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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI BACHARELADO EM ENFERMAGEM EQUIPE LIPÍDIOS SEMINÁRIO: SISTEMA TEGUMENTAR CAMETÁ - PA OUTUBRO/2024 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI BACHARELADO EM ENFERMAGEM SEMINÁRIO: SISTEMA TEGUMENTAR EQUIPE LIPÍDIOS Seminário apresentado como subsídio para obtenção de nota na disciplina Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar, Locomotor, Nervoso e Cardiorrespiratório, ministrada pela Professora Marcelle Pinto. CAMETÁ - PA OUTUBRO/2024 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS O sistema tegumentar é um conjunto de estruturas que envolve e protege o corpo humano. A sua principal função é proteger o organismo contra agentes externos, como bactérias, vírus, fungos, produtos químicos e raios UV. Além disso, desempenha funções importantes como a regulação da temperatura do corpo, a sensação de toque, pressão, dor e temperatura; e síntese da vitamina D. O sistema tegumentar é composto pela pele, pelos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas, apresentando uma estrutura complexa e altamente especializada. Então, nesse trabalho, vamos abordar questões referentes às funções do Sistema Tegumentar, identificando sua composição, estrutura e formação, juntamente com a sua fisiologia, expondo como ocorre o processo fisiológico do sistema tegumentar e suas variantes em decorrência de eventuais processos patológicos. O Sistema Tegumentar refere-se a um conjunto de estruturas que forma e propicia o maior revestimento externo protetivo de todos os seres vivos, inclusive humano. Esse revestimento externo pode ser nominado ou identificado de tegumento e para os seres vivos vertebrados “humanos” chamado de pele. As estruturas que compõem o sistema tegumentar de uma forma geral para todos os seres vivos, estão subdividas em: estrutura celular, tecido conjuntivo, pelos, escamas, penas, unhas, chifres, entre outros. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Sistema tegumentar é o sistema do nosso corpo formado pela pele e pelas estruturas anexas a ela. A pele é formada por duas camadas: a epiderme e a derme. A epiderme, formada por tecido epitelial estratificado, é composta de cinco estratos (basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo). Em algumas situações, o estrato lúcido não está presente. A derme, por sua vez, também é dividida em duas camadas: a papilar e a reticular. Em relação aos anexos, temos os pelos, as unhas e as glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias. Dentre suas funções, podemos citar a proteção do organismo, termorregulação, percepção de sensações como dor, temperatura, e pressão e secreção de substâncias. 2.1 PELE A pele é um órgão dinâmico, constantemente variável. Consiste em três camadas principais: a epiderme, a derme e a hipoderme (camada subcutânea). Cada uma delas é composta por várias subcamadas. Os apêndices da pele, tais como folículos pilosos e glândulas sebáceas e sudoríparas, também desempenham uma função global. Fonte: Sistema tegumentar: o que é, partes e funções - Brasil Escola (uol.com.br) Para Sherwood (2011), a pele é composta essencialmente de três grandes camadas de tecidos, são elas: a mais superior/externa (epiderme); a intermediária (derme); e a mais profunda (hipoderme ou tecido celular subcutâneo). Conforme mesmo autor, essa estrutura representa cerca de mais de 16% do peso corpóreo. Toda sua superfície é composta e revestida por sulcos e saliências, ficando mais significativa ou presente em algumas partes do corpo, particularmente nas regiões palmoplantares e nas extremidades distais dos dedos, onde têm representatividade individual e peculiar, consentindo não apenas seu uso na identificação dos indivíduos por meio da datiloscopia, como também auxiliando na diagnose de enfermidades genéticas pelas impressões palmoplantares, os chamados dermatóglifos. A superfície cutânea dos seres humanos apresenta uma variação expressiva de segmentos corpóreos, oscilações teciduais e pregas cutâneas, articulares e musculares, orifícios pilossebáceos e orifícios sudoríparos, possuindo um campo anatômico bem variado e rico de informações. Dentre as variações existentes nestes segmentos relacionados ao tecido cutâneo, encontra-se a cor da pele (GUYTON; HALL, 2017). 2.2 CAMADAS DA PELE E SUAS FUNÇÕES https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-tegumentar.htm A pele é a primeira linha de defesa do organismo, e, encontra-se continuamente sujeita a agentes ambientais, potencialmente prejudiciais, o que inclui a matéria sólida, líquida, gases, luz solar e micro-organismos (GUYTON; HALL, 2017). Contudo, a pele tem determinadas funções básicas e primordiais que colaboram para a sobrevivência humana. São elas: ■ Proteção das estruturas internas: a pele por si só impede a agressão dos órgãos e tecidos por agentes físicos (radiações, agentes mecânicos, frio e calor) e, ainda, realiza proteção contra agentes biológicos (bactérias, vírus e fungos). ■ Proteção imunológica: o tegumento cutâneo “a pele”, graças à presença de células imunologicamente ativas na sua superfície e nas suas camadas posteriores, torna-se um órgão de grande atividade imunológica, em que atuam intensamente os componentes da imunidade humoral e celular, protegendo-nos diariamente. ■ Manutenção da homeostase (harmonia e normalidade das funções fisiológicas): as glândulas sudoríparas regulam a temperatura e o equilíbrio hidroeletrolítico por meio das suas secreções, que contém água e eletrólitos. Auxilia ainda na impermeabilidade da pele, ou seja, impede a saída de água do organismo humano. ■ Percepção: na pele estão instalados os receptores neurais, estrategicamente adaptados nessa região para perceberem sensações do meio externo (tato, pressão, calor, frio e dor). ■ Secreção: a exemplo da função secretiva, encontra-se a liberação de secreção sebácea, importante para a manutenção eutrófica da própria pele, particularmente da camada córnea, evitando a perda de água. Além disso, a secreção em forma de sebo, liberado por essas glândulas, possui propriedades antimicrobianas e contém substâncias precursoras da vitamina D. Quanto às glândulas sudoríparas, a eliminação de restos metabólicos não tem valor como função excretora. A pele consiste em três camadas: epiderme, derme e hipoderme (subcutânea). A epiderme é a camada externa da pele que podemos ver e tocar, ela nos protege das toxinas, bactérias e da perda de líquidos. Ela é formada por cinco subcamadas de células chamadas queratinócitos. 2.3 CAMADAS OU COMPARTIMENTOS A pele recobre a superfície do corpo e apresenta-se constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. Abaixo em continuidade com a derme está a hipoderme, que, embora tenha a mesma origem da derme, não faz parte da pele, apenas serve-lhe de suporte e união com os órgãos subjacentes. Histologicamente, segundo os autores Guyton e Hall (2017), o sistema tegumentar evidencia a presença de três compartimentos tegumentares distintos, a epiderme, a derme e a hipoderme que se comunicam e se completam. ■ Epiderme: constituída predominantemente por células dispostas em camadas (epitélio estratificado escamoso ceratinizado). Constituída por epitélio estratificado, cuja espessura apresenta variações topográficas desde 0,04 mm nas pálpebras até 1,6 mm nas regiões palmo plantares. ■ Derme: composta predominantemente por fibras de sustentação (colágeno e fibras elásticas) e por vasos sanguíneos. Compreende denso estroma fibroelástico, no qual situam-se as estruturas vasculares e nervosas, e os órgãos anexiais da pele, as glândulas sebáceas e sudoríparas e os folículos pilosos. ■ Hipoderme ou tecido celular subcutâneo: é uma camada de tecido conjuntivo frouxo, que está localizada logo abaixo da derme(camada mais profunda da pele), unindo-se de maneira pouco firme aos órgãos adjacentes. 2.4 EMBRIOLOGIA DA PELE Pele é constituída por duas partes de origens embriológicas distintas: a epiderme, derivada do ectoderma superficial, e a derme, camada mais profunda, derivada do mesoderma (em parte, de dermatomas de somitos, e em parte, do mesoderma derivado da somatopleura). Em algumas partes do corpo, como a planta do pé e a palma da mão, a epiderme apresenta-se mais grossa, com mais camadas e muita queratina. Esse tipo de pele é denominado pele grossa ou espessa. Em regiões onde a epiderme apresenta poucas camadas e pouca queratina, a denominação dada é a de pele fina ou delgada. A epiderme apresenta cinco camadas ou estratos, chamados de: Fonte: Sistema tegumentar: o que é, partes e funções - Brasil Escola (uol.com.br) 2.4.1 Camada basal A camada basal é a camada mais profunda da epiderme que faz contato direto com a derme. É formada por uma única fileira de células prismáticas. É a camada onde ocorre intensa divisão celular, responsável pela renovação da epiderme, fornecendo células para substituir as que são perdidas na camada córnea. 2.4.2 Camada espinhosa Também chamada de camada de Malpighi, ela possui algumas camadas de células bem coesas, unidas através dos desmossomos, que a conferem uma aparência de espinhos. Além disso, ela possui tonofilamentos, feixes de filamentos de queratina. 2.4.3 Camada granular Camada granulosa – Glomérulos cerebelares. As células granulosas são os menores neurônios do corpo. Seu núcleo pequeno lembra o de um linfócito e o nucléolo, quando presente, é pouco evidente. Os espaços róseos entre as células granulosas são sinapses complexas denominadas glomérulos cerebelares 2.4.4 Camada lúcida https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-tegumentar.htm Camada extra presente nas regiões palmoplanteres em que a pele é mais espessa e nos lábios, se situa entre a camada córnea e a granulosa. Esta camada possui células transparentes e achatadas. Vascularizada, constituída principalmente por tecido conjuntivo, como o colágeno e as fibras elásticas 2.4.5 Camada córnea Camada superficial de células achatadas, mortas, sem núcleo e sem organelas. Membrana celular bem espessa e citoplasma cheio de queratina. São removidas no processo de descamação natural da pele. 2.5 DERME Formada por duas camadas: derme papilar (tecido conjuntivo frouxo – superficial) e derme reticular (tecido conjuntivo denso – mais profunda). O limite entre essas duas camadas é pouco distinto. Ambas possuem muitas fibras elásticas. Além disso, a derme apresenta vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, folículo piloso, glândulas sebáceas e sudoríparas. 2.6 HIPODERME A hipoderme (ou tecido subcutâneo) é uma camada da pele localizada abaixo da derme e é composta principalmente por tecido adiposo e tecido conjuntivo. Ela tem várias funções importantes, como o armazenamento de energia, a proteção de órgãos vitais e o isolamento térmico. Alterações na espessura da hipoderme podem ocorrer em algumas condições, como obesidade e lipodistrofia, e ela também pode ser afetada por algumas intervenções estéticas, como a lipoaspiração. O envelhecimento também pode afetar a hipoderme, resultando em uma diminuição da espessura e elasticidade da pele. A pele está ancorada ao tecido subjacente (músculo ou osso) pela “hipoderme”. Devemos pontuar que o termo “hipo” traz um significado de “abaixo ou está abaixo”. Enquanto ao termo conhecido por tecido subcutâneo, pode-se entender que “sub” significa “embaixo de” e cutâneo como “pele”, uma camada puramente solta de tecido conectivo (PORTH; KUNERT, 2004). Segundo Silva (2010), a camada lamelar desse grupo de tecido é constituída de células adiposas fusiformes e pequenas, superpostas em lâminas que se armazenam em maior volume a gordura em excesso pelo tropismo natural, causando as dismorfias localizadas em que a genética é o fator determinante. O tecido adiposo é um tipo específico de tecido conjuntivo, formado na sua totalidade por células adiposas, podendo também ser nominadas ou identificadas como adipócitos. Esse grupo de tecido está distribuído por toda a extensão do corpo. Para mulheres com peso corpóreo normal, a presença de tecido adiposo fica entre 25 a 30% do peso corporal na mulher; entretanto, pode variar para o homem, ficando entre 19 a 23% (GUYTON; HALL, 2017). Tecido adiposo: Fonte: Livro 2.7 ANEXOS DA PELE Como a pele, o sistema tegumentar inclui diversos derivados da epiderme. Esses anexos da pele incluem glândulas sudoríparas e sebáceas, folículos pilosos ou capilares, pelos e unhas. Cada um desses anexos possui um papel único na manutenção da homeostase corporal. 2.7.1 Pelos: 2.7.2 Unhas 2.7.3 Glândulas sudoríparas: As glândulas sudoríparas são encontradas em todo o corpo, salvo raras exceções, como a glande do pênis. Em sua grande maioria, são do tipo túbulo-enovelada e liberam apenas sua secreção (suor) sem que nenhuma parte do citoplasma seja perdida (glândula merócrina 2.7.4 Glândulas sebáceas: As glândulas sebáceas são glândulas microscópicas na pele que secretam uma matéria oleosa, chamada sebo, para lubrificar e impermeabilizar a pele e os pelos dos mamíferos.Nos seres humanos, eles são encontrados em maior abundância na face e couro cabeludo, embora eles estejam distribuídos em todas as zonas da pele, exceto nas palmas das mãos e plantas dos pés.[2] Nas pálpebras, glândulas sebáceas meibomianas secretam um tipo especial de sebo em lágrimas. Existem várias condições médicas relacionadas, incluindo acne, cistos sebáceos, hiperplasia, adenoma sebáceo e carcinoma da glândula sebácea. 2.7.5 Glândulas mamárias: As glândulas mamárias são glândulas exócrinas cuja função primordial é a produção de leite para nutrir o recém-nascido. Estas estruturas são exclusivas dos mamíferos, e possuem uma estrutura de ramificação mais complexa do que a das demais glândulas da pele. Elas apresentam diversas características básicas em comum com as glândulas apócrinas e sebáceas: estrutura, distribuição no corpo e composição química da secreção. A evolução das glândulas mamárias pode ter ocorrido com a formação de um novo tipo de glândula da pele, a qual continha propriedades de glândulas apócrinas e de sebáceas; embora se pareçam com os outros dois tipos de glândulas, as mamárias não podem ser completamente equivalentes a qualquer uma das duas, às vezes uma tem mais outra tem menos, porém não há motivo de preocupação porque isso é do bebê mesmo. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. PORTH, C. M.; KUNERT, M. P. Fisiopatologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. SANTOS, D. A. dos; BARAUNA, S. C.; organizador: REIS, C. F. dos. Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar, Locomotor, Nervoso e Cardiorrespiratório. Centro Universitário Leonardo da Vinci - Indaial, SC: Arqué, 2023 SHERWOOD, L. Fisiologia humana das células aos sistemas. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. SILVA, S. L. Variações anatômicas do tecido celular subcutâneo pós-perda ponderal. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, São Paulo, v. 25, n. 4, p.675- 678, dez. 2010.