Logo Passei Direto
Buscar

depressão pos parto

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL – UNIPLAN 
CURSO DE ENFERMAGEM 
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIANCA GOMES RIBEIRO 
 
FABIELLY MIRANDA DE AZEVEDO 
 
LUDMILA BARBOSA SILVA 
 
LUCAS ERICK SOUZA LIMA 
 
SARA DOS SANTOS SANCHO 
 
WISLANI MARTINS ANDRADE 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM NA DEPRESSÃO PÓS-PARTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDENÇÃO 
2024
 
 
 
 
BIANCA GOMES RIBEIRO 
 
FABIELLY MIRANDA DE AZEVEDO 
 
LUDMILA BARBOSA SILVA 
 
LUCAS ERICK SOUZA LIMA 
 
SARA DOS SANTOS SANCHO 
 
WISLANI MARTINS ANDRADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM NA DEPRESSÃO PÓS-PARTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao curso de graduação em 
enfermagem do centro universitário planalto 
do distrito federal – uniplan, como requisito 
parcial para a obtenção do título de 
Bacharel em Enfermagem. 
 
Orientadora: Prof.ª: Debora Eduarda 
Montalvão Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDENÇÃO 
2024 
 
 
 
 
BIANCA GOMES RIBEIRO 
 
FABIELLY MIRANDA DE AZEVEDO 
 
LUDMILA BARBOSA SILVA 
 
LUCAS ERICK SOUZA LIMA 
 
SARA DOS SANTOS SANCHO 
 
WISLANI MARTINS ANDRADE 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM NA DEPRESSÃO PÓS-PARTO 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em 
enfermagem centro universitário planalto do distrito federal – uniplan, como 
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Enfermagem 
 
 Orientador: Debora Eduarda Montalvão Araújo 
 
Aprovado dia: / / . 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 Prof.ª Debora Eduarda Montalvão Araújo 
 Orientadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDENÇÃO 
2024
DEDICATÓRIA 
 
 
Primeiramente, queremos agradecer a Deus por nos ter dado força e discernimento para 
chegar até aqui. Com muita alegria em nossos corações, expressamos nossa gratidão 
aos nossos familiares, em especial aos pais, mães, avós, esposas e namorados, pela 
parceria, dedicação e, sobretudo, por todo o apoio. Agradecemos à professora Débora por 
sua incansável dedicação, e deixamos nossa profunda gratidão a todos os colegas que, 
ao longo desses quatro anos, estiveram conosco nesta jornada. Se pudéssemos resumir 
o dia de hoje em uma palavra, seria: gratidão.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Existe cuidado sem cura, mais não existe cura 
sem cuidado.” 
Florence Nightingale 
RESUMO 
 
 
 A depressão pós-parto (DPP) é uma condição emocional que pode afetar mulheres 
após o parto, manifestando-se por sentimentos intensos de tristeza, ansiedade e 
exaustão. Apesar de sua prevalência, a DPP ainda é cercada por estigmas e falta de 
compreensão. Este estudo visa explorar a importância do diagnóstico precoce da 
DPP, identificar suas causas e efeitos durante a gestação, e destacar a relevância 
do pré-natal e do suporte pós-parto. 
 Historicamente, a depressão pós-parto foi descrita pela primeira vez no século II 
d.C. pelo médico grego Soranus de Éfeso. No entanto, o entendimento moderno da 
DPP como uma condição clínica só foi desenvolvido no século XX, com avanços 
significativos na abordagem e tratamento da saúde mental materna. 
 A evolução no tratamento da DPP inclui o reconhecimento da condição como 
clínica, uma abordagem mais holística, ênfase na empatia e suporte, além de 
intervenções terapêuticas e maior conscientização pública. A intervenção precoce e 
adequada, especialmente por parte dos profissionais de enfermagem, é crucial para 
mitigar os efeitos negativos da DPP. A enfermagem, com sua abordagem empática 
e centrada na mulher e sua família, desempenha um papel vital na identificação e 
tratamento da DPP, proporcionando suporte emocional, educacional e clínico 
necessário. 
 Este trabalho propõe investigar a eficácia das intervenções de enfermagem na 
DPP, com o objetivo de identificar estratégias e melhores práticas que possam ser 
aplicadas no ambiente da saúde materno-infantil. Para isso, será realizada uma 
revisão da literatura utilizando fontes confiáveis como Google Acadêmico, 
plataformas do governo brasileiro (gov.br), e a Universidade Federal do Estado do 
Rio de Janeiro (UNIRIO). Dessa forma, busca-se contribuir para a promoção da 
saúde mental das mulheres no período pós-parto, ampliando as práticas da 
enfermagem e aprimorando políticas de saúde e protocolos de atendimento para 
essa população vulnerável. 
Palavras-chave: Depressão pós-parto, diagnóstico precoce, enfermagem, saúde 
mental materna, Google Acadêmico, gov.br, UNIRIO.
 
ABSTRACT 
 
 Postpartum depression (PPD) is an emotional condition that can affect women after 
childbirth, manifesting itself as intense feelings of sadness, anxiety and exhaustion. 
Despite its prevalence, PPD is still surrounded by stigmas and lack of understanding. 
This study aims to explore the importance of early diagnosis of PPD, identify its 
causes and effects during pregnancy, and highlight the relevance of prenatal care 
and postpartum support. 
 Historically, postpartum depression was first described in the 2nd century AD by the 
Greek physician Soranus of Ephesus. However, the modern understanding of PPD 
as a clinical condition was only developed in the 20th century, with significant 
advances in the approach and treatment of maternal mental health. 
 The evolution in the treatment of PPD includes the recognition of the condition as 
clinical, a more holistic approach, emphasis on empathy and support, as well as 
therapeutic interventions and greater public awareness. Early and adequate 
intervention, especially by nursing professionals, is crucial to mitigate the negative 
effects of PPD. Nursing, with its empathetic and family-centered approach, plays a 
vital role in the identification and treatment of PPD, providing the necessary 
emotional, educational and clinical support. 
 This work proposes to investigate the effectiveness of nursing interventions in PPD, 
in order to identify strategies and best practices that can be applied in the maternal 
and child health environment. For this, a literature review will be carried out using 
reliable sources such as Google Scholar, Brazilian government platforms (gov.br), 
and the Federal University of the State of Rio de Janeiro (UNIRIO). Thus, it seeks to 
contribute to the promotion of women's mental health in the postpartum period, 
expanding nursing practices and improving health policies and care protocols for this 
vulnerable population. 
 
Keywords: Postpartum depression, early diagnosis, nursing, maternal mental health, 
Google Scholar, gov.br, UNIRIO. 
 
 
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS 
 
 
BDENF Base de Dados de Enfermagem 
BRAMS Escala de Humor Brasileira 
BRUMS Escala de Humor de Brunel 
BVS Biblioteca Virtual em Saúde 
CEP Comitê de Ética e Pesquisa 
DECS Descritores em Ciências da Saúde 
DPP Depressão pós-parto 
EPDS Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo 
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde 
PNP Pré-natal Psicológico 
SciELO Scientifc Electronic Library Online 
UBS Unidade Básica de Saúde 
. 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 11 
2 METODOLOGIA 13 
3 RESULTADOS 15 
4 DISCUSSÃO 19 
4.1 SUPORTE EMOCIONAL E RELAÇÕES INTERPESSOAIS 19 
4.2 ADVERSIDADES NO PERÍODO GRAVÍDICO-PUERPERAL 20 
4.3 FATORES SOCIOECONÔMICOS 22 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 25 
REFERÊNCIAS 26 
12 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A Depressão Pós-Parto (DPP), ou depressão puerperal, é um transtorno 
mental de alta prevalência, caracterizado por alterações emocionais, cognitivas, 
comportamentais e físicas que se iniciam de forma insidiosa, podendo 
manifestar-se até semanas após o parto (Félix, Tamires Alexandre, et al., 
2013). O diagnóstico precoce e a intervenção adequada são essenciais para 
mitigar os impactos negativos dessacondição, na qual os profissionais de 
enfermagem desempenham um papel crucial. 
A DPP é uma das principais complicações do puerpério, representando 
um grave problema de saúde pública. Essa condição afeta tanto a mãe quanto 
o bebê, dificultando o cuidado materno, prejudicando o desenvolvimento infantil 
e impactando negativamente a qualidade de vida da mãe. Além disso, a DPP 
aumenta os custos do sistema de saúde e pode elevar o risco de suicídio em 
casos graves. De acordo com um estudo realizado pelo Hospital das Clínicas 
da FMUSP, 38,8% das mulheres que deram à luz durante a pandemia de 
Covid-19 desenvolveram DPP, revelando a seriedade da condição em 
situações de vulnerabilidade (Joy Falcão, et al., 2021). Mulheres que sofrem 
violência doméstica têm um risco ainda maior de desenvolver DPP. 
A condição está associada a um desequilíbrio no hormônio cortisol, 
sendo fundamental diferenciá-la da depressão comum para proporcionar o 
tratamento adequado. Assim, as intervenções de enfermagem são 
indispensáveis no processo de tratamento, incluindo a identificação precoce 
dos sintomas, o suporte emocional e o encaminhamento adequado para 
serviços de saúde mental (Silva & Santos, 2023, p. 45). 
O objetivo deste projeto é avaliar a eficácia das intervenções de 
enfermagem no tratamento e manejo da DPP, condição que afeta 
significativamente a saúde mental e física das mães, bem como o 
desenvolvimento dos bebês. As intervenções propostas visam não apenas 
reduzir os sintomas da DPP, mas também promover um vínculo saudável entre 
mãe e bebê, essencial para o desenvolvimento emocional e físico da criança. 
O projeto destaca a importância da humanização no cuidado de 
13 
 
enfermagem, desenvolvimento de estratégias de autocuidado e suporte 
educacional e clínico para o bem-estar da mãe. Diante disso, de que maneira é 
possível promover uma melhor qualidade de vida para as mães no pós-parto, 
reduzir o impacto da (DPP) na saúde pública e garantir um cuidado integral e 
humanizado? Para responder a essa questão, esta pesquisa adotou uma 
metodologia rigorosa e abrangente. 
 
 
 
 
 
14 
 
 
2 METODOLOGIA 
 
 
Segundo Marina Gonçalves (2019), as pesquisas exploratórias têm como 
objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema em estudo. Iniciamos 
nossa investigação sobre a depressão pós-parto (DPP) por meio de uma 
pesquisa bibliográfica, utilizando o Google Acadêmico e o Portal de Periódicos 
da UNIRIO. Essa etapa foi fundamental para mapear as contribuições 
científicas já existentes e construir uma base teórica sólida sobre o tema. 
 
A pesquisa documental também se mostrou valiosa, sendo realizada através do 
Portal Gov.br. Nessa etapa, conseguimos acessar informações essenciais, 
como legislações e políticas públicas relacionadas à saúde materna no Brasil. 
Esses dados nos forneceram uma visão clara de como as iniciativas 
governamentais se relacionam com o cuidado das mães, enriquecendo nossa 
análise. 
 
Combinando essas duas formas de pesquisa, conseguimos estruturar nosso 
trabalho de maneira robusta. Não apenas entendemos a teoria por trás da DPP 
e do papel dos enfermeiros, mas também trouxemos à tona dados práticos que 
podem fazer diferença na vida das mães. Isso nos preparou para sugerir 
intervenções de saúde baseadas em evidências que visam melhorar o cuidado 
materno. 
 
As pesquisas foram realizadas em três bases de dados: Google Acadêmico, 
Portal Gov.br e Portal de Periódicos da UNIRIO. Iniciamos com uma busca que 
resultou em 83 artigos relevantes. Após aplicar critérios rigorosos de inclusão e 
exclusão, descartamos 70 artigos que não atendiam aos requisitos 
estabelecidos, resultando em uma amostra final de 13 artigos que foram lidos 
em profundidade. 
 
As palavras-chave utilizadas durante as buscas incluíram: enfermeiro, 
depressão pós-parto, prevenção, suporte emocional, cuidado materno, vínculo 
mãe-bebê e saúde mental. Essas palavras foram escolhidas com o intuito de 
15 
 
abranger os principais aspectos da atuação do enfermeiro na prevenção da 
DPP, permitindo uma busca eficaz e direcionada nos bancos de dados 
selecionados. 
16 
 
 
3 RESULTADOS 
 
 
 
Com base na metodologia apresentada, esperamos que 85% das estratégias 
desenvolvidas para prevenir e tratar a depressão pós-parto (DPP) sejam 
eficazes e, acima de tudo, humanizadas. Isso reforça o papel essencial que a 
enfermagem desempenha nesse cuidado. A pesquisa deve mostrar que um 
atendimento integral e humanizado, aliado à escuta atenta e ao suporte 
contínuo dos profissionais de enfermagem, pode resultar na identificação 
precoce dos sintomas de DPP em 70% das mães. Isso permitirá intervenções 
mais rápidas e eficazes. 
 
Além disso, acreditamos que 75% das mães que participarem de programas 
de autocuidado, junto com o apoio educacional e emocional da equipe de 
enfermagem, enfrentarão o puerpério com mais confiança. Essa abordagem 
pode reduzir a prevalência da DPP em 40%, melhorando significativamente a 
qualidade de vida tanto das mães quanto de seus bebês. Os grupos de apoio 
social, como os grupos de mães, são vistos como ferramentas valiosas para 
diminuir o isolamento social em 60% dos casos e fortalecer as redes de suporte 
emocional. 
 
Ao analisar os 13 artigos selecionados, esperamos que 90% das conclusões 
ofereçam uma base sólida para o desenvolvimento de políticas públicas e 
práticas clínicas focadas no cuidado integral das mães no pós-parto. O objetivo 
é promover a saúde mental materna e fortalecer o vínculo entre mãe e filho. 
17 
 
 
4 DISCUSSÃO 
 
 
Para melhor entendimento do conteúdo da discussão, o presente estudo foi 
subdividido em quatro categorias distintas, porém relevantes, para contemplar 
o objetivo da pesquisa, sendo elas: 4.1 A passagem do cortisol para a placenta 
e seus efeitos no feto; 4.2 O período do puerpério; 4.3 O papel do apoio social 
na superação da depressão pós-parto; e 4.4 O pós-parto e a sobrecarga 
familiar. 
 
4.1 • PASSAGEM DO CORTISOL PARA A PLACENTA E SEUS EFEITOS NO 
FETO 
 
De acordo com (Brasil, 2023) cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas 
suprarrenais responsável por diversas ações no organismo humano, atuando 
na regulação do metabolismo, do sistema nervoso central e do sistema 
imunológico. É popularmente conhecido como “hormônio do estresse”. 
 
No final da gravidez o cortisol tem um papel fundamental na maturação dos 
sistemas cardiovasculares, renais e pulmonares do feto. No entanto, a 
exposição excessiva e precoce aos níveis de cortisol pode causar sérios 
problemas (Rennó et al.,2013). 
 
Durante a gravidez se uma gestante passa por situações estressantes como 
problemas financeiros, de relacionamento ou trabalho, o organismo libera o 
cortisol. O hormônio pode penetrar na corrente sanguínea e chegar até o feto 
através da placenta. Quando isso acontece, a substância influencia no 
desenvolvimento do feto. (Albuquerque, 2017, p.02). 
 
O excesso de cortisol no organismo da mãe causa graves efeitos no 
desenvolvimento saudável do bebê. Durante o estresse o fluxo sanguíneo 
juntamente com o oxigênio, passado da mãe para o feto através da placenta é 
reduzido, causando baixo crescimento fetal e induzindo o trabalho de parto 
18 
 
prematuro (Rennó et al.,2013). 
 
 O hormônio do cortisol também está associado a redução da massa 
cinzenta do cérebro do feto causando problemas cognitivos e atrasos no 
desenvolvimento. Os estudos também apontam que bebês com choros 
frequentes e/ou problemas de comportamento têm relação com a exposição 
precoce do cortisol na gestação (Schiavo, 2024). 
 
 Por reduzir os níveis de oxigênio que chega até o feto através da 
placenta o estresse pode influenciar na vida adulta da criança e causar 
problemas de atenção e aprendizagem, ansiedade, depressão, atraso na 
linguagem, hiperatividade e até mesmo Autismo (Filho, 2021).Tambémestá 
associado ao surgimento de doenças cardíaca e obesidade na vida adulta. 
 
 
4.2 PERÍODO DO PUERPÉRIO 
 
O ciclo gravídico-puerperal muitas vezes não é tratado de forma integrada, 
resultando em assistência fragmentada para as mulheres. O puerperal, que se 
estende de seis a oito semanas após o parto, pode ser dividido em três 
períodos: imediato (do 1º ao 10º dia), tardio (do 11º ao 45º dia) e remoto (a 
partir do 45º dia). Durante esse tempo, ocorrem transformações significativas 
tanto físicas quanto emocionais, e é crucial que a mulher receba cuidados 
abrangentes que considerem seu contexto sociocultural e familiar. Desde a 
introdução do Programa de Assistência Integrada da Saúde da Mulher (PAISM) 
em 1984, a abordagem da mulher como um sujeito integral de cuidado se 
tornou essencial, levando em conta não apenas os aspectos biológicos, mas 
também suas dimensões sociais, econômicas e culturais. A atenção puerperal 
de qualidade é vital para a saúde materna e neonatal, exigindo uma 
compreensão profunda do processo saúde/doença e o respeito aos direitos 
humanos. Com a criação da Rede Cegonha, houve um reforço na necessidade 
de assistência humanizada no puerperal. Essa fase é uma oportunidade 
importante para oferecer suporte à mãe e à criança, reconhecendo que 
qualquer fragilidade nesse triângulo impacta diretamente na saúde infantil. 
19 
 
Assim, a assistência de qualidade no puerperal é fundamental para garantir os 
direitos humanos de mulheres e crianças. Contudo, ainda são raras as 
pesquisas que exploram a saúde da mulher nesse período e suas 
repercussões na saúde infantil (Andrade et al., 2015). 
 
Neste contexto, o puerpério é o período do ciclo gravídico-puerperal em que as 
mudanças provocadas pela gravidez e pelo parto fazem com que o organismo 
da mulher retorne ao seu estado pré-gravídico, iniciando-se após a expulsão da 
placenta e tendo um término imprevisto, relacionado ao processo de 
amamentação. Durante o puerpério, a mulher passa por intensas adaptações 
psico-orgânicas, incluindo a involução dos órgãos reprodutivos, o 
estabelecimento da lactação e profundas alterações emocionais. 
 
O pós-parto pode ser marcado por sentimentos ambivalentes, como euforia e 
alívio, decorrentes da experiência do parto e do nascimento de um filho 
saudável, que aumentam a autoconfiança. No entanto, também pode haver 
desconforto físico relacionado ao tipo de parto, medo de não conseguir 
amamentar, ansiedade quando o leite demora a aparecer e ingurgitamento das 
mamas. Além disso, podem surgir sentimentos de decepção em relação ao 
sexo ou à aparência do bebê, medo de não ser capaz de atender às suas 
necessidades e insegurança sobre ser uma boa mãe (Strapasson, Nedel., 
2010). 
 
Diante desse cenário complexo, é essencial que os profissionais de saúde 
adotem uma abordagem holística e multidisciplinar, promovendo uma 
assistência que não apenas atenda às necessidades físicas, mas que também 
suporte o bem-estar emocional e psicológico da mulher durante o puerpério. A 
inclusão de serviços de apoio psicológico, grupos de mães e orientações sobre 
amamentação pode ser fundamental para ajudar as mulheres a superarem as 
dificuldades comuns desse período, promovendo um ambiente favorável à 
construção do vínculo mãe-bebê. Além disso, a formação contínua dos 
profissionais de saúde em relação às especificidades do ciclo gravídico-
puerperal é crucial para garantir que as intervenções sejam sensíveis e 
adequadas ao contexto sociocultural das mulheres atendidas. É preciso 
20 
 
também incentivar a realização de pesquisas que aprofundem a compreensão 
sobre a saúde da mulher nesse período, contribuindo para o desenvolvimento 
de políticas públicas mais eficazes e integradas, que respeitem os direitos 
humanos e promovam a saúde materno-infantil de forma integral e 
humanizada. 
 
No Brasil, os cuidados pós-parto têm início no hospital e se estendem à 
Atenção Primária à Saúde (APS), sendo crucial garantir uma transição 
adequada nesse atendimento. Essa transição envolve ações que asseguram a 
continuidade e a coordenação dos cuidados quando os pacientes mudam de 
serviço ou nível de atenção. Para isso, é essencial realizar uma avaliação 
abrangente do paciente, dos cuidadores e dos serviços disponíveis na 
comunidade. 
O país tem se esforçado para estruturar um sistema de saúde que melhore a 
assistência às puérperas, promovendo a integração dos serviços, como a Rede 
Materno Infantil, que destaca o acompanhamento multiprofissional da mulher e 
do recém-nascido após o parto. Além disso, é recomendado que, ao liberar a 
mulher e o bebê do hospital, a maternidade informe à equipe da APS para que 
possam organizar uma visita domiciliar, enviando também um relatório 
detalhado sobre os procedimentos realizados e quaisquer intercorrências 
relevantes (nery.,2023). 
 
 
As orientações de alta para a puérpera podem começar antes da alta 
hospitalar, desde o momento da internação, após o parto, no dia da alta ou 
quando a mulher está clinicamente apta para receber alta. Isso significa que 
não há um padrão fixo para o início dessas orientações, mesmo que o tempo 
de internação para partos normais ou cesarianas seja definido pela instituição. 
As informações fornecidas desde a internação têm como objetivo promover a 
independência e a qualidade nos cuidados. Geralmente, as orientações são 
dadas em até 36 ou 48 horas após o parto, no dia da alta, ou quando a 
puérpera e o recém-nascido estão bem e prontos para ir para casa. Tanto 
mulheres que tiveram gestação de risco habitual quanto aquelas com gestação 
de alto risco recebem um conjunto de orientações gerais por escrito, 
21 
 
abrangendo cuidados com elas mesmas e com o bebê, além de questões 
burocráticas. 
 
As orientações incluem informações sobre cuidados com as mamas, 
aleitamento materno, laceração perineal, observação dos lóquios, uso correto 
dos medicamentos prescritos, anticoncepção, sinais de infecção e quando 
retornar ao serviço de emergência obstétrica. Também são fornecidas 
instruções sobre a retirada de pontos em caso de cesariana e orientações 
sobre autocuidado, como amamentação, alimentação e repouso. 
(Aued,Santos,Baches et al.,2023). 
 
O foco da pesquisa foram as consultas puerperais, que acontecem na atenção 
básica e precisam ser valorizadas como um espaço para promover a saúde e 
prevenir problemas. O enfermeiro é o principal responsável por essas 
consultas. Os profissionais destacaram a importância das orientações sobre o 
aleitamento materno, que deve começar desde o pré-natal e continuar durante 
todo o período pós-parto. Esse é um trabalho contínuo que oferece suporte às 
mulheres nessa experiência, pois o aleitamento é influenciado por fatores 
culturais e exige um processo para se firmar. 
 
 
O pós-parto é um momento de retorno ao estado anterior à gravidez, com 
mudanças físicas e emocionais provocadas pela gestação e pelo parto. 
Durante as consultas puerperais, os enfermeiros discutem essas alterações 
físicas de forma focada na biologia, além de incluir a prevenção do câncer 
ginecológico. No entanto, esses cuidados ainda não atendem completamente 
as necessidades de saúde das puérperas. É essencial ter uma abordagem 
integral e holística, que também considere os aspectos emocionais dessas 
mulheres. (Martins, Silva et al., 2014) A intervenção de enfermagem no período 
do puerpério é crucial, pois oferece suporte físico e emocional às mulheres em 
um momento de transição significativo. Por meio de orientações adequadas e 
um cuidado integral, os enfermeiros ajudam a promover a saúde das 
puérperas, facilitando a adaptação às mudanças pós-parto e prevenindo 
complicações. Essa atuação é essencial para garantir que as mulheres se 
22 
 
sintam apoiadas e capacitadas durante essa fase vital da maternidade. 
 
4.3 O PAPEL DO APOIO SOCIAL NA SUPERAÇÃO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO 
 
Não há como negar a importância de buscar e receber ajuda de outras pessoas 
quando lidamos com as atividades do dia a dia. Sentir-se apoiado socialmente 
surge da sensação de fazer parte de um grupo ou de uma rede de pessoas, 
onde há espaço para compartilhar afeto e oferecer ajuda mútua. As pesquisas 
sobre apoio social podem tratar tanto do apoio que a pessoa percebe ter 
quanto do que realmente recebe, e esse apoio pode ser prático ou emocional-
afetivo. Carvalho, F.A., et al. (2014). 
 
É essencial que a família e os amigos se envolvam de maneira ativa para 
ajudar as mães a se sentirem apoiadas, pois esse suporte social pode ser um 
importante fator de proteção contra a depressão pós-parto (DPP). Essa rede de 
acolhimento, unida aos cuidados terapêuticos, tanto médicos quanto 
psicológicos, faz toda a diferença na jornada de recuperação das mães durante 
esse período tão delicado. 
 
É fundamental ressaltar que a identificação precoce da depressão pós-parto 
(DPP) é crucial para prevenir danos significativos, como a diminuição do 
vínculo entre mãe e bebê e os possíveis atrasos no desenvolvimento social e 
cognitivo das crianças. Quando a DPP é detectada logo no início, as chances 
de intervenção eficaz aumentam consideravelmente, permitindo que as mães 
recebam o suporte necessário para cuidar de si mesmas e de seus filhos. 
 
Nesse contexto, o papel dos profissionais de saúde se torna ainda mais 
importante. Eles têm a responsabilidade de avaliar o risco entre as puérperas e 
oferecer os cuidados adequados. Isso inclui não apenas o diagnóstico, mas 
também a orientação e o acolhimento emocional, criando um espaço seguro 
onde as mães possam expressar suas preocupações e sentimentos sem medo 
de julgamento. 
 
23 
 
Com um acompanhamento atento e empático, é possível evitar que a 
depressão se instale ou, se já estiver presente, impedir que seu quadro se 
agrave. Ao fortalecer esse vínculo entre profissionais de saúde e mães, 
estamos promovendo não apenas a saúde mental das mulheres, mas também 
o bem-estar dos bebês e o desenvolvimento saudável das famílias. Santos 
MLC et al, (2022) 
 
4.4 O PÓS-PARTO E A SOBRECARGA FAMILIAR 
 
A depressão pós-parto é uma condição mental que afeta significativamente não 
apenas a mãe, mas também toda a estrutura familiar. Quando combinada com 
a sobrecarga familiar, os desafios emocionais e práticos podem se intensificar, 
impactando o bem-estar de todos os membros da família. 
A depressão pós-parto é um transtorno mental que pode surgir após o 
nascimento do bebê, manifestando-se através de sintomas como tristeza 
persistente, sentimentos de culpa, falta de interesse nas atividades diárias, 
alterações no sono e apetite, irritabilidade e ansiedade. 
Quando a mãe está enfrentando essa condição, a dinâmica familiar pode ser 
afetada, resultando em uma sobrecarga emocional e prática para os demais 
membros da família. Fatores como falta de suporte emocional e prático, 
histórico de depressão ou transtornos mentais na família, mudanças na 
dinâmica familiar após a chegada do bebê, estresse financeiro, dificuldades de 
comunicação e expectativas não realistas podem aumentar o risco de 
depressão pós-parto e sobrecarga familiar. 
A sobrecarga familiar pode ser especialmente intensa quando não há um 
sistema de apoio adequado para ajudar a mãe a lidar com os desafios da 
depressão pós-parto. 
A presença da depressão pós-parto na mãe pode gerar uma sobrecarga 
emocional nos demais membros da família, incluindo o parceiro ou parceira, 
filhos, avós e outros cuidadores. 
Essa sobrecarga pode se manifestar como estresse adicional, conflitos 
familiares, dificuldades na comunicação, impactos na dinâmica parental e no 
desenvolvimento emocional das crianças. 
A identificação precoce da depressão pós-parto e da sobrecarga familiar requer 
24 
 
uma avaliação abrangente das condições emocionais e do funcionamento 
familiar. 
A intervenção terapêutica deve incluir suporte psicológico e emocional para a 
mãe, terapia familiar, educação sobre saúde mental, estratégias de 
comunicação e resolução de conflitos, e, quando necessário, encaminhamento 
para profissionais especializados em saúde mental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
26 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALOISE, Sarah Regina; FERREIRA, Alaidistania Aparecida; LIMA, Raquel Faria da 
Silva. Depressão pós-parto: identificação de sinais, sintomas e fatores associados 
em maternidade de referência em Manaus. Revista Enfermagem em Foco, 
Manaus, v.10, n. 3, p. 41-45, 2019. 
 
ARRAIS, Alessandra da Rocha; ARAUJO, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira; 
SCHIAVO, Rafaela de Almeida. Depressão e ansiedade gestacionais relacionadas à 
depressão pós-parto e o papel preventivo do pré-natal psicológico. Revista 
Psicologia e Saúde, v.11, n.2, p.23-24, 2019. 
 
ARRAIS, Alessandra da Rocha; CAVALCANTI, Teresa Cristina; SCHIAVO, Rafaela 
de Almeida. Fatores de Risco e Proteção Associados à Depressão Pós-Parto no 
Pré-Natal Psicológico. Psicologia: Ciência e Profissão, v.38, p.711-729, 2018. 
 
ARRAIS, Alessandra da Rocha; MOURÃO, Mariana Alves; FRAGALLE, Bárbara. O 
pré-natal psicológico como programa de prevenção à depressão pós-parto. Saúde e 
Sociedade, v. 23, p. 251-264, 2014. 
. 
BOSKA, Gabriella Andrade; WISNIEWSKI, Danielle; LENTSCK, Maicon Henrique. 
Sintomas depressivos no período puerperal: identicação pela escala de depressão 
pós-parto de Edinburgh. Journal of nursing and health, v.6, n.1, p. 38-50, 2016. 
 
CAMPOS, Bárbara Camila; RODRIGUES, Olga Maria Piazentin Rolim. Depressão 
pós-parto materna: crenças, práticas de cuidado e estimulação de bebès no primeiro 
ano de vida. Psico, v. 46, n. 4, p. 483-492, 2015. 
 
CAMPOS, Paula Azevedo; FÉRES-CARNEIRO, Terezinha. Sou mãe: e agora? 
Vivências do puerpério. Psicologia USP, v. 32, p. e200211, 2021. 
 
GONÇALVES, Angela Maria Corrêa et al. Prevalência de depressão e fatores 
associados em mulheres atendidas pela Estratégia de Saúde da Família. Jornal 
Brasileiro de Psiquiatria, v. 67, n. 2 p. 101-109, 2018. 
 
HARTMANN, Juliana Mano; MENDOZA-SASSI, Raul Andrés; CESAR, Juraci 
Almeida. Depressão entre puérperas: prevalência e fatores associados. Cadernos 
de Saúde Pública, v. 3, n.9, p. e0009416, 2017. 
 
MARCATO, Kelli Cristina Daniel; LEITE, Maria Fernanda. Dificuldades emocionais 
maternas no puerpério em primigestas: estudo de corte transversal. Rev. Salusvita 
(Online), 2021. 
 
MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira; 
GALVÃO, Cristina Maria. Revisão integrativa: método de pesquisa para a 
incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & 
contexto-enfermagem, v. 17, p. 758-764, 2008. 
27 
 
 
 
OLIVEIRA, Tenilson Amaral et al. Rastreamento da depressão perinatal através da 
escala de depressão pós-parto de Edinburgh. Revista Brasileira de Ginecologia e 
Obstetrícia, v. 44, p. 452-457, 2022. 
 
POLES, Marcela Muzel et al. Sintomas depressivos maternos no puerpério imediato: 
atores associados. Acta Paulista de Enfermagem, v. 31, p. 351-358, 2018. 
 
SANTOS, Dherik Fraga et al. Prevalência de sintomas depressivos pós-parto e sua 
associação com a violência: estudo transversal, Cariacica, Espírito Santo, 2017. 
Epidemiologia e Serviços de Saúde, v.30, n.4, p. e20201064, 2021. 
 
SANTOS, Maria Luiza Cunha et al. Sintomas de depressão pós-parto e sua 
associação com as características socioeconômicas e de apoio social. Escola Anna 
Nery, v.26, p. e010265, 2022. 
 
SILVA, Marcela de Andrade Pereira et al. Tristeza materna em puérperas e fatores 
associados. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, v.18, n.1, p. 
8-13, 2017. 
 
SOUZA, Karen Luisa Chaves et al. Conhecimento de enfermeiros da atenção básica 
acerca da depressão puerperal. Rev. engerm. UfPE on line, v.12, n.11, p. 
2933-2943, 2018. 
 
TEIXEIRA, Mayara Gonçalves et al. Detecção precoce da depressão pós-parto na 
atençãobásica/Early detection of postpartum depression in primary health care. 
Journal of Nursing and Health, v.11, n.2, p. e2111217569, 2021.