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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA DEPARTAMENTO: BIOINTERAÇÃO ESTUDO DIRIGIDO – CITOMORFOLIGA BACTERIANA NOME: Daniel Rubens Maciel de Jesus OBS: este estudo orientado deverá ser respondido e anexado a plataforma AVA Moodle. A correção desta atividade ocorrerá durante a aula. 1. Quais as principais diferenças entre uma célula procariótica e uma célula eucariótica? R: A organização interna e a complexidade são as principais diferenças entre uma célula procariótica e uma célula eucariótica. As células procarióticas, semelhantes às bactérias, são mais básicas e não têm núcleo definido. O material genético está disperso no citoplasma em uma área conhecida como nucleóide, e não apresentam organelas membranosas. Por outro lado, as células eucarióticas, encontradas em plantas, animais, fungos e protistas, têm um núcleo claramente definido, onde o DNA é guardado, e são altamente segmentadas, com diversas organelas membranosas, como mitocôndrias, retículo endoplasmático e complexo de Golgi, encarregadas de funções particulares. 2. Cite e desenhe os grupamentos/arranjos comuns que ocorrem nas células bacterianas esféricas e cilíndrica. R: 3. Diferencie a forma bacteriana vegetativa de um endósporo, dê exemplos de espécies que formam estas estruturas, destacando a importância dos endósporos do ponto de vista clínico e para a indústria de alimentos. R: A fase vegetativa de uma bactéria é o estágio ativo, onde a célula bacteriana está em atividade metabólica, expandindo-se e multiplicando-se em condições ambientais propícias, tais como temperatura, umidade e suprimento adequado de nutrientes. Por outro lado, o endósporo é um tipo de bactéria extremamente resistente e dormente, formado em resposta a condições ambientais desfavoráveis, como escassez de nutrientes ou estresse ambiental. Os endósporos possuem uma estrutura robusta e durável, tornando-os extremamente resistentes a calor, radiação, desidratação e substâncias químicas. Espécies como Bacillus anthracis, responsável pelo antraz, e Clostridium botulinum, que provoca o botulismo, são exemplos de espécies que formam endósporos. A partir de uma perspectiva clínica, os endósporos representam uma preocupação, pois possibilitam que essas bactérias permaneçam viáveis por longos períodos em condições desfavoráveis e depois reajam em condições propícias, resultando em infecções sérias e de controle complicado. Na indústria alimentícia, os endósporos constituem um grande obstáculo, uma vez que resistem a diversos métodos de desinfecção e esterilização, tais como fervura e pasteurização. Além disso, podem germinar em alimentos mal conservados, resultando em contaminação e enfermidades alimentares, como o botulismo. 4. Fundamentado (a) nos conhecimentos científicos sobre as estruturas e componentes bacterianos identifique e comente sobre a função das estruturas numeradas abaixo: R: 1. Pilus; 2. Citoplasma; 3. Ribossomos; 4. Nucleoide – contém DNA; 5. Plasmídeo; 6. Flagelos; 7. Cápsula; 8. Parede celular; 9. Membrana plasmática; 10. Fímbrias Função de cada estrutura: Em uma célula bacteriana, o pilus desempenha a função de adesão a superfícies ou outras células e também participa na troca de material genético (conjugação). O citoplasma é o fluido interno onde ocorrem as reações metabólicas e abriga os componentes celulares. Os ribossomos são responsáveis pela síntese de proteínas. O nucleoide contém o DNA da bactéria, sendo o centro de controle genético, enquanto o plasmídeo é uma molécula de DNA extra que pode conferir vantagens, como resistência a antibióticos. Os flagelos proporcionam motilidade, permitindo que a célula se mova em direção a estímulos. A cápsula, que envolve a célula, oferece proteção contra fagocitose e desidratação, além de facilitar a adesão a superfícies. A parede celular confere estrutura e proteção, enquanto a membrana plasmática controla a entrada e saída de substâncias, mantendo a homeostase. As fímbrias são estruturas curtas e numerosas que também auxiliam na adesão a superfícies e na formação de biofilmes. 5. Diferencie estruturalmente a parede celular das bactérias Gram positivas das Gram negativas. R: A parede celular das bactérias Gram-positivas e Gram-negativas diferem principalmente na sua composição e estrutura, o que afeta sua capacidade de reagir à coloração de Gram. Essas diferenças estruturais influenciam diretamente a resistência aos antibióticos, sendo as Gram-negativas geralmente mais resistentes devido à membrana externa que impede a entrada de muitas substâncias. Gram-positivas: Possuem uma parede celular espessa, composta principalmente por uma camada de peptidoglicano (mureína) que pode ser de 20 a 80 nm de espessura; apresentam ácidos teicoicos e ácidos lipoteicoicos, que estão ligados ao peptidoglicano e à membrana plasmática, proporcionando estabilidade e proteção; não possuem uma membrana externa, o que facilita a retenção do corante cristal violeta durante a coloração de Gram, resultando na coloração roxa. Gram-negativas: A parede celular é mais fina, com uma camada de peptidoglicano muito menor (cerca de 2 a 7 nm), localizada entre a membrana plasmática e a membrana externa; possuem uma membrana externa adicional, composta por lipopolissacarídeos (LPS), proteínas e fosfolipídios, o que oferece uma barreira extra contra agentes tóxicos; entre as duas membranas (plasmática e externa) há o espaço periplasmático, onde estão presentes várias enzimas e proteínas; durante a coloração de Gram, o corante cristal violeta é facilmente removido pela membrana externa, e as bactérias retêm o corante safranina, adquirindo uma coloração rosa ou vermelha. image1.jpeg image2.jpeg image3.emf