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Trilha 4 - Texto - A codificacao

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Helena Kirst

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A Codificação 
 
Luiz Antônio Bogo Chies1 
 
 O brocardo latino Ubi homo ibi societas, ubi societas, ibi jus (Onde está o homem 
está a sociedade, onde está a sociedade está o direito) é inquietante. Permite o risco de 
se naturalizar o Direito, porque sugere que ele sempre está – como se fosse um dado da 
natureza – onde o humano e a sociedade estão. Trata-se de um risco de interpretação 
que tende a esvaziar a exigibilidade de significativos tensionamentos científicos, 
sobretudo sociológicos, acerca de seus vínculos e impactos sociais. 
 Ocorre que se há “o Direito” em alguma dimensão como algo natural, assim 
como existe água como um elemento da natureza, não nos caberia neste nível o 
tensionar sociologicamente, apenas o descrever, como descrevemos a composição 
química da molécula da água, composta por dois átomos de hidrogênio e um de 
oxigênio, que se ligam por ligações covalentes, ou seja: H2O. 
 Assim, refletir sobre a perspectiva da codificação, a partir dos subsídios teóricos 
e análises de Pierre Bourdieu (1990), é um procedimento valioso para enfrentar esta 
inquietude. 
 Bourdieu nos remete a tratar por codificação a elaboração de um sistema de 
regras que busca se apresentar com uma coerência intencional e desejada, à custa de 
um trabalho de formalização e racionalização que, nas sociedades contemporâneas, 
cabe aos juristas (1990, p. 85). 
 Dada a pluralidade de significados que alguns termos podem assumir, mesmo na 
perspectiva da abordagem científica da Sociologia, é importante que apresentemos 
noções preliminares da perspectiva das práticas, das regras e das normas. 
 A perspectiva da prática pode ser compreendida como a resposta que se dá a 
uma demanda de atuar na sociedade. 
 A palavra regra, conforme Bourdieu, carrega significativa ambiguidade: 
nunca se sabe exatamente se por regra entende-se um princípio de tipo jurídico ou 
quase jurídico, mais ou menos conscientemente produzido e dominado pelos 
 
1 Doutor em Sociologia (UFRGS, 2006); Professor de Sociologia Geral e Jurídica na Universidade Católica 
de Pelotas (UCPel). 
2 
 
agentes, ou um conjunto de regularidades objetivas que se impõem a todos aqueles 
que entram num jogo. (1990, p. 79) 
 
 A norma, na perspectiva Sociológica, “é uma regra cultural que associa o 
comportamento ou a aparência do indivíduo a recompensas ou castigos (SANÇÕES)” 
(JOHNSON, 1997, p. 158), ou, ainda, “maneiras de fazer, de ser ou de pensar, 
socialmente definidas e sancionadas” (BOUDON; BOURRICAUD, 1993, p. 394). 
 Para a perspectiva sociológica de Bourdieu é central o reconhecimento de que, 
“ao lado da norma expressa e explícita ou do cálculo racional, existem outros princípios 
geradores de práticas” (1990, p. 96) – e noções como o habitus e o senso prático, 
elaboradas a partir de seus trabalhos são a comprovação deste reconhecimento –, a 
codificação, mesmo que em diferentes intensidades e amplitudes, apresenta-se como 
uma dimensão frequente nas sociedades, o que reforça não só a pergunta de Bourdieu, 
“em que condições uma regra pode agir” (1990, p. 96), mas, também, em que condições 
a codificação se faz importante e/ou necessária? 
 A identificação do habitus se relaciona com o reconhecimento de que os 
indivíduos, ao longo de sua história social, desenvolvem e incorporam: 
(...) sistemas de disposições duráveis e transponíveis, estruturas estruturadas 
predispostas a funcionar como estruturas estruturantes, ou seja, como princípios 
geradores e organizadores de práticas e de representações que podem ser 
objetivamente adaptadas ao seu objetivo sem supor a intenção consciente de fins 
e o domínio expresso das operações necessárias para alcançá-los, objetivamente 
“reguladas” e “regulares” sem em nada ser o produto de obediência a algumas 
regras e, sendo tudo, coletivamente orquestradas sem ser o produto da ação 
organizadora de um maestro. (BOURDIEU, 2009, p. 87) 
 
 É o habitus que permite o senso prático: “sistema adquirido de preferências, de 
princípios de visão e divisão (...)(...), de estruturas cognitivas duradouras (...)(...) e de 
esquemas de ação que orientam a percepção da situação e a resposta adequada” 
(BOURDIEU, 1996, p. 42). 
 Mas, ainda que o habitus – e o consequente senso prático – permita e produza 
uma perspectiva de regularidade nas práticas, ele comporta também a 
imprevisibilidade, ele: 
(...) não têm a bela regularidade das condutas deduzidas de um princípio legislativo: 
o habitus está intimamente ligado com o fluido e o vago. Espontaneidade geradora 
que se afirma no confronto improvisado com situações constantemente renovadas, 
3 
 
ele obedece uma lógica prática, a lógica do fluido, do mais-ou-menos, que define a 
relação cotidiana com o mundo. (BOURDIEU, 1990, p. 98) 
 
 Já a “codificação está intimamente ligada à disciplina e à normalização das 
práticas” (BOURDIEU, 1990, p. 101). Opera uma “mudança no estatuto ontológico”, do 
“nível prático para um código” (BOURDIEU, 1990, p. 100-101) e “significa a um tempo 
colocar na devida forma e dar uma forma” (BOURDIEU, 1990, p. 99), bem como “torna 
as coisas simples, claras, comunicáveis; ela possibilita um consenso controlado sobre o 
sentido, um homologein2: temos certeza de dar o mesmo sentido às palavras” 
(BOURDIEU, 1990, p. 103-104), às práticas. 
 Dentre seus principais efeitos estão os ligados à objetivação e à formalização: 
“Objetivar significa também produzir às claras, tornar visível, público, conhecido de 
todos, publicado” (BOURDIEU, 1990, p. 102). Já a formalização, resultante do dar uma 
devida forma, permite, “como toda racionalização, uma economia de invenção, de 
improvisação, de criação” (BOURDIEU, 1990, p. 105), já que seguir a regra é, na prática, 
dar efetividade à forma codificada, prescrita. 
 A codificação, portanto, “significa acabar com o fluido, o vago, as fronteiras mal 
traçadas e as divisões aproximativas, produzindo classes claras, operando cortes nítidos, 
estabelecendo fronteiras bem definidas” (BOURDIEU, 1990, p. 103). Em relação às 
práticas, busca assegurar a as suas previsibilidades, a certeza, a segurança de que o 
conteúdo da forma e a forma do conteúdo da regra será realizado. 
 Ainda, como publicação – tornar público –, a codificação produz o oficial e este 
se propõe como o homologado, ou seja, como aquilo que deve ser entendido como “o 
consenso de todos sobre a coisa assim revelada” (BOURDIEU, 1990, p. 103). 
 Um exemplo satisfatório do até aqui proposto é a codificação da condução e 
trânsito de veículos automotores. Os códigos de trânsito e a homologação de um 
sistema geral de sinais suscitam a previsibilidade das práticas, estabelecem limites e 
possibilidades de ação que racionalizam os fluxos, na expectativa de também eliminar 
eventos adversos. 
 
2 Do grego: concordância. 
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 Mas nem todas as dimensões da vida social estão codificadas. E mais, como 
sustenta Bourdieu (1990), existem situações e dimensões em que, mesmo codificadas, 
nem sempre é a regra que orienta a prática dos agentes. 
 Aqui, então, a valiosa tese de Bourdieu, que a apresenta como uma lei social: 
“quanto mais perigosa for a situação, mais a prática tenderá a ser codificada. O grau de 
codificação varia de acordo com o grau de risco” (BOURDIEU, 1990, p. 98). 
 E, seguindo-se o exemplo anterior, isto pode ser percebido ao se comparar o 
nível de codificação entre o trânsito pedestre e o de veículos automotores. O primeiro, 
menos perigoso e ofertando menos risco como resultado de ações imprevisíveis e 
eventos adversos, é menos codificado que o segundo. 
 O reconhecimento desta lei social nos permite qualificar tanto leituras de outras 
abordagens sociológicas acerca das relações “Direito” e sociedade, como orientar 
pesquisas acerca dessas mesmas relações. 
 Uma primeira figura nos permite apresenta um esquema de síntese do que 
expomos até agora. 
 
Figura 1 
 
 
5 
 
 Não é nosso foco sustentar aexistência de sociedades que não tenham 
produzido alguma modalidade de codificação, mas sem dúvida a lei proposta por 
Bourdieu impede a naturalização que o citado brocardo latino sugere/permite. 
 Se retomarmos Émile Durkheim (1995), em especial na relação que demonstra 
entre a solidariedade mecânica e o direito repressivo, poderemos também identificar a 
codificação atuando como um recurso relacionado com os perigos e riscos na 
manutenção de uma sociedade. 
 Nessa perspectiva, ao crime, definido a partir da ofensa aos “estados fortes e 
definidos da consciência coletiva” (DURKHEIM, 1995, p. 51), vincula-se uma pena que 
tem por função “manter intacta a coesão social, mantendo toda a vitalidade da 
consciência comum” (DURKHEIM, 1995, p. 81), já que se destina – também e, em 
especial – a “agir sobre as pessoas honestas, pois, visto que serve para curar os 
ferimentos provocados nos sentimentos coletivos [...].[E] prevenindo nos espíritos já 
abalados um novo debilitamento da alma coletiva, o castigo pode muito bem impedir 
que os atentados se multipliquem” (DURKHEIM, 1995, p. 82). 
 Direito repressivo em sociedades de similitudes, nas quais o Tipo Coletivo 
predomina e o desenvolvimento das individualidades não se viabiliza. Exemplo de 
codificação que, protetora da coesão e integração social, encontra respaldo na lei social 
proposta. 
 Mas, se a relação proposta pela lei social – perigo/risco-grau de codificação – é 
mais imediatamente perceptível nas sociedades com menores graus de diferenciações 
individuais, quais outros aspectos devemos considerar em nossas reflexões para 
enfrentar a questão da codificação – do jurídico e do Direito – em sociedades mais 
complexas e, inclusive, contemporâneas? 
 Como mencionado, a codificação se relaciona com a publicação, com o público, 
o tornado público. Neste vínculo, como analisa Bourdieu (2014, pp. 85-90), o que é 
público se opõe ao particular, ao invisível; é o que pode ser visível porque remete à 
compostura, ao saber se comportar, aos bons modos, à moral. 
 Assim, o laço entre o público e o oficial – a codificação produz o oficial – implica 
um efeito de universalização, de moralização na perspectiva do homologado: a 
compostura geral do saber se comportar entendido como um consenso. 
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 A perspectiva das potências decorrentes dos efeitos da codificação é de que 
aqueles que seguem a regra o façam – inclusive quando se abstêm de seguir as 
inclinações do senso prático – na convicção de que agem de acordo com o melhor 
sentido definido pelo consenso social. 
 Então a importância do reconhecimento da dimensão simbólica da codificação e 
da regra. “O simbólico pode ser visto como aquilo que não precisa ser ou não está 
explícito, porém que constitui uma estrutura operante na formação das disposições dos 
indivíduos para perceber, apreciar e agir no mundo social” (HEY, 2017, p. 292). 
 E os “símbolos são instrumentos por excelência da ‘integração social’” 
(BOURDIEU, 2003a, p. 10). Como instrumentos de conhecimento e comunicação, os 
símbolos e os sistemas simbólicos “tornam possível o consensus acerca do sentido do 
mundo social que contribui fundamentalmente para a reprodução da ordem social: a 
integração ‘lógica’ é condição da integração ‘moral’” (BOURDIEU, 2003, p. 10). 
 Em sociedades diversificadas, nas quais se desenvolvem lutas mais acirradas em 
relação ao acesso e monopolização dos recursos de poder, a potência simbólica da 
codificação agrega vantagens aos dominantes por viabilizar o que Bourdieu denomina 
de poder simbólico, bem como, em última instância, a violência simbólica. 
 Nesse sentido é importante reconhecer que a produção simbólica, sobretudo em 
sociedades diversificadas, ocorre através de lutas e disputas nas quais os agentes da 
produção servem aos seus interesses e aos das classes às quais estão associados. A 
codificação, como uma expressão da produção simbólica, em contexto de lutas também 
segue a lei social exposta, ou seja: intensifica-se em correlação ao grau de risco e 
perigos, estes agora relacionados aos interesses de acesso e monopolização de recursos 
dos agentes, grupos e classes envolvidos no processo. 
 Assim, mesmo quando a codificação decorre de processos de lutas e disputas, a 
norma, a regra, apresenta-se como o oficial – o universal oficializado como consenso – 
suscitando a crença na legitimidade de seus conteúdos. 
 O poder simbólico se viabiliza através dessa crença – produzida e reproduzida – 
já que assim mascara e invisibiliza os eventuais processos de lutas e disputas da 
produção simbólica e, portanto a percepção de que o consenso pode ser mais uma 
ficção do que uma realidade. 
7 
 
 O poder simbólico, portanto, “é uma forma transformada, (...)(...) transfigurada 
e legitimada, das outras formas de poder” (BOURDIEU, 2003, p. 15); “permite obter o 
equivalente daquilo que é obtido pela força (física ou económica), graças ao efeito 
específico de mobilização, só se exerce se for reconhecido, quer dizer, ignorado como 
arbitrário” (BOURDIEU, 2003, p. 14). 
Figura 2
 
 A violência simbólica é uma consequência do poder simbólico: 
 (...) extorque submissões que sequer são percebidas como tais, apoiando-se em 
“expectativas coletivas”, em crenças socialmente inculcadas. Como a teoria da 
magia, a teoria da violência simbólica apóia-se em uma teoria da crença ou, melhor, 
em uma teoria da produção da crença, do trabalho de socialização necessário para 
produzir agentes dotados de esquemas de percepção e de avaliação que lhe farão 
perceber as injunções inscritas em uma situação ou em um discurso, e obedecê-
las.” (BOURDIEU, 1996, p. 171) 
 
 Dito isto, e se avançando para o Jurídico – o Direito – como uma modalidade de 
codificação, ele se vincula tanto à lei social já expressa, como a todos os efeitos de 
objetivação, formalização, universalização e oficialização, como se constitui como um 
instrumento simbólico da ordem e da integração social; dotado, portanto, de potências 
simbólicas. 
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 Com essa perspectiva é razoável que não se atribua ao Jurídico, ao Direito, uma 
associação genética e essencial, inexorável, com a dominação. 
 Não é contrário ao que estamos expondo – em perspectiva de compreensão 
teórica do Direito como resultado da codificação –, por exemplo, a proposição do 
sociólogo Boaventura de Sousa Santos (1991) quando, ao tratar da modernidade e do 
projeto desta, argumenta que estão sustentados sobre dois pilares, o da regulação e o 
da emancipação3, e localiza o Direito como uma expressão da racionalidade moral-
prática, a qual é uma das três racionalidades que compõem o pilar da emancipação. 
 Tampouco é contrário a que se possa instrumentalizar o Direito para usos 
emancipatórios, como também propõe Santos (2003). 
 Contudo, não há codificação – tampouco Direito – que esteja desvinculado de 
um mundo social concreto. E, como bem lembra Patrícia Thomson (2010), “Bourdieu 
argumentou que para entender as interações entre pessoas, ou explicar um evento ou 
fenômeno social, era insuficiente olhar o que era dito ou o que acontecia. Era necessário 
examinar o espaço social no qual interações, transações e eventos ocorriam” 
(THOMSON, 2010, p. 67. Traduzi). 
 Conforme Bourdieu, quanto mais diversificadas as sociedades, mais apropriado 
que se as reconheça como espaços sociais nos quais os agentes ocupam posições 
diferenciadas, as quais decorrem dos tipos e volumes de capitais que possuem, sendo 
os mais eficientes para tal, nas sociedades mais desenvolvidas, os capitais econômicos 
e culturais (BOURDIEU, 1996, p. 13-33). A perspectiva básica dos agentes no espaço 
social envolve a reprodução deste, mantendo suas posições, ou ainda a busca de uma 
posição mais favorável em relação às possibilidades de acesso, apropriação e usufruto 
dos recursos e vantagens materiais e simbólicas existentes. 
 E para além disto, nas “sociedades altamente diferenciadas, o cosmos socialestá 
conformado por vários destes microcosmos sociais [campos] relativamente autônomos” 
(BOURDIEU; WACQUANT, 2005, p. 150. Traduzi); cada campo, cada microcosmo social 
– dentre os quais destacaremos o jurídico, o do Estado, o do poder – remete a lutas e 
disputas específicas. 
 
3 Com base em Santos (1991) associa-se a regulação à disciplina e a emancipação à solidariedade, à 
participação, ao prazer como satisfação das necessidades sociais. 
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 Sem analisar a estrutura e a dinâmica do espaço social e dos campos que o 
compõe, insuficientes serão as análises do próprio objeto que nos propomos a enfrenta 
cognitivamente; aqui: as normatividades jurídicas, o Direito. 
 
 
Figura 3 
 
 
 E esta é uma orientação geral das abordagens que realizaremos na sequência 
dessas Trilhas. 
 Nesta, instigado pelo inquietante brocardo latino e o risco da naturalização do 
Direito, são as seguintes sínteses o que gostaríamos de destacar: 
 
a) a codificação – e o Direito, as normatividades jurídicas como uma modalidade de 
codificação – emerge no mundo social como disciplinadores e normalizadores de 
práticas e representações; 
b) a codificação – como perspectiva de eliminar as imprevisibilidades das práticas – 
relaciona-se com um risco, um perigo para a sociedade, ou parte desta (quando 
10 
 
esta está em situação de poder de impor seus interesses como conteúdo das 
regras); 
c) a codificação, em sua dimensão simbólica, opera como instrumento de 
integração social e de produção e reprodução da ordem social, mas também tem 
potencias de poder simbólico e violência simbólica; 
d) as codificações são produzidas e operam em relação a mundos e espaços sociais 
concretos; o entendimento daquelas impõe ser buscado também através do 
entendimento destes. 
 
 
Referências bibliográficas: 
 
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THOMSON, Patricia. Field. In: GRENFELL, Michael. Pierre Bourdieu: key concepts. 
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