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DEFINIÇÃO SUS – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
· O SUS é o Sistema Único de Saúde vigente no Brasil, criado pela constituição Federal de 1988. A partir dele a população passou a ter acesso universal e gratuito à saúde no país. - "Saúde é direito de todos e dever do Estado". Envolve todas as atividades da atenção à saúde. Antes disso, apenas quem tinha vínculo com a previdência ou tinha dinheiro tinha atendimento médico; quem não: procurava serviços filantrópicos (de caridade) como as "santas casas" ou ficava à mercê. A função do Estado era meramente sanitarista, ou seja, ações de caráter coletivo como vacinações, controle de epidemias e saneamento. O SUS foi criado então para ser um sistema universal (todos tem acesso), descentralizado (várias esferas do governo responsável) e com a participação social.
“A saúde é um direito de todos e um dever do Estado assegurado mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. (Constituição Federal – 88 Art. 196).”
HISTÓRIA - ANTES DO SUS - CRONOLOGIA
Antes do SUS, a centralização dos recursos e do poder da saúde era na esfera federal. As ações eram voltadas para a atenção curativa e medicamentosa. Apenas os contribuintes da previdência tinham direito, e não havia a participação da sociedade nas decisões. A atuação do Ministério da Saúde se limitava às atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças (como vacinação, controle de epidemias e saneamento).
· Na República Velha (1889-1923)., portanto, a função do estado era focar nas doenças infectoparasitárias através de campanhas sanitárias (principalmente em febre amarela, peste bulbônica e varíola) - comandadas pelo médico Oswaldo Cruz. Inclusive houve período a famosa “Revolta da Vacina” (1904). em que a população se revoltou contra a obrigatoriedade da mesma.
Cronologicamente e pontualmente, as principais evoluções no sistema de saúde brasileiro se deram:
· 1923: CAPS (Caixas de Aposentadorias e Pensões) - Lei Eloy Chaves - eram uma espécie de previdência que beneficiava apenas algumas categorias profissionais, os quais, dessa forma (através da contribuição), tinham acesso à saúde. Eram individuais de cada empresa.
· O financiamento era bipartide: trabalhador + empregador
· 1930: IAPS (Institutos de Aposentadorias e Pensões). Com a revolução de 1930 com a era Vargas, o novo Ministério do Trabalho buscou que várias outras categorias profissionais (comerciários, bancários, industriários) também tivessem acesso à saúde. Não só isso, unificou os CAPS de acordo com a classe trabalhadora (antes cada empresa tinha seu CAPS) - assim tinha o IAPS para os ferroviários, IAPS para comerciários etc. O problema é que cada categoria profissional tinha um local para ser atendido, o que gerou disparidades na qualidade dos atendimentos.
· O financiamento era tripartide: governo + trabalhador + empregador
· 1960: INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) - Militares unificaram os IAPS em 1966, fundando o INPS, que de certa forma nivelou o sistema.
· 1970: Vários hospitais foram financiados com o dinheiro público. Na visão dos militares, essa era uma das melhores formas de melhorar a saúde.
· O problema associado é que o dinheiro do INPS acabou sendo usado para obras faraônicas de hospitais, estradas, hidroelétricas - saindo, portanto, do âmbito da saúde. Não só isso, o INPS permitia que seus usuários acessassem serviços particulares, que fingiam que faziam exames só para ganhar mais dinheiro.
· 1973: Falência da previdência.
· 1977: Desdobramento do INPS em INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) - procurou limitar os gastos com a saúde, mas não deu certo. O INAMPS dispunha de vários hospitais próprios, mas a maioria dos atendimentos era terceirizado na rede privada.
· 1980: Revoltas e discussões em torno do problema de saúde no Brasil - CONASP (Conselho Consultivo da Administração da Saúde Previdenciária) e as AIS (Ações Integradas de Saúde) visavam plano de reorientação da Assistência médica no país.
· Nesse momento o povo clamava pela Reforma Sanitária - um movimento civil, com apoio político e sindical, que visava uma medicina de prevenção com universalidade, integralidade, descentralização e participação social
· 1986: VIII Conferência Nacional de Saúde, onde se discutiu as bases do que seria o SUS - "Saúde direito de todos, dever do Estado." - Universalizar o direito à saúde, unificar, integralizar as ações de cunho preventivo e curativo, descentralização da gestão e participação social
· 1988: "Constituição cidadã", com ampliação do conceito de saúde - criação do SUS.
OBJETIVOS DO SUS
Os principais objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS) incluem:
· Identificar e divulgar fatores condicionantes e determinantes de saúde.
· Melhorar a qualidade de atenção à saúde no Brasil através da formulação de políticas de saúde.
· Realizar ações integradas de assistência e prevenção no que tange a promoção, proteção e recuperação da saúde.
· Execução de ações de Vigilância Sanitária (Ambientes) e Vigilância Epidemiológica (Medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos).
· Promover ações visando a saúde do trabalhador.
· Assistência terapêutica integral à população, incluindo farmacêutica.
· Promover ações políticas e execucionais de saneamento básico.
· Ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde.
· Vigilância nutricional e orientação alimentar.
· Colaboração à proteção ao meio ambiente.
· Formulação de políticas para produção de insumos de interesse para a saúde.
· Controle/Fiscalização de serviços e produtos de interesse para saúde.
· Fiscalização e inspeção de alimentos, águas e bebidas para consumo humano.
· Promover desenvolvimento científico e tecnológico na saúde.
· Controle da prestação de serviços/bens de consumo que se relacionam com a saúde.
ARCABOUÇO JURÍDICO DO SUS
Para o correto funcionamento, normatização, instrumentalização, operacionalização e implantação do SUS, foram necessárias leis/normas:
· LEI 8080 (Lei Orgânica da Saúde): Discorre sobre objetivos e atribuições do SUS; dispõe sobre meios para a promoção, proteção e recuperação da saúde; sua organização e funcionamento:
· Cabe à direção Nacional: definir políticas e normas para a saúde, e executar ações de saúde em portos, aeroportos ou situações especiais.
· Cabe à direção Estadual: coordenar e controlar políticas e normas para a saúde.
· Cabe à direção Municipal: Executar políticas e normas de saúde. Evidendemente um pode ajudar o outro.
· LEI 8142: Criação de conselhos e conferências (participação social) e a transferência regular e automática de recursos para os municípios com base nos dados populacionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
· Necessário para que haja a transferência regular e automática dos recursos: Conselho de Saúde, Plano de Saúde, Fundo de Saúde, Relatórios de Gestão, Contrapartida de recursos, Comissão de elaboração de PCCS (Plano de Cargos e Salários)
· NOB 91 (Norma operacional básica): Foi uma "pausa" para a adaptação de tantas novidades. Foi uma norma sem sentido: visava a centralização e repasse para os municípios de acordo com a produtividade.
· NOB 93 (Norma operacional básica): Avanço nas estratégias de Municipalização - Criações de Comissões Intergestores Bipartides (Estados e Municípios - COSEMS) e Comissões Intergestores Tripartides (Ministério da Saúde, Estados (CONASS) e municípios (CONASEMS) - que são espaços intergovernamentais, políticos e técnicos em que ocorrem o planejamento, a negociação e a implementação das políticas de saúde pública. Decisões são tomadas por consenso, o que estimula o debate entre as partes.
· Volta a transferência regular e automática per capita dos repasses
· NOB 96 (Norma operacional básica): Avanço no processo de descentralização:
· "Gestão plena": foi implementado para o município optar entre Gestão Plena de Atenção Básica (o município tem que dar toda a estruturada atenção básica à saúde) ou Gestão Plena do Sistema Municipal (aonde o município pode dar além da atenção básica, média e alta complexidade). Evidentemente, quanto mais o município oferecer de saúde à população, mais recursos receberá.
· "PAB" (Piso de Atenção Básica): é o dinheiro repassado aos municípios: podendo ser fixo (entre R$20-30 per capita) ou variável que aumenta o repasse de acordo com os serviços "extras" prestados pelo município como: atendimento penitenciário, aos indígenas, saúde bucal, família - PSF - Programa Saúde da Família.
· Atualmente não existe mais: Foi substituído pelo Programa de Financiamento da Atenção Primária do Programa Previne Brasil - vide tópico “Financiamento da Atenção Básica”
· NOAS 2001/2002 (Normas Operacionais de Assistência à Saúde): Avanços nas estratégias de regionalização e integralidade:
· "Plano Diretor de Regionalização": acesso à saúde o mais próximo da residência: município referência recebe mais dinheiro para tratar pacientes provenientes de outras cidades vizinhas que não tem a devida estrutura necessária para média e alta complexidade.
· "PAB (Piso de Atenção Básica) ampliado": Além de resolver as metas básicas (Controle da tuberculose, hanseníase, hipertensão, diabetes, saúde bucal, saúde da criança e da mulher), se o município resolver mais problemas e não precisar da cidade referência, recebe um PAB maior
· PACTO DE SAÚDE 2006: Conjunto de instrumentos que visam preservar os princípios norteadores e organizacionais do SUS, o pacto contempla 3 dimensões relacionadas:
· "Pacto pela Vida": foco na saúde do idoso, no Programa Saúde da Família, no combate a doenças emergentes e endêmicas (hanseníase, malária, influenza e tuberculose), no combate ao Câncer de mama e do Colo Uterino e no combate à mortalidade infantil e Materna.
· "Pacto em Defesa do SUS": reforçar o SUS como política de Estado, se concretizando através da repolitização da saúde, tendo o financiamento público como um de seus pilares
· "Pacto de Gestão do SUS": Definição clara da responsabilidade de cada esfera do governo.
· PACTO PELA VIDA 2008-2011: Pacto que objetiva priorizar alguns temas da sáude: saúde mental, saúde do homem, saúde do trabalhador, pessoas com deficiência, risco de violência.
· DECRETO 7508/2011: otimização no SUS
· Organização: criação de “Região de Saúde” - espaço geográfico feito por agrupamento de municípios visando se complementar com os serviços de saúde disponíveis - cada região de saúde deve ter: atenção primária, secundária e hospitalar, urgência e emergência, atenção psicossocial e vigilância em saúde.
· Planejamento da Saúde: mapa da saúde - entender o ambiente
· Assistência à Saúde: RENASES (ações e serviços para garantir a integralidade), RENAME (garante o acesso a medicamentos)
PRINCÍPIOS DO SUS
São as bases em que são fundamentadas o Sistema Único de Saúde, sustentadas pela lei 8080. Didaticamente são divididos em Doutrinários e Organizacionais:
ÉTICOS/DOUTRINÁRIOS
· "UNIVERSALIDADE": Qualquer cidadão tem direito à saúde.
· "EQÜIDADE": Todos são iguais, porém deve-se priorizar quem mais precisa.
· "INTEGRALIDADE": Deve-se tratar o usuário como um ser completo biopsicossocial - (biológico + psicológico +social); além disso, o acesso à saúde deve ser desde a prevenção até a reabilitação.
ORGANIZACIONAIS/OPERATIVOS
· "RESOLUTIVIDADE": O problema de saúde do usuário, independente de qual seja, deverá ser sempre resolvido.
· "PARTICIPAÇÃO SOCIAL": Os usuários deverão participar na execução/controle do SUS através dos Conselhos e Conferências (Lei 8142)..
· "COMPLEMENTARIDADE": Quando a estrutura da saúde pública for insuficiente para resolver o problema do cidadão, deverá o poder público contratar o setor privado para resolver. De preferência por instituições não lucrativas e filantrópicas.
· Não confundir com o conceito de “suplementariedade” que é o seguinte: um paciente segurado com plano de saúde que seja atendido no SUS, o plano de saúde deverá pagar os custos ao SUS.
· "DESCENTRALIZAÇÃO": O poder na execução/controle da saúde deverá ficar na mão de várias esferas do governo e não só de uma. Ou seja, deverá ficar tanto a cargo Federal, Estadual e Municipal.
· "REGIONALIZAÇÃO": O usuário deverá ser atendido o mais próximo de sua residência quando o serviço de saúde necessário não existir em sua cidade. Para isso deverão ser articuladas políticas entre cidades e estados. Vide NOB 93 - Norma operacional Básica (arcabouço jurídico)
· "HIERARQUIZAÇÃO": A porta de entrada no SUS deverá ser em nível de baixa complexidade como UBS (Unidade Básica de Saúde)/UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para aí sim encaminhar para níveis de alta complexidade como hospitais se assim for necessário. Isso para otimizar os custos e o fluxo ao sistema de saúde. Lembrando que após o tratamento em níveis mais complexos, o usuário deverá retornar ao serviço básico de origem. De forma clara, "Referência" significa o ato de encaminhar o paciente para níveis mais complexos. Contrareferrência significa o ato de encaminhamento do paciente à origem após a resolução da causa responsável pela referência.
FINANCIAMENTO DO SUS
O SUS é um orgão subordinado ao Ministério da Saúde. A origem de seus recursos se dá pelas três esferas do governo - Federal, Estadual e Municipal- em consonância com a Constituição Federal de 1988 que prevê as fontes de receita para custeio das ações em saúde. No entanto, evidentemente, em última análise quem financia é o próprio cidadão através dos impostos pagos. Os principais que são direcionados para a saúde são o COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), o CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e o IOF (Imposto sobre operações financeiras). Através da Emenda Constitucional 29/2000, cada esfera do governo deverá investir obrigatoriamente uma quantia mínima em saúde:
· MUNICIPAL: Investimento de 15% de suas receitas
· ESTADUAL: Investimento de 12% de suas receitas
· FEDERAL: Investimento do ano anterior em saúde acrescido da inflamação (IPCA)
· Até então, era a o investimento da variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior. Porém, no governo Temer em 2016 teve a PEC do teto de gastos - então foi feita uma emenda constitucional (EC 95). que congelou o valor - agora só varia pela inflação
O bloco de manutenção é justamente para manter a oferta de saúde. Já o bloco de estruturação é para manter a estrutura física da saúde.
FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA (APS)
Como visto no tópico "arcabouço jurídico do sus", a Norma Operacional Básica de 1996 (NOB 96). consolidou o aspecto de municipalização do SUS e criou o PAB (Piso da atenção Básica), que constitui em recursos financeiros repassados pelo governo federal aos municípios - com objetivo de viabilizar ações na atenção primária à saúde, ampliado pelo NOAS 2001/2002. Sendo de dois tipos:
· Pab fixo: multiplicação do número de pessoas de um município pelo valor percapita de R$20-30
· Pab variável: aumenta o repasse de acordo com os serviços "extras" prestados pelo município como: atendimento penitenciário, aos indígenas, atenção integral à Saúde do Adolescente em conflito com a lei, saúde bucal, família - PSF - Programa Saúde da Família.
No entanto, a partir de janeiro de 2020, pautado na portaria nº2.979 (novembro de 2019)., foi instituído o ”Programa Previne Brasil", que é um novo modelo de financiamento federal de custos da Atenção Primária à Saúde (APS), constituído por 3 componentes:
· I) Capitação Ponderada: calcula-se o valor a partir do número de pessoas cadastradas pela equipes de Saúde Básica, e de Saúde da Família - ajustando em fatores como idade, população rural-urbana, vulnerabilidade socioeconômica
· II) Pagamento por desempenho: calculo relacionado a resultado de indicadores relacionados a atenção Básica, com o objetivo de melhorar esses indicadores - doenças crônicas, dsts, tuberculose, gestante, saúde da mulher, saúde da criança, saúde bucal, saúde mental, indicadores globais
· III) Incentivo para ações estratégicas: custeio de programas e estratégias,o que inclui:
· Equipe de Saúde Bucal (eSB)
· Unidade Odontológica Móvel (UOM)
· Centro de Especialidades Odontológicas (CEO)
· Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD)
· Programa Saúde na Hora
· Equipe de Consultório na Rua (eCR)
· Unidade Básica de Saúde Fluvial (ubsf)
· Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR)
· Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP)
· Programa Saúde na Escola (PSE)
· Programa Academia da Saúde
· Programa de apoio à informatização da APS
· Incentivo aos municípios com residência médica e multiprofissional
· Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (ACS)
· Microscopista
· Ação de Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes em Situação de Privação de Liberdade
· IV) Incentivo por critério Populacional: devido ao aumento da demanda
CONSELHOS E CONFERÊNCIAS
Criados pela lei 8142, são um dos pilares do SUS, pois promovem a participação social na "gestão" dos serviços de saúde. Os conselhos e conferências são "reuniões" que ocorrem para avaliar e fiscalizar o rumo/execução da saúde no país. Pontualmente:
· CONSELHOS: Reuniões de nível Municipal (ocorrem também em nível estadual/federal, porém com menor relevância relativa) que ocorrem a cada mês, tem como principal objetivo avaliar a execução e os gastos com a saúde.
· CONFERÊNCIAS: Reuniões em nível Estadual/Federal (ocorrem também em nível municipal, porém com menor importância relativa) que ocorrem a cada 4 anos e criam as diretrizes a serem seguidas - característica consultiva.
obs: os cargos dos conselhos são permanentes (não mudam com as eleições) e o poder é deliberativo (ou seja, não precisa passar pelo legislativo - vereadores/deputados/senadores- para ser aprovado). A composição dessas reuniões deverá ser assim representada:
· 50% representantes da sociedade (Usuários do SUS)
· 25% profissionais de saúde
· 12,5% representantes do governo (Gestores)
· 12,5% prestadores de serviço
ATENÇÃO BÁSICA (PRIMÁRIA) NO SUS
A Atenção Básica (Primária) é um dos pilares do novo modelo de saúde implantado pelo SUS. É nela que até 85% dos problemas de saúde podem ser resolvidos. É caracterizada por ações que visam coletivamente e individualmente a promoção, proteção, prevenção, diagnóstico, reabilitação e manutenção da saúde. Conceitualmente é de elevada "complexidade" (ou seja, a equipe envolvida na atenção deve ter bastante conhecimento do processo saúde-doença) e de baixa "tecnologia" (poucos equipamentos e estrutura limitada). Fundamentada na Política Nacional de Atenção Básica 2006, visa garantir o acesso universal e contínuo à saúde com qualidade e resolubilidade; é a porta de entrada no Sistema de saúde e busca desenvolver vínculo com os cidadãos garantindo a longitudinalidade. Tem nas UBS (Unidade Básica de Saúde) e principalmente no PSF (Programa Saúde da Família) a sua forma de organização atual.
Seus princípios podem ser divididos em Primários e Secundários:
PRIMÁRIOS (Princípios Principais ou Atributos Essenciais)
· "PRIMEIRO CONTATO": A Atenção Básica é a porta de entrada para os serviços de saúde. É o acesso para a prevenção e resolução dos problemas de saúde.
· "LONGITUDINALIDADE": Deverá haver seguimento dos usuários de saúde ao longo do tempo, visando um um processo de atenção à saúde contínua.
· "INTEGRALIDADE": O indivíduo deve ter acesso a todos os níveis de acesso à saúde - Primário (Atenção Básica), Secundário (Especialistas) e Terciário (Ambulatórios e Hospitais de alta complexidade) - para a resolução do problema. Além disso, ele deve ser visto como um ser biológico, psicológico e social.
· "COORDENAÇÃO": É função da atenção básica organizar, coordenar e integrar o acesso do indivíduo aos diversos serviços de saúde.
SECUNDÁRIOS (Atributos Derivados)
· "ENFOQUE FAMILIAR": A equipe de saúde deverá conhecer a dinâmica familiar do indivíduo com o objetivo de garantir a assistência integral, entendendo a família como sujeito da ação.
· "ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA": Identificar a particularidade da comunidade, aspirando as necessidades locais para evidenciar os problemas de saúde pontuais.
· "COMPETÊNCIA CULTURAL": A equipe de saúde deverá ter flexibilidade, reconhecendo a realidade social, cultural e econômica da população assistida.
AS 8 CARACTERÍSTICAS DA ATENÇÃO BÁSICA (PRIMÁRIA) NO SUS
Portaria nº2.436 de 21 de setembro de 2017
· 1). Princípios principais (tópico acima)
· 2). Resolutividade / Regionalização e Hierarquização
· 3). Integral – 40 h semanais (todos os profissionais - médico também)
· 4). Multidisciplinar (equipe) mínimo → 1 médico + 1 enfermeiro + 1 auxiliar de enfermagem + 4-6 agentes comunitário de saúde
· 2021 lei: adição de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional
· 5). Acolhimento / autonomia (participação da comunidade)
· 6). Reorientação (substitutivo) → centrado na pessoa
· 7). ELEVADA complexidade / BAIXA densidade
· 8). Adscrição de clientela / territorialização (entre 2.000 e 3.500 pessoas)
Dica mnemônica para não esquecer PRIMAREA
PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
O Programa Saúde da Família é a principal estratégia do SUS na implementação da Atenção Básica no país. Apresentado em 1994, visa reverter o modelo anterior técnico-hospitalar. Baseado na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, passou de um "programa" para uma "estratégia" nacional reiterando os princípios do SUS (integralidade e hierarquização, racionalizando a complexidade). Pautada em equipes multiprofissionais em Unidades Básicas de Saúde (UBS), tem na territorialização e na adscrição de clientela a sua efetivação:
· TERRITORIALIZAÇÃO: É o mapeamento da área que a equipe atuará, compreendendo dessa forma um segmento populacional adequado. Vincula entre 3 a 4 mil indivíduos.
· ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA: É o cadastramento domiciliar da população da área da territorialização, definindo precisamente o território de atuação.
Uma equipe do PSF (Programa Saúde da Família) compreende pelo menos: 1 médico + 1 enfermeiro + 1 técnico de enfermagem + 6 Agentes comunitários de saúde (ACS). Cada ACS é responsável por 750 pessoas; e em cada equipe poderá ter no máximo 12 agentes. O trabalho dos profissionais é integral (40 horas semanais), com excessão do programa saúde na hora (explicado a seguir)
Outros profissionais podem fazer parte de uma equipe do PSF, como dentistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais. Caso não façam parte, eles poderão estar nos NASF (núcleo de apoio à saúde da família):
· NASF (NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA): Os NAFS são locais - geralmente nos centros do bairros - que dão suporte às equipes do Programa da Família (PSF); ampliando a abrangência de atendimento primário através de alguns "especialistas", aumentando dessa forma a resolutividade na atenção primária. Não são porta de entrada, ou seja, só tem acesso os indivíduos encaminhados pelas equipes do PSF.
· Poderão compor os NASF: Médico acupunturista; assistente social; profissional/professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internista (clínica médica), médico do trabalho, médico veterinário, dentista, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista
Basicamente são 3 tipos de NASF:
· NASF 1: Composto de no mínimo 5 profissionais de saúde com especialidades distintas; apoia de 5-9 equipes de saúde da família. A soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo, 200 (duzentas) horas semanais;
· NASF 2 Composto de no mínimo 3 profissionais de saúde com especialidades distintas; apoia de 3-4 equipes de saúde da família. A soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo, 120 (cento e vinte) horas semanais;
· NASF 3 Composto de no mínimo 2 profissionais de saúde com especialidades distintas; apoia de 1-2 equipes de saúde da família. A soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo, 80 (oitenta) horas semanais;Atenção: com o "Programa Previne Brasil" fica proibido atualmente de abrir novos NASF.
Ainda, importante relembrar o conceito de Clínica Ampliada que se refere ao apoio de outros profissionais (apoio matricial) podendo ter a participação do paciente - na resolução de casos complexos. Para resolver esse problema é proposto um Projeto Terapêutico Singular que é composto de: diagnóstico, definição de metas, divisão de responsabilidade, reavaliação.
Visando a consolidação do Programa de Saúde da Família, o Ministério da Saúde lançou o chamado "PROESF":
· PROESF (PROJETO DE EXPANSÃO E CONSOLIDAÇÃO DE SAÚDE DA FAMÍLIA): Projeto do Ministério da Saúde que visa a consolidação do Programa Saúde da Família através da ampliação do acesso e melhoria na qualidade da atenção básica. Além disso, incentiva a implementação da Estratégia da Saúde da Família em cidades com mais de 100 mil habitantes; pois embora essa estratégia esteja disponível em todo o país, tem menor alcance em cidades maiores.
Não só isso, tem ainda o programa “Saúde na Hora” - que é pra ampliar o horário de atendimento da UBS e flexibilizando o atendimento populacional; são 4 modos básicos:
· 60 horas semanais: 12 horas diárias em dias de semana ou 11 horas diárias em dias de semana e 5 horas no final de semana
· No mínimo 3 equipes de Saúde da Família
· 60 horas semanais com saúde bucal: 12 horas diárias em dias de semana ou 11 horas diárias em dias de semana e 5 horas no final de semana
· No mínimo 3 equipes de Saúde da Família e no mínimo 2 equipes de Saúde Bucal
· 75 horas semanais com saúde bucal: 15 horas diárias em dias de semana ou 14 horas diárias em dias de semana e 5 horas no final de semana
· No mínimo 6 equipes de Saúde da Família e no mínimo 3 equipes de Saúde Bucal
· 60 horas semanais simplicado: 12 horas diárias em dias de semana ou 11 horas diárias em dias de semana e 5 horas no final de semana
· No mínimo 2 equipes de equipe de Saúde de Família ou Equipe de Saúde Básica (nesse último o agente de saúde não é obrigatório)
A grande questão é que nesse programa a carga horária para médico, enfermeiro ou dentista pode ser de 20-40 horas semanais
Importante citar os princípios da Medicina da Família e Comunidade
· O médico da família e comunidade é um clínico qualificado
· A atuação do médico da família e comunidade é influenciada pela comunidade
· O médico da família e comunidade é um recurso de uma população definida
· A relação médico-pessoa é fundamental para o desempenho do médico da família
GENODOGRAMA
Instrumento da Atenção Básica da Saúde, com objetivo de levantar informações sobre os seus membros e suas relações, através de gerações, para entender o adoecimento de uma pessoa. Pontos fundamentais:
· O foco é no caso-índice (pessoa doente)
· Focado no contexto familiar
· Deve conter no mínimo 3 gerações
· Os pontos imprescindíveis são: análise da idade, comorbidades e relações através de símbolos
Os símbolos mais utilizados são os seguintes
Para fins de complementação, o chamado “Ecomapa” é um organograma focado na família dentro do meio em que se vive. Nesse sentido, um instrumento da atenção básica de saúde que visa a avaliação destinada a refletir a satisfação de cada membro da família, sendo bastante utilizado na atenção básica é o “Apgar Familiar” - que é feito a partir de um questionário - sendo as famílias classificadas em funcionais e moderadamente/gravemente disfuncionais. Já o P.R.A.C.T.I.C.E é um instrumento focado na avaliação do funcionamento das famílias, e o FIRO avalia apenas as relações interpessoais.
PROGRAMAS DO SUS
Visando consolidar e otimizar o acesso à saúde, o Ministério da Saúde apresenta periodicamente programas para edificar o Sistema de Saúde no país. Os principais:
· VIGITEL: vigilância de fatores de risco e de proteção para doenças crônicas por meio do telefone - entrevistando pessoas com no mínimo 18 anos de idade
· CONECTESUS: informatizar o histórico do paciente para facilitar a abordagem
· AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR: São farmácias privadas que distribuem alguns medicamentos com preços subsidiados ou gratuitos.
· CAPS (CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL): Visa o tratamento de doenças psiquiátricas. CAPS AD (álcool e drogas) suporta indivíduos com vícios.
· FARMÁCIA POPULAR: Farmácias públicas que distribuem alguns medicamentos com preços subsidiados ou gratuitos.
· MELHOR EM CASA: Amplia o atendimento domiciliar para os indivíduos com necessidade.
· HIPERDIA: Sistema de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos.
· HUMANIZA SUS: Política que visa estratégias para um atendimento de melhor qualidade, integrando gestores-trabalhadores-usuários.
· PMAQ (PROGRAMA NACIONAL DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA) : Objetiva otimizar o padrão de atendimento nas unidades básicas.
· PROESF (PROJETO DE EXPANSÃO E CONSOLIDAÇÃO DE SAÚDE DA FAMÍLIA): Projeto que visa o fortalecimento da estratégia de saúde da família.
· PSF (PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA): "Menina dos olhos do SUS". Reorientação da atenção básica através da promoção, prevenção, recuperação e reabitação da saúde
· REDE CEGONHA: Busca a melhoria na atenção à gestante: integração do pré-natal até o momento do parto e o seguimento até a criança completar 2 anos.
· SAMU: Serviço de atendimento móvel de urgência. Presta o primeiro atendimento de urgência e emergência. O telefone é 192.
· UPA 24Hrs (Unidades de Pronto Atendimento): São estruturas de média complexidade (pré-hospitalar)que atendem diversas emergências e urgências.
· SAÚDE NA HORA: ampliar o horário de atendimento nas UBS para que o paciente tenha maior flexibilidade nos horários de atendimento
ATUAIS PRIORIDADES DO SUS
Em resumo, as atuais prioridades do SUS incluem:
I - atenção à saúde do idoso;
II - controle do câncer de colo de útero e de mama;
III - redução da mortalidade infantil e materna;
IV- fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite, aids;
V - promoção da saúde;
VI - fortalecimento da atenção básica;
VII - saúde do trabalhador;
VIII - saúde mental;
IX - fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência;
X - atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; e
XI - saúde do homem
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