Prévia do material em texto
IDADE contemporânea 28 história geral apostila 03 História Geral - Apostila 03 A África Oriental A África Oriental ficou em sua maior parte sob custódia britânica (Quênia, Uganda, Sudão e somália inglesa). A Itália dominou a Somália italiana e a Eritreia. À Alemanha coube Tanganica, Burundi e Ruanda. O Norte da África Países muçulmanos como Egito, Tunísia, Argélia e Marrocos estavam subordinados ao Império Otomano desde o início da Idade Moderna. Não obstante, a França conquistou a Argélia em 1830, fez várias intervenções no Egito, destacando-se a construção do Canal de Suez, por Fendinand Lesseps (1869), posteriormente vendido aos ingleses. Proclamou um protetorado na Tunísia em 1881, entrando em conflito com os interesses da Itália que aproximou-se da Alemanha e da Áustria-Hungria formando a Tríplice Aliança. A Itália ocupou a Líbia (Tripolitânia e Cirenáica). No Marrocos os franceses enfrentaram a resistência da população local e os interesses alemães. Os conflitos franco-alemães no Marrocos estão entre as causas da Primeira Guerra Mundial. Como resposta à crescente aproximação entre os componentes da Tríplice Aliança, Inglaterra e França se uniram na Entente Cordiale. Ocorreu uma violenta corrida imperialista encabeçada pela Inglaterra e França. O imperialismo europeu do século XIX foi responsável por atritos políticos entre as potências européias que gerou as causas da primeira guerra mundial. A Alemanha tornou-se um gigante industrial que passou a competir por mercados e matérias primas em disputas colonialistas com os outros países europeus. Acirraram- se os conflitos imperialistas que culminaram na Primeira Guerra. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914 - 1918) Causas Os fatores que levaram à Primeira Guerra Mundial devem ser buscados no período conhecido como bèlle epòque (1871-1914). Alemanha: para se unificar derrotou a França na Guerra Franco-Prussiana (1870-71) e se constituiu como grande potência industrial e militar imperialista na Europa (Weltpolitk). França: derrotada pela Prússia, alimentou profundo revanchismo contra a Alemanha. Itália: unificada se industrializou e modernizou seu exército, competindo por mercados coloniais. Inglaterra: cresceu a rivalidade econômica e militar contra a Alemanha, que passou a ocupar mercados antes dominados pelos ingleses. Estados Unidos: tornou-se grande potência industrial e militar no século XIX, rivalizando com as nações européias nas disputas econômicas, militares e diplomáticas, em especial na América Latina. Japão: a partir de 1858 (Era Meiji), viveu um surto de modernização industrial e militar rivalizando com os europeus por colônias na Ásia. Imperialismo: aumentaram entre os países industrializados as disputas por colônias fornecedoras de mercados, matérias-primas, mão-de-obra barata e áreas de investimento na África, Ásia e América Latina. Conferência de Berlin: em 1885, os países colonialistas reuniram-se para partilhar os territórios africanos, acirrando as rivalidades imperialistas. Armamentismo: nesse período houve uma escalada na produção de armamentos pelos países industrializados, (paz armada). Ultranacionalismos: a rivalidade étnica entre germanos e eslavos. De um lado, o Pan-germanismo, que exaltava a superioridades e união dos povos germânicos (alemães, austríacos, suíços). De outro, o Pan-eslavismo que apregoava a superioridade e unidade dos povos eslavos (russos, eslovacos, eslovenos, sérvios, etc). Questão marroquina: considerado uma região de “portas abertas” desde 1880, o Marrocos tornou-se foco de conflitos diplomáticos e militares entre França e Alemanha a partir de 1904. Em 1905, o impasse foi resolvido pela Conferência de Algesiras. Em 1911, novos conflitos levaram ao Tratado de Londres, que não satisfez nenhum dos lados e levou ao aumento da Rivalidade franco-alemã. Política das Alianças: A Tríplice Aliança unindo Alemanha, Áustria-Hungria e Itália efetivou-se em 1882. Ao passo que a Tríplice Entente formou-se em 1907, quando França, Inglaterra e Rússia, formalizaram uma união comum. Questão Balcânica: A partir de 1903, o rei Pedro I da Sérvia, com apoio russo, passa a trabalhar pela constituição da Grande Sérvia (Iugoslávia) unindo os povos “eslavos do sul” (iugoslavos). Isso esbarrou nos interesses germânicos da Alemanha e da Áustria que dominava a Bósnia- Herzegovínea desde 1908 e no nacionalismo turco. Interesses nos Bálcãs: A Rússia pretendia ter acesso livre ao mediterrâneo controlando os estreitos de Bósforo e Dardanelos, mas estes pertenciam à Turquia que estava interessada juntamente com a Alema-nha na construção da estrada de ferro Berlin-Bagdá, que daria acesso fácil ao petróleo do Golfo Pérsico e possibilitaria sufocar as constantes revoltas políticas da-quela região. Em 1911 e 1912 estouram a primeira e segunda guerras balcânicas que acirraram as rivalida-des que levaram à Primeira Guerra Mundial. IDADE contemporânea história Geral apostila 03 29História Geral - Apostila 03 Causa Imediata: No dia 28 de junho de 1914, um estudante sérvio assassinou o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, quando visitava Sarajevo, capital da Bósnia. A estrada de ferro Berlin-Bagdá. O Início da Guerra A tensão internacional, que vinha se acumulando desde o fim do século XIX, aflorou numa reação em cadeia. No dia 28 de julho de 1914, o Império Austro-Húngaro, após um ultimato, invadiu a Sérvia acionando o sistema das alianças. A Rússia se mobilizou em apoio à Sérvia, no dia primeiro de agosto a Alemanha declarou-lhe guerra causando a mobilização da França no mesmo dia. Em 3 de agosto os alemães, que já estavam invadindo Luxemburgo e a Bélgica, declararam guerra à França. A Inglaterra tentou resolver a questão pela via diplomática, mas declarou guerra à Alemanha em 4 de agosto devido a violação da Bélgica. Rapidamente as vozes pacifistas foram silenciadas e a guerra se generalizou. No início muitos desejaram a guerra, pois pensavam que ela seria rápida, pouco mortífera e vitoriosa, mas foi despertada uma força monstruosa que arrasou a Europa e os europeus. A Europa da Política das Alianças em 1914. As Fases da Guerra No começo Inglaterra, França, Rússia, Sérvia e Bélgica uniram-se contra os Impérios Alemão e Austro-Húngaro. A Itália permaneceu neutra, mas almejava os territórios do Tirol, Trentino e Ístria, pertencentes à Áustria. A Grécia, Bulgária e Romênia foram solicitadas pelas duas alianças, mas esperaram o momento certo para tomar partido. O Império Turco aproximou-se da Alemanha, porém não entrou no conflito de imediato. O Japão posicionou-se contra a Alemanha, pois estava interessado nas colônias germânicas do Pacífico. A Guerra de Movimento (Agosto a Novembro de 1914) Desde a Aliança Franco-Russa em 1896, a Alemanha preparou-se para a possibilidade de uma guerra em duas frentes simultaneamente. Para tanto o general Von Moltke concebeu o Plano Schlieffen, que previa a invasão rápida e de surpresa da Bélgica e a derrota do exército francês em seis semanas, prazo que os russos, mais atrasados tecnologicamente, levariam para se mobilizar. Guerra de movimento na França em 1914. Numericamente as forças alemãs e francesas eram equivalentes e a França poderia contar com os continentes britânicos e belgas. No entanto o exército alemão obteve uma vantagem inicial engajando a totalidade de suas forças inclusive as da reserva na luta. Os alemães tinham grande superioridade em artilharia pesada, enquanto os franceses possuíam um ótimo canhão ligeiro. Vencido o exército belga e a resistência francesa na Lorena, os alemães tomam o norte da França na batalhas de fronteiras, chegando a poucos quilômetros de Paris. O Governo francês deixou a capital e instalou-se em Bordéus. Os alemães foram impedidos de chegar à Paris na batalha do Marne, que salvou o exército francês. Os alemães abandonaram o Plano Schlieffen e tentaram tomar Calais e Dunquerque na região do Canalda Mancha para derrubar as bases inglesas, mas foram impedidos na batalha de Flandres. IDADE contemporânea 30 história geral apostila 03 História Geral - Apostila 03 A Guerra de Posição ou Guerra de Trincheiras (1915) Na frente ocidental, após a batalha de Flandres as posições alemãs e aliadas se estabilizaram, passado-se à terrível guerra de trincheiras, que se estenderam por quase 800 km e levaram milhões de homens à morte. Uma trincheira durante a primeira guerra. Enterrados na lama em escavações improvisadas, mal protegidos por cercas de arame farpado e sacos de terra, mal abastecidos e mal alimentados, suportando o inverno rigoroso, as doenças, os piolhos, os ratos e os vermes. As armas transformaram-se com novas tecnologias: o capacete de aço substituiu o quepe de pano; as granadas, os obuses, as metralhadoras, os fuzis, a artilharia pesada, o lança-chamas, os morteiros e as baionetas foram muito utilizadas. A guerra química teve lugar com os gases venenosos e asfixiantes. Aviões e zepelins alemães também destruíam as fortificações improvisadas, causando pânico generalizado. Para fornecer armas e munições suficientes às trincheiras, os países envolvidos mobilizam quase todos seus recursos econômicos e industriais para o esforço de guerra. As mulheres tornaram-se mão-de-obra nas fábricas de armamentos. As previsões de uma guerra rápida e pouco destrutiva estavam superadas, a guerra seria longa e mortífera. A Guerra em 1915. Observe que a Itália aderiu à Entente. A Frente Oriental em 1915 Diante do impasse das trincheiras na frente ocidental, os alemães buscaram a vitória na frente oriental. O obsoleto exército russo perdeu mais de um milhão de homens frente à superioridade técnica e estratégica do exército alemão. Em abril, a Itália rompeu sua neutralidade assinando o Tratado de Londres e aliando-se à Entente. Passou então a atacar a Áustria, interessada nos territórios da Ístria, Trento e Dalmácia. A Turquia e a Bulgária aliaram-se à Alemanha e estas últimas juntas invadiram a Sérvia em outubro. Os russos entraram na Prússia Oriental, onde foram derrotados pelo General Hindenburg, na batalha de Tannenberg e nos lagos Masurianos. No entanto infligiram grande derrota aos austríacos em Lemberg. A Rússia se vê isolada de seus aliados pois os turcos controlam os estreitos entre o mar Negro e o mar Egeu. A Alemanha é obrigada a manter a guerra em duas frentes simultaneamente. O ano de 1916 O ano de 1916 ficou marcado pelas operações militares realizadas por dez longos meses na cidadezinha francesa de Verdun, sinônimo de inferno para os que lá combateram. Os alemães queriam exaurir as forças francesas pela intensidade dos ataques e pela violência dos bombardeios. O paciente General Pétain frustrou o plano alemão. Quinhentos mil homens de ambos os lados morreram. No front oriental, os russos, comandados pelo General Broussilov, tiveram êxito na invasão da Galícia austríaca. Em dezembro de 1916 os Impérios Centrais propuseram um armistício recusado pelos Aliados, apesar dos esforços do Presidente Wilson, dos EUA, e do Papa Bento XV pelo estabelecimento da paz sem vencedores. As mudanças de 1917 Em 1917, cerca de 70% dos trabalhadores ingleses, alemães e franceses estavam trabalhando em indústrias de armamentos. A poderosa frota naval inglesa bloqueava a Alemanha por mar, levando-a a uma guerra submarina que afundou navios americanos e determinou a entrada dos EUA na guerra em abril de 1917. Alguns países latino- americanos acompanham os EUA. Ainda em 1917, a Rússia foi abalada por duas revoluções. A de fevereiro derrubou o Czar e levou ao poder um gabinete liberal-burguês. Em outubro, os bolcheviques comunistas instituíram a ditadura do proletariado. Os bolcheviques assinaram o tratado de Brest-Litovsk com a Alemanha em 3 de março de 1918, retirando a Rússia da guerra. Em 1917 pela primeira vez foram usados tanques, pelas tropas inglesas, como uma forma de superar as trincheiras. IDADE contemporânea história Geral apostila 03 31História Geral - Apostila 03 você sabia? A Primeira Guerra Mundial foi utilizada para testar e aperfeiçoar diversos armamentos novos, tais como: avião, submarino, gás mostarda, metralhadora e tanque. O Desfecho da Guerra em 1918 Em julho, todo o Norte da França estava reconquistado pelos aliados. Sob o comando de Lawrence da Arábia os ingleses haviam levantado os árabes contra os turcos apoderando-se de Bagdá e Jerusalém. Na Grécia, as tropas franco-inglesas conseguiram liberar a Sérvia e a Romênia. Os italianos ocuparam o Trento e o Trieste. A Bulgária e a Turquia retiraram-se da guerra, seguidas pela Áustria-Hungria, que estava se desagregando. Em fins de outubro e início de novembro os poloneses e tchecos proclamaram suas independências e nascia a Iugoslávia composta por diversas regiões e povos. Em 6 de outubro de 1918, os alemães solicitaram um armistício ao presidente Wilson aceitando as bases americanas para a paz (programa dos 14 pontos), que garantiam o direito de auto-determinação dos povos e a criação da Liga das Nações, ou seja, uma paz sem vencedores ou vencidos. Wilson condicionou a assinatura do tratado de paz à abdicação do Kaiser Guilherme II. Diante de uma revolução interna, o Kaiser renunciou e partiu para o exílio. Os socialistas tomaram o governo alemão e criaram a República de Weimar em 9 de novembro. Em 11 de novembro, o novo dirigente, Friedrich Ebert assinou o armístico, confirmado depois pelos Tratados de Versalhes (junho-1919), de Saint-Germain (setembro-1919), de Neuily (novembro-1919) e de Sèvres (agosto-1920). A estúpida guerra terminou finalmente, deixando o trágico saldo de aproximadamente 10 milhões de mortos e outros milhões de mutilados e feridos. A Europa estava destroçada e declinando frente aos EUA. Os vencedores de 1918 não foram capazes de reorganizar o continente numa paz durável e, duas décadas depois, o mundo seria novamente envolvido por uma guerra ainda mais violenta e mortal: a 2ª Guerra Mundial. Tratados de Paz Após o término da guerra, os países vencedores Inglaterra, França, Estados Unidos e Itália reuniram-se na Conferência de Paris e procuraram elaborar os tratados que estabeleceriam as condições para a paz. A paz sem vencedores, proposta por Woodron Wilson (programa dos 14 pontos), foi posta de lado e deu lugar às imposições e castigos dos vencedores às nações derrotadas. Os vencidos foram desarmados, desmembrados e submetidos a indenizações extorsivas, destinadas a superar o prejuízo econômico das potências vencedoras. A Alemanha era a maior e mais forte dentre as nações vencidas, recebendo por isso o pior tratamento. A Liga das Nações com sede em Genebra nasceu enfraquecida, pois excluía a Alemanha, os EUA e a Rússia. Tratado de Versalhes (junho de 1919): Recaiu sobre a Alemanha que foi obrigada a devolver a Alsácia-Lorena à França. O corredor polonês dividiu o território alemão em duas partes. O porto de Dantzg (Gdansk) ficou sob controle da Liga das Nações. Perdeu colônias, cedeu os sudetos à recém-criada Tchecoslováquia, devolveu terras à Dinamarca e à Bélgica, com isso perdeu 1/6 das terras aráveis, 2/5 do carvão, 2/3 do ferro e 7/10 do zinco. Teve de pagar uma indenização de 33 bilhões de dólares aos aliados. Reduziu seu exército a apenas 100 mil homens, extinguiu sua força aérea, entregou a frota naval militar e mercantil e desmilitarizou completamente a margem esquerda do Reno. Materiais de construção e máquinas pesadas foram expropriados pelos vitoriosos. Pela sua severidade os alemães apelidaram esse tratado de diktat de Versalhes. Tratado de Trianon (junho de 1919) e Tratado de Saint- Germain (setembro de 1919), assinados com a Hungria e a Áustria respectivamente. Estes tratados levaram ao esfacelamento do Império Austro-Húngaro, que teve grandes perdas territoriais, cedendo espaço para a criação de novos países como a Tchecoslováquia, a Polônia e a Iugoslávia. Alémde ceder terras a países já existentes como a Romênia e a Itália. Tratado de Neuilly (novembro de 1919): assinado com a Bulgária que também teve perdas territoriais. Os Tratados de Paz puniram os vencidos com perdas territoriais que levaram a criação de novos países. IDADE contemporânea 32 história geral apostila 03 História Geral - Apostila 03 Tratado de Sèvres (agosto de 1920): assinado com a Turquia, levou ao esfacelamento do Império Turco que perdeu os territórios. Os problemas decorrentes do fim do Império Turco-Otomano levaram a novos tratados como o Tratado de Riga, em 1921, o Tratado de Lausanne, em 1923. Síria e Líbano ficaram sob administração francesa e a Palestina sob tutela inglesa. Saldos da Primeira Guerra • Revolução Bolchevique. • Criação de novos países. • Humilhação da Alemanha (diktat). • Desaparecimento dos Impérios Alemão, Áustro- Húngaro e Turco. • Dificuldades financeiras. • Produção bélica supérflua. • Inflação galopante . • Desemprego em massa. • Cidades e campos devastados. • Escassez, fome, miséria e doenças. • 10 milhões de mortos. • Milhões de mutilados e feridos. • Decadência da Europa. • Ascensão dos Estados Unidos. • Criação da Liga das Nações. Terminados os confrontos e estabelecidos os acordos de paz, era preciso pensar na reconstrução nacional. Não obstante a paz era tão recente quanto frágil. As potências vencedoras reforçaram seus recursos bélicos para assegurar seu domínio continental e colonial. Os vencidos, por outro lado, não se conformavam com as duras exigências dos vencedores e desejavam a revanche o quanto antes. Surgiram movimentos ultra-nacionalistas exaltados favoráveis ao fortalecimento do poder do Estado. 32.(UFPR) Com base nos estudos sobre as consequências da Primeira Guerra Mundial para a Europa, é correto afirmar: a) Apesar de grande parte do território europeu ter sido devastado com a Guerra, o mapa geopolítico do continente permaneceu o mesmo, demonstrando a força das monarquias nacionais. b) A Primeira Guerra Mundial levou ao fim o Império Austro- Húngaro e Otomano, que se dividiram em diversos países independentes e adotaram o socialismo soviético, conforme acordado no Tratado de Brest-Litovski. c) Essa Guerra marcou o final dos Impérios Austro-Húngaro e Otomano, a implantação do modelo democrático-liberal em vários países europeus, a afirmação do princípio de autodeterminação dos povos em bases étnicas e culturais e a grande penalização da Alemanha pelo Tratado de Versalhes. d) A Alemanha e a Itália foram as grandes derrotadas nessa guerra, perdendo parte de seus territórios, que se declararam independentes pelo princípio de autodeterminação do presidente Woodrow Wilson. e) Além do final do Império Otomano, essa guerra trouxe o fim dos impérios coloniais de França e Alemanha, sem contar o fim do recém-implantado socialismo soviético, por conta do Tratado de Versalhes. 33.(ENEM) Três décadas – de 1884 a 1914 - separam o século XIX – que terminou com a corrida dos países europeus para a África e com o surgimento dos movimentos de unificação nacional na Europa - do século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial. É o período do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na África. ARENDT. H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012. O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida em que a) difundiu as teorias socialistas. b) acirrou as disputas territoriais. c) superou as crises econômicas. d) multiplicou os conflitos religiosos. e) conteve os sentimentos xenófobos. 34. (UEPG) A partilha econômica e política do mundo realizada pelas grandes potências nos finais do século XIX e no início do século XX envolveu violências de toda ordem e produziu diferentes relações de dependência entre os países. Sobre este assunto, assinale o que for correto. 01) As áreas de influência eram os territórios submetidos apenas ao controle político das metrópoles. 02) Entre as formas transitórias de dependência figuravam os protetorados, como o Marrocos, o Egito e a Índia. Seus chefes mantinham poderes formais, mas o controle político e econômico pertencia de fato à potência imperialista. 04) Nesse processo, as empresas do tipo individual ou familiar fortaleceram-se, competindo com as grandes organizações industriais e financeiras. 08) A Argélia, a África do Sul e Angola eram colônias, ou seja, territórios submetidos ao domínio territorial e militar e ao controle político-administrativo da metrópole. 16) Essa fase de expansão colonial privilegiou o domínio territorial e militar, que ficou acima do domínio político e econômico. TESTES