentado pela Lei Nº 8771 DE 23/03/2020). B. Alíquota 18%: Nas operações: a) Nas prestações com destino a consumidor final – ( não contribuinte ) b) Nas demais prestações ou operações internas. Obs: Pela Lei Complementar número 61/2015 - DOE RJ de 29.12.2015, foram promovidas diversas alterações na legislação tributária do Estado do Rio de Janeiro, as quais produzem efeitos a partir de 28.03.2016, tendo em vista que, dentre outras disposições, elevam a tributação do ICMS, passando a alíquota geral do imposto a partir da mencionada data para 20%, pois o adicional referente ao Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP) passou de 1% para 2%. 28 8.2. Importação (RJ) As alíquotas nas operações de importação poderão variar em função do local em que a mercadoria será desembaraçada. 8.3. Interestaduais a. Com destino a não contribuinte do imposto: ( Nova Regra prevista EC 87/2015) - Produtos de Origem Nacional: - Nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Espírito Santo: 7% - Nas regiões Sul e Sudeste,exceto Espírito Santo: 12% - Produtos importados ou com Conteúdo de Importação: 4% Passa a ser previsto por esta nova regra um recolhimento do diferencial de alíquota ( aliquota interna do Estado de destino – aliquota aplicada na operação interestadual ) que será recolhido pelo emitente na forma do Convênio ICMS 93/2015. b. Com destino a contribuinte localizado: - Produtos de Origem Nacional: - Nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Espírito Santo: 7% - Nas regiões Sul e Sudeste,exceto Espírito Santo: 12% - Produtos importados ou com Conteúdo de Importação: 4% c. Aquisições, em outro Estado, de mercadoria para uso/consumo ou ativo fixo por contribuinte a diferença entre alíquota interna e a interestadual – Exigência do diferencial de alíquotas. 29 Obs.: vide anexo da apostila para hipóteses de alíquotas específicas do ICMS conforme a legislação tributária. 8.4. A Tributação do Diferencialde Alíquota 8.4.1 – Aquisições por Contribuintes do ICMS Até o incremento da Lei Complementar 87/96, a aquisição de outro Estado, por estabelecimento contribuinte do ICMS, para seu consumo próprio ou para o ativo imobilizado constituía fato gerador do ICMS. De se notar que o frete que acompanha essas mercadorias, e que sai tributado de outro estado sofre a incidência de diferencial de alíquota por estar elencado nos art. 11, II c e 12, XIII e art. 13 § 3º da Lei Complementar 87/96. Será devido em situações de venda para contribuinte do ICMS. 8.4.2 – Vendas para Não Contribuinte do ICMS fora do Estado Passa a ser previsto por esta nova regra um recolhimento do diferencial de alíquota ( aliquota interna do Estado de destino – aliquota aplicada na operação interestadual ) que será recolhido pelo emitente na forma do Convênio ICMS 93/2015. A parcela que DEVERÁ SER REPASSADA ao estado de destino geralmente o recolhimento será em GNRE, necessário observar a legislação de cada Estado. Empresas optantes pelo Simples Nacional estão obrigadas a recolher somente a parcela do DIFAL pertencente a UF de destino – Cláusula nona do Convênio ICMS 93/2015; ( suspensa a cobrança até Decisão da ADI 5.464/2016) O ICMS da Diferença da Alíquota não será somado diretamente ao valor total da Nota Fiscal, sendo o recolhimento do diferencial de alíquotas referente à parcela do Estado de destino da mercadoria e do FECP recolhido em GNRE separada – vide Ajuste Sinief 11/2015 Exemplo do cálculo: Base de Cálculo(R$): 1.000,00 Produto Importado : Não Estado Origem: Minas Estado Destino: Rio de Janeiro Fundo de Pobreza (%): 2% (Fundo de Pobreza do estado de destino) Alíquota Interna do Produto (%): 18% (Alíquota interna no estado de destino) 30 ICMS Op. Interestadual (R$): 120,00 ( Est. Origem) Difal : 6% ( 18% - 12% ) Estado Destino: 100% - R$ 60,00 Cálculo – (1.000*6%) *100% Fundo de Pobreza do Est.Destino (%): 2% - R$ 20,00 Cálculo – (1.000*2%) 8.5 Alíquota do ICMS no SIMPLES NACIONAL (TABELA DE REDUÇÃO - RESOLUÇÃO SEFAZ 224/2018) TABELA 2 ALÍQUOTAS INDICADAS NA LEI ESTADUAL Nº 5.147/2007 (Artigo 8º desta Parte) ALÍQUOTAS DE ICMS PARA PERMISSÃO DE CRÉDITO (Artigos 19 e 21 desta Parte) Faixa de receita bruta a que a ME/EPP está sujeita no mês ao da operação (em R$) Alíquota indicada na Lei Estadual nº 5.147/2007 Alíquota para cálculo do ICMS e consignação no documento fiscal De Até 0 180.000,00 0,70% 0,70% 180.000,01 360.000,00 0,78% 0,78% 360.000,01 540.000,00 0,99% 0,99% 540.000,01 720.000,00 1,50% 1,50% 720.000,01 900.000,00 2,50% 2,50% 900.000,01 1.080.000,00 2,65% 2,65% 1.080.000,01 1.260.000,00 2,75% 2,75% 1.260.000,01 1.440.000,00 2,80% 2,80% 1.440.000,01 1.620.000,00 2,95% 2,95% 1.620.000,01 1.800.000,00 3,05% 3,05% 1.800.000,01 1.980.000,00 3,21% 3,21% 1.980.000,01 2.160.000,00 3,30% 3,30% 2.160.000,01 2.340.000,00 3,40% 3,40% 2.340.000,01 2.520.000,00 3,48% 3,48% 2.520.000,01 2.700.000,00 3,51% 3,51% 2.700.000,01 2.880.000,00 3,63% 3,63% 2.880.000,01 3.060.000,00 3,75% 3,75% 3.060.000,01 3.240.000,00 3,83% 3,83% 3.240.000,01 3.420.000,00 3,91% 3,91% 3.420.000,01 3.600.000,00 3,95% 3,95% 31 ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (Vigência: 01.01.2018) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$) 1a Faixa Até 180.000,00 4,00% - 2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00 3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00 4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00 5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00 6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00 . Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS 1a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 2a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 3a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 4a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 5a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 6a Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% - 32 ANEXO II DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (Vigência: 01.01.2018) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$) 1a Faixa Até 180.000,00 4,50% - 2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00 3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00 4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00 5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,00 6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00 Faixas Percentual de Repartição dos Tributos CSLL Cofins PIS/Pasep CPP IPI ICMS 1a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 2a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 3a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 4a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 5a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 6a Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% 35,00% - 9. IMUNIDADE, NÃO INCIDÊNCIA, SUSPENSÃO, ISENÇÃO, DIFERIMENTO E SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS 9.1. Imunidade É uma não incidência qualificada, uma vez que a Constituição Federal suprime ao legislador a competência ou o poder de tributar determinadas situações expressamente previstas pela Carta Magna, com base no artigo 150 da CRFB/88. Conforme a legislação do ICMS do Estado do Rio de Janeiro, as disposições de imunidade encontram-se elencadas no capítulo da não incidência do ICMS, tais como livros, jornais e periódicos, saída de mercadoria com destino ao exterior e outros. 33 9.2 Da Não Incidência Em linhas gerais, por não incidência entende-se a não ocorrência do fato gerador, em virtude da legislação não descrever a situação como hipótese de incidência. O Art. 47 do RICMS/RJ prevê os seguintes casos de não incidência do ICMS: I - operação com livro, jornal, periódico e o papel destinado à sua impressão; II - operação e prestação que destine ao exterior mercadoria ou serviço; III - operação que destine a outro Estado ou ao Distrito Federal energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificante e combustível líquido e gasoso dele derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização; IV - operação com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; V - operação com mercadoria em virtude de alienação fiduciária em garantia, na: 1. transmissão de domínio feita pelo devedor fiduciante em favor do credor fiduciário; 2. transferência da posse da mercadoria objeto da garantia, em favor do credor fiduciário, em virtude de inadimplemento do fiduciante; 3. transmissão do domínio do credor para o devedor, em virtude da extinção, pelo pagamento, da garantia. VI - operação com mercadoria de terceiro, na saída de estabelecimento de empresa de transporte ou de depósito, por conta e ordem desta; VII - operação com mercadoria, na saída para estabelecimento localizado neste Estado ou na transmissão de sua propriedade, decorrente da transferência de estoque de uma sociedade para outra, em virtude de: 1. transformação, fusão, cisão ou incorporação; 2. aquisição do estabelecimento; VIII - operação com mercadoria, na saída para estabelecimento localizado neste Estado ou na transmissão de sua propriedade, decorrente de transferência de estoque, de uma empresa individual para outra ou para uma sociedade, em virtude de aquisição do estabelecimento; IX - operação com mercadoria na saída decorrente da transferência de estoque, dentro do Estado, ou na transmissão de sua propriedade, de firma individual ou de sociedade, para integralização do capital de outra sociedade; X - operação com mercadoria componente do estoque do estabelecimento, de um lugar para outro dentro do Estado, em decorrência da mudança de sualocalização; XI - operação com mercadoria destinada a armazém geral situado neste Estado, para depósito em nome do remetente; XII - operação com mercadoria destinada a depósito fechado do próprio contribuinte, localizado neste Estado; 34 XIII - operação de retorno, ao estabelecimento depositante, de mercadoria dos estabelecimentos referidos nos incisos XI e XII; XIV - operação de saída de peça, ferramenta, máquina, veículo, equipamento e outros utensílios, integrados ao ativo fixo, desde que devam retornar ao estabelecimento de origem ou a outro do mesmo titular; XV - operação com impresso personalizado, promovida por estabelecimento da indústria gráfica diretamente a usuário final, pessoa física ou jurídica; (vide § 4º O disposto no inciso XV não se aplica à saída de impresso destinado a propaganda e publicidade). XVI - operação com artigo funerário, quando promovida por empresa do ramo concomitantemente com a prestação de serviço funerário; XVII - operação com mercadoria, em decorrência de locação ou comodato; XVIII - operação de fornecimento, pelo estabelecimento prestador dos serviços compreendidos na competência tributária municipal, de mercadoria a ser ou que tenha sido utilizada na prestação de tais serviços, ressalvados os casos de incidência do imposto estadual definidos em lei complementar; XIX - operação de fornecimento de medicamento e refeição, em seu próprio recinto, por hospital, sanatório, casa de saúde e de recuperação ou repouso sob orientação médica, extensivo ao acompanhante, desde que incluído seu valor na respectiva conta de prestação de serviço; XX - operação de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário; XXI - operação de transferência de bens móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras. XXII - (Redação dada pelo Decreto 45.611/2016, com efeitos a partir de 1-1- 2016) de aquisição de veículo novo por taxista, na forma de pessoa física ou jurídica que opera no setor, inscrito no órgão municipal competente, para uso específico como táxi, limitado a um veículo por beneficiário, e no equivalente a 1/4 (um quarto) dos veículos registrados pela pessoa jurídica no órgão competente, desde que o mesmo não tenha adquirido veículo com isenção ou não-incidência do ICMS em prazo inferior a 2 (dois) anos; XXIII - (Redação dada pelo Decreto 45.611/2016, com efeitos a partir de 1-1- 2016) de aquisição de veículo novo por portador de deficiência motora ou por seus responsáveis legais, devidamente atestada pelo órgão competente, para seu uso pessoal limitado a um veículo por beneficiário, e desde que o mesmo não tenha adquirido veículo com isenção ou não- incidência do ICMS em prazo inferior a 2 anos. 35 XXIV - (Acrescentado pelo Decreto 45.611/2016, com efeitos a partir de 1-1- 2016) de aquisição de ônibus novos (chassis e carroceria), por parte de empresas concessionárias e permissionárias de transporte coletivo de passageiros, desde que sejam adquiridos até 30 de maio de 2007 e devidamente cadastradas nos órgãos competentes; XXV - (Acrescentado pelo Decreto 45.611/2016, com efeitos a partir de 1-1-2016) de saída de bem do ativo permanente e de material de uso ou consumo para outro estabelecimento da mesma empresa, ainda que em operação interestadual; XXVI - (Acrescentado pelo Decreto 45.611/2016, com efeitos a partir de 1-1- 2016) de entrada de bem do ativo permanente e de material de uso ou consumo, em relação à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, quando recebido em transferência interestadual de outro estabelecimento da mesma empresa. § 1.º O disposto no inciso I deste artigo não se aplica às operações relativas a circulação das seguintes mercadorias: 1. livro em branco ou simplesmente pautado, bem como o utilizado para escrituração de qualquer natureza; 2. agenda ou similar; 3. (Redação dada pelo Decreto 45.611/2016, com efeitos a partir de 1-1-2016) catálogo, guia, lista e outros impressos que contenham propaganda comercial. § 2.º Equipara-se às operações de que trata o inciso II deste artigo a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a: 1. empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa; 2. armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. § 3.º Nas hipóteses do parágrafo anterior, a operação será considerada tributável, na data da saída original, ficando o contribuinte obrigado a recolher o imposto relativo à mesma, com os acréscimos e penalidades cabíveis, se for verificado, a qualquer tempo, que a mercadoria: 1 - (Redação dada pelo Decreto 28.674/2001) não chegou ao destino indicado após decorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da data da saída do estabelecimento remetente; 2 - (Redação dada pelo Decreto 28.674/2001) foi perdida ou danificada, independentemente da causa; 3 - (Redação dada pelo Decreto 28.674/2001) foi reintroduzida no mercado interno. § 4.º O disposto no inciso XV não se aplica à saída de impresso destinado a propaganda e publicidade. § 5º (Acrescentado pelo Decreto 45.611/2016, com efeitos a partir de 1-1-2016) O disposto no item 3 do § 1º deste artigo não se aplica à lista telefônica, ainda que contenha propaganda comercial. 36 9.3 Da Suspensão Nestes casos existirá a suspensão da cobrança do imposto visando a ocorrência de determinado evento futuro, em regra geral, esse evento futuro relaciona-se ao retorno das mercadorias em determinado prazo. O artigo 52 do RICMS/RJ prevê os casos de suspensão do ICMS: I - a saída e o respectivo retorno de mercadoria destinada a conserto, reparo ou industrialização; II - a saída e o respectivo retorno de mercadoria para fim de demonstração, quando o destinatário estiver localizado neste Estado e revestir a qualidade de contribuinte do imposto, excluída a saída de mostruário e a remessa para estabelecimento do mesmo titular ou de terceiro, para fim de simples exposição. § 1.º A suspensão a que se refere o inciso I: 1. não se aplica à saída para fora do Estado de sucata e produto primário de origem animal ou vegetal, salvo se a remessa e o retorno se fizerem nos termos de acordo entre o Estado do Rio de Janeiro e demais Estados interessados; 2. é condicionada ao retorno da mercadoria ao estabelecimento de origem no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da respectiva saída, prorrogável por mais 180 (cento e oitenta) dias, pela repartição fiscal, a requerimento do interessado, admitindo-se, excepcionalmente, uma segunda prorrogação de igual prazo. § 2.º A suspensão de que trata o inciso II é condicionada ao retorno da mercadoria ao estabelecimento de origem, no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por até igual período, a critério da repartição fiscal. 9.4 Da isenção A isenção é um dos casos de exclusão do crédito tributário (art. 175, I - CTN), sendo considerado benefício fiscal que dispensará o pagamento do imposto. A isenção corresponde a uma norma aditiva, que no caso do ICMS são os convênios celebrados e ratificados entre os Estados, que modifica a norma básica , fazendo com que o imposto, em regra, devido, não o seja em certas circunstâncias, conforme artigo 48 do RICMS/RJ. Exemplo: Saídas para feiras e exposições, desde que retornem em 60 dias, conforme I Convênio do RJ/67. 40 As situações alcançadas pela isenção do ICMS estão previstas no Decreto 27.815/2001 (Manual de Diferimento, Ampliação de Prazo de Recolhimento, Suspensão e de Incentivos e Benefícios de Natureza Tributária). NOVIDADES - LEI 8.824, DE 14-5-2020 (DO-RJ DE 15-5-2020) -Republicação no DO-RJ de 18-5-2020 - ISENÇÃO – Concessão RJ poderá conceder isenção do ICMS em operações e prestações destinadas ao combate do coronavírus O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DEJANEIRO Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a conceder isenção do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS -, incidente nas operações de importação, internas e interestaduais, bem como nas correspondentes prestações de serviço de transportes, praticadas por pessoas físicas e jurídicas, contribuintes ou não do imposto, realizadas no âmbito da adoção de medidas de prevenção ao contágio, de enfrentamento e contingenciamento da pandemia causada pelo novo Coronavírus - COVID-19 -, com os equipamentos, insumos e mercadorias identificados pelos respectivos Código da Nomenclatura do Mercosul - NCM - nos termos do Anexo Único desta Lei. Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, e terá a sua vigência enquanto perdurar os efeitos do Decreto nº 46.973, de 16 de março de 2020, que reconhece a situação de emergência na saúde pública do estado do Rio de Janeiro em razão do contágio e adota medidas de enfrentamento da propagação decorrente do novo Coronavírus - COVID-19 - e dá outras providências. Vide Anexo da Lei para Relação de Mercadorias que podem ser beneficiadas com a isenção. 41 NOVIDADES - LEI 8.889, DE 09-6-2020 (DO-RJ DE 15-5-2020) -Republicação no DO-RJ de 10-6-2020 ISENÇÃO – Concessão Aprovada Lei que autoriza a isenção do ICMS para produtos da cesta básica no Rio de Janeiro. A aplicação do benefício depende da edição de um Decreto do Governo Estadual regulamentando a isenção. Atualmente, os produtos da cesta básica são beneficiados pela redução da base de cálculo do ICMS, de forma que a carga tributária resulte no percentual de 7%. Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Fica o Poder Executivo autorizado a conceder isenção do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS – em produtos que compõem a cesta básica durante o período de calamidade pública em virtude da situação de emergência decorrente do novo Coronavírus (COVID-19), declarado pelo Decreto Estadual nº 46.973/2020, de 16 de março de 2020, e reconhecido pela Lei Estadual nº 8.794, de 17 de abril de 2020. Parágrafo Único – Para efeitos do caput deste artigo, as mercadorias que devem compor a cesta básica são os produtos elencados no art. 1º da Lei Estadual nº 4.892, de 1º de novembro de 2006, que “Dispõe sobre os produtos que compõem a cesta básica no âmbito do Estado do Rio de Janeiro”. Art. 2º – Fica autorizado o Poder Executivo a baixar os atos complementares necessários à execução da presente Lei. Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. (Wilson Witzel – Governador) 42 NOVIDADES - LEI 8.924, DE 02-7-2020 (DO-RJ DE 15-5-2020) -Republicação no DO-RJ de 03-7-2020 OBS: Os produtos elencados na Lei 8.924/2020 ficam mantidos o regime de ST, no cadastro manter regime de ST e base reduzida da cesta básica Absorventes e fraldas são incluídos na relação de produtos que compõem a cesta básica Esta alteração da Lei 4.892, de 1-11-2006, inclui absorvente higiênico feminino, fraldas geriátricas e fraldas descartáveis infantis, conforme especificado, entre os produtos da cesta básica, os quais são beneficiados pela redução da base de cálculo do ICMS. Cabe esclarecer que a Lei 8.771, de 23-3-2020, incluiu os itens 28 e 29 ao parágrafo único do artigo 1º da Lei 4.892, de 1-11-2006, que relaciona os produtos que compõem a cesta básica: “28 – álcool etílico hidratado 70º INPM; 29 – pote com panos umedecidos de álcool etílico hidratado 70º INPM.).” Em razão do exposto, entendemos que a Lei 8.924/2020 será retificada para restabelecer a redação do item 29, mantendo os potes com panos umedecidos de álcool etílico hidratado 70º na relação de produtos da cesta básica. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º – Modifica-se o artigo 1º da Lei Estadual nº 4.892, de 1º de novembro de 2006, incluindo o item 29 ao texto: “Art. 1º – Ficam definidos no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, os produtos que compõem a Cesta Básica. (…) 29 – Absorvente higiênico feminino; 30 – Absorvente higiênico feminino; 31 – Fraldas geriátricas; 32 – Fraldas descartáveis infantis”. Art. 2º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. (Wilson Witzel – Governador) 9.5 Do diferimento O diferimento significa que a postergação do lançamento do tributo será para momento subsequente, ou seja o ICMS não será cobrado na primeira saída e sim acaba sendo recolhido na operação subseqüente. As situações alcançadas pelo diferimento do ICMS estão previstas no Decreto 27.815/2001 (Manual de Diferimento, Ampliação de Prazo de Recolhimento, Suspensão e de Incentivos e Benefícios de Natureza Tributária). 43 Exemplificamos alguns destes casos: 1 - Saídas internas de material de sucata, até o momento em que ocorrer a saída para outra unidade federada ou para o exterior; ou a sua entrada em estabelecimento industrial. (Livro XII do Decreto 27.427/200 - RICMS) 2 – Saídas interestaduais de mercadorias a serem alienadas em eventos situados no Estado do Rio de Janeiro; (Resolução Sefaz nº 33 de 20 de Maio de 2019 - altera o capítulo XX, do anexo XIII, da Resolução Sefaz nº 720/14, para regulamentar o Decreto nº 46.629/19, que concede diferimento do ICMS para contribuintes estabelecidos em outras unidade federadas que participem de eventos no Estado do Rio de janeiro e revoga a Resolução Sef nº 2.887/97) Conforme o parágrafo 4 do artigo 17 da Lei 2.657/96, salvo disposição em contrário, quando ocorrer entrada de mercadoria com diferimento ou suspensão do tributo e sem direito a crédito equivalente, o imposto diferido ou suspenso será exigido por ocasião da saída, esteja sujeita ou não ao pagamento do imposto. 9.6. Substituição Tributária Processo pelo qual é transferida a obrigação de recolher o imposto de uma pessoa para outra, geralmente a substituição tributária implica no reconhecimento antecipado da ocorrência do fato gerador. 10. FOT – FUNDO ORÇAMENTÁRIO TEMPORÁRIO · DECRETO Nº 47.057, DE 04/05/2020 - Regulamenta dispositivos da Lei nº 8.645/2019, para disciplinar o depósito no Fundo Orçamentário Temporário - FOT, revoga o Decreto nº 45.810/2016, a Resolução Sefaz nº 33/2007, e dá outras providências. A utilização de incentivo ou benefício fiscal, financeiro-fiscal ou financeiro no Estado do Rio de Janeiro é condicionada ao recolhimento da parcela do FOT equivalente ao percentual de 10% aplicado sobre a diferença entre o valor do imposto calculado com e sem a utilização de benefício ou incentivo concedido a contribuinte do ICMS que resulte em redução do valor do ICMS a ser pago. A exigência do FOT se aplica aos benefícios e incentivos de caráter geral e não geral, inclusive quando concedido por meio de regime especial, inclusive nos casos de concessões futuras, observadas as exceções que dispensam seu pagamento (Art.2 § 1º) 44 A principal alteração na legislação do FOT em relação ao Feef: - a inclusão de todos os estabelecimentos industriais do interior, beneficiados pelo tratamento tributário especial previsto na Lei 6.979, de 31-3-2015 e com faturamento anual inferior a R$ 100 milhões; - Inclusos os benefícios previstos no Decreto 38.938/2006; - Inclusos os benefícios previstos no Decreto 44.498/2013 (comércio atacadista em geral); - Inclusos os benefícios previstos no Decreto 36.453/2004 (RIOLOG). O recolhimento do FOT é feito por estabelecimento contribuinte do ICMS localizado no Estado do Rio de Janeiro. Assim como na