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· · MÓDULO 1: Reconhecer as formalidades da escrituração contábil · ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL · OBRIGATORIEDADE DE ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL A função do setor contábil é realizar a classificação e a escrituração de todos os fatos administrativos realizados pelas empresas, entre eles as operações realizadas pelo setor de pessoal e pelo setor fiscal. POR MEIO DOS LANÇAMENTOS CONTÁBEIS É QUE SÃO ELABORADAS AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, CONSIDERADAS DE SUMA IMPORTÂNCIA NÃO SÓ PELA EXIGÊNCIA LEGAL, MAS PRINCIPALMENTE PARA A TOMADA DE DECISÕES. De acordo com o Código Civil, em seu artigo 1.179, o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. Também de acordo como o artigo 1º do Decreto-Lei 486 de 1969, que dispõe sobre escrituração e livros mercantis, a pessoa jurídica é obrigada a seguir ordem uniforme de escrituração, mecanizada ou não, utilizando os livros e papéis adequados. QUAIS ENTIDADES ESTÃO OBRIGADAS A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL? RESPOSTA: A escrituração contábil é obrigatória para todas as entidades, inclusive para micro e pequenas empresas. Os profissionais de contabilidade estão obrigados a aplicar a ITG 2000 (R1), aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). ATENÇÃO A sigla ITG significa Interpretação Técnica Geral - A letra R mais o número que identifica sua alteração (R1, R2, R3, ...) foram adicionados à sigla da interpretação para identificarem o número da consolidação e facilitarem a pesquisa no site do CFC. Essa interpretação estabelece critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do profissional da contabilidade. O item 2 da referida interpretação determina que ela deve ser adotada por todas as entidades, independentemente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil, observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver. A Legislação Federal também prevê a escrituração contábil como obrigatória, conforme transcrito a seguir: LEI COMPLEMENTAR 123/2006, ART. 27 As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor. RESOLUÇÃO 140/2018 DO COMITÊ GESTOR DO SIMPLES NACIONAL, ART. 71. A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional poderá, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas, observadas as disposições previstas no Código Civil e nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade. De acordo com a legislação vigente, a manutenção da escrituração contábil regular é obrigatória a todas as entidades, independentemente do tipo de tributação. Considera-se exceção a essa regra apenas o microempreendedor individual (MEI), conforme legislação a seguir: RESOLUÇÃO 140/2018 DO COMITÊ GESTOR SIMPLES DO NACIONAL, ART. 71. PARÁGRAFO ÚNICO Aplica-se a dispensa prevista no § 2º do art. 1.179 do Código Civil ao empresário individual definido de acordo com a Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 68 (microempreendedor individual). RESOLUÇÃO 140/2018 DO COMITÊ GESTOR DO SIMPLES NACIONAL, ART. 106. § 1º MEI – Microempreendedor Individual fica dispensado: I – da escrituração dos livros fiscais e contábeis. ATENÇÃO O MEI está dispensado de escrituração contábil. Porém, apesar de não ser obrigatório, é recomendável que o MEI mantenha os registros e seja acompanhado por um profissional contábil. Orientação e planejamento financeiro, patrimonial e tributário podem ser alguns dos benefícios na contratação, pois o contador é o profissional capaz de fornecer informações valiosas para a tomada de decisões nas empresas, sejas elas de qualquer tamanho. Dada a necessidade das empresas em obterem informações relevantes e em tempo hábil, em que a qualidade dessas informações irá influenciar na tomada de decisões, já não se admite a utilização dos métodos de escrituração feitos à mão. Daí a importância de utilização de um sistema informatizado de contabilidade. · SISTEMA INFORMATIZADO DE CONTABILIDADE Por meio de um sistema informatizado, o contador pode se beneficiar da grande quantidade de informações centralizadas na contabilidade e elaborar relatórios nos vários aspectos gerenciais, colocando à disposição da administração, em tempo hábil, dados que proporcionam a tomada de decisões. Com o passar dos anos, a contabilidade tem sofrido mudanças significativas, não só quanto aos aspectos legais, mas também em suas práticas. Essa evolução advém da própria necessidade do mercado em receber informações cada vez mais íntegras e tempestivas para a tomada de decisões. As empresas, cada vez mais, lançam mão da tecnologia para auxiliar seus gestores no processo decisório e na elaboração de planos estratégicos. Entre várias alterações, vimos claramente a necessidade de utilização dos sistemas informatizados de contabilidade. Além disso, basicamente todas as obrigações acessórias das entidades passam ser cumpridas por meio de programas de processamento de dados que tratam as informações e as remetem ao órgão competente. O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) já é uma realidade e começa a ocorrer em grande escala, levando à substituição gradual do papel pela informação eletrônica, com a Escrituração Contábil Digital (ECD), a Escrituração Fiscal Digital (EFD), e a Escrituração Contábil Fiscal (ECF), com a inclusão do e-LALUR, por exemplo. · SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL (SPED) O governo, com o intuito de desburocratizar a relação entre o fisco e os contribuintes, criou em 2007 o SPED, visando à simplificação das declarações acessórias e até a extinção de algumas. O SPED foi instituído pelo Decreto 6.022/2007 sendo definido como um instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes e isentas, mediante fluxo único, por meio de informações digitais. Todos os livros e documentos abrangidos pelo SPED serão assinados digitalmente pelo contribuinte (representante legal) e em alguns casos também pelo contador, de acordo com as normas da infraestrutura de chaves públicas (ICP-Brasil) – sistema nacional de certificação digital. · ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL / SPED CONTÁBIL (ECD) A Escrituração Contábil Digital (ECD) é parte integrante do projeto SPED e tem por objetivo a substituição da escrituração em papel pela escrituração transmitida via arquivo, ou seja, corresponde à obrigação de transmitir, em versão digital, os seguintes livros: · Livro Diário; · Livro Razão; · Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos. OBRIGATORIEDADE Deverão apresentar a ECD as pessoas jurídicas e equiparadas obrigadas a manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial, inclusive entidades imunes e isentas. PRAZO DE ENTREGA A ECD será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL (ECF) A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) é uma obrigação acessória que conecta os dados contábeis e fiscais da apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A ECF substitui a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ),a partir do ano-calendário 2014, a ser transmitida no ambiente do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Portanto, a DIPJ foi extinta a partir do ano-calendário 2014. NA ECF, HAVERÁ O PREENCHIMENTO E CONTROLE, POR MEIO DE VALIDAÇÕES, DAS PARTES A E B DO LIVRO ELETRÔNICO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL (E-LALUR) E DO LIVRO ELETRÔNICO DE APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DA CSLL (E-LACS). OBRIGATORIEDADE São obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro arbitrado ou lucro presumido. PRAZO DE ENTREGA A ECF será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) até o último dia útil do mês de julho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira. O SPED tem como objetivos, entre outros: 1. PROMOVER A INTEGRAÇÃO DOS FISCOS Mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais. 2. RACIONALIZAR E UNIFORMIZAR AS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS PARA OS CONTRIBUINTES Com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores. 3. TORNAR MAIS RÁPIDA A IDENTIFICAÇÃO DE ILÍCITOS TRIBUTÁRIOS Com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica. VERIFICANDO O APRENDIZADO Parte superior do formulário 1) A TOMADA DE DECISÃO PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERALMENTE, DISPENSA AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS, SEJA POR DESCONHECIMENTO DO OBJETIVO DA CONTABILIDADE OU PELO SEU USO LIMITADO, BUSCANDO ATENDER APENAS AS NORMAS FISCAIS, SENDO BASEADA SOMENTE NA INTUIÇÃO DOS SEUS GESTORES. QUANTO À ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS PODEMOS DIZER QUE: a) a legislação fiscal estabelece a dispensa, para fins fiscais, da apresentação e manutenção da escrita contábil, por isso as micro e pequenas empresas não devem se preocupar em manter escrituração contábil regular. b) o Código Civil estabelece a dispensa da apresentação e manutenção da escrita contábil para as micro e pequenas empresas. c) os contadores devem incentivar seus clientes a não realizarem a referida escrituração contábil regular, por conveniência e redução do custo dos serviços prestados. d) a priori, a legislação fiscal estabelece a dispensa, para fins fiscais, da apresentação e manutenção da escrita contábil. No entanto, por tratar-se de Decreto fiscal, não pode contrariar ou dispensar uma obrigação prevista em uma Lei, como o Código Civil Brasileiro.(x) e) de acordo com o Código Civil, apenas as Sociedades Anônimas de capital aberto estão obrigadas a seguir um sistema de contabilidade mecanizado, por isso as pequenas e médias empresas estariam dispensadas de manter escrituração contábil regular. OBSERVAÇÕES A obrigatoriedade de escrituração contábil está prevista no Código Civil art. 1.179: “o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.” Parte inferior do formulário Parte superior do formulário 2) DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE, A MANUTENÇÃO DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL REGULAR É OBRIGATÓRIA A TODAS AS ENTIDADES, INDEPENDENTEMENTE DO TIPO DE TRIBUTAÇÃO, COM EXCEÇÃO APENAS DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL. EM RELAÇÃO À ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL PELO MEI PODEMOS AFIRMAR QUE: I. MEI está dispensado de escrituração contábil. porém, apesar de não ser obrigatório, é recomendável que o MEI mantenha os registros e seja acompanhado por um profissional contábil. II. a orientação e o planejamento financeiro, patrimonial e tributário podem ser alguns dos benefícios da manutenção da escrituração contábil pelo MEI. III. caso o MEI opte pela realização da escrituração contábil regular, não será necessária a contratação de um contador, podendo ele mesmo elaborar suas demonstrações contábeis e assiná-las. ESTÃO CORRETAS AS SEGUINTES AFIRMATIVAS a) apenas I. b) apenas II e III. c) apenas I e II. d) apenas I e III. e) Todas. OBSERVAÇÕES A Interpretação Técnica Geral (ITG 2000) destaca que na elaboração da escrituração, as normas brasileiras de contabilidade deverão ser adotadas por todas as entidades, independentemente da natureza e do porte, de maneira que a elaboração das demonstrações contábeis seguirá as formalidades de escrituração e registro, mesmo quando feita de forma facultativa pela entidade. (Resolução CGSN nº 140/2018, artigo 71). Com isso, ressaltamos que a escrituração contábil, deverá ser realizada exclusivamente por profissional contábil, de acordo com os mesmos padrões editados pelo CFC e Código Civil, inclusive com exigência de autenticação dos livros Parte inferior do formulário · MÓDULO 2: Identificar os elementos necessários para a realização do lançamento contábil e elaboração do Plano de Contas · ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E PLANO DE CONTAS · CONTAS Conta é o nome técnico que identifica um componente patrimonial (bem, direito, obrigação e PL) ou um componente de resultado (receita, custo ou despesa). TODOS OS ACONTECIMENTOS QUE FAZEM PARTE DO DIA A DIA DA EMPRESA (COMPRAS, VENDAS, PAGAMENTOS E RECEBIMENTOS) SÃO REGISTRADOS PELA CONTABILIDADE POR MEIO DE CONTAS. · LANÇAMENTO É o meio pelo qual se processa a escrituração contábil, mediante documentos que comprovem a legitimidade da operação (notas fiscais, contratos etc.). Os elementos essenciais são: · Local e data da ocorrência de fato; · Conta a ser debitada; · Conta a ser creditada; · Histórico; · Valor. Por meio da escrituração manual, temos o seguinte exemplo de lançamento: MAS COMO SERIA ESSE MESMO LANÇAMENTO EM UM SISTEMA INFORMATIZADO DE CONTABILIDADE? No sistema informatizado de contabilidade o lançamento se daria do seguinte modo: Perceba que os cinco elementos essenciais estão presentes no lançamento, assim como na escrituração manual. Contudo, em relação à conta devedora e à conta credora utilizamos um código numérico no lugar da descrição da conta. Esse código numérico faz parte do que chamamos de Plano de Contas. O ponto de partida da escrituração contábil de uma empresa é o Plano de Contas, sendo uma importante ferramenta para elaboração das demonstrações contábeis. · Plano de Contas Podemos definir o Plano de Contas como o conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplinam as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis. As contas devem ser agrupadas de acordo com a estrutura estabelecida pela Lei 6.404/1976 e pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). · CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS As contas contábeis se dividem em dois grandes grupos: Contas Patrimoniais (Ativo, Passivo e PL), que atenderão a estrutura do Balanço Patrimonial e as Contas de Resultado, que atenderão a estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício. As contas de Resultado são divididas em três grupos principais: RECEITAS CUSTOS DESPESAS Agora vamos ver detalhadamente os grupos que compõem as contas Patrimoniais. · CONTAS ATIVAS E PASSIVAS As contas do Ativo são divididas em dois grupos principais: · Ativo Circulante; · Ativo Não Circulante. As contas do Passivo são divididas em três grupos principais: · Passivo Circulante; · Passivo Não Circulante; · Patrimônio Líquido. O quadro a seguir mostra como são discriminadas as contas ativas e passivas no balanço patrimonial: BALANÇO PATRIMONIAL 1.Ativo 2.Passivo 1.01 Ativo Circulante 2.01 Passivo Circulante 1.02 Ativo não Circulante 2.02 Passivo não Circulante 2.03 Patrimônio Líquido · PLANO DE CONTAS - CÓDIGO DA CONTA O código da conta é o conjunto de algarismos utilizados para identificar cada uma das contas que compõem o Plano de Contas. De acordo com a resolução do CFC 1.418/12 que aprova a ITG1000, o Plano de Contas, mesmo que simplificado, deve ser elaborado considerando-seas especificidades e a natureza das operações realizadas, bem como deve contemplar as necessidades de controle de informações no que se refere aos aspectos fiscais e gerenciais, em no mínimo quatro (quatro) níveis: > 1º Dígito – Grupo do sistema Patrimonial ou de Resultado > 2º Dígito – Grupo do sistema a que pertence > 3º Dígito – Subgrupo > 4º Dígito – Conta Principal Assim teríamos, por exemplo: 1. Ativo ----------------------------- Nível 1 – Conta Sintética 1.01 Ativo Circulante ----------- Nível 2 – Conta Sintética 1.01.01 Disponibilidades ------ Nível 3 – Conta Sintética 1.01.01.01 Caixa ----------------- Nível 4 – Conta Analítica 1.01.01.02 Banco A ------------- Nível 4 – Conta Analítica ATENÇÃO · Contas Analíticas: São contas de último nível no Plano e Contas e utilizadas em lançamentos contábeis. Recebem os lançamentos contábeis. · Contas Sintéticas: São contas totalizadoras de determinado grupo de contas analíticas. Não recebem lançamentos contábeis e representam o somatório das contas analíticas. A seguir, observe um exemplo bem simples de uma estrutura de Plano de Contas em quatro níveis: ATIVO 1.01 ATIVO CIRCULANTE 1.01.01 DISPONIBILIDADES 1.01.01.01 CAIXA 1.01.01.02 BANCO – A 1.01.02.01 DUPLICATAS ARECEBER 1.01.03 IMPOSTOS ARECUPERAR/COMPENSAR 1.01.03.01 ICMS A RECUPERAR 1.01.03.02 PIS A RECUPERAR 1.01.03.03 COFINS A RECUPERAR 1.01.03.04 CSLL A RECUPERAR 1.01.04 ESTOQUES 1.01.04.01 MERCADORIAS P/ REVENDA 1.02 ATIVO NÃOCIRCULANTE 1.02.01 REALIZÁVEL ALONGO PRAZO 1.02.01.01 CLIENTES 1.02.02 INVESTIMENTOS 1.02.02.01 PARTICIPAÇÃO EMOUTRAS EMPRESAS 1.02.03 IMOBILIZADO 1.02.03.01 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 1.02.03.02 (-) DEPRECIAÇÃOACUMULADA 1.02.04 INTANGÍVEL 1.02.04.01 MARCAS PASSIVO 2.01 PASSIVO CIRCULANTE 2.01.01 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS 2.01.01.01 EMPRÉSTIMOS BANCO- A 2.01.02 FORNECEDORES 2.01.02.01 FORNECEDOR - A 2.01.03 OBRIGAÇÕES FISCAIS 2.01.03.01 ICMS A RECOLHER 2.01.03.02 PIS A RECOLHER 2.01.03.03 COFINS A RECOLHER 2.01.03.04 IRPJ A PAGAR 2.01.03.05 CSLL A PAGAR 2.01.03.06 ISS A RECOLHER 2.01.04 OBRIGAÇÕESSOCIAIS E TRABALHISTAS 2.01.04.01 SALÁRIOS A PAGAR 2.01.04.02 INSS A RECOLHER 2.01.04.03 FGTS A RECOLHER 2.01.04.04 IRRF S/ TRABALHO ASSALARIADO 2.01.04.05 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL A RECOLHER 2.01.05 CONTAS A PAGAR 2.01.05.01 LUZ A PAGAR 2.01.05.02 TELEFONE A PAGAR 2.01.05.03 ALUGUÉIS A PAGAR 2.02 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.02.01.01 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS 2.03 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.03.01 CAPITAL SOCIAL 2.03.01.01 CAPITAL SUBSCRITO 2.03.01.02 (-) CAPITAL AINTEGRALIZAR 2.03.02 RESERVAS DECAPITAL 2.03.02.01 ÁGIO NA EMISSÃODE AÇÕES 2.03.03 RESERVA DE LUCROS 2.03.03.01 RESERVA LEGAL 2.03.04 LUCROS OU(PREJUÍZOS) ACUMULADOS 2.03.04.01 LUCROS ACUMULADOS 2.03.04.02 (-) PREJUÍZOS ACUMULADOS RECEITA 3.01 RECEITA BRUTA 3.01.01 RECEITAS DEVENDAS 3.01.01.01 VENDA DE MERCADORIAS 3.01.02 RECEITAS DE SERVIÇOS 3.01.02.01 SERVIÇOS PRESTADOS 3.02 (-) DEDUÇÕESDA RECEITA BRUTA 3.02.01 (-) DEDUÇÕES S/ VENDAS 3.02.01.01 DEVOLUÇÃO DE VENDAS 3.02.01.02 ABATIMENTO S/ VENDAS 3.02.02 (-) IMPOSTOSINCIDENTES S/ RECEITA BRUTA 3.02.02.01 ICMS 3.02.02.02 PIS 3.02.02.03 COFINS 3.02.02.04 ISS CUSTOS 4.01 CUSTOS DE MERCADORIAS 4.01.01 CUSTO DASMERCADORAIS VENDIDAS 4.01.01.01 CMV DESPESAS 5.01 DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS 5.01.01 DESPESAS C/ PESSOAL 5.01.01.01 SALÁRIOS 5.01.01.02 INSS 5.01.01.03 FGTS 5.01.01.04 VALE-TRANSPORTE 5.01.02 DESPESAS C/ OCUPAÇÃOE INSTALAÇÕES 5.01.02.01 ALUGUÉIS 5.01.02.02 DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 5.01.03 UTILIDADES E SERVIÇOS 5.01.03.01 ENERGIA ELÉTRICA 5.01.03.02 TELEFONE 5.01.04 DESPESAS GERAIS 5.01.04.01 MATERIAL DE ESCRITÓRIO 5.01.05 IMPOSTOS E TAXAS 5.01.05.01 IPTU 5.02 RESULTADOS FINANCEIROS LÍQUIDOS 5.02.01 (-) DESPESASFINANCEIRAS 5.02.01.01 DESPESAS BANCÁRIAS 5.02.01.02 JUROS S/ EMPRÉSTIMOS 5.02.01.03 DESCONTOS CONCEDIDOS 5.02.02 RECEITAS FINANCEIRAS 5.02.02.01 RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS 5.02.02.02 DESCONTOS OBITIDOS 5.03 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 5.03.01 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 5.03.01.01 CSLL 5.03.02 IMPOSTO DE RENDA 5.03.02.01 IRPJ Cada empresa deverá elaborar seu próprio Plano de Contas, de acordo com o seu porte, ramo de atividade e suas particularidades. Perceba, por exemplo, que na elaboração do Plano de Contas de uma empresa comercial, teremos apenas o estoque de mercadorias para revenda, enquanto em uma empresa industrial, o Plano de Contas deverá apresentar: estoques de matéria-prima, produtos em elaboração e produtos acabados. POR MAIS QUE EXISTA UMA PADRONIZAÇÃO ESTRUTURAL DOS PLANOS DE CONTAS DENTRO DE GRUPOS DE EMPRESAS DA MESMA ATIVIDADE, TEREMOS PLANOS DE CONTAS DISTINTOS EM CADA UMA DELAS. As indústrias, por exemplo, podem ter seus planos de contas com alguma semelhança estrutural, contudo, ao serem comparados, poderemos verificar que são diferentes entre si em muitos aspectos particulares. Basicamente, o que determinará a maior ou menor quantidade de informações contidas em um Plano de Contas é a necessidade de informação de seus usuários. · PLANO DE CONTAS REFERENCIAL Vimos que cada empresa irá adotar o seu Plano de Contas de acordo com as suas necessidades. Com a finalidade de padronizar os vários planos de contas utilizados pelas empresas no Brasil em apenas um único modelo, a Receita Federal criou, por meio do SPED, um Plano de Contas padrão, o Plano de Contas Referencial. Assim, ao receber as informações prestadas pelas empresas por meio da Escrituração Contábil Digital (ECD) e da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), a Receita Federal poderá ter acesso às informações contábeis e fiscais dentro de um mesmo padrão. O PLANO DE CONTAS REFERENCIAL TEM POR FINALIDADE ESTABELECER UMA RELAÇÃO (UM “DE-PARA”) ENTRE AS CONTAS ANALÍTICAS DO PLANO DE CONTAS DA EMPRESA E UM MODELO PADRÃO. Na verdade, a Receita Federal estabeleceu Planos de Contas Referenciais segregados de acordo com o tipo de entidade (PJ em geral, instituições financeiras ou entidades imunes/isentas) e com o regime de tributação. Para facilitar o entendimento, tomemos como exemplo os relacionamentos de contas a seguir: 1. Relacionamento entre uma conta do Plano de Contas da empresa e uma conta do Plano Referencial: Plano de Contas da empresa 1.01.01.01 – Caixa Plano de Contas Referencial (RFB) 1.01.01.01.01 – Caixa Matriz Perceba que, nesse caso, temos o exemplo mais simples, em que há apenas uma conta da empresa, relacionada com uma conta da Receita Federal. 2. Relacionamento entre várias contas do Plano de Contas da empresa e uma conta do Plano Referencial: Plano de Contas da empresa Plano de Contas Referencial (RFB) 1.01.01.02 – Banco A 1.01.01.02.01 – Bancos Conta 1.01.01.03 – Banco B Movimento – no país Nesse caso, temos mais de uma conta do plano empresarial relacionada com apenas uma conta do plano referencial. Essa situação também é bastante comum, uma vez que o Plano De Contas referencial da RFB apresenta um menor detalhamento de contas. VERIFICANDO O APRENDIZADO Parte superior do formulário 1. O LANÇAMENTO É O MEIO PELO QUAL SE PROCESSA A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL, MEDIANTE DOCUMENTOS QUE COMPROVEM A LEGITIMIDADE DA OPERAÇÃO. SÃO ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA REALIZAÇÃO DO LANÇAMENTO CONTÁBIL a) data, conta devedora, conta credora, histórico e valor. (x) b) apenas a data, conta devedora e conta credora. c) data, conta devedora, conta credora, histórico, valor em moeda nacional e valor em moeda estrangeira. d) data, conta devedora, conta credora, valor em moeda nacional e valor em moeda estrangeira. e) apenas conta devedora, conta credora e valor. OBSERVAÇÕES Para que um lançamento contábil seja realizado, são necessários cinco elementos essenciais:data, conta devedora, conta credora, histórico e valor. A ausência de algum deles inviabiliza o lançamento. 2. Todos os acontecimentos que fazem parte do dia a dia da empresa são registrados pela contabilidade por meio de contas. Observe o trecho da estrutura de um Plano de Contas, com cinco níveis, e responda: 1. Ativo 1.01 Ativo Circulante 1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 1.01.01.01 Caixa Geral 1.01.01.01.01 Caixa São contas sintéticas e, portanto, não recebem lançamentos: a) Ativo / Ativo Circulante / Caixa e Equivalentes De Caixa / Caixa. b) Ativo / Ativo Circulante / Caixa E Equivalentes De Caixa / Caixa Geral.(x) c) Ativo Circulante / Caixa E Equivalentes De Caixa / Caixa Geral / Caixa. d) Caixa e Equivalentes De Caixa / Caixa Geral / Caixa. e) Caixa Geral / Caixa OBSERVAÇÕES Contas analíticas são contas de último nível nos planos de contas e são utilizadas em lançamentos contábeis. Contas sintéticas são contas totalizadoras de determinado grupo de contas analíticas. · MÓDULO 3: Reconhecer os livros contábeis obrigatórios e os seus registros · LIVROS CONTÁBEIS OBRIGATÓRIOS De maneira geral, a escrituração envolve os registros de todos os acontecimentos relacionados com a gestão da entidade, inclusive aqueles não relacionados com as modificações qualitativas e quantitativas do patrimônio. De forma específica, a escrituração tem caráter puramente contábil, isto é, está voltada aos registros de todos os fatos contábeis. Com a finalidade de estabelecer critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do profissional da contabilidade, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) editou norma técnica intitulada: ITG 2000 (R1) – Escrituração Contábil. · ITG 2000 (R1) – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL A Interpretação Técnica Geral - ITG 2000 (R1) deve ser adotada por todas as entidades, independentemente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil, observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver. A seguir, reproduzimos os principais pontos abordados nessa norma: Formalidades da escrituração contábil: 1. A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos princípios de contabilidade. 2. O nível de detalhamento da escrituração contábil deve estar alinhado às necessidades de informação de seus usuários. Nesse sentido, essa Interpretação não estabelece o nível de detalhe ou mesmo sugere um Plano de Contas a ser observado. O detalhamento dos registros contábeis é diretamente proporcional à complexidade das operações da entidade e dos requisitos de informação a ela aplicáveis e, exceto nos casos em que uma autoridade reguladora assim o requeira, não devem necessariamente observar um padrão predefinido. 3. A escrituração contábil deve ser executada: · Em idioma e em moeda corrente nacionais. · Em forma contábil. · Em ordem cronológica de dia, mês e ano. · Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas. Com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis 4. A escrituração em forma contábil deve conter, no mínimo: · Data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu. · Conta devedora. · Conta credora. · Histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de histórico padronizado, neste caso, baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio. · Valor do registro contábil. · Informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um mesmo lançamento contábil. 5. O registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento em ordem sequencial relacionado ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, a elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis. 6. Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos, desde que permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos códigos e/ou abreviaturas no Livro Diário. 7. A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises, demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e de responsabilidade exclusivas do profissional da contabilidade legalmente habilitado. 8. As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do titular ou de representante legal da entidade e do profissional da contabilidade legalmente habilitado. DOCUMENTAÇÃO CONTÁBIL 1. Documentação contábil é aquela que comprova os fatos que originam lançamentos na escrituração da entidade e compreende todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, de origem interna ou externa, que apoiam ou componham a escrituração. 2. A documentação contábil é hábil quando revestida das características intrínsecas ou extrínsecas essenciais, definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas pelos “usos e costumes”. 3. Os documentos em papel podem ser digitalizados e armazenados em meio magnético, desde que assinados pelo responsável pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado, devendo ser submetidos ao registro público competente. Nas pequenas e médias empresas, é comum os sócios pagarem pequenas despesas (refeições, combustíveis, entre outras) e entenderem que o simples comprovante da transação emitido é suficiente para suportar esse gasto. No entanto, para ser considerada documentação hábil, deverá ser suportada pela emissão de notas fiscais, cupons, recibos, contratos etc. Os documentos comprobatórios são fundamentais e indispensáveis nos registros que apoiam ou compõem a escrituração contábil. EXEMPLO O comprovante de pagamento via PIX, DOC ou TED, referente à contratação de um serviço autônomo, não pode ser considerado uma documentação hábil para fins de realização da escrituração contábil, por não conter as características necessárias para realização do lançamento. Nesse caso, esse documento é simplesmente uma comprovação de que a entidade pagou uma despesa ou fez uma transação bancária. O documento hábil nessa situação é o recibo de pagamento a autônomo (RPA), que conterá todas as informações necessárias para a realização da escrituração, como data do pagamento, valor bruto do serviço, retenções etc. · LIVROS CONTÁBEIS Os principais livros utilizados pela contabilidade são o Livro Diário e o Livro Razão. A contabilidade utiliza ainda livros auxiliares que podem servir de suporte para escrituração do Diário e do Razão, como Livro Caixa, Livro de Contas a Receber, Livro de Contas a Pagar, Livro de Registro de Duplicatas. Vamos ver a seguir alguns livros obrigatórios: EXIGIDO PELA LEGISLAÇÃO CIVIL · Livro Diário EXIGIDO PELA LEGISLAÇÃO COMERCIAL · Livro de Registro de Duplicatas EXIGIDOS POR LEIS TRIBUTÁRIAS · Federal: Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), Livro Razão, Livro Caixa (ME e EPP), Registro de apuração do IPI. · Estadual: Registro de Entradas, Registro de Saídas, Registro de Apuração do ICMS, Registro de Inventário, Registro de Controle da Produção e do Estoque. · Municipal: Livro de Registro de Notas Fiscais de Serviços. EXIGIDOS POR LEIS SOCIETÁRIAS · Livro de Registro de Ações Nominativas · Livro de Atas das Assembleias. EXIGIDOS POR LEIS TRABALHISTAS · Livro de Registro de Empregados · Livro de Inspeção do Trabalho. · LIVRO DIÁRIO Por destinar-se ao registro de todos os eventos que ocorrem no dia a dia das empresas, é o livro mais importante, do ponto de vista legal. No Diário são lançadas, com individuação, clareza e indicação do documento comprobatório, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todos os acontecimentos que ocorrem na empresa e que provocam modificações no patrimônio (fatos administrativos), bem como aqueles que possam vir a modificar futuramente o patrimônio (atos administrativos). De acordocom Ferrari (2013), o Livro Diário é: OBRIGATÓRIO Pois é exigido por lei (Novo Código Civil). PRINCIPAL Pois registra todos os fatos contábeis. CRONOLÓGICO Pois os fatos contábeis são escriturados em ordem cronológica (dia, mês e ano). · LIVRO RAZÃO O Livro Razão tem a finalidade de demonstrar a movimentação analítica de todas as contas escrituradas no Diário e constantes do balanço patrimonial. De acordo com Ferrari (2013), o Livro Razão é: FACULTATIVO Pela legislação comercial (Código Comercial). OBRIGATÓRIO Pela legislação fiscal (RIR), principalmente para as entidades optantes pela forma de tributação pelo lucro real. Pela regulamentação contábil (CFC). PRINCIPAL Pois, tal como o Livro Diário, registra todos os fatos contábeis. SISTEMÁTICO Pois os fatos são registrados por espécie (tipo de conta), e não em ordem cronológica. Em outras palavras, o Livro Razão é um conjunto de tabelas ou fichas, em que cada uma representa uma conta. Assim, por exemplo, se uma empresa compra mercadorias a prazo, no Diário, tal fato será representado em ordem cronológica. No Razão, será localizado na conta de mercadorias, com o lançamento a débito, e na conta de fornecedores, com o lançamento a crédito. Cabe ressaltar que dentro da “ficha” de cada conta no Livro Razão, existe uma ordem cronológica de débitos e créditos. DAÍ, PODE-SE DIZER QUE O LIVRO RAZÃO É PRIMORDIALMENTE SISTEMÁTICO E SECUNDARIAMENTE CRONOLÓGICO, ENQUANTO O LIVRO DIÁRIO É EXCLUSIVAMENTE CRONOLÓGICO. · FORMALIDADES DO LIVRO DIÁRIO E LIVRO RAZÃO De acordo com a ITG 2000 (R1) os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, devem revestir-se de formalidades extrínsecas e intrínsecas: FORMALIDADES EXTRÍNSECAS Referem-se a formalidades relacionadas à apresentação ou aparência dos livros, como: · Livros em forma não digital: a) Serem encadernados. b) Terem suas folhas numeradas sequencialmente. c) Conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou representante legal da entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de Contabilidade. · Livros em forma digital: a) Serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado. b) Quando exigível por legislação específica, serem autenticados no registro público ou entidade competente. FORMALIDADES INTRÍNSECAS São aquelas que se referem ao próprio conteúdo da escrituração: · No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais. · Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por processo que utilize fichas ou folhas soltas, deve ser adotado o registro Balancetes Diários e Balanços. · No caso da entidade adotar processo eletrônico ou mecanizado para a sua escrituração contábil, os formulários de folhas soltas devem ser numerados mecânica ou tipograficamente e encadernados em forma de livro. · REGISTRO E AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS CONTÁBEIS O Livro Diário deverá ser autenticado no órgão competente do Registro do Comércio – junta comercial do Estado, e quando se tratar de Sociedade Simples ou entidades sem fins lucrativos, no Registro Civil das Pessoas Jurídicas – RCPJ do local de sua sede. O registro do Livro Diário está regulamentado pela Interpretação ITG 2000 (R1) – Escrituração Contábil, editada pelo CFC; pela IN nº 82/2021 do Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI); e pelo Decreto nº 8.683/2016. De acordo com o item 10, alínea (b), da ITG 2000 (R1), os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, quando exigível por legislação específica, devem ser autenticados no registro público ou na entidade competente. Atualmente, não há exigência por legislação específica para a autenticação do Livro Razão. Embora não exista uma lei específica que revogue a obrigatoriedade da autenticação dos livros contábeis, o Decreto nº 8.683, de 25 de Fevereiro de 2016 passou a permitir a dispensa de autenticação dos livros contábeis no Registro do Comércio para as pessoas jurídicas que apresentem a Escrituração Contábil digital (ECD), por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). A comprovação da autenticação dos livros contábeis digitais se dará pelo recibo de entrega da ECD emitido pelo SPED, dispensada qualquer outra forma de autenticação. O Decreto nº 9.555, de 2018, trata da autenticação de livros contábeis de pessoas jurídicas não sujeitas ao Registro do Comércio. Esse ato complementa os avanços introduzidos pelo Decreto nº 8.683, de 25 de fevereiro de 2016, que passou a permitir a dispensa de autenticação dos livros contábeis no Registro do Comércio para as pessoas jurídicas que apresentem a escrituração contábil digital (ECD) por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). A partir de então, todas as pessoas jurídicas, incluindo associações, fundações e demais entidades, empresariais ou não, estão alcançadas pela norma. Esse benefício abrange também as empresas optantes pelo Simples Nacional. De qualquer forma, quando obrigada, para fins tributários ou civis, a empresa optante pelo Simples Nacional (inclusive o MEI) poderá enviar a ECD pelo SPED, dispensando-se a autenticação dos livros contábeis por qualquer outro meio. · INSTRUÇÃO NORMATIVA DREI/SGD/ME Nº 82, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2021 A IN do DREI tem o objetivo de simplificar, uniformizar, modernizar e automatizar os procedimentos relativos à autenticação dos termos de abertura e de encerramento dos instrumentos de escrituração contábil, dos livros sociais e dos livros dos agentes auxiliares do comércio. Considerando o desenvolvimento tecnológico que permite o registro e o lançamento de atos e fatos das empresas de forma eletrônica e garantindo a segurança, a inviolabilidade e a autenticidade dos instrumentos submetidos à autenticação. A seguir, destacamos os principais pontos observados em relação à referida IN: 1) Serão submetidos à autenticação da junta comercial os termos de abertura e de encerramento de qualquer instrumento de escrituração que o interessado julgue conveniente adotar, segundo a natureza e o volume de seus negócios, inclusive, livros não obrigatórios. · A autenticação da Escrituração Contábil Digital (ECD), por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), desobriga qualquer outra autenticação. · Os termos de abertura e de encerramento deverão estar devidamente assinados, com certificado digital emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) ou por qualquer outro meio de comprovação da autoria e integridade de documentos em forma eletrônica, pelo respectivo interessado ou procurador e por contabilista legalmente habilitado, quando for o caso, com indicação do número de sua inscrição no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). 2) Os livros deverão ser exclusivamente digitais, podendo ser produzidos ou lançados em plataformas eletrônicas, armazenadas ou não nos servidores das Juntas Comerciais. 3) Os livros contábeis ou não conterão termos de abertura e de encerramento, que indicarão: I - Termo de abertura · A finalidade a que se destina o livro (nome do livro); · O número de ordem; · O nome empresarial; · O cadastro nacional da pessoa jurídica (CNPJ); · O município da sede ou filial; · O número e a data do arquivamento dos atos constitutivos na junta comercial; · A data e as assinaturas. II - Termo de encerramento · A finalidade a que destinou o livro (nome do livro); · O número de ordem; · O nome empresarial; · O período a que se refere a escrituração; · A data e as assinaturas. 4) A autenticação dos instrumentos de escrituração consiste na verificação das formalidades extrínsecas dos dados contidos nos termos de abertura e encerramento. · O contabilista legalmente habilitado e o interessado são responsáveis pelo conteúdodo documento digital entregue. · A comprovação da autenticação será realizada, por meio eletrônico, mediante recibo emitido pelo sistema público disponibilizado pela junta comercial. · AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS COMERCIAIS DIGITAIS É importante salientar que os Livros Digitais são os livros que anteriormente eram protocolados fisicamente e agora são apresentados para autenticação às juntas comerciais em forma digital (PDF). É diferente da Escrituração Contábil Digital (ECD), apresentada por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), cuja autenticação se dará pelo recibo de entrega da ECD emitido pelo SPED, dispensada qualquer outra forma de autenticação. · PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DA AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS NAS JUNTAS COMERCIAIS Apresentamos, a seguir, o procedimento padrão para realização da autenticação dos Livros Digitais pela junta comercial. Esses procedimentos podem variar de acordo com a junta comercial de cada estado. 1. Acessar o portal na internet da junta comercial do estado. 2. Acessar o Protocolo WEB. 3. Acessar a opção Instrumento de Escrituração Mercantil. 4. Preencher os dados de identificação da empresa (NIRE / CNPJ / nome empresarial). 5. Preencher os dados do contador. 6. Preencher os dados do Livro: · Forma de escrituração (tipo): Diário Geral. · Nº de ordem: Ao selecionar o tipo de livro, o sistema consultará a base de dados para recuperar o último livro autenticado do mesmo tipo e sugerirá o novo número de ordem, porém, habilitará o campo para edição e prevalecerá a informação indicada pelo usuário. · Data inicial: Assim como o campo número de ordem, o sistema consultará a existência de livro anterior com mesmo tipo para sugerir a data inicial do livro, porém, também permitirá a edição do campo. · Data final: O campo data final ficará sempre livre para informação sem sugestão de valor pelo sistema. Importante lembrar que existem tipos de livro (sociais) que permitem o campo data final em branco e até mesmo que ultrapassem o exercício social. O sistema avaliará cada caso e exibirá as críticas, quando for necessário. · Encerramento do exercício social: A maioria das empresas possui o encerramento do exercício social em 31/12, porém, cada empresa poderá informar o seu, lembrando que deverá ser informado o dia e mês apenas DD/MM. · Data de constituição: A data de constituição será recuperada do sistema e deverá ser avaliada pelo usuário, pois questões de conversão e transformação deverão ser consideradas para definir o valor do campo. · Escolher arquivo: O livro deve estar em conformidade com o padrão PDF/A. Deve ter no máximo até 10MB. Deve ter numeração começando em 2 (dois). · Impressão – páginas: O sistema exibirá a mensagem para alertar sobre a necessidade de indicar o total correto de páginas, pois além das páginas ou folhas que compõem o livro, será preciso considerar mais duas páginas, uma para o termo de abertura e outra para o termo de encerramento. O sistema limitará à quantidade máxima de mil páginas; se existir a necessidade de ultrapassar os limites informados acima, o usuário deverá dividir o livro em quantos livros forem necessários, sendo cada livro dentro dos limites de páginas/folhas. · Adicionar boleto: Antes de criar o protocolo, o usuário deverá gerar o boleto necessário para autenticação de livros e adicionar o número no preenchimento. 7. Ao confirmar, o sistema iniciará a validação dos arquivos PDF/A informados e iniciará o envio para os servidores da junta. Se tudo der certo, o sistema permitirá o prosseguimento, se algo der errado, o sistema apresentará o ícone de erro, indicando o tipo de problema. Vale lembrar que informar a quantidade incorreta de páginas ou folhas do livro invalidará o upload do arquivo, pois o sistema entenderá que existe inconsistência nas informações. Com isso, deve-se considerar sempre o termo de abertura como página 1 (um) e o termo de encerramento como a última página, definindo o total de páginas do livro. Para o protocolo de livro digital (PDF), obrigatoriamente, os termos de abertura e encerramento serão os gerados pelo sistema, com isso, ao gerar o PDF com os dados do livro, não inclua os termos, iniciando o documento pela página 2. 8. Após clicar na opção salvar, o sistema exibirá tela com o resumo dos pedidos, sendo possível visualizar o requerimento, o livro e cada termo de abertura e encerramento. 9. Após analisar o requerimento e os termos gerados pelo sistema, o usuário clicará na opção confirmar, o sistema exibirá a tela de confirmação com a possibilidade de exibir cada documento, que será assinado pelo usuário que está preenchendo o protocolo. 10. Após inserir a assinatura digital, ao clicar em finalizar, o sistema finalmente exibirá os protocolos gerados, com a possibilidade de visualizar e baixar todos os documentos. Importante destacar que o protocolo terá sido assinado inicialmente pela pessoa responsável pelo requerimento, faltando a assinatura dos demais responsáveis indicados para que os protocolos sejam disponibilizados para análise. É importante considerar que os livros serão assinados digitalmente, com isso, não existe a necessidade da impressão para coletar as assinaturas com caneta, para posterior digitalização. O formato digital é ainda mais seguro do que o formato tradicional, porém, os procedimentos são os mesmos, ou seja, os responsáveis pela assinatura permanecem os mesmos e somente após todos assinarem digitalmente o livro, ele será analisado pela junta comercial. VERIFICANDO O APRENDIZADO Parte superior do formulário 1. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) EDITOU A NORMA TÉCNICA INTITULADA: ITG 2000 (R1) – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL, COM A FINALIDADE DE ESTABELECER CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELA ENTIDADE PARA A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DE SEUS FATOS PATRIMONIAIS. QUANTO ÀS FORMALIDADES ESTABELECIDAS PELA NORMA TÉCNICA, PODEMOS AFIRMAR QUE: a) em se tratando de empresa subsidiária, estabelecida no país e com sede no exterior, a escrituração poderá ser realizada em moeda estrangeira, tendo como base o dólar. b) a escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises, demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e de responsabilidade exclusivas do profissional da contabilidade legalmente habilitado. c) quanto à documentação de suporte para a realização da escrituração, o simples comprovante da transação de pagamento emitido é suficiente para suportar o gasto. d) a escrituração contábil poderá ser executada em ordem atemporal, ou seja, a ordem cronológica de apresentação dos lançamentos não precisa ser observada, desde que eles estejam dentro do período de elaboração das demonstrações contábeis. e) a escrituração em forma contábil deve conter, no mínimo, a conta devedora, a conta credora e o valor do registro contábil. OBSERVAÇÃO É importante salientarmos que a escrituração contábil e a emissão dos livros e dos relatórios são atribuição e responsabilidade exclusiva do profissional de contabilidade, que deve ser legalmente habilitado e registrado no conselho regional de contabilidade. Parte inferior do formulário Parte superior do formulário 2. DE ACORDO COM A ITG 2000 (R1), OS LIVROS CONTÁBEIS OBRIGATÓRIOS, ENTRE ELES O LIVRO DIÁRIO E O LIVRO RAZÃO, DEVEM REVESTIR-SE DE FORMALIDADES EXTRÍNSECAS, QUE SE REFEREM A FORMALIDADES A SEREM OBSERVADAS ANTES DO LIVRO SER ESCRITURADO E FORMALIDADES INTRÍNSECAS, OU SEJA, AQUELAS QUE SE REFEREM AO PRÓPRIO CONTEÚDO DA ESCRITURAÇÃO. QUANTO ÀS FORMALIDADES DOS LIVROS DIÁRIO E RAZÃO PODEMOS AFIRMAR QUE: a) em relação à autenticação dos livros, podemos considerar como obrigatória a autenticação do Livro Razão e facultativa a do Livro Diário. b) as pessoas jurídicas que apresentem a Escrituração Contábil digital (ECD), por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), também deverão submeter os livros digitais para autenticação na junta comercial do estado. c) a escrituração deverá ser completa, em idioma e moeda corrente de preferência da empresa, sem linhas em branco,nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou folhas em branco. d) os livros em forma digital devem serem assinados manualmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado. e) em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e encadernação em forma de livro. OBSERVAÇÃOParte inferior do formulário OBSEVAÇÃO Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e encadernação em forma de livro, porém, o arquivo magnético autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela entidade. · TEMA 3: Constituição, Abertura e Encerramento de Empresas · MÓDULO 1: Tipos de sociedades e empresários · Tipos societários No momento de constituição de uma empresa, é natural surgirem dúvidas quanto aos tipos de sociedades que poderão ser formadas. Escolher o tipo social correto é fundamental para evitar conflitos entre os sócios e definir suas responsabilidades pelas dívidas sociais futuras. Os tipos societários vigentes encontram-se regulamentados no Código Civil, Lei nº 10.406/02, artigos 981 e seguintes. · TIPOS DE SOCIEDADE SOCIEDADE NÃO PERSONIFICADA (NÃO POSSUI REGISTRO) Encontrados nos arts. 986 a 996 do CC/2002, os tipos de sociedade descritos a seguir, por não terem registro, não possuem personalidade jurídica: · Sociedade em comum (irregular ou de fato) · É despersonificada por não possuir contrato social ou por tal contrato não ter sido registrado na junta comercial ou no registro civil das pessoas jurídicas. · Nesse tipo de sociedade, os sócios respondem de modo solidário e ilimitado pelas dívidas sociais. · Art. 987 ‒ os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo. · Sociedade em conta de participação (oculta) · Não tem registro por conta de interesse dos próprios sócios, que costumam firmar apenas um contrato de uso interno. · Nesse tipo de sociedade, reconhece-se a existência de duas espécies de sócios: SÓCIO OSTENSIVO Os negócios são realizados apenas em nome dele, sobre o qual recai a responsabilidade ilimitada pelas obrigações assumidas. X SÓCIO OCULTO Não aparece perante terceiros, respondendo apenas perante o sócio ostensivo, conforme previsto em contrato. · Ainda que o ato constitutivo da sociedade em conta de participação seja levado a registro no cartório de registro de títulos e documentos, ela não deixará de ser classificada como sociedade não personificada. · Art. 993 ‒ O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade. SOCIEDADE PERSONIFICADA (POSSUI REGISTRO) Encontrados nos arts. 997 a 1.101 do CC/2002, esses tipos de sociedade possuem personalidade jurídica, que é adquirida com o registro. São eles: · Sociedade em nome coletivo · Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais (Art. 1.039). Veja a estrutura do nome empresarial a seguir: · Sociedade comandita simples · Na sociedade em comandita simples, que é uma empresa de capital fechado, tomam parte sócios de duas categorias: COMANDIDATOS Capital e trabalho (responsabilidade solidária e ilimitada): pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais (Art. 1.045). X COMANDITÁRIOS Capital (responsabilidade limitada/não pode participar de qualquer ato da gestão): obrigados somente pelo valor de sua quota (Art. 1.045). Veremos a seguir a estrutura do nome empresarial: Nome: firma (nome dos sócios comanditados). · Sociedade limitada · Seu capital é dividido em quotas. · Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social (Art. 1.052). · A sociedade limitada pode ser constituída por uma ou mais pessoas. Veja como se dá o nome empresarial: Nome: denominação ou firma + (LTDA). · Sociedade anônima · Na Sociedade anônima, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir (Art. 1.088). · Responsabilidade limitada e não solidária. · A sociedade anônima rege-se por lei especial (Lei 6.404/1976). · Ela pode ser de capital aberto ou fechado. Veja agora o nome empresarial da sociedade anônima: Nome: denominação ou nome fantasia + (S/A no final ou Companhia ou Cia no início). · Sociedade comandita por ações · A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima (Art. 1.090). · Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade. · Ela pode ser de capital aberto ou fechado. Observe a seguir a estrutura do nome empresarial: Nome: denominação ou firma + (comandita por ações ou C/A). COMENTÁRIO Para um melhor entendimento, esclarece-se que responsabilidade solidária é aquela em que todos os responsáveis se encontram em situação de igualdade, podendo ser penhorados os bens de qualquer deles, ou de todos, sem ordem preferencial. Já na responsabilidade subsidiária, primeiramente são penhorados os bens do devedor principal e, depois, caso eles não existam em quantidade suficiente para saldar a dívida, podem ser excutidos os bens do devedor subsidiário. · CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES Antes da escolha dos tipos de sociedades quanto à forma jurídica, elas precisam ser classificadas quanto ao objeto em: sociedades simples ou sociedades empresárias. O Código Civil (art. 982) criou as figuras das sociedades simples a serem registradas no registro civil das pessoas jurídicas e das sociedades empresárias, com seu registro na junta comercial (Código Civil, art. 1.150). SOCIEDADE SIMPLES A sociedade simples é uma modalidade de empresa que não tem finalidade empresarial. O formato é direcionado a profissionais de natureza intelectual, científica, literária ou artística. Nesse formato, a sociedade é formada por dois ou mais profissionais que exercem a mesma atividade de forma coletiva. É o caso de escritórios de advocacia ou consultórios médicos em que os profissionais prestam o mesmo tipo de serviço à sociedade sem vínculo empresarial. Ela depende da atuação pessoal de seus componentes, sendo formada por profissionais do mesmo ramo (contadores/advogados/médicos). Registro do contrato social: registro civil das pessoas jurídicas (RCPJ), exceto para as sociedades de advogados, cujo registo se dá na OAB. SOCIEDADE EMPRESÁRIA A sociedade empresária tem como objetivo a atividade econômica organizada para a produção e/ou circulação de bens ou de serviços. Ela não tem dependência da atuação pessoal dos sócios. A atividade econômica organizada (comércio, indústria) refere-se ao fato de que o produto ou serviço que resulta dessa sociedade é produzido pela empresa, e não diretamente pelos seus sócios. Registro do contrato social: junta comercial do estado · TIPOS DE EMPRESÁRIOS O empresário encontra-se definido no Livro II, Título I, do Código Civil, Lei nº 10.406/02, artigos 996 a 980. Atualmente, existem algumas possibilidades para quem quer abrir uma empresa e não pensa em ter sócios. Veja abaixo: MEI – microempreendedor individual · Introduzido pela Lei Complementar nº 128/2008 e inserido na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar nº 123/2006) · o microempreendedor individual (MEI) possibilita a formalização de empreendedores por conta própria, tendo sido criado em julho de 2009. · Um MEI não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular, podendo ter, no máximo, um funcionário. · Ele tem receita bruta anual limitada. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL · Oempresário individual é aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial não possuindo personalidade jurídica. · É a pessoa física (natural) titular da empresa. · O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são os mesmos; · logo, o titular responde de forma ilimitada pelas dívidas. EIRELI – empresa individual de responsabilidade limitada · A EIRELI, criada pela Lei nº 12.441/2011 · constitui nova modalidade empresarial que permite a possibilidade do exercício de atividade empresarial de forma individual com limitação da responsabilidade. · Assim, o empreendedor não responde com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa. · Houve também, para a proteção do credor (uma vez que o empresário individual nessa categoria não responde com o seu patrimônio pessoal pelas dívidas da empresa) · a criação de um limite mínimo de capital a ser integralizado na EIRELI. · Esse limite foi estabelecido na importância de 100 vezes o valor do salário-mínimo vigente no momento do registro do ato constitutivo da EIRELI. · A respeito de uma possível atualização do valor do salário-mínimo, o DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comércio) já determinou que não será necessário o aumento regular do capital integralizado da EIRELI. COMENTÁRIO A sociedade unipessoal limitada, criada por meio da MP nª 881/2019, a chamada MP da Liberdade Econômica, convertida na Lei nº 13.874/2019, vem trazendo grandes benefícios para os novos empreendedores. Ela é muito semelhante à EIRELI, mas difere da empresa individual de responsabilidade limitada em alguns aspectos importantes. Um deles diz respeito à obrigatoriedade da integralização de capital social, no momento de sua constituição, de 100 salários mínimos da EIRELI, o que não existe na limitada unipessoal. Outra vantagem - e que também caracteriza uma diferença para a EIRELI - é que a sociedade limitada unipessoal permite que o empreendedor abra mais de uma empresa nesse formato. · MICROEMPRESA (ME) E EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP) Instituídas pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) são as possíveis classificações para empresas que possuem menor volume de faturamento. Esse dispositivo legal estabeleceu para elas um tratamento diferenciado, principalmente no tocante à arrecadação de impostos e contribuições, a partir do sistema único de tributação denominado Simples Nacional. Podem ser enquadradas como ME ou EPP: · Sociedades simples; · Sociedades empresárias; · Empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI); · Empresários individuais devidamente registrados. Atenção As sociedades anônimas (S/A) não se enquadram como ME ou EPP. Contudo, para realizar o enquadramento e usufruir dos benefícios, algumas situações devem ser observadas antes da elaboração do contrato social, principalmente no tocante às participações societárias. De acordo com o art. 3º, § 4º, inciso IV, da Lei Complementar nº 123, de 2006, não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nessa Lei Complementar a pessoa jurídica: I De cujo capital participe outra pessoa jurídica; II Que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica com sede no exterior; III De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário, ou seja, sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos dessa Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; IV Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por essa Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput desse artigo; V Cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; VI Constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; VII Que participe do capital de outra pessoa jurídica; VIII Que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; IX Resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos cinco anos-calendário anteriores; X Constituída sob a forma de sociedade por ações; XI Cujos titulares ou sócios guardem cumulativamente com o contratante do serviço relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014). EXERCÍCIO QUESTÃO 1 A regulamentação dos diversos tipos societários vigentes encontra-se no Código Civil. A escolha do tipo social correto é fundamental para evitar conflitos entre os sócios e definir suas responsabilidades pelas dívidas sociais futuras. Quanto aos tipos de sociedades definidas pelo Código Civil, podemos afirmar que: A) a sociedade em comum é despersonificada por não possuir contrato social ou por ele não ter sido registrado na junta comercial ou no registro civil das pessoas jurídicas.(x) B) na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, obrigando-se cada sócio somente pelo valor de emissão das quotas que subscrever. C) as sociedades personificadas não possuem personalidade jurídica por não terem registro. D) na sociedade anônima, o capital divide-se em ações e a responsabilidade de cada acionista é restrita ao valor de suas ações, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. E) As sociedades não personificadas possuem personalidade jurídica, que é adquirida com o registro. OBSERVAÇÃO A sociedade em comum é considerada não personificada justamente por não possuir contrato social ou por ele não ter sido registrado na junta comercial ou no registro civil das pessoas jurídicas. As sociedades limitadas possuem responsabilidade limitada e solidária, enquanto as anônimas têm uma limitada, mas não solidária. As personificadas têm registro dos seus atos constituídos. Já as não personificadas são assim denominadas por não possuírem registro. Questão 2 Para quem quer abrir uma empresa e não pensa em ter sócios, atualmente existem algumas opções. Para saber qual modelo escolher, no entanto, o empreendedor deve ter clareza sobre a estruturação do seu negócio, determinando de forma objetiva quais são as atividades da empresa, as responsabilidades, o regime de lucro, a contratação de funcionários e a expectativa de faturamento, entre outros quesitos. Quanto às possibilidades de abrir uma empresa sem ter sócios, podemos afirmar que: A) a sociedade unipessoal limitada apresenta duas vantagens em relação a EIRELI: uma, referente à obrigatoriedade da integralização de capital social, com a existência de um valor mínimo 10 vezes superior ao valor do salário-mínimo vigente; e outra, que permite ao empreendedor abrir mais de uma empresa nesse formato. B) o MEI não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular, podendo ter, no máximo, dois funcionários, além de possuir uma receita bruta anual limitada. C) O empresário individual é aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são os mesmos; logo, o titular responde de forma limitada pelas dívidas. D) a EIRELI constitui a modalidade empresarial em que o patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual não são os mesmos; logo, o titular responde de forma limitada pelas dívidas. .(x) E) para a constituição de uma EIRELI, existe um limite mínimo de capital a ser integralizado, limite esse estabelecidona importância de 10 vezes o valor do salário-mínimo vigente no momento do registro do ato constitutivo da EIRELI. OBSERVAÇÃO. Entre as vantagens da sociedade unipessoal limitada em relação à EIRELI, uma refere-se à inexistência de um valor mínimo de integralização de capital social. O MEI pode ter, no máximo, um funcionário. O empresário individual possui responsabilidade ilimitada, enquanto na EIRELI o titular responde de forma limitada pelas dívidas. Para constituição de uma EIRELI, é necessário haver a integralização, no ato da constituição, do capital no valor mínimo de 100 vezes o valor do salário-mínimo vigente. · MÓDULO 2: Contrato social e junta comercial · O contrato social O contrato social está para as empresas assim como uma certidão de nascimento está para uma pessoa física. É o documento no qual constam as regras e as condições de funcionamento da empresa e no qual estão estabelecidos os direitos e as obrigações dos sócios. Que informações são necessárias antes da elaboração do contrato social? · DEFINIR O TIPO DE EMPRESA · Empresário individual ou sociedade; · Quanto ao objeto: simples ou empresária; · Quanto ao tipo jurídico: LTDA, S/A ou outra. Saiba mais Dos diversos tipos jurídicos existentes para as empresas no Brasil, as duas formas mais comuns são a sociedade anônima e a limitada. · DEFINIR O TIPO DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA Existem dois tipos de participação societária: SÓCIO QUOTISTA É o tipo de sócio que não trabalha na empresa nem retira o pró-labore, mas participa de lucros e prejuízos do negócio e responde pelos atos da pessoa jurídica em solidariedade com os outros sócios. X SÓCIO ADMINISTRADOR É o sócio responsável por desempenhar todas as funções administrativas. Ele assina e responde legalmente pela pessoa jurídica e recebe o pró-labore mensalmente como um pagamento pelo trabalho desenvolvido na empresa. Todos os sócios podem ser administradores ou não. Atenção No caso de nenhum dos sócios desempenhar essa função, um terceiro terá de ser nomeado administrador, devendo constar no contrato social tal situação. · VERIFICAR A SITUAÇÃO DO TITULAR OU DO(S) SÓCIO(S) De acordo com o art. 972 do Código Civil, são proibidos de exercer atividade empresarial: · Funcionários públicos; · Militares da ativa (art. 29 da Lei nº 6.880/1980); · Deputados e senadores (art. 54, CF); · Auxiliares do empresário (leiloeiros, despachantes aduaneiros, corretores); · Falidos (art. 102 da Lei nº 11.101/2005). FUNCIONÁRIO PÚBLICO Na maioria dos casos, o funcionário público está impedido pelo seu estatuto do servidor de ser sócio administrador ou titular de uma empresa, podendo geralmente ser apenas sócio quotista. X PARTICIPAÇÃO EM OUTRA EMPRESA Na maioria dos casos, não é vedada a participação de uma pessoa em mais de uma empresa; contudo, existem implicações quanto ao enquadramento de ME e EPP e, consequentemente, para fins tributários, ao Simples Nacional. · DETERMINAR O NOME EMPRESARIAL Veja a seguir alguns exemplos de determinação de nome empresarial: SE FOR EMPRESÁRIO INDIVIDUAL Será adotado o nome civil do titular (firma). Ex.: João da Silva Figueiredo; J. S. Figueiredo; João da Silva Figueiredo – Contabilidade. SE FOR UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA LTDA. Firma Ex.: João da Silva Figueiredo & Cia. Ltda.; Figueiredo & Cia. Ltda. ou Denominação Social Ex.: Pão do João Padaria Ltda.; JS Padaria Ltda.; João Figueiredo Padaria Ltda. SE FOR UMA SOCIEDADE SIMPLES LTDA. Apesar de ser uma razão ou denominação social, ela deve incluir a expressão “Sociedade Simples” ou “S/S” antes da expressão “LTDA.”. Ex.: JS Contabilidade Sociedade Simples LTDA.; Silva´s Contabilidade S/S Ltda. Saiba mais O nome fantasia é aquele inventado para a empresa; por meio dele, a organização é conhecida no mercado. Para verificar se o nome escolhido não é utilizado por outra empresa, deve ser feita uma pesquisa na base de marcas no site do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). O registro da marca no INPI é importante para que seja garantido o uso exclusivo dela em benefício de seu titular, coibindo, assim, o uso indevido por terceiros. · DETERMINAR O VALOR DO CAPITAL SOCIAL O capital social é a primeira fonte de recursos da empresa e pode ser formado por moeda corrente, bens ou direitos. É nesse momento que se deve identificar o valor que a empresa precisa para iniciar suas atividades e enfrentar suas primeiras despesas, como compra de equipamentos, matéria-prima, instalações, divulgação etc. · DEFINIR AS ATIVIDADES É necessário especificar exatamente quais atividades, cuja definição fica a cargo do CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica), serão desenvolvidas pela empresa. Esses códigos podem ser definidos e consultados na própria página do CNAE. · SOLICITAR CÓPIAS DE DOCUMENTOS Os documentos são: · Cópia do RG e CPF do titular, no caso de empresário individual, ou do(s) sócio(s) administrador(es), em caso de sociedade; · Cópia dos comprovantes de residência dos sócios; · Cópia do comprovante de endereço da empresa (IPTU). Que tal relembrar as informações necessárias antes da elaboração do contrato social? Informações necessárias Definir o tipo de empresa Definir o tipo de participação societária Verificar a situação do titular ou do(s) sócio(s) Determinar o nome empresarial Determinar o valor do capital social Definir as atividades Solicitar cópias de documentos · CLÁUSULAS DO CONTRATO SOCIAL De acordo com o art. 997 do Código Civil, a sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, menciona: I Nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios (se forem pessoas naturais), firma ou denominação, nacionalidade e sede dos sócios (se forem pessoas jurídicas); II Denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; III Capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação pecuniária; IV A quota de cada sócio no capital social e o modo de realizá-la; V As prestações a que se obriga o sócio cuja contribuição consista em serviços; VI As pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; VII A participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; VIII Se os sócios respondem (ou não) subsidiariamente pelas obrigações sociais. Atenção O contrato social deverá conter o visto de advogado, com a indicação do nome e do número de inscrição na seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. Fica dispensado o visto de advogado no contrato social de sociedade que apresentar, com o ato de constituição, a declaração de enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte. · REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL Conforme o art. 45 do Código Civil, a pessoa jurídica passa a ter existência legal a partir do registro dos seus atos constitutivos, que podem ser o estatuto ou o contrato social. Em geral, esses atos constitutivos da pessoa jurídica são registrados na junta comercial para as sociedades empresárias ou no RCPJ para as sociedades simples. Sendo assim, após conhecermos a elaboração do contrato social, trataremos do registro na junta comercial, reconhecendo os documentos e os formulários necessários para a obtenção do NIRE (número de identificação do registro de empresas). O órgão que regula e estabelece as normas gerais do registro de empresas no país é o DEI (Departamento de Registro Empresarial e Integração). Em cada estado brasileiro, subordinadas ao DREI, estãoas juntas comerciais. Elas são responsáveis pelos registros e pelo arquivamentos dos atos relativos à constituição, à alteração, à dissolução e à extinção das sociedades empresárias. Para que uma sociedade empresária possa funcionar de forma regular, ela precisa estar registrada na junta comercial de seu estado, sendo atribuído ao ato constitutivo o NIRE (número de identificação do registro de empresas). Para as pessoas jurídicas, esse passo é equivalente à obtenção da Certidão de Nascimento de uma pessoa física. A partir desse registro, a empresa existe oficialmente ‒ o que não significa que ela possa começar a operar. · PEDIDO DE VIABILIDADE A constituição da empresa começa pelo pedido de viabilidade, que é um serviço eletrônico de consulta prévia preenchido no endereço eletrônico da junta comercial. No formulário, são informados o tipo jurídico, o nome, o endereço e a atividade da empresa. Também são identificados os sócios e o valor do capital a ser investido. · CONSULTA DO NOME EMPRESARIAL A consulta de nome empresarial é uma pesquisa antecipada nos registros da junta comercial do estado sobre a existência de empresas constituídas com nomes empresariais idênticos ou semelhantes ao nome empresarial da empresa que se pretende abrir. Por isso, será necessário o preenchimento de até três opções de nomes para a empresa em ordem de prioridade. Se houver um nome igual ao escolhido no pedido já registrado na junta, automaticamente ela o rejeitará e tentará o segundo escolhido - e assim sucessivamente. Caso os nomes não sejam aprovados ou ocorra qualquer outro tipo de pendência, o processo retornará ao empresário, que deverá atender às solicitações e reapresentar a documentação para que seja aprovado. Além da consulta de viabilidade do nome empresarial, é importante, nessa etapa, consultar a prefeitura do município onde a empresa será instalada a fim de verificar os critérios de concessão do alvará de funcionamento para o exercício da atividade no local escolhido. Com o mesmo pedido de viabilidade da junta comercial, também existe a possibilidade de realizar uma “consulta prévia” à prefeitura municipal para saber se é possível exercer as atividades desejadas no local onde se pretende implantar a empresa (em conformidade com o Código de Posturas Municipais), bem como para obter a descrição oficial do endereço pretendido para a organização. Dica Nesse momento, apenas é realizada a consulta prévia de local. Após a autorização de funcionamento, é preciso dirigir à prefeitura e informar-se sobre quais licenças (referentes às atividades a serem desenvolvidas) deverão ser obtidas para a concessão do alvará de funcionamento definitivo. Conheça os passos desse processo: 1. A junta comercial responde imediatamente ao nome empresarial. 2. A prefeitura leva geralmente até dois dias úteis de prazo para responder ao pedido de viabilidade. 3. Na resposta negativa por parte da prefeitura, deve ser realizada uma nova viabilidade de local. 4. Na resposta positiva por parte da prefeitura, com ou sem exigências, a junta dá prosseguimento ao processo, devendo o empresário posteriormente tomar as providências em caso de exigências. 5. Se tudo estiver certo, será possível prosseguir com o arquivamento do ato constitutivo da empresa. 6. Com o registro da empresa, é gerado o NIRE, que é uma etiqueta ou um carimbo de autenticação feito pela junta comercial com um número fixado no ato constitutivo. · Alterações e baixas de empresas · Alteração contratual É comum que ocorram algumas mudanças com as empresas após a sua abertura, como o endereço da sede, a inclusão ou a exclusão de uma atividade exercida ou até mesmo a saída e a entrada de sócios. Essas transformações que acontecem devem ser atualizadas no contrato social da empresa e registradas nos órgãos competentes. Entenda como isso acontece: 1. As empresas devem elaborar um novo contrato social seguindo o modelo exigido pelos órgãos competentes e apresentar as alterações em relação ao original. 2. Após a elaboração do novo contrato social, a alteração contratual tem de ser arquivada no órgão de registro da empresa (junta comercial ou RCPJ), assim como o contrato de constituição. 3. Além disso, os demais órgãos, como a Receita Federal, a Secretaria Estadual de Fazenda e a prefeitura, precisam ser informados. · Distrato social Enquanto o contrato social é o documento que oficializa a criação de um negócio em sociedade, quando os sócios resolvem, em comum acordo, dissolver a sociedade, o documento que finaliza a relação entre eles é denominado distrato social. O artigo 51 do Código Civil de 2002 aponta que são julgadas dissolvidas as sociedades: 1. Com prazo expirado ajustado da sua duração; 2. Por quebra da sociedade ou de qualquer um dos sócios; 3. Por consenso entre os sócios; 4. Pela morte de um dos sócios (salvo convenção contrária a respeito dos que sobreviverem); 5. Por vontade de um dos sócios com a sociedade celebrada por tempo indeterminado. Dessa forma, o instrumento do distrato é o documento em que é manifestada a vontade ou a efetiva constatação de encerramento de uma firma individual ou sociedade. Trata-se do momento no qual se decide pela extinção de uma sociedade, sendo sucedido pela fase de liquidação. No distrato, são estipuladas todas as cláusulas relativas ao modo de liquidação, bem como a indicação do sócio ou terceiro que deve processar essa liquidação. Comentário A liquidação de uma firma individual ou sociedade mercantil é o conjunto de atos que sucedem e são necessários para a extinção. Nesse processo, é realizado o ativo, sendo pagos os passivos e destinados ao titular os saldos líquidos que existirem, ou procede-se com a partilha deles perante os componentes da sociedade. O distrato social precisa apresentar os elementos exigidos de acordo com as normas do Código Civil de 2002 e aquelas expedidas pelo Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (DREI). Esse distrato tem de conter: 1. A qualificação completa dos sócios · Nome empresarial, · Endereço completo da sede e, se sediada no país, o NIRE (número de identificação do registro de empresas) ou o número atribuído no cartório de registro civil das pessoas jurídicas, além do número do CNPJ da Receita Federal; · Nome e qualificação completa dos representantes da empresa no ato. 2. A qualificação da sociedade distratada · NIRE; · Número do CNPJ; · Endereço completo da sede. 3. Cláusulas essenciais · Motivos de dissolução; · Importância repartida entre os sócios; · Em caso de ativo e passivo remanescente, referência à pessoa ou às pessoas que assumirem; · Indicação da pessoa responsável pela guarda de livros e documentos; · Assinatura dos sócios após o encerramento do distrato social. O distrato social marca o fim das atividades normais da empresa. Desse modo, o arquivamento dele precisa ser providenciado na junta comercial em até 30 dias após a sua lavratura. Saiba mais De acordo com o §4º da Lei nº 123, de 2006, a baixa do empresário ou da pessoa jurídica não impede que posteriormente sejam lançados ou cobrados tributos, contribuições e respectivas penalidades decorrentes da falta do cumprimento de obrigações ou da prática comprovada e apurada em processo administrativo ou judicial de outras irregularidades praticadas pelos empresários, pelas pessoas jurídicas ou por seus titulares, sócios ou administradores. EXERCÍCIO Questão 1 Conforme determina o Código Civil, a sociedade constitui-se mediante contrato escrito particular ou público. Sendo assim, o documento que oficializa a criação de uma sociedade é o contrato social, devendo conter todos os dados da empresa, como razão social, endereço da sede, informações sobre os sócios etc. Quanto às formalidades do contrato social, podemos afirmar que: A) ele deve conter o visto de um contador, com a indicação do nome e do número de inscrição no Conselho Regional de Contabilidade. B) todos os sócios podem ser os administradores da sociedade ou não. No caso de nenhumdos sócios desempenhar essa função, um terceiro tem de ser nomeado administrador, devendo constar no contrato social essa situação.(x) C) o sócio quotista é o sócio responsável por desempenhar todas as funções administrativas: ele assina e responde legalmente pela pessoa jurídica, além de receber o pró-labore mensalmente como um pagamento pelo trabalho desenvolvido na empresa. D) o sócio administrador é o tipo de sócio que não trabalha na empresa. Ele não retira o pró-labore, mas participa de lucros e prejuízos do negócio e responde pelos atos da pessoa jurídica em solidariedade com os outros sócios. E) ele deve conter o valor do capital da sociedade, expresso em moeda corrente e integralizado exclusivamente em dinheiro, mediante depósito bancário em conta-corrente da empresa. OBSERVAÇÃO Um terceiro deve ser nomeado administrador, devendo constar no contrato social no caso de nenhum dos sócios desempenhar essa função. É necessário o visto de advogado nesse tipo de contrato para a constituição de empresas. O sócio quotista participa de lucros e prejuízos do negócio, mas, por não trabalhar na empresa, não retira o pró-labore; já o sócio administrador, por ser responsável por desempenhar funções administrativas, o recebe mensalmente como um pagamento pelo trabalho desenvolvido na empresa. A integralização do capital constante no contrato social pode compreender qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação pecuniária. Questão 2 Regulamentada pelo Código Civil, a pessoa jurídica passa a ter existência legal a partir do registro dos seus atos constitutivos, que podem ser o estatuto ou o contrato social, em que constam o tipo jurídico, o objetivo social e as demais normas que regerão o funcionamento, a administração e as relações entre os sócios da empresa. O órgão destinado ao registro do contrato social de uma sociedade empresária Ltda. é denominado: F) junta comercial do estado.(x) G) cartório de registro civil das pessoas jurídicas (RCPJ). H) Secretaria da Receita Federal. I) Secretaria de Estado de Fazenda. J) cartório de registro de títulos e documentos (RTD). OBSERVAÇÃO De acordo com o Código Civil, o registro das sociedades empresárias deve ocorrer nas juntas comerciais de cada estado. Já o RCPJ serve de órgão de registro para as sociedades simples. Por sua vez, a Secretaria da Receita Federal e a de Estado e Fazenda são responsáveis respectivamente pela inscrição no CNPJ e pela inscrição estadual das entidades. O RTD não realiza o registro das pessoas jurídicas. · MÓDULO 3: Abrindo uma empresa · Registros governamentais · Registro na Fazenda Federal (CNPJ) Com o NIRE em mãos, chegou a hora de registrar a empresa como contribuinte, ou seja, de obter o CNPJ(É a sigla de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica. De acordo com art. 3º da IN RFB 1863, de 27 de dezembro de 2018, todas as pessoas jurídicas e equiparadas, antes de iniciar suas atividades, estão obrigadas a se inscrever no CNPJ.) Se, para a pessoa jurídica, o registro na junta comercial é equivalente à obtenção da certidão de nascimento, o CNPJ, por sua vez, tem a mesma função do CPF (cadastro de pessoa física) de uma pessoa física. · Declaração de enquadramento ME e EPP Uma organização pode se enquadrar como microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) desde que atenda aos requisitos da Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006. O enquadramento é efetuado mediante uma declaração para essa finalidade, cujo arquivamento deve ser requerido em processo próprio. O Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI), por meio de Instrução Normativa, é quem orienta as juntas comerciais quanto aos procedimentos e aos atos necessários para a formalização do enquadramento. · REDESIM A Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (REDESIM) é um sistema integrado que permite a abertura, o fechamento, a alteração e a legalização de empresas em todas as juntas comerciais do Brasil, simplificando procedimentos e reduzindo a burocracia ao mínimo necessário. Esse sistema faz a integração de todos os processos de órgãos e entidades responsáveis pelo registro, pela inscrição, pela alteração e pela baixa das empresas por meio de uma única entrada de dados e de documentos acessada via internet. Com a REDESIM, a coleta de informações é unificada, evitando que o solicitante informe repetidamente dados já prestados anteriormente. Toda a informação é compartilhada entre os órgãos envolvidos, dando mais celeridade ao processo. Entre os parceiros, encontram-se os órgãos de registro (juntas comerciais, cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e OAB), as administrações tributárias no âmbito federal, estadual e municipal e os órgãos licenciadores, em especial o corpo de bombeiros, a Vigilância Sanitária e outros ligados ao meio ambiente. Para iniciar o processo de abertura da empresa, deve-se acessar o portal da REDESIM e seguir os seguintes passos: PASSO 1: CONSULTA PRÉVIA Como vimos no módulo 2, o processo de abertura de um estabelecimento, seja ele matriz ou filial, é iniciado pela consulta prévia de viabilidade (também conhecida por consulta prévia ou pesquisa prévia de viabilidade). Trata-se de uma pesquisa eletrônica antecipada que verifica em: PRIMEIRO LUGAR A possibilidade de exercício da(s) atividade(s) econômica(s) a ser(em) desenvolvida(s) pela pessoa jurídica no endereço escolhido, além de informar os critérios para a concessão do alvará de funcionamento. A pesquisa é feita no banco de dados da prefeitura do município onde a pessoa jurídica será instalada. X SEGUNDO LUGAR A existência de pessoas jurídicas constituídas com nomes idênticos ou semelhantes ao nome pesquisado. Essa pesquisa é feita nos bancos de dados dos órgãos de registro (juntas comerciais, cartórios de registro civil de pessoas jurídicas ou OAB). A resposta positiva autorizará a continuidade do processo e informará sobre as exigências e os documentos necessários. A resposta negativa conterá orientações para a adequação do pedido. PASSO 2: COLETA DE DADOS Nesta etapa, serão fornecidos todos os dados e informações de interesse dos órgãos envolvidos no processo de registro e legalização de pessoas jurídicas, isso também permite que órgãos prestem as orientações a respeito dos procedimentos necessários para a obtenção do registro e das respectivas inscrições tributárias. Veja como fazer para realizar esse cadastro: 1. Preencha o formulário eletrônico do aplicativo Coletor Nacional de Dados da Receita Federal do Brasil para o CNPJ (o coletor nacional contém todas as instruções de preenchimento e navegação). 2. Após a finalização do preenchimento, os dados devem ser transmitidos e o recibo da solicitação, impresso, gerando o documento básico de entrada (DBE). 3. Concluída essa etapa, o solicitante tem de entregar a documentação necessária no respectivo órgão de registro, que pode ser a junta comercial, o cartório de registro de pessoa jurídica ou a OAB. I- Encaminhar a documentação ao órgão de registro e Receita Federal Após coletar os dados nacionais, a documentação para conferência precisa ser entregue. Imprima o DBE e o anexe aos documentos que serão levados a registro. Nesse caso, o próprio órgão de registro realizará a emissão do CNPJ caso ele esteja integrado. ATENÇÃO Se o ato já estiver registrado, o DBE deverá ser emitido e entregue, com os demais documentos necessários para a análise e o deferimento do pedido, diretamente à unidade de atendimento da Receita Federal no endereço constante do DBE. II- Registro e inscrições tributárias Nesta etapa, será realizada a conferência documental, confrontando a documentação com as informações eletrônicas apresentadas. REGISTRO Consiste na análise e no arquivamento do ato de constituição de uma pessoa jurídica pelo órgão de registro. INSCRIÇÕES TRIBUTÁRIAS Elas são feitas no âmbito das administrações tributárias: Receita Federal e secretarias de fazenda estaduais e municipais.É muito importante que os documentos estejam de acordo com as informações prestadas. O acompanhamento desse processo também é realizado eletronicamente. Após a análise da documentação, estando tudo correto, as inscrições da pessoa jurídica são geradas em conjunto: CNPJ e inscrições tributárias estadual e municipal, bem como no respectivo órgão de registro PASSO 3: LICENCIAMENTO A etapa de licenciamento está ligada à classificação de risco da atividade econômica a ser executada pela pessoa jurídica. Ela está fundamentada nos códigos da Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e no preenchimento das informações prestadas nas etapas anteriores. O grau de risco é definido como o nível de perigo potencial de ocorrência de danos à integridade física e à saúde humana em meio ambiente ou ao patrimônio em decorrência de exercício de atividade econômica. Cabe aos órgãos e às entidades responsáveis pelo licenciamento definir atividades cujo grau de risco seja considerado baixo, médio ou alto em função de seu potencial de infringir requisitos de segurança sanitária, controle ambiental, prevenção contra incêndio e pânico, bem como outros requisitos previstos na legislação. Três situações podem ocorrer para o licenciamento da atividade: NÍVEL DE RISCO I Baixo risco, “baixo risco A”, risco leve, irrelevante ou inexistente: dispensa a necessidade de todos os atos públicos de liberação da atividade econômica para a plena e contínua operação e o funcionamento do estabelecimento. Tal nível não comporta vistoria para o exercício contínuo e regular da atividade, estando ela tão somente sujeita à fiscalização posterior. NÍVEL DE RISCO II Médio risco, “baixo risco B” ou risco moderado: permite automaticamente, após o ato do registro, a emissão de licenças, alvarás e similares de caráter provisório para o início da operação do estabelecimento. NÍVEL DE RISCO III Alto risco: atividades que não se enquadrem nos níveis de risco I e II devem se submeter à vistoria prévia para a emissão de licenças e alvarás para início da operação do estabelecimento. Nesse caso, o estabelecimento precisa cumprir tais exigências perante o órgão responsável. ATENÇÃO A inscrição, a alteração e a baixa do MEI é realizada exclusivamente por intermédio da sua formalização no Portal do Empreendedor, ou seja, ele está dispensado da apresentação do DBE e do protocolo de transmissão. · Registro na Fazenda Estadual Estão obrigadas a possuir inscrição estadual (cadastro na Secretaria da Fazenda Estadual) as empresas que possuam pelo menos uma atividade econômica (CNAE) sujeita à tributação pelo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O processo de Inscrição Estadual tem início após a empresa ter se constituído juridicamente nos órgãos competentes: junta comercial (NIRE) ou cartório (RCPJ) e Delegacia da Receita Federal (CNPJ). · Inscrição estadual A inscrição estadual é o número de inscrição liberado pela Secretaria Estadual de Fazenda (SEFAZ) necessário para a obtenção do cadastro de contribuintes do ICMS e a emissão da nota fiscal. O Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestação de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) tem como base legal o artigo 155, inciso II, § § 2º e 3º, da CF de 1988 e a Lei complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Estão obrigadas à inscrição estadual antes do início de suas operações todas as empresas com atividades de comércio, indústria e transportes intermunicipais, interestaduais e internacionais. Também estão incluídos os serviços de comunicação e energia. Após essa inscrição, a empresa fica formalmente registrada na Secretaria Estadual de Fazenda no estado onde está situada. Cada inscrição estadual corresponde a seu exclusivo CNPJ, não sendo admitida a vinculação de mais de uma inscrição estadual a um mesmo CNPJ. O número da inscrição tem de constar em todos os documentos fiscais. Além disso, ele precisa ser mencionado em: petições, declarações, arquivos e formulários apresentados às repartições fiscais; documentos de arrecadação; todos os documentos e arquivos eletrônicos; e termos de abertura e de encerramento dos livros de escrituração fiscal. A formação do número de inscrição pode variar de estado para estado. Conheça alguns exemplos: · Amazonas----------------00.000.000-1 · Bahia----------------------000000-01 · Ceará----------------------00000000-1 · Distrito Federal---------0000000000-01 · Rio de Janeiro-----------00.000.00-1 · Santa Catarina-----------000.000.000 SAIBA MAIS Com objetivo de centralizar a entrada das informações cadastrais das empresas em nível federal, estadual e municipal, as juntas comerciais do estado poderão disponibilizar um sistema de registro integrado. Assim, como vimos anteriormente, de acordo com o estado, a empresa a ser constituída poderá apresentar à junta comercial o pedido de inscrição estadual no momento da apresentação do pedido de registro do ato de constituição. · Registro na Fazenda Municipal Toda empresa, antes de iniciar suas atividades, deve providenciar o alvará de localização e funcionamento na Secretaria de Fazenda do município onde vai funcionar. Na maioria dos municípios, simultaneamente à liberação do alvará, é gerado o número de identificação no cadastro tributário do município. Tal número é denominado inscrição municipal. Essa numeração precisa constar no alvará de funcionamento, devendo ficar exposto em local visível no estabelecimento comercial. · Inscrição municipal Pessoas jurídicas, autônomos e profissionais liberais cujas atividades incidam tributação municipal (prestação de serviços) utilizarão a inscrição municipal para a emissão da nota fiscal de serviços com tributação do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). O ISSQN tem como base legal o artigo 156, inciso III, § 3º, da Constituição Federal do Brasil de 1988 e a Lei complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. O ISSQN é de competência municipal, sendo o imposto que incide sobre todas as prestações de serviços. Notas fiscais. Cada município possui uma legislação própria para a tributação do ISSQN; portanto, suas alíquotas podem variar em cada município. Com base no número de inscrição municipal, a prefeitura do município fiscaliza e controla o pagamento de tributos sob sua responsabilidade, principalmente em relação ao ISSQN. Desse modo, a inscrição municipal permite que o prestador de serviço emita notas fiscais de forma legal, possibilita a obtenção de certidões negativas obrigatórias para a participação em licitações e auxilia o governo na gestão tributária do município. · Licenças e inscrições nos órgãos de regulação As autorizações dos órgãos de vistoria são requisitos essenciais para conseguir o alvará de funcionamento e consequentemente a inscrição municipal. O ramo de atividade, o porte e o local da instalação vão influenciar os tipos de licenças necessárias ao funcionamento da empresa. Entre as inscrições e licenças frequentemente exigidas, estão as seguintes: LICENÇA AMBIENTAL Obtida em órgãos municipais e estaduais de meio ambiente e no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ela geralmente é exigida de empresas que exercem atividade industrial, metalúrgica, mecânica, têxtil, química, de calçados e agropecuária. LICENÇA SANITÁRIA O licenciamento da Vigilância Sanitária é necessário para todos os estabelecimentos, as empresas ou os autônomos que direta ou indiretamente, pelo tipo de atividade que desenvolvem, possam constituir algum risco à saúde. Suas normas são regulamentadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). LICENÇA DO CORPO DE BOMBEIROS A vistoria de cumprimento das normas de segurança é realizada pelo corpo de bombeiros. Praticamente todas as empresas estão sujeitas a ele. Os empreendimentos devem possuir a licença para funcionamento do corpo de bombeiros militar com tratamento diferenciado para as atividades de baixo risco. Para essasempresas, o processo de vistoria será feito depois que o negócio estiver funcionando. Com isso, a organização pode funcionar imediatamente após o registro, mas sem deixar de cumprir as normas previstas. O corpo de bombeiros militar pode realizar a qualquer tempo vistoria ou fiscalização, sempre devendo observar a fiscalização orientadora. SOLICITAÇÃO DE CADASTRO ELETRÔNICO DE CONTRIBUINTES É um procedimento obrigatório para todas as pessoas jurídicas, incluindo os optantes do Simples Nacional e os MEI instalados no município, para que possam ter acesso ao sistema emissor da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e). De acordo com a atividade, pode ser necessário acrescentar os seguintes documentos: 1. ATIVIDADES DE ALTO RISCO Cópia do certificado de aprovação dos bombeiros, do estudo de impacto do sistema viário e do aceite das instalações comerciais. 2. RESTAURANTES, BARES E SIMILARES Cópia do certificado de aprovação dos bombeiros, do estudo de impacto do sistema viário e do aceite das instalações comerciais. 3. COMÉRCIO OU PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO Cópia do documento de cadastro – inscrição estadual. 4. ATIVIDADES QUE POSSAM IMPACTAR O MEIO AMBIENTE Estudo prévio de impacto ambiental. EXERCÍCIO QUESTÃO 1 Com o objetivo de reduzir o tempo de abertura de uma empresa, o contador utiliza o meio informatizado que integra todos os órgãos públicos envolvidos no registro de empresas (junta comercial, Receita Federal, Secretaria de Fazenda Estadual e prefeituras). Nesse caso, o contador utilizará o(a): A. Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI) B. Registro Civil das Pessoas Jurídicas (RCPJ). C. Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (REDESIM)(x) D. Secretaria da Receita Federal (RFB) E. Junta comercial do estado OBSERVAÇÃO · Com o objetivo de evitar que o solicitante informe repetidamente dados já prestados anteriormente, a REDESIM permite a coleta de informações de forma unificada mediante o compartilhamento delas entre os órgãos envolvidos, agilizando, assim, todo o processo de abertura de empresas. · O DREI é responsável por orientar as juntas comerciais quanto aos procedimentos e aos atos necessários para a formalização das entidades. · O RCPJ é o órgão responsável pelo registro das sociedades simples; a junta comercial, pelo registro das sociedades empresárias; · e a RFB, pelo registro do CNPJ. QUESTÃO 2 Para iniciar suas atividades, a empresa deve solicitar à Secretaria de Fazenda do município onde vai funcionar o alvará de funcionamento. Com essa autorização de funcionamento, é gerado um número de identificação denominado inscrição municipal. Pessoas jurídicas, autônomos e profissionais liberais cujas atividades incidem tributação municipal também utilizarão a inscrição municipal para: A. Emissão das notas fiscais de entrada e saída de produtos e tributação do IPI B. Emissão das notas fiscais de entrada e saída de mercadorias e tributação de ICMS C. Identificação de contribuinte no cadastro tributário estadual D. Identificação do contribuinte no cadastro tributário federal E. Emissão da nota fiscal de serviços e tributação de ISSQN (x) OBSERVAÇÃO Somente com a inscrição municipal o prestador de serviços pode emitir suas notas fiscais de forma legal. Além disso, é com essa inscrição que a prefeitura do município fiscaliza e controla o pagamento do ISSQN. A emissão de notas fiscais de entrada e saída de produtos e mercadorias requer a inscrição estadual, que identifica o contribuinte no cadastro tributário estadual. Já a identificação do contribuinte no cadastro tributário federal se dá por meio do CNPJ. · MÓDULO 4: Terceiro setor · Constituição de entidades do terceiro setor · Primeiro, segundo e terceiro setor As organizações presentes em nossa sociedade podem ser classificadas em três setores distintos: PRIMEIRO SETOR O governo, também conhecido como setor público, é uma entidade do primeiro setor, ou seja, sua principal motivação é o interesse público. SEGUNDO SETOR Suas entidades são de interesse privado. O segundo setor, portanto, é constituído pelas empresas com fins lucrativos. TERCEIRO SETOR As entidades deste setor são sem fins lucrativos, sendo compostas por organizações civis e não governamentais (ONGs), fundações, institutos e organizações religiosas que trabalham de forma filantrópica com o objetivo social de melhorar o bem-estar comum da população. Portanto, o terceiro setor é aquele que não é público nem privado no sentido básico desses termos; porém, ele guarda uma relação com ambos. Ou seja, tal setor é composto pelas organizações de natureza “privada” (sem o objetivo do lucro) dedicadas à realização de objetivos sociais ou públicos, embora não seja integrante do governo (administração estatal). · Natureza jurídica das organizações do terceiro setor O terceiro setor é constituído por um conjunto de organismos, organizações ou instituições sem fins lucrativos provido de autonomia e administração própria que apresenta como papel e propósito primordial atuar voluntariamente na sociedade civil. A lei que trata da natureza jurídica das entidades do terceiro setor é o Código Civil, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Essa lei relaciona as pessoas jurídicas de direito privado, classificando as da seguinte forma: · As associações; · As sociedades; · As fundações; · As organizações religiosas (incluído pela Lei nº 10.825/2003); · Os partidos políticos (incluídos pela Lei nº 10.825/2003); · As empresas individuais de responsabilidade limitada (incluído pela Lei nº 12.441/2011). TERCEIRO SETOR As associações As fundações As organizações religiosas Os partidos políticos CÓDIGO DE NATUREZA JURÍDICA 399-9 - Associação privada 306-9 - Fundação privada 322-0 - Organização religiosa 327-1 - Órgão de direção local de partido político Vamos falar sobre cada uma delas a seguir: · As associações Uma associação tem seu conceito definido como uma pessoa jurídica criada a partir da união de ideias e esforços de pessoas em torno de um propósito que não tenha finalidade lucrativa (SZAZI, 2006). · Constituição Para a constituição de uma associação, basta reunir em assembleia, no mínimo, duas pessoas com maioridade civil que tenham a finalidade de associar-se para um propósito lícito e não lucrativo, podendo ser realizado em qualquer lugar que se preste a tal fim, sem a necessidade de convocação pela imprensa ou mesmo escrita. Assim que estiverem reunidos todos os convidados, deverão ser expostos por uma pessoa indicada ou um anfitrião o objetivo da reunião e as intenções com a criação da associação. Deverá ser formada a mesa diretora com o objetivo de conduzir com mais eficiência o processo de troca de ideias e a apreciação de propostas. Essa mesa precisa ser composta por, no mínimo, um presidente e um secretário, o qual lavrará a ata. É importante que, durante a reunião, seja entregue aos convidados uma minuta previamente preparada do estatuto social com as seguintes previsões: I. A denominação, os fins, a sede e o tempo de duração da associação. II. As considerações para admissão, demissão e exclusão do quadro social e as categorias de associados. III. Os direitos e os deveres dos associados, que poderão ser diferenciados. IV. As fontes de recursos financeiros para a manutenção de entidade e seus objetivos, que podem contemplar mensalidades. V. As atribuições e a forma de composição e funcionamento dos órgãos de direção com a recomendação de números ímpares de participantes, a deliberação em voto unitário e a eleição para mandatos de, no máximo, três anos. VI. A representação ativa e passiva da entidade em juízo e fora dele, sendo, em geral, exercida pelo presidente. VII. A (não) responsabilidade subsidiária dos associados pelas obrigações assumidas pela associação. VIII. As condições para a alteração do estatuto. IX. As causas para a dissolução da entidade e o destino a ser dado ao patrimônio social.X. Pode contemplar as certificações pretendidas. Após a aprovação do estatuto social, ocorre a eleição dos dirigentes da entidade para que eles cumpram o primeiro mandato; não havendo mais assuntos, a ata da assembleia de constituição tem de ser redigida e precisa conter a identificação de todos os presentes e a transcrição dos fatos ocorridos, assim como o texto integral do estatuto aprovado e a relação dos dirigentes eleitos, com o relato da posse. A existência jurídica da associação somente terá início com o registro dos atos constitutivos em cartório de registro de pessoas jurídicas da comarca da sede da organização. O requerimento precisa ser acompanhado de, no mínimo, duas vias da ata da assembleia de constituição da entidade revisadas por um advogado com registro na OAB. Assim que obtiver o registro, será necessário providenciar a inscrição no CNPJ, na prefeitura e em demais órgãos, de acordo com a natureza da entidade. · Extinção Também por vontade dos associados, as associações podem ser extintas, na forma do estatuto social, ordinariamente em assembleia especialmente convocada para esse fim e instalada com quórum qualificado, isto é, metade mais um dos seus associados. A mesma assembleia que deliberar a extinção poderá eleger um liquidante, que vai fazer a apuração dos bens e das dívidas da entidade. Caso o levantamento já tenha sido realizado antecipadamente, a assembleia deverá determinar a destinação do patrimônio e, depois de realizado o pagamento da dívida, observar as eventuais restrições impostas por títulos e qualificações desfrutadas pela organização. CURIOSIDADE O Código Civil (art. 61) possui disposição expressa acerca da destinação do patrimônio remanescente da associação quando de sua extinção: Art. 61 ‒ Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais do patrimônio da associação (art. 56), será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. · As fundações As fundações são definidas como um tipo especial de pessoa jurídica, podendo ser constituídas a partir da decisão de uma única pessoa. Trata-se, portanto, de um patrimônio destinado a servir, sem intuito de lucro, uma causa de interesse público determinada que adquire personificação jurídica por iniciativa de seu instituidor (SZAZI, 2006). Elas podem ser criadas pelo Estado, assumindo natureza de pessoa jurídica de direito público, ou por indivíduos ou empresas, quando assumem a natureza de direito privada. Para constituir uma fundação, é necessária a manifestação clara da vontade do fundador, feita mediante escritura pública ou testamento, em que devem constar, entre outros quesitos, o valor inicial do patrimônio livre de qualquer ônus ou embargo legal. Isso pode ser feito em dinheiro ou outros bens tangíveis, ou até mesmo intangíveis, desde que eles possuam o mesmo valor econômico. A demonstração de vontade do instituidor também precisa conter, de maneira clara e bem especificada, os fins aos quais a fundação se destina. Tais fins devem ser lícitos, não lucrativos e de interesse coletivo. · Constituição Em caso de criação em vida: 1. O esboço do estatuto e a indicação dos nomes dos primeiros dirigentes deverão ser apresentados ao Ministério Público, que vai avaliá-los, podendo realizar a aprovação, apresentando as modificações que julgar necessário, ou até mesmo negá-la. 2. Caso o estatuto seja aprovado, será autorizada a lavratura da escritura definitiva de instituição da fundação em cartório de notas de livre escolha do instituidor. O curador (pessoa com o dever de cuidar e fazer a administração dos bens) tem de comparecer ao ato para intervir como responsável. 3. Em seguida, será realizado o registro dos atos constitutivos da entidade no cartório de registro de pessoas jurídicas, no qual se representará a aquisição da personalidade jurídica pelo patrimônio destinado à fundação. 4. Assim que o registro for obtido, deverá ser providenciada a inscrição da entidade no CNPJ e na prefeitura, bem como nos demais órgãos de controle, de acordo com a natureza da fundação. · Extinção As fundações poderão ser extintas caso seu objeto se torne ilícito, impossível ou inútil, ou vença seu prazo de existência por iniciativa do Ministério Público ou de qualquer interessado. Elas também podem ser extintas pelo seu conselho curador, na forma do estatuto social, em reunião convocada somente para tal fim e instalada como quórum qualificado, isto é, metade mais um dos conselheiros, com o voto favorável de dois terços dos presentes e a aprovação do Ministério Público. A extinção precisará ser declarada judicialmente com a obrigação de citação do seu eventual administrador, esclarecendo, no curso do processo, os bens e as dívidas da entidade. Assim, a sentença que decretar a extinção terá de dispor sobre a destinação do patrimônio líquido, após o pagamento das dívidas, com a liquidação dos ativos da entidade. · Organizações religiosas As organizações religiosas são vistas de diferentes formas e desempenham funções distintas no meio em que estão inseridas. Primeiramente, como igrejas, elas funcionam como templo e espaço físico, assim como também operam no campo espiritual. Contudo, o que nos interessa nesse momento é a entidade dotada de personalidade jurídica: as organizações religiosas como pessoa jurídica de direito privado, que, como tal, possuem deveres e obrigações civis. As organizações religiosas foram inseridas como instituições diferentes das associações, um ente jurídico próprio, no terceiro setor. As organizações do terceiro setor são classificadas de acordo com as atividades que exercem. Assim, de acordo com Alves e Bonho (2019), as organizações religiosas estão alocadas na categoria “Religião”. Portanto, as organizações religiosas são classificadas quanto a: propósito, apoio mútuo, fonte principal de recursos, contribuições de associados e doações, composição do conselho e seus usuários. · Partidos políticos À medida que as formas democráticas de governo dos povos começaram a se estruturar, foram sendo criados instrumentos organizativos mais amplos e abrangentes, adequados ao exercício efetivo da democracia: os partidos políticos. O partido político é formado por um conjunto de cidadãos unidos por interesses e ideais comuns que procura concretizá-los por meio de um programa, buscando, para tanto, a conquista do poder e o exercício do governo. Segundo Alves e Bonho (2019), na classificação das entidades do terceiro setor, os partidos políticos estão alocados na categoria Lei, Direito e Política. Quanto à sua finalidade, os propósitos deles são classificados como campanhas. CURIOSIDADE A principal fonte de recursos dos partidos são as doações. Já a composição de seu conselho é formada por indivíduos interessados. · Constituição, dissolução e legislação das organizações religiosas e dos partidos políticos A Lei nº 10.825, de 22 de dezembro de 2003, é a que define as organizações religiosas e os partidos políticos como pessoas jurídicas de direito privado. Todavia, a lei que estabelece diretrizes de criação, funcionamento e dissolução é o Código Civil, Lei nº 10.406, de 10 de dezembro de 2002. O art. 1º da Lei nº. 10.825 define as organizações religiosas e os partidos políticos como pessoas jurídicas de direito privado: “ §1º ‒ São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. §3º ‒ Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. Desse modo, as organizações religiosas são livres para definir sua organização, sua estruturação interna e seu funcionamento, ou seja, elas têm o direito de autorregulamentação, passando a serseu critério o modo pelo qual desejam se organizar, se estruturar e funcionar. Os partidos políticos são legalmente formados voluntariamente por cidadãos com afinidades ideológicas e políticas em formato de associação visando à disputa do poder político. Como não existem regras especificas para as instituições em questão, elas devem buscar uma referência nas entidades às quais se assemelham. Nesse caso, as que mais se aproximam são as associações civis. Partindo das definições e das demais características das entidades, apresentaremos agora os seis passos para a formalização e a constituição de instituições do terceiro setor: BUSCA PRÉVIA DO NOME Fazer a busca do nome da instituição nos cartórios de registro de pessoa jurídica da comarca-sede da instituição. CONSULTA DO CPF DOS RESPONSÁVEIS Pesquisar o CPF do presidente na Secretaria da Receita Federal para ver se há restrições com seu nome ou se existem pendências pessoais. DEFINIR A ESTRUTURA JURÍDICA DA INSTITUIÇÃO Há duas ações aqui: definir a natureza jurídica da entidade: associação civil, fundação ou OSCIP (organização da sociedade civil de interesse público); e desenhar o organograma da instituição quanto ao funcionamento, aos níveis de decisões e à composição da diretoria para que haja uma definição do texto do estatuto. PREPARAR A ATA DA ASSEMBLEIA A ata é o documento que registra a manifestação da vontade das pessoas para a constituição da pessoa jurídica. Ela decide a constituição, a aprovação do estatuto social e a eleição da diretoria da instituição. REGISTRO DO ESTATUTO SOCIAL Trata-se de requerer ao cartório de registro civil das pessoas jurídicas o registro do estatuto social e da ata de constituição. REGISTRO NOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS Após encaminhar a ata de constituição/termo de posse da diretoria e o estatuto aprovado para o registro em cartório da comarca-sede da instituição, há a exigência de registrar a instituição em outros órgãos públicos, como: a) Receita Federal do Brasil (CNPJ) ‒ preencher DBE (documento básico de entrada) no CNPJ); b) Prefeitura municipal – solicitar o alvará de funcionamento à prefeitura do município e os formulários para o alvará de licença no corpo de bombeiros. Além disso, se desenvolver alguma atividade que possa constituir algum risco à saúde, será necessário o licenciamento da Vigilância Sanitária regulamentado pela Anvisa. EXERCÍCIO QUESTÃO 1 No Brasil, dividimos as atividades econômicas desenvolvidas pela sociedade em três setores. Todos eles existem para fazer com que o sistema funcione bem e todos tenham qualidade de vida. Diante disso, assinale a alternativa correta em relação às entidades do primeiro, do segundo e do terceiro setor. A. O primeiro setor é formado pelas empresas com fins lucrativos responsáveis pelas questões sociais. B. O segundo setor é formado pelo governo, que é responsável pelas questões individuais. C. O terceiro setor é composto por entidades privadas sem fins lucrativos cujos objetivos são de caráter social, sempre visando ao bem-estar da população.(x) D. O segundo setor também conhecido como setor público, pode ser identificado como Estado, isto é as prefeituras municipais, os governos dos estados e o presidente da República, ou seja, todos os governantes. E. O primeiro setor é composto por instituições religiosas, ONGs, entidades beneficentes e organizações compostas por voluntários, entre outros, não havendo fins lucrativos. Seus objetivos são de caráter social, sempre visando ao bem-estar da população. OBSERVAÇÃO Dos três setores sociais, o primeiro setor é formado pelo governo, que cuida das questões de interesse público; o segundo setor, por sua vez, pelas entidades privadas com fins lucrativos; e o terceiro setor, também de natureza privada, embora sem fins lucrativos, cuida dos interesses sociais visando ao bem-estar da população. QUESTÃO 2 Criada a partir da união de ideias e esforços de pessoas em torno de um propósito que não tenha finalidade lucrativa, uma associação, também por vontade dos associados, poderá ser extinta. Considerando o processo de extinção das associações, assinale a alternativa correta. A. As associações poderão ser extintas, na forma do estatuto social, ordinariamente em reunião especialmente convocada para esse fim e instalada com quórum simples, em que prevalece o voto da maioria dos associados presentes na assembleia. B. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido será destinado à entidade sem fins lucrativos designada no estatuto, ou, quando este for omisso, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal de fins idênticos ou semelhantes.(x) C. Após a decisão em assembleia pela dissolução da associação, os ativos serão destinados conforme determinação do estatuto, enquanto os passivos serão extintos. D. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido será repartido entre os associados em proporção determinada em assembleia, que será convocada somente para até o fim instalada como quórum qualificado E. Dissolvida associação, a diretoria deverá determinar a destinação do patrimônio. Depois de realizado o pagamento da dívida será preciso observar as eventuais restrições impostas pelos títulos e pelas qualificações desfrutadas pela organização OBSERVAÇÃO Para que uma associação seja extinta, deverá ser convocada assembleia com essa finalidade e instalada com quórum qualificado, isto é, metade mais um dos seus associados. O patrimônio líquido remanescente após a dissolução será destinado a outra entidade sem fins lucrativos designada no estatuto; se não houver menção nele, esse patrimônio será entregue à instituição municipal, estadual ou federal com os mesmos fins. · · MODULO 1: Sistema informatizado de contabilidade Por meio de um sistema informatizado, o contador pode se beneficiar da grande quantidade de informações centralizadas na contabilidade e elaborar relatórios nos vários aspectos gerenciais, colocando à disposição da administração, em tempo hábil, dados que proporcionam a tomada de decisões. A utilização dos sistemas informatizados também permitirá que as empresas cumpram obrigações acessórias nas entidades governamentais quanto às transmissões de informações fiscais e contábeis, por meio da utilização do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Para fins acadêmicos, utilizaremos o sistema informatizado de contabilidade da Fortes Tecnologia. Utilizaremos os seguintes módulos: Fortes Pessoal O Sistema Fortes Pessoal é destinado à execução e à gestão de todas as rotinas vinculadas ao Setor de Pessoal. Fortes Fiscal O Sistema Fortes Fiscal é destinado à execução e gestão das rotinas vinculadas ao Setor Fiscal. Fortes Contábil O Sistema Fortes Contábil é um sistema de automação contábil completo, destinado às rotinas vinculadas ao Setor Contábil. Para entender melhor sua utilização, vamos ver etapa por etapa do sistema informatizado de contabilidade da Fortes Tecnologia. · Conhecendo um sistema informatizado de Contabilidade A Fortes Tecnologia possui um programa de apoio ao estudante, permitindo o acesso gratuito às versões acadêmicas dos sistemas. Para conhecer o programa e baixar os sistemas acesse o site da Fortes Tecnologia. Quando estiver no site você deverá: Primeiro... Selecionar o Fortes Contábil, em versões Desktop, e clicar em Instalar (os demais módulos, fiscal e pessoal serão instalados simultaneamente), ou seja, basta baixar um módulo que os demais serão baixados também de forma automática. X Depois... Preencher o cadastro e clicar em baixar. Pronto! Agora é só instalar. Realize a instalação do sistema clicando no arquivo baixado. O passo a passo a seguir foi elaborado com base nos manuais dos sistemas Fortes (2021): · Cadastros Cadastro da empresa Após baixar e instalar o sistema, o próximo passo é cadastrar a empresa que trabalharemos. Ao acessar o Sistema Fortes AC, a janela de logon será aberta, conforme a figura seguinte: USUÁRIOPoderá ser um usuário cadastrado ou o usuário padrão do sistema, que é “ADMIN”. SENHA O usuário pode ter senha ou não. Já para o usuário padrão do sistema, que é o “ADMIN”, não há necessidade de senha. SUBSISTEMA Selecione “Administração”; assim, será possível realizar o cadastro necessário para todos os módulos (Pessoal, Fiscal e Contábil). O menu Cadastros é a parte mais importante do sistema, pois uma informação inserida de forma incorreta acarretará em problemas nas obrigações acessórias e em cálculos trabalhistas e tributários. Veja abaixo a imagem do menu de cadastro para melhor visualizar sua estrutura: INCLUIR UMA NOVA EMPRESA O cadastro da empresa se divide em três etapas: inclusão da nova empresa, histórico da empresa e histórico do estabelecimento. Depois de cadastrar a empresa, o bom funcionamento do sistema depende da Situação da Empresa e da Situação do Estabelecimento, que são preenchidos na sequência do cadastro da empresa. No Menu Cadastros, opção Empresas, clique em Novo, como na imagem a seguir: Nesta nova guia, como mostra a imagem a seguir, você deverá informar os dados cadastrais da empresa, tais como: · Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) · Denominação Social · Nome de Fantasia · Tipo de Tributação Código Não é preciso que o usuário preencha, pois é um sequencial e será sugerido automaticamente, mas você pode escolher um código para sua empresa. Nome É apenas um apelido para a empresa ou um nome resumido. Este nome será visualizado na tela do cadastro das empresas. ESTABELECIMENTOS Para preencher a aba Estabelecimentos, clique em Novo. Nesta guia, você informará os dados cadastrais da empresa, como Logradouro, Bairro, UF e Município, bem como informações sobre a situação da empresa enquanto contribuinte de tributos federais, estaduais e municipais. Fique atento à barra de rolagem! Após a conclusão do cadastro da empresa, clique em OK, o sistema mostrará “Opções da nova empresa”, conforme a tela a seguir: Esta empresa existe em todos os subsistemas Esta opção habilitará a empresa em todos os subsistemas (Módulos AC Pessoal, AC Fiscal e AC Contábil). Copiar cadastro de outra empresa Esta opção possibilita copiar alguns cadastros. Selecione a empresa 0001-Modelo SPED Após as parametrizações da tela de “Opções da nova empresa”, o sistema irá perguntar se deseja cadastrar o histórico da empresa. Clique em SIM. HISTÓRICO DA EMPRESA Vamos ver a seguir como preencher o histórico da empresa: · GERAL Nesta aba, você irá informar a data de início da atividade da empresa e as informações referentes à forma de tributação. · PESSOAL Nesta aba, você irá preencher as informações do Departamento Pessoal. · FISCAL Nesta aba, você irá preencher as informações do departamento Fiscal. · CONTÁBIL Nesta aba, você irá preencher as informações do departamento Contábil. A inclusão do histórico do estabelecimento será sugerida após a conclusão do histórico da empresa. Veja ao lado a aba que irá aparecer após você clicar em OK. Clique em SIM, e depois, quando surgir a nova aba, clique em Novo. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO No histórico do estabelecimento, deverão ser preenchidas algumas informações fundamentais para o cálculo correto das contribuições patronais previdenciárias na GPS dentro do Fortes Pessoal, tais como: · INSS patronal · Outras entidades · Risco de Acidente de Trabalho (RAT) Lembrando que os códigos de Fundo da Previdência e Assistência Social (FPAS), outras entidades, CNAE, e GPS também são muito importantes para o envio das informações previdenciárias e realização dos devidos cálculos de INSS. Como dito, primeiro você deve clicar em Novo, como indicado na imagem abaixo: Irá aparecer as abas do histórico do estabelecimento, que deverão ser preenchidas como indicado a seguir: · GERAL Nesta aba, você preencherá as informações referentes à atividade da empresa. · PESSOAL Nesta aba, você preencherá os dados referentes ao Departamento Pessoal. · FISCAL Nesta aba, você preencherá os dados referentes ao departamento fiscal. Após a conclusão do cadastro do histórico do estabelecimento, o cadastro da empresa está concluído. · DEPARTAMENTO PESSOAL · Atividades do Departamento Pessoal As atividades do Departamento Pessoal são disciplinadas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e por normas jurídicas a ela complementares. · Documentos necessários à admissão Veremos a seguir a lista de documentos necessários para realizar a admissão: · Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, mesmo em caráter temporário. · Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). · Título de eleitor, para os maiores 18 de anos · Certificado de reservista ou de alistamento militar, para os empregados brasileiros do sexo masculino com idade entre 18 e 45 anos. · Certidão de nascimento, casamento ou Carteira de Identidade (RG). · Comprovante de inscrição no Cadastro Pessoas Física (CPF). · Documento de Inscrição no PIS/PASEP, ou anotação correspondente na CTPS. · Cópia da certidão de nascimento de filhos menores de 14 anos, para fins de recebimento de salário-família; é necessária a apresentação anual do atestado de vacinação para crianças de até 7 anos e de frequência escolar semestral para os maiores de 7 anos. Saiba mais O Salário-Família é um benefício concedido aos trabalhadores que possuem filhos de até 14 anos ou filhos com algum tipo de deficiência. O valor é pago mensalmente aos profissionais em regime CLT, como um valor à parte do seu salário. O Salário-Família tem como objetivo contribuir como um complemento à remuneração dos trabalhadores de baixa renda que tenham salário de contribuição inferior ou igual à remuneração máxima da tabela do Salário-Família. PREENCHIMENTOS DE DOCUMENTOS De acordo com a legislação, o empresário não pode reter nenhum dos documentos pessoais do funcionário na empresa. Na contratação de empregados, são necessários os procedimentos e preenchimento dos seguintes documentos: Primeiro Obter a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do empregado, entregando-lhe recibo desta obtenção para efetuar as anotações e devolvê-la no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, contados a partir da data que o empregado efetuou a entregou ao empregador. Segundo Preencher o livro ou ficha de registro de empregados com os dados necessários do trabalhador. Terceiro Formalizar o contrato de trabalho e, caso haja cláusulas específicas que rejam o vínculo empregatício, registrá-las na CTPS. Quarto Preencher a ficha de Salário-Família, usada para lançar os dados extraídos das certidões de nascimento dos filhos menores de 14 anos. Quinto Preencher a declaração de dependentes para fins de Imposto de Renda, quando os rendimentos do empregado estiverem sujeitos à retenção na fonte. Sexto Preencher o cartão de ponto ou incluir o nome do empregado no livro de ponto. Sétimo Preencher a ficha referente ao Programa Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), cujas anotações serão feitas por Médico do Trabalho, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do trabalhador. CADASTRO DE EMPREGADOS (MÓDULO DE DEPARTAMENTO PESSOAL) No Sistema Fortes AC, para acessar o módulo de Departamento Pessoal, na janela de logon, como mostra a imagem abaixo, selecione o Subsistema: Setor Pessoal, e em Empresa: selecione a sua empresa já cadastrada. O preenchimento correto do cadastro do empregado é peça fundamental para o cálculo das folhas, bem como os recolhimentos dos encargos. Assim como no cadastro daEmpresa, o cadastro do Empregado está localizado no menu: Cadastros > Empregados > Novo > Cadastro. Veja a imagem a seguir: Ao selecionar para cadastrar, será aberta a seguinte tela: O CPF e NIS estão localizados ao lado do nome do empregado, por se tratar de duas informações importantes, que serão consideradas como chave de identificação do trabalhador no eSocial. (NIS – Número de Identificação Social) Vamos ver agora a explicação de cada aba que deverá ser preenchida: Dados pessoais Nesta aba, deverão ser colocados os dados pessoais do empregado. Cônjuge e dependentes Caso o empregado tenha dependentes, tanto para o recebimento do Salário-Família, quanto para efeito de IRRF, estes deverão ser cadastrados na opção de dependentes ainda no cadastro do empregado. Contato Nesta aba, serão informados os dados de contato do funcionário, como endereço, telefone e outros. Documentos As informações de documentos, assim como os demais dados cadastrais, devem ser preenchidas de maneira correta, para que sejam corretamente enviados para outros sistemas e obrigações acessórias, como o eSocial. Dados bancários Nesta aba, serão preenchidos os dados referentes à conta bancária do funcionário, para que sejam realizados os pagamentos. Dados contratuais Os dados contratuais, como, tipo de admissão, vínculo, categoria etc. terão impacto direto em cálculos como INSS e FGTS. Por exemplo: ao informar que o tipo de admissão se trata de um estágio, o sistema não calculará qualquer encargo, pois o estagiário não tem vínculo empregatício. Por essa razão, é importante preenchê-lo com atenção redobrada. Nesta aba, serão preenchidas diversas informações, como: o cargo, a função e a jornada de trabalho; a remuneração; os benefícios, como vale-transporte e vale-refeição. Saiba mais Descontar os VTs entregues aos empregados, observando o limite percentual (esta opção exige o uso da ferramenta de controle de VTs): utilizando esta opção, o sistema verificará se o valor gerado pela ferramenta VTs é menor que o valor de desconto do percentual sobre o salário do empregado. Com isso, o valor a ser descontado de VTs não ultrapassará o valor dos vales-transportes gerados. Vale-transporte: o empregado tem o ônus de responder com a parcela de 6% do seu salário básico ou vencimento, independentemente dos dias trabalhados. Vale destacar que esse desconto está limitado ao valor total das passagens recebidas pelo funcionário no mês, portanto, o que será descontado é o menor valor entre os dois, ou 6% sobre o salário-base ou as passagens recebidas Após a conclusão do cadastro, ao clicar em OK, se tudo estiver correto, a lista de cadastro de empregados aparecerá com o ícone de verificação verde. Havendo alguma pendência, o campo de verificação se apresentará com o ícone vermelho. Basta clicar no ícone vermelho com a exclamação que o sistema direcionará para o campo com problema no preenchimento. QUESTÕES Questão 1 Na atualidade, as inovações tecnológicas aplicadas na área contábil têm permitido maior interação entre os profissionais de contabilidade e seus clientes por meio da utilização de sistemas informatizados que permitem fortalecer o relacionamento entre prestadores e clientes de serviços contábeis. Analise as afirmativas quanto à utilização dos sistemas informatizados pela contabilidade. I- A utilização de um sistema contábil integrado e estruturado pode gerar atrasos no cumprimento das atividades e nas tomadas de decisões, bem como aumentar os erros operacionais. II- A utilização de um sistema de contabilidade aumenta a produtividade, uma vez que proporciona mais praticidade e eficiência operacional, ou seja, mais agilidade na realização de tarefas eliminando processos manuais. III- A importância de utilização dos sistemas informatizados está relacionada às práticas de inovações governamentais quanto às transmissões de informações fiscais e contábeis das empresas, como por meio da utilização do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Estão corretas: A) Somente I e III. B) Somente I e II. C) Somente II e III.(x) D) Somente II. E) Somente III. OBSERVAÇÃO A falta de um sistema contábil integrado e estruturado gera atrasos no cumprimento das atividades e nas tomadas de decisões, bem como aumenta os erros operacionais, por isso, a alternativa I está incorreta. A utilização de um sistema de contabilidade, por sua vez, permitirá o aumento da produtividade por meio da eliminação de tarefas e processos manuais, além de auxiliar no cumprimento de obrigações acessórias exigidas atualmente pelos órgãos governamentais por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Questão 2 A área responsável pela administração dos funcionários da empresa é o Departamento Pessoal, suas funções vão desde a admissão até a demissão dos colaboradores, passando por rotinas como férias, folha de pagamento, benefícios, entre outras. Assinale a alternativa correta quanto aos procedimentos do Departamento Pessoal: A) O Departamento Pessoal deverá verificar, na CTPS, na parte de "Anotações Gerais", o registro de cadastro no PIS. Na falta dessa anotação e não tendo o empregado apresentado o documento que comprove o cadastro, o departamento desconsiderará tal informação no cadastro do funcionário. B) Na admissão, o Departamento Pessoal deve obter a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do empregado, para efetuar as devidas anotações e devolvê-la no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis.(X) C) Não faz parte da rotina do Departamento Pessoal administrar as horas trabalhadas pelos colaboradores, ficando a critério do funcionário fazer os registros e montar as escalas de horários. D) O Departamento Pessoal, no momento da admissão, para fins de levantamento da situação do empregado, procederá à retenção do documento de identificação até que todos os dados sejam levantados junto aos órgãos competentes. E) Para fins de preenchimento das informações referentes ao Salário-Família, o Departamento Pessoal solicitará ao empregado cópia da certidão de casamento. OBSERVAÇÕES O departamento controlará prazos de entrega da CTPS ‒ prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, se a empresa ainda utiliza o documento físico – e dos demais documentos obrigatórios, não sendo permitida a retenção do documento de identificação. O cadastramento do PIS é obrigatório. Por isso, esse processo deve ser feito pelo próprio empregador, quando o funcionário é contratado em seu primeiro emprego. O Departamento Pessoal é responsável por administrar as horas trabalhadas pelos colaboradores. Um dos documentos necessários para cadastro no salário-família é a certidão de nascimento dos filhos. · MÓDULO 2: FOLHA DE PAGAMENTOS NO SISTEMA INFORMATIZADO · Setor de Pessoal - Elaboração da folha de pagamento e encargos sociais · Folha de Pagamento Basicamente, uma Folha de Pagamento é o documento que deve ser elaborado, ao final de cada mês, por todas as entidades que possuem empregados, indicando seus nomes, remunerações, descontos e valores líquidos a serem pagos. · Remuneração e salário A remuneração não é o mesmo que o salário, visto que o salário representa apenas uma parte da remuneração. Existem três tipos de salário: Salário bruto Equivale ao conceito de remuneração. Salário fixo Salário pelo qual o funcionário é contratado. Salário líquido Valor efetivamente pago ao funcionário. O artigo 457 da CLT procura trazer a distinção entre salário e remuneração. Compreende salário não somente a importância fixa estipulada e paga pelo empregador, mas também as comissões, percentagens, gratificações, diárias para viagem e abonos pagos pelo empregador. Já remuneração compreende, além do salário, as gorjetas que o empregado receber. · Tipos de empregados Existem três tipos de empregados, veremos a seguir cada um deles: Empregado mensalista É aquele que, no ato da contratação, tem o valor do seu salário definido por mês de “30 dias” (convenção adotada independentementese o mês é de 28, 29, 30 ou 31 dias). Além do salário fixo mensal, as informações básicas para que se possa calcular a Remuneração Total – salário bruto (salário fixo, horas extras, faltas e atrasos) são: SD (Salário-Dia) e o SH (Salário-Hora). O SH seria útil, por exemplo, para o cálculo dos descontos com faltas e atrasos, bem como os acréscimos com horas extras. Empregado horista É aquele que, no ato da contratação, tem o valor de seu salário definido por hora. Além do salário-hora, para o cálculo da remuneração total a ser paga a um empregado horista, precisamos determinar o SD (Salário-Dia), o SM (Salário-Mês) e a JD (Jornada Diária). Com essas informações, é possível calcular, por exemplo, os descontos com faltas e atrasos, os acréscimos com horas extras, o 13º salário, as férias etc. De forma diferente do empregado mensalista, em que todos os meses são considerados com 30 dias, nos cálculos do horista, considera-se o número exato de dias do mês, isto é, 28, 29, 30 ou 31. Empregado comissionado É aquele contratado com percentual sobre o valor das vendas, podendo também, além da comissão, ter um salário fixo. Caso haja, além da comissão, um salário fixo, o cálculo da remuneração dessa parte fixa seguirá os mesmos parâmetros utilizados no cálculo efetuado pelo empregado mensalista. Entendendo melhor sobre o SD (Salário-Dia) e o SH (Salário-Hora) do empregado mensalista a seguir: Exemplo Se determinado empregado mensalista é contratado com salário mensal de R$3.000,00 e jornada mensal de 220 horas, teremos os seguintes cálculos: SD = R$3.000,00 ÷ 30 = R$100,00 SH = R$3.000,00 ÷ 220 = R$13,64 Admitindo que o empregado foi contratado no dia 15, até o dia 30, seriam contados 16 dias. O salário bruto: SD x 16 = R$100,00 x 16 = R$1.600,00 FOLHA DE PAGAMENTO NO SISTEMA INFORMATIZADO (FORTES SETOR PESSOAL) Ao acessar o Sistema Fortes AC, selecione o Subsistema Setor Pessoal e a Empresa Cadastrada. Para gerar a Folha de Pagamento, clique no menu Movimentos, submenu Folha de Pagamento, opção: Criar. Como mostra a imagem a seguir: Serão exibidas as seguintes opções: PAGAMENTO Selecione a forma de pagamento dos empregados que participarão dessa movimentação. MÊS/ANO Informe a competência da folha. SEQ. Informe o número sequencial da folha que está sendo criada nessa competência. Caso seja a primeira folha para a competência, informe o sequencial 01. CÁLCULO Informe a data de pagamento da folha. SELECIONE AS LOTAÇÕES Marque ou desmarque as lotações que deseja que participem dessa movimentação Clique no botão Avançar para continuar o processo de criação. Após avançar, será exibida a seguinte tela: Na parte de “Selecione os Empregados” marque ou desmarque os empregados que deseja que participem dessa movimentação. Clique no botão Avançar para continuar o processo de criação. Clique no botão Concluir para finalizar o processo de criação da folha. Em seguida, será exibida a mensagem a seguir: A mensagem confirma que a criação da folha de pagamento foi realizada com sucesso. Clique em Sim se não existem movimentações a realizar, e clique em Não se existem movimentações a serem realizadas, como lançamento de faltas, horas extras etc. HORAS EXTRAS A Constituição Federal, em seu art. 7º, inciso XIII, determina que a duração do trabalho “normal” não seja superior a 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, facultando a compensação de horários e a redução da jornada mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho (há situações, como no caso dos bancários, cuja duração é de 180 horas mensais e 6 horas diárias). A CF também estabelece em seu art. 7º, inciso XVI, que o valor do trabalho em horas extras deve ser acrescido de, no mínimo, mais 50 (esse percentual poderá ser maior, mediante acordo por escrito do empregado com empregador ou convenção coletiva do sindicato da categoria). Além disso, com base no art. 59 da CLT, a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não superior a 2 (duas) horas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. Assim, interpretamos que a hora extra é qualquer excesso sobre as 8 horas diárias, podendo chegar até 2 horas (uma convenção coletiva de determinada classe de trabalhadores pode estabelecer um tempo maior). Isto é, o trabalhador, “regra geral” só poderá trabalhar até 10 horas diárias, independente do dia da semana, mesmo que trabalhe também aos domingos e feriados, não havendo distinção entre dias para efeitos de remuneração. DESCANSO SEMANAL REMUNERADO – DSR De acordo com o artigo 67 da CLT: Será segurado a todo empregado um descanso semanal de 24 horas consecutivas, o qual, exceto por motivo de conveniência pública ou necessidade inevitável do serviço, deverá coincidir com o domingo, todo ou em parte. Para efeitos trabalhistas, os sábados são considerados dias úteis, exceto se caírem em feriados. No entanto, quando uma empresa concede, além do domingo, o sábado para descanso, isto é, interpretado como Licença Remunerada, e não como DSR, tendo em vista que é uma faculdade da empresa, de forma que os sábados concedidos voluntariamente pela empresa não afetarão o cálculo do reflexo das horas extras sobre o DSR. A súmula do TST nº 172 e a Lei nº 7.415/85 determinam que as horas extras habitualmente prestadas devam ser computadas no cálculo do DSR, podendo este ser feito na seguinte sequência: 1. Primeiro Somam-se as horas extras do mês. 2. Segundo Divide-se a soma anterior pelo número de dias úteis do mês (nesta contagem, considera-se o número exato de dias do mês, ou seja, 28, 29, 30 ou 31 dias). 3. Terceiro Multiplica-se o quociente anterior pelo total de domingos e feriados do mês, encontrando, assim, a quantidade de horas do reflexo das horas extras sobre o DSR. 4. Quarto Multiplica-se o resultado anterior pelo valor em R$ da hora extra, encontrando, assim, o total em R$ do reflexo das horas extras sobre o DSR. Para entendermos melhor como o cálculo funciona, veremos um exemplo a seguir: Vamos supor que o salário fixo de um empregado mensalista fosse de R$3.000,00, com uma jornada mensal de 220 horas, que tenha trabalhado 10 horas a mais nos dias do mês e que o acréscimo da hora extra seja de 50% sobre o valor da hora normal. Vamos supor, ainda, que isso tenha sido no mês de janeiro, com 25 dias úteis, 5 domingos e 1 feriado (sem levar em conta a possibilidade de feriados municipais ou estaduais). Assim, considerando o exemplo, a hora normal seria de: R$3.000,00 ÷ 220 = R$13,64 E o valor de cada hora extra seria: R$13,64 + 50% = R$20,455 Dessa forma, além de pagar horas extras no valor de: 10 x R$20,455 = R$204,55 Teria que pagar o seguinte reflexo das horas extras sobre o DSR: · Outra forma de calcular o DSR sem horas extras é utilizar a seguinte fórmula: Assim, utilizando a fórmula apresentada, teremos: Por fim, o total do salário bruto do funcionário no mês de janeiro seria de: R$3.000,00 + R$204,55 + R$49,09, ou seja, R$3.253,64 MOVIMENTAR A FOLHA DE PAGAMENTO Este menu, que pode ser visto na imagem abaixo, permite movimentar a folha de pagamento, incluindo ou excluindo evento. POR EMPREGADO Para movimentar a folha de pagamento por empregado, clique no menu Movimentos, submenu Folha de Pagamento, submenu: Movimentar, opção Por Empregado. Será exibida a seguinte tela: · Mês/Ano Informe a competência do movimento. · Seq. Informe ou selecione o sequencial do movimento. · Empregado Selecione ou informe o código do empregado que deseja movimentar. Clicando em OK, será exibida a tela Folha de Pagamento – Movimentação por Empregado, conforme a imagem a seguir: INCLUIR EVENTO NA FOLHA DE PAGAMENTODO EMPREGADO Para incluir um evento do movimento da folha de pagamento, clique no botão Novo. Então, irá aparecer a seguinte tela: · Empregado O sistema informará o empregado automaticamente, pois este foi selecionado anteriormente. · Evento Selecione ou informe o código do evento que deseja incluir no movimento do empregado. · Cálculo Manual Marque a opção caso queira informar a referência e o valor do evento manualmente. Ao marcar essa opção, o campo Parâmetro será desabilitado, habilitando os campos Referência e Valor. · Referência Informe a referência do evento que será apresentada nos relatórios. Os dados informados não serão utilizados para calcular o valor do evento. · Valor Informe, manualmente, o valor do evento. · Parâmetro Informe o parâmetro do evento para que o sistema realize o cálculo automaticamente. Podemos definir que o parâmetro de um evento seria um “valor” informado para que o sistema calcule este evento. Por exemplo: em um evento de hora extra, o parâmetro será a quantidade de horas. Para concluir a inclusão de um evento, clique no botão OK. CALCULAR FOLHA DE PAGAMENTO Esta opção é utilizada para calcular o movimento da folha de pagamento. Para calcular o movimento da folha, clique no menu Movimentos, submenu Folha de Pagamento, opção: Calcular. Veja a imagem abaixo: Ao clicar em Calcular será exibida a seguinte tela: · Mês/Ano: Informe a competência do movimento. · Seq.: Informe ou selecione o sequencial do movimento. · Estabelecimento: Informe ou selecione o estabelecimento que deseja movimentar. · Lotação: Informe ou selecione a lotação que deseja movimentar. · Cargo: Informe ou selecione o cargo que deseja movimentar. Saiba mais Estabelecimento, Lotação e Cargo: Esses campos são filtros. Utilize-os somente se quiser realizar a operação para um grupo de empregados do mesmo estabelecimento, da mesma lotação ou do mesmo cargo. Os campos podem ficar em branco. Caso não queira realizar algum filtro, a operação será realizada para todos os empregados. Concluído o processo de cálculo, será exibida a mensagem de conclusão. FOLHA DE PAGAMENTOS – RELATÓRIOS Opção que permite gerar os relatórios do movimento de folha de pagamento. · Listagem de Pagamento Por meio desta opção, é possível visualizar toda a movimentação da folha de pagamento e, com o relatório, os movimentos da folha podem ser conferidos de forma simples e rápida. Para visualizar ou imprimir a listagem de pagamento da folha de pagamento, clique em menu Relatórios, submenu Folha de Pagamento, opção Listagem de Pagamento, como pode ser visto na imagem abaixo: Ao clicar o sistema exibirá a seguinte tela: · Individual Mês/Ano Informe o mês e ano em que deseja visualizar a listagem. · Seq. Selecione ou informe a sequencial do movimento em que deseja visualizar a listagem. · Emissão Informe a data de emissão da listagem. · Estabelecimento Selecione ou informe o código do estabelecimento de onde deseja emitir a listagem. Clique no botão Visualizar para listar o relatório. Então, como mostra a imagem abaixo, o relatório será gerado. Recibo de Pagamento Para visualizar ou imprimir os recibos de pagamento da folha de pagamento, clique em menu Relatórios, submenu Folha de Pagamento, opção Recibo de Pagamento. Será então gerado o seguinte relatório: Folha de Pagamento – Encargos Sociais Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) Contribuem para o Regime Geral da Previdência Social – RGPS a empresa, o empregador doméstico e o trabalhador. Existem dois tipos: 1. O INSS dos empregados, descontado na folha de pagamento, constituindo, assim, um custo para o empregado e não para o empregador. Esse último deverá recolher mensalmente essa contribuição. 2. O INSS patronal, que é custo para a empresa e não para o empregado, calculado sobre o total bruto da folha de pagamento. O recolhimento previdenciário das empresas, em geral, corresponde à aplicação das seguintes alíquotas, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados: 20% referente ao INSS Patronal para as empresas NÃO optantes do Simples Nacional. 1%, 2% ou 3% referente a Risco de Acidente do Trabalho (RAT) e contribuição adicional, se for o caso, variando conforme o grau de risco, acrescido do Fator Acidentário de Prevenção (FAP). Geralmente 5,80% de contribuição variável de Outras Entidade (Terceiros), destinada às entidades SENAI, SESC, SESI etc., em que o INSS se incumbe de arrecadar e repassar. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) Seu valor é de 8% sobre o salário bruto. É depositado em conta vinculada do empregado e só poderá ser resgatado em casos específicos, como demissão sem justa causa, aposentadoria, financiamento de casa própria, falecimento etc. Assim, suponhamos: Exemplo O total do salário bruto dos empregados de uma empresa comercial seja de R$100.000,00. Dessa forma, o valor do FGTS a recolher seria de: QUESTÕES Questão 1 Determinado empregado mensalista é contratado com um salário mensal de R$3.900,00, com uma jornada mensal de 220 horas. Admitindo que, no mês de maio, o funcionário teve 2 (duas) faltas injustificadas e considerando apenas essa movimentação, o valor do salário para fins de cálculo dos encargos sociais do mês de maio será de: A) R$3.900,00 B) R$3.800,00 C) R$3.770,00 D) R$3.700,00 E) R$3.640,00(x) OBSERVAÇÃO · Calcular o salário dia: 2 dias de falta = Salário Fixo: R$3.900,00 (-) Faltas (R$260,00) Salário Base: Questão 2 Uma Folha de Pagamento é o documento que deve ser elaborado, ao final de cada mês, por todas as entidades que possuem empregados, indicando nomes, remunerações, descontos, valores líquidos a serem pagos. Os cálculos das remunerações podem variar de acordo com os tipos de contratações. Assinale a afirmativa correta em relação às remunerações por tipo de empregados: A) O empregado mensalista é contratado com um percentual sobre o valor das vendas, podendo, também, além da comissão, ter um salário fixo. B) O empregado mensalista, no ato da contratação, tem o valor de seu salário definido por mês de “30 dias”, independentemente se o mês é de 28, 29, 30 ou 31 dias.(x) C) O empregado comissionado recebe por hora trabalhada e tem o valor do seu salário definido levando em conta o número exato de dias de cada mês, isto é, 28, 29, 30 ou 31. D) O empregado horista é aquele contratado com um percentual sobre o valor das vendas, podendo, também, ter um salário fixo, com o valor de seu salário definido por mês de “30 dias”. E) O salário, para o empregado mensalista, não é fixo, já que corresponde ao número de dias do mês. Se um mês tem 31 dias, como é o caso de março, o valor da sua remuneração será superior ao mês de fevereiro, por exemplo, que tem, no mínimo, dois dias a menos. OBSERVAÇÃO O empregado mensalista, no ato da contratação, tem o valor do seu salário definido por mês de “30 dias” (convenção adotada, independentemente se o mês é de 28, 29, 30 ou 31 dias). O empregado horista tem o valor de seu salário definido por hora. Nos cálculos do horista, consideram-se o número exato de dias do mês, isto é, 28, 29, 30 ou 31. Já o empregado comissionado é contratado com um percentual sobre o valor das vendas, podendo, também, além da comissão, ter um salário fixo. · MÓDULO 3: Lançamentos de compra, venda e prestação de serviços · SETOR FISCAL ‒ OPERAÇÕES COM MERCADORIAS E SERVIÇOS PRESTADOS · Operações com Mercadorias · Conceitos básicos Vejamos a seguir uma lista dos termos relevantes e suas respectivas explicações: 1. COMPRA Ato pelo qual a empresa comercial adquire a propriedade sobre a mercadoria para revenda. 2. VENDA Ato pelo qual uma empresa comercial revende suas mercadorias adquiridas de seus fornecedores, havendo, assim, transferência de propriedade do fornecedor ao cliente. 3. DEVOLUÇÃO Ato pelo qual as mercadorias compradas retornam do cliente ao fornecedor, por estarem em desacordo com opedido. No ato da devolução, é necessário que o cliente faça uma nota fiscal, a fim de acompanhá-las, havendo, portanto, incidência do ICMS, caso o comprador seja contribuinte do imposto. 4. ABATIMENTO Se o cliente estiver insatisfeito com a mercadoria adquirida, por culpa do fornecedor, e não julgar necessário devolvê-la, pode entrar em acordo com o fornecedor e exigir um abatimento, a fim de evitar a devolução. Os fatos mais comuns que podem levar ao abatimento são: · deterioração parcial do lote adquirido; · perda de qualidade; · divergência de especificações técnicas; e · atraso na entrega. Tendo em vista que tal abatimento é posterior ao ato de venda, não esteve e nem estará em nenhuma nota fiscal e, por conseguinte, não há ICMS no abatimento, visto que a mercadoria não circula. 5. DESCONTO INCONDICIONAL (COMERCIAL) É aquele dado, incondicionalmente, pelo fornecedor ao cliente, visto que não depende das condições de pagamento, e sim em função de outros fatores, tais como grandes quantidades adquiridas, interesse promocional ou cliente preferencial. Tendo em vista que tal desconto é concedido no ato da venda das mercadorias, este aparece na nota fiscal. Tal desconto não deve ser confundido com o desconto condicional (financeiro), isto é, aquele obtido em função do pagamento antecipado da duplicata do cliente ao fornecedor. Esse tipo de desconto, para a empresa que o concedeu, é uma Despesa Financeira, e para a empresa que o obteve, uma Receita Financeira. 6. TRANSFERÊNCIA É a movimentação de mercadorias entre estabelecimentos componentes da mesma empresa, tal como entre filiais. Visto que, na transferência há circulação de mercadorias, deve-se fazer também nota fiscal e, consequentemente, haverá incidência de ICMS. 7. NOTA FISCAL Sempre que houver circulação de mercadorias, a qualquer título (vendas, devoluções, remessas para consignação, transferências etc.), deve ser emitida a nota fiscal. Também para as empresas prestadoras de serviços, deve ser emitida a nota fiscal de prestação de serviços. No caso de empresas comerciais varejistas, estas, em substituição à nota fiscal, podem emitir o cupom fiscal, por meio de equipamento adequado, quando a mercadoria for retirada da empresa pelo próprio cliente, como ocorre com farmácias, mercearias, lanchonetes etc. 8. DUPLICATA É um título de crédito comercial, usado em vendas a prazo. Recebe este nome (dupli) por possuir os mesmos dados principais da FATURA. Quem emite a duplicata é o vendedor ou fornecedor, e quem a aceita é o devedor. 9. FATURA Não é um título de crédito, mas um documento comercial que comprova a venda a prazo efetuada ao cliente, o qual pode englobar uma ou mais notas fiscais. A fatura deve ser emitida pelas empresas que realizam a venda de mercadorias em prazo superior a 30 dias. Sua principal finalidade é informar ao cliente a relação de notas fiscais, para que ele confira suas compras a prazo, e as datas em que deve realizar os pagamentos. 10. NOTA FISCAL FATURA Pode ser usada quando se deseja evitar o trabalho do faturamento após a emissão das notas fiscais. Tal documento é, ao mesmo tempo, uma nota fiscal e uma fatura. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS NO SISTEMA INFORMATIZADO (FORTES SETOR FISCAL) No Fortes AC, para acessar o módulo de Departamento Fiscal do sistema, na janela de logon, selecione o subsistema Setor Fiscal, e em Empresa, selecione a sua empresa já cadastrada. · Compras Brutas (CB) Para uma empresa comercial, a formação do valor da compra se dará da seguinte forma: Existem situações previstas em lei nas quais uma empresa comercial poderá estar sujeita à incidência não cumulativa do PIS/Pasep e da Cofins. Nesse caso, a fórmula anterior passará a ser apresentada da seguinte maneira: Todos os gastos assumidos pela empresa comercial para que as mercadorias adquiridas para revenda cheguem ao seu estabelecimento devem integrar o custo das mercadorias compradas, tais como: FRETES SEGUROS ARMAZENAGENS No caso do frete, independentemente de ser cobrado pelo próprio fornecedor da mercadoria (incluído ou não na nota fiscal) ou por uma empresa transportadora, sobre ele, deverá incidir ICMS, no caso em que o transporte seja interestadual ou intermunicipal. Se o transporte for dentro do município, incidirá apenas o ISS. · Compras Líquidas (CL) Para compras líquidas o cálculo se dará da seguinte forma: Em que Deduções serão: · Devoluções de Compras · Abatimentos sobre Compras · Descontos incondicionais (Comerciais) Obtidos · Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) É um documento digital, tanto emitido quanto armazenado eletronicamente. Seu objetivo é registrar, para fins fiscais, operações de circulação de mercadorias ou de prestação de serviços. A NF-e é validada pela Assinatura Digital do emitente. Para fins de trânsito de mercadorias, será impresso, em via única, um DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), no qual constará a chave de acesso e um código de barras, que permitirá qualquer pessoa a acessar, via Internet, a NF-e no ambiente da RFB ou na SEFAZ. O contribuinte destinatário, receptor do DANFE, poderá utilizar as informações contidas nesse documento para escrituração da NR-e, e o contribuinte, emissor da NF-e, realizará a escrituração a partir das NF-e que emitiu. ESCRITURAÇÃO DAS NOTAS FISCAIS DE ENTRADA Entradas · Notas Fiscais Eletrônicas Clique no menu: Movimentos > Entradas, opção Notas Fiscais Eletrônicas. Após informar o estabelecimento e o período em que deseja incluir a movimentação, será exibida a tela a seguir: Clique no botão Novo para incluir um novo lançamento de notas fiscais eletrônicas: · Chave Nota Fiscal Eletrônica Informar número da chave eletrônica · Espécie Será preenchido automático pelo sistema. · Série/bus. Informar série e subsérie da nota · Número Informar o número da nota · Emissão Informar a data da emissão da nota · Entrada Informar a data de entrada da nota · Remetente Informar o remetente da nota · Cadastro de remetente Para acessar o cadastro de remetente clique nos três pontinhos, como mostra a imagem abaixo: Ao clicar em incluir remetente, será aberta a tela de Participantes dos Documentos Fiscais: · Clique no botão Novo para incluir o cadastro de um novo participante. · Totais Veja a seguir como preencher a aba Totais: IPI Informe o valor do IPI destacado na Nota Fiscal(NF) TOTAL Informe o valor Total da Nota Fiscal(NF) (Mercadorias + IPI) · ICMS e IPI Veja o que colocar em cada item: 1. Valor: Preenchimento automático. 2. UF: Informe o estado de origem das mercadorias. 3. CFOP: Informe o CFOP de entrada.. 4. CST: Informe o Código da Situação Tributária (CST). 5. Base de Cálc. ICMS: Informe o valor da base de cálculo do ICMS. 6. Alíq.: Preenchimento automático de acordo com o estado. 7. ICMS Creditado: Preenchimento automático. 8. Isentas/Não Trib: Preenchimento automático. · Tributos Federais Veja a seguir como preencher a aba Tributos Federais: No item Créd. COFINS/PIS informe o valor do Crédito para COFINS e PIS. Saiba mais CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações): É um código numérico de 4 dígitos, definido pelo governo federal, sendo seu uso obrigatório como indicação nas notas fiscais e na escrituração do livro de entradas e saídas de mercadorias em operações realizadas pelos contribuintes do IPI e ICMS. CST (Código de Situação Tributária): É composto por um código de três dígitos que identifica a origem da mercadoria e o regime de tributação que ela está sujeita. VENDAS BRUTAS (VB) O valor das Vendas Brutas (VB) corresponde ao valor original da operação. Assim, por exemplo, se uma empresa vender mercadorias no valor de R$1.000, com ICMS de 18%, sendo concedido ao cliente um desconto de 20%, o valor das Vendas Brutas será de R$1.000, sendo este o valor original da operação. VENDAS LÍQUIDAS (VL) O valor das Vendas Líquidas (VL) é igual ao valor das Vendas Brutas (VB) menos as deduções: Em que as Deduções de Vendas são: · Vendas Canceladas · Abatimento sobre Vendas· Descontos Incondicionais Concedidos · Impostos sobre Vendas (ICMS) · Contribuições Sociais sobre Vendas (PIS e COFINS) ESCRITURAÇÃO DAS NOTAS FISCAIS DE SAÍDA Saídas · Notas Fiscais Eletrônicas Clique no menu: Movimentos > Saídas, opção Notas Fiscais Eletrônicas. Será exibida a tela a seguir: Clique no botão Novo para incluir um novo lançamento de notas fiscais eletrônicas: Chave Nota Fiscal Eletrônica Informar o número da chave eletrônica. Natureza da Operação Informar o código da natureza da operação referente à nota. Espécie Será preenchido automaticamente pelo sistema. Série/Subs. Informar a série e subsérie da nota. Número Informar o número da nota. Emissão Informar a data de emissão da nota. Situação Informar a situação da nota. Saída Informar a data de saída da nota. Destinatário Informar o destinatário da nota. · Cadastro de Destinatário Para acessar o cadastro de destinatário clique nos três pontinhos, como mostra a imagem abaixo: Ao clicar em incluir destinatário, será aberta a tela de Participantes dos Documentos Fiscais. Clique no botão Novo para incluir o cadastro de um novo Participante. · Totais Veja a seguir como preencher a aba Totais: No item Total informe o Valor Total da NF. · ICMS e IPI Veja a seguir como preencher a aba ICMS e IPI: Valor Preenchimento automático. UF Informe o estado de origem das mercadorias. CFOP Informe o CFOP de saída. CST Informe o Código da Situação Tributária (CST). Base de Cálc. ICMS Informe o valor da base de cálculo do ICMS. Alíq. Preenchimento automático de acordo com o estado. ICMS Creditado Preenchimento automático. Isentas/Não Trib Preenchimento automático. · Tributos Federais Veja a seguir como preencher a aba Tributos Federais: O item Receita Tributável terá o preenchimento automático. SERVIÇOS PRESTADOS · Serviços Brutos (SB) O valor dos Serviços Brutos corresponde ao valor original da operação. A prestação de serviços também engloba o fornecimento de materiais pelo prestador, com exceção apenas para a lista de serviços anexa à LC nº 116/03, referente ao material empregado na prestação de serviço, com indicação de tributação pelo ICMS. · Serviços Líquidos (SL) O valor dos Serviços Líquidos (SL) é igual ao valor dos Serviços Brutos (SB) menos as deduções: Em que as Deduções de Serviços são: · Serviços Cancelados · Descontos Incondicionais Concedidos · Impostos sobre Serviços (ISS) · Contribuições Sociais sobre Serviços (PIS e COFINS) SERVIÇOS PRESTADOS NO SISTEMA INFORMATIZADO (FORTES SETOR FISCAL) No Fortes AC, para acessar o módulo de Departamento Fiscal do sistema, selecione, na janela de logon, o subsistema Setor Fiscal, e em Empresa, selecione a sua empresa já cadastrada. Cadastro · Atividade (ISS) Clique no menu Cadastros, opção Atividade (ISS), para que seja exibida a imagem a seguir: Clique no botão Novo para incluir o cadastro de uma nova atividade ISS, então irá aparecer a seguinte tela: Código padrão Código da atividade do serviço de acordo com o cadastro da prefeitura. Caso esteja com uma numeração diferente, não será possível a importação das notas de serviços eletrônicas. Serviço (Simples Nacional) Caso a atividade participe do Simples Nacional, selecione o anexo referente. Apuração PIS/COFINS Informar somente quando no cadastro do histórico da empresa a opção “PIS/COFINS Cumulativo e Não Cumulativo” estiver selecionada. Indicador de Contribuição Previdenciária Caso a atividade faça parte da Desoneração da Folha de pagamentos, conforme a Lei 12546/2011, informe o código referente para que essa informação possa ser gerada no arquivo do SPED Contribuições. · Serviços (ISS) Clique no menu Cadastros, opção Serviços (ISS), para que seja exibida a figura a seguir: Clique no botão Novo para incluir o cadastro de um novo Serviço de ISS, então irá aparecer a seguinte tela: Esse cadastro serve para que, posteriormente, possamos escriturar os documentos de serviços tomados (entradas) e prestados (saídas). Nesse cadastro, deve-se estar atento aos campos: 1. Apuração PIS/COFINS Informar somente quando no cadastro do histórico da empresa a opção “PIS/COFINS Cumulativo e Não Cumulativo” estiver selecionada. 2. Indicador de Contribuição Previdenciária Caso a atividade faça parte da Desoneração da Folha de pagamentos, conforme a Lei 12546/2011, informe o código referente para que essa informação possa ser gerada no arquivo do SPED Contribuições. 3. Detalhamento das Receitas – Pessoas Jurídicas Referidas Caso a empresa seja uma entidade financeira ou equiparada, informar o código da receita referente ao serviço prestado. 4. CST Padrão (Saídas) Informar o CST referente a PIS/COFINS para que seja preenchido na importação das notas de serviços eletrônicas via XML. 5. CST Padrão (Entradas) Informar o CST referente a PIS/COFINS para que seja preenchido na importação das notas de serviços eletrônicas via XML. · Escrituração das Notas Fiscais de Serviço Notas Fiscais de Serviço Eletrônico Clique no menu: Movimentos > Saídas, opção Notas Fiscais de Serviço Eletrônico. Será exibida a tela a seguir: Clique no botão Novo para incluir um novo lançamento de notas fiscais eletrônicas: Chave Por se tratar de um documento eletrônico, deverá ser informada a chave. Prestação É com base na data da prestação que serão apurados os impostos. Espécie Será habilitada a espécie do documento de acordo com o município em que o prestador está vinculado. Tomador Informar o prestador do serviço que deverá estar cadastrado no menu de Cadastros – Participantes dos Documentos Fiscais. · Cadastro de Tomador Para acessar o cadastro de tomador clique nos três pontinhos, como mostra a imagem abaixo: Ao clicar em incluir tomador, será aberta a tela de Participantes dos Documentos Fiscais. Então, clique no botão Novo para incluir o cadastro de um novo participante. · ISS Veja a seguir como preencher a aba ISS: Serviço Informar o código do serviço que deverá estar cadastrado no menu de Cadastros – Serviços (ISS). Código da Obra Habilitado somente se a atividade da empresa for do ramo de construção civil. Tributação Informe a tributação do ISS para que seja calculado ou não o imposto. A tributação será habilitada conforme a necessidade de cada município. Alíq. % Será habilitada de acordo com a tributação selecionada. ISS O sistema calculará o valor do imposto automaticamente. CST (COFINS/PIS) No lançamento de um documento de saída, o campo CST será habilitado quando a tributação dela for Cumulativa ou Não Cumulativa. Natureza da Receita PIS/COFINS Informar a natureza da receita, quando utilizado o CST 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08 ou 09. · Tributos Federais Veja a seguir como preencher a aba Tributos Federais: Veja a seguir a explicação de como preencher cada item: Receita Tributável Calculado, automaticamente, pelo sistema, dependendo do CST informado para PIS e COFINS. Retido na Fonte Informar os valores das retenções dos impostos federais. LIVROS FISCAIS Os Livros Fiscais são aqueles exigidos pelo fisco, para controle de tributos, mediante legislação específica. · Livro de Entrada de Mercadorias – Modelo 1 ou 1A O Livro Registro de Entradas é obrigatório para todas as empresas comerciais e industriais, com o objetivo de registrar as notas fiscais de entradas, destacando-se o ICMS incidente pelas entradas, a qualquer título, de produtos e mercadorias do estabelecimento. As empresas comerciais utilizarão o modelo 1A e as empresas industriais, o modelo 1, com destaque do IPI e ICMS sobre as entradas no mesmo livro. · Registro de Entradas Clique no menu Relatórios > Livros Fiscais, opção Registro de Entradas, para que seja exibida a imagem a seguir: Veja a seguir a explicação de cada item: 1. ESTABELECIMENTO Informar o estabelecimento a ser visualizado, ou, se desejar, poderá deixar em branco para visualizar os Registros de Entradas de todos os estabelecimentos. 2. PERÍODO Informar o período a ser visualizado.3. EMITENTES Será marcada para que, na visualização dos registros de entradas, sejam vistos os emitentes dos documentos fiscais na última página. 4. 1ª FOLHA Informar o número da primeira folha do livro. Clique em Visualizar para ter uma prévia do relatório, como mostra a imagem a seguir: · Livro Registro de Saídas – Modelo 2 ou 2A O Livro Registro de Saídas é obrigatório para todas as empresas comerciais e industriais, com o objetivo de registrar as notas fiscais de saídas, destacando-se o ICMS incidente pelas saídas, a qualquer título, de produtos e mercadorias do estabelecimento. As empresas comerciais utilizarão o modelo 2ª e as empresas industriais, o modelo 2, com destaque do IPI e ICMS sobre as saídas no mesmo livro. · Registro de Saídas Clique no menu Relatórios > Livros Fiscais, opção Registro de Saídas, para que seja exibida a figura a seguir: Estabelecimento Informar o estabelecimento a ser visualizado, ou se desejar poderá deixar em branco para visualizar os Registros de Entradas de todos os estabelecimentos. Período Informar o período a ser visualizado. Emitentes Será marcada para que, na visualização dos registros de entradas, sejam vistos os emitentes dos documentos fiscais na última página. 1ª Folha Informar o número da primeira folha do livro. Clique em Visualizar para ter uma prévia do relatório, como mostra a imagem a seguir: · Registro de Apuração do ICMS Clique no menu Relatórios > Livros Fiscais, opção Registro de Apuração do ICMS, para que seja exibida a imagem a seguir: Veja a seguir a explicação de como preencher cada item: Estabelecimento Informar o estabelecimento a ser visualizado, ou, se desejar, poderá deixar em branco para visualizar os Registros de Entradas de todos os estabelecimentos. Período Informar o período a ser visualizado. 1ª Folha Informar o número da primeira folha do livro. Clique em Visualizar para ter uma prévia do relatório, como mostra a imagem a seguir: Veja a seguir como fica o Resumo de Apuração do Imposto: · Livro Registro dos Serviços Prestados O Livro Registro dos Serviços Prestados é destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos serviços prestados sujeitos ao ISS, quando contribuinte do ISS. · Registro de Prestação de Serviços Clique no menu Relatórios > Livros Fiscais, opção Registro de Prestação de Serviços, para que seja exibida a figura a seguir: Estabelecimento Informar o estabelecimento a ser visualizado, ou se desejar poderá deixar em branco para visualizar os Registros de Entradas de todos os estabelecimentos. Período Informar o período a ser visualizado. 1ª Folha Informar o número da primeira folha do livro. Clique em Visualizar para ter uma prévia do relatório, como mostra a imagem a seguir: QUESTÕES Questão 1 A compra é o ato pelo qual a empresa comercial adquire a propriedade sobre a mercadoria para revenda. Assinale a alternativa que representa a expressão de Compras Brutas (CB) em uma empresa comercial ao adquirir mercadorias de uma Indústria: A. CB = Valor da Compra + IPI – ICMS(x) B. CB = Valor da Compra - IPI - ICMS C. CB = Valor da Compra + IPI + ICMS D. CB = Valor da Compra - IPI E. CB = Valor de Compra - ICMS OBSERVAÇÕES Quando uma empresa comercial adquire mercadorias de uma empresa industrial, temos, na compra, tanto a incidência de ICMS quanto de IPI (Imposto sobre produtos Industrializados). Como a empresa comercial é contribuinte do ICMS, mas do IPI, o valor do ICMS será descontado do valor da compra, compondo o valor de ICMS a recuperar, enquanto o IPI, nesse caso não recuperável, passará a fazer parte do custo da mercadoria adquirida. Assim temos que as Questão 2 Para fins de acompanhar as mercadorias em trânsito, relativo a uma operação de compra e venda, será impresso em um documento, no qual constará a chave de acesso e um código de barras, que permitirá a qualquer pessoa acessar, via Internet, a NF-e no ambiente da RFB ou na SEFAZ. Esse documento é denominado: A. NF-e (Nota Fiscal Eletrônica) B. DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica)(x) C. NF (Nota Fiscal) D. CFOP (Classificação Fiscal de Operações e Prestações) E. CST (Código de Situação Tributária) OBSERVAÇÃO Para fins de trânsito de mercadorias, será impressa, em via única, um DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), no qual constará a chave de acesso e um código de barras, que permitirá a qualquer pessoa acessar, via Internet, a NF-e no ambiente da RFB ou na SEFAZ. Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um documento digital emitido e armazenado eletronicamente, com o objetivo de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços. CFOP (Classificação Fiscal de Operações e Prestações) é um código indicado pelo governo e deverá ser utilizado para a classificação das notas fiscais de saída e entrada. CST (Código de Situação Tributária) é um código de três dígitos que determina a tributação da mercadoria, estando sempre correlacionado ao CFOP do documento fiscal · MÓDULO 4: Lançamentos contábeis · SETOR CONTÁBIL - CLASSIFICAÇÃO E ESCRITURAÇÃO Lançamentos contábeis de constituição de uma empresa · Capital Social Primeiramente, vamos entender o que são o Capital Realizado e o Capital Subscrito: CAPITAL REALIZADO O valor que deve constar do Patrimônio Líquido no subgrupo de Capital é o do Capital Realizado, ou seja, o total efetivamente integralizado pelos acionistas. O art. 182 da Lei 6.404/76 estabelece que "a conta do capital social discriminará o montante subscrito, e, por dedução, a parcela ainda não realizada". CAPITAL SUBSCRITO O Capital Subscrito é o valor de todas as ações ou quotas do capital fixado no estatuto ou contrato social em que os acionistas ou sócios assumiram o compromisso de realizar. A subscrição é o ato por meio do qual o interessado formaliza a sua vontade de adquirir um valor mobiliário. Dessa forma, a empresa deve ter a conta de Capital Subscrito e a conta devedora de Capital a Integralizar, sendo que o líquido entre ambas representa o Capital Realizado. O esquema de contabilização deve ser, portanto, como segue: NA SUBSCRIÇÃO FEITA PELOS SÓCIOS OU ACIONISTAS D- (-) Capital a Integralizar 10 000 C- Capital Subscrito 10 000 NA INTEGRALIZAÇÃO PELOS SÓCIOS OU ACIONISTAS, QUE PODE SER EM DINHEIRO OU EM BENS D- Bancos / Imobilizado / Outros 8.000 C- (-) Capital a Integralizar 8.000 Nesse exemplo, a classificação no Balanço é como segue: CAPITAL SOCIAL Capital Subscrito 10.000 (-) Capital a Integralizar 2.000 Capital Realizado 8.000 O documento que servirá de base para o lançamento contábil de subscrição e integralização do Capital Social é o Contrato Social ou Estatuto Social (S/A) em sua cláusula específica. Veremos a seguir dois exemplos: EXEMPLO 1 Sócio A 50% 50.000 quotas R$50.000,00 Sócio B 50% 50.000 quotas R$50.000,00 Total 100% 100.000 quotas R$100.000,00 O capital social é de R$100.000,00 (cem mil reais), dividido em 100.000 (cem mil) quotas, no valor nominal de R$1,00 (um real) cada uma, totalmente subscrito e integralizado pelos sócios na proporção de suas quotas, neste ato em moeda corrente no país, e distribuído da seguinte forma: Lançamentos contábeis: NA SUBSCRIÇÃO D- (-) Capital a Integralizar 100 000 C- Capital Subscrito 100 000 NA INTEGRALIZAÇÃO D- Bancos 50 000 C- (-) Capital a Integralizar 50 000 D- Bancos 50.000 C- (-) Capital a Integralizar 50 000 Exemplo 2 O capital social é de R$200.000,00 (duzentos mil reais), dividido em 200.000 (duzentas mil) quotas, no valor nominal de R$1,00 (um real) cada uma, subscrito e distribuído da seguinte forma: Sócio A 50% 100.000 quotas R$100.000,00 Sócio B 50% 100.000 quotas R$100.000,00 Total 100% 200.000 quotas R$200.000,00 O capital foi parcialmente integralizado pelos sócios da seguinte forma: No ato de sua subscrição em moeda corrente no país: SócioA 50.000 quotas R$50.000,00 No ato de sua subscrição pela incorporação de um imóvel comercial de propriedade do Sócio B, situado na Rua das Árvores, 123, Centro, Niterói, RJ, identificado na prefeitura municipal sob o nº 000.000 no Cartório do 1º Ofício, no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais): Sócio B 800.000 quotas R$80.000,00 O saldo de R$70.000,00 (setenta mil reais) será integralizado no prazo máximo de 12 (doze) meses, a contar da data de registro deste instrumento, como segue: Sócio A 50% 50.000 quotas R$50.000,00 Sócio B 50% 20.000 quotas R$20.000,00 Lançamentos contábeis: NA SUBSCRIÇÃO D- (-) Capital a Integralizar 200 000 C- Capital Subscrito 200 000 NA INTEGRALIZAÇÃO D- Bancos 50 000 C- (-) Capital a Integralizar 50 000 D- Imóveis 80.000 C- (-) Capital a Integralizar 80 000 Nesse exemplo, a classificação no Balanço é como segue: CAPITAL SOCIAL Capital Subscrito 200.000 (-) Capital a Integralizar 70.000 Capital Realizado 130.000 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS DA FOLHA DE PAGAMENTOS A contabilização da folha de pagamento de salários deve ser feita observando-se o regime de competência, ou seja, os salários devem ser contabilizados no último dia de cada mês a que se referem, ainda que o seu pagamento seja efetuado no mês seguinte. A maioria dos sistemas informatizados permite a parametrização dos eventos da folha de pagamentos com os lançamentos contábeis, ou seja, a folha de pagamentos poderá ser contabilizada automaticamente a partir da configuração e importação das informações para o módulo contábil. Quando a importação dos dados não é permitida, utilizam-se os relatórios gerados pelo sistema para realização manual dos lançamentos. A título de exemplo, utilizaremos o relatório da folha de pagamentos gerado pelo sistema para contabilização: A contabilização se dará pelo Total Geral da folha e os lançamentos contábeis poderão ocorrer de duas formas distintas, como mostrado a seguir. Apenas com lançamentos de 1ª Fórmula: SALÁRIO BASE D- Salários (Resultado) 3.000,00 C- Salários a Pagar (PC) 3.000,00 DESCANSO SEMANAL REMUNERADO D- Salários (Resultado) 49,09 C- Salários a Pagar (PC) 49,09 HORA EXTRA 50% D- Salários (Resultado) 204,55 C- Salários a Pagar (PC) 204,55 INSS D- Salários a Pagar (PC) 346,90 C- INSS a Recolher (PC) 346,90 IRRF D- Salários a Pagar (PC) 53,49 C- IRRF sobre Trabalho Assalariado (PC) 53,49 VALE-TRANSPORTE D- Salários a Pagar (PC) 180,00 C- Vale-transporte (Resultado) 180,00 FALTA D- Salários a Pagar (PC) 100,00 C- Salários (Resultado) 100,00 Com um único lançamento de 4ª Fórmula: Salário Base D- Salários (Resultado) 3.000,00 DSR D- Salários (Resultado) 49,09 Hora extra D- Salários (Resultado) 204,55 INSS C- INSS a Recolher (PC) 346,90 IRRF C- IRRF sobre Trabalho Assalariado (PC) 53,49 Vale-transporte C- Vale-transporte (Resultado) 180,00 Falta C- Salários (Resultado) 100,00 Líquido a Receber C- Salários a Pagar (PC) 2.573,25 · LANÇAMENTOS DOS ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTOS · INSS Sabemos que o valor total do INSS a Recolher é formado por dois tipos de contribuições: A CONTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS A CONTRIBUIÇÃO PATRONAL Como a contribuição dos empregados já foi contabilizada pelo lançamento do desconto na folha de pagamento, resta realizar o lançamento da contribuição patronal, que compreende um custo ou uma despesa da empresa. Para realização do lançamento da contribuição patronal do INSS, iremos utilizar o Demonstrativo Detalhado da GPS gerado pelo sistema. Observando o regime de competência, realizaremos a apropriação do INSS no último dia de cada mês a que se refere à contribuição, somando os valores referentes à parte Empresa (693,80) e Outras Entidades (182,91), como segue: D- INSS (Resultado) 876,81 C- INSS a Recolher (PC) 876,81 Assim, o saldo da conta INSS a Recolher (1.223,61) será formado pelos valores retidos dos funcionários (346,90) e o valor patronal (876,81). · FGTS Sabemos que o valor do FGTS a ser depositado em conta vinculada do empregado através do recolhimento da GFIP é de 8% sobre o salário bruto, representando, portanto, uma despesa ou custo exclusivamente da empresa. (3.153,64 x 8% = 252,29) Observando o regime de competência, realizaremos a apropriação do FGTS no último dia de cada mês a que se refere à contribuição, como segue: D- FGTS (Resultado) 252,29 C- FGTS a Recolher (PC) 252,29 · APROPRIAÇÃO DE FÉRIAS E 13º SALÁRIO · Férias O empregado adquire o direito às férias no período subsequente aos 12 meses trabalhados (Art. 130 da CLT). Esse período de 12 meses trabalhados na empresa até adquirir o direito às férias é chamado Período Aquisitivo. Após isso, a empresa tem o período de 1 ano para lhe conceder férias, a contar da data em que adquiriu o direito às férias, tempo chamado de Período Concessivo. Além do direito ao recebimento das férias integrais, ou proporcionais, existe o chamado "terço constitucional". Assim, o empregado receberá o valor das férias acrescido de. Ao final de cada mês, em obediência ao regime de competência, deve-se realizar a apropriação de 1/12 do valor bruto da folha de pagamentos mais 1/3 desse valor para efeito da contabilização das férias a pagar. Devendo ser contabilizados também os encargos sociais sobre o valor da apropriação, cujo ônus cabe à empresa, e que incidirão por ocasião da concessão das férias. · · · · ) Lançamentos Contábeis: FÉRIAS D- Férias (Resultado) 350,40 C- Férias a Pagar (PC) 350,40 INSS D- INSS (Resultado) 97,41 C- INSS a Recolher (PC) 97,41 FGTS D- FGTS (Resultado) 28,03 C- FGTS a Recolher (PC) 28,03 · 13º Salário O 13º Salário, também conhecido como "gratificação natalina", foi instituído pela Lei 4.090/62 e posteriormente regulado pelo Decreto 57.155/65, sendo um direito de todos os empregados urbanos, rurais e domésticos, correspondendo a 1/12 da sua remuneração integral a cada mês trabalhado, no mínimo 15 dias, sendo a obrigação do seu pagamento, bem como dos encargos sociais incidentes, contabilizados ao final de cada mês, em obediência ao princípio da competência. · · · · Lançamentos Contábeis: 13º SALÁRIO D- 13º Salário (Resultado) 262,80 C- 13º Salário a Pagar (PC) 262,80 INSS D- INSS (Resultado) 76,06 C- INSS a Recolher (PC) 76,06 FGTS D- FGTS (Resultado) 21,01 C- FGTS a Recolher (PC) 21,01 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS DAS OPERAÇÕES DE COMPRA, VENDA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A maioria dos sistemas informatizados permite a parametrização dos movimentos realizados pelo módulo fiscal com os lançamentos contábeis, ou seja, os lançamentos de entrada e saída de notas fiscais poderão ser contabilizados automaticamente a partir da configuração e importação das informações para o módulo contábil. Quando a importação dos dados não é permitida, utilizam-se os relatórios gerados pelo sistema para realização manual dos lançamentos. A título de exemplo, utilizaremos os relatórios gerados pelo sistema fiscal para contabilização, iniciando com o registro de entradas para contabilizar as compras de mercadorias: Compras Considerando uma empresa optante pelo lucro real e, portanto, sujeita ao PIS e COFINS não cumulativos, teríamos os seguintes lançamentos: D- Mercadorias para Revenda (Estoque) 24.247,50 D- ICMS a Recuperar (AC) 5.700,00 D- PIS a Recuperar (AC) 544,50 D- COFINS a Recuperar (AC) 2.508,00 C- Fornecedores (PC) 33.000,00 Vendas Para realizar os lançamentos de venda de mercadorias iremos utilizar o registro de saídas: D- Duplicatas a Receber (AC) C- Venda de Mercadorias (Resultado) 50.000,00 50.000,00 D- ICMS (Resultado) C- ICMS a Recolher (PC) 9.500,00 9.500,00 D- PIS (Resultado) C- PIS a Recolher (PC) 825,00 825,00 D- COFINS (Resultado) C- COFINS a Recolher (PC) 3.800,00 3.800,00 Apuraçãodo CMV Considerando que o estoque de mercadorias no início do período era nulo e que foram compradas 15 unidades e vendidas 10 unidades das mercadorias adquiridas, temos a seguinte movimentação no Estoque de Mercadorias para Revenda: ENTRADA SAÍDAS SALDO Q U T Q U T Q U T 0 0,00 0,00 15 16.616,50 24.247,50 15 16.616,50 24.247,50 10 1.616,50 16.165,00 5 1.616,50 8.082,50 Compras (30.000 + 3.000 - 5.700 - 544,50 - 2.508,00) = 24.247,50 Custo Unitário: = 1.616,50 Então: D- Custo das Mercadorias Vendidas (Resultado) 16.165,00 C- Mercadorias para Revenda (Estoque) 16.165,00 · Serviços Prestados Para o lançamento dos serviços prestados iremos utilizar o Registro de Prestação de Serviços: D- Duplicatas a Receber (AC) 9.535,00 D- PIS a Recuperar (AC) 65,00 D- COFINS a Recuperar (AC) 300,00 D- CSLL a Recuperar (AC) 100,00 C- Serviços Prestados (Resultado) 10.000,00 D- ISS (Resultado) C- ISS a Recolher (PC) 500,00 500,00 D- PIS (Resultado) C- PIS a Recolher (PC) 165,00 165,00 D- COFINS (Resultado) C- COFINS a Recolher (PC) 760,00 760,00 · Apuração dos Impostos Na apuração dos impostos a recolher, iremos realizar os seguintes lançamentos: APURAÇÃO DO ICMS D- ICMS a Recolher (PC) 5.700,00 C- ICMS a Recuperar(AC) 5.700,00 APURAÇÃO DO PIS D- PIS a Recolher (PC) 609,50 C- PIS a Recuperar(AC) 609,50 APURAÇÃO DA COFINS D- COFINS a Recolher (PC) 2.808,00 C- COFINS a Recuperar(AC) 2.808,00 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS NO SISTEMA INFORMATIZADO (FORTES SETOR CONTÁBIL) No Sistema Fortes AC, para acessar o módulo de Departamento Contábil, na janela de logon, selecione o subsistema Setor Contábil e, em Empresa, selecione a sua empresa já cadastrada. Para cadastrar um novo Lançamento, proceda da seguinte maneira: Clique no menu Movimentos, opção Lançamentos, e o sistema irá apresentar a tela de Opções de Contexto. Essa opção servirá para filtrar os lançamentos de acordo com o período que deseja visualizar. Em Opções de Contexto (Opcional), se não colocar nenhuma data e clicar em OK, o sistema irá apresentar a tela de lançamentos: · Lançamentos Inclusão Clicando na opção Novo, abrirá a seguinte tela: Data Informar a data do fato contábil de acordo com o documento contábil. É importante que tenha atenção ao preencher o campo, pois ele é imprescindível para a análise dos relatórios. Chave Trata-se de um campo preenchido automaticamente pelo sistema com o intuito de criar uma numeração “chave” para cada fato contábil existente dentro do banco de dados. O principal objetivo é uma segurança interna no sistema com relação aos lançamentos contábeis. Vários Débitos Marcando a opção Vários Débitos, o sistema irá alterar a fórmula do lançamento, tendo que informar mais de um débito. Conta Devedora Clique para selecionar uma conta do plano de contas ou digite o código da conta. Vários Créditos Marcando a opção Vários Créditos, o sistema irá alterar a fórmula do lançamento tendo que informar mais de um crédito. Conta Credora Clique para selecionar uma conta do plano de contas ou digite o código da conta. Histórico Será selecionado o histórico padrão cadastrado. Complemento Caso não queira colocar um histórico padrão, pode colocar o histórico manualmente. Valor Será informado o valor dos lançamentos. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO O Balancete de verificação, ou simplesmente Balancete, é uma relação de contas extraídas do Livro Razão (ou de Razonetes), com seus respectivos saldos, devedores ou credores. É um relatório que apresenta todas as contas que foram movimentadas, servindo como base para conciliação e análise das contas para futura elaboração das demonstrações contábeis. No Balancete, a soma da coluna do saldo devedor tem que ser igual à soma da coluna do saldo credor, isso porque os fatos administrativos são registrados no Livro Diário pelo método das partidas dobradas, cujo princípio fundamental estabelece que, na escrituração, cada débito deve corresponder a um crédito de igual valor. Os elementos mínimos que devem constar no balancete são: 1. Identificação da entidade 2. Data a que se refere 3. Abrangência 4. Identificação das contas e respectivos grupos 5. Saldo das contas, indicando se devedores ou credores 6. Soma dos saldos devedores e credores Se o Balancete se destinar a fins externos, deverá conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC. · Balancete – Fortes Contábil Para acessar, clique no menu Relatórios, opção Balancete, e em seguida Contábil, conforme tela a seguir: Período de Nesse item informe o período do Balancete. Conta (s) Serão apresentados os movimentos das contas informadas. Para apresentar os movimentos de todas elas, deixe o campo em branco. Estabelecimento (s) Serão apresentados os movimentos dos estabelecimentos informados. Para apresentar esses movimentos de todos os estabelecimentos, deixe o campo em branco. Centro (s) de Resultados Serão apresentados os movimentos dos centros de resultados informados. Para apresentar os movimentos de todos os centros de resultados, deixe o campo em branco. Nível Serão apresentadas as contas cujo nível seja menor ou igual ao informado. Configuração Nesta aba existem filtros a serem selecionados para visualização do Balancete Contábil. CONCILIAÇÃO E ANÁLISE DE CONTAS A conciliação e análise de contas é um controle interno realizado pela contabilidade, no qual serão checados: Os saldos existentes no Balancete · Os saldos apresentados em relatórios gerenciais e financeiros A conciliação é essencial à manutenção de boas práticas e imprescindível para a elaboração de demonstrações contábeis mais precisas. É importante manter atualizadas as conciliações de todas as contas, principalmente das contas patrimoniais, sendo as mais comuns a: · Conciliação bancária; · Conciliação de contas a receber (Clientes); · Conciliação de contas a pagar (Fornecedores); · Conciliação de impostos a pagar e a recolher; · Conciliação do ativo imobilizado e sua depreciação acumulada; · Entre outros procedimentos de análise de contas. Para realizar a conciliação e análise de contas, iremos utilizar os relatórios gerados e confrontar com os saldos do balancete verificando se os saldos estão de acordo com os relatórios. Vejamos alguns exemplos de conciliação dos saldos: Conciliação do Saldo dos Estoques Veja a tabela a seguir e abaixo o relatório: ENTRADA SAÍDAS SALDO Q U T Q U T Q U T 0 0,00 0,00 15 16.616,50 24.247,50 15 1.616,50 24.247,50 10 1.616,50 16.165,00 5 1.616,50 8.082,50 · Conciliação do INSS a Recolher Veja o relatório a seguir: Conciliação do ICMS a Recolher Veja o relatório a seguir: QUESTÕES Questão 1 Suponha que uma empresa apresente em seu Contrato Social os seguintes termos: · o capital social é de R$100.000,00 (cem mil reais); · dividido em 100.000 (cem mil) quotas, no valor nominal de R$1,00 (um real) cada uma. O capital foi parcialmente integralizado pelos sócios da seguinte forma: · no ato da subscrição, o “Sócio A” integralizou R$60.000,00 (oitenta mil reais) em moeda corrente ; e · o “Sócio B” integralizou 20.000,00 (vinte mil reais) em moeda corrente. Em relação do Capital Social da referida empresa, podemos dizer que: a) o valor do capital subscrito é de R$80.000,00. b) o valor do capital realizado é de R$100.000,00. c) o valor do capital a integralizar é de R$80.000,00. d) o valor do capital realizado é de R$80.000,00. (x) e) o valor do capital a integralizar é de R$30.000,00. OBSERVAÇÃO O capital subscrito é o valor que os sócios se comprometeram em integralizar, nesse caso R$100.000,00. O capital realizado, ou integralizado, é o que os sócios efetivamente aportaram na empresa, ou seja, R$80.000,00. E o capital a integralizar é a diferença entre o capital subscrito e o capitalrealizado, nesse caso Questão 2 Os relatórios gerenciais são documentos que disponibilizam informações claras e objetivas de setores da empresa, contando sempre com informações atualizadas e confiáveis, fornecendo dados que são utilizados como base para a tomada de decisão e planejamento de ações. A relação de contas extraídas do Livro Razão, com seus respectivos saldos, devedores ou credores apresentando todas as contas que foram movimentadas e servindo como base para conciliação e análise das contas é denominada A) Balancete de verificação (x) B) Balanço Patrimonial C) Demonstração de Resultados D) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido E) Plano de Contas OBSERVAÇÃO O balancete de verificação é o relatório gerado pela Contabilidade que tem por objetivo apresentar uma demonstração de todas as contas que foram movimentadas pela empresa em um determinado período, com seus respectivos saldos devedores ou credores. Já o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultados e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido são demonstrações contábeis elaboradas com as informações extraídas do balancete. de verificação, contudo, com menos detalhes que este. Por fim, o Plano de Contas é o relatório de contas utilizado na elaboração dos lançamentos contábeis que darão origem ao balancete de verificação. · MÓDULO 1: Escrituração Contábil Fiscal · DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES DO IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA (ECF) A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) é uma obrigação acessória que conecta os dados contábeis e fiscais da apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Por isso, antes de conhecermos a ECF, precisamos recordar os regimes de tributação, pois a obrigatoriedade e a forma de apresentação dessa declaração dependerá da opção tributária da empresa. · REGIMES DE TRIBUTAÇÃO O denominado Regime de Tributação caracteriza-se pela forma com que o contribuinte deve tributar seus resultados, operações, rendimentos ou rendas. Por exemplo, para fins de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) há regimes de tributação distintos. Vamos ver cada um deles: SIMPLES NACIONAL (OPÇÃO EXCLUSIVA PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE) O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às microempresas e empresas de pequeno porte, que abrange a participação de todos os entes federados (União, estados, Distrito Federal e municípios), portanto, engloba não apenas o Imposto de Renda e a Contribuição Social, mas também outros tributos, como o ICMS, ISS, PIS, COFINS e IPI. Entretanto, existem algumas restrições legais para opção (além do limite de receita bruta anual, que é de 4 milhões e 800 mil reais). Vantajoso para quase todas as empresas de pequeno porte. LUCRO PRESUMIDO O Lucro Presumido é a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL). Tributado sobre um percentual aplicado ao faturamento, de acordo com a atividade. Nem todas as empresas podem optar pelo Lucro Presumido, pois há restrições relativas ao objeto social e faturamento (até 78 milhões de reais). Vantajoso para atividades com alta lucratividade (como, por exemplo, prestação de serviços profissionais). LUCRO REAL (APURAÇÃO ANUAL OU TRIMESTRAL) A tributação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL) pelo Lucro Real ocorre mediante a apuração contábil dos resultados, com os ajustes determinados pela legislação fiscal. A base de cálculo é o resultado contábil, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação. Vantajoso para atividades com pouca lucratividade. LUCRO ARBITRADO A adoção do Lucro Arbitrado como base para a tributação ocorre geralmente por iniciativa do Fisco, nos casos em que a empresa tenha sua escrituração contábil desqualificada. CURIOSIDADE O Microempreendedor Individual (MEI), também é enquadrado no Simples Nacional, mas fica isento dos tributos federais (IRPJ, PIS, COFINS, IPI e CSLL). Então, vamos falar dos regimes que realizam a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que são os tributos apurados na ECF. · Lucro Presumido A sistemática de apuração do Lucro Presumido é feita trimestralmente mediante aplicação dos percentuais, definidos pela autoridade fiscal, por tipo de atividade em que as empresas atuam, sobre as receitas, para determinação da base de cálculo do Imposto de Renda e da contribuição social, ou seja, primeiro encontra-se o Lucro Presumido para depois aplicar as alíquotas da CSLL e IRPJ. Como o próprio nome diz, para calcular o valor devido de impostos, a Receita Federal presume o quanto do faturamento da empresa foi lucro. · Lucro Real A sistemática de apuração do Lucro Real poderá ser feita por trimestre ou anualmente, com antecipações mensais mediante levantamento de balancetes mensais ou pela aplicação da sistemática do Lucro Presumido. Quando a apuração é realizada por trimestre ela é definitiva. Quando a apuração é anual com antecipação mensal é necessário fazer um ajuste no final do ano para verificar se terá imposto a pagar ou a recuperar no período seguinte. O lucro apurado, na DRE, antes da tributação do Imposto de Renda e da Contribuição Social, será levado para o Livro de Apuração do Lucro Real, o LALUR, para fins de apuração do lucro de acordo com as normas da Legislação do Imposto de Renda emitidas pela Secretaria da Receita Federal. Na determinação do Lucro Real, poderão ser excluídos do lucro líquido do período de apuração: A apuração do Lucro Real é feita na parte A do Livro de Apuração do Lucro Real, mediante adições e exclusões ao lucro líquido do período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e de compensações de prejuízos fiscais autorizadas pela legislação do Imposto de Renda. As adições, fundamentalmente, são representadas por despesas contabilizadas e indedutíveis para a apuração do Lucro Real, como multas indedutíveis, doações, brindes etc. Na determinação do Lucro Real, poderão ser excluídos do lucro líquido do período de apuração: I Os valores cuja dedução seja autorizada pelo Regulamento e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração. II Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento, não sejam computados no Lucro Real. III O prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitado a 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões. Essas informações serão prestadas nos blocos “L, M e N” da ECF. · ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL (ECF) A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) consiste em uma obrigação acessória que substituiu a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), a partir do ano-calendário 2014, a ser transmitida no ambiente do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Seu principal objetivo é conectar os dados contábeis e fiscais da apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), em relação às empresas tributadas pelo Lucro Real e Lucro Presumido. A ECF também irá apresentar a apuração e o cálculo do IRPJ e CSLL para as empresas sujeitas ao Lucro Arbitrado, além de informações econômicas quanto às origens e aplicações de recursos utilizados pelas entidades Imunes e Isentas. Saiba mais a seguir sobre a obrigatoriedade e o prazo de entrega: Obrigatoriedade São obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e isentas, sejam elas tributadas pelo Lucro Real, Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado. Prazo de entrega A ECF será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) até o último dia útil do mês de julho do ano seguinte ao ano-calendário aque se refira. · ELABORAÇÃO DA ECF O preenchimento da ECF pode ser realizado no próprio programa gerador da ECF, em virtude da funcionalidade de edição de campos. No entanto, a empresa poderá rodar o arquivo da ECF em seu sistema informatizado de contabilidade e realizar a importação do arquivo ao programa validador. O arquivo será obrigatoriamente submetido ao programa gerador da ECF para: VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO ASSINATURA DIGITAL TRANSMISSÃO VISUALIZAÇÃO · Registros da ECF Ao preencher a Escrituração Contábil Fiscal, é preciso seguir o layout apresentado no manual de orientação da declaração. No manual estão descritas, por exemplo, todas as etapas para a entrega, além de informações sobre como retificar as informações da declaração já entregue. É uma tarefa complexa e exige que as informações estejam corretas e detalhadas ao máximo possível. Por isso, a melhor forma de realizar a elaboração da ECF é utilizando as informações que se encontram nos sistemas de contabilidade das empresas, capazes de gerar o arquivo de acordo com o layout exigido, bastando ao usuário importar o arquivo para o programa validador, e se tudo estiver correto, assinar e transmitir. Entre o registro inicial e o registro final, o arquivo digital é constituído de blocos, e cada bloco se refere a um agrupamento de informações. Vamos entender a função dos blocos. RELAÇÃO DE BLOCOS BLOCO 0 Abertura e identificação – Abre o arquivo, identifica a pessoa jurídica e o período da ECF. BLOCO C Informações recuperadas das ECD – Armazena as informações do plano de contas e dos saldos mensais das ECD recuperadas. BLOCO E Informações recuperadas da ECF anterior – Armazena, da ECF recuperada do período imediatamente anterior, os saldos finais das contas referenciais e da parte B (do e-LALUR e e-LACS). BLOCO J Plano de contas e mapeamento – Apresenta o mapeamento do plano de contas contábil para o plano de contas referencial. BLOCO K Saldos das contas contábeis e referenciais – Apresenta os saldos das contas contábeis patrimoniais e de resultado por período de apuração e o seu mapeamento para as contas referenciais. BLOCO L Lucro Líquido – Lucro Real – Apresenta o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício e apura o lucro líquido da pessoa jurídica tributada pelo Lucro Real. BLOCO M e-LALUR e e-LACS – Lucro Real – Apresenta os livros eletrônicos de escrituração e apuração do IRPJ (e-LALUR) e da CSLL (e-LACS) da pessoa jurídica tributada pelo Lucro Real, partes A e B. BLOCO N Cálculo do IRPJ e da CSLL – Lucro Real – Calcula o IRPJ e a CSLL com base no Lucro Real (estimativas mensais e ajuste anual ou valores trimestrais). BLOCO P Lucro Presumido – Apresenta o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício e apura o IRPJ e a CSLL com base no Lucro Presumido. BLOCO Q Demonstrativo do Livro Caixa – Apresenta o demonstrativo do Livro Caixa para os casos previstos na legislação. BLOCO T Lucro Arbitrado – Apura o IRPJ e a CSLL com base no Lucro Arbitrado. BLOCO U Imunes e Isentas – Apresenta o balanço patrimonial e a demonstração do resultado das imunes ou isentas. Apura o IRPJ e a CSLL quando forem obrigadas. BLOCO V DEREX – Apresenta a declaração sobre utilização dos recursos em moeda estrangeira decorrentes do recebimento de exportações (DEREX). Bloco W Relatório país a país – Consiste em um relatório anual, por meio do qual grupos multinacionais deverão fornecer à administração tributária da jurisdição de residência diversas informações e indicadores relacionados à localização de suas atividades, à alocação global de renda e aos impostos pagos e devidos. BLOCO X Informações econômicas – Apresenta informações econômicas da pessoa jurídica. BLOCO Y Informações gerais – Apresenta informações gerais da pessoa jurídica, como o demonstrativo de retenções de IRPJ e CSLL, identificação de sócios ou titular e outras informações. BLOCO 9 Encerramento do arquivo digital. Nem todos os registros presentes na ECF são de preenchimento obrigatório. Cada empresa irá preencher os blocos segundo o seu regime tributário. Assim, de acordo com o preenchimento do bloco de identificação, o sistema irá habilitar apenas os demais blocos necessários ao regime específico de cada empresa. As empresas imunes/isentas (desobrigadas do IRPJ e da CSLL) e que não estejam obrigadas a entregar a ECD deverão preencher os seguintes registros: Registro 0000 Abertura do Arquivo Digital e Identificação da Pessoa Jurídica Registro 0010 Parâmetros de Tributação Registro 0020 Parâmetros Complementares Registro 0030 Dados Cadastrais Registro 0930 Identificação dos Signatários da ECF Registro X390 Origem e Aplicações de Recursos – Imunes e Isentas Registro Y612 Identificação e Rendimentos de Dirigentes, Conselheiros, Sócios ou Titular Quando obrigadas a entregar a ECD, além dos registros acima, também preencherão os blocos C, E, J, K e U (esses blocos serão preenchidos pelo sistema, por meio da recuperação dos dados da ECD). Atenção As entidades do terceiro setor podem ser imunes ou isentas em relação ao Imposto de renda, de acordo com sua situação. A imunidade tributária ocorre quando a Constituição Federal impede a incidência dos tributos, ou seja, ela exige que o Estado se abstenha da cobrança desses tributos para que eles não sofram a tributação. Dessa, forma, essas entidades estão imunes, não podendo ser tributadas. Pode-se dizer que a isenção tributária é a dispensa da cobrança do tributo por meio de lei, que poderá ser instituído pelo ente federativo competente. Por mais que ocorra o fato gerador, não haverá a efetivação do lançamento tributário. · Passo a passo para o preenchimento da ECF Veja a seguir o passo a passo para o preenchimento da ECF: PASSO 1 Baixar o Programa validador da ECF no portal do SPED. PASSO 2 Criar ECF – Importar o arquivo gerado pelo sistema de contabilidade com as informações da ECF, ou preencher diretamente no programa validador. PASSO 3 Recuperar a ECF anterior. PASSO 4 Recuperar a ECD (quando houver obrigatoriedade de entrega). PASSO 5 Validar ECF – Permite verificar a consistência dos dados cadastrados, o sistema valida os dados de acordo com as críticas de preenchimento e críticas fiscais. PASSO 6 Gerar arquivo para entrega – Permite a geração de arquivo no formato texto contendo as informações da escrituração para que possa ser assinado e transmitido. Passo 7 Assinar Escrituração – É obrigatória a assinatura de, no mínimo, um contador e um representante legal como signatários da escrituração ECF. Passo 8 Transmitir ECF – A ECF será transmitida para o SPED. PASSO 9 Após transmissão será gerado o recibo de entrega. QUESTÕES Questão 1 O principal objetivo da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) é informar todas as operações que influenciem a composição da base de cálculo e o valor devido do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Entre os regimes de apuração do IRPJ e CSLL, temos o Lucro Real e o Lucro Presumido. Quanto a esses dois regimes podemos dizer que A. a sistemática de apuração da base de cálculo do Lucro Real é feita trimestralmente mediante aplicação sobre as receitas, dos percentuais, definidos pela autoridade fiscal, por tipo de atividade. B. na sistemática de apuração do Lucro Real quando a apuração é anual com antecipação mensal é necessário fazer um ajuste no final do ano para verificar se terá imposto a pagar ou a recuperar no período seguinte.(x) C. a apuração do Lucro Presumido é feita na parte A do Livro de Apuração do Lucro Presumido, mediante adições e exclusões ao lucro líquido do período de apuração e compensações de prejuízos fiscais. D. na sistemática do Lucro Presumido, a tributação do IRPJ e CSLL está englobada no regime compartilhado de arrecadação mensal, calculado com base em tabelas e alíquotas de acordo com a atividade da empresa. E. a sistemática de apuração do Lucro Presumido poderá ser feitapor trimestre ou anual com antecipações mensais. OBSERVAÇÃO Na apuração do Lucro Real anual é necessário fazer um ajuste no final do ano, com base nas antecipações mensais realizadas, podendo ocasionar em complemento de imposto a pagar ou imposto a recuperar, quando as antecipações forem maiores que o imposto devido. A apuração do Lucro Presumido é feita exclusivamente de forma trimestral mediante aplicação dos percentuais definidos pelo fisco de acordo com a atividade da empresa. Questão 2 Uma das principais obrigações acessórias da Receita Federal do Brasil, a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) deve ser transmitida anualmente pelas pessoas jurídicas com informações relativas à apuração do IRPJ e CSLL referentes ao ano-calendário anterior. Estão entre as empresas obrigadas a apresentação da ECF A. as empresas tributadas pelo Lucro Presumido, Lucro Real e Simples Nacional. B. as empresas tributadas pelo Lucro Real, Lucro Arbitrado e o Microempreendedor Individual. C. as empresas tributadas pelo Lucro Presumido, Simples Nacional e empresas inativas. D. as empresas tributadas pelo Lucro Presumido, Lucro Real e as empresas imunes e isentas. (x) E. as empresas imunes e isentas, tributadas pelo Lucro Arbitrado e os órgãos públicos. OBSERVAÇÃO De acordo com a legislação fiscal, todas as pessoas jurídicas devem enviar a Escrituração Contábil Fiscal, inclusive as entidades imunes ou isentas. A entrega da ECF é dispensada para as pessoas jurídicas que apuram os tributos pelo regime simplificado do Simples Nacional, os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas e as pessoas jurídicas inativas que não tiveram nenhuma atividade operacional ou não operacional durante todo o ano-calendário. · MÓDULO 2: DIPF e o Carnê-Leão · DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA FÍSICA (DIRPF) A Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física é chamada de Declaração de Ajuste Anual. A tributação do Imposto de Renda ocorre mensalmente ao longo do ano, com retenções do Imposto de Renda, descontado diretamente na fonte sobre os rendimentos tributáveis com base na tabela mensal. A tabela mensal progressiva do Imposto de Renda apresenta alíquotas variáveis conforme a renda dos contribuintes, de maneira que os de menor renda não sejam alcançados pela tributação. Ou seja, a tabela é dividida por faixas, em que os rendimentos estão sujeitos a uma tributação progressiva do Imposto de Renda, partindo da isenção até as alíquotas mais altas. Na Declaração de Ajuste Anual, realiza-se o cálculo do imposto a ser recolhido de acordo com a tabela anual, tendo como base de cálculo o somatório de todos os rendimentos tributáveis no ano, descontados dos pagamentos (despesas) considerados dedutíveis. Faz-se, então, uma comparação (ajuste) entre o total de Imposto de Renda recolhido mensalmente durante o ano e o imposto devido calculado na declaração anual. Essa diferença pode ocasionar tanto um complemento de Imposto de Renda a pagar quanto em Imposto de Renda a ser restituído ao contribuinte. Quem está obrigado a declarar: 1. Recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste anual na declaração, tais como: rendimentos do trabalho assalariado, não assalariado, proventos de aposentadoria, pensões, aluguéis, atividade rural, cuja soma foi superior ao limite estabelecido pela Receita Federal. Esse limite tem uma relação direta com o limite de isenção anual, de acordo com a faixa de isenção da tabela progressiva. 2. Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a 40 mil reais. 3. Teve a posse ou a propriedade, até o último dia do ano de referência da declaração, de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a 300 mil reais. 4. Passou à condição de residente no Brasil e encontrava-se nessa condição até o último dia de referência da declaração. 5. Relativamente à atividade rural: obteve receita bruta em valor superior ao limite estabelecido pela Receita Federal ou pretenda compensar prejuízos no ano-calendário ou posteriores. 6. Realizou em qualquer mês do ano-calendário: alienação de bens ou direitos em que foi apurado ganho de capital, sujeito à incidência do imposto; ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas. 7. Optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias contados da celebração do contrato de venda. ATENÇÃO Se não estiver enquadrado nas hipóteses de obrigatoriedade, é aconselhável apresentar: se houve retenção na fonte (para recuperar os valores retidos à maior pela declaração de ajuste); ou, se houve necessidade de comprovação de renda. · Tipos de declaração Existem dois tipos de declaração, pelas quais o contribuinte poderá optar, observando a situação de menor imposto devido: DECLARAÇÃO COMPLETA É a declaração em que podem ser utilizadas todas as deduções legais, desde que comprovadas. Por exemplo: despesas médicas; pensão alimentícia judicial; despesas com instrução (de acordo com o limite estabelecido); dedução com dependentes (de acordo com o limite estabelecido). · DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA É a declaração em que se utiliza o desconto de 20% dos rendimentos tributáveis, com limitação ao valor estabelecido pela Receita Federal. Este desconto substitui todas as deduções legais da declaração completa, sem a necessidade de comprovação. DICA Os rendimentos, bens e direitos dos dependentes devem ser relacionados na declaração em que constem como dependentes. · Tipos de rendimentos tributáveis Veja a seguir os tipos de rendimentos tributáveis: Rendimentos recebidos de Pessoas Jurídicas, como salários e serviços prestados (confrontado com os dados das DIRF entregues pelas empresas). Recebimento de aluguéis (confrontado com os dados da DIMOB entregues pelas imobiliárias). Pensões, aposentadorias que excederem o limite de isenção (confrontados com os dados do INSS/Caixa Econômica). Pensões alimentícias recebidas (confrontados com dados de acordos judiciais). Benefícios recebidos de entidades de previdência privada, de Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e de fundo de aposentadoria. Pró-Labore de sócios. Outros rendimentos recebidos por profissionais autônomos. · Tipos de rendimentos isentos e não tributáveis Veja abaixo tipos de rendimentos isentos e não tributáveis: A parcela de lucros e dividendos recebidos de empresas considerados isentos pela legislação do imposto de renta, desde que comprovados. Bolsas de estudos e pesquisa (desde que não representem vantagem). FGTS e indenizações por rescisão de contrato de trabalho. Pensão e proventos de aposentadoria ou reforma por moléstia grave, proventos de aposentadoria ou reforma por acidente em serviço. Diárias e ajudas de custo. Parcela isenta dos proventos de aposentadoria, reserva remunerada, reforma e pensão (65 anos ou mais). Rendimentos de poupanças e letras hipotecárias. Alienação de bens de pequeno valor (dentro dos limites estabelecidos). Alienação mensal de ações em bolsa de valores (dentro dos limites estabelecidos). Restituição de IR. PIS. ATENÇÃO · A venda de imóvel único por um valor inferior a 440 mil reais está isento do pagamento de imposto sobre o ganho de capital, desde que não tenham efetuado, nos cinco anos anteriores, alienação de outro imóvel a qualquer título, tributada ou não; · Também está isenta do pagamento de imposto sobre ganho de capital a venda dos imóveis que foram adquiridos até 1969; · O ganho de capital auferido nos casos de permuta de unidades imobiliárias em que não é feito pagamento de diferença em dinheiro também está isento de IR; · O ganho de capital obtido com a venda de um imóvel que for utilizado para a compra de outro imóvel residencial, desde que essa compra aconteça em até 180 dias da venda, também está isento do recolhimentode Imposto de Renda. · Tipos de rendimentos sujeitos à tributação exclusiva e definitiva Veja abaixo os tipos de rendimentos sujeitos à tributação exclusiva e definitiva: · Décimo terceiro salário; · Rendimentos aplicações financeiras (Tipo FIF – Fundo de Investimento), Renda Fixa, Fundo de ações; · Juros sobre o capital próprio; · Participação em lucros e resultados (PPR). · Bens e direitos Devem ser relacionados, de forma discriminada, os bens e direitos do contribuinte e os de seus dependentes informados na declaração, no Brasil e no exterior, retratando a situação em que se encontravam em 31 de dezembro do ano da declaração e no ano anterior. Devem ser declarados: 1. Imóveis, veículos automotores, embarcações e aeronaves, independentemente do valor de aquisição. 2. Outros bens móveis e direitos de valor de aquisição unitário igual ou superior a 5 mil reais. 3. Saldos de conta corrente bancária, caderneta de poupança e demais aplicações financeiras, de valor individual superior a 140 reais em 31 de dezembro. 4. Conjunto de ações, quotas ou quinhão de capital de uma mesma empresa, negociadas ou não em bolsa de valores, e de ouro, ativo financeiro, cujo valor de aquisição unitário seja igual ou superior a mil reais. · Documentos necessários O contribuinte deverá manter os comprovantes de todos os rendimentos obtidos ao longo do ano. Isso inclui o comprovante de rendimentos fornecido pelas fontes pagadoras (empresas, governo, pessoas físicas etc.). Dica Também é preciso guardar comprovantes de rendimentos de aplicações financeiras em bancos e corretoras. Comprovantes de despesas próprias ou de dependentes com médicos, hospitais e clínicas; com planos de saúde, dentistas e psicólogos. Também com gastos para instrução própria e de dependentes. Quem paga pensão alimentícia, homologada pela Justiça, também deve manter os comprovantes de pagamento feitos ao beneficiário. Informações sobre dívidas contraídas no ano anterior, além de comprovantes de eventuais compra e venda de bens móveis e imóveis. É fundamental manter os comprovantes de todas as receitas e despesas dos dependentes, bem como os comprovantes dos seus respectivos bens e direitos. Esses documentos precisam ser guardados por pelo menos cinco anos. · PASSO A PASSO: COMO PREENCHER A DECLARAÇÃO Com todos os documentos em mãos, o primeiro passo é baixar o Programa Gerador da Declaração (PGD IRPF) no site da Receita Federal. TAMBÉM É POSSÍVEL BAIXAR O APLICATIVO “MEU IMPOSTO DE RENDA” PARA ANDROID OU IOS. Quem possuir certificado digital, poderá acessar o Centro Virtual de Atendimento eCAC no site da Receita. Nesse caso, encontrará a declaração pré-preenchida, bastando apenas validar as informações. O programa é autoexplicativo e auxilia no preenchimento. As instruções estão disponíveis a partir do menu “Ajuda”. Ao acessar o programa, clicando em “nova” o sistema irá apresentar três opções: Opção 1 Importar dados da declaração do ano anterior (essa opção irá agilizar o preenchimento para aqueles que tiverem o arquivo de transmissão do ano anterior, com o preenchimento das informações cadastrais, fontes pagadoras e bens e direitos). Opção 2 Iniciar declaração a partir da pré-preenchida (para aqueles que iniciaram a declaração pelo eCAC, mas querem continuar pelo programa). Opção 3 Iniciar declaração em branco Começando uma declaração em branco, as primeiras informações a serem prestadas são o CPF e o Nome do contribuinte. A partir daí, serão disponibilizadas pelo sistema as fichas da declaração, iniciando pela identificação do contribuinte, dos dependentes e alimentados. Na sequência, o contribuinte deve preencher cada uma das fichas da declaração com as informações necessárias, como por exemplo: rendimentos tributáveis recebidos de pessoas jurídicas, rendimento tributáveis recebidos de pessoas físicas, rendimentos isentos e não tributáveis, rendimentos sujeitos à tributação exclusiva/definitiva, pagamentos efetuados, bens e direitos, dívidas e ônus reais, entre outras. Ao final do preenchimento, será possível identificar a melhor opção de declaração, simplificada ou completa. Se houver imposto a pagar, é possível gerar o DARF pelo próprio programa, e havendo imposto a restituir, deve-se informar uma conta bancária no mesmo CPF do contribuinte para depósito da restituição. Atenção Antes da entrega, é importante não esquecer de conferir o status da declaração. Se tiver alguma pendência, basta regularizar. Estando tudo certo, basta transmitir a declaração. · CARNÊ-LEÃO O Carnê-Leão é a tributação do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas, sob a forma do recolhimento mensal obrigatório, pelo contribuinte, pessoa física, residente no Brasil, que receber rendimentos de outra pessoa física ou do exterior. Enquanto o rendimento de trabalho com vínculo empregatício está sujeito ao imposto sobre a renda na fonte, que deve ser efetuado pela fonte pagadora, o rendimento sujeito ao Carnê-Leão obriga o beneficiário do rendimento a apurar e recolher o imposto até o último dia útil do mês subsequente ao do recebimento do rendimento. Para fins de cálculo do Carnê-Leão, considera-se recebimento a entrega de recursos ao beneficiário, ainda que mediante depósito em instituição financeira em nome beneficiário. · Deduções no Carnê-Leão Desde que não tenham sido utilizadas como dedução de rendimento sujeito à retenção do imposto na fonte, são admitidas as seguintes deduções na base de cálculo do imposto: · Contribuição previdenciária oficial; · Dependentes (valor por dependente de acordo com a tabela do Imposto de Renda); · Pensão alimentícia paga em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial, inclusive os alimentos provisionais, de acordo homologado judicialmente ou de escritura pública; · Livro Caixa – as despesas escrituradas em Livro Caixa podem ser deduzidas somente pelo trabalhador autônomo, leiloeiro, e titular de serviços notariais e de registro. Podem ser deduzidos os pagamentos escriturados em Livro Caixa relativos a: 1. Remuneração de terceiros com vínculo empregatício e os respectivos encargos trabalhistas e previdenciários. 2. Emolumentos pagos a terceiros. 3. Despesas de custeio necessárias à percepção da receita e à manutenção da fonte produtora (como aluguel de sala comercial, gastos com água, luz, telefone, material de expediente ou de consumo e contratação de pessoal). · Cálculo do Carnê-Leão Para o cálculo do imposto, o programa aplica a tabela progressiva mensal, do respectivo ano-calendário, sobre o rendimento total recebido, no mês, de pessoa física e do exterior, depois de diminuídas as deduções relativas a Livro Caixa, dependentes, previdência oficial e pensão alimentícia paga. Atenção Se o total dos rendimentos recebidos no mês for menor ou igual ao limite de isenção estabelecido na tabela do Imposto de Renda, o contribuinte está dispensado de apuração do Carnê-Leão, no mês. O valor recebido deverá ser incluído como rendimento tributável na declaração, no mês do seu recebimento. · Carnê-Leão Web O sistema Carnê-Leão Web deverá ser acessado diretamente no Portal e-CAC e preenchido de forma on-line. Para utilizar a aplicação Carnê-Leão, ao acessar o Centro Virtual de Atendimento (Portal e-CAC), disponível no site da Receita Federal, o contribuinte deve selecionar o serviço: Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda > Acessar Carnê-Leão. O sistema permite a escrituração eletrônica do Livro Caixa, com diversas vantagens para o contribuinte, tais como: VANTAGEM 1 Cálculo do limite mensal de dedução. VANTAGEM 2 Emissão do DARF para pagamento. VANTAGEM 3 Transporte do excedente das despesas para o mês seguinte, até dezembro. VANTAGEM 4 Plano de contas básico e ajustável à atividade profissional. Os dados apurados no programa serão armazenados e poderão ser transferidos para a Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física no momento de sua elaboração. QUESTÕES Questão 1 A Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobrea Renda – Pessoa Física (DIRPF) é uma obrigação anual de cada contribuinte do imposto, segundo as normas estipuladas pela Receita Federal do Brasil (RFB). Quanto à obrigatoriedade de apresentação da DIRPF podemos afirmar que a) está obrigado à apresentação o contribuinte que recebeu quaisquer rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, independentemente de limite anual estipulado. b) está obrigado à apresentação o contribuinte que recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma seja superior ao mínimo fixado anualmente.(x) c) está desobrigado de apresentação o contribuinte que realizou operações em bolsa de valores, cuja soma seja inferior ao mínio fixado para tributação do Imposto de Renda. d) está desobrigado de apresentação o contribuinte que passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31 de dezembro. e) está obrigado à apresentação o contribuinte que recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma seja inferior ao mínimo fixado anualmente. OBSERVAÇÕES O contribuinte está obrigado a realizar a DIRPF quando receber rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma for superior ao valor mínimo anual estipulado pela legislação fiscal. Em relação a rendimentos tributáveis, o contribuinte estará obrigado apenas quando receber rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma seja superior ao mínimo fixado. A realização de operações em bolsa de valores por parte do contribuinte, obriga-o a realizar a declaração independentemente do valor negociado; e está obrigado a apresentar a declaração o contribuinte que passou à condição de residente no Brasil e se encontrava nesta condição em 31 de dezembro. Questão 2 Quando a pessoa física recebe rendimentos tributáveis de outra pessoa física deverá elaborar o Carnê-Leão, que é o recolhimento mensal obrigatório realizado pelo contribuinte em relação ao Imposto de Renda. Em relação ao sistema de recolhimento mensal obrigatório (Carnê-Leão), podemos afirmar que a) o beneficiário do rendimento deverá apurar e recolher o imposto até o último dia útil do mês subsequente ao do recebimento do rendimento. (x) b) o beneficiário do rendimento poderá deixar para apurar e recolher o imposto no momento da elaboração da DIRPF. c) da base de cálculo do Carnê-Leão serão admitidas deduções de despesas médicas com o contribuinte, no mês, como, por exemplo, o pagamento do plano de saúde. d) para fins de cálculo do Carnê-Leão, considera-se recebimento a prestação de serviços, utilizando-se, portanto, o regime de competência. e) para cálculo do Imposto de Renda, o contribuinte obrigado ao carne-leão se equipara à pessoa jurídica. OBSERVAÇÕES Os rendimentos tributáveis recebidos de pessoa física pelo contribuinte pessoa física deve ser apurado e recolhido até o último dia útil do mês seguinte por meio do Sistema de Recolhimento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão). Não é permitido ao beneficiário realizar o recolhimento de uma única vez quando da elaboração da Declaração de Ajuste Anual (DIRPF). As despesas médicas não admitidas como dedutíveis da base de cálculo mensal do Carnê-Leão, podem ser incluídas apenas como despesas dedutíveis na Declaração de Ajuste Anual (DIRPF). Para fins de cálculo do Carnê-Leão, considera-se recebimento a entrega de recursos ao beneficiário, utilizando-se o regime de caixa. Para o cálculo do imposto, o programa aplica a tabela progressiva mensal do Imposto de Renda das pessoas físicas. · MÓDULO 3: Declaração Do Imposto De Renda Retido Na Fonte · DECLARAÇÃO DO IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE (DIRF) A Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) é uma obrigação tributária acessória que deve ser apresentada pelas pessoas físicas e jurídicas – independentemente da forma de tributação perante o Imposto de Renda – que pagaram ou creditaram rendimentos com retenção do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), ainda que em um único mês do ano-calendário a que se referir a declaração. Também estão obrigadas à apresentação da DIRF as pessoas jurídicas que tenham efetuado retenção, ainda que em um único mês do ano-calendário a que se referir a declaração, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) incidentes sobre pagamentos efetuados a outras pessoas jurídicas, nos termos dos artigos 30 a 32, 35 e 36 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. A DIRF tem como objetivo informar: I Os rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no país, inclusive os isentos e não tributáveis nas condições em que a legislação determina. II O valor do imposto sobre a renda e/ou contribuições retidos na fonte, dos rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários. III Pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou domiciliados no exterior, ainda que não tenha havido a retenção do imposto, inclusive nos casos de isenção ou alíquota zero. IV Os pagamentos a plano de assistência à saúde – coletivo empresarial. V Os valores relativos a deduções, no caso de trabalho assalariado. As pessoas obrigadas a apresentar a DIRF devem informar, além dos beneficiários cujos rendimentos sofreram retenção de IRRF, CSLL, PIS ou Cofins, todos os beneficiários de rendimentos, ainda que não tenham sofrido retenção do imposto: Do trabalho assalariado, quando o valor pago durante o ano-calendário for igual ou superior ao limite anual de isenção estabelecido para o Imposto de Renda das pessoas físicas. Do trabalho sem vínculo empregatício, de aluguéis e de royalties, acima de seis mil reais, pagos durante o ano-calendário. De previdência complementar e de planos de seguros de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência – Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), pagos durante o ano-calendário. Auferidos por residentes ou domiciliados no exterior, inclusive nos casos de isenção e de alíquota zero, cujo valor total anual tenha sido igual ou superior ao limite anual de isenção estabelecido para o Imposto de Renda das pessoas físicas Remetidos por pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no país para cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no país, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais, cujo valor total anual tenha sido igual ou superior ao limite anual de isenção estabelecido para o Imposto de Renda das pessoas físicas. Exclusivo de pensão, aposentadoria ou reforma, igual ou superior ao limite anual de isenção estabelecido para o Imposto de Renda das pessoas físicas; pagos com isenção do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) quando o beneficiário for portador moléstia grave, regularmente comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, estados, Distrito Federal ou municípios. De dividendos e lucros pagos a partir de 1996, e valores pagos a titular ou sócio de microempresa ou empresa de pequeno porte, quando o valor total anual pago for igual ou superior ao limite anual de isenção estabelecido para o Imposto de Renda das pessoas físicas De dividendos e lucros pagos ao sócio, ostensivo ou participante, pessoa física ou jurídica, de sociedade em conta de participação. De honorários advocatícios de sucumbência pagos ou creditados aos ocupantes dos cargos de Advogado da União, Procurador Federal, Procurador da Fazenda Nacional e Procurador do Banco Central, das causas em que forem parte a União, as autarquias e as fundações públicas federais. Da parcela isenta de aposentadoria para maiores de 65 anos, inclusive o décimo terceiro salário da parcela isenta. Do valor de diária e ajuda de custo. Dos valores do abono pecuniário. Das Indenizações por rescisão de contratos de trabalho, inclusive a título de Plano deDemissão Voluntária (PDV), cujo valor total anual de rendimentos pagos seja igual ou superior ao limite anual de isenção estabelecido para o Imposto de Renda das pessoas físicas. Dos valores das bolsas de estudo pagos ou creditados aos médicos-residentes. Pagos pelo fornecimento de bens e serviços às entidades imunes ou isentas classificadas como instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos e instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e às associações civis. Pagos em cumprimento de decisão da Justiça Federal, ainda que esteja dispensada a retenção do imposto nas hipóteses em que o beneficiário declarar à instituição financeira responsável pelo pagamento que os rendimentos recebidos são isentos ou não tributáveis ou em que a pessoa jurídica beneficiária esteja inscrita no Simples Nacional. · Programa Gerador O Programa Gerador da Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte será disponibilizado anualmente pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) em seu site na internet. Deverá ser utilizado para a apresentação das declarações relativas aos fatos geradores que ocorreram no ano-calendário anterior, devendo ser entregue até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente àquele no qual o rendimento tiver sido pago ou creditado. CURIOSIDADE Em caso de empresas extintas, liquidadas, incorporadas ou fundidas no ano-calendário, a pessoa jurídica deve apresentar a DIRF até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do evento. · IMPOSTO RETIDO NA FONTE Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte principalmente os rendimentos do trabalho assalariado pagos por pessoas físicas ou jurídicas, os rendimentos do trabalho não assalariado pagos por pessoa jurídicas, os rendimentos de aluguéis e royalties pagos por pessoa jurídica e os rendimentos pagos por serviços entre pessoas jurídicas, tais como os de natureza profissional, serviços de corretagem, propaganda e publicidade. As retenções têm como característica principal o fato de que a própria fonte pagadora tem o encargo de apurar a incidência, calcular e recolher o imposto, em vez do beneficiário. Dispensa de retenção de imposto sobre a renda: Está dispensada a retenção de imposto sobre a renda na fonte de valor igual ou inferior a dez reais, incidente sobre rendimentos que devam integrar a base de cálculo do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual das pessoas físicas, bem como o imposto devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real, presumido ou arbitrado, a partir de 1º de janeiro de 1997 (RIR/2018, art. 785). Vamos ver, agora, os principais rendimentos sujeitos à retenção na fonte: os do trabalho, de capital, outros rendimentos e pagos por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas. RENDIMENTOS DO TRABALHO CÓDIGO 0561: RENDIMENTO DO TRABALHO ASSALARIADO NO PAÍS · Fato gerador Pagamento de salário, inclusive adiantamento de salário a qualquer título, indenização sujeita à tributação, ordenado, vencimento, soldo, pró-labore, remuneração indireta, retirada, vantagem, subsídio, comissão, corretagem, benefício (remuneração mensal ou prestação única) da previdência social, remuneração de conselheiro fiscal e de administração, diretor e administrador de pessoa jurídica, titular de empresa individual, gratificação e participação dos dirigentes no lucro e demais remunerações decorrentes de vínculo empregatício, recebidos por pessoa física residente no Brasil. · Alíquota/base de cálculo O imposto será calculado mediante a utilização da tabela progressiva mensal. Para efeito de determinação da base de cálculo sujeita à incidência do imposto na fonte, poderão ser deduzidas do rendimento bruto: · As importâncias pagas a título de pensão alimentícia, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente; · A quantia por dependente de acordo com a tabela do Imposto de Renda, por mês; · As contribuições para a previdência social; · As contribuições para as entidades de previdência complementar domiciliadas no brasil e as contribuições para o Fapi, cujo ônus tenha sido do contribuinte; e · As contribuições para as entidades fechadas de previdência complementar de natureza pública, cujo ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da previdência social. CÓDIGO 0588: RENDIMENTOS DO TRABALHO SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO · Fato gerador Importâncias pagas por pessoa jurídica à pessoa física, a título de comissões, corretagens, gratificações, honorários, direitos autorais e remunerações por quaisquer outros serviços prestados, sem vínculo empregatício, inclusive as relativas a empreitadas de obras exclusivamente de trabalho, as decorrentes de fretes e carretos em geral e as pagas pelo órgão gestor de mão de obra do trabalho portuário aos trabalhadores portuários avulsos. · Alíquota/base de cálculo O imposto será calculado mediante a utilização da tabela progressiva mensal. Para efeito de determinação da base de cálculo sujeita à incidência do imposto na fonte, poderão ser deduzidas do rendimento bruto: · As importâncias pagas a título de pensão alimentícia, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente; · A quantia por dependente de acordo com a tabela do Imposto de Renda, por mês; · As contribuições para a previdência social. RENDIMENTOS DE CAPITAL CÓDIGO 3208: ALUGUÉIS, ROYALTIES E JUROS PAGOS À PESSOA FÍSICA · Fatos geradores • Rendimentos mensais de aluguéis ou royalties, tais como: locação ou sublocação; arrendamento; direito de uso ou passagem de terrenos; direitos de colher ou extrair recursos vegetais, pesquisar e extrair recursos minerais; benfeitorias e quaisquer melhoramentos realizados no bem locado. ATENÇÃO Considera-se pagamento a entrega de recursos, mesmo mediante depósito em instituição financeira em favor do beneficiário, ou efetuado por meio de imobiliária, sendo irrelevante que esta deixe de prestar contas ao locador quando do recebimento do rendimento. No caso de aluguéis de imóveis, poderão ser deduzidos os seguintes encargos, desde que o ônus tenha sido exclusivamente do locador: O valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o imóvel. O aluguel pago pela locação do imóvel sublocado. As despesas pagas para cobrança ou recebimento do rendimento. As despesas de condomínio. Juros pagos à pessoa física decorrente da alienação a prazo de bens ou direitos. · Alíquota/base de cálculo O imposto será calculado mediante a utilização de tabela progressiva mensal. · Outros rendimentos CÓDIGO 1708: REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS PRESTADOS POR PESSOA JURÍDICA · Fato gerador Importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas civis ou mercantis pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional e pela prestação de serviços de limpeza e conservação de bens imóveis, exceto reformas e obras assemelhadas; segurança e vigilância; e por locação de mão de obra de empregados da locadora colocados a serviço da locatária, em local por esta determinado. · Alíquota/base de cálculo · 1,5% sobre as importâncias pagas ou creditadas como remuneração pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional. · 1% sobre as importâncias pagas ou creditadas pela prestação de serviços de limpeza e conservação de bens imóveis, exceto reformas e obras assemelhadas; segurança e vigilância; e por locação de mão de obra de empregados da locadora colocados a serviço da locatária, em local por esta determinado. · Dispensa de retenção Está dispensada a retenção do imposto sobre a renda, quando o serviço for prestado por pessoa jurídica imune ou isenta, ou quando o serviço for prestado por pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional. RENDIMENTOS PAGOS POR PESSOAS JURÍDICAS A OUTRAS PESSOAS JURÍDICAS - SUJEITOS À RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS CÓDIGO 5952: RETENÇÃO NA FONTE SOBRE PAGAMENTOS À PESSOA JURÍDICA CONTRIBUINTEDA CSLL, DA COFINS E DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP · Fato gerador Importâncias pagas pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão de obra, pela prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, e pela remuneração de serviços profissionais. · Alíquota/base de cálculo O valor da CSLL, da Cofins e da contribuição para o PIS/Pasep será determinado mediante a aplicação, sobre o montante a ser pago, do percentual de 4,65%, correspondente à soma das seguintes alíquotas: 1% A TÍTULO DE CSLL. 3% A TÍTULO DE COFINS. 0,65% A TÍTULO DE PIS/PASEP. · Dispensa de retenção Não estão obrigadas a efetuar essa retenção, as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional. · Regime de tributação Os valores retidos serão considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, em relação às respectivas contribuições. Os valores retidos poderão ser deduzidos, pelo contribuinte, das contribuições devidas de mesma espécie, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção. · COMPROVANTE DE RENDIMENTOS PAGOS E DE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE A pessoa física ou jurídica que realizar pagamento à pessoa física de rendimentos com retenção do imposto sobre a renda na fonte durante o ano-calendário, ainda que em um único mês, deverá fornecer o Comprovante de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte. Atenção O comprovante deverá ser fornecido até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente ao dos rendimentos ou por ocasião da rescisão do contrato de trabalho, se esta ocorrer antes da referida data. É permitida a disponibilização, por meio da internet, do comprovante para a pessoa física que possua endereço eletrônico e, nesse caso, fica dispensado o fornecimento da via impressa. A pessoa física pode, entretanto, solicitar, sem ônus, o fornecimento da via impressa do comprovante. A fonte pagadora que deixar de fornecer aos beneficiários, dentro do prazo fixado pela legislação, ou fornecer, com inexatidão, o comprovante de rendimentos pagos e de imposto sobre a renda retido na fonte, ficará sujeita ao pagamento de multa por documento. Como vimos, o objetivo da DIRF é informar à Receita Federal os valores de Imposto de Renda e de outras contribuições retidos com pagamentos a terceiros, a fim de evitar sonegação fiscal. Em se tratando dos rendimentos do trabalho assalariado por exemplo, após a entrega da declaração, o Fisco cruzará as informações com a Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF), feita pelos trabalhadores. Dessa forma, a DIRF serve como a declaração da empresa, como pessoa jurídica, e a DIRPF como a declaração dos funcionários, pessoas físicas. Em caso de inconsistências, a Receita poderá colocar o trabalhador na malha fina, devendo ser verificada se a informação incorreta partiu da empresa ou do funcionário, para que seja elaborada a declaração retificadora da pessoa jurídica ou da pessoa física. QUESTÕES Questão 1 A declaração feita pela fonte pagadora com o intuito de informar valores a secretaria da Receita Federal do Brasil, como rendimentos pagos as pessoas físicas e jurídicas; valores do imposto sobre a renda e contribuições retidos na fonte; pagamentos, créditos, entregas, serviços ou remessa a residentes no exterior; além da distribuição de lucros entre sócios de um negócio é denominada: A) DIRPF - Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física B) DIRF – Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (x) C) Sistema de Recolhimento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão) D) DIMOB – Declaração de Informações s/ Atividades Imobiliárias E) DMED – Declaração de Serviços Médicos e de Saúde OBSERVAÇÃO · A obrigação acessória elaborada com o objetivo de informar rendimentos pagos as pessoas físicas e jurídicas; · valores do imposto sobre renda e contribuições retidos na fonte; · pagamentos, créditos, entregas, serviços ou remessa a residentes no exterior; · distribuição de lucros entre sócios é a DIRF – Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte. A DIRPF – Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física é responsável pela declaração de ajuste anual do Imposto de Renda das pessoas físicas. O Sistema de Recolhimento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão) é utilizado para apuração e recolhimento do Imposto de Renda mensal obrigatório das pessoas físicas quando do recebimento de rendimentos tributáveis de outras pessoas físicas. A DIMOB tem o objetivo de prestar informações relativas às atividades imobiliárias, enquanto a DMED presta informações sobre os serviços médicos e de saúde realizados pelas empresas que desempenham essa atividade. Questão 2 Uma das características principais das retenções de Imposto de Renda é o fato de que a própria fonte pagadora irá apurar, calcular e recolher o imposto. Para isso, é importante que as empresas estejam atentas às diversas situações de retenção. Quanto às retenções realizadas pelas pessoas jurídicas podemos afirmar que a) as pessoas jurídicas tributadas pelo Simples Nacional estão dispensadas da retenção sobre rendimento do trabalho assalariado no país. b) está dispensada a retenção de imposto sobre a renda na fonte de valor igual ou inferior a 15 reais. c) a alíquota aplicada sobre os rendimentos do trabalho sem vínculo empregatício será de 1,5%. d) para o cálculo o Imposto de Renda sobre a remuneração de serviços profissionais prestados por pessoa jurídica será utilizada a tabela progressiva mensal. e) as pessoas jurídicas tributadas pelo Simples Nacional estão dispensadas da retenção na fonte sobre pagamentos à pessoa jurídica contribuinte da CSLL, da Cofins e da contribuição para o PIS/Pasep.(x) OBSERVAÇÃO Estão dispensadas da retenção na fonte sobre pagamentos à pessoa jurídica as empresas do Simples Nacional, contudo, essa dispensa não se aplica ao caso de retenção sobre rendimentos pagos à pessoa física, como, por exemplo, os rendimentos do trabalho assalariado. A dispensa da retenção do Imposto de Renda está condicionada ao valor de retenção igual ou inferior a dez reais. As alíquotas aplicadas sobre o trabalho sem vínculo empregatício serão de acordo com a tabela progressiva mensal da pessoa física, enquanto a alíquota de retenção sobre serviços profissionais prestados por pessoa jurídica será de 1,5% sobre os rendimentos. · MÓDULO 4: Declarações acessórias da pessoa jurídica · OUTRAS DECLARAÇÕES ACESSÓRIAS As declarações ou obrigações acessórias são declarações mensais, trimestrais ou anuais, prestadas pelo próprio contribuinte, ao Governo, por meio dos órgãos fiscalizadores, que tem como principal objetivo o envio de informações, sobre a receita e faturamento, sobre os impostos apurados e retidos, além da parte trabalhista, com informações sobre a movimentação da folha de pagamentos e encargos gerados. Existem também obrigações acessórias relacionadas à atividade econômica da empresa, como, por exemplo, os setores imobiliários e de saúde. Os exemplos desse tipo de obrigação, são a Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB) e a Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (DMED). · Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB) A Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB) deve ser entregue à Secretaria da Receita Federal do Brasil pelas pessoas jurídicas e equiparadas: Que comercializarem imóveis que houverem construído, loteado ou incorporado para esse fim. Que intermediarem aquisição, alienação ou aluguel de imóveis. Que realizarem sublocação de imóveis. Constituídas para a construção, administração, locação ou alienação do patrimônio próprio, de seus condôminos ou sócios. Atenção A pessoa física, estará equiparada à pessoa jurídica no que se refere a operações imobiliárias quando promoverema incorporação de prédios em condomínio ou loteamento de terrenos. As pessoas jurídicas e equiparadas que não tenham realizado operações imobiliárias no ano-calendário de referência estão desobrigadas da apresentação da DIMOB. · Informações prestadas na DIMOB A DIMOB deverá ser apresentada pelo estabelecimento matriz, em relação a todos os estabelecimentos da pessoa jurídica, com as informações sobre: 1. As operações de construção, incorporação, loteamento e intermediação de aquisições/alienações, no ano em que foram contratadas. · 2. Os pagamentos efetuados no ano, discriminados mensalmente, decorrentes de locação, sublocação e intermediação de locação, independentemente do ano em que essa operação foi contratada. · Participantes do mercado imobiliário Antes de falarmos sobre as fichas da declaração, é importante conhecer alguns participantes do mercado imobiliário: INCORPORADORA É a empresa responsável por identificar oportunidades, adquirir o terreno e realizar estudos de viabilidade do projeto, procedendo com a formalização do registro imobiliário do empreendimento, para posterior contratação da construtora e comercialização das unidades, podendo ainda transferir para outra empresa a responsabilidade pelas vendas. CONSTRUTORA É a empresa responsável pela execução física de um empreendimento, ou seja, é de sua responsabilidade todas as etapas da construção civil. A construtora pode ser contratada pela incorporadora para realização da obra ou realizar uma construção e venda em nome próprio. IMOBILIÁRIA É a empresa com atribuições básicas de comprar, vender, alugar e administrar imóveis, ganhando uma comissão pela venda (intermediação) ou locação, devida pelo dono do imóvel. · Partes da declaração A DIMOB é dividida em três blocos de informações que deverão ser prestadas de acordo com a atividade da empresa informante: locação, incorporação e intermediação. · Ficha locação Nesta ficha, serão informados os pagamentos relativos às operações de locação/sublocação e intermediação de locação realizados no ano de referência, discriminados mensalmente por rendimento bruto, valor da comissão e imposto retido na fonte, quando for o caso. Os seguintes dados serão solicitados: · CPF/CNPJ do locador (beneficiário do rendimento) Preencher com o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do locador. Comentário Se houver mais de um locador para o mesmo imóvel, devem ser incluídos todos informando a participação de cada um nos termos do contrato, se for o caso, ou rateando proporcionalmente o valor do aluguel e da comissão. · Nome/nome empresarial do locador Preencher com o nome ou nome empresarial do locador. · CPF/CNPJ do locatário (inquilino) Preencher com o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do locatário. · Nome/nome empresarial do locatário Preencher com o nome ou nome empresarial do locatário. · Número do contrato Preencher com o número que identifica o documento que formaliza a locação, se houver. · Data do contrato Preencher com a data do contrato no formato dd/mm/aaaa. · Imóvel urbano ou rural Assinalar a opção correspondente. · Imóvel urbano ou rural Preencher com o endereço do imóvel, com o CEP, município e UF. · Rendimento bruto Preencher com o valor pago no mês. Considera-se rendimento bruto o valor pago pelo locatário ao locador, sem nenhuma dedução. Atenção · O valor do rendimento deve ser informado no mês em que o locatário efetuar o pagamento à administradora do imóvel, independentemente de quando tenha sido repassado ao locador. · Rendimento de aluguel antecipado pela administradora do imóvel ao locador, independentemente se pago pelo locatário, deve ser informado no mês em que ocorreu a antecipação. · No caso de vários imóveis e contratos distintos locados a uma mesma pessoa física/jurídica e administrados pela mesma imobiliária, os rendimentos devem ser somados e informados no respectivo mês do pagamento, bem como o imposto retido correspondente, se for o caso. No campo “número do contrato” deve ser informado o contrato mais antigo ou na inexistência desse número deixar em branco. No campo "data do contrato" informar a data do contrato mais antigo. Valor da comissão Preencher com o valor pago no mês pelo locador à imobiliária, a título de comissão/taxa, conforme estabelecido em contrato. Imposto retido Preencher com o valor do imposto retido, quando o locatário for pessoa jurídica e o valor do rendimento bruto (aluguel) estiver sujeito à retenção na fonte. · Ficha incorporação/construção Nesta ficha, serão informadas as operações de construção, incorporação e loteamento contratadas no ano de referência, pelas pessoas jurídicas e equiparadas, apresentando as informações relativas a todos os imóveis comercializados, ainda que tenha havido a intermediação de terceiros. Saiba mais A construção de imóveis por pessoas jurídicas constituídas para este fim em nome próprio, de seus condôminos ou sócios também deve ser informada. Deverão ser informadas todas as vendas independentemente de terem sido efetuadas antes, durante ou após a construção. Os seguintes dados serão solicitados: · CPF/CNPJ do comprador Preencher com o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do comprador. · Nome/nome empresarial do comprador Preencher com o nome ou nome empresarial do comprador. · Número do contrato Preencher com o número que identifica o documento que formaliza a venda, se houver. · Data do contrato Preencher com a data do contrato no formato dd/mm/aaaa. · Imóvel urbano ou rural Assinalar a opção correspondente. · Valor da operação Preencher com o efetivamente contratado entre as partes, independentemente da forma de pagamento. · Valor pago no ano Preencher com o valor efetivamente pago no ano, inclusive todos os acréscimos, tais como juros, multas, taxas, correção monetária etc. O valor pago no ano inclui o pagamento feito em bens e direitos. O valor pago a título de sinal para garantia de transação futura não deve ser informado, caso a venda não tenha sido concretizada. Os pagamentos efetuados nos anos seguintes ao da contratação não devem ser informados. · Endereço do Imóvel Preencher com o endereço do imóvel, com CEP, município e UF. · Ficha Intermediação Nesta ficha, serão informadas as operações de intermediação de vendas contratadas no ano de referência. · CPF/CNPJ do vendedor Preencher com o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do vendedor. · Nome/nome empresarial do vendedor Preencher com o nome ou nome empresarial do vendedor. · CPF/CNPJ do comprador Preencher com o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do comprador. · Nome/nome empresarial do comprador Preencher com o nome ou nome empresarial do comprador. · Número do contrato Preencher com o número que identifica o documento que formaliza a venda. · Data do contrato Preencher com a data do contrato no formato dd/mm/aaaa. · Imóvel urbano ou rural Assinalar a opção correspondente. · Valor da venda Preencher com o valor efetivamente contratado entre as partes, inclusive comissão, se houver. · Valor da comissão Preencher com o valor percebido a título de comissão/taxa pela imobiliária, ainda que essa pessoa jurídica não o tenha integralmente recebido no ano. · Endereço do imóvel Preencher com o endereço do imóvel, com o CEP, Município e UF. · Cruzamento de dados A Receita Federal do Brasil utiliza os dados da DIMOB para fazer cruzamento fiscal dos contribuintes. Tais informações são comparadas com as Declarações de Ajuste Anual (DIRPF), em relação a aluguéis recebidos e aquisições de imóveis, que devem ser lançadas respectivamente nas fichas de rendimentos tributáveis e bens e direitos dadeclaração da pessoa física. Atenção Se o valor das operações informadas não estiver coincidente, a declaração poderá ficar retida em malha fina, havendo a possibilidade de aplicação de multa e juros sobre a diferença entre o declarado pelo contribuinte e o informado pelas empresas na DIMOB. Prazo de entrega A DIMOB deverá ser entregue, pela internet e mediante última versão do programa disponibilizado pela Receita Federal do Brasil (RFB), até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente ao que se refiram as suas informações. · DECLARAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS E DE SAÚDE (DMED) A Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (DMED) deve ser apresentada por pessoa jurídica ou pessoa física equiparada a jurídica, desde que seja: Prestadora de serviços médicos e de saúde. · Operadora de plano privado de assistência à saúde. · Serviços médicos e de saúde de que trata a DMED São os serviços prestados por psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, dentistas, hospitais, laboratórios, serviços radiológicos, serviços de próteses ortopédicas e dentárias, clínicas médicas de qualquer especialidade, e os prestados por estabelecimento geriátrico classificado como hospital pelo Ministério da Saúde, e por entidades de ensino destinadas à instrução de deficiente físico ou mental. Para fins da Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (DMED), não se equiparam à pessoa jurídica: médico (de qualquer especialidade), dentista, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional ou fonoaudiólogo, que, individualmente, exerçam sua profissão ou explorem atividades sem vínculo empregatício, prestando serviços profissionais, mesmo quando possuam estabelecimento nos quais desenvolvam suas atividades e empreguem auxiliares, sem qualificação profissional na área, para atender apenas às tarefas de apoio. · Informações prestadas pela DMED Devem ser informados na DMED os valores recebidos de pessoas físicas, em decorrência de pagamento pela prestação de serviços médicos e de saúde, e plano privado de assistência à saúde. No caso de valores recebidos em decorrência de pagamento pela prestação de serviços médicos e de saúde, devem ser informados: Valores pagos por pessoa física 1. Nome completo e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do responsável pelo pagamento; 2. Nome completo e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do beneficiário do serviço;. 3. Valor pago, em reais. Atenção Não devem ser informados em DMED valores recebidos de pessoas jurídicas ou do Sistema Único de Saúde (SUS). Valores pagos para planos de assistência à saúde 1. Nome completo e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do titular do plano; 2. Nome completo e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) dos dependentes relacionados ao titular do plano. 3. Valor anual pago, individualizando as parcelas relativas ao titular e a cada dependente. 4. Valores reembolsados à pessoa física beneficiária do plano, individualizados por beneficiário titular ou dependente e por prestador do serviço médico e de saúde (que originou o reembolso). · Cruzamento de dados A apresentação de declarações como a DMED tem o objetivo de reduzir informações distorcidas apresentadas pelos contribuintes em suas Declarações de Ajuste Anual (DIRPF), em função do cruzamento de dados que vem sendo feito pela Receita Federal do Brasil (RFB). Com isso, pretende-se inibir a apresentação de recibos falsos, a declaração de despesas médicas de familiares, não dependentes para fins do Imposto de Renda, em nome do responsável pelo pagamento e inibir práticas como declaração do valor da consulta e do reembolsado pelo plano como despesas médicas, pois apenas a diferença entre eles é dedutível para fins do Imposto de Renda. · Prazo de entrega A DMED deverá ser entregue, pela internet e mediante última versão do programa disponibilizado pela Receita Federal do Brasil (RFB), até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente ao qual se referirem as informações. QUESTÕES Questão 1 As empresas estão sujeitas a diversas declarações acessórias sejam elas mensais, trimestrais ou anuais, como objetivo de envio de informações, sobre faturamento, impostos apurados e retidos, além de informações sobre a movimentação da folha de pagamentos e encargos gerados. Algumas obrigações acessórias também podem estar relacionadas à atividade econômica da empresa. A declaração acessória anual obrigatória a todas as empresas de natureza jurídica que exercem as atividades de locação, intermediação ou venda de imóveis é a: A. DIRPF – Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física . B. DIRF – Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte. C. DIMOF – Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira. D. DIMOB – Declaração de Informações sobre Atividades Mobiliárias.(x) E. DMED – Declaração de Serviços Médicos e de Saúde. OBSERVAÇÃO · A DIMOF é a declaração de informações sobre as movimentações financeiras, destinada a empresas do ramo financeiro, enquanto a DMED presta informações sobre os serviços médicos e de saúde realizados pelas empresas que desempenham essa atividade. · A Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB) é a declaração anual obrigatória para as empresas com atividade de locação, intermediação ou venda de imóveis. · A DIRPF – Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física é responsável pela declaração de ajuste anual do Imposto de Renda das pessoas físicas. · Já a DIRF –Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte também é uma declaração anual, porém, com o objetivo de informar Imposto de Renda e contribuições retidos pelas empresas, independentemente da atividade. Questão 2 As obrigações acessórias têm o objetivo de auxiliar a fiscalização e arrecadação dos tributos pelo Fisco. As empresas estão sujeitas a diversas declarações acessórias e algumas delas podem estar relacionadas à atividade econômica da empresa. Quanto à declaração acessória DMED, podemos dizer que a) Tem o objetivo de informar o Imposto de Renda e as contribuições retidas pelas empresas. b) Tem o objetivo de prestar informações sobre as movimentações financeiras das empresas. c) Tem o objetivo de prestar informações ao governo sobre a atividade trabalhista no país. d) É utilizada para apuração E recolhimento do Imposto de Renda mensal obrigatório, a ser recolhido pelas pessoas físicas, quando do recebimento de rendimentos tributáveis de outras pessoas físicas. e) Tem o objetivo de prestar informações sobre os valores recebidos da pessoa física, em decorrência do pagamento pela prestação de serviços médicos e de saúde, e plano privado de assistência à saúde.(x) OBSERVAÇÃO A DMED – Declaração de Serviços Médicos e de Saúde tem o objetivo de prestar informações sobre os valores recebidos de pessoas físicas, em decorrência de pagamento pela prestação de serviços médicos e de saúde, e plano privado de assistência à saúde. A declaração que tem por objetivo de informar o Imposto de Renda e as contribuições retidos pelas empresas é a DIRF. A declaração que tem o tem o objetivo de prestar informações sobre as movimentações financeiras das empresas é a DIMOF. O Carnê-Leão é utilizado para a apuração e recolhimento do Imposto de Renda mensal das pessoas físicas. E a RAIS é a obrigação acessória, com objetivo de prestar informações ao governo sobre a atividade trabalhista no país. image3.jpeg image93.jpeg image94.jpeg image95.png image96.png image97.png image98.png image99.jpeg image100.jpeg image101.jpeg image102.png image4.png image103.png image104.png image105.png image106.jpeg image107.png image108.png image109.png image110.png image111.png image112.png image5.png image113.png image114.jpeg image115.jpeg image116.jpeg image117.jpeg image118.jpeg image119.png image120.png image121.jpeg image122.jpeg image6.png image123.png image124.png image125.png image126.png image127.png image128.jpeg image129.jpeg image130.jpegimage131.jpeg image132.jpeg image7.png image133.jpeg image134.jpeg image135.png image136.png image137.png image138.png image139.png image140.png image141.png image142.png image8.png image143.png image144.png image145.png image146.jpeg image147.png image148.png image149.png image150.jpeg image151.jpeg image152.jpeg image9.jpeg image153.jpeg image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.jpeg image25.png image26.jpeg image27.png image28.png image29.jpeg image30.png image31.png image32.png image33.jpeg image34.jpeg image35.jpeg image36.jpeg image37.jpeg image38.jpeg image39.jpeg image40.jpeg image41.jpeg image42.jpeg image43.jpeg image44.jpeg image45.jpeg image46.jpeg image47.jpeg image48.jpeg image49.jpeg image50.png image51.jpeg image52.jpeg image53.jpeg image54.jpeg image55.jpeg image56.jpeg image57.jpeg image58.png image59.png image60.png image61.png image62.png image63.png image64.png image65.png image66.jpeg image67.png image68.jpeg image69.png image70.jpeg image71.jpeg image72.jpeg image1.jpeg image73.jpeg image74.jpeg image75.png image76.png image77.png image78.png image79.png image80.png image81.png image82.png image2.jpeg image83.jpeg image84.jpeg image85.png image86.png image87.png image88.png image89.png image90.png image91.png image92.png