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PPR ARTIGO METAIS PESADOS 8NOV2024

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O
s metais são muito comuns 
na natureza. A maioria deles 
encontra-se na forma de 
óxidos, sais e silicatos. Metais 
abundantes como ferro, alumínio, 
zinco e magnésio somente são pe-
rigosos quando presentes em altas 
concentrações. Essas condições 
podem ser encontradas em opera-
ções de exploração, processamen-
to, transporte e armazenagem do 
minério. Pode também ocorrer em 
algumas operações industriais es-
peciais. 
Entre os metais, os metais pesados 
são aqueles que causam maiores 
preocupações para o higienista e 
pro�ssionais de segurança e saúde 
no trabalho. Não há consenso so-
bre quais metais devem ser classi-
�cados como metais pesados. 
Arsênio, cádmio, mercúrio, chum-
bo e cromo aparecem na maioria 
das listas de metais pesados, por 
suas relativas altas densidades e 
toxidez, mesmo em baixas concen-
trações.
Vamos usar, como exemplos, dois 
metais dessa lista - o arsênio e o 
cádmio. Muito dos problemas rela-
cionados à saúde e a maneira de se 
controlar a exposição a esses me-
tais são parecidos com o que ocor-
re com os outros metais pesados.
O arsênio é um não-metal muito 
utilizado em ligas com metais pe-
sados, especialmente em soldas, e 
como agente de dopagem em es-
truturas sólidas de sílica e germâ-
nio. O arseneto de gálio é utilizado 
como semicondutor em transisto-
res, células solares e lasers. Quando 
presentes na atmosfera, na forma 
de particulados, é um importante 
irritante do trato respiratório infe-
rior, mesmo em baixas concentra-
ções. 
Compostos de arsênio também 
são utilizados como herbicidas, ra-
ticidas, pigmentos, produtos piro-
técnicos, preservação de madeiras 
Envolva. Simplifique. Descomplique.
www.pprdescomplicado.com.br
PPR
DESCOMPLICADO
MILTON M. M. VILLA OSNY F. DE CAMARGO
Artigo publicado em 8/11/2024 www.pprescomplicado.com.brl
Proteção Respiratória para Metais Pesados
Os metais pesados são aqueles que causam maior preocupação aos higienistas e
pro�ssionais de SST. Arsênio, cádmio, mercúrio, chumbo e cromo são os mais
temidos pelas altas densidades e toxidez, mesmo em baixas concentrações.
em indústria de vidros especiais 
etc. 
Todas as diferentes substâncias 
contendo arsênio são perigosas 
para inalação. Os efeitos à saúde 
incluem irritação do trato respira-
tório inferior, comprometimento 
do sistema nervoso periférico e do 
sistema vascular, comprometi-
mento do fígado, rins e câncer do 
pulmão.
O cádmio na forma de metal tem 
uma coloração azul bem clara, é 
macio, maleável e lustroso. As poei-
ras de cádmio elementar podem se 
ignizar espontaneamente no ar, e 
são in�amáveis e explosivas quan-
do aquecidas. O aquecimento do 
cádmio gera óxido de cádmio, que 
tem coloração branca, quando 
amorfa. 
O hidróxido de cádmio e o carbo-
nato de cádmio são solúveis em 
soluções ácidas e amoniacais. Sais 
de cádmio, como cloreto, sulfato e 
nitrato também são solúveis em 
soluções ácidas e amoníaco. Ou-
tros sais como sulfeto, seleneto e 
telureto são insolúveis nessas so-
luções.
O cádmio é muito utilizado como 
metal de revestimento de outros 
metais, como na fabricação de ro-
lamentos, varetas de soldagem e 
barras para controle de reação nu-
clear, e baterias de níquel-cádmio. 
Vários produtos contêm compos-
tos de cádmio em sua fabricação 
como televisores, alguns lubri�-
cantes secos aplicados em spray, 
lasers, estabilizantes de plásticos, 
semicondutores, produtos pirotéc-
nicos, reti�cadores, células solares, 
dispositivos para detecção de par-
tículas radioativas; como pigmen-
tos em “glazes” e esmaltes; tintas 
para tingimento de tecidos; e ma-
teriais fotográ�cos e litográ�cos.
O órgão-alvo primário para doen-
ças crônicas relacionadas a exposi-
ção a cádmio é os rins. Um indica-
dor precoce de uma disfunção 
renal é a excreção da β2-microglo-
bulina na urina. Existem relatos 
que indicam que doenças renais 
induzidas por exposição a cádmio 
podem aparecer meses ou anos 
após o �nal da exposição. Daí, 
surge os Índices Biológicos de Ex-
posição a cádmio na urina e no 
sangue. 
O arsênio elementar e seus com-
postos inorgânicos, quando pre-
sentes na atmosfera, estão na for-
ma de particulados. Isso sugere um 
respirador com �ltro para particu-
lados. Devido à alta toxicidade des-
ses contaminantes e baixíssimos 
3valores de TLV (0,01 mg/m para 
arsênio e seus compostos inorgâ-
3nicos e 0,0003 mg/m para o arse-
neto de gálio) deve-se selecionar 
�ltros da classe P3, de preferência 
com respiradores com peça facial 
inteira para qualquer exposição 
acima desses valores. 
Os valores atuais de Limite de Ex-
posição Ocupacional, TLV®, para o 
cádmio e compostos contendo 
cádmio foram de�nidos no ano de 
31993, e são: 0,01 mg/m para parti-
3culados totais e 0,002 mg/m para a 
fração respirável dos particula-dos. 
Ambos os valores são médios para 
8 horas de exposição diária (TWA). 
Não há de�nição de valor para cur-
ta duração (STEL) na ACGIH®, por-
tanto nesses casos vale a regra 3/5. 
Ou seja, 3 vezes o valor do TWA pa-
ra períodos de 15 minutos, que não 
se repetem mais que 4 vezes ao dia; 
e 5 vezes o TWA para pico de expo-
sição. 
Os valores de TLVs® foram basea-
dos em possíveis efeitos desse me-
tal nos rins. A ACGIH® também de-
�niu valores de BEI®, Índices Bio-
lógicos de Exposição para o cád-
mio e acrescentou a notação de 
carcinogenicidade A2, carcinóge-
no suspeito para o homem. 
Para proteção da exposição do tra-
balhador a um agente químico 
com essa nocividade, a empresa 
deve, obrigatoriamente, estabele-
cer processos, procedimentos e 
medidas de precaução que garan-
tam que o nível de concentração 
esteja tão baixo quanto possível. 
Os limites de exposição estabele-
cidos pela ACGIH é um guia im-
portante para o higienista, mas 
não representa uma linha que 
separa o seguro e o inseguro.
O órgão-alvo primário
para doenças crônicas
relacionadas a exposição
a cádmio é os rins. 
A proteção respiratória de uso in-
dividual é uma boa solução dentro 
desse universo de medidas de pro-
teção a serem adotadas. O uso de 
respiradores depende, fundamen-
talmente, de ações coordenadas 
estabelecidas através de um Pro-
grama de Proteção Respiratória su-
portado pela alta gerência da em-
presa.
Gerentes, diretores e toda a lide-
rança da empresa devem estar 
conscientes dos riscos da exposi-
ção a substâncias contendo arsê-
nio. Devem, ainda, entender a im-
portância das medidas de controle 
estabelecidas e suas limitações.
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Os efeitos à saúde causados pelo
arsênio incluem irritação do trato
respiratório inferior, comprometimento
do sistema nervoso periférico e do
sistema vascular, comprometimento
do fígado, rins e câncer do pulmão.
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